Blog Edmar Lyra

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 3 de junho de 2022 1 comentário

Coluna da Folha desta sexta-feira

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Crescimento do PIB vira ativo de Jair Bolsonaro para a reeleição 

Além do crescimento da geração de empregos no país, quando o Brasil chegou a 96,5 milhões de pessoas ocupadas, atingindo o maior número da série histórica iniciada em 2012, ontem tivemos novo resultado que consolida a retomada da economia após os efeitos nefastos da pandemia da Covid-19, que foi o crescimento de 1% do PIB no primeiro trimestre de 2022. Esse número acontece após o Brasil atingir um crescimento de 4,6% no ano de 2021. Os números atingem 1% comparado ao trimestre anterior, mas se comparado ao primeiro trimestre do ano passado, ele atinge um crescimento de 1,7%.

Inclusive isso mostra a perspectiva de revisão do crescimento do PIB de 2022, que chegou a ter projeções de crescimento negativo e que agora pode atingir um crescimento final de 1,5% nas atuais projeções, podendo findar 2022 com até 2% de crescimento, o que consolidaria a economia do país a retomada de níveis pré-pandemia, como o desemprego que já superou a marca atingida em 2016 e ainda há horizonte de chegar a um dígito.

Apesar das boas notícias com os indicadores do emprego e do PIB superando as expectativas, o Brasil ainda tem um desafio significativo, que é a inflação acumulada. Ela ainda está em dois dígitos e isso tem prejudicado o poder de compra da população, sobretudo aquela que vive com menor renda, a mais afetada pelo aumento de preços de alimentos e combustíveis.

Se o presidente Jair Bolsonaro conseguir reduzir a inflação a um dígito até o período eleitoral, atrelada a essas situações de ciclo positivo do PIB e do emprego, terá um tripé econômico para justificar a renovação do seu mandato. A economia é quem dita o rumo da política, foi assim com a vitória de Fernando Henrique Cardoso em 1994 por conta do Plano Real, e a reeleição de Lula em 2006, que mesmo alvejado pelas denúncias do mensalão, foi reeleito porque a economia estava de vento em popa. Os dados do segundo e do terceiro trimestre de emprego, PIB e inflação serão determinantes para o projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

Apelo – O presidente Jair Bolsonaro apareceu ontem nas inserções do PL  com um discurso voltado para os jovens, família e fé, evidenciando que a pauta de costumes será novamente um dos seus ativos na busca pelo segundo mandato. “Sem pandemia, sem corrupção, com Deus no coração, seremos uma grande nação”, afirmou o presidente no vídeo.

Inserções – Quem também tem estrelado as inspeções na televisão do PSB é o pré-candidato a governador Danilo Cabral. Nas peças, o parlamentar reforça seu compromisso com a educação, os laços com Eduardo Campos e a aliança com o ex-presidente Lula para chegar ao Palácio do Campo das Princesas.

Expulsão – O Partido dos Trabalhadores decidiu expulsar todos os seus filiados com funções partidárias que declararem apoio à pré-candidata Marília Arraes (SD) a governadora. O PT quer engajamento total com o projeto de Lula, Danilo e Teresa em Pernambuco para levar a Frente Popular a nova vitória em outubro.

Inocente quer saber – Quantos deputados federais e estaduais elegerá o União Brasil em Pernambuco?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 23 de abril de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha deste sábado

Foto: Divulgação

PSDB caminha para novo resultado desastroso na disputa presidencial 

Com duas vitórias em eleições presidenciais em 1994 e 1998, quando elegeu Fernando Henrique Cardoso, o PSDB teve grande contribuição com o país quando estabeleceu o Plano Real, as metas de inflação, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o câmbio flutuante e as privatizações que ajudaram o país a vivenciar uma melhora macroeconômica com o fim da hiperinflação.

