Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 8 de junho de 2021 1.156 Comentários

Coluna da Folha desta terça-feira

João Campos acerta em apostar alto 

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), anunciou ontem um ousado plano para a capital pernambucana investir mais. E não só isso: ele quer investir como nunca. A ideia do gestor é apostar alto para garantir cerca de R$ 1,5 bilhão em três anos. Para isso, ele propôs uma série de medidas de controle e ajuste dos gastos da máquina, passando por mudanças na gestão de pessoal. Apesar da polêmica que gera uma reforma previdenciária, o passo é determinante para que uma administração economize significativamente e se adeque ao que está estabelecido pelos órgãos federais que dão o aval para operações de crédito internacional.

Só para termos uma ideia, o ano que o Recife mais investiu a soma dos aportes em obras e ações pública ficou na casa dos R$ 400 milhões. Isso foi em 2013, primeiro ano da gestão Geraldo Julio.

João não está inventando uma lógica. Ela já existe e foi utilizada por outras capitais brasileiras, inclusive, nordestinas. Hoje, com o agravamento da crise, as gestões possuem pouca capacidade de investimento, o que tem feito muitas delas se concentrarem apenas no pagamento de dívidas e na manutenção de custeio. Há pouca margem para tirar do papel projetos mais ousados. Somente faz isso quem consegue construir caminhos junto aos bancos internacionais, que apresentam baixa taxa de juros, carência considerável e boas condições de amortização.

É preciso coragem para propor algo com esse caráter em tempos de tanta dificuldade. Os desafios são grandes, vivemos uma estagnação econômica no país, e obras e investimentos públicos são essenciais para movimentar diversos setores. Lembrando que intervenções tocadas pelo poder público empregam um grande quantitativo de profissionais.

É importante considerar que no melhor momento da economia pernambucana, o então governador Eduardo Campos colecionou anúncios de operações de crédito com bancos internacionais. Foi um caminho encontrado pelo pai de João Campos para transformar o estado em um canteiro de obras, que incluiu hospitais, rodovias e tantos outros marcos da gestão de Eduardo.

Obesidade – Situações corriqueiras para muita gente, como fazer um exame de Raio-X ou passar numa catraca de ônibus, pode ser um martírio para uma pessoa com excesso de peso. Para tirar o tema da invisibilidade e estimular o poder público a desenvolver políticas públicas que diminuam o sofrimento das pessoas obesas será realizada uma audiência pública sobre gordofobia na quarta (9), a partir das 15h. Requerida pela vereadora Cida Pedrosa (PC do B) e transmitida pelo youtube da Câmara.

Crescimento – O Produto Interno Bruto de Pernambuco teve um crescimento de 1,6% no primeiro trimestre de 2021 em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados apontam para um crescimento acima da média nacional, que foi de 1,2%.

Resiliência – No âmbito nacional, a avaliação de parlamentares é a resiliência do presidente Jair Bolsonaro em meio à crise da Covid-19, que apesar do desgaste causado pela pandemia, ostenta números duros de 30% de aprovação e intenção de voto. Com um cenário econômico mais favorável em 2022, avaliam que ele poderá ter alguma recuperação de popularidade.

Inocente quer saber – O senador Fernando Bezerra Coelho permanecerá na liderança do governo Jair Bolsonaro?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 10 de maio de 2021 1.808 Comentários

Coluna da Folha desta segunda-feira

Oposição terá que atrair governistas para ser competitiva 

A oposição coleciona quatro derrotas seguidas para a Frente Popular nas disputas para governador de Pernambuco. Coincidentemente os últimos quatro derrotados para o PSB, Mendonça Filho, Jarbas Vasconcelos e Armando Monteiro, este último por duas vezes, não cogitam disputar 2022, e ainda mais coincidência, todos os três pré-candidatos da oposição, Anderson Ferreira, Miguel Coelho e Raquel Lyra tiveram sua trajetória iniciada na Frente Popular, com os dois últimos sendo filiados ao PSB.

