Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 16 de fevereiro de 2018 6 Comentários

Coluna do blog desta sexta-feira

Que tiro foi esse na oposição? 

Depois de aparecer ao lado do ex-prefeito do Recife, João Paulo, no carnaval de Bezerros no último domingo, o governador Paulo Câmara fez ontem um movimento muito mais consistente que sacramentou a aliança entre PT e PSB em Pernambuco. Ele viajou até São Paulo, ao lado de Renata Campos e João Campos, e se encontrou com o ex-presidente Lula. O encontro foi acompanhado por Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, o que deu ares de legalidade ao movimento que já havia sido antecipado por este blog da aliança entre PT e PSB, que estavam distantes desde 2012.

A declaração de Lula na entrevista a Geraldo Freire nivelando Marília Arraes por baixo, colocando-a no mesmo patamar que Odacy Amorim e José de Oliveira, que foram claramente colocados como pré-candidatos para fritar Marília, já foi muito ruim para a manutenção do projeto dela, os fatos sucedâneos daquela entrevista foram a pá de cal na candidatura de Marília. Apesar de ter chances de não ser candidato, Lula será o maior eleitor em Pernambuco, há um levantamento interno que dá a Jacques Wagner a liderança no estado para presidente como candidato de Lula, evidentemente que para governador o apoio dele é ainda mais relevante, ampliando as chances de Paulo Câmara se recuperar e crescer nas pesquisas.

Com a retirada de Marília Arraes do páreo, o movimento do Palácio encurrala a oposição a ter que se decidir sobre qual estratégia deve ser adotada. Se lançar duas candidaturas, terá nomes que claramente irão para o sacrifício na disputa pelo Senado, pois a oposição precisaria preencher as duas vagas, esse movimento lançaria Armando Monteiro e Fernando Bezerra Coelho no intuito de forçar um segundo turno, mas ele além do sacrifício de nomes na majoritária, poderia comprometer as chapas proporcionais, porque corria o risco de separados cada coligação eleger menos de quatro deputados.

No sentido de ficar a candidatura de Armando Monteiro apenas, o senador teria que se explicar o tempo todo o motivo de Lula ter deixado de apoiá-lo para ficar com Paulo Câmara, o que claramente deixaria o senador em maus lençóis. Já na hipótese de Fernando ser candidato único ao governo com Armando para o Senado, a eleição se tornaria plebiscitária entre o palanque de Lula e o palanque de Temer. Movimentos que colocariam a pecha em Fernando de candidato de Temer, o que em Pernambuco não é nada bom para quem pretende ser majoritário.

No fim das contas Paulo Câmara fez um verdadeiro gol de placa ao fazer o óbvio e se juntar ao PT. Deu um nó na oposição e fez com que ela precisasse urgentemente decidir a sua estratégia para a batalha. Se até setembro ou outubro parecia que Paulo Câmara não tinha mais jeito, o que está se cristalizando é o enterro voltando da porta do cemitério, um xeque-mate bem ao estilo Eduardo Campos de fazer política.

Constrangimento – Alguns prefeitos estão reclamando da utilização política por parte de Fernando Bezerra Coelho nas movimentações que ele tem feito no interior. Na condição de senador da República, o protocolo manda que o prefeito o receba em seu gabinete. Isso tem gerado constrangimento entre prefeitos que o recebem a contragosto e acabam ficando em maus lençóis com o Palácio.

Defesa – Impressionou a defesa enfática que o senador Fernando Bezerra Coelho fez ao presidente Michel Temer em Cabrobó durante a sua visita a Pernambuco no início do mês. Fernando defende Temer de uma maneira que parece que o presidente possui 90% de aprovação. Como se não bastasse, FBC defendeu a reforma da Previdência em pleno sertão, onde é reduto anti-Temer e pró-Lula. É coragem de mamar em onça.

Zero chance – A respeito da informação de que poderia receber o comando da Chesf para apoiar a candidatura de FBC a governador, levando o importante tempo de televisão do PP para a oposição, o deputado federal Eduardo da Fonte refutou a possibilidade dizendo que nem se dessem o ministério de Minas e Energia a ele, ele trocaria Paulo Câmara por FBC.

Polo infantil – O bairro de Santo Amaro está consolidado como o melhor polo para a criançada brincar o Carnaval do Recife. A folia, organizada pelo vereador Alcides Teixeira Neto, no domingo, juntou gente de toda a região pelo segundo ano consecutivo. Teve Fazendinha, infláveis, shows e muita animação dos pequenos e dos seus pais. Em 2019, uma nova edição já está confirmada.

RÁPIDAS

Fragilidade – Na conta dos candidatos do PSDB a deputado federal, já se sabia que Betinho Gomes estava morrendo afogado por falta de votos. O que ninguém esperava era Daniel Coelho fazer companhia a ele. Hoje é deputado federal de menos de 100 mil votos num claro viés de baixa, sobretudo depois do mandato apagadíssimo que vem fazendo em Brasília.

Incoerências – O deputado estadual Silvio Costa Filho, líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, decidiu apontar as incoerências do PSB, que até bem pouco tempo hostilizava o PT, tendo apoiado o impeachment de Dilma Rousseff e no segundo turno da eleição de prefeito fez duras críticas ao partido dizendo que ele quebrou o país. Silvio pretende refrescar a memória do eleitor pernambucano.