Sem sombra de dúvidas foi um dos partidos que mais contribuíram com o desenvolvimento do país, porém já faz um tempo em que os tucanos estão vivenciando uma crise existencial, em especial após as derrotas de 2002 até 2014 quando ficou na segunda colocação e o desempenho pífio de 2018, quando seu candidato, Geraldo Alckmin, terminou com pouco mais de 4% dos votos válidos.

Ao que tudo indica, o partido caminha para ter um desempenho semelhante, com a diferença de que naquela ocasião Alckmin contou com uma grande coalizão partidária, enquanto o ex-governador João Doria, nome tucano para a disputa, está isolado em relação aos demais partidos e dentro do ninho tucano há uma briga jamais vista nas hostes tucanas entre seus principais expoentes.

Não é só a disputa presidencial que preocupa o PSDB, o partido corre o risco de ser dizimado também do Senado, dos governos estaduais e da Câmara dos Deputados. Seu principal estado, que virou um bunker de resistência, São Paulo, onde governa há trinta anos, está em vias de perder com o atual governador Rodrigo Garcia, que patina nas pesquisas eleitorais. Pode haver mudança de rota? Sim, mas ao que tudo indica, 2022 será apocalíptico para o PSDB que tanto contribuiu com o Brasil nas últimas décadas.

Ações – A Rede Sustentabilidade, o PDT e o Cidadania ajuizaram ações, questionando decreto do presidente Jair Bolsonaro (PL), que concedeu graça constitucional (indulto individual) ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). Na quarta-feira (20), o parlamentar foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de reclusão. Na avaliação das siglas, houve também desvio de finalidade, pois o ato não foi praticado visando ao interesse público, mas sim o interesse pessoal de Bolsonaro, pois Daniel Silveira é seu aliado político. A relatora será a ministra Rosa Weber.

Milton Coelho – O deputado federal Milton Coelho (PSB) que possui forte identificação com a cidade de Olinda destinou ao município emendas parlamentares voltadas para a Saúde que atingiram o valor de R$ 725 mil. Milton tem atendido com muita presteza seus municípios e seu mandato em Brasília vem garantindo avanços para a população pernambucana.

Relembrando – O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchoa, foi bastante homenageado no dia de ontem pela passagem do seu aniversário. Falecido em julho de 2018, Guilherme foi o mais longevo presidente da Casa Joaquim Nabuco onde ficou quase doze anos à frente daquele poder. Se estivesse vivo, ele teria completado 75 anos.

Cadoca – Além de Guilherme Uchoa, outro político que deixou uma grande lacuna em Pernambuco foi o ex-deputado federal Carlos Eduardo Cadoca, que hoje completaria 82 anos de idade. Cadoca faleceu em 2020 vítima de Covid-19 após ter contribuído em diversos cargos públicos na política pernambucana.

Inocente quer saber – Teremos novas desistências na disputa presidencial nos próximos dias?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 24 de janeiro de 2022 1.252 Comentários

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Percepção econômica ditará rumo da eleição presidencial 

O presidente Jair Bolsonaro está prestes a encerrar o mês de janeiro com uma desaprovação significativa perante o eleitorado, onde houve um recrudescimento da sua rejeição. Esse sentimento é uma consequência dos efeitos sociais e econômicos da pandemia e da atuação do presidente no combate à Covid-19.

Com uma inflação em dois dígitos corroendo o poder de compra da população e um crescimento econômico projetado para menos de 1% em 2022, será preciso que o presidente Jair Bolsonaro possibilite mecanismos que garantam respostas rápidas na economia, haja vista que apesar da postura crítica em relação à vacinação, partiu do governo federal a compra de todas as doses já distribuídas e aplicadas, o que denota uma comunicação incompetente por parte do governo e do próprio presidente que não souberam capitalizar o efeito positivo da vacinação.

A viabilização do Auxílio Brasil e do Vale Gás, atrelada a um crescimento econômico um pouco melhor do que o projetado, já que o Brasil recuperou em 2021 o baque econômico causado pela pandemia em 2020, podem ser ativos importantes na eleição, uma vez que a economia é quem dita os rumos da política.

