Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 9:35 am do dia 22 de maio de 2020 615 Comentários

O professor Moura Cavalcanti

Nascido em 30 de outubro de 1925 no engenho Cipó em Timbaúba, José Francisco de Moura Cavalcanti ficou órfão de pai e mãe muito cedo, sendo criado por um avô. Seus familiares eram proprietários de terras na região, que seriam herdadas por ele quando completasse a maioridade. Em 1945, aos 20 anos de idade, Moura Cavalcanti elegeu-se prefeito de Macaparana, iniciando assim a sua vida pública.

Ele ingressou na Faculdade de Direito, porém como tinha muitas responsabilidades para cuidar, teve que interromper seus estudos, formando-se apenas em 1954. Neste mesmo ano tiveram as eleições para o governo de Pernambuco, e como líder político da sua região, a Mata Norte, atuou na campanha do marechal Osvaldo Cordeiro de Farias, que viria a ser eleito.

Moura foi procurador do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Pernambuco (IPSEP).  Nas eleições de 1960 acompanhou Cordeiro de Farias no apoio a Jânio Quadros, atuando intensamente na sua campanha em Pernambuco. Com a vitória de Jânio, Moura foi nomeado governador do território do Amapá, levando diversos pernambucanos para compor o seu secretariado.

Durante sua gestão, que durou apenas um ano, por conta da renúncia do presidente, Moura construiu uma estrada que ligava Macapá à Guiana Francesa, deu continuidade à construção de uma usina hidrelétrica e racionalizou a exploração dos minérios de ferro naquela região, a partir do aprofundamento das pesquisas de campo e do levantamento aéreofotogramétrico da região.

Voltando a Pernambuco, foi secretário de Administração do governo Paulo Guerra, representando Pernambuco no conselho deliberativo da SUDENE. Também foi secretário extraordinário de Pernambuco no governo Nilo Coelho.

Em 1970, o então presidente general Emílio Garrastazu Médici extinguiu dois institutos e um grupo executivo e unificou as ações no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), nomeando Moura Cavalcanti como seu primeiro presidente, com isso iniciou o processo de colonização da Amazônia, parte de uma política de integração nacional que daria início a construção da rodovia Transamazônica e a ocupação de suas margens como um de seus pilares. O governo federal tinha como estratégia diminuir o excedente demográfico do Nordeste, transferindo-o para o Norte, no sentido de reduzir as tensões sociais no tocante ao uso e posse da terra na região.

O INCRA também ficou responsável pelo Proterra que visava distribuir terras no Norte e Nordeste e estimular a agroindústria nas duas regiões. Em 1973, Moura Cavalcanti foi nomeado ministro da Agricultura, estimulando empreendimentos agropecuários na Amazônia, o que segundo ele, era o único caminho para o desenvolvimento da região. Ainda na pasta, Moura criou a Embrapa, elaborou o Plano de Desenvolvimento de Pesca e encaminhou a criação do Código Nacional de Bebidas, regulamentação que viria a ser conhecida como Lei dos Sucos.

Em 15 de março de 1974 com o fim do governo Médici, Moura Cavalcanti passou a postular o governo de Pernambuco, e numa consulta realizada com membros da Aliança Renovadora Nacional do estado, Moura Cavalcanti obteve 46 votos, derrotando Paulo Maciel e Marco Antônio de Oliveira Maciel. Contando com o apoio do então governador Eraldo Gueiros e do ex-governador Cordeiro de Farias, Moura foi escolhido pelo presidente Geisel para postular o cargo, apesar da oposição do ex-governador e então deputado federal Etelvino Lins.

Moura Cavalcanti foi escolhido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco para o cargo de governador, assumindo o posto em 15 de março de 1975. Durante o seu governo, ficou marcado pela construção das barragens de Carpina e de Goitá, a drenagem do Rio Capibaribe para conter os efeitos das enchentes daquela época, iniciou a construção do Terminal Integrado de Passageiros (TIP), construiu o Centro de Convenções e lançou a pedra fundamental do Complexo Industrial de Suape em 1978, projeto já iniciado pelo seu antecessor Eraldo Gueiros.

Além das diversas ações como prefeito de Macaparana, presidente do INCRA, ministro da Agricultura, governador do Amapá e de Pernambuco, um dos principais legados de Moura Cavalcanti foi forjar quadros na política, como por exemplo Gustavo Krause, José Jorge, Joaquim Francisco e Maviael Cavalcanti, que iniciaram sua trajetória na política ao lado do governador.

Após deixar o governo de Pernambuco em 1979, sendo sucedido por Marco Maciel, Moura Cavalcanti se dedicou aos negócios privados, também teve que se tratar de um câncer e vítima de complicações da doença, veio a óbito em 28 de novembro de 1994.

A vida pública de Moura Cavalcanti deixou importante legado para o Brasil e especialmente para Pernambuco, sendo um dos políticos mais emblemáticos da nossa história.

