Blog Edmar Lyra

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 18 de janeiro de 2021 1 Comment

Coluna da Folha desta segunda-feira

Claudiano Filho assume secretaria e reforça laços entre PP e PSB

Pouca gente se lembra, mas o PP foi um dos cinco partidos que apoiaram a candidatura do então deputado federal Eduardo Campos a governador. Esta sólida aliança fez com que o PP estivesse na Frente Popular em todas as vitórias do PSB para governador de Pernambuco.

Ao longo dos últimos quatorze anos, o PP também cresceu eleitoralmente, hoje possui onze deputados estaduais e quatro vereadores do Recife, além disso comanda a Assembleia Legislativa de Pernambuco com o deputado Eriberto Medeiros, que é um importante parceiro do governador Paulo Câmara na Casa Joaquim Nabuco.

Após ocupar alguns postos no governo Paulo Câmara, o PP assumirá a importante secretaria de Desenvolvimento Agrário com o deputado estadual Claudiano Filho, que diga-se de passagem, tomou uma decisão que poucos executariam, que foi licenciar-se do cargo para dar espaço a Marcantonio Dourado Filho assumir o mandato. O movimento de Claudiano teve dois componentes, o primeiro da fidelidade partidária ao encarar uma missão sem garantias, e o segundo da confiança no governador Paulo Câmara, a quem tem uma dedicação irrestrita na Alepe.

A chegada de Claudiano Filho eleva o PP na Frente Popular e reforça os laços entre o partido e o PSB, que teve nova importante vitória em 2020 e buscará manter a sua hegemonia em 2022 e contará com o PP, que é presidido pelo deputado federal Eduardo da Fonte em Pernambuco.

Anderson Ferreira – O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), durante entrevista a um programa de televisão no final de semana, reafirmou a sua intenção de percorrer o estado para dialogar com as pessoas com vistas a 2022. Reeleito em 2020, Anderson é considerado um dos principais nomes para a sucessão de Paulo Câmara.

Intervenção – O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), pediu ao presidente Jair Bolsonaro para decretar intervenção federal na saúde pública do Amazonas. O pedido foi oficializado na última sexta-feira (15).

Vacinação – A aprovação da CoronaVac e da AstraZeneca por parte da Anvisa foi o start para o início da vacinação em todo o país. A expectativa é que nesta quarta-feira tenhamos vacinações nos estados para o grupo de risco contra a COVID-19.

Pernambucano – O advogado pernambucano Alex Machado Campos foi um dos cinco diretores da Anvisa que aprovaram as duas vacinas contra a COVID-19. Alex já atuou como chefe de gabinete de Luiz Henrique Mandetta quando era ministro da Saúde, e também atuou com o deputado federal André de Paula.

Fortalecido – Com a aprovação da CoronaVac, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), saiu bastante fortalecido com vistas a 2022. A sua iniciativa de financiar uma vacina foi determinante para atingir o objetivo de começar a imunizar os brasileiros ainda em janeiro. Doria poderá disputar a presidência da República contra Jair Bolsonaro.

Inocente quer saber – Em quanto tempo atingiremos a imunidade coletiva no Brasil contra a COVID-19?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 7 de dezembro de 2020 1 Comment

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Andrea Rego Barros

PSB se reconciliou com classe média no 2º turno 

Na reeleição de Paulo Câmara em 2018, o PSB fez a opção de se reaproximar do PT colocando o senador Humberto Costa na chapa majoritária. Apesar da vitória ainda no primeiro turno, ficou latente a insatisfação do eleitor de classe média no Recife que votou em Jair Bolsonaro para presidente e não quis votar na Frente Popular de forma maciça.

O episódio se repetiu no primeiro turno de 2020, quando a classe média fez claramente uma opção pela oposição, dividindo-se entre Mendonça Filho e Patrícia Domingos, porém as circunstâncias colocaram PT e PSB no segundo turno, e ela foi obrigada a ter que se posicionar, e foi fiel da balança para a terceira vitória seguida do PSB na capital pernambucana.

O prefeito eleito do Recife, João Campos, terá como desafio para os próximos quatro anos, manter essa relação harmônica com este segmento da sociedade, que é mais crítico, mais antenado e capaz de criar um sentimento comum na sociedade, seja positivo ou negativo, sobre a gestão.

