Rodrigo Maia pode fazer contraponto a Bolsonaro
A eleição para a presidência da Câmara dos Deputados ocorrerá somente no dia 1 de fevereiro de 2019, mas as articulações estão a mil para ver quem comandará a Casa no ano que vem. Com uma renovação significativa de parlamentares, a Câmara dos Deputados terá uma configuração diferente no ano que vem, com a diminuição do poderio do MDB e a falta de unidade do PSL, que é a maior bancada da base governista, sendo o partido do presidente.
Entre os deputados antigos e novatos há uma preocupação corrente no sentido de evitar que a Casa escolha um nome totalmente alinhado com o presidente Jair Bolsonaro, e não ficar sendo apenas um órgão carimbador das decisões do executivo. Para isso, o nome do atual presidente Rodrigo Maia desponta com certo favoritismo, pois ele soube em dois anos e meio conduzir a Casa sem deixá-la em maus lençóis.
Maia está longe de ser o presidente perfeito, e há algumas ressalvas em relação a ele, porém, cresce o sentimento entre os colegas que não há nome melhor para o posto como ele, que poderá representar uma espécie de fiel da balança na força do presidente Jair Bolsonaro. Dos nomes colocados até agora, Rodrigo Maia é de longe o favorito para seguir no comando da Câmara dos Deputados, e em se confirmando sua recondução, os deputados sabem que terão um representante que defenderá o poder legislativo nas batalhas que precisará travar com o Palácio do Planalto.
Classe unida – A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), entidade que representa os membros do Ministério Público Federal (MPF) em todo o país, divulgou, nesta sexta-feira (14), uma nota de solidariedade e desagravo à procuradora Silvia Regina Pontes Lopes. Segundo o presidente da entidade, José Robalinho, as notas oficiais do Governo do Estado, abordando recentes ações judiciais do MPF sobre a saúde, tiveram “forma pessoal e agressiva” ao se referir à procuradora. “Atacar um procurador da República pelo legítimo e competente exercício de sua função é atacar a todos”, disse o representante do MPF, José Robalinho, na nota oficial.
Preocupação – A extinção do ministério do trabalho em Pernambuco tem gerado um fato inusitado, tanto os sindicatos laborais quanto os patronais têm vivido dias de intensa preocupação, isso porque nunca na história da superintendência regional do trabalho houve um superintendente tão aglutinador como o atual Geovane de Freitas, ele conseguiu o que parecia impossível: unir no mesmo propósito trabalhadores e patrões. Segundo Henrique Gomes, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, a saída de Geovane será um perda irreparável.
Cargos – Muita gente está de olho nos cargos de órgãos federais que funcionam em Pernambuco. Além da Codevasf, tem Chesf, Metrorec, CPRM, Incra, Fundaj, Hemobrás, Infraero, Dnocs, DNIT, SUDENE, BNB, dentre outros. O preenchimento destes cargos se dará entre os deputados federais que apoiarem o governo Jair Bolsonaro, que já estão ávidos por apresentarem suas indicações.
Diálogo – O governador Paulo Câmara já iniciou as rodas de diálogo com os aliados para a configuração do segundo governo. É possível que até o natal tenhamos a oficialização dos nomes que comporão o primeiro escalão. Alguns aliados do governador já estavam roendo as unhas de ansiedade.
RÁPIDAS
Alexandre Rebelo – Apesar de a disputa interna entre João Campos e Felipe Carreras pela indicação do PSB para a prefeitura do Recife em 2020, há quem afirme que não estaria descartado o nome de Alexandre Rebelo, que poderia ser o tertius. Rebelo é o mais próximo secretário de Geraldo Julio e tem uma grande simpatia do chefe para ingressar na política disputando mandatos eletivos.
PSD – Além do atual vereador Gilberto Alves, o PSD deverá atrair para os seus quadros Romerinho Jatobá e Junior de Cleto, todos ligados ao deputado federal André de Paula, presidente estadual da sigla e que pretende montar uma chapa competitiva para a Câmara Municipal do Recife em 2020.
Inocente quer saber – Felipe Carreras terá algum espaço no segundo governo Paulo Câmara?









O presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM/RJ) não moverá uma palha para derrubar Michel Temer. Além da gratidão por estar no cargo graças ao presidente, Maia também considera uma série de fatores para não querer a presidência da República neste momento.

Em Brasília não se fala outra coisa senão na possibilidade de o governo Rodrigo Maia se materializar. Apesar da vitória do governo ontem de aprovar a reforma trabalhista no Senado, e haver possibilidade de Temer escapar dessa primeira denúncia, a conta em Brasília é de que a segunda denúncia que Janot apresentar será a pá de cal no governo Temer e a efetivação do governo Maia.
“Infeliz”, “arrogante”, “precipitada”, reagiu o senador Armando Monteiro (PTB-PE), nesta manhã desta quarta-feira (12), à declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que irá barrar a medida provisória que alterará o projeto da reforma trabalhista aprovado nesta terça-feira (11) à noite pelo Senado. O petebista foi um dos mais duros entre os senadores que rebateram energicamente a posição de Maia.