Deputado Edgar Lins Cavalcanti, do Café Petinho, e o governador Moura Cavalcanti
Visita do presidente Ernesto Geisel a Pernambuco
Inauguração da Barragem do Carpina
Reunião do governador Moura Cavalcanti com o presidente Ernesto Geisel
Visita a Taquaritinga do Norte com a primeira-dama Dona Suçu

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Postado por Edmar Lyra às 16:21 pm do dia 5 de maio de 2020 Deixe um comentário

Joaquim Francisco é um dos palestrantes de curso on-line de instituto do PSDB

O ex-governador Joaquim Francisco é um dos palestrantes de um curso on-line promovido pelo PSDB que já está com inscrições abertas.  A iniciativa, do Instituto Teotônio Vilela, vai abordar uma série de temas como direito eleitoral e constitucional, marketing pessoal e político, gestão pública, constituição e história do PSDB.

“A importância do desenvolvimento regional para o desenvolvimento nacional, democracia e informação, algumas vivências da minha vida pública fazem parte da minha participação. Acredito que em tempo de isolamento social, o PSDB oferece de forma remota para seus filiados uma excelente oportunidade para que possamos debater a política que é essencial para a defesa da democracia e retomada do crescimento do Brasil, após a pandemia”, destacou o ex-governador e atual presidente do Instituto Teotônio Vilela em Pernambuco.

Os cursos também serão ministrados por Mateus Wesp, advogado e deputado estadual pelo RS, Flavio Amary, secretário da Habitação do Governo de SP e presidente do ITV-SP, entre outros. Para participar é preciso enviar um e-mail para escolaitv@itv.org.br com o assunto “inscrição” e uma pequena apresentação sobre seus objetivos e convicções políticas.

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Postado por Edmar Lyra às 9:00 am do dia 2 de fevereiro de 2020 Deixe um comentário

Blog na História: A eleição que iniciou o afastamento de Jarbas e Arraes em 1990

Posse de Joaquim Francisco como governador de Pernambuco

Nas eleições de 1986, Miguel Arraes venceu José Múcio Monteiro, levando consigo seus dois senadores Mansueto de Lavor e Antônio Farias. A vitória de Arraes foi importante depois de Jarbas Vasconcelos ter sido eleito prefeito do Recife em 1985.

Jarbas, que havia deixado a prefeitura em 1989, decidiu disputar o governo de Pernambuco em 1990 na sucessão de Arraes e acreditava que teria o irrestrito apoio do então governador. Arraes, por sua vez, deixou o governo e não quis disputar o Senado na chapa de Jarbas Vasconcelos, sendo candidato a deputado federal e sagrou-se o mais votado daquele pleito.

Joaquim Francisco, que havia sido eleito prefeito do Recife em 1988, decidiu renunciar ao cargo, entregando a prefeitura ao vice Gilberto Marques Paulo e foi para a disputa, mas antes de ser indicado pelo PFL, sofreu questionamentos internos por aliados que queriam lançar Osvaldo Coelho para o cargo de governador. Na sua chapa tinha Marco Maciel que tentava a reeleição para o Senado. Na chapa de Jarbas Vasconcelos, o candidato foi José Queiroz. O vice de Joaquim Francisco foi Roberto Fontes, enquanto o de Jarbas foi o empresário Paulo Coelho, pai do hoje senador Fernando Bezerra Coelho.

Jarbas Vasconcelos e Miguel Arraes durante caminhada

A relação de Jarbas e Arraes começou a se desmantelar nesta eleição, uma vez que Arraes na condição de favoritíssimo ao Senado preferiu disputar um mandato de federal, o que dificultou a vida de Jarbas, que sonhava com o Palácio do Campo das Princesas. No decorrer da eleição, Joaquim Francisco deixou a célebre frase: “Vou desmistificar você, Jarbas Vasconcelos”, mostrando o caráter bastante acirrado da disputa.

Debate entre os candidatos a governador

O resultado, favorável a Joaquim, foi bastante apertado, onde o governador eleito teve 1.288.326 votos contra 1.088.365 votos do seu principal adversário, equivalendo a 50,95% dos votos válidos. Já para o Senado, José Queiroz quase surpreendeu o favorito Marco Maciel, ficando com 840.866 votos contra 910.802 votos do vitorioso, uma diferença de menos de 70 mil votos.

Paulo Rubem Santiago e Lula em evento de campanha

Para o governo, também foram candidatos Paulo Rubem Santiago (PT), José Batista (PTB) e Alexandre Santos (PSL). Enquanto na disputa pelo Senado foram candidatos Homero Lacerda (PTB), Marcus Martinez (PSL) e José Ailton (PT).