Atuar na manutenção dos bairros como limpeza, iluminação e pavimentação, bem como instalação de equipamentos públicos renovados, deverá ser uma prioridade do prefeito João Campos, que poderá fazer como seu pai, que apesar de ser de centro-esquerda, conquistou a confiança deste eleitorado mais refratário ao seu campo político por estabelecer diálogo e ações permanentes que mantiveram a sintonia da sua gestão com este segmento da sociedade.

Mulheres – Pelo menos duas mulheres podem integrar o primeiro escalão do prefeito eleito João Campos. Para Turismo e Lazer, Ana Paula Vilaça deverá ser mantida, enquanto na Saúde, ganha força o nome de Luciana Albuquerque, que ocupa a secretaria executiva de saúde e epidemiologia do estado.

Promessa – O prefeito eleito prometeu que 50% dos cargos de liderança da sua gestão seriam ocupados por mulheres. Ao avançar com Luciana e Ana Paula, João Campos evidencia que irá cumprir uma de suas promessas de campanha.

Romerinho Jatobá – Primeiro-secretário da Câmara Municipal do Recife, o vereador reeleito Romerinho Jatobá (PSB) deverá ser mantido na mesa diretora da Casa José Mariano. Apesar de ocupar a primeira-secretaria, não estaria descartada a possibilidade de Romerinho ser presidente da Casa.

Proporcionalidade – Se for respeitada a tese da proporcionalidade na Câmara do Recife, o PSB terá direito a pelo menos três cargos na mesa diretora, enquanto o PP poderá ficar com um a dois cargos para o próximo biênio. PT e PSC ficariam com os cargos restantes.

Inocente quer saber – O prefeito eleito João Campos convocará algum vereador para a sua equipe?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 17 de novembro de 2020 4 Comments

Coluna da Folha desta terça-feira

Divisão na direita beneficia novamente PT e PSB 

A oposição formada por Democratas, PSDB, Cidadania e agora Podemos, sofreu a sexta derrota seguida para a dobradinha PT e PSB no Recife. Além das duas derrotas para João Paulo e para João da Costa em 2008, pela terceira vez seguida a oposição é derrotada pela esquerda em 2020 por erros de estratégia.

Em 2012, Mendonça Filho teve votos de menos, e inviabilizou a ida de Daniel Coelho ao segundo turno, em 2016, Priscila Krause lançou a candidatura e seus votos faltaram a Daniel para ir ao segundo turno, no domingo passado, novamente os votos obtidos por Mendonça Filho e Patrícia Domingos seriam suficientes para garantir um nome de direita no segundo turno, fato que não aconteceu pela divisão oposicionista.

Hoje, Mendonça Filho e Patrícia Domingos já anunciaram pela neutralidade no segundo turno entre João Campos e Marília Arraes, mas eles foram protagonistas de uma briga fratricida, com ataques além do normais de Mendonça para Patrícia, que foram suficientes para inviabilizar a delegada de ir ao segundo turno, mas insuficientes para garantir Mendonça na segunda etapa.

Anunciar neutralidade e criticar a ida de PT e PSB ao segundo turno é uma postura bastante contraditória da oposição, porque ela é incapaz de se unir, de apresentar um projeto competitivo de cidade e ainda possui autofagia durante a campanha eleitoral.

Se há culpados por João Campos e Marília Arraes estarem no segundo turno, eles não são o eleitor recifense, que fez sua legítima escolha, mas sim o próprio Mendonça, Daniel Coelho, Patrícia Domingos e os demais partidos que lançaram seis candidaturas sabendo que todos perderiam a eleição se não houvesse a unidade. Enquanto a oposição continuar colocando os projetos pessoais acima de um projeto político, o poder ficará sempre nas mãos do PT e do PSB tanto no Recife quanto no estado.

Remake – Pela terceira vez em eleições majoritárias, Mendonça Filho mira o adversário errado durante as campanhas. Foi assim com Humberto Costa em 2006, com Jarbas Vasconcelos em 2018 e agora com a Delegada Patrícia, quando deveria ter centrado fogo em Eduardo Campos, Humberto Costa e Marília Arraes, respectivamente.

Apoios – Presidente estadual do Podemos, o deputado federal Ricardo Teobaldo anunciará nesta terça-feira o apoio do partido a Marília Arraes no segundo turno. O ex-senador Armando Monteiro também é esperado no palanque de Marília.