Inocente quer saber – O PT depois de negar legenda a Marília Arraes para governadora fará o mesmo com ela para deputada federal?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 14 de fevereiro de 2018 Deixe um comentário

Coluna do blog desta quarta-feira

Armando é o lugar-comum para o PSB enfrentar em outubro

Nas eleições de 2014 Eduardo Campos optou por enfrentar Armando Monteiro e por isso não o colocou como seu candidato para a sua sucessão. Em 2016 por exemplo, Geraldo Julio em nenhum momento fez ofensivas a João Paulo porque sabia que ele seria o melhor adversário para derrotar no segundo turno. Se porventura Geraldo enfrentasse Daniel Coelho na segunda etapa, poderia haver um desgaste para o prefeito e um sentimento de mudança e de novidade que catapultasse o tucano rumo à vitória.

O embate de 2014 sendo reeditado em 2018 é o melhor dos mundos para o Palácio, uma vez que o PSB já conhece como a palma da sua mão as forças e fraquezas de Armando. Por isso o movimento do PSB em se juntar ao PT já no primeiro turno, e consequentemente retirar Marília Arraes do jogo, uma vez que ela seria o fato novo da disputa e mesmo com o desgaste do PT, ela teria chances reais de num segundo turno fazer um estrago e eventualmente ameaçar a reeleição de Paulo Câmara.

O senador Fernando Bezerra Coelho, que é político profissional, é o adversário mais perigoso que restou ao PSB, uma vez que foi partícipe desde a concepção do projeto de Eduardo Campos ainda em 2005 quando almejava disputar o governo, tendo sido secretário de Eduardo e ministro indicado pelo então governador. Fernando, assim como Marília, e diferentemente de Armando, conhece todo o modus-operandi do PSB de fazer campanha e de governar, evidentemente com a caneta do governo federal ao seu lado, pode ser um adversário com chances de surpreender mesmo sendo o pré-candidato menor pontuado nas pesquisas neste momento.

Tirar Marília do jogo e enfrentar apenas Armando Monteiro com Fernando Filho de vice é de longe o cenário dos sonhos do Palácio do Campo das Princesas para a disputa em outubro, segundo uma fonte palaciana em reserva. Não que Armando Monteiro não possa vencer a disputa, evidente que dependendo das circunstâncias ele poderá sair vitorioso, porém é um adversário que tem uma postura comedida, seu trato na política se assemelha a um lorde inglês, e dificilmente fará o enfrentamento mais duro na disputa contra o PSB, o que além dos fatores supracitados, possibilita a Paulo Câmara um ambiente maior de recuperação e consequentemente de vitória em outubro.

Distante – Apesar de ser pré-candidato a governador, o senador Armando Monteiro não quis saber de participar de nenhum evento de carnaval. Armando deve ter avaliado que não é o momento de aparecer publicamente mesmo liderando as pesquisas devido ao grande desgaste que possui a classe política perante a população.

O fato – O grande fato deste carnaval foi a foto do governador Paulo Câmara ao lado do ex-prefeito do Recife João Paulo, que selou a aliança entre PSB e PT. Com a presença de João Paulo na chapa majoritária, o governador consolida sua campanha na Região Metropolitana do Recife. João Paulo, com o aval de Lula e Humberto Costa, mandou um recado para Marília Arraes de que sua candidatura está rifada.

Rádios – O nosso comentário político está presente em 50 rádios de Pernambuco. Além da Cabo FM, da Serra FM, da Atual FM e da Asa Branca AM, os programas Direto ao Ponto, Cidade em Foco e Ponto de Vista são veiculados em rede, o que amplia nossa presença para quase todas as regiões do estado, consolidando o blog como uma das principais referências de política em Pernambuco.

Federal – Prestes a ter sua candidatura a governadora rifada, Marília Arraes deverá continuar no PT para disputar um mandato de deputada federal. Além de disputar na condição de vítima, o que deve impulsioná-la ao mandato, ela caminha a passos largos para ser a principal liderança do PT no estado.

RÁPIDAS

Maratona – O prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira, e sua esposa Alessandra Vieira, pré-candidata a deputada estadual, cumpriram uma intensa agenda neste carnaval. Além do Galo da Madrugada, no Recife, o casal esteve em Bezerros, Olinda e Tamandaré. Além disso, o primeiro-casal visitou retiros espirituais na cidade de Santa Cruz.

Abreu e Lima – A prefeitura de Abreu e Lima conquistou mais um empreendimento para o município, uma indústria de portas e janelas de alumínio, trata-se da S.A. do empresário Paulo Roberto, que é do Ceará. A conquista, fruto de uma articulação do prefeito Marcos José e de Tarcisinho Calado, vai gerar 500 empregos no município.

Inocente quer saber – Paulo Câmara depois da aliança com o PT já pode encomendar a beca da posse do segundo mandato?

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Postado por Edmar Lyra às 10:53 am do dia 11 de fevereiro de 2018 Deixe um comentário

Paulo Câmara e João Paulo juntos em Bezerros

O governador Paulo Câmara e o ex-prefeito do Recife João Paulo apareceram juntos no papangu de Bezerros reforçando a informação de que eles podem compor a chapa majoritária da Frente Popular. Paulo e João Paulo entoaram juntos Madeira de Lei que cupim não rói, música que imortalizou a campanha de Eduardo Campos em 2006, numa interação total.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 7 de fevereiro de 2018 Deixe um comentário

Coluna do blog desta quarta-feira

Aliança entre PT e PSB alcança desejo de muitos atores

A entrevista do ex-presidente Lula a uma emissora de rádio no dia de ontem rendeu inúmeras avaliações, sobretudo quando ele se debruçou sobre o cenário estadual. A afirmação de Lula de que o PT poderia ter candidatura própria, citando José de Oliveira, Odacy Amorim e Marília Arraes, ou realizar uma aliança com Armando Monteiro ou Paulo Câmara, deu margem para a interpretação de que não havia nada definido quanto a candidatura de Marília Arraes, e que o PT poderá abdicar de uma candidatura própria.