Entre 1982 e 1998 havia uma significativa alternância de poder em Pernambuco, pois não existia o advento da reeleição e esquerda e direita pareciam ser equivalentes, tanto que o PDS/PFL colecionou duas vitórias com Roberto Magalhães em 1982 e Joaquim Francisco em 1990, e se aliou a Jarbas Vasconcelos para derrotar Miguel Arraes em 1998 após Arraes vencer em 1986 e 1994.

A vitória de Jarbas Vasconcelos em 1998 foi possível graças a uma série de fatores, primeiro a própria eleição de Fernando Henrique em 1994 que possibilitou o fortalecimento da oposição, a vitória de Roberto Magalhães no Recife com a aliança entre PMDB e PFL em 1996 e o escândalo dos Precatórios que desgastou muito a figura de Arraes. Esses fatores foram determinantes para que aliados de Arraes pulassem do barco para apostar no projeto vitorioso de Jarbas.

A eleição de 2006 de Eduardo Campos foi precedida de fissuras na União por Pernambuco que se iniciaram após a reeleição de Jarbas em 2002, a vitória de Lula naquele mesmo ano e a derrota da aliança jarbista em 2004 para João Paulo, que fragilizou muito o palanque governista para a disputa subsequente, o que afugentou aliados ligados a Jarbas como Inocêncio Oliveira, Severino Cavalcanti, Armando Monteiro, José Múcio e alguns outros que fortaleceram o campo da oposição.

Passados dezesseis anos de hegemonia do PSB em Pernambuco, diferentemente dos movimentos que precederam as derrocadas de Arraes em 98 e do grupo jarbista em 2006, a Frente Popular coleciona vitórias importantes e uma sólida aliança bastante plural e bem representada nas gestões socialistas. Faltando pouco mais de um ano para as definições partidárias, não há indicativo que a oposição atual possa atrair quadros que hoje sustentam a Frente Popular como aconteceu nas viradas de poder recentes no estado. Este será o grande desafio da oposição, que até agora além de ter três pré-candidatos a governador só conta oficialmente com apenas cinco partidos e sem muita perspectiva de atrair outros.

Sólidos – Hoje são considerados aliados sólidos da Frente Popular os deputados federais e dirigentes partidários André de Paula, Augusto Coutinho, Eduardo da Fonte, Sebastião Oliveira, Silvio Costa Filho e Wolney Queiroz.

Vacinada – Apesar de ter apenas 36 anos de idade, a deputada federal Marília Arraes foi vacinada no final de semana. Por ter anunciado recentemente a gravidez do seu segundo filho, ela entrou no grupo prioritário.

Perda – A morte do prefeito de Itaquitinga, Pablo Moraes, vítima de um acidente de carro, aos 38 anos foi bastante lamentada no final de semana pelo mundo político pernambucano. Pablo estava no segundo mandato como gestor daquela cidade.

Inocente quer saber – Quem sairia da Frente Popular para aventurar alguma coisa na oposição?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 7 de maio de 2021 1.114 Comentários

Coluna da Folha desta sexta-feira

PSB repete mantra de Eduardo e refuta discussão sobre 2022 

O presidente estadual do PSB e secretário de Desenvolvimento Social, Sileno Guedes, avaliou o cenário político a as movimentações de candidatos de oposição em Pernambuco com vistas a 2022. O dirigente socialista refutou qualquer discussão sobre as eleições do próximo ano e alfinetou a oposição ao afirmar que a população não quer saber se o prefeito A ou a prefeita B disputarão as eleições, mas sim resolver os problemas da pandemia da Covid-19.

A postura do presidente estadual do PSB segue uma máxima adotada pelo ex-governador Eduardo Campos, que sempre que era questionado sobre as eleições durante os sete anos e três meses que ocupou o Palácio do Campo das Princesas dizia que o assunto não estava na pauta do povo.

Para o PSB, naturalmente, não é interessante antecipar as discussões sobre 2022, até porque a postura adotada durante a sua hegemonia em Pernambuco de não antecipar conversas sobre eleições acabou dando certo, com o partido sendo vitorioso nas últimas quatro eleições para governador e três para prefeito.