Vicência – O prefeito reeleito Guiga (Cidadania) conquistou a maior votação proporcional do estado com 85,06% no último domingo, consolidando-se como uma das principais lideranças políticas da Mata Norte.

Civilidade – O presidente do TRE-PE, Frederico Neves, solicitou aos advogados de João Campos e Marília Arraes que eles adotassem a civilidade e evitassem aglomerações durante o segundo turno para prefeito do Recife.

Propaganda – A propaganda eleitoral gratuita do rádio e da televisão iniciará na próxima sexta-feira (20) e ficará até a sexta-feira (27) com dois blocos de dez minutos, sendo cinco para cada candidato e número de inserções iguais para os dois postulantes.

Inocente quer saber – Como virão as primeiras pesquisas de segundo turno?

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Postado por Edmar Lyra às 0:01 am do dia 5 de novembro de 2020 Leave a Comment

Coluna da Folha desta quinta-feira

Miguel Coelho busca consolidação em Petrolina 

Com apenas 30 anos de idade, Miguel Coelho (MDB) tem em sua curta trajetória a experiência de ter sido deputado estadual eleito em 2014, e prefeito da principal cidade do sertão pernambucano, Petrolina, em 2016. Naquela ocasião, Miguel buscava reaver a prefeitura da cidade para a sua família, que ficou nas mãos de Julio Lossio entre 2009 e 2016.

Passados quatro anos, Miguel Coelho chega nesta reta final sob a perspetiva de ser reeleito com uma das maiores votações entre os principais centros urbanos de Pernambuco. Uma reeleição com mais de 80% dos votos válidos poderá fazer do prefeito de Petrolina uma importante promessa para a disputa de governador de Pernambuco daqui a dois anos, quando seria um dos mais jovens candidatos ao Palácio do Campo das Princesas da história.

Na eleição de 2022, o clã Coelho possui além de Miguel, a possibilidade de reeleição do senador Fernando Bezerra Coelho, que estará encerrando seu mandato de oito anos na Câmara Alta. O grupo terá que fazer uma escolha entre a permanência do senador Fernando Bezerra em cargos majoritários ou apostar na renovação do grupo com Miguel.

Faltando poucos dias para a disputa, os olhos do mundo político de Pernambuco estarão centrados na capital do São Francisco, pois de lá poderemos ter um importante player para a sucessão de Paulo Câmara em 2022.

Segundo turno – Caso as urnas apontem para um segundo turno para prefeito do Recife, será somente a terceira ocasião em que a disputa irá a uma segunda etapa na capital pernambucana. Antes, tivemos em 2000 João Paulo x Roberto Magalhães e 2016 onde o próprio João Paulo enfrentou Geraldo Julio. Em todas as outras ocasiões, Recife escolheu seu prefeito na primeira etapa.

Críticas – A candidata Delegada Patrícia continua sendo alvo de seus adversários, agora foi a vez do Coronel Feitosa e de Charbel Maroun de fazerem críticas à postulante do Podemos em seus respectivos guias eleitorais no tocante às declarações proferidas em suas redes sociais.

Pessoal – Na avaliação de um parlamentar da bancada federal, a disputa entre Mendonça Filho e Daniel Coelho para ver quem fica com mais votos na oposição deixou o campo político para entrar no pessoal. Eles estão numa disputa tão grande para um derrotar o outro que estão esquecendo de que seus adversários são Marília Arraes e João Campos.

Hospital – O prefeiturável João Campos anunciou ontem mais uma proposta de impacto na disputa do Recife. Se for eleito, João pretende construir o Hospital da Criança do Recife. O equipamento se somará aos hospitais da Mulher, do Idoso e de outras unidades de saúde construídas nas gestões do PSB.

Saúde – Em 2006, Eduardo Campos ganhou a eleição prometendo construir três hospitais, sob fortes críticas de Mendonça Filho e Humberto Costa, seus adversários daquele pleito. Naquela ocasião a área da saúde era uma das prioridades da população, o que impulsionou Eduardo. Os desafios com a saúde permanecem na capital pernambucana.