Quem tem acompanhado os bastidores destas negociações sabe que a única dúvida real sobre o destino do PT é se lança a candidatura de Marília Arraes ou se reata a aliança com o PSB, e numa escala de 0 a 10, 1 estaria para a candidatura de Marília e 9 para a aliança com o PSB. Pragmático, Lula sabe que a candidatura de Marília custa dinheiro, e num período de vacas magras, o PT teria que dividir o parco dinheiro entre a majoritária e as candidaturas proporcionais. Marília não poderia ser candidata à míngua, pois estaria colocando em xeque o futuro do PT e uma brincadeira dessas custa alguns milhões somente para colocar o bloco na rua.

Com 15% nas pesquisas, Marília já está consolidada na política e não tem motivos para sair do PT porque sabe que ela é o futuro do partido, que envelheceu e suas lideranças não ofertam mais nenhuma expectativa de poder no estado. Ela seria colocada na melhor posição que existe na política, que é a de vítima, e se tornaria a candidata das bases do PT para deputada federal. Garantiria um mandato na Câmara Federal e seria o principal nome do partido no estado, mesmo que Humberto Costa venha a se eleger também.

No caso de João Paulo e de Humberto, eles sabem que se Marília disputar poderá ter um bom resultado eleitoral e político mas não daria a ambos a garantia de vitória, e a de estrutura para que eles coloquem o bloco na rua, muito pelo contrário, estariam tendo que dividir as atenções com a majoritária. Além do mais, com a caneta na mão, Paulo Câmara poderá reforçar a eleição de Humberto para deputado federal, que precisa de um empurrão, e ainda garantiria a hipótese de João ser vice-governador ou senador pela Frente Popular.

O PSB por sua vez, depois de perder Eduardo Campos, voltaria a sua origem e passaria a ter Lula para se escorar no estado. Ainda que não seja candidato, em Pernambuco Lula é um importante eleitor, o que ajudaria Paulo Câmara a se fortalecer nos rincões do estado, onde o ex-presidente é uma espécie de semideus independente das denúncias que o envolvem. A aliança PT e PSB é boa para todos, inclusive para a própria Marília que alcançaria o mandato de deputada federal, fato este que foi o motivo do seu rompimento com Eduardo Campos e da sua saída do PSB.

Promotores – O procurador geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, deu posse para mais 20 promotores, nesta terça-feira (6), no Centro de Convenções de Olinda. Aprovados em concurso, vão reforçar a atuação do Ministério Público do Estado (MPPE) no interior. O chefe de gabinete do governador, João Campos (PSB), e a procuradora geral do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO), Germana Laureano, estavam entre as autoridades que prestigiaram a solenidade.

Homenagem – O deputado estadual José Humberto Cavalcanti (PTB) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco na última segunda-feira para homenagear o ex-ministro Armando Monteiro Filho, falecido em janeiro deste ano. O parlamentar lembrou da trajetória de Armando, que foi deputado estadual, federal e ministro da Agricultura do governo João Goulart.

Reforço – A bancada petebista na Alepe, que conta com José Humberto, Augusto Cesar e Julio Cavalcanti, ganhará o reforço de pelo menos dois parlamentares em abril. Além do deputado Alvaro Porto que volta para a sua sigla de origem, a deputada Socorro Pimentel estaria de malas prontas para as hostes petebistas. Socorro estava para se filiar ao MDB, mas devido ao grau de incerteza envolvendo o futuro do partido, ela ficou inclinada a entrar no partido de Armando Monteiro.

Dificuldade – A situação de Jadeval de Lima, João Eudes e Pedro Serafim Neto, todos do PDT, não é nada boa. Jadeval trocou quatro anos de vereador por dois de deputado estadual, sem ter votos para buscar uma reeleição garantida. Pedro Neto está com a corda no pescoço pois não conta mais com a estrutura de Ipojuca e não consegue nem se consolidar na oposição. Por fim João Eudes igualmente está com dificuldades, obteve menos de 28 mil votos e tem sido considerado ex-deputado por alguns colegas.

RÁPIDAS

Procura – Tem sido forte a procura de parlamentares na Alepe pela filiação ao PP de Eduardo da Fonte. Com a garantia de que com cerca de 30 mil votos o parlamentar poderá ser eleito, e a chance real de eleger dez deputados, ninguém quer ficar no chapão do PSB, que virou partido de gente grande como Diogo Moraes, Adauto Santos, Aluisio Lessa e Clodoaldo Magalhães.

Sem futuro – Decidido a tentar voltar para a Assembleia Legislativa de Pernambuco por absoluta falta de votos para deputado federal, Betinho Gomes é visto como uma incógnita nas eleições deste ano. Com muito esforço terá 25 mil votos no Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes, precisando de mais 15 mil fora, o que é algo meio complicado de alcançar sem a máquina da prefeitura como teve em 2010 e 2014 nas suas campanhas.