O fato é que o tempo joga a favor dos socialistas, que diferentemente da oposição, que perdeu quadros em relação a 2018, como Silvio Costa Filho e João Fernando Coutinho, do Republicanos e do PROS, respectivamente, o governo segue atraindo quadros e gerando a chamada expectativa de poder para quem se aproxima do PSB, que deverá receber em breve o apoio formal do PT para manter sua hegemonia em Pernambuco.

Diferença – Quando Jarbas Vasconcelos foi reeleito em 2002, um grupo de deputados federais formado por Armando Monteiro Neto, José Múcio Monteiro, José Chaves, Joaquim Francisco, Luiz Piauhylino e Roberto Magalhães romperam com o então governador no ano de 2003 e aquele movimento foi embrionário para que em 2006 houvesse uma recomposição de forças em Pernambuco.

Consequências – A consequência imediata se deu na derrota de Cadoca em 2004 para João Paulo, este grupo de dissidentes acabou migrando em sua maioria para o PTB e ajudou a viabilizar a candidatura de Joaquim Francisco, o que dividiu a oposição e fortaleceu a reeleição de João Paulo na capital pernambucana.

Quadro atual – Se em 2004 e 2006 havia um grau de esgarçamento da União por Pernambuco, o mesmo não se pode dizer sobre a Frente Popular. Após a importante vitória de João Campos na capital pernambucana, o PSB segue mantendo e atraindo novos aliados com vistas a 2022, reduzindo a oposição oficialmente a cinco partidos: Democratas, Cidadania,  PSDB, PL e PSC.

Novo ciclo – Ainda na campanha de prefeito do Recife no ano passado, Sileno Guedes avaliava que o PSB estava criando um novo ciclo dentro do ciclo iniciado por Eduardo Campos em 2006 com a possível vitória de João Campos no Recife naquele momento.

Ativo – Apesar de refutarem qualquer discussão sobre 2022, socialistas em reserva avaliam que a gestão do prefeito João Campos, que é bem avaliada até por quem não votou nele em 2020, será um importante ativo para o PSB manter sua hegemonia em Pernambuco no próximo ano.

Inocente quer saber – A oposição utilizará a imagem de Jair Bolsonaro no próximo ano?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 26 de abril de 2021 6 Comentários

Coluna da Folha desta segunda-feira

PSB terá dificuldades para construir projeto nacional 

Desde a redemocratização, o PSB disputou apenas duas vezes a presidência da República, a primeira em 2002 com Anthony Garotinho que ficou em terceiro lugar com 17% dos votos válidos, a segunda foi em 2014 com Eduardo Campos, que acabou falecendo num acidente aéreo e foi substituído por Marina Silva, que obteve 21% dos votos válidos, figurando também em terceiro lugar.

Porém, desde a morte de Eduardo e a saída de Marina do partido, não há uma liderança nacional para liderar um projeto próprio, tendo apenas lideranças regionais como o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o ex-governador de São Paulo, Marcio França, que apesar de serem bons quadros, não possuem densidade para encabeçar um projeto nacional como candidatos à presidência da República.

O prefeito do Recife, João Campos, e o próprio Marcio França, defenderam que o partido possa ter um candidato próprio a presidente, mas mesmo tendo quadros competentes e preparados, eles poderiam desempenhar uma composição de chapa como vice-presidente de um projeto com maior capilaridade, como o do PT, por exemplo.

Ser participante de um projeto nacional de esquerda, ainda que figurando como coadjuvante, dará ao PSB a segurança para manter seus governos estaduais, em Pernambuco, na Paraíba e no Espírito Santo, e pensar em ampliar suas bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Este tende a ser o caminho do partido, que se porventura vier a ter Lula como presidente eleito em 2022, terá as condições de ocupar espaços importantes num  eventual futuro governo, como ministérios de grande peso social e político, como ocupou em outrora com Ciência e Tecnologia no governo Lula e Integração Nacional no governo Dilma Rousseff.

Suplentes – O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou parecer ao STF no qual defende a constitucionalidade da regra que permite a candidatos com votação abaixo da cláusula de barreira (10% do quociente eleitoral) assumirem as vagas de suplente. A alteração, introduzida pela minirreforma eleitoral, foi questionada em ação do PSC. Para os deputados e vereadores eleitos, continua valendo a exigência de votação mínima de 10% do quociente eleitoral.