Inocente quer saber – O resultado da eleição americana possui algum impacto significativo na política brasileira?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 2 de novembro de 2020 2 Comments

Coluna da Folha desta segunda-feira


A diferença entre a esquerda e a direita em disputas eleitorais 

O ano de 2020 marca quatorze anos de uma eleição histórica em Pernambuco, quando Eduardo Campos foi eleito governador, derrotando o então candidato à reeleição Mendonça Filho por uma diferença de mais de um milhão de votos. Naquela disputa, Humberto Costa era o líder nas pesquisas empatado tecnicamente com o candidato do PFL, enquanto Eduardo Campos era o terceiro colocado, até que um escândalo atrapalhou Humberto Costa, exaustivamente utilizado por Mendonça em seu guia e fez com que o candidato do PSB tivesse 33,81% dos votos válidos contra 25,14% do petista e chegasse ao segundo turno.

Na segunda etapa, Humberto declarou voto a Eduardo e fez a campanha como se fosse dele, permitindo uma mudança no cenário político de Pernambuco que até hoje se faz presente. O gesto altruísta de Humberto foi um diferencial naquele pleito e que merece reconhecimento histórico.

Diferentemente daquele ano, onde a esquerda se uniu e impôs uma derrota antológica ao candidato Mendonça Filho, em 2020 a direita faz exatamente o oposto na disputa pela prefeitura do Recife. Com o crescimento da Delegada Patrícia (Podemos), esperava-se que PT e PSB partissem para o ataque contra a candidata, que encontra-se no espectro de centro-direita, porém petistas e socialistas não precisaram se dar ao trabalho de desconstruir a candidata do Podemos, porque Mendonça Filho, insatisfeito com o crescimento da delegada, decidiu fazer a desconstrução em seu guia, e ajudando a fortalecer a polarização entre João Campos e Marília Arraes, atestada em diversas pesquisas eleitorais.

Quando se enxerga uma hegemonia de dezesseis anos do PSB no âmbito estadual e de vinte anos de PT e PSB na capital pernambucana com chances cada vez mais reais de se repetir em 2020, é preciso recorrer à postura da direita que é autofágica e que não aceita que um nome do seu próprio campo seja vitorioso para não perder o protagonismo na oposição. O belo gesto de Humberto em 2006, que foi fundamental para a Frente Popular sagrar-se vitoriosa, não deve ser repetido pela oposição este ano, que corre um sério risco de pela segunda vez seguida assistir de camarote a um segundo turno entre PT e PSB no Recife.

Menos danosas – O advogado Delmiro Campos elaborou uma nota técnica à respeito da resolução 372 do TRE/PE, proibindo atos presenciais causadores de aglomerações. Na nota, propostas de interpretações menos danosas aos candidatos e de diálogo com a justiça eleitoral. Segundo o Delmiro Campos, as campanhas poderiam trocar as grandes carreatas por um modelo com até 05 carros e o compromisso de não aglomerar.

General Mourão – O candidato a prefeito do Recife Marco Aurélio (PRTB) esteve novamente com o vice-presidente General Mourão, que gravou novo vídeo em apoio a sua candidatura. Além de ser candidato a prefeito, Marco Aurélio é correligionário de Mourão e líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Inocente quer saber – Num eventual segundo turno entre João Campos e Marília Arraes, quem logrará êxito?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 4 de setembro de 2020 Leave a Comment

Coluna da Folha desta sexta-feira

A história das eleições no Recife desde 1985

A história política das eleições no Recife mostra que em apenas duas ocasiões tivemos segundo turno. Desde 1985, somente em 2000 e 2016 as disputas chegaram a duas etapas. Coincidentemente João Paulo fez parte delas, e ainda mais coincidência que os prefeitos buscavam reeleição. Na primeira ocasião, Roberto Magalhães enfrentou apenas cinco candidatos, mas somente três chegaram a dois dígitos. Em 2000, tivemos virada e numa disputa apertada João Paulo acabou vitorioso.

Na segunda ocasião, a disputa teve oito candidatos, mas somente Geraldo Julio, João Paulo e Daniel Coelho tiveram dois dígitos nas urnas. Os demais ficaram com um dígito. Geraldo sagrou-se vitorioso na segunda etapa e teve a maior votação nominal da história do Recife.

Uma coincidência dos pleitos do Recife em todas as ocasiões de 1985 a 2016 somente os três primeiros conseguem chegar a dois dígitos, os demais minguam completamente e nas duas vezes em que tivemos segundo turno ficou faltando menos de 1% para Roberto Magalhães e Geraldo Julio liquidarem a fatura na primeira etapa.