Inocente quer saber – A oposição unificará os esforços na candidatura de Armando Monteiro para governador?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 5 de fevereiro de 2018 Deixe um comentário

Coluna do blog desta segunda-feira

O exemplo de Geraldo Julio para o PSB

Nas eleições de 2016 o prefeito Geraldo Julio começou atrás nas pesquisas, cujos levantamentos colocavam João Paulo na dianteira em condição de empate técnico com gestor. Apesar de fazer uma gestão positiva, Geraldo enfrentava no período pré-eleitoral relativa dificuldade. Porém bastou a campanha propriamente dita começar que a situação se inverteu. Com o guia, Geraldo cresceu e por muito pouco não liquidou a fatura na primeira etapa.

Geraldo Julio fez entregas importantes como o Compaz, as Upinhas, o Hospital da Mulher, e precisou a eleição começar para que o eleitorado identificasse que o melhor caminho era a continuidade da sua gestão. Mesmo tendo ido ao segundo turno, o prefeito em nenhum momento da campanha chegou a ter sua reeleição ameaçada, uma vez que na segunda etapa ele foi reeleito com a maior votação de um prefeito da história do Recife.

Geraldo pegou os cacoetes da política e surpreendeu não só como gestor, que conseguiu realizar uma exitosa gestão na capital pernambucana, mas principalmente na política, sendo quase uma unanimidade na sua base governista da Câmara Municipal do Recife. Este exemplo de Geraldo poderá servir ao governador Paulo Câmara na busca pela reeleição em outubro.

Esta parceria entre Geraldo e Paulo, se for cada vez mais levada para a política, poderá dar ao governador uma chance de repetir o êxito do prefeito nas eleições de outubro. Vale salientar que há um reconhecimento generalizado da classe política em relação ao governador Paulo Câmara que trata-se de uma figura decente, trabalhadora e empenhada em cuidar de Pernambuco, e por isso mesmo com as dificuldades enfrentadas pelo gestor, muitos desejam ficar com a sua reeleição, demandando apenas que sejam realizados pequenos ajustes de ordem política para garantir a hegemonia do PSB em Pernambuco.

Desconfiança – Apesar de todos reconhecerem a sua inteligência e sua grande capacidade de oratória, impressiona o nível de rejeição do senador Fernando Bezerra Coelho na classe política. Quase todos dizem que ele é preparado, é competente, mas ninguém pode confiar. Essa característica tem sido mais prejudicial ao seu projeto do que os baixíssimos índices de intenção de voto nas pesquisas.

Pacote – No pacote que  visa tirar de uma vez por todas a candidatura de Marília Arraes ao governo estão a garantia do mandato a João da Costa com a indicação de Jairo Brito para o secretariado de Geraldo Julio, a ida de João Paulo para a majoritária de Paulo Câmara, e as vitórias de Osmar Ricardo para estadual e Humberto Costa para federal. Essa é a conta para “pacificar” o PT e reinseri-lo na Frente Popular.

Bullying – O deputado estadual Alberto Feitosa, que é considerado um dos mais qualificados quadros da política pernambucana, mais uma vez deu grande demonstração de sintonia com os problemas da sociedade, lançando um e-book gratuito para informar a população o que é o bullying e como combatê-lo. A proposta foi sucesso absoluto ganhando grande repercussão entre as pessoas.

Reforço – O deputado federal Marinaldo Rosendo, que está de malas prontas para o PP, garantiu mais uma importante dobradinha para a sua reeleição. O candidato a prefeito de Araripina, Aluízio Coelho, definiu que será candidato a deputado estadual e dobrará com Marinaldo no sertão do Araripe.

Oferta – Um importante aliado do governador Paulo Câmara defendeu abertamente que seja ofertada uma vaga na chapa majoritária da Frente Popular ao deputado estadual André Ferreira. O Palácio já reconhece a força dos Ferreiras e começa a considerar a hipótese de não perder este importante apoio na Região Metropolitana do Recife, que concentra nada menos que 42% do eleitorado de Pernambuco.

RÁPIDAS

Ausências – O ministro da Educação, Mendonça Filho, e o ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo, sequer participaram do evento do presidente Michel Temer em Cabrobó, que acionou o eixo norte da Transposição. Adversários de Bruno e Mendonça atribuem suas respectivas ausências a vergonha de ambos de aparecer ao lado de Temer.

Melhor – Setores do Palácio do Campo das Princesas avaliam que o ministro das Cidades Alexandre Baldy em pouco tempo na pasta já conseguiu ser melhor que Bruno Araújo que passou mais de um ano no cargo. Palacianos afirmam que Bruno só fez espuma no período em que comandou a pasta e que não apresentou nada de efetivo para Pernambuco.

Inocente quer saber – Por que Raul Henry não participou do Baile Municipal no último sábado no Classic Hall?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 1 de fevereiro de 2018 10 Comentários

Coluna do blog desta quinta-feira

Marília Arraes representa o resgate do PT em Pernambuco

Tudo era apenas uma brincadeira e foi crescendo, crescendo e hoje já é uma realidade na disputa eleitoral. As pesquisas constatam o que quase todo mundo do meio político já sabia. Marília Arraes se constituiu na principal novidade da disputa pelo Palácio do Campo das Princesas. Aos 33 anos, Marília ocupa o cargo de vereadora do Recife pela terceira vez, mas em dez anos de trajetória política com mandatos eletivos, ela coleciona atividades intensas.