Economia – No dia 1 de maio será lançado o blog “Fórum Econômico – UPE”, que tratará de temas ligados a economia internacional, nacional e local. O público interno da instituição atinge cerca de 25 mil alunos matriculados de Petrolina ao Recife. É um público formador de opinião que será estimulado a ter acesso a informações estratégicas para sua formação profissional. Será coordenado pelo professor Mauro Ferreira Lima.

Paulista – A gestão do prefeito de Paulista, Yves Ribeiro (MDB), vem recebendo críticas dos próprios aliados pela falta de efetividade na cidade. Um dos principais pontos é que Yves seria uma espécie de rainha da Inglaterra, tendo Jorge Carrero como o manda-chuva de tudo que acontece na cidade.

Nadegi Queiroz – Apesar de ser médica, a prefeita de Camaragibe, Nadegi Queiroz (Republicanos), tem demonstrado pouco traquejo no tocante à vacinação contra a Covid-19 na cidade. Camaragibe é a pior cidade de Pernambuco no quesito aplicação de vacinas com menos de 30% das doses distribuídas para a cidade.

Inocente quer saber – Quando a gestão de Yves Ribeiro tomará algum rumo em Paulista?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 17 de abril de 2021 1 comentário

Coluna da Folha deste sábado

Foto: Helia Scheppa

Paulo Câmara pode virar nome nacional em 2022

Despretensioso, Paulo Câmara ocupou três secretarias no governo Eduardo Campos, no primeiro Administração e Turismo, e no segundo assumiu a Fazenda, sendo alçado pelo então governador à condição de candidato da Frente Popular em 2014 sem nunca procurar este projeto. Passados sete anos da sua escolha como candidato e seis de governo, Paulo Câmara caminha para entrar no último ano do seu governo em 2022 sob grande possibilidade de deixar o cargo em abril do próximo ano.

Esta semana voltou a ter seu nome ventilado na mídia nacional para ser candidato a vice-presidente numa chapa encabeçada por Lula. Apesar de ambos serem pernambucanos, todo mundo sabe que a base política do ex-presidente é São Paulo, foi lá onde ele foi forjado como liderança sindical e depois se consolidou como liderança nacional. Pesa a favor da escolha de Paulo Câmara uma série de fatores, o primeiro é a importância estratégica do PSB no campo de esquerda, a sua ida para o projeto de Lula poderá ajudar a desmobilizar outras candidaturas que dividiriam votos com Lula, como por exemplo Ciro Gomes (PDT) e Luciano Huck, que chegou a flertar com socialistas para disputar 2022.

O segundo fator é que o ambiente de 2022 é diferente do de 2002, quando Lula conseguiu emplacar um empresário renomado para a sua vice, que foi José de Alencar, o sentimento geral é que o empresariado está cada vez mais refratário a política e dificilmente alguém com um perfil parecido com Alencar topasse o desafio. O terceiro é o estilo de Paulo Câmara, que sendo muito discreto, seria uma espécie de vice dos sonhos para qualquer presidente, em especial Lula, que sabe da importância de ter alguém de sua extrema confiança ao seu lado.

Ainda que não seja alçado à condição de vice-presidente na chapa encabeçada por Lula, está evidente que apenas a lembrança do seu nome faz de Paulo Câmara um ator estratégico e mais do que isso, deverá colocá-lo em definitivo na disputa de algum cargo eletivo no próximo ano, como por exemplo o de deputado federal. E numa eventual vitória de Lula, Paulo seria um ministeriável de alto nível para auxiliar um terceiro governo do petista.

Viagens – Apesar da pandemia, Lula já considera a hipótese de cumprir uma agenda de viagens pelo Brasil para discutir as eleições de 2022, quando ele pretende ser novamente candidato a presidência da República.

Aeroporto – O prefeito do Recife, João Campos (PSB), visitou as obras de requalificação do Aeroporto Internacional dos Guararapes. O empreendimento foi concedido à iniciativa privada e com isso ganhou novos investimentos que garantirão uma maior modernidade para atender passageiros que chegam ou saem da capital pernambucana.