Miguel Arraes saiu do MDB para ser candidato a deputado federal pelo PSB, e montou uma chapinha com o PCdoB, e seus 339.158 votos ajudaram a levar consigo mais cinco deputados federais, dentre eles Sérgio Guerra, Luiz Piauhylino, Renildo Calheiros, Roberto França e Alvaro Ribeiro, estes três últimos com menos de cinco mil votos cada um. Esta eleição também marcou a derrota de Fernando Lyra, Cristina Tavares e Egídio Ferreira Lima, que não migraram para a chapinha de Arraes e acabaram sem mandato.

Foi a partir desta eleição que a relação entre Arraes e Jarbas não seria a mesma, e dois anos depois, em 1992, ao negar a vice a Eduardo Campos, neto de Arraes, Jarbas se afastaria de vez do seu mentor e somente 20 anos depois voltaria a ter relação com Eduardo Campos.

Jarbas Vasconcelos ladeado por Carlos Wilson, José Queiroz, Miguel Arraes e Fernando Lyra
Encontro entre os candidatos Joaquim Francisco e Jarbas Vasconcelos ladeados por Roldão Joaquim, Sérgio Guerra e Fernando Bezerra Coelho

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Postado por Edmar Lyra às 9:00 am do dia 26 de janeiro de 2020 3.138 Comentários

Blog na História: A derrota que projetou José Múcio em 1986

José Múcio em caminhada no centro do Recife

A eleição de 1986 para o governo de Pernambuco foi marcada pela previsibilidade, com a vitória de Miguel Arraes sobre José Múcio Monteiro. O contexto daquela eleição remete ao ano anterior quando Miguel Arraes e Jarbas Vasconcelos conquistaram uma vitória representativa para a prefeitura do Recife derrotando uma aliança entre o PFL e o PMDB com Jarbas filiado ao PSB. A eleição de 1985 serviu para mostrar a força de Arraes, que abdicou de disputar o governo em 1982, pouco depois de voltar do exílio em 1979.

O PFL, sucedâneo da Arena e do PDS, tinha três nomes para a disputa, o primeiro era Gustavo Krause, que sabendo da dificuldade da eleição, não quis entrar na disputa. E avançou a possibilidade de ser Joaquim Francisco, que havia sido prefeito do Recife e voltaria a ser dois anos depois, em 1988. Porém, o partido preferiu lançar o jovem José Múcio Monteiro,  de apenas 38 anos, que tinha sido vice-prefeito de Rio Formoso e depois fora eleito prefeito da cidade, porém optou por presidir a Celpe. Múcio também tinha sido secretário de Transporte entre 1982 e 1985.

Então governador de Pernambuco, Roberto Magalhães renunciou o mandato para disputar o Senado e tinha amplo favoritismo naquela disputa, pois deixava o governo bem-avaliado. Magalhães sonhava em ser senador constituinte, fato que não se confirmou com a abertura das urnas. Franco favorito, Arraes, então com 70 anos de idade, era tido como o novo, foi o candidato dos jovens e da esquerda na época, enquanto Múcio, de apenas 38 anos, era tido como o candidato dos velhos. Essa inversão de valores mostrava o quanto Miguel Arraes era uma figura icônica e por quê ele cravou seu nome na história de Pernambuco.

A campanha, de alto nível, vale salientar, não teve muitas surpresas para o governo, uma vez que Arraes confirmou seu favoritismo, enquanto Múcio entrou para a história como o derrotado mais vitorioso da história de Pernambuco, pois foi a partir dali que ele viria a ser cinco vezes deputado federal, ministro das Relações Institucionais de Lula e presidente do Tribunal de Contas da União. A bela campanha de Múcio deixou muitos saudosos acreditando que ele poderia em algum momento ser governador de Pernambuco. O próprio Eduardo Campos, neto de Arraes, sondou Múcio para disputar a sua sucessão em 2014, e quatro anos antes quis tê-lo em sua chapa para o Senado na vaga que posteriormente foi destinada a Armando Monteiro, primo de Múcio.

Miguel Arraes e Carlos Wilson em evento de campanha com a presença de Ulysses Guimarães

O resultado final daquela disputa de 1986 deu a Miguel Arraes 1.587.726 votos, o equivalente a 60,91%, que teve como vice Carlos Wilson, contra 1.018.800 votos (39,09%) de José Múcio Monteiro, que teve como vice José Ramos. Já para o Senado, como falamos anteriormente, o favoritismo de Roberto Magalhães não se confirmou com a abertura das urnas, pois Miguel Arraes lançou na sua chapa o então deputado federal Mansueto de Lavor, pelo PMDB e trouxe o deputado federal Antônio Farias, que era do PDS mas trocou pelo PMB para poder aliar-se a Arraes e ser candidato em sua chapa.

