Nos bastidores do Baile Municipal não se falava noutra coisa senão na informação de que o governador Paulo Câmara oferecerá uma vaga na chapa majoritária ao PT, que seria ocupada pelo ex-prefeito do Recife, João Paulo. A dúvida seria se ele se candidataria a vice-governador ou a senador.
Além desta oferta, há a informação de que o vereador Jairo Britto assumiria uma secretaria no Recife para abrir espaço para João da Costa, e ainda seria garantida a estrutura do PSB para eleger Osmar Ricardo deputado estadual.
Por fim, Humberto Costa ficaria livre para disputar um mandato de deputado federal. Nesta conta, a fatura de Marília Arraes estaria paga pelo PSB, e o PT a sacrificaria sob a tese de encurtar o caminho para chegar ao governo.



Após a decisão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de apoiar a candidatura de Márcio França ao governo paulista, ficou a expectativa de que o PSB possa marchar com o PSDB em Pernambuco. Preocupado com FBC, o Palácio não se dá conta que o PSDB não tem nada a agregar ao governador senão o tempo de televisão. Pois bem, em 2014 no segundo turno Paulo Câmara apoiou Aécio Neves, que teve apenas 25% dos votos válidos no estado. O eleitor não seguiu o PSB porque não tem identificação com os tucanos que sempre foram sublegenda em Pernambuco. Além do mais, é impensável que João Lyra Neto, Raquel Lyra, Daniel Coelho e o próprio Bruno Araújo, que têm verdadeira ojeriza ao PSB por motivos óbvios, subirão no palanque de Paulo Câmara com a ênfase que o PT subiria. Mesmo Paulo não sendo o candidato dos sonhos dos petistas, ele receberia o voto do PT porque do outro lado estaria o palanque de Temer. E Lula, mesmo condenado, ainda é o maior eleitor de Pernambuco e é o único que pode ajudar Paulo a vencer a eleição caso o PT marche com sua candidatura. Se ficar com o PSDB, o Palácio dará mais uma demonstração de que entende de política o que este que vos escreve entende de física quântica, absolutamente nada!
A pesquisa Múltipla dando dois dígitos a Marília Arraes colocou a pá de cal na tese do PT de formalizar uma aliança com o PSB visando a reeleição de Paulo Câmara. Marília está presente em todas as regiões do estado, ganhando capilaridade entre os pernambucanos e se torna uma candidata praticamente impossível de negar legenda a ela. Se assim o fizer, o PT estará incorrendo no mesmo problema que implodiu o partido quando negou legenda a João da Costa no Recife em 2012.
Neste sábado (27), Serra Talhada vai sediar um encontro de lideranças políticas que apoiam a pré-candidatura de Marília Arraes ao Governo de Pernambuco.
Saída de partidos da Frente Popular deve acender sinal de alerta no PSB
Marília Arraes vira problema para PT e PSB 


Nas hostes petistas o sentimento é de ódio e de revolta com o senador Humberto Costa devido ao desfecho que está se desenhando pela aliança com o PSB pela reeleição do governador Paulo Câmara em 2018.
Fator financeiro pode pesar para uma aliança PT/PSB em 2018