Mau exemplo – Pegou mal nas redes sociais a informação de que o prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel (PSL), foi pego pela Operação Lei Seca no Recife. As críticas se deram pelo fato de o gestor ter proibido a comercialização de bebidas alcoólicas na sua cidade e terminou dando o mau exemplo.

Inocente quer saber – Renan Calheiros tem condições de relatar a CPI da Pandemia no Senado?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 15 de abril de 2021 3.573 Comentários

Coluna da Folha desta quinta-feira

CPI deverá agravar ambiente político no Brasil 

O Brasil sempre foi marcado por crises institucionais que culminaram em prejuízos sociais e econômicos para toda a população. Porém, desde 2013 quando tínhamos a realização da Copa das Confederações e eclodiu uma série de protestos contra a classe política que vivemos um tsunami de acontecimentos que deixaram o país como um verdadeiro barril de pólvora.

As eleições de 2014 que possibilitaram a reeleição de Dilma Rousseff tiveram acontecimentos jamais vistos, a começar pelo acidente que vitimou o presidenciável Eduardo Campos, logo em seguida, visualizamos uma campanha sangrenta que deixou sequelas para o país, em especial para a própria candidata reeleita que enfrentou crise econômica e depois política que culminariam em seu impeachment em 2016.

A ascensão de Temer trouxe certo alívio e boa expectativa para as reformas, porém o caso Joesley Batista tirou o governo de órbita, que a partir de então teve que atuar para salvar a pele do presidente em duas denúncias arquivadas pela Câmara dos Deputados. O ambiente radioativo, que prosseguiu com a prisão de Lula, gerou um então deputado do baixíssimo clero como a salvação da pátria. Jair Bolsonaro chegou ao cargo de presidente da República em 2018 aplicando uma acachapante derrota a Fernando Haddad e acabando com uma hegemonia de quatro eleições presidenciais do PT, além disso, Bolsonaro simplesmente dizimou o PSDB, então antagonista do PT nas seis eleições anteriores.

Na presidência da República, Bolsonaro não mudou seu perfil beligerante, e ao longo de 2019 brigou com Deus e o mundo, permanecendo o ambiente extremamente tóxico no país. Mas ninguém poderia imaginar que em 2020 o cenário iria piorar com a chegada da pandemia da Covid-19, o que mudou para sempre a vida dos brasileiros, e novamente implodiu a economia e qualquer agenda desenvolvimentista que pudesse ser implantada.

Um ano após o início da pandemia, em vez de comemoração pela chegada de vacinas e agilizar ainda mais a aplicação delas para garantir a imunidade de rebanho, a guerra política produz uma CPI da pandemia, que pelo escopo apresentado visando investigar as ações do presidente da República e dos prefeitos e governadores com os recursos enviados pelo governo federal, deverá criar um ambiente ainda mais conturbado, onde a gente sabe como vai começar, mas não faz ideia de como vai terminar, porém o indicativo é de que tudo tende a piorar com a guerra que está começando no Senado Federal.

Desfiliação – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reconheceu a existência de “justa causa”, para que dois deputados federais do PSB possam se desligar da legenda, sem que isso implique na perda de seus mandatos. Foram beneficiados Rodrigo Coelho (SC) e Felipe Rigoni Lopes (ES). Os dois foram suspensos das atividades no Congresso após votarem a favor da reforma da previdência.

Bolsa-Família – O ministro Marco Aurélio, do STF, determinou o Governo Federal que “reintegre as famílias excluídas do Programa Bolsa Família durante a pandemia da covid-19”. A reintegração deve ocorrer no prazo de dez dias, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

Inocente quer saber – A CPI trará algum resultado positivo para o Brasil?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 14 de abril de 2021 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta quarta-feira

Disputa pelo Senado anima postulantes governistas 

No próximo ano o eleitorado brasileiro renovará 1/3 do Senado Federal, os senadores eleitos em 2014 estarão encerrando seu mandato. Em Pernambuco, será a vaga de Fernando Bezerra Coelho (MDB) que estará em jogo em 2022. Entusiasta da candidatura do prefeito Miguel Coelho a governador, Fernando está cada vez mais distante de pensar na reeleição, uma vez que não é interessante disputar o Senado pela oposição, e no caso de Miguel Coelho ser o nome oposicionista para governador, Fernando deverá ser candidato a deputado federal junto com Fernando Filho.