José Ramos, Roberto Magalhães, Margarida Cantarelli, Gustavo Krause e José Múcio Monteiro

A chapa do PFL teve, além de José Múcio, que disputou o governo, Roberto Magalhães e Margarida Cantarelli que tentaram o Senado. Roberto Magalhães dormiu senador e acordou sem mandato, pois Arraes deu a Mansueto de Lavor 1.280.388 votos, enquanto Antônio Farias alcançou 1.204.869. Magalhães por sua vez amargou o terceiro lugar com 1.015.328 votos. Ainda foram candidatos ao Senado, Cid Sampaio (PL), Ivan Maurício (PSB) e Jacob Nouri (PDT).

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Postado por Edmar Lyra às 18:35 pm do dia 31 de maio de 2019 1 comentário

Eriberto Medeiros visita o ex-governador Joaquim Francisco

Dando continuidade à agenda institucional, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado estadual Eriberto Medeiros (PP), fez visita de cortesia ao ex-governador e ex-prefeito do Recife Joaquim Francisco (PSDB). Depois da visita ao também ex-governador Roberto Magalhães, Eriberto foi ao encontro de Joaquim Francisco, para colher sugestões sobre a gestão do Legislativo estadual e discutir temas de relevância para o cenário político atual.

Eriberto Medeiros foi recebido pelo ex-governador no seu escritório político, no bairro dos Aflitos, no Recife. O presidente realizou a visita acompanhado do ex-deputado estadual Ricardo Costa, que hoje está à frente da Superintendência de Comunicação da Assembleia Legislativa. “Conversar com dr. Joaquim Francisco nos ajuda a entender o nosso papel na condução dos destinos do Estado, de muita responsabilidade, além de abrir o nosso campo de visão, oxigena as ideias com as tendências mundo afora. Qualquer gestor comprometido com o desenvolvimento de Pernambuco precisa ouvir, dialogar com lideranças políticas com experiência, com trânsito”, afirma Eriberto.

Filiado ao PSDB, Joaquim Francisco tem um extenso currículo à frente relevantes cargos públicos. Ele foi governador de 1991 a 1994; prefeito do Recife por duas vezes (1983-1985 e 1989-1990); deputado federal (1998-2006) e constituinte (1987); ministro do Interior (1987, no governo Sarney). O tucano também foi o presidente da comissão especial que aprovou a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), entre 2001 e 2002.

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Postado por Edmar Lyra às 23:37 pm do dia 21 de novembro de 2018 1 comentário

Teresa Dueire e Joaquim Francisco homenageados na Câmara Federal

A conselheira do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, Teresa Dueire, e o ex-governador Joaquim Francisco foram agraciados com a medalha do mérito legislativo pela Câmara dos Deputados. A solenidade contou com a presença do senador eleito Jarbas Vasconcelos, do seu chefe de gabinete Aristeu Plácido e do deputado federal André de Paula.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 1 de junho de 2018 5 Comentários

Coluna do blog desta sexta-feira

A saída honrosa de Marília Arraes 

Que Marília Arraes é a grande sensação desta fase pré-eleitoral ninguém tem mais dúvida, sozinha ela mexeu com o quadro político e impactou tanto na Frente Popular quanto na oposição, que torceu bastante pela sua entrada no páreo no intuito de forçar a existência de um segundo turno. Porém, no meio do caminho de Marília Arraes havia uma pedra, e ela se chamava Humberto Costa, incentivador do seu projeto mas que depois se voltou contra ela porque enxergou na aliança com o PSB a única chance de tentar renovar seu mandato no Senado Federal.

No meio político, exceto entre os apoiadores de Marília, a sua saída do páreo é dada como “prego batido e ponta virada” e muitos avaliam que ela está sendo retirada do jogo porque cresceu antes do tempo, assustando o PSB e valorizando o passe do PT e do próprio senador Humberto Costa, o quadro nacional também teve papel fundamental nesta decisão. Porém, é indiscutível que Marília mesmo rifada é a grande vitoriosa do processo eleitoral, tomando uma dimensão jamais imaginada pra ela.

Então ela não pode abdicar em hipótese alguma deste ativo político e eleitoral que conquistou por méritos próprios, e a sua saída seria disputar um mandato de deputada, cargo que o PT não poderia nem ousar em cogitar negar-lhe legenda. Há quem defenda que ela dispute um mandato de deputada federal pela dimensão do cargo e também pela inserção nacional que ela passaria a ter caso fosse eleita para a Câmara Federal.

Apesar disso, outros entendem que o ativo político e eleitoral alcançado lhe dá condições de entrar numa disputa majoritária futura, que seria a prefeitura do Recife em 2020 e tentando um mandato de deputada estadual, Marília estaria mais próxima da capital pernambucana. Independentemente do cargo que ela decidir disputar, muitos creem que Marília já se consolidou na política estadual e terá forte protagonismo nos processos eleitorais vindouros.

Desentendimento – Os sucessivos adiamentos do lançamento das pré-candidaturas da oposição ao pleito majoritário de 2018, teriam como pano de fundo um suposto desentendimento entre os dois principais caciques oposicionistas, os senadores Armando Monteiro e Fernando Bezerra Coelho. Armando teria vetado o nome de Fernando Filho para ser seu vice, o que havia provocado forte insatisfação por parte do pai.