Para quem não lembra, ela apresentou um projeto que visava regulamentar o uso dos espaços públicos, e foi por conta disso que surgiu um grupo chamado Direitos Urbanos, que veio a ser o Ocupe Estelita. Marília não fazia ideia do vespeiro que estava mexendo ainda em 2011, quando exercia o seu primeiro mandato, na época em que apresentou o polêmico projeto.

Na vitória de Geraldo Julio, em 2012, ela foi convidada para assumir a secretaria de Juventude, uma pasta que era esvaziada e que aos poucos ela percebeu que ali seria seu ocaso político se continuasse lá. Foi quando deixou a pasta para tentar um mandato nas eleições de 2014. Mirou a Câmara dos Deputados mas teve como obstáculo a negativa de Eduardo, que mandava e desmandava em Pernambuco.

Ninguém imaginava que a partir daquela negativa muita coisa mudaria em Pernambuco. Ela rompeu com Eduardo quando ninguém teve a ousadia de fazer. Decidiu apoiar Armando Monteiro, criticou a aliança do primo com Jarbas Vasconcelos, e acabou sendo observada com outros olhos, uma vez que seria muito cômodo pra ela engolir seco e cobrar a fatura depois, como a maioria dos políticos em seu lugar teria feito.

Veio a morte de Eduardo, que mexeria diretamente na eleição daquele ano e no pós-eleição e o legado de Miguel Arraes ficou sob sua responsabilidade. Marília saiu do PSB quando ninguém queria sair e entrou no PT onde ninguém queria entrar. Foi para a reeleição de vereadora com a desconfiança de muitos sobre sua viabilidade eleitoral, e novamente surpreendeu quando foi a sexta mais votada do Recife com quase 12 mil votos.

A reeleição de forma gigante como ocorreu, contra tudo e contra todos, fez de Marília um nome a ser observado com mais atenção. Tanto que ela foi lembrada como alguém que disputaria a eleição para o governo pelo PT no intuito de cumprir tabela e dar palanque ao candidato petista no estado. Marília queria mais do que ser uma mera coadjuvante no processo e foi a luta nos mais longínquos recantos de Pernambuco.

Mulher, jovem, neta de Arraes, de esquerda, defensora de suas convicções com a coragem que poucos possuem, Marília Arraes, que não está envolvida em nenhum escândalo de corrupção, vale salientar, é o nome do resgate do PT, do arraesismo e da esperança que um dia Eduardo Campos representou em 2006. Os 15% atingidos nas pesquisas eleitorais ainda não são nada. Marília renova a esperança, sacode o PT e ganha a cada dia que se passa a confiança do povo de Pernambuco. Ela não veio para fazer figuração, ela chegou para fazer história, fazendo jus, assim como fez Eduardo, ao sangue que corre nas suas veias, e mostra que tem sangue nos olhos para enfrentar qualquer desafio. Eis que temos o grande fato novo da eleição de 2018, ele se chama Marília  Arraes.

Encarregado – O senador Humberto Costa, que será candidato a deputado federal, prometeu ao Palácio do Campo das Princesas que convencerá Lula e o PT nacional de que o melhor caminho para o partido nas eleições deste ano será marchar com o PSB, com isso ele pretende rifar Marília Arraes após ter sido o principal incentivador da sua pré-candidatura e consequentemente garantir a sua eleição para a Câmara Federal com a estrutura do PSB.

Vice – Inclusive um dos argumentos de Humberto Costa será a indicação de João Paulo para a vice de Paulo Câmara com a justificativa de que na reeleição do governador, o PT terá um caminho mais fácil para chegar ao Palácio do Campo das Princesas com João Paulo em 2022. Com isso o PT entraria no chapão para estadual e federal.

Reviravolta – Após uma decisão do ministro Gilmar Mendes, o PHS trocou de mãos a nível nacional, saindo de Eduardo Machado para as mãos de Guilherme Aro. Em Pernambuco não é diferente, o deputado federal Pastor Eurico perde o partido para Belarmino Souza, ex-vereador de Jaboatão dos Guararapes.

Candidatura – Se não tivesse uma pontinha de esperança em disputar a reeleição, o presidente Michel Temer não tinha motivos para participar de programas como vem participando nos últimos dias. A estratégia é clara, ele quer reduzir a sua rejeição, e parece que está surtindo efeito, quando caiu para 70%. Se ficar em patamares aceitáveis, e tiver outros fatores favoráveis, Temer deverá colocar em prática o plano ainda adormcido de disputar a reeleição.

RÁPIDAS

Ajuste – Após ter reassumido a prefeitura de São Lourenço da Mata, Bruno Pereira vem trabalhando no sentido de montar uma equipe qualificada para que a gestão possa ser mais eficiente. O prefeito recebeu uma gestão sucateada do seu substituto no período em que ficou fora e está buscando arrumar a casa.

Apoio – Depois de anunciar que Guilherme Uchoa Júnior será seu candidato a deputado federal, o prefeito Bruno Pereira deverá oficializar o apoio a Julio Cavalcanti para deputado estadual. A relação de Bruno e Julio é muito antiga, havendo amizade e respeito entre ambos. Com a confirmação do apoio, Julio ganhará um importante reforço para a sua reeleição.

