Blog Edmar Lyra

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 18 de abril de 2022 1 comentário

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Divulgação

Experiência no executivo será diferencial para postulantes ao Palácio 

Desde a redemocratização, Pernambuco foi às urnas dez vezes para eleger seus governadores. Além dos reeleitos Eduardo Campos, Jarbas Vasconcelos e Paulo Câmara, há um diferencial significativo entre aqueles que foram eleitos ao Palácio do Campo das Princesas. Dos seis governadores eleitos, todos tiveram passagem exitosa pelo executivo, vide Roberto Magalhães que tinha sido secretário de Educação em 1970 e vice-governador de Marco Maciel, sendo eleito em 1982, Miguel Arraes que já tinha sido governador, secretário da Fazenda e prefeito do Recife em 1986 e 1994, Joaquim Francisco que já tinha sido secretário, ministro e prefeito do Recife por duas vezes em 1990, Jarbas Vasconcelos que já tinha sido prefeito do Recife por duas vezes, sendo eleito governador em 1998 e 2002, Eduardo Campos que havia passado pela secretaria da Fazenda e pelo ministério da Ciência e Tecnologia antes de ser eleito em 2006 e 2010 e Paulo Câmara que passou por três secretarias no governo anterior para chegar ao Palácio do Campo das Princesas em 2014 e 2018.

Na disputa pelo governo de Pernambuco em 2022 protagonizada pelos pré-candidatos Anderson Ferreira, Danilo Cabral,  Marília Arraes, Miguel Coelho e Raquel Lyra, todos tiveram passagem pelo executivo, sendo três prefeitos, Anderson, Miguel e Raquel, dois secretários de estado, Danilo e Raquel, e apenas Marília ficou somente na esfera municipal quando foi secretária de Juventude da gestão de Geraldo Julio entre 2013 e 2014.

A experiência no executivo dos postulantes e naturalmente a sua capacidade de entrega quando ocuparam seus respectivos postos serão determinantes nas discussões sobre os principais temas de Pernambuco, em especial emprego, renda, saúde, educação e segurança pública, que sinalizam ser extremamente sensíveis à população. Os três ex-prefeitos e os dois deputados federais na disputa terão que demonstrar capacidade de gestão e de liderar Pernambuco a um novo momento a partir de 2023, preservando as conquistas obtidas, em especial na saúde, educação e segurança alcançadas nas gestões do PSB, mas dando um passo mais firme na geração de oportunidades para a população, fazendo de Pernambuco um estado indutor do crescimento econômico e do bem-estar social pelos próximos quatro anos.

Falta um Inocêncio – A deputada federal Marília Arraes recebeu diversas declarações de apoio para a sua postulação ao Palácio do Campo das Princesas, porém nenhuma delas lhe garantiu um partido que lhe dê tempo de televisão nem um bloco de prefeitos que garanta-lhe apoio mais robusto. Muita gente avalia que falta a Marília alguém que faça o papel de Inocêncio Oliveira na campanha de Eduardo Campos em 2006.

Semelhantes – Quem poderia fazer essa função de Inocêncio em 2022 no palanque de Marília Arraes seria André de Paula (PSD), caso seja preterido na disputa pelo Senado da Frente Popular, Eduardo da Fonte (PP), caso não tenha um tratamento merecido pelo PSB e Fernando Bezerra Coelho (MDB), caso decida retirar a pré-candidatura de Miguel Coelho (União Brasil) a governador para apoiar a postulante do Solidariedade.

Fora – A Procuradoria Regional Eleitoral do TRE-SP afirmou que o ex-ministro Sergio Moro não poderá concorrer nestas eleições pelo estado de São Paulo por não comprovar vínculo residencial.

