Blog Edmar Lyra

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 29 de junho de 2022 1 comentário

Coluna da Folha desta quarta-feira

Foto: Divulgação

A verdadeira chapa de Lula em Pernambuco 

A Frente Popular, caso confirme Luciana Santos (PCdoB) disputando a vice-governadoria, na chapa que já tem Danilo Cabral (PSB) como pré-candidato a governador, Teresa Leitão (PT) disputando o Senado e Silvio Costa (Republicanos) como primeiro suplente de senador, estará consolidando a verdadeira chapa de Lula em Pernambuco.

Em comum, todos tiveram ou têm forte vinculação com o ex-presidente Lula e com o PT. Danilo Cabral foi secretário de Planejamento da gestão de João Paulo no Recife, Luciana, por sua vez, tem uma ligação histórica com o PT pela sua militância na esquerda e no PCdoB, Teresa Leitão é um dos maiores expoentes do partido em Pernambuco, e Silvio Costa teve papel determinante na defesa de Lula no embate contra Sergio Moro na época em que o ex-juiz da Lava-Jato beirava a unanimidade, e construiu uma ligação estreita com Lula ao longo da sua vida pública.

Essa chapa tem história de lutas na esquerda e significa um dos projetos mais homogêneos e harmônicos de Pernambuco, uma vez que todos os prováveis integrantes da chapa majoritária  sempre tiveram no campo progressista, sem qualquer vinculação com a direita no estado. Isso, naturalmente será explorado na campanha eleitoral propriamente dita, e o time de Lula ficará cada vez mais claro para o eleitor, que é o time da Frente Popular que será liderado por Danilo Cabral na construção política ao lado de Lula na disputa vindoura.

Aliado de primeira – Deputado estadual que mais buscou a Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação em Pernambuco para levar cursos para suas bases eleitorais, Diogo Moraes fez um grande elogio ao secretário Alberes Lopes. “Conheço Alberes desde que ele era vereador. Ele não é só tem sido uma revelação do quadro de secretários de Pernambuco como tem sido um dos melhores secretários do governador Paulo Câmara, levando uma série de oportunidades para o povo pernambucano, entre elas, a Central de Oportunidades de Pernambuco”.

Reforço – A campanha de Danilo Cabral conquistou o importante reforço do marqueteiro Raimundo Luedy, que teve participação determinante na construção dos projetos de Eduardo Campos em Pernambuco. Ele estava na equipe de Marília Arraes e depois passou a integrar o projeto socialista no estado.

Maturidade – O pré-candidato a deputado estadual Jarbas Vasconcelos Filho (PSB) tem sido muito elogiado pelo amadurecimento político que adquiriu nos últimos anos. Prefeitos e lideranças políticas que conversam com o aspirante a uma cadeira na Alepe reconhecem que Jarbas Filho mudou da água para o vinho e está preparado para exercer seu primeiro mandato eletivo.

Legado – A eleição de Jarbas Vasconcelos Filho para deputado estadual terá uma simbologia muito grande, pois foi na Alepe que o seu pai iniciou a sua trajetória vitoriosa na vida pública em 1970, sendo o único político da história de Pernambuco a vencer seis disputas majoritárias. Ele ficará com a incumbência de dar continuidade ao importante legado do senador Jarbas Vasconcelos para Pernambuco.

Inocente quer saber – O ex-ministro Mendonça Filho topará mesmo ser o senador de Miguel Coelho?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 16 de junho de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta quinta-feira

Foto: Reprodução/Correio Braziliense

Bolsonaro pode fazer aceno a eleitorado feminino e ao agronegócio

O presidente Jair Bolsonaro, que vem encontrando resistências significativas perante o eleitorado feminino para garantir sua reeleição, poderá desistir da ideia de indicar o general Braga Netto para a sua chapa como postulante à vice-presidência e apostar num dos melhores nomes da sua equipe: a ex-ministra Tereza Cristina.

A escolha além de ampliar o palanque, que contaria com a presença do PP, partido de Tereza, na chapa presidencial, seria um reforço junto ao agronegócio, um dos pilares de sustentação do governo no setor produtivo,  ajudaria junto ao eleitorado feminino, extremamente refratário ao presidente em pesquisas sucessivamente divulgadas. Ter uma mulher na chapa presidencial seria um contraponto importante ao seu principal concorrente, o ex-presidente Lula, que optou por Geraldo Alckmin como vice.