Para efeito de comparação, no início de 1994, antes da viabilização do Plano Real que foi entregue em julho daquele ano, Lula estava disparado em todas as pesquisas, enquanto o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que sequer pensava em disputar a reeleição para o Senado por São Paulo por falta de votos, tinha apenas um dígito. A partir do momento que a população teve a percepção da retomada econômica causada pelo fim da hiperinflação, FHC cresceu como um foguete e venceu a disputa em primeiro turno.

Se quiser efetivamente ter alguma chance de reeleição, o presidente Jair Bolsonaro terá que criar mecanismos que melhorem a percepção do eleitor sobre a economia, através da redução da inflação, da geração do emprego e da distribuição de renda. Se porventura houver um crescimento melhor do que o projetado, Bolsonaro poderá ter alguma chance, mas precisará ser competente na comunicação para capitalizar eventuais efeitos positivos da recuperação econômica.

Timing – Assim como aconteceu com Fernando Henrique Cardoso em 1994, quando começou a sinalizar crescimento nas pesquisas em junho daquele ano, Jair Bolsonaro tem até junho deste ano para dar respostas mais efetivas à população, para talvez chegar em condições de disputas para enfrentar o ex-presidente Lula. Se a economia estiver em frangalhos, Lula irá surfar na onda de mudança.

Pandemia – No mundo inteiro começa a se formar um consenso de que a variante ômicron poderá representar o fim da pandemia da Covid-19, se porventura isso se confirmar, será um alento pra todos nós que perdemos entes queridos e sofremos os efeitos nefastos da pandemia, não só ceifando vidas como prejudicando toda a cadeia produtiva gerando desemprego, inflação e fome nos quatro cantos do mundo.

Inocente quer saber – Há alguma melhora na percepção econômica em curso por parte do eleitor brasileiro?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 16 de junho de 2021 4 Comentários

Coluna da Folha desta quarta-feira

Foto: Chico Bezerra

Os trunfos de Anderson Ferreira para disputar 2022

Pré-candidato a governador de Pernambuco, Anderson Ferreira é o prefeito do município mais populoso da oposição e também mais próximo da capital pernambucana, fazendo com que ele dialogue com um eleitorado representativo que compreende a Região Metropolitana do Recife. Como se não bastasse, Anderson ainda é o principal expoente do segmento evangélico, que lhe garante um potencial de partida maior do que os demais candidatos da oposição.

No âmbito partidário, Anderson não precisa esperar por ninguém para viabilizar seu projeto, é presidente estadual do PL e já recebeu o aval da executiva nacional para lançar-se rumo ao Palácio do Campo das Princesas em 2022. Na disputa do ano passado, já reeleito em primeiro turno na cidade de Jaboatão dos Guararapes, Anderson emitiu um sinal de amplitude política ao decidir apoiar a candidatura de Marília Arraes no segundo turno, o que lhe permite dialogar com um eleitorado de centro-esquerda que venha a rejeitar o PSB na disputa do próximo ano.

A experiência como prefeito de uma cidade extremamente desigual e problemática como Jaboatão e de ter a oportunidade de exercer por duas vezes o mandato de deputado federal, garantindo trânsito livre em Brasília para alavancar ações para Pernambuco são outros trunfos do prefeito, que tem por hábito afirmar que fez mais com menos, e por isso coleciona dois prêmios da ONU em excelência de gestão.

A experiência em montagem de chapas proporcionais que em 2018 elegeu nada menos que cinco deputados estaduais no PSC do seu irmão André Ferreira é outro ativo importante na hora das definições do candidato a governador da oposição, o que faz do PL um partido extremamente atrativo para os parlamentares e candidatos que queiram uma chapa arrojada e competitiva para 2022.

Ultimamente o postulante a cadeira de Paulo Câmara tem recebido inúmeros prefeitos no Complexo Administrativo de Jaboatão para conhecer de perto o modelo de gestão implantado por Anderson Ferreira, que não trabalha com outra hipótese, senão a de ocupar o Palácio do Campo das Princesas a partir de janeiro de 2023.