Inocente quer saber – Essa semana sai a definição do senador da Frente Popular?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 31 de janeiro de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A importância de PP, PSD, MDB, PDT e Republicanos para a Frente Popular

O PSB possui uma hegemonia que completará dezesseis anos em Pernambuco com quatro vitórias para o Palácio do Campo das Princesas e três para a Prefeitura do Recife, mas as vitórias obtidas pelo partido se deram pelo conjunto de forças da Frente Popular e não necessariamente pelo apoio de um partido específico.

Nas vezes em que Miguel Arraes foi governador no período democrático, em 1986 e 1994, buscou nomes mais ao centro, garantindo ao seu projeto uma pluralidade política e ideológica, o mesmo aconteceu com Jarbas Vasconcelos, Eduardo Campos e Paulo Câmara, que tiveram em suas respectivas chapas nomes de posicionamentos até antagônicos.

É neste contexto que se insere a formação da chapa majoritária da Frente Popular nas eleições deste ano, cabendo ao PSB a necessidade de reconhecer a importância do PT para o êxito do seu projeto, garantindo-lhe espaço na chapa majoritária, mas sem desconsiderar o peso e a representatividade de PP, PSD, MDB, PDT e Republicanos, que têm legitimidade de figurar na composição majoritária tanto do ponto de vista político quanto eleitoral, uma vez que todos esses partidos possuem cerca de 30 parlamentares na Câmara dos Deputados, garantindo ao projeto liderado pelo PSB a competitividade necessária para a disputa de outubro.

Portanto, na composição da chapa majoritária da Frente Popular, ainda que seja muito importante a presença do PT, o PSB não poderá negligenciar a possibilidade de ter um desses partidos extremamente representativos em um dos três cargos que estarão em jogo na disputa de outubro.

Fora – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que recentemente filiou-se ao PSD, já admite reservadamente que não será candidato à presidência da República nas eleições deste ano. Com apenas 1% nas pesquisas, Pacheco percebeu que não tinha viabilidade eleitoral, o que facilita um entendimento do PSD de Gilberto Kassab com a postulação do ex-presidente Lula.

Reeleição – Outro que também pode sair da disputa pelo Palácio do Planalto é o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que figura com apenas 2% em todas as pesquisas mesmo sendo governador do maior estado da federação. Ele teve uma melhora de sua avaliação junto ao eleitorado paulista, o que poderia justificar uma tentativa de reeleição em vez de aventurar-se na disputa presidencial.

Candidato – Por falar em São Paulo, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, será candidato a governador de São Paulo pelo PL com o apoio do presidente Jair Bolsonaro. Tarcísio tem feito um grande trabalho na sua pasta, sendo bastante elogiado até pelos adversários do presidente Jair Bolsonaro, o que o credencia para tentar o Palácio dos Bandeirantes em outubro.

Destino – O MDB, presidido pelo deputado federal Raul Henry, poderá ser o destino do deputado federal Augusto Coutinho, que atualmente encontra-se no Solidariedade. Coutinho só migrará de sigla se não conseguir montar chapa no seu atual partido.

Inocente quer saber – Qual partido mais ao centro será contemplado na majoritária da Frente Popular?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 3 de janeiro de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Sérgio Lima/PODER 360

A interessante disputa pelo Senado Federal 

As eleições para o cargo de senador da República em Pernambuco ficaram marcadas pelo fato de ser uma disputa secundária em relação ao cargo de governador, algumas vezes considerada um prêmio de consolação para quem não conseguiu encabeçar a chapa na condição de governador. Nomes como Miguel Arraes e Eduardo Campos não quiseram disputar a Câmara Alta após o término de seus mandatos como governadores, tendo apenas Jarbas Vasconcelos ao concluir seus mandatos como governador decidido disputar e vencer a vaga pelo Senado Federal no já distante ano de 2006.

Em 1986, por exemplo, outra situação interessante. Então governador de Pernambuco, Roberto Magalhães renunciou para disputar uma das duas vagas naquela ocasião para o Senado Federal, mas acabou derrotado para Antonio Farias e Mansueto de Lavor, candidatos com o apoio de Miguel Arraes, que encabeçava a chapa para o Palácio do Campo das Princesas.