Neste contexto, a vaga de senador estará livre para que alguns nomes possam sonhar com ela. Candidato natural ao Senado após concluir seu mandato como governador, Paulo Câmara dificilmente tentará a Câmara Alta pelo fato de o PSB ter a prerrogativa de indicar o candidato a governador da Frente Popular e sabe que para ser uma ampla coligação deverá ofertar as vagas de vice e de senador a outros partidos.

Na história das últimas eleições desde 1982 quando voltamos a ter disputa para governador e senador em Pernambuco, em apenas uma ocasião o primeiro colocado para governador não elegeu seus senadores, uma característica peculiar do estado, que foi em 1994 quando Miguel Arraes não elegeu Armando Monteiro Filho na sua chapa, dando lugar a Carlos Wilson, que quatro anos antes havia sido vice de Arraes e assumido o cargo, fazendo com que o eleitor associasse mais Cali do que Armando ao vitorioso daquele pleito. Em 2006, Mendonça Filho foi o primeiro colocado do primeiro turno para governador, enquanto Jarbas Vasconcelos ficou com a vaga de senador na disputa vencida por Eduardo Campos na segunda etapa.

Sabendo da possível não tentativa de reeleição de Fernando Bezerra Coelho para o Senado Federal na oposição e da provável não candidatura de Paulo Câmara a senador, diversos nomes governistas sonham acordados com esta vaga, são eles: Eduardo da Fonte (PP), Silvio Costa Filho (Republicanos), André de Paula (PSD) e Wolney Queiroz (PDT), todos deputados federais e presidentes de partido que acreditam serem grandes as chances do nome escolhido pela Frente Popular emplacar o Senado em 2022.

Ações – A defesa do ex-presidente Lula (PT) pediu que o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, encerre a ação do sítio de Atibaia e dois processos envolvendo o Instituto Lula. Nos três casos, o petista é acusado pela Lava Jato de recebido supostas vantagens indevidas de uma empreiteira. As anulações, caso concedidas, pavimentam mais ainda o caminho do ex-presidente para uma candidatura em 2022.

Noronha – O PDT foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a realização da 17ª Rodada de Licitações de Petróleo e Gás Natural pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), que envolve áreas próximas a Fernando de Noronha. A legenda alega que a União burlou regras ao “ignorar a obrigatoriedade de Avaliações Ambientais”. A ação foi assinada pelo advogado Walber Agra, que atuou na campanha de Marília Arraes (PT) em 2020.

Inocente quer saber – Quem seria o candidato a senador pela oposição em 2022?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 10 de abril de 2021 Deixe um comentário

Coluna da Folha deste sábado

Foto: Chico Bezerra

Anderson Ferreira se prepara para liderar a oposição em 2022

O prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), tem em seu currículo dois mandatos de deputado federal e dois de gestor da maior cidade da oposição em Pernambuco. Além disso, o prefeito também é presidente estadual do PL, um diferencial no campo da oposição na hora das definições de quem será candidato a governador em 2022.

A expectativa da oposição consiste em montar uma frente composta por cinco partidos, são eles: PL, PSC, PSDB, Democratas e Cidadania. Esta é a conta inicial que garantirá as condições de disputa para aquele que vier a ser o candidato do grupo a governador. A chegada de partidos que compõem a Frente Popular não está descartada, porém um aliado de Anderson em reserva avalia que isso só vai acontecer quando a candidatura dele começar a ganhar as ruas de Pernambuco, o que seria em meados de junho do próximo ano.

Para este mesmo aliado, Anderson é jovem, se apresenta bem e poderá representar o grande fato novo da eleição de 2022 para fazer o verdadeiro contraponto ao PSB, que tentará garantir 20 anos de hegemonia no próximo ano em Pernambuco. Ele prossegue dizendo que geograficamente, a posição de Anderson como prefeito de Jaboatão, que acaba influenciando em cidades como Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e Escada, será imprescindível na conquista do voto de oposição na região metropolitana, que compreende parcela significativa do eleitorado de Pernambuco.