Homenagem – Por proposta do conselheiro Carlos Porto, decano do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o órgão fará uma sessão solene hoje, a partir das 9 horas, em homenagem ao ex-vice-presidente Marco Maciel, falecido recentemente. A sessão telepresencial será transmitida pelo canal do TCE no Youtube e terá a participação do ex-ministro Gustavo Krause.

Expulso – O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que também foi presidente nacional do partido, foi expulso por unanimidade do Democratas. O parlamentar tem como opções em aberto o PSD do ex-ministro Gilberto Kassab, o MDB do deputado Baleia Rossi e o PSDB de Bruno Araújo, todos já fizeram o convite para que ele ingresse em uma das siglas.

90 anos – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso completa na próxima sexta-feira 90 anos de idade. Responsável pela estabilidade econômica através do Plano Real, FHC deixou um importante legado para o Brasil nos oito anos em que foi presidente da República.

Inocente quer saber – Em qual partido Rodrigo Maia irá se filiar?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 29 de maio de 2021 Deixe um comentário

Coluna da Folha deste sábado

Economia deverá ditar caminho eleitoral de 2022 

O Ibovespa operou ontem com 125 mil pontos, atingindo sua máxima histórica. O movimento se deu após indicadores apontarem para um crescimento econômico de 5% em 2021, possibilitando ao Brasil uma recuperação do tombo de 4,1% de 2020, que diga-se de passagem, foi menor do que o projetado, e muito abaixo de países muito mais estruturados que o Brasil.

Não é de hoje que a economia dita os rumos da política no mundo e no Brasil não é diferente, foi a economia que viabilizou a eleição de Fernando Henrique Cardoso em 1994 após o Plano Real que acabou com a hiperinflação contra o favorito Lula. Foi a mesma economia que possibilitou a reeleição de Lula em 2006 mesmo fragilizado após o escândalo do mensalão, e a alta das commodities em 2010 viabilizou um céu de brigadeiro ao então presidente Lula que lhe deu condições de eleger a sua sucessora Dilma Rousseff.

Esta mesma economia, que deu sinais claros de que estava degringolando e culminou no impeachment de Dilma e posteriormente possibilitou a chegada de Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto em 2018, ditará o rumo da disputa do próximo ano.

Serão os rumos da economia atrelados aos rumos da pandemia e da vacinação que apontarão se Jair Bolsonaro terá condições de se reeleger ou se haverá um clamor para que Lula possa voltar ao Palácio do Planalto em 2023. A Bolsonaro caberá vacinar a população em massa e criar um ambiente mais forte de recuperação para poder se recuperar.

Impresso – Uma declaração de Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, assustou membros da Justiça Eleitoral. “Sem a impressão do voto, não há possibilidade de recontagem. Sem a recontagem, a fraude impera”, declarou Lupi, em vídeo nas redes sociais. O PDT, assim como Bolsonaro, defende o voto impresso auditável para “eleições honestas e verdadeiramente democráticas”.

Eleições – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Roberto Barroso, apresentou o novo logotipo oficial das eleições 2022. “Eleições 2022 – seu voto faz o país” vai ser o símbolo oficial das eleições do ano que vem. “A logo é justamente o elemento visual que vai marcar as eleições, seja na propaganda ou em eventos. Então, ter uma logo representativa e que traz uma mensagem vai marcar esse momento histórico”, informa o TSE.

100 dias – Às vésperas de completar 100 dias de gestão, o prefeito em exercício de Arcoverde, Wevertton Siqueira, o Siqueirinha (PSB), dá provas de capacidade administrativa e habilidade política. Em apenas três meses, realizou ações de peso, como o Auxílio Emergencial da Pandemia; obras de pavimentação em vários bairros da cidade; e a reconstrução de uma barragem esperada há mais de 20 anos por moradores da Zona Rural.