Críticas – Houve muitos panos mornos, a temperatura ainda não tinha baixado e Armando fez mais um gesto interpretado como hostil ao grupo dos Coelho quando criticou a política de preço implementada pela Petrobras nos últimos dois anos. Esta política foi traçada quando Fernando Filho era ministro das Minas e Energia, pasta responsável pela estatal.

Estadual – A ex-vice-prefeita de Sirinhaém Debora Serafim, que também exerceu a secretaria de ação social em Ipojuca durante a gestão de Pedro Serafim, está pavimentando sua pré-candidatura a deputada estadual pelo PSC, tornando-se uma das principais candidatas a uma vaga na Alepe pela sigla. Debora substituirá o deputado Pedro Serafim Neto, que exerce o segundo mandato na Casa Joaquim Nabuco.

Desencontro – Chamou a atenção do meio político a postura do ex-governador Joaquim Francisco de afirmar que a oposição só deveria anunciar a chapa após a Copa do Mundo. Para muitos, a oposição já deveria ter anunciado sua chapa em abril, quando havia determinado o dia 20 daquele mês como prazo inicial, e a postura de Joaquim pelo que ele representa politicamente para o grupo demonstra um certo desencontro com os principais atores da futura coligação.

RÁPIDAS

Surpresa – Conhecido como político “sorveteiro” na definição dada por Eduardo Campos para aqueles que começavam a trabalhar mais tarde, muita gente ficou supresa com a entrevista do secretário da Casa Civil André Campos que na greve dos caminhoneiros estava logo cedo pegando no batente. Teve amigo do secretário que disse que Paulo Câmara operou o milagre de colocar André para “cair da cama”. Pura maldade!

Gabinete –  Com a retomada do abastecimento de combustível no Recife e Região Metropolitana, a partir do desbloqueio das rodovias no Estado, especialmente após a operação realizada pelo Governo do Estado no Porto de Suape, o prefeito Geraldo Julio comanda, na manhã desta sexta-feira, mais uma reunião de balanço do Gabinete de Emergência para avaliação do funcionamento dos serviços públicos municipais neste momento. O Gabinete foi instalado com o objetivo de garantir os serviços essenciais no Recife durante a crise de abastecimento que atingiu todo o Brasil.

Inocente quer saber – O vice-governador Raul Henry teria votos para se eleger deputado federal em outubro?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 21 de maio de 2018 2 Comentários

Coluna do blog desta segunda-feira

PSDB deve ficar com vice de Armando Monteiro 

Com a definição de que Armando Monteiro será o nome oposicionista para disputar o governo de Pernambuco e que Mendonça Filho será o nome do DEM para a primeira vaga de senador, restaram duas vagas na chapa majoritária da oposição, mas há um indicativo de que o PSDB será o partido contemplado com a vaga de vice-governador.

Dentro do PSDB surgem pelo menos cinco nomes com envergadura para o posto e que podem, de acordo com suas características, agregar valor à chapa majoritária. O vereador André Regis está no segundo mandato e sempre foi maior politicamente que o cargo de vereador. Agregaria valor ao projeto de Armando por sua penetração na classe média, no segmento universitário e no público formador de opinião. Também não arriscaria mandato caso a oposição não logre êxito na empreitada.

O ex-governador Joaquim Francisco desde 2006 que não disputa cargos eletivos, foi escalado em 2010 para a suplência de Humberto Costa mas acabou renunciando ao posto quando saiu do PSB e ingressou no PSDB. Agregaria credibilidade e experiência de quem foi prefeito, governador e ministro sem nunca ter se envolvido em escândalos.

Outro ex-governador, João Lyra Neto foi vice de Eduardo Campos em duas ocasiões, recentemente teve uma expressiva vitória com a eleição de Raquel Lyra em Caruaru demonstrando que ainda goza de prestígio político e respeitabilidade. Seu ingresso na vice de Armando teria um efeito simbólico pois ele foi parceiro de Eduardo desde o início quando se começou a hegemonia do PSB.

Na hipótese de querer contemplar os Coelhos de Petrolina na chapa majoritária, que recentemente se reunificaram, o nome do ex-prefeito e ex-deputado federal Guilherme Coelho também poderia cair como uma luva. Além de garantir o espaço ao PSDB, a família Coelho de Petrolina ficaria mais engajada ainda com o projeto liderado por Armando Monteiro.

Por fim, o nome do ex-prefeito do Cabo e de Jaboatão Elias Gomes, poderia representar a Região Metropolitana no cargo de vice-governador. Elias tem dimensão política para ser vice-governador de Armando Monteiro, o que pesa contra ele na majoritária é que sua entrada certamente afastaria os Ferreiras de Armando e os aproximaria de Paulo Câmara, por conta da situação de Jaboatão onde são grupos antagônicos.