Inocente quer saber – O governador Paulo Câmara irá recepcionar o presidente Michel Temer na sua visita a Pernambuco amanhã como manda o protocolo?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 31 de janeiro de 2018 2 Comentários

Coluna do blog desta quarta-feira

A melhor chapa de deputado federal em 2018

Nas eleições de 2014, Luciano Bivar montou uma coligação composta por PSL, PHS, PRTB, PTN, PSDC e PRP, que juntos atingiram 237.830 votos e pela primeira vez na história ficou provado que haveria vida fora das coligações tradicionais, quando elegeu Kaio Maniçoba com 28.585 votos. Para as eleições de 2018, inspirado em Bivar, o deputado federal Eduardo da Fonte trabalha com uma chapinha que poderá ser composta por PP, PDT, PCdoB, PHS, PSL, PTC e Solidariedade.

Em se confirmando a formalização desta coligação, disputariam com votos testados Eduardo da Fonte (283.567), Pastor Eurico (233.762), Wolney Queiroz (86.739), Luciana Santos (85.053), Augusto Coutinho (67.918), Luciano Bivar (24.840), além de outros nomes que podem disputar, como é o caso de Marinaldo Rosendo (97.380), Cadoca (41.226), Severino Ninho (21.043), nomes novatos com potencial, como é o caso de Júnior Uchoa (100.000) e Eriberto Medeiros (70 mil) e uma cauda bastante atrativa, pois quem tem menos de 80 mil votos não tem motivos para disputar por outra chapa.

Vamos aos números, o somatório destes votos já testados, mais 200 mil votos de cauda e legenda, a coligação atingiria 1.311.528 votos, divididos por 180 mil que foi o quociente inicial de 2014, seriam eleitos sete deputado, que seriam, pela ordem: Eduardo da Fonte, Pastor Eurico, Júnior Uchoa, Wolney Queiroz e Augusto Coutinho eleitos e Marinaldo Rosendo, Luciano Bivar, Eriberto Medeiros e Luciana Santos disputando duas vagas.

Na pior das hipóteses o sétimo deputado entraria com no máximo 70 mil votos, podendo, a depender do cenário, entrar com pouco mais de 60 mil na sétima vaga. Apesar de não se comparar ao pleito de 2014 quando a chapinha fez Kaio com menos de 30 mil votos, é pertinente lembrar que serão eleitos desta vez sete deputados, o que permitiria alguém com votação bem abaixo do chapão do PSB ou da oposição ascender ao mandato.

Inclusive para quem porventura ficar na suplência, as chances de assumir o mandato com pouquíssimos votos será maior nesta chapa do que num chapão tradicional, pois terá deputado com mais de 90 mil votos sem conseguir se eleger na chapa encabeçada pelo PSB, por exemplo. Quem tiver juízo e quiser chegar ao mandato em Brasília não pode pensar duas vezes e disputar a eleição nesta que é a melhor chapa de 2018.

Ciumeira – O senador Humberto Costa e o ex-prefeito do Recife não escondem de ninguém a insatisfação com o crescimento de Marília Arraes nas pesquisas para governadora. Políticos experientes, eles sabem que se Marília for candidata estará sepultando a carreira política de ambos, pois ela se tornaria a principal liderança política do PT pernambucano.

Fornecedores – Empresários do ramo de pavimentação de ruas se queixam do governo de Pernambuco por conta do calote que estão sofrendo na prestação de serviços para o FEM. O governo, segundo eles, não estaria pagando a ninguém, e muitos estão tendo que se desfazer de patrimônio pessoal para não ter que abrir falência de suas empresas. Tem gente que está há mais de um ano sem receber.

Chapa – A chapa do Patriotas que está sendo organizada pelo vereador do Recife, Davi Muniz, está se movimentando para eleger de dois a três deputados estaduais, devendo o segundo eleito chegar ao mandato com 25 a 30 mil votos e o terceiro, se fizer, alcançar o mandato na Casa Joaquim Nabuco com 20 a 25 mil votos. É uma das melhores chapas que estão sendo montadas para 2018.

Mudança – Pela nova legislação eleitoral, os partidos que não atingirem o quociente eleitoral para deputado estadual e deputado federal, agora terão direito a brigar pelas sobras. Antes essas vagas só eram distribuídas entre as maiores coligações, agora é possível que uma chapa com 80 mil votos nominais mais legenda consiga emplacar um parlamentar na Casa Joaquim Nabuco, por exemplo.

RÁPIDAS

Belo Jardim – Se tem um prefeito que é ruim em Pernambuco, este alguém é Helio dos Terrenos, de Belo Jardim. A cidade escolheu a pior alternativa possível na eleição suplementar e está sofrendo nas mãos de um prefeito incompetente e despreparado. Eleitores que votaram no prefeito já se dizem completamente arrependidos.

Estadual – O vereador do Recife, Marco Aurélio, pretende trocar a poderosa primeira-secretaria da Câmara Municipal do Recife, onde comanda um orçamento anual de quase R$ 150 milhões, por um mandato de deputado estadual pelo PRTB. O vereador é a principal aposta do seu partido para chegar a um mandato na Casa Joaquim Nabuco.

Inocente quer saber – Paulo Câmara ainda tem jeito para conseguir se reeleger em outubro?

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Postado por Edmar Lyra às 3:31 am do dia 28 de janeiro de 2018 Deixe um comentário

As ausências notadas nos atos da oposição

O ato da oposição intitulado Pernambuco quer Mudar na edição de Petrolina teve algumas baixas que chamaram atenção. Além dos deputados Silvio Costa, Daniel Coelho e Betinho Gomes, que já tinham ficado de fora do primeiro evento, chamou a atenção a ausência de Silvio Costa Filho, líder da oposição na Alepe.