União – Na política, pacificou ruídos internos, promovendo a união do seu grupo político. Apenas o vice-prefeito afastado pela Justiça – Delegado Israel Rubis – ainda não posou para fotos de unidade ao lado de Siqueirinha. “É só uma questão de tempo. Tenho certeza que em breve o delegado Israel terá o bom senso de trocar o discurso de ódio pelo trabalho unido do nosso grupo pelo bem de Arcoverde. De minha parte, estou de braços abertos”, afirma Siqueirinha.

Inocente quer saber – A economia brasileira crescerá 5% em 2021?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 19 de maio de 2021 6 Comentários

Coluna da Folha desta quarta-feira

A antítese que deverá prevalecer em 2022 

Desde a redemocratização em 1985 e as eleições diretas em 1989, o Brasil experimentou oito eleições presidenciais. Em comum, a presença do PT nas duas primeiras colocações em todas as disputas, e três personagens que antagonizaram com o PT e acabaram vencendo a disputa, Fernando Collor (1989), Fernando Henrique (1994/1998), e Jair Bolsonaro (2018).

Como tivemos 50% de aproveitamento para cada lado, 2022 poderá representar um efetivo desempate. Lula, que ficou impossibilitado de disputar as eleições de 2018, poderá enfim tentar seu terceiro mandato no próximo ano, enquanto Jair Bolsonaro vai buscar o segundo mandato e tornar-se o quarto presidente a se reeleger na história.

Bolsonaro cresceu em 2018 no vácuo deixado pelo PSDB, que foi o adversário do PT em seis eleições seguidas, entre 1994 e 2014, mas não conseguiu capitalizar a insatisfação ocasionada pela fadiga de material do Partido dos Trabalhadores que ficou no poder por 14 anos até o impeachment de Dilma Rousseff em 2016.

Bolsonaro é hoje a antítese do lulismo e do petismo, quem rejeita Lula e o PT não irá apostar em outra candidatura porque ela vai carecer de competitividade e apelo popular. Lula, por sua vez, tornou-se a antítese do bolsonarismo, e quem rejeita Bolsonaro pode até fazer uma opção por uma terceira via, mas na maioria do eleitorado, a opção de voto útil contra o atual presidente será Lula.

Faltando pouco mais de um ano para as eleições de 2018, havia uma competitividade muito clara de Lula, que liderava todos os levantamentos antes de ser impossibilitado de disputar por conta da Lava-Jato, a sua saída do páreo conseguiu transferir parte do eleitorado para Fernando Haddad, que chegou ao segundo turno. Jair Bolsonaro, que despontava em segundo lugar empatado tecnicamente com Marina Silva, que detinha recall de 2014, em maio de 2017, acabou tomando a dianteira quando Lula saiu de cena como opção naquele pleito.

Os números provam que, apesar da disputa estar distante, a polarização já estabelecida no país deverá ser suficiente para inviabilizar qualquer possibilidade de avanço da terceira via. E os polos opostos consolidados no país, Lula e Bolsonaro, salvo alguma hecatombe, deverão polarizar a disputa até outubro do próximo ano, quando o Brasil escolherá seu presidente.

Palestra – A procuradora Sílvia Regina Pontes Lopes, do Ministério Público Federal em Pernambuco, será palestrante nesta quinta (20) do I Congresso Internacional On-Line de Direito do Cesmac, de Alagoas, com o tema “Desafios de Combate à Corrupção no Contexto Pós-Pandemia”. Em abril, Sílvia Regina foi vencedora do Prêmio República na área de combate à corrupção, o mais importante do Ministério Público Federal.

Circulando – O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), está novamente na capital pernambucana para tratar de 2022 com lideranças políticas. O pré-candidato a governador se reuniu ontem com o deputado federal Ricardo Teobaldo (Podemos) e hoje estará novamente com o presidente estadual do MDB, o deputado federal Raul Henry.