O centrão, que foi o grande pilar de sustentação do governo diante das diversas crises, tem forte simpatia pela ideia, e já trabalha abertamente pela escolha. O nome do general Braga Netto é tido como uma opção que não agregaria absolutamente nada ao projeto de reeleição do presidente, pois seria pregar para convertidos, tendo dois militares na chapa presidencial.

Tereza, por sua vez, é pré-candidata ao Senado pelo Mato Grosso do Sul, e desponta como significativo favoritismo, uma vez que a atual mandatária, Simone Tebet, abdicou da reeleição para ingressar na disputa presidencial pelo MDB. E trocar uma eleição encaminhada pela tentativa pelo Planalto não é uma equação das mais fáceis, porém em nome da perspectiva de contribuir para a reeleição do presidente, as chances de Tereza ser escolhida e topar a empreitada aumentaram substancialmente nos últimos dias.

Inserções – O presidente estadual do MDB, deputado federal Raul Henry, foi a grande estrela das inserções do partido veiculadas no estado. Apesar de ser natural, apenas o senador Jarbas Vasconcelos, em menor escala, esteve nas chamadas do partido, enquanto as mulheres pré-candidatas, Iza Arruda e Priscila Ferraz, ficaram de fora das peças.

O fico – Cada vez mais gente aposta na possibilidade de o deputado federal Eduardo da Fonte permanecer na Frente Popular. Ele, que é presidente estadual do PP, pode fazer a conta eleitoral do seu partido para garantir sua reeleição e a eleição de Lula da Fonte para a Câmara Federal, e a aliança com o PSB pode ser o melhor caminho a ser tomado.

De saída – Se por um lado Eduardo da Fonte pode ficar na aliança com o PSB, o deputado federal Sebastião Oliveira (Avante) já é dado como certo no palanque de Marília Arraes na condição de pré-candidato a vice-governador. Apesar dos rumores, Sebá nega que já tenha definido seu caminho.

Recursos – O prefeito do Recife, João Campos, esteve reunido com integrantes bancada federal em Brasília para garantir recursos para a capital pernambucana. João quer consolidar a sua gestão no segundo semestre e conta com a chegada de mais verbas federais para alavancar obras de habitação, saúde, infraestrutura e educação, áreas prioritárias para a sua gestão.

Inocente quer saber – Tereza Cristina topará ser vice de Jair Bolsonaro?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 27 de abril de 2022 1 comentário

Coluna da Folha desta quarta-feira

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Frente Popular aposta em retrospecto favorável para alavancar Danilo Cabral 

Desde que foi oficializado como pré-candidato a governador de Pernambuco, o deputado federal Danilo Cabral tem cumprido uma intensa agenda de encontros e articulações políticas com vistas a sucessão de Paulo Câmara. Em que pese o enorme desafio de manter a hegemonia do PSB em Pernambuco, que completará dezesseis anos em 2022, o retrospecto é favorável aos candidatos socialistas em disputas majoritárias e poderá contribuir para o crescimento de Danilo.

Entre 2006 e 2020 foram sete eleições vencidas pelo PSB, quatro para governador e três para prefeito do Recife. Em comum, todas as disputas o nome socialista largou atrás e cresceu durante a campanha, com a exceção de Eduardo Campos em 2010 na sua reeleição quando liderou de ponta a ponta a disputa contra Jarbas Vasconcelos e venceu por larga margem com mais de 80% dos votos válidos.

As outras disputas denotaram enorme desafio aos candidatos socialistas, que podem até não ter boa largada mas demonstraram ter capacidade de chegada, vide Geraldo Julio em 2012 e 2016, Paulo Câmara em 2014 e especialmente 2018, e João Campos em 2020. Isso geralmente se deu pelo fato de o PSB ter uma tropa numerosa, e uma linha de produção de campanhas eleitorais que adquiriu um know-how jamais visto em Pernambuco.

Portanto, não dá pra menosprezar a capacidade do PSB de se reinventar e vencer disputas difíceis, o que evidencia ser extremamente precipitado cravar a possibilidade de Danilo Cabral sequer chegar ao segundo turno, uma vez que ele conta com o maior número de prefeitos, deputados e partidos que lhe darão uma retaguarda para crescer e se tornar competitivo eleitoralmente nos próximos meses.

Redes – O procurador-geral da República, Augusto Aras, alerta para riscos do uso de redes sociais e da comunicação para atacar pessoas e fragilizar instituições. “Não podemos permitir que o rolo compressor da leviandade, potencializado pelo poder quase ilimitado da disseminação virtual, fragilize nossas instituições”, disse o chefe do Ministério Público Federal (MPF). Aras salientou que utilizar as ferramentas virtuais para destruir reputações, ameaçar pessoas e fragilizar as instituições é tão grave quanto usar a tecnologia para aplicar golpes que causam prejuízos milionários aos cidadãos.