Já a oposição do lado de Marília Arraes com seu ato em Serra Talhada não contou com Humberto Costa e João Paulo, que assinaram o recibo de que não apoiam Marília Arraes e preferem a aliança com o PSB.

O fato é que a oposição, seja Marília, seja FBC e Armando, não consegue se colocar como uma alternativa melhor do que Paulo Câmara.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 27 de dezembro de 2017 2 Comentários

Coluna do blog desta quarta-feira

Marília Arraes vira problema para PT e PSB 

Forjada na política em 2008 quando se elegeu vereadora do Recife por obra e graça de Eduardo Campos, Marília Arraes rompeu com o primo em 2014 quando ele negou-lhe legenda para disputar um mandato de deputada federal.

Foi a partir dali que ocorreu um divisor de águas na trajetória política de Marília, que subiu no palanque de Armando Monteiro e ousou confrontar a hegemonia do PSB. Mesmo Armando perdendo, Marília acabou ganhando independência.

Muitos consideravam sua carreira política sepultada, quando em 2015 decidiu se filiar ao PT para disputar a reeleição. Num momento em que muitos estavam deixando a legenda, a neta de Arraes fez o caminho inverso e entrou no Partido dos Trabalhadores.

Nas eleições de 2016, contrariando todos os prognósticos, atingiu quase 12 mil votos sendo a sexta parlamentar mais votada do pleito, cujo resultado foi superior às duas ocasiões que se elegeu com o apoio de Eduardo.

Tão logo foi reeleita, teve seu nome colocado no tabuleiro como pré-candidata a governadora do PT. Naquele momento de 2016, o partido não possuía nenhum nome majoritário e Marília seria uma espécie de reconstrução da sigla, que esfacelou-se em Pernambuco durante o reinado do PSB.

Um ano depois de colocada a sua pré-candidatura, Marília Arraes coleciona uma série de adesões a sua postulação que já atinge dois dígitos nas pesquisas com bons números no interior do estado.

O que parecia ser uma brincadeira de criança virou um problema para o PT e para o PSB. No caso dos petistas, Marília disputando o governo e perdendo a disputa, ainda assim tende a se tornar a maior liderança política do estado.

Já no caso dos socialistas, Marília é uma preocupação ambulante, pois ela surge como um nome capaz de roubar os históricos arraesistas e até mesmo parte do eleitorado que ajudou a colocar Eduardo Campos no Palácio do Campo das Princesas.

Faltando dez meses para a disputa, Marília Arraes virou o pesadelo de Humberto Costa, João Paulo, Paulo Câmara e Renata Campos, pois a cada mês que se passa fica cada vez mais difícil para o PT negar legenda a ela para formalizar uma aliança com o PSB, que é o desejo da cúpula dos dois partidos.

Recursos – O ministro da Integração Nacional Hélder Barbalho ligou para o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) e informou que foram liberados R$ 40 milhões para regularização das dívidas de energia e despesas de operações e manutenção dos sistemas irrigados de Itaparica. A medida, que foi solicitada por Fernando, irá beneficiar milhares de trabalhadores do Sertão do Estado, que cultivam na região.

Vice-governador – Caso o PSDB não indique Bruno Araújo para o Senado, o nome de João Lyra Neto ganha força para ser vice de Fernando Bezerra Coelho. Além de representar o Agreste, João tem o simbolismo de ter sido vice de Eduardo por sete anos.

Saída – O PSB do Recife pode ter duas baixas em 2018, o vereador Carlos Gueiros estaria entre PMDB e PTB para se filiar, enquanto o presidente da Câmara Eduardo Marques cogita se filiar ao PR caso se confirme a troca de comando do partido no estado.

União – O presidente do PV, Carlos Augusto Costa, e o porta-voz da REDE, Roberto Leandro se reúnem nesta quarta-feira. Esse é o primeiro encontro entre os dois partidos depois que comunicaram a saída do Governo Paulo Câmara. Na pauta, as eleições de 2018. Candidaturas majoritárias, eleição para deputado federal e estadual, além da cláusula de barreira, aprovada recentemente pelo Congresso Nacional, também devem fazer parte da conversa.

RÁPIDAS

Cordeiro – O prefeito do Recife Geraldo Julio e o secretário de Saneamento Alberto Feitosa assinam a ordem de serviço das obras do PAC Cordeiro nesta quarta-feira a partir das 15 horas na Iputinga.

Líder – O deputado federal Ricardo Teobaldo foi reeleito para liderar a bancada federal do Podemos. O parlamentar seguirá como líder do partido pelo próximo ano, depois de assumir a liderança da legenda em agosto de 2017.

Inocente quer saber – Mendonça Filho quer o Senado, a vice-presidência, o governo ou a reeleição de deputado federal em 2018?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 18 de dezembro de 2017 Deixe um comentário

Coluna do blog desta segunda-feira

Foto Roberto Pereira

A influência de Lula em Pernambuco está sendo superestimada 

Há um movimento em Pernambuco dando conta que o apoio de Lula é fundamental para as eleições de 2018 e poderá liquidar a fatura para quem receber seu apoio em nosso estado. Fazendo uma avaliação do histórico das eleições em nosso estado com influência direta ou indireta do ex-presidente, chegaremos à conclusão de que Lula está sendo superestimado e que apesar de ser um importante eleitor, não será por obra e graça dele que um governador será eleito no ano que vem.