O aliado termina comparando o perfil do gestor de Jaboatão com o de Eduardo Campos em 2006, dizendo que como candidato a governador, Anderson poderá ter um papel semelhante ao de Eduardo naquela eleição, sendo o fato novo da disputa e canalizando o sentimento de mudança, que segundo ele está cada vez mais latente em Pernambuco.

Bate e rebate – Após o presidente Bolsonaro criticar pessoalmente o ministro Barroso, que determinou ao Senado a instalação da CPI da covid-19, a Corte divulgou nota, defendendo o ministro. “O Supremo Tribunal Federal reitera que os ministros que compõem a Corte tomam decisões conforme a Constituição e as leis e que, dentro do estado democrático de direito, questionamentos a elas devem ser feitos nas vias recursais próprias, contribuindo para que o espírito republicano prevaleça em nosso país”, diz a nota oficial.

Filiados – Termina na próxima segunda (12) o prazo para que os 33 partidos políticos do país atualizem as listas de filiados por meio do Sistema Filia da Justiça Eleitoral. A regra está prevista na Lei dos Partidos Políticos.

Desafios – A Folha de Pernambuco completou em abril 23 anos de existência. Mais jovem jornal pernambucano, a Folha se reinventa a cada dia, e por isso o presidente do Grupo EQM, Eduardo Monteiro, afirmou que manterá a veiculação impressa para que alcance todas as classes sociais, motivo de sua origem e de sua permanência em defesa da informação direta e acessível a todos.

Inocente quer saber – Anderson Ferreira conseguirá unir a oposição em torno da sua candidatura a governador em 2022?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 2 de abril de 2021 1 comentário

Coluna da Folha desta sexta-feira

PT deverá ter papel importante em Pernambuco 

O Partido dos Trabalhadores disputou pela última vez o governo de Pernambuco em 2006, naquela ocasião, Humberto Costa então candidato do partido ficou em terceiro lugar no primeiro turno e teve papel determinante para levar Eduardo Campos ao Palácio do Campo das Princesas. Nas eleições de 2018, o partido ensaiou uma candidatura ao governo com a então vereadora Marília Arraes, que não se concretizou.

O apoio a Paulo Câmara foi fundamental para que a fatura fosse liquidadas em primeiro turno a favor do PSB, e garantiu o segundo mandato ao senador Humberto Costa. Em 2022, a história se repete, e o PT poderá ter um papel imprescindível na disputa, tanto se lançar um candidato a governador, como se decidir apoiar novamente a Frente Popular.

Questionado no Folha Política na última quarta-feira se poderia ser novamente candidato a governador, o senador Humberto Costa não descartou a possibilidade, uma vez que estará no meio do seu mandato no Senado e não teria absolutamente nada a perder sendo candidato a governador, porém sublinhou que o quadro nacional irá determinar o destino do PT na disputa do próximo ano em Pernambuco.

Ainda sobre alianças no estado, Humberto foi taxativo quando descartou em qualquer hipótese apoiar nomes que flertassem com o bolsonarismo, portanto, ficou latente que as opções do PT são lançar candidato próprio a governador ou retomar a aliança com o PSB, que foi exitosa nas vezes em que os partidos estiveram juntos.

Homenagem – Na reunião plenária da quinta-feira, 1º de abril, dia em que, há 57 anos, o governador Miguel Arraes foi deposto e preso, o deputado Waldemar Borges prestou homenagem aos deputados cassados e também aos pernambucanos de foram desaparecidos e assassinados na época da ditadura militar, de acordo com a Comissão da Memória e Verdade Dom Hélder Câmara, citando nominalmente todos eles. “São esses os brasileiros que em Pernambuco pagaram com a vida em defesa da democracia. É necessário falar sobre isso para que não mais se repita”, concluiu.

Previdência – O PT foi ao Supremo contra o Decreto 10.620/2021, de Bolsonaro, que estipula dois órgãos gestores para o Regime Próprio de Previdência Social dos servidores federais. Segundo o PT, tendo em vista o impacto na gestão das aposentadorias de milhares de servidores, a definição dessa competência necessita de ampla discussão no Congresso.