Cotas – O Tribunal de Contas da União (TCU) promove evento para discutir a Lei de Cotas na educação superior. O diálogo “Acesso e democratização da educação superior: 10 anos da Lei de Cotas” ocorre neste 27 de abril, às 9 horas, com transmissão pelo canal do TCU no YouTube. A política de cotas para ingresso em universidades federais foi instituída pela Lei 12.711/2012.

Homenagem – Por iniciativa do vereador Hélio Guabiraba (PSB), a Câmara Municipal do Recife realizará nesta quarta-feira uma homenagem aos jornalistas e colunistas pernambucanos, dentre eles os colunistas da Folha de Pernambuco, Carol Brito, Edmar Lyra, Renata Bezerra de Melo e Roberta Jungmann. A solenidade terá início a partir das 10 horas e será presidida pelo vereador Eriberto Rafael (PP).

Inocente quer saber – Como será o controle das fake news nas eleições deste ano?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 18 de abril de 2022 1 comentário

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Divulgação

Experiência no executivo será diferencial para postulantes ao Palácio 

Desde a redemocratização, Pernambuco foi às urnas dez vezes para eleger seus governadores. Além dos reeleitos Eduardo Campos, Jarbas Vasconcelos e Paulo Câmara, há um diferencial significativo entre aqueles que foram eleitos ao Palácio do Campo das Princesas. Dos seis governadores eleitos, todos tiveram passagem exitosa pelo executivo, vide Roberto Magalhães que tinha sido secretário de Educação em 1970 e vice-governador de Marco Maciel, sendo eleito em 1982, Miguel Arraes que já tinha sido governador, secretário da Fazenda e prefeito do Recife em 1986 e 1994, Joaquim Francisco que já tinha sido secretário, ministro e prefeito do Recife por duas vezes em 1990, Jarbas Vasconcelos que já tinha sido prefeito do Recife por duas vezes, sendo eleito governador em 1998 e 2002, Eduardo Campos que havia passado pela secretaria da Fazenda e pelo ministério da Ciência e Tecnologia antes de ser eleito em 2006 e 2010 e Paulo Câmara que passou por três secretarias no governo anterior para chegar ao Palácio do Campo das Princesas em 2014 e 2018.

Na disputa pelo governo de Pernambuco em 2022 protagonizada pelos pré-candidatos Anderson Ferreira, Danilo Cabral,  Marília Arraes, Miguel Coelho e Raquel Lyra, todos tiveram passagem pelo executivo, sendo três prefeitos, Anderson, Miguel e Raquel, dois secretários de estado, Danilo e Raquel, e apenas Marília ficou somente na esfera municipal quando foi secretária de Juventude da gestão de Geraldo Julio entre 2013 e 2014.

A experiência no executivo dos postulantes e naturalmente a sua capacidade de entrega quando ocuparam seus respectivos postos serão determinantes nas discussões sobre os principais temas de Pernambuco, em especial emprego, renda, saúde, educação e segurança pública, que sinalizam ser extremamente sensíveis à população. Os três ex-prefeitos e os dois deputados federais na disputa terão que demonstrar capacidade de gestão e de liderar Pernambuco a um novo momento a partir de 2023, preservando as conquistas obtidas, em especial na saúde, educação e segurança alcançadas nas gestões do PSB, mas dando um passo mais firme na geração de oportunidades para a população, fazendo de Pernambuco um estado indutor do crescimento econômico e do bem-estar social pelos próximos quatro anos.

Falta um Inocêncio – A deputada federal Marília Arraes recebeu diversas declarações de apoio para a sua postulação ao Palácio do Campo das Princesas, porém nenhuma delas lhe garantiu um partido que lhe dê tempo de televisão nem um bloco de prefeitos que garanta-lhe apoio mais robusto. Muita gente avalia que falta a Marília alguém que faça o papel de Inocêncio Oliveira na campanha de Eduardo Campos em 2006.

Semelhantes – Quem poderia fazer essa função de Inocêncio em 2022 no palanque de Marília Arraes seria André de Paula (PSD), caso seja preterido na disputa pelo Senado da Frente Popular, Eduardo da Fonte (PP), caso não tenha um tratamento merecido pelo PSB e Fernando Bezerra Coelho (MDB), caso decida retirar a pré-candidatura de Miguel Coelho (União Brasil) a governador para apoiar a postulante do Solidariedade.