Em 2002 houve uma onda vermelha em todo o Brasil com a vitória de Lula para presidente que não se materializou em Pernambuco. Naquele pleito, Lula atingiu 46,44% dos votos válidos em Pernambuco, enquanto Humberto Costa, seu candidato, ficou com apenas 34,11% dos votos válidos e foi derrotado por Jarbas Vasconcelos já no primeiro turno.

Sentado na cadeira de presidente da República, Lula foi para a reeleição e atingiu 70,93% dos votos válidos. Já seu candidato oficial Humberto Costa ficou em terceiro lugar com apenas 25,13% dos votos válidos, enquanto seu candidato alternativo Eduardo Campos atingiu 33,81% dos votos válidos, que juntos atingiram 58,94% dos votos no primeiro turno, bem abaixo do total atingido por Lula.

Na segunda etapa daquele pleito, Lula foi reeleito com 78,48% dos votos válidos, enquanto Eduardo Campos foi eleito com 65,36%. Esta foi a única eleição que o apoio de Lula se tornou determinante, ainda assim a transferência de votos de Lula para Eduardo ficou longe de se tornar integral. Dois anos depois, apesar de Lula ter contribuído, a vitória de João da Costa no primeiro turno se deu fortemente por conta do prestígio de João Paulo. Nem o próprio Eduardo Campos tinha força naquela ocasião para decidir uma disputa no Recife.

Na própria reeleição de Eduardo Campos em 2010 ficou muito mais latente a força do então governador do que propriamente o apoio de Lula, que viu Dilma atingir 61,74% dos votos válidos no primeiro turno, enquanto Eduardo se reelegeu com 82,83% dos votos válidos.

Em suma, naquele pleito o eduardismo se tornou muito mais forte do que o lulismo, fato que veio a se repetir em 2012 quando Geraldo Julio apoiado por Eduardo Campos venceu no primeiro turno, enquanto Humberto Costa com o apoio de Lula e Dilma ficou num modesto terceiro lugar com menos de 20% dos votos válidos. A eleição de 2014 demonstrou novamente a força do eduardismo e a fragilidade do lulismo, quando Paulo Câmara derrotou Armando Monteiro, candidato de Lula, com uma diferença de três milhões de votos.

As eleições de 2016 foram novamente uma prova de que Lula não tem mais o lastro eleitoral de outrora para transferir votos. João Paulo foi derrotado por Geraldo Julio no segundo turno pela maior diferença da história das eleições na capital pernambucana. Os números comprovam que Lula só teve extrema relevância nas eleições em Pernambuco nos anos de 2006 e 2008, as demais evidenciaram que o ex-presidente está longe de ser o bicho-papão que tentam pintar. Caso seja candidato a presidente em 2018 Lula pode ajudar um candidato praticamente na mesma intensidade que pode atrapalhar, mas está longe de ter força para resolver a parada a favor de um candidato. Na hipótese de ser condenado em segunda instância, que é o caminho mais plausível, a relevância positiva que Lula terá em 2018 no estado será próxima da nulidade.

Estadual – O vereador de Paulista Dr. Vinícius Campos será candidato a deputado estadual em 2018 pelo Solidariedade. Nas eleições de 2016 ele foi reeleito com 4.204 votos, sendo o terceiro mais votado do pleito. Caso se eleja, ou atinja boa votação no município, Dr. Vinícius se tornará um nome natural para disputar a prefeitura em 2020.

Incerteza – O presidente estadual do PRTB Edinázio Silva afirmou que não há alinhamento automático do seu partido com a pré-candidatura do senador Fernando Bezerra Coelho a governador, e que o objetivo da sigla é apresentar uma candidatura própria ao governo de Pernambuco numa coligação com siglas nanicas.

Confraternização – O deputado federal André de Paula comanda a confraternização de final de ano PSD nesta segunda-feira a partir das 17 horas. O evento ocorrerá no Bar Catamaran e contará com a presença de diversas lideranças políticas que admiram a trajetória do deputado, que é considerado um dos melhores quadros de Pernambuco.

Fernando Monteiro – O deputado federal Fernando Monteiro cumpriu agenda política no interior do Estado no final de semana. O parlamentar esteve em Pesqueira, neste domingo, na confraternização de fim de ano do deputado estadual João Eudes, que reuniu lideranças de todo o estado. No sábado, o deputado acompanhou o prefeito Manoel Botafogo num debate sobre as demandas do município de Carpina.

RÁPIDAS

André Ferreira – O deputado estadual e pré-candidato a senador André Ferreira (PSC) aproveitou o domingo para pegar a estrada e visitar aliados no interior do Estado. Ele foi ao município de Feira Nova, no Agreste, para participar da festa de aniversário da ex-secretária Juliana Chaves (PSB). Saudado pelos presentes, André Ferreira, em seu discurso, destacou a força de Juliana no município e garantiu que trabalhará para levar recursos para a cidade.

Risco – Caso o PT formalize a aliança com o PSB para as eleições de 2018, sobretudo coligando na proporcional, apenas João Paulo e Odacy Amorim teriam cadeira cativa para serem eleitos para deputado estadual. Os candidatos a deputado federal, incluindo Humberto Costa, e os candidatos a estadual, vide Teresa Leitão, teriam sérias dificuldades para atingir o mandato.

Inocente quer saber – Por quê Guilherme Uchoa não se fez presente na confraternização do governador Paulo Câmara?

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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