Apesar de historicamente não receber o valor devido em Pernambuco, um senador da República tem um grande papel em Brasília. Além dos oito anos de mandato, dobro de um deputado federal, um senador possui atribuições bastante interessantes como legislar sobre a nomeação de integrantes para diversas cortes, no âmbito das emendas parlamentares, os senadores possuem um montante maior do que os deputados federais, e outras atribuições que fazem com que muitos políticos sonhem em ocupar o Senado Federal.

Apesar de representar muito prestígio ser senador da República em Brasília, a disputa deste ano ainda está completamente aberta. O atual mandatário da vaga, Fernando Bezerra Coelho, não deverá ser candidato à reeleição para viabilizar a candidatura do seu filho Miguel a governador. O governador Paulo Câmara, também nome naturalíssimo e extremamente competitivo, poderá não renunciar ao cargo de governador para disputar o Senado em outubro, o que deixa a disputa bastante interessante.

De olho na vaga estariam os deputados federais André de Paula (PSD), Eduardo da Fonte (PP),  Silvio Costa Filho (Republicanos) e Wolney Queiroz (PDT), todos pela Frente Popular, enquanto pela oposição nomes como Armando Monteiro (PSDB), Anderson Ferreira (PL), Daniel Coelho (Cidadania) e Gilson Machado (PSC) não descartam tentar ocupar o Salão Azul a partir de 2023. Por ser historicamente uma disputa secundária em Pernambuco, a definição dos candidatos a senador deverá acontecer somente após a confirmação de quem disputará o Palácio do Campo das Princesas.

Salto – Os deputados estaduais Clodoaldo Magalhães (PSB), Guilherme Uchôa Junior (PSC), Lucas Ramos (PSB) e Teresa Leitão (PT) tentarão mandato na Câmara dos Deputados em outubro. Já o atual presidente da Alepe, Eriberto Medeiros (PP), ainda está indefinido quanto a esta possibilidade, porém poderá oficializar a tentativa. Todos possuem excelentes chances de vitória.

Dificuldade – Muitos partidos iniciam 2022 com muita preocupação para a montagem das chapas proporcionais. Em Pernambuco, apenas PSB, PT, PP e PL despontam com chances de eleger bancadas representativas, os demais terão que se reinventar para conseguir emplacar parlamentares na Assembleia Legislativa de Pernambuco e na Câmara dos Deputados em outubro.

Inocente quer saber – Quem possui as melhores condições de se eleger senador em outubro?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 11 de maio de 2021 2 Comentários

Coluna da Folha desta terça-feira

José Múcio pode ser opção para o Senado em 2022 

Aos 72 anos, José Múcio Monteiro iniciou sua trajetória política ainda na década de 70 quando elegeu-se vice-prefeito de Rio Formoso. Na década de 80 elegeu-se prefeito daquela cidade, porém renunciou ao cargo para assumir a presidência da Celpe no governo Roberto Magalhães, e ainda ocupou o cargo de secretário de Transportes, Comunicação e Energia. A passagem pelas duas funções o credenciaram para disputar o governo de Pernambuco em 1986 contra o favorito Miguel Arraes. Apesar da derrota, foi a partir dali que ele iniciaria uma bela trajetória na política pernambucana e nacional.

Na disputa seguinte de 1990 elegeu-se pela primeira vez deputado federal, ficando no posto até 2009 quando renunciou para tornar-se ministro do Tribunal de Contas da União. Antes, as passagens pela liderança do governo Lula na Câmara dos Deputados e pelo ministério das Relações Institucionais o credenciaram para a mais alta corte de contas do país, chegando a presidir o TCU até pedir a aposentadoria em 2020.

Desde que disputou o governo de Pernambuco sempre ficou a sensação que José Múcio poderia ter ocupado um cargo maior no estado, e quase toda eleição teve seu nome lembrado, vide 2010 para o Senado e 2014 para suceder Eduardo Campos no governo, opções que nunca se concretizaram pela sua função no TCU.

Com a iminente desistência de Fernando Bezerra Coelho de disputar a reeleição para o Senado em prol de lançar Miguel Coelho para governador, há um verdadeiro vácuo na disputa pelo Senado Federal em 2022, o que tem surgido uma série de nomes, que apesar de reunirem credenciais para o posto, nenhum seria uma espécie de unanimidade, o que tem levado lideranças políticas da Frente Popular a sugerir o nome de José Múcio Monteiro para ser o senador da aliança liderada pelo PSB em Pernambuco no próximo ano.

Há quem afirme que a escolha de Múcio evitaria questionamentos de outros interessados na vaga dentro da própria Frente Popular e poderia afugentar postulantes para o posto na oposição, tornando-se mais um óbice para a competitividade oposicionista na disputa do próximo ano. A grande dúvida é primeiro se José Múcio estaria disposto a voltar para a vida pública disputando mandatos eletivos, e por qual partido ele poderia entrar na disputa, mas sem dúvidas teria o aval de diversas lideranças e seria um ativo político que levaria credibilidade e respeitabilidade à chapa majoritária da Frente Popular.

Assembleias – Em manifestações enviadas aos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República, Augusto Aras, reiterou o pedido para que a Corte declare a inconstitucionalidade de normas do Paraná e de Mato Grosso que permitem a recondução, em uma única legislatura, de deputados estaduais para o mesmo cargo nas mesas diretoras das assembleias.

Everaldo Cabral – O ex-deputado estadual Everaldo Cabral anunciou que está de saída do PP, por onde disputou as eleições em 2018, há rumores de que ele poderá se filiar ao Avante do deputado federal Sebastião Oliveira para ser novamente candidato em 2022.

Inocente quer saber – PP, PSD ou Republicanos, qual seria a melhor escolha para José Múcio disputar o Senado?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 10 de maio de 2021 4 Comentários

Coluna da Folha desta segunda-feira

Oposição terá que atrair governistas para ser competitiva 

A oposição coleciona quatro derrotas seguidas para a Frente Popular nas disputas para governador de Pernambuco. Coincidentemente os últimos quatro derrotados para o PSB, Mendonça Filho, Jarbas Vasconcelos e Armando Monteiro, este último por duas vezes, não cogitam disputar 2022, e ainda mais coincidência, todos os três pré-candidatos da oposição, Anderson Ferreira, Miguel Coelho e Raquel Lyra tiveram sua trajetória iniciada na Frente Popular, com os dois últimos sendo filiados ao PSB.

Entre 1982 e 1998 havia uma significativa alternância de poder em Pernambuco, pois não existia o advento da reeleição e esquerda e direita pareciam ser equivalentes, tanto que o PDS/PFL colecionou duas vitórias com Roberto Magalhães em 1982 e Joaquim Francisco em 1990, e se aliou a Jarbas Vasconcelos para derrotar Miguel Arraes em 1998 após Arraes vencer em 1986 e 1994.

A vitória de Jarbas Vasconcelos em 1998 foi possível graças a uma série de fatores, primeiro a própria eleição de Fernando Henrique em 1994 que possibilitou o fortalecimento da oposição, a vitória de Roberto Magalhães no Recife com a aliança entre PMDB e PFL em 1996 e o escândalo dos Precatórios que desgastou muito a figura de Arraes. Esses fatores foram determinantes para que aliados de Arraes pulassem do barco para apostar no projeto vitorioso de Jarbas.

A eleição de 2006 de Eduardo Campos foi precedida de fissuras na União por Pernambuco que se iniciaram após a reeleição de Jarbas em 2002, a vitória de Lula naquele mesmo ano e a derrota da aliança jarbista em 2004 para João Paulo, que fragilizou muito o palanque governista para a disputa subsequente, o que afugentou aliados ligados a Jarbas como Inocêncio Oliveira, Severino Cavalcanti, Armando Monteiro, José Múcio e alguns outros que fortaleceram o campo da oposição.

Passados dezesseis anos de hegemonia do PSB em Pernambuco, diferentemente dos movimentos que precederam as derrocadas de Arraes em 98 e do grupo jarbista em 2006, a Frente Popular coleciona vitórias importantes e uma sólida aliança bastante plural e bem representada nas gestões socialistas. Faltando pouco mais de um ano para as definições partidárias, não há indicativo que a oposição atual possa atrair quadros que hoje sustentam a Frente Popular como aconteceu nas viradas de poder recentes no estado. Este será o grande desafio da oposição, que até agora além de ter três pré-candidatos a governador só conta oficialmente com apenas cinco partidos e sem muita perspectiva de atrair outros.

Sólidos – Hoje são considerados aliados sólidos da Frente Popular os deputados federais e dirigentes partidários André de Paula, Augusto Coutinho, Eduardo da Fonte, Sebastião Oliveira, Silvio Costa Filho e Wolney Queiroz.

Vacinada – Apesar de ter apenas 36 anos de idade, a deputada federal Marília Arraes foi vacinada no final de semana. Por ter anunciado recentemente a gravidez do seu segundo filho, ela entrou no grupo prioritário.

Perda – A morte do prefeito de Itaquitinga, Pablo Moraes, vítima de um acidente de carro, aos 38 anos foi bastante lamentada no final de semana pelo mundo político pernambucano. Pablo estava no segundo mandato como gestor daquela cidade.

Inocente quer saber – Quem sairia da Frente Popular para aventurar alguma coisa na oposição?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 3 de março de 2021 1 comentário

Coluna da Folha desta quarta-feira

O fator Bolsonaro e o desafio da direita em Pernambuco

Nas eleições de 2022 estaremos completando 40 anos de eleições diretas para governador, quando em 1982 Roberto Magalhães derrotou Marcos Freire por uma diferença pequena de votos. Naquela ocasião, Magalhães elegeu consigo Marco Maciel para o Senado Federal, que por sua vez derrotou Cid Sampaio.

Somente em 1994 passamos a ter eleições casadas para presidente e governador, mas o histórico mostra uma vantagem de candidatos de origem de esquerda, Miguel Arraes (1986 e 1994), Eduardo Campos (2006 e 2010) e Paulo Câmara (2014 e 2018), Jarbas Vasconcelos, apesar de ser de origem de esquerda, precisou aliar-se à direita para ser eleito em 1998 e 2002. Então efetivamente de direita, somente Magalhães e Joaquim Francisco em 1990 foram vitoriosos no período democrático, e em ambas disputas venceram por margem mínima.

Para as eleições de 2022, há um enorme desafio do grupo oposicionista alinhado ao presidente Jair Bolsonaro para se viabilizar na eleição para governador. Desde 1998 que um candidato a presidente de centro direita não vence em Pernambuco, o próprio Bolsonaro em 2018 obteve no auge de sua popularidade pouco mais de 30% no primeiro turno e 33,5% dos votos válidos na segunda etapa.

Ainda que o presidente seja favorito a se reeleger no âmbito nacional, não há indicativo que ele poderá vencer em Pernambuco, dada a característica do estado de votar em presidenciáveis de centro-esquerda, e isso pode ter um efeito extremamente negativo entre os postulantes de oposição na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas.

Sem sentido – O deputado federal André Ferreira (PSC) disse não entender a lógica do Governo do Estado de fechar os templos religiosos e igrejas, que adotam todas medidas sanitárias para evitar a disseminação da Covid, mas não toma qualquer medida contra a superlotação dos ônibus. “Não vemos nenhuma ação do Governo no sentido de cobrar dos empresários do transporte público a colocação de mais carros nas ruas”, ponderou o parlamentar.

Pesqueira – Após a cassação da chapa do prefeito e vice-prefeito de Arcoverde, os olhos se voltam para Pesqueira, onde a população aguarda o resultado do TSE, em relação ao julgamento de impugnação do Cacique Marquinhos.

Vacinado – O deputado José Queiroz (PDT) telefonou para o prefeito João Campos (PSB) para elogiar o processo de vacinação da capital pernambucana. O parlamentar, que já foi prefeito de Caruaru, fez o cadastro na plataforma digital do Recife Vacina e recebeu sua vacinação contra a COVID-19.

Redução – No grupo prioritário de COVID-19 que já foi vacinado no Recife, a capital pernambucana já reduziu em 60% os casos de internação com pacientes com mais de 80 anos. O prefeito João Campos comemora os números, mas pondera que há muito trabalho para a cidade atingir a imunidade de rebanho.

Guardas – O STF autorizou que todos os guardas municipais do país tenham direito ao porte de armas de fogo, independentemente do tamanho da população do município. A côrte declarou inconstitucionais dispositivos do Estatuto de Desarmamento que proibiam o uso de armas de fogo, de acordo com o número de habitantes das cidade. O armamento ou não agora caberá a cada prefeito.

Inocente quer saber – Bolsonaro tira ou dá votos em Pernambuco?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 22 de dezembro de 2020 3 Comentários

Coluna da Folha desta terça-feira

Geraldo Julio deixará a prefeitura mirando 2022

Secretário de Planejamento e Gestão de Eduardo Campos em 2007, indicado pelo então secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, Geraldo Julio teve carreira meteórica na política pernambucana, substituindo FBC no Desenvolvimento Econômico em 2011 e sendo o candidato de Eduardo Campos a prefeito do Recife em 2012. De lá pra cá, Geraldo venceu duas eleições para prefeito e foi fundamental para a vitória do prefeito eleito João Campos em 2020.

Geraldo deixará a prefeitura no próximo dia 31, passando o bastão para o próximo prefeito no dia 1 de janeiro, e terá como desafio percorrer o estado para consolidar-se como opção para disputar o Palácio do Campo das Princesas, com o objetivo de entrar para o seleto grupo de políticos que governaram a capital e o estado, composto por Joaquim Francisco, Jarbas Vasconcelos, Miguel Arraes, Roberto Magalhães e Gustavo Krause.

Geraldo conclui seu ciclo na prefeitura com um arsenal de obras, como os dois hospitais, os Compaz, as Upinhas, as ciclofaixas e tantas outras obras que possibilitaram ao prefeito um importante legado de realizações para a cidade que o credenciam para pensar em ser governador de Pernambuco daqui a dois anos.

Perplexidade – Marco Aurélio, atual decano do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ver “com perplexidade” a decisão do colega Kassio Nunes, que suspendeu trecho da Lei da Ficha Limpa sobre o prazo de inelegibilidade após condenação. “Eu vejo com uma certa perplexidade, porque Supremo já tinha enfrentado essa lei, né?”, disse o decano. Kassio foi indicado ao STF em 2020 por Jair Bolsonaro. A decisão pode livrar muitos políticos da “ficha-suja”.

Missão – Com o fim do segundo turno em Macapá (AP) neste domingo (20), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, gravou um vídeo de agradecimento a servidores, colaboradores, magistrados e agentes das forças de segurança que atuaram no processo eleitoral de 2020. “Volto mais uma vez a me dirigir a todos da Justiça Eleitoral para agradecer a colaboração: missão cumprida!”, disse o presidente da Justiça Eleitoral.

Hemobrás – A procuradora Silvia Regina Pontes Lopes, do Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco, expediu recomendação ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com objetivo de garantir o atendimento da demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2021 junto à Hemobrás, estatal federal sediada em Goiana (PE). O objetivo é garantir que a Hemobrás tenha estoque de insumos para seguir produzindo medicamentos para hemofilia.

Avaliação – Na avaliação do ex-ministro Mendonça Filho, o saldo do Democratas nas eleições municipais deste ano foi positivo, quando elegeu nove prefeitos e obteve uma expressiva votação na capital pernambucana. Mendonça aposta que o partido irá eleger três deputados federais e cinco estaduais em 2022.

Reviravolta – O jogo promete mudar na eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal do Recife. O vereador Hélio Guabiraba lançou o seu nome para o posto de primeiro-secretário da Casa, após uma conversa com os caciques do partido. Sendo o terceiro mais votado do PSB na eleição deste ano, nos bastidores Hélio Guabiraba é considerado um dos nomes mais fortes para conquistar o posto.

Inocente quer saber – Qual será a função de Geraldo Julio até 2022?

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Postado por Edmar Lyra às 7:23 am do dia 18 de agosto de 2020 Deixe um comentário

Miguel Arraes – Compromisso Popular

Por João Campos*

Nesse último 13 de agosto, fez 15 anos da morte do ex-governador Miguel Arraes, meu bisavô. Por uma infeliz coincidência, é também a data da morte do meu pai, há seis anos. São datas idênticas, mas de anos diferentes. Devo aos dois, com muita honra e muito orgulho, a minha formação pessoal e política. Lembro bem que na minha infância costumava ir com meus pais visitar Dr. Arraes, na Rua do Chacon, no bairro de Casa Forte, no Recife. Guardo na memória a imagem do meu pai conversando com o avô e de vez em quando uma sonora gargalhada quebrava o silêncio do terraço onde os dois costumavam falar sobre política.

Dr. Arraes foi deputado estadual, federal, prefeito do Recife e três vezes governador de Pernambuco. Meu pai trilhou um caminho na política que o levou a sentar duas vezes na cadeira de governador, depois de ter sido deputado estadual, federal e ministro.

Os dois juntos, avô e neto, deixaram, cada qual no seu tempo, traços marcantes de uma política pública voltada para a população, em geral. Mas, com uma prioridade clara para os mais necessitados.

Dr. Arraes, como prefeito, criou o Movimento de Cultura Popular – um programa para educar jovens e adultos pobres da periferia do Recife, que tiveram também os primeiros contatos com a pintura, a poesia e o teatro. Foi, por exemplo, no MCP, que o saudoso ator global José Wilker, morador na época de Olinda, viveu suas primeiras experiências artísticas.

Como prefeito, Miguel Arraes também instalou chafarizes na periferia do Recife para evitar longas caminhadas dos moradores pobres em busca de água. E coordenou os trabalhos do traçado urbano do bairro da Imbiribeira, abriu as avenidas Sul, Abdias de Carvalho, Conselheiro Aguiar, concluiu a Avenida Norte e pavimentou com concreto a Avenida Boa Viagem.

Como governador, ampliou o MCP e sentou, na mesma mesa, trabalhadores da cana de açúcar e usineiros, celebrando uma negociação entre patrões e empregados que ficou conhecida como o “Acordo do Campo”. Foi esse pacto que regularizou os salários dos canavieiros e estabeleceu regras trabalhistas, distensionando assim os conflitos sociais que tanta violência geraram.

Em abril de 1964, o governador Miguel Arraes teve o mandato interrompido pelo golpe militar e se exilou na Argélia com a família. Só retornou a Pernambuco no fim da década de 70. E governou o Estado por mais dois mandatos, sempre de olho nas ações que priorizavam a população mais pobre de Pernambuco. Criou programas de irrigação e de eletrificação rural de pequenas prioridades, abriu linhas de crédito agrícola e criou o programa Chapéu de Palha, até hoje em funcionamento, e que garante emprego e renda para os trabalhadores rurais da Zona da Mata durante a entressafra da cana-de-açúcar. Que orgulho sinto do meu bisavô Miguel Arraes, que dedicou a vida dele aos mais pobres deste Estado, um contingente que forma a maioria da sua população.

*João Campos é engenheiro e deputado federal

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista da Rádio Folha e de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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