Fora – A Procuradoria Regional Eleitoral do TRE-SP afirmou que o ex-ministro Sergio Moro não poderá concorrer nestas eleições pelo estado de São Paulo por não comprovar vínculo residencial.

Inocente quer saber – Essa semana sai a definição do senador da Frente Popular?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 15 de abril de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta sexta-feira

Foto: Divulgação

A importância de André da Paula no Senado da Frente Popular 

Após quase dois meses da indicação do deputado federal Danilo Cabral como pré-candidato a governador, a Frente Popular está em vias de definir o nome que disputará o Senado Federal em outubro. Três nomes estão formalmente colocados, mas apenas dois estão efetivamente no jogo para a oficialização. A vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) foi lançada para o cargo sem muita ressonância entre os partidos que sustentam a coalizão socialista. Enquanto o PT oficializou a indicação do deputado federal Carlos Veras e o PSD já tinha o deputado federal André de Paula.

Das opções plausíveis, André de Paula e Carlos Veras, em que pese toda relevância do PT, é fundamental levar em consideração a necessidade de ampliação do palanque, buscando eleitores que divirjam da trajetória do cabeça de chapa. Essa estratégia não é nova, Miguel Arraes nas eleições de 1986 e 1994 sempre buscou nomes de espectros ideológicos diferentes do seu, a exemplo de Antônio Farias na sua volta ao Palácio do Campo das Princesas após o regime militar, e na segunda ocasião quando buscou Armando Monteiro Filho para sua chapa para vencer a eleição em 1994.

Eduardo Campos trilhou caminho semelhante quando deu a Armando Monteiro Neto a vaga de senador na sua reeleição em 2010, quando tinha condições eleitorais de colocar qualquer que fosse o nome que iria sagrar-se vitorioso, mas preferiu ampliar o palanque. 2018 novamente o governador Paulo Câmara colocou perfis antagônicos na sua chapa como Humberto Costa e Jarbas Vasconcelos e venceu a disputa levando consigo os dois senadores.

A eleição do Recife comprova que o eleitor metropolitano está bastante refratário ao Partido dos Trabalhadores. Quem elegeu João Campos no segundo turno foi exatamente o eleitor de centro-direita, que na última etapa do pleito fez a opção pelo PSB contra a alternativa do PT, que foi Marília Arraes. Indiscutivelmente o eleitor de centro-esquerda deverá marchar com Danilo Cabral que terá o voto lulista em sua maioria, e será no eleitor de centro o caminho da consolidação de vitória de quem for o postulante a governador.

Com forte trajetória na centro-direita, em especial com voto metropolitano, André de Paula é de longe a alternativa que amplia o palanque da Frente Popular e ajudará o PSB a conquistar eleitores refratários ao PT, sem André e com um partido de esquerda no Senado, o projeto de Danilo Cabral ficará mais restrito ideologicamente e naturalmente prejudicará seu crescimento na campanha porque pregará apenas para convertidos.

Presidenciável – O deputado federal Luciano Bivar foi oficializado como pré-candidato à presidência da República pelo União Brasil. O dirigente do partido já foi candidato ao mesmo cargo em 2006 quando ainda era do PSL. Os partidos de centro definirão em maio a chapa apresentada.

Feliz Páscoa – Desejamos a todos os leitores da coluna uma Feliz Páscoa, e que o real significado da data seja celebrado por todas as famílias. Em especial após dois anos difíceis de enfrentamento da pandemia e com um cenário de arrefecimento e retomada dos dias melhores.

Inocente quer saber – Quem o PT indicará para a vaga de vice-governadora da Frente Popular?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 31 de janeiro de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A importância de PP, PSD, MDB, PDT e Republicanos para a Frente Popular

O PSB possui uma hegemonia que completará dezesseis anos em Pernambuco com quatro vitórias para o Palácio do Campo das Princesas e três para a Prefeitura do Recife, mas as vitórias obtidas pelo partido se deram pelo conjunto de forças da Frente Popular e não necessariamente pelo apoio de um partido específico.

Nas vezes em que Miguel Arraes foi governador no período democrático, em 1986 e 1994, buscou nomes mais ao centro, garantindo ao seu projeto uma pluralidade política e ideológica, o mesmo aconteceu com Jarbas Vasconcelos, Eduardo Campos e Paulo Câmara, que tiveram em suas respectivas chapas nomes de posicionamentos até antagônicos.