Oxigênio – A Defensoria Pública da União defendeu em ação judicial a necessidade do Supremo Tribunal Federal centralizar a distribuição de oxigênio medicinal no país. Segundo a Defensoria, trata-se de um conflito federativo que envolve a União, os 26 estados e o Distrito Federal. A ação foi distribuída ao ministro Gilmar Mendes.

Contraponto – Geograficamente mais próximo de onde tudo acontece em Pernambuco, que é a capital, o prefeito Anderson Ferreira, também pré-candidato a governador, aposta no contraponto das suas ações em Jaboatão dos Guararapes para consolidar-se como o nome da oposição para a disputa do próximo ano.

Inocente quer saber – Anderson Ferreira reúne as melhores condições na oposição para disputar o governo de Pernambuco em 2022?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 1 de abril de 2021 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta quinta-feira

Oposição também poderá ter mudança geracional

Derrotado por Jarbas Vasconcelos em 1998 e 2002, o PSB liderado pelo ex-governador Miguel Arraes passou o bastão para o então deputado federal Eduardo Campos, que ascendeu à condição de ministro de Ciência e Tecnologia e em 2006 garantiu a volta do partido ao comando de Pernambuco, onde se encontra até hoje após quatro eleições estaduais.

Essa mudança de atores foi mantida com Geraldo Julio em 2012 e Paulo Câmara em 2014, dois jovens técnicos à época que faziam bons trabalhos em suas respectivas secretarias e conseguiram se eleger prefeito e governador, respectivamente. Em 2020, mais uma vez o PSB se reinventou e emplacou o jovem João Campos na Prefeitura do Recife.

Para um deputado federal e presidente de partido da oposição em reserva, caberá ao grupo fazer a mesma renovação de quadros, haja vista que os candidatos derrotados eram as mesmas caras em disputas majoritárias recentes. Ele sublinha que apesar de reconhecer a legitimidade de Anderson Ferreira e Raquel Lyra disputarem o governo de Pernambuco, é chegada a hora de copiar o PSB e apostar em Miguel Coelho para a tentativa ao Palácio do Campo das Princesas em 2022. O prefeito de Petrolina tem apenas 30 anos e seria uma cara nova para enfrentar o poderio político e eleitoral do PSB no próximo ano.

Ele prossegue avaliando que Miguel não tem absolutamente nada a perder sendo candidato a governador, e que poderá ser forjado em 2022 como a principal liderança da oposição, ainda que não vença a disputa. O parlamentar acredita que é a hora de apostar no novo para poder ter resultado diferente do que a oposição teve nas vezes em que enfrentou o PSB, e o único que preenche todos os requisitos, segundo ele, é o prefeito de Petrolina.

Debate – Repercutiu no meio jurídico de Pernambuco debate ontem (31) sobre a anulação da Lava Jato, mediado por Aldo Vilela, com o advogado criminalista Antônio Carlos Almeida Castro, o Kakay, e o procurador Cristiano Pimentel, do Ministério Público de Contas (MPCO). Kakay defendeu 35 investigados na Lava Jato.

Nazaré da Mata – O TRE-PE está prestes a julgar o recurso do prefeito de Nazaré da Mata, Nino, que venceu o pleito por apenas 344 votos. O gestor foi cassado por conceder a todos os servidores efetivos gratificações em período vedado. Tendo em vista a robustez da prova, a gravidade do ato e sua potencialidade, a expectativa é que a cassação seja mantida e a cidade enfrente novas eleições.

Próximos… – O prefeito João Campos e o senador Jarbas Vasconcelos se reuniram virtualmente nesta quarta. Trataram das questões do Recife, nesse momento crítico, desde de vacinas, a implantação de medidas possíveis para atenuar o impacto em segmentos da economia da cidade. Falaram também da ajuda emergencial destinada aos mais pobres e da importância de manter um cuidado especial com a zeladoria da cidade.

…E afinados – Jarbas tem acompanhado os passos de João desde a sua eleição e também nesses primeiros meses de gestão. Eles desenvolveram afinidades pessoais e políticas, e Jarbas avalia que o prefeito está na direção certa.

Inocente quer saber – Quem unirá a oposição em 2022?

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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