Caberá a Armando Monteiro escolher um vice que não atrapalhe e que seja confiável. O desfecho deverá ocorrer em breve, mas o senador deverá pesar os prós e os contras de cada alternativa para ofertar uma chapa que possa conquistar o povo pernambucano nas eleições rumo ao Palácio do Campo das Princesas.

Vaias – Mesmo ausente no ato de lançamento de Marília Arraes, o senador Humberto Costa foi vaiado no Clube Internacional quando teve seu nome citado. Humberto trabalha fortemente para rifar a candidatura de Marília, levar o PT para o PSB e ser senador na chapa de reeleição do governador Paulo Câmara.

Apoio – O meio político não acredita que PP, PR, PSC e Solidariedade trocarão a Frente Popular pela oposição porque todos estão abrigados no governo e pretendem manter seu quinhão com Paulo Câmara. Eles só iriam para Armando Monteiro se o senador fosse vitorioso na disputa e seria obrigado a contar com o apoio deles para governar.

Daniel Coelho – O nome do deputado federal Daniel Coelho é visto como uma excelente alternativa para a chapa majoritária de Armando Monteiro. Se porventura vier a ser escolhido como candidato a senador, seria o mais jovem na disputa e poderia fortalecer Armando na Região Metropolitana do Recife, onde tem grande penetração.

Lula Cabral – Em 2014 fora da prefeitura, Lula Cabral elegeu-se deputado estadual e ainda teve papel fundamental na reeleição de Everaldo Cabral. Nesta eleição, sentado na cadeira de prefeito, Lula lançará Fabiola Cabral para um mandato na Alepe e ainda atuará para reeleger o irmão. Se conseguir, Everaldo conquistará o quarto mandato na Casa Joaquim Nabuco por obra e graça de Lula Cabral.

RÁPIDAS

Prestígio – A vereadora Marília Arraes demonstrou força e prestígio no lançamento da sua pré-candidatura a governadora pelo PT no Clube Internacional. O ato contou com a presença de artistas, lideranças políticas e a militância do PT. Com a força de Marília, fica cada vez mais difícil a sua retirada do páreo sem rachar completamente o partido.

Brasília – Embarco logo mais rumo a capital federal para cobrir a Marcha dos Prefeitos e a semana legislativa do Congresso Nacional. Fiquem ligados no blog para saber de tudo que acontece nas movimentações de Brasília para um desfecho tanto no plano local quanto nacional.

Inocente quer saber – Humberto Costa utilizará qual argumento no anúncio da retirada de Marília?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 25 de novembro de 2017 Deixe um comentário

Coluna do blog deste sábado

O reposicionamento de forças em Pernambuco 

Em 1994, Pernambuco presenciou um projeto embrionário de coligação para derrotar Miguel Arraes, que mesmo sem lograr êxito no estado, ganhou força para disputar com chances de vitória no pleito seguinte, embalado pelo governo federal liderado por Fernando Henrique Cardoso. Em 1998, Jarbas Vasconcelos liderando a União por Pernambuco numa aliança com o PFL derrotou Miguel Arraes.

Essa correlação de forças foi mantida até 2002, com a reeleição de Jarbas e a vitória de Marco Maciel e Sergio Guerra para o Senado. Porém no plano nacional, Lula venceu para presidente e fortaleceu Humberto Costa e Eduardo Campos. Passada a eleição, houve uma dissidência na União por Pernambuco com o chamado Grupo Independente composto por José Múcio, Armando Monteiro, Luiz Piauhylino, Joaquim Francisco e Roberto Magalhães.

Este grupo disputou e perdeu a prefeitura do Recife com Joaquim Francisco em 2004, dois anos depois, apesar de algumas defecções, como a volta de Roberto Magalhães e Joaquim Francisco para o PFL, este grupo ficou sob a liderança de Armando Monteiro, que sinalizou disputar o governo mas acabou recuando para apoiar Humberto Costa, que morreu novamente na praia, mas decidiu apoiar Eduardo Campos para o governo. Além destes apoios, Eduardo já havia conquistado o apoio de Inocêncio Oliveira e de Severino Cavalcanti, que estavam até o pleito anterior amparados no grupo de Jarbas.

A correlação de forças liderada por Eduardo, tendo Armando Monteiro e Humberto Costa eleitos na chapa seguinte, só durou até 2011, quando Eduardo fez movimento de reaproximação com Jarbas e acabou tirando Humberto Costa do seu arco de forças. Dois anos depois, já com a vitória de Geraldo Julio no Recife, Eduardo montou a maior frente política da história de Pernambuco, novamente sem o PT de Humberto Costa e também sem o PTB de Armando Monteiro, que enfrentaria Paulo Câmara, o seu escolhido para sucedê-lo.