Senado – O nome do prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), tem ganhado força para disputar o Senado em 2022 tanto pela oposição quanto pela Frente Popular.

Inocente quer saber – Como não vai disputar a reeleição, o senador Fernando Bezerra Coelho pendurará as chuteiras em 2022?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 10 de maio de 2021 1.783 Comentários

Coluna da Folha desta segunda-feira

Oposição terá que atrair governistas para ser competitiva 

A oposição coleciona quatro derrotas seguidas para a Frente Popular nas disputas para governador de Pernambuco. Coincidentemente os últimos quatro derrotados para o PSB, Mendonça Filho, Jarbas Vasconcelos e Armando Monteiro, este último por duas vezes, não cogitam disputar 2022, e ainda mais coincidência, todos os três pré-candidatos da oposição, Anderson Ferreira, Miguel Coelho e Raquel Lyra tiveram sua trajetória iniciada na Frente Popular, com os dois últimos sendo filiados ao PSB.

Entre 1982 e 1998 havia uma significativa alternância de poder em Pernambuco, pois não existia o advento da reeleição e esquerda e direita pareciam ser equivalentes, tanto que o PDS/PFL colecionou duas vitórias com Roberto Magalhães em 1982 e Joaquim Francisco em 1990, e se aliou a Jarbas Vasconcelos para derrotar Miguel Arraes em 1998 após Arraes vencer em 1986 e 1994.

A vitória de Jarbas Vasconcelos em 1998 foi possível graças a uma série de fatores, primeiro a própria eleição de Fernando Henrique em 1994 que possibilitou o fortalecimento da oposição, a vitória de Roberto Magalhães no Recife com a aliança entre PMDB e PFL em 1996 e o escândalo dos Precatórios que desgastou muito a figura de Arraes. Esses fatores foram determinantes para que aliados de Arraes pulassem do barco para apostar no projeto vitorioso de Jarbas.

A eleição de 2006 de Eduardo Campos foi precedida de fissuras na União por Pernambuco que se iniciaram após a reeleição de Jarbas em 2002, a vitória de Lula naquele mesmo ano e a derrota da aliança jarbista em 2004 para João Paulo, que fragilizou muito o palanque governista para a disputa subsequente, o que afugentou aliados ligados a Jarbas como Inocêncio Oliveira, Severino Cavalcanti, Armando Monteiro, José Múcio e alguns outros que fortaleceram o campo da oposição.

Passados dezesseis anos de hegemonia do PSB em Pernambuco, diferentemente dos movimentos que precederam as derrocadas de Arraes em 98 e do grupo jarbista em 2006, a Frente Popular coleciona vitórias importantes e uma sólida aliança bastante plural e bem representada nas gestões socialistas. Faltando pouco mais de um ano para as definições partidárias, não há indicativo que a oposição atual possa atrair quadros que hoje sustentam a Frente Popular como aconteceu nas viradas de poder recentes no estado. Este será o grande desafio da oposição, que até agora além de ter três pré-candidatos a governador só conta oficialmente com apenas cinco partidos e sem muita perspectiva de atrair outros.

Sólidos – Hoje são considerados aliados sólidos da Frente Popular os deputados federais e dirigentes partidários André de Paula, Augusto Coutinho, Eduardo da Fonte, Sebastião Oliveira, Silvio Costa Filho e Wolney Queiroz.

Vacinada – Apesar de ter apenas 36 anos de idade, a deputada federal Marília Arraes foi vacinada no final de semana. Por ter anunciado recentemente a gravidez do seu segundo filho, ela entrou no grupo prioritário.

Perda – A morte do prefeito de Itaquitinga, Pablo Moraes, vítima de um acidente de carro, aos 38 anos foi bastante lamentada no final de semana pelo mundo político pernambucano. Pablo estava no segundo mandato como gestor daquela cidade.