A história das eleições mostra que há uma forte tendência de candidatos que não polarizam a disputa minguarem, e que o eleitor, apesar de geralmente se dividir bem entre os polos, gosta de resolver logo a fatura. Outra nuance é que de 1985 a 2016, somente em duas ocasiões tivemos prefeito com origem de direita no Recife, Joaquim Francisco em 1988 e Roberto Magalhães em 1996, com o adendo que este último teve papel determinante de Jarbas Vasconcelos, então prefeito, claramente de esquerda, para vencer a disputa, enquanto Joaquim Francisco havia sido prefeito nomeado pelo regime militar e gozava de alta popularidade na cidade quando tentou o segundo mandato.

Largada – Em Caruaru, a força da oposição está sendo capitaneada pelo grupo do deputado estadual Delegado Lessa. Ele saiu na frente e anunciou o empresário Manoel Santos como pré-candidato a vice-prefeito, em defesa de pautas como o desenvolvimento econômico, a empregabilidade e a eficiência no serviço público com foco em quem mais precisa. A aliança entre os partidos Progressistas, PSL, PROS e Republicanos possibilitará um guia de TV de mais de 2 minutos e um exército de candidatos ao legislativo municipal de mais de 120 vereadores. Em 2016, quando estreou na política, Lessa teve um guia de 58 segundos e conquistou 41.102 votos.

Indenização – A 2ª Vara Cível de São Paulo condenou o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) a indenizar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 10 mil reais. O motivo foi a acusação de que o hoje ministro já advogou para uma facção criminosa.

Gravação – O candidato a prefeito do Recife pelo PRTB, deputado Marco Aurélio, viaja rumo a Brasília para gravar com o vice-presidente da República general Hamilton Mourão mensagens para a campanha eleitoral. Ele irá acompanhado do presidente estadual do PRTB, Edinázio Silva.

Semente – Na eleição de 1992 quando disputou sua primeira majoritária, Eduardo Campos foi candidato a prefeito do Recife e teve como vice Roldão Joaquim. Aquela eleição foi a semente para Eduardo sonhar com voos mais altos, chegando ao governo de Pernambuco 14 anos depois.

Inocente quer saber – Teremos alguma reviravolta na oposição nos próximos dias?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 19 de agosto de 2020 9 Comments

Coluna da Folha desta quarta-feira

A histórica entrevista com Lula 

Figura central dos últimos 30 anos da política brasileira, Luiz Inácio Lula da Silva foi forjado no sindicalismo, fundando aquele que seria o maior partido da América Latina, o Partido dos Trabalhadores. Disputou cinco vezes a presidência da República, sendo vitorioso em duas ocasiões, e ainda foi figura central das três eleições seguintes após deixar o Planalto.

Amando ou odiando Lula, é inegável reconhecer a sua importância para a política brasileira e igualmente para o seu estado natal, Pernambuco, pois quando foi presidente da República entre 2003 e 2010, transformou nosso estado num canteiro de obras e de investimentos públicos e privados. Na presidência da República, Lula trouxe a refinaria, o estaleiro, a Hemobras, e ainda ajudou na chegada de empresas que se instalaram aqui.

A sua parceria com Eduardo Campos, que foi seu ministro da Ciência e Tecnologia, entre 2007 e 2010 legou a Pernambuco o melhor momento econômico de toda a sua história, e isso fez tanto de Lula quanto de Eduardo, dois homens públicos inesquecíveis para o nosso estado.

Maior liderança da esquerda brasileira, Lula é o nosso entrevistado nesta quarta-feira a partir das 18 horas através de uma live em nosso Instagram, cuja entrevista será retransmitida por diversas emissoras encabeçadas pela Rádio Folha, do Grupo EQM. A entrevista terá um caráter histórico e imprescindível para a véspera de um processo eleitoral municipal que tem como pano de fundo uma pandemia que mexeu na realidade do povo brasileiro.

Ouvir o que Lula tem a dizer a Pernambuco e ao Brasil sobre o PT, Sérgio Moro, Jair Bolsonaro, Marília Arraes, João Campos, Eduardo Campos e naturalmente as eleições de 2022 será fundamental para quem gosta de política e busca entender os próximos passos que teremos nas eleições deste ano e principalmente nas eleições presidenciais de 2022. É imperdível!