A morte de Eduardo não impediu a vitória do PSB em Pernambuco, porém novamente houve um movimento de recomposição de forças, primeiro com a saída de DEM e PSDB da Frente Popular em 2016 e posteriormente a saída de Fernando Bezerra Coelho do PSB, que junto com Mendonça e Bruno Araújo, está afinado com o senador Armando Monteiro. O time dos ministros mais Armando está cada vez mais unido e afinado para as eleições de 2018.

Em contrapartida, o PSB faz um movimento de reaproximação com o PT, depois de seis anos distanciados. O governador Paulo Câmara vem dialogando abertamente com o partido e deverá tê-lo em sua coligação para compensar a perda do PMDB, que ficará sob o controle de Fernando Bezerra Coelho, virtual candidato da oposição a governador. E mais uma vez Pernambuco vivencia um novo arranjo de forças políticas, cujo grupo vencedor terá reflexo direto nas eleições seguintes em nosso estado.

Visita – Na manhã deste sábado, o prefeito Geraldo Julio acompanha mais uma edição do mutirão de serviços integrados Recife em ação. Desta vez, a iniciativa chega na Zona Oeste do Recife, ao bairro da Madalena e suas comunidades, como Zumbi e Sítio do Berardo. As ações começam às 8h na Creche Municipal Alcides Tedesco, e vão beneficiar os moradores do bairro com serviços de saúde, limpeza, iluminação pública, manutenção, educação, cidadania, assistência social e muitos outros.

Federal – Realizando o segundo mandato de vereador do Recife, André Régis (PSDB) decidiu que será candidato a deputado federal em 2018. Indiscutivelmente a maior liderança em ascensão do partido na capital pernambucana, André Régis tem o perfil ideal para o mandato de deputado federal, pois conhece como poucos a questão macro da política, uma vez que é cientista político e um professor conceituado em Pernambuco.

Trindade – O deputado estadual Ricardo Costa e o prefeito de Trindade, Dr. Everton Costa, foram recebidos pelo Secretário-Executivo da Secretaria de Planejamento e Gestão – SEPLAG, Adilson Gomes Filho e a gestora Edna Claudino. Na ocasião, foram abordados assuntos relacionados ao FEM (O Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal) e novos investimentos para a Capital do Gesso.

Jair Bolsonaro – O fenômeno Bolsonaro vem tomando conta de todo o Brasil. Nas mais longínquas cidades brasileiras, as pessoas estão se cotizando para colocar outdoors enaltecendo a figura do “mito”. Em tempos de degradação política, ética e moral, Jair Bolsonaro tem se tornado a grande esperança dos brasileiros que cansaram do sistema político que beneficia e perpetua as grandes estruturas de poder.

RÁPIDAS

Renovação – Exercendo o primeiro mandato de vereador do Recife, o jovem Romero Albuquerque tentará chegar a Assembleia Legislativa de Pernambuco em 2018 pelo Partido Progressista. Defensor da causa animal, Romero pretende ampliar as ações da área para todo o estado de Pernambuco se for eleito deputado estadual.

Majoritário – O deputado federal Bruno Araújo, ex-ministro das Cidades, vem ganhando coragem para disputar um mandato majoritário em 2018. Recentemente afirmou que o PSDB terá candidato a governador ou a senador no ano que vem, e este nome tende a ser o dele próprio, que é a maior liderança do partido e tem o absoluto controle da sigla.

Inocente quer saber – Depois que ganhou um robusto espaço no governo, o PP de Eduardo da Fonte ficará mesmo com Paulo Câmara em 2018?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 21 de novembro de 2017 Deixe um comentário

Coluna do blog desta terça-feira

O clássico de 2018 em Pernambuco 

Nos últimos 30 anos, Pernambuco teve algumas eleições bastante emblemáticas, desde a vitória de Miguel Arraes em 1986 contra José Múcio, passando pela dura disputa de Joaquim Francisco e Jarbas Vasconcelos em 1990, Jarbas contra Arraes em 1998, Eduardo Campos e Mendonça Filho em 2006 e o próprio Eduardo contra Jarbas em 2010, foram eleições históricas e carregadas de muito simbolismo.

A de 1986 foi uma disputa entre Miguel Arraes que voltava do exílio contra o jovem José Múcio Monteiro que topou o desafio depois de muitos declinarem da empreitada por considerar fatura liquidada. Apesar de Arraes vencer, o desempenho de Múcio foi além do esperado, atingindo quase 40% dos votos.

Na disputa de 1990, protagonizada por Joaquim e Jarbas, ela ficou marcada pela célebre frase de Joaquim: “vou desmistificar você, Jarbas Vasconcelos”, que acabou vitorioso. Joaquim ficou com 50,95% dos votos válidos e impôs uma vantagem de apenas 150 mil votos. Jarbas, por sua vez, culpou Arraes pela sua derrota, pois considerou que se ele tivesse sido candidato a senador teria ajudado Jarbas a se eleger.