É neste contexto que se insere a formação da chapa majoritária da Frente Popular nas eleições deste ano, cabendo ao PSB a necessidade de reconhecer a importância do PT para o êxito do seu projeto, garantindo-lhe espaço na chapa majoritária, mas sem desconsiderar o peso e a representatividade de PP, PSD, MDB, PDT e Republicanos, que têm legitimidade de figurar na composição majoritária tanto do ponto de vista político quanto eleitoral, uma vez que todos esses partidos possuem cerca de 30 parlamentares na Câmara dos Deputados, garantindo ao projeto liderado pelo PSB a competitividade necessária para a disputa de outubro.

Portanto, na composição da chapa majoritária da Frente Popular, ainda que seja muito importante a presença do PT, o PSB não poderá negligenciar a possibilidade de ter um desses partidos extremamente representativos em um dos três cargos que estarão em jogo na disputa de outubro.

Fora – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que recentemente filiou-se ao PSD, já admite reservadamente que não será candidato à presidência da República nas eleições deste ano. Com apenas 1% nas pesquisas, Pacheco percebeu que não tinha viabilidade eleitoral, o que facilita um entendimento do PSD de Gilberto Kassab com a postulação do ex-presidente Lula.

Reeleição – Outro que também pode sair da disputa pelo Palácio do Planalto é o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que figura com apenas 2% em todas as pesquisas mesmo sendo governador do maior estado da federação. Ele teve uma melhora de sua avaliação junto ao eleitorado paulista, o que poderia justificar uma tentativa de reeleição em vez de aventurar-se na disputa presidencial.

Candidato – Por falar em São Paulo, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, será candidato a governador de São Paulo pelo PL com o apoio do presidente Jair Bolsonaro. Tarcísio tem feito um grande trabalho na sua pasta, sendo bastante elogiado até pelos adversários do presidente Jair Bolsonaro, o que o credencia para tentar o Palácio dos Bandeirantes em outubro.

Destino – O MDB, presidido pelo deputado federal Raul Henry, poderá ser o destino do deputado federal Augusto Coutinho, que atualmente encontra-se no Solidariedade. Coutinho só migrará de sigla se não conseguir montar chapa no seu atual partido.

Inocente quer saber – Qual partido mais ao centro será contemplado na majoritária da Frente Popular?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 3 de janeiro de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Sérgio Lima/PODER 360

A interessante disputa pelo Senado Federal 

As eleições para o cargo de senador da República em Pernambuco ficaram marcadas pelo fato de ser uma disputa secundária em relação ao cargo de governador, algumas vezes considerada um prêmio de consolação para quem não conseguiu encabeçar a chapa na condição de governador. Nomes como Miguel Arraes e Eduardo Campos não quiseram disputar a Câmara Alta após o término de seus mandatos como governadores, tendo apenas Jarbas Vasconcelos ao concluir seus mandatos como governador decidido disputar e vencer a vaga pelo Senado Federal no já distante ano de 2006.

Em 1986, por exemplo, outra situação interessante. Então governador de Pernambuco, Roberto Magalhães renunciou para disputar uma das duas vagas naquela ocasião para o Senado Federal, mas acabou derrotado para Antonio Farias e Mansueto de Lavor, candidatos com o apoio de Miguel Arraes, que encabeçava a chapa para o Palácio do Campo das Princesas.

Apesar de historicamente não receber o valor devido em Pernambuco, um senador da República tem um grande papel em Brasília. Além dos oito anos de mandato, dobro de um deputado federal, um senador possui atribuições bastante interessantes como legislar sobre a nomeação de integrantes para diversas cortes, no âmbito das emendas parlamentares, os senadores possuem um montante maior do que os deputados federais, e outras atribuições que fazem com que muitos políticos sonhem em ocupar o Senado Federal.

Apesar de representar muito prestígio ser senador da República em Brasília, a disputa deste ano ainda está completamente aberta. O atual mandatário da vaga, Fernando Bezerra Coelho, não deverá ser candidato à reeleição para viabilizar a candidatura do seu filho Miguel a governador. O governador Paulo Câmara, também nome naturalíssimo e extremamente competitivo, poderá não renunciar ao cargo de governador para disputar o Senado em outubro, o que deixa a disputa bastante interessante.