Impeachment – O ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o prosseguimento do impeachment contra o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL). Barroso deferiu liminar, em reclamação da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, contra uma decisão do Tribunal de Justiça do de Santa Catarina (TJSC) que havia suspendido o impeachment. Outro governador ameaçado de impeachment é Wilson Witzel (PSC), do Rio de Janeiro.

Salvo – No final da noite da véspera do julgamento decisivo, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma “tutela provisória” em favor do procurador Deltan Dallagnol, suspendendo os procedimentos contra o coordenador da Lava Jato que seriam julgados no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Deltan poderia até ser afastado da Lava Jato. Celso de Mello, oriundo do MP de São Paulo, completou nesta semana 31 anos como ministro do STF. Foi nomeado pelo ex-presidente José Sarney (MDB).

Apoio – O PSD do deputado federal André de Paula será mais um partido a confirmar o apoio a pré-candidatura de João Campos a prefeito do Recife. Com isso, João garante o maior tempo de televisão na TV e no Rádio da eleição de novembro.

Inocente quer saber – O que Lula dirá sobre a disputa pela prefeitura do Recife?

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Postado por Edmar Lyra às 7:23 am do dia 18 de agosto de 2020 Leave a Comment

Miguel Arraes – Compromisso Popular

Por João Campos*

Nesse último 13 de agosto, fez 15 anos da morte do ex-governador Miguel Arraes, meu bisavô. Por uma infeliz coincidência, é também a data da morte do meu pai, há seis anos. São datas idênticas, mas de anos diferentes. Devo aos dois, com muita honra e muito orgulho, a minha formação pessoal e política. Lembro bem que na minha infância costumava ir com meus pais visitar Dr. Arraes, na Rua do Chacon, no bairro de Casa Forte, no Recife. Guardo na memória a imagem do meu pai conversando com o avô e de vez em quando uma sonora gargalhada quebrava o silêncio do terraço onde os dois costumavam falar sobre política.

Dr. Arraes foi deputado estadual, federal, prefeito do Recife e três vezes governador de Pernambuco. Meu pai trilhou um caminho na política que o levou a sentar duas vezes na cadeira de governador, depois de ter sido deputado estadual, federal e ministro.

Os dois juntos, avô e neto, deixaram, cada qual no seu tempo, traços marcantes de uma política pública voltada para a população, em geral. Mas, com uma prioridade clara para os mais necessitados.

Dr. Arraes, como prefeito, criou o Movimento de Cultura Popular – um programa para educar jovens e adultos pobres da periferia do Recife, que tiveram também os primeiros contatos com a pintura, a poesia e o teatro. Foi, por exemplo, no MCP, que o saudoso ator global José Wilker, morador na época de Olinda, viveu suas primeiras experiências artísticas.

Como prefeito, Miguel Arraes também instalou chafarizes na periferia do Recife para evitar longas caminhadas dos moradores pobres em busca de água. E coordenou os trabalhos do traçado urbano do bairro da Imbiribeira, abriu as avenidas Sul, Abdias de Carvalho, Conselheiro Aguiar, concluiu a Avenida Norte e pavimentou com concreto a Avenida Boa Viagem.

Como governador, ampliou o MCP e sentou, na mesma mesa, trabalhadores da cana de açúcar e usineiros, celebrando uma negociação entre patrões e empregados que ficou conhecida como o “Acordo do Campo”. Foi esse pacto que regularizou os salários dos canavieiros e estabeleceu regras trabalhistas, distensionando assim os conflitos sociais que tanta violência geraram.

Em abril de 1964, o governador Miguel Arraes teve o mandato interrompido pelo golpe militar e se exilou na Argélia com a família. Só retornou a Pernambuco no fim da década de 70. E governou o Estado por mais dois mandatos, sempre de olho nas ações que priorizavam a população mais pobre de Pernambuco. Criou programas de irrigação e de eletrificação rural de pequenas prioridades, abriu linhas de crédito agrícola e criou o programa Chapéu de Palha, até hoje em funcionamento, e que garante emprego e renda para os trabalhadores rurais da Zona da Mata durante a entressafra da cana-de-açúcar. Que orgulho sinto do meu bisavô Miguel Arraes, que dedicou a vida dele aos mais pobres deste Estado, um contingente que forma a maioria da sua população.

*João Campos é engenheiro e deputado federal

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista da Rádio Folha e de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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