Em 1998, já rompidos Arraes e Jarbas protagonizaram uma disputa que ficou marcada pelo Escândalo dos Precatórios, com agressões muito duras, que acabou culminando na vitória de Jarbas por uma diferença de mais de um milhão de votos. Arraes era governador e acabou perdendo a reeleição.

Em 2006, oito anos depois da emblemática vitória de Jarbas sobre Arraes, e um ano depois da morte de Arraes, Eduardo começou desacreditado com apenas 4% e novamente uma disputa sangrenta acabou “matando” Humberto Costa e colocando o candidato de Jarbas, Mendonça Filho, no segundo turno contra Eduardo Campos, o neto de Arraes. Eduardo devolveu a derrota com juros e correção monetária e iniciou a hegemonia do PSB.

Para deixar Eduardo ainda mais fortalecido, veio o processo eleitoral de 2010 quando Jarbas foi obrigado a disputar contra Eduardo pela oposição. Disputando sem vontade, Jarbas praticamente não fez campanha, enquanto Eduardo considerou questão de honra. Dois ícones da política pernambucana se enfrentaram e tivemos a maior diferença de votos da história de Pernambuco, quando Eduardo colocou mais de 3 milhões de votos de frente contra Jarbas, sendo o governador mais bem votado proporcionalmente do país.

A eleição de 2014 perdeu a emoção com a morte de Eduardo em pleno processo eleitoral, e culminou num passeio de Paulo Câmara contra Armando Monteiro, cujo processo histórico só ganhou relevância pelo episódio envolvendo o desaparecimento de Eduardo Campos, porém as eleições de 2018 terão um forte componente que está se desenhando, que é o ódio entre os protagonistas.

Eleitos na mesma chapa em 2014, Paulo Câmara e Fernando Bezerra Coelho se enfrentarão pelo Palácio do Campo das Princesas. Paulo pelo PSB e Fernando pelo PMDB, que afirmou que enfrentará o governador em 2018 e o derrotará com expressiva margem. Pela primeira vez Fernando foi tão incisivo no seu posicionamento. O Palácio não deixa barato, e considera FBC como um adversário a ser mais do que derrotado, e sim exterminado da política pernambucana em 2018.

Existem evidências claras de que teremos em 2018 uma eleição “sangrenta” e igualmente histórica, pois será protagonizada por dois herdeiros de Eduardo Campos e que estão elevando tanto a temperatura que até um simples olhar atravessado poderá significar um motivo para uma confusão sem precedentes. Estaremos diante de um novo clássico da política pernambucana.

Perda – O deputado federal João Fernando Coutinho deverá colocar as barbas de molho, pois os rumores estão fortes de que a prefeita de Arcoverde Madalena Brito não o apoiará em 2018 conforme foi pré-acordado. Madalena estaria avaliando outro nome para receber seu apoio. A prefeita é uma camaleoa pois troca de pele quando lhe convém, mesmo tendo sido eleita com o prestígio de Zeca Cavalcanti acabou rompendo com seu padrinho para ficar com o PSB.

Resposta – Questionado por este blog sobre os nomes de Jarbas Vasconcelos e Mendonça Filho para o cargo de vice na sua chapa, o governador Geraldo Alckmin afirmou que ambos são políticos muito capacitados que podem inclusive disputar a presidência da República, quanto mais o cargo de vice-presidente. Jarbas, por sua vez, já declarou apoio ao tucano em 2018 independentemente do PMDB.

Raul Henry – O vice-governador Raul Henry segue hostilizando Fernando Bezerra Coelho por onde passa. Ele disse que Fernando não pode falar pelo PMDB de Pernambuco sobre as eleições de 2018, pois ele é o presidente e continuará no cargo, uma vez que crê piamente no direito das ações que foram impetradas na Justiça contra a dissolução do diretório estadual.

Insatisfação – Alguns deputados estaduais estão insatisfeitos com algumas decisões tomadas pelo primeiro-secretário da Alepe Diogo Moraes, como por exemplo o de fechar algumas áreas da Casa restringindo a passagem de funcionários dos gabinetes que atendem aos deputados. Tem deputado se dizendo arrependido de ter reconduzido Diogo tamanho tem sido o autoritarismo do deputado.

RÁPIDAS

Apoio – O pré-candidato a deputado federal Júnior Uchoa contará com o apoio do presidente da Câmara do Recife vereador Eduardo Marques da Cunha. O vereador sempre figura entre os mais votados do Recife e há anos apoia o deputado estadual Guilherme Uchoa, presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Contribuição – A saída de Bruno Araújo do ministério das Cidades ajudou muito o presidente Michel Temer a repactuar a sua base. Com a indicação de Alexandre Baldy para o posto de Bruno, Temer agradou o centrão e está caminhando para colocar em votação a reforma da Previdência, que deverá manter 50% do texto original e tem boas chances de atingir os 308 votos necessários nos dois turnos.

Inocente quer saber – Michel Temer dirá quando aos brasileiros que será candidato a reeleição em 2018?

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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