De olho na vaga estariam os deputados federais André de Paula (PSD), Eduardo da Fonte (PP),  Silvio Costa Filho (Republicanos) e Wolney Queiroz (PDT), todos pela Frente Popular, enquanto pela oposição nomes como Armando Monteiro (PSDB), Anderson Ferreira (PL), Daniel Coelho (Cidadania) e Gilson Machado (PSC) não descartam tentar ocupar o Salão Azul a partir de 2023. Por ser historicamente uma disputa secundária em Pernambuco, a definição dos candidatos a senador deverá acontecer somente após a confirmação de quem disputará o Palácio do Campo das Princesas.

Salto – Os deputados estaduais Clodoaldo Magalhães (PSB), Guilherme Uchôa Junior (PSC), Lucas Ramos (PSB) e Teresa Leitão (PT) tentarão mandato na Câmara dos Deputados em outubro. Já o atual presidente da Alepe, Eriberto Medeiros (PP), ainda está indefinido quanto a esta possibilidade, porém poderá oficializar a tentativa. Todos possuem excelentes chances de vitória.

Dificuldade – Muitos partidos iniciam 2022 com muita preocupação para a montagem das chapas proporcionais. Em Pernambuco, apenas PSB, PT, PP e PL despontam com chances de eleger bancadas representativas, os demais terão que se reinventar para conseguir emplacar parlamentares na Assembleia Legislativa de Pernambuco e na Câmara dos Deputados em outubro.

Inocente quer saber – Quem possui as melhores condições de se eleger senador em outubro?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 28 de dezembro de 2021 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta terça-feira

Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Jarbas e Humberto podem ajudar Paulo Câmara na construção do sucessor 

Senadores eleitos pela Frente Popular em 2018, Jarbas Vasconcelos e Humberto Costa lideram dois partidos importantes na coalizão comandada pelo PSB em Pernambuco, o MDB e o PT, respectivamente. Duas lideranças incontestáveis no conjunto de forças que sustenta o PSB, Jarbas e Humberto poderão ajudar o governador Paulo Câmara na construção do nome com os demais atores da Frente Popular para a sua sucessão.

Na bolsa de apostas, permanecem quatro nomes, os secretários Geraldo Julio e José Francisco Neto e os deputados federais Danilo Cabral e Tadeu Alencar. Qualquer que seja a escolha do governador, será preciso uma construção política com os demais atores da Frente Popular. A prerrogativa de indicar o nome é de Paulo Câmara e certamente o seu escolhido passará pelos partidos sem maiores problemas, mas evidentemente que ter os senadores Jarbas Vasconcelos e Humberto Costa como fiadores do nome será um apelo ainda maior na construção do candidato e no objetivo de dissipar qualquer tipo de dúvida sobre o projeto do PSB.

Políticos experientes, Jarbas Vasconcelos e Humberto Costa estão no segundo mandato no Senado Federal e exercem não só uma liderança local como são nomes respeitados no âmbito nacional, e a presença de ambos no palanque da Frente Popular será imprescindível para alavancar aquele que vier a ser oficializado por Paulo Câmara em janeiro.

Desenvoltura – Pré-candidato a deputado federal, o vice-presidente estadual do Progressistas, Lula da Fonte, reuniu a imprensa para a confraternização de fim de ano. Na ausência do deputado federal Eduardo da Fonte, que estava se recuperando da terceira dose da vacina contra a Covid-19, Lula da Fonte conduziu com desenvoltura a conversa com diversos jornalistas. O jovem político tem em seu DNA a herança dos ex-senadores Wilson Campos e Carlos Wilson pela família materna, e herdando deputado Eduardo da Fonte a capacidade de articulação pela família paterna.

Confiança – O vice-presidente do PP, Lula da Fonte, afirmou acreditar no potencial das chapas proporcionais do seu partido nas eleições do próximo ano. De acordo com o dirigente progressista, o partido poderá eleger de três a quatro federais e pelo menos repetir a bancada da Alepe, atualmente composta por onze parlamentares.

Susto – O ex-deputado federal Silvio Costa teve um princípio de infarto na madrugada do domingo para a segunda, mas foi internado e passou por um procedimento para a colocação de dois stents. O ex-parlamentar já se recupera bem e voltará em breve ao batente político nas articulações de 2022.

500 mil votos – Um importante ator do União Brasil afirmou que o partido já teria em suas contas a marca de 500 mil votos para deputado federal com os nomes que deverão ser lançados em 2022. A legenda poderá apresentar 26 candidatos à Câmara Federal e pretende eleger de três a quatro federais, dentre eles os atuais Fernando Filho e Luciano Bivar.

Inocente quer saber – A pré-candidatura de Sergio Moro a presidente da República já perdeu o encanto?

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista da Rádio Folha e de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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