Inocente quer saber – Quem sairia da Frente Popular para aventurar alguma coisa na oposição?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 3 de maio de 2021 6 Comentários

Coluna da Folha desta segunda-feira

João Paulo deve voltar ao PT e pode ser opção majoritária 

Uma das maiores lideranças populares da história de Pernambuco, o deputado estadual João Paulo marcou história ao derrotar Roberto Magalhães em 2000 numa eleição atípica e fazer uma gestão extremamente bem-avaliada pelos recifenses, possibilitando-lhe fazer o sucessor em 2008. Após a saída da prefeitura do Recife, João Paulo teve duas vitórias proporcionais, uma para deputado federal em 2010, outra para deputado estadual em 2018, e três derrotas majoritárias, sendo uma para senador em 2014, uma para prefeito do Recife em 2016 e a última para prefeito de Olinda no ano passado.

Desde 2018 passou a integrar o PCdoB, deixando o Partido dos Trabalhadores após mais de 30 anos de militância no partido. A saída do PT fez com que João Paulo perdesse capital eleitoral e até mesmo político, uma vez que nas eleições de 2018 foi eleito deputado estadual com uma votação muito aquém do esperado. Talvez por isso, chegou a um entendimento com a cúpula nacional do partido e selou sua volta ao PT numa construção amigável com o PCdoB.

A volta para o PT, sobretudo no momento em que o partido caminha para retomar a aliança com o PSB e consequentemente garantir o retorno à Frente Popular, faz novamente de João Paulo uma opção majoritária para 2022, podendo ser candidato a vice-governador ou a senador, uma vez que o PT estava carente de quadros para a recomposição da aliança com o PSB.

Ainda que não decida por uma tentativa majoritária, João Paulo poderá recuperar parte do seu capital eleitoral em 2022, sendo uma opção do PT tanto para a tentativa de reeleição quanto para a Câmara Federal, onde o partido espera ampliar sua bancada no próximo ano.

Manifestações – Ignorando os efeitos da pandemia e a necessidade de isolamento social, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro lotaram diversos lugares do Brasil no último sábado, evidenciando que o presidente ainda conta com um significativo apoio popular, fazendo dele um candidato extremamente competitivo em 2022.

Energia – O consumo de energia aumentou 12,8% no mês de abril em relação ao mesmo período do ano passado. Isso significa que o Brasil está dando sinais cada vez mais consistentes de retomada da economia. Os dados se juntam aos de criação de empregos, que também estão subindo, bem como o crescimento econômico a cada mês, que igualmente estão se solidificando desde o início da pandemia no segundo trimestre de 2020.

Economia – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) defendeu que o Brasil reabra a economia para garantir a retomada do emprego e da renda no país, repetindo um mantra do atual presidente Jair Bolsonaro, que sempre se posicionou contrário ao fechamento do comércio por conta da pandemia. Para FHC, é preciso manter os cuidados necessários contra a Covid-19, mas buscar meios de retomar a economia do país.

Vacinas – Com a chegada dos lotes da Covax Facility, Pernambuco receberá esta semana quase 300 mil doses da AstraZeneca. Até o último sábado, o estado havia aplicado mais de 2 milhões de doses, sendo mais de 600 mil pessoas completamente imunizadas.

Inocente quer saber – As manifestações do último sábado consolidaram a sobrevida do bolsonarismo?

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Postado por Edmar Lyra às 16:00 pm do dia 12 de agosto de 2020 Deixe um comentário

Bruno Araújo e FHC participam de Webnário sobre a Constituinte

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo e o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, participam nesta sexta-feira, 14 de agosto, às 11h30, do Webnário “Memórias de uma constituinte! O Brasil precisa de uma nova?”, promovido pelo Instituto de Garantias Penais (IGP). Em pauta, a Constituição Federal de 1988. A transmissão será ao vivo, aberta e gratuita, no canal do YouTube do instituto (YouTube/institutodegarantiaspenais).
Também marcam presença no evento, o ministro do STF Gilmar Mendes; o Presidente do IGP, Ticiano Figueiredo; e o ex ministro do STF e da Defesa, Nelson Jobim. A mediação será da jornalista Thais Arbex e do procurador do Distrito Federal, Jorge Galvão.

PROJETO 100 DIAS – O advogado e professor Renato Hayashi é o próximo convidado Projeto 100 Dias – Eleições 2020, iniciativa do PSDB Pernambuco e ministra nesta sexta, 14 de agosto, às 10h, palestra sobre Direito Eleitoral, abrindo espaço para informações sobre leis, prazos e outros assuntos relativos à Justiça Eleitoral. O evento é voltado para filiados e pré-candidatos do PSDB e será transmitido pela plataforma Zoom. A deputada Alessandra Vieira, presidente do partido e idealizadora do projeto, é quem coordena a iniciativa.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 30 de maio de 2020 7 Comentários

Coluna da Folha deste sábado

Avaliação de Bolsonaro indica piso firme para uma recuperação 

Eleito em 2018 em uma eleição atípica, o presidente Jair Bolsonaro assumiu o governo sob o prisma de uma mudança no establishment político. Apesar de ser um político tradicional, tendo mandatos há mais de trinta anos, Bolsonaro conseguiu construir uma narrativa de que representava o novo. 

Por ser uma eleição bastante acirrada com os ânimos acalorados, os eleitores bolsonaristas se tornaram tão fiéis ao presidente quanto o eleitorado petista ao ex-presidente Lula. Prova disso é o elevado nível de problemas que Bolsonaro enfrenta como presidente com a crise da Covid-19 e o eleitorado mantém quase 35% de ótimo/bom em alguns levantamentos.

Com a provável reabertura do comércio por parte dos estados e municípios e o agravamento da crise econômica, é possível que o eleitorado culpe os governadores e prefeitos isentando o presidente por ter defendido a abertura desde o início. O que lhe dá perspectivas de recuperação, mas esta não é a única variável.

Na esquerda, o protagonismo segue sendo do Partido dos Trabalhadores, e dificilmente algum nome de fora do PT conseguirá quebrar a polarização estabelecida com Bolsonaro no país. E para o PT não é interessante perder essa condição para outro partido de esquerda porque a hegemonia no seu campo ideológico é fundamental para uma eventual volta à presidência da República.

No cenário em que o PT se mantém como antagonista de Bolsonaro, a mínima recuperação econômica dará ao presidente boas chances de, enfrentando o PT na eleição de 2022, se recuperar eleitoralmente. É importante lembrar que todos os presidentes eleitos conseguiram a reeleição, o que leva a crer que Bolsonaro não pode ser considerado carta fora do baralho.

General – O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou ao procurador-geral da República pedidos, de deputados da oposição, para o general Augusto Heleno, ministro do GSI, ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional. Na semana passada, outro encaminhamento gerou uma crise institucional. Foi o pedido de deputados da oposição para apreender o celular de Jair Bolsonaro. O STF, em nota, se defendeu dizendo que sempre que a Corte recebe uma denúncia tem que fazer o encaminhamento, sem conteúdo decisório, para o procurador-geral da República. É o chefe do Ministério Público que decide se leva as denúncias à frente ou não.

Contestado – O procurador geral da República, Augusto Aras, está sendo contestado dentro da própria casa, por supostamente estar protegendo demais o presidente Jair Bolsonaro. 590 Procuradores da República, o que corresponde a 52% dos membros do MPF, assinaram até agora um manifesto em defesa da lista tríplice e da independência do Ministério Público. O recolhimento de assinaturas prossegue. Aras foi nomeado sem passar pela lista tríplice, após Bolsonaro ignorar a lista votada pela categoria.

Hediondo – O deputado estadual Romero Albuquerque (PP) deu entrada em uma indicação aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, pedindo que o desvio de recursos públicos repassados para o combate à epidemias e pandemias seja considerado crime hediondo.

Inocente quer saber – Abraham Weintraub será demitido do ministério da Educação?

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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