Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 23 de abril de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha deste sábado

Foto: Divulgação

PSDB caminha para novo resultado desastroso na disputa presidencial 

Com duas vitórias em eleições presidenciais em 1994 e 1998, quando elegeu Fernando Henrique Cardoso, o PSDB teve grande contribuição com o país quando estabeleceu o Plano Real, as metas de inflação, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o câmbio flutuante e as privatizações que ajudaram o país a vivenciar uma melhora macroeconômica com o fim da hiperinflação.

Sem sombra de dúvidas foi um dos partidos que mais contribuíram com o desenvolvimento do país, porém já faz um tempo em que os tucanos estão vivenciando uma crise existencial, em especial após as derrotas de 2002 até 2014 quando ficou na segunda colocação e o desempenho pífio de 2018, quando seu candidato, Geraldo Alckmin, terminou com pouco mais de 4% dos votos válidos.

Ao que tudo indica, o partido caminha para ter um desempenho semelhante, com a diferença de que naquela ocasião Alckmin contou com uma grande coalizão partidária, enquanto o ex-governador João Doria, nome tucano para a disputa, está isolado em relação aos demais partidos e dentro do ninho tucano há uma briga jamais vista nas hostes tucanas entre seus principais expoentes.

Não é só a disputa presidencial que preocupa o PSDB, o partido corre o risco de ser dizimado também do Senado, dos governos estaduais e da Câmara dos Deputados. Seu principal estado, que virou um bunker de resistência, São Paulo, onde governa há trinta anos, está em vias de perder com o atual governador Rodrigo Garcia, que patina nas pesquisas eleitorais. Pode haver mudança de rota? Sim, mas ao que tudo indica, 2022 será apocalíptico para o PSDB que tanto contribuiu com o Brasil nas últimas décadas.

Ações – A Rede Sustentabilidade, o PDT e o Cidadania ajuizaram ações, questionando decreto do presidente Jair Bolsonaro (PL), que concedeu graça constitucional (indulto individual) ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). Na quarta-feira (20), o parlamentar foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de reclusão. Na avaliação das siglas, houve também desvio de finalidade, pois o ato não foi praticado visando ao interesse público, mas sim o interesse pessoal de Bolsonaro, pois Daniel Silveira é seu aliado político. A relatora será a ministra Rosa Weber.

Milton Coelho – O deputado federal Milton Coelho (PSB) que possui forte identificação com a cidade de Olinda destinou ao município emendas parlamentares voltadas para a Saúde que atingiram o valor de R$ 725 mil. Milton tem atendido com muita presteza seus municípios e seu mandato em Brasília vem garantindo avanços para a população pernambucana.

Relembrando – O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchoa, foi bastante homenageado no dia de ontem pela passagem do seu aniversário. Falecido em julho de 2018, Guilherme foi o mais longevo presidente da Casa Joaquim Nabuco onde ficou quase doze anos à frente daquele poder. Se estivesse vivo, ele teria completado 75 anos.

Cadoca – Além de Guilherme Uchoa, outro político que deixou uma grande lacuna em Pernambuco foi o ex-deputado federal Carlos Eduardo Cadoca, que hoje completaria 82 anos de idade. Cadoca faleceu em 2020 vítima de Covid-19 após ter contribuído em diversos cargos públicos na política pernambucana.

Inocente quer saber – Teremos novas desistências na disputa presidencial nos próximos dias?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 16 de abril de 2022 2.324 Comentários

Coluna da Folha deste sábado

Foto: Divulgação

Mudança de rota do Solidariedade pode ter efeito irreversível em Pernambuco 

O presidente nacional do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força, foi vaiado num evento de sindicalistas em apoio à chapa Lula/Alckmin. Esse movimento colocou água no chopp na possibilidade de formalização de apoio do partido a Lula no próximo dia 3 de maio. O próprio Paulinho da Força admitiu uma mudança de rota do partido que culminaria no apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), fato que tem acontecido com outras legendas de centro após a recuperação do atual ocupante do Planalto nas pesquisas.

Em se confirmando o movimento nacional, a decisão atinge em cheio as pretensões da deputada federal Marília Arraes na disputa pelo governo de Pernambuco. Não no sentido de deixar a corrida pelo Palácio do Campo das Princesas, mas na tese de ser o palanque alternativo de Lula, o que seria possível se o Solidariedade ficasse na coligação nacional do PT.

Na condição de apoio à reeleição de Bolsonaro, Marília não só ficaria impossibilitada de utilizar a imagem de Lula como ficaria com toda narrativa idealizada por ela desconstruída, dependendo exclusivamente do seu poderio eleitoral e do sobrenome do seu avô, Miguel Arraes. Vale ressaltar que o Solidariedade é um partido pequeno, que já teria dificuldades de alianças locais por conta da conjuntura nacional, o que obrigaria Marília a até mesmo reavaliar a possibilidade de permanecer no páreo para o governo de Pernambuco podendo compor com os pré-candidatos Miguel Coelho (União Brasil) e Raquel Lyra (PSDB) na condição de postulante ao Senado.

Fogo no ninho – O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, foi retirado da coordenação de campanha de João Doria ao Palácio do Planalto após declarar que o presidente Jair Bolsonaro era favorito a conquistar a reeleição. Após a troca promovida por Doria, Bruno respirou aliviado em seu Twitter com a seguinte declaração: “Ufa! Comando que nunca fiz questão de exercer. Aliás, ele sabe as circunstâncias em que e o porque “aceitei” à época. Aliás, objetivo cumprido!”. A resposta de Bruno comprova que o PSDB está em chamas e caminha para uma hecatombe eleitoral em outubro.

Estorvo – Não é de hoje que lideranças tucanas admitem que João Doria tornou-se um estorvo para o partido. Suas ambições desmedidas e sua falta de respeito a quem lhe deu a mão, vide Geraldo Alckmin, que teve que deixar o partido, são evidências claras que Doria caminha para o fim no tucanato disputando ou desistindo da eleição presidencial deste ano.

Recuperação – Não é apenas o Solidariedade que admite apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. A sua recuperação avassaladora nos últimos meses nas pesquisas eleitorais acendeu o alerta dos partidos de centro, que já cogitam entrar no barco bolsonarista diante da expectativa de poder que o presidente começa a apresentar. A situação é apenas uma fotografia do momento, que pode mudar ou se consolidar nos próximos meses.

Inocente quer saber – Sem poder utilizar a imagem de Lula, Marília Arraes fará campanha para Jair Bolsonaro em Pernambuco?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 9 de abril de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha deste sábado

Foto: Aloísio Maurício/Estadão

Uma aliança até então inimaginável entre dois ex-adversários 

O dia de ontem foi marcado pela oficialização da chapa Lula e Geraldo Alckmin, presidente e vice-presidente, respectivamente, para enfrentar o atual presidente Jair Bolsonaro. A junção de adversários na política não é algo novo, isso acontece em disputas municipais, estaduais e agora nacionais. Alckmin como expoente do PSDB, tendo governado o bunker tucano por quatro vezes, deixou o partido quando foi escanteado por João Doria, este que contou com seu apoio quando governador paulista para ascender politicamente.

Por duas vezes, Alckmin disputou a presidência da República pelo PSDB, uma vez sendo derrotado por Lula em 2006, quando houve mútuos ataques, e a outra em 2018, quando foi derrotado por Jair Bolsonaro, chegando a dizer que o PT queria voltar à cena do crime. Lula, por sua vez, fez duras críticas a Alckmin em especial sobre supostas irregularidades nas gestões tucanas em São Paulo. É neste contexto que surge uma aliança entre os dois, que vislumbram derrotar o bolsonarismo, que foi responsável por quebrar a polarização entre PT e PSDB que durou seis eleições ininterruptas.

O grande desafio da dupla Lula/Alckmin será evitar que o eleitor não interprete mal essa aliança, mais do que isso, que os vídeos do passado de ataques mútuos não tenham impacto negativo na campanha presidencial. A história mostra que junções de ex-adversários nem sempre foram bem digeridas pelos eleitores, e por isso a estratégia dos neoaliados tem que ter muita competência e muita eficiência para convencer o eleitor de que ela era necessária e se justificava por um bem maior, derrotar o bolsonarismo, sob pena de dar ainda mais munição para o seu adversário crescer nas pesquisas.

Avião – O Tribunal Superior Eleitoral desaprovou a prestação de contas do partido PROS do exercício financeiro de 2016. Por unanimidade, o TSE determinou à legenda a devolução ao erário do valor de R$ 11 milhões. Entre as irregularidades nas contas da legenda, segundo a Justiça, estão a compra de um avião; de máquinas para montar uma gráfica; e de imóveis que seriam dispensáveis, além de falhas com despesas de viagem. O relator destacou que as irregularidades e impropriedades verificadas nas contas do partido são “extremamente graves”.

Filiados – Os partidos devem enviar à Justiça Eleitoral a lista de filiados, atualizada, até o próximo dia 18 de abril. O prazo consta de Portaria do TSE. A atualização deve ser feita por meio do Sistema de Filiação Partidária (Filia), incluindo o nome do filiado, o número do título de eleitor e a data de filiação. Para quem vai concorrer, a filiação deve estar deferida pelo partido até o dia 2 de abril.

Estratégia – Patinando nas pesquisas eleitorais e sem ter capitalizado eleitoralmente as vacinas, o ex-governador de São Paulo, João Doria, decidiu desistir da alcunha de “Pai da vacina”, e agora adotará apenas a marca “João”, remetendo ao “João trabalhador”, que lhe levou ao Palácio dos Bandeirantes em 2018.

Inocente quer saber – O senador Randolfe Rodrigues sofrerá alguma punição após a senadora Rose de Freitas ter denunciado uma fraude na sua assinatura para a criação da CPI do MEC?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 1 de abril de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta sexta-feira

Foto: Reprodução

A última cartada da terceira via na disputa presidencial 

Com o fim do prazo de desincompatibilizações e de filiações partidárias que acontece neste sábado, alguns acontecimentos nacionais evidenciaram a preocupação da terceira via no sentido de evitar a polarização já instituída entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula.

Os movimentos mais claros foram a possível desistência da pré-candidatura de João Doria, que ganhou muita força no dia de ontem, a mudança de partido de Sergio Moro que deixou em comum acordo o Podemos para ingressar no União Brasil e a renúncia do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para ficar apto a disputar as eleições em outubro.

Terceiro colocado nas pesquisas eleitorais, Moro será candidato a deputado federal por São Paulo, enquanto Doria oficializou sua saída mas pode  disputar o Senado pelo seu estado ou não ser candidato a nada. Leite também pode disputar o Senado, mas hoje é tido como uma alternativa mais palatável para crescer na disputa presidencial com o apoio de uma coalizão partidária de centro.

O movimento em curso composto por PSDB e Cidadania, que formam uma federação, União Brasil, MDB e Podemos, seria uma frente suprapartidária que buscaria quebrar a polarização política instituída entre as duas maiores lideranças políticas do país. O movimento pode ser tardio, uma vez que a saída do terceiro colocado na disputa, algoz de Lula na Lava-Jato, Sergio Moro, poderá impulsionar ainda mais o ritmo de recuperação do presidente Jair Bolsonaro, cujo eleitor buscava uma alternativa lavajatista que não se materializou.

O desafio ainda continua hercúleo, e tem grandes chances de não ter efeito prático positivo para quem não quer Lula nem Bolsonaro, porém foi um primeiro passo, que exige a decantação do processo para saber se terá, faltando apenas três meses para as convenções, alguma chance de produzir algo diferente do que se desenha de um segundo turno composto por Lula e Jair Bolsonaro.

Novos prefeitos – A partir de agora as cidades de Caruaru, Jaboatão dos Guararapes e Petrolina têm novos prefeitos, Rodrigo Pinheiro, Luiz Medeiros e Simão Durando, substituíram Raquel Lyra, Anderson Ferreira e Miguel Coelho, respectivamente, todos pré-candidatos ao governo de Pernambuco em outubro. E agora fica a expectativa quanto ao comportamento político dos novos gestores em relação aos projetos políticos de seus antecessores.

Solidariedade – A pré-candidata a governadora Marília Arraes, ganhou importantes reforços para o seu projeto. O prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, será seu coordenador geral, enquanto os deputados estaduais Gustavo Gouveia e Fabíola Cabral, e o ex-prefeito do Cabo, Lula Cabral, serão candidatos pela legenda em outubro.

Reforços – O PSB oficializou a entrada dos deputados estaduais Eriberto Medeiros e Tony Gel, e do pré-candidato a deputado estadual Jarbas Vasconcelos Filho. O partido pretende eleger entre 20 e 25 representantes para a Casa Joaquim Nabuco.

Inocente quer saber – Haverá reviravolta na indicação do Senado pela Frente Popular?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 24 de fevereiro de 2022 2.109 Comentários

Coluna da Folha desta quinta-feira

Foto: Divulgação

Cresce a possibilidade de União Brasil e PSDB terem único nome em Pernambuco 

A medida em que o quadro começa a se estreitar para a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas, a realidade começa a se sobrepor aos projetos pessoais e a conjuntura nacional poderá obrigar os postulantes Miguel Coelho e Raquel Lyra a terem uma única candidatura ao governo de Pernambuco.

No âmbito nacional, ainda que não haja a federação, a sinalização de João Doria desistir de sua candidatura ao Planalto poderá ajudar num entendimento entre PSDB, União Brasil e MDB em torno da senadora Simone Tebet, o que representaria pela primeira vez na história desde 1989 o fato de o PSDB não ter candidato a presidente.

Esta convergência nacional poderia direcionar os partidos a fazerem concessões nos estados e consequentemente viabilizarem palanques robustos de centro para alavancar Tebet na disputa, e mais do que isso, ajudar a ter nomes competitivos para os governos estaduais. Já não se descarta que o União Brasil poderia indicar o deputado federal Luciano Bivar como candidato a vice-presidente da senadora, e com isso o PSDB tentaria manter sua hegemonia em São Paulo com a reeleição de João Doria e o União Brasil ficaria com o direito de indicar o candidato a governador da Bahia, que seria o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.

Em Pernambuco, há dois projetos conflitantes, Miguel Coelho e Raquel Lyra só consideram disputar o governo, o primeiro não tem idade para disputar o Senado, enquanto a segunda tem um significativo apelo eleitoral por ser uma mulher que fugiria da dicotomia de Lula e Bolsonaro e poderia, por ter o álibi do apoio a Simone Tebet viabilizar um projeto mais competitivo, e não estaria disposta a tentar a Câmara Alta.

Apesar de ser pré-candidato a governador, Miguel Coelho teria que contar com a simpatia de Bruno Araújo, Raul Henry e Luciano Bivar e apresentar argumentos consistentes de que sua postulação seria mais competitiva e mais forte que a de Raquel Lyra. Nos bastidores, Henry e Bruno seriam muito mais simpáticos a Raquel, cabendo a Bivar a função de consolidar o nome da tucana como a opção do grupo ou brigar pela manutenção de Miguel no páreo, já que ele é seu correligionário.

Artífice – Um dos grandes quadros do PSB, o deputado federal Milton Coelho teve papel determinante na viabilização de Danilo Cabral como pré-candidato da Frente Popular a governador. A forte articulação de Milton ou ajudou na busca pela reeleição e em caso de vitória de Danilo em outubro, será um dos nomes mais fortes dentro do PSB num eventual governo.

Sem veto – A respeito da declaração de que caberia um nome de centro na disputa pelo Senado da Frente Popular, o deputado federal Augusto Coutinho, em contato com esta coluna, afirmou que não há veto a nomes do PT, mas entende que a Frente Popular deve levar em consideração a importância dos demais partidos de centro para a indicação do candidato ao Senado.

Inocente quer saber – Luciano Bivar prefere Miguel Coelho ou Raquel Lyra para disputar o governo?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 31 de janeiro de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A importância de PP, PSD, MDB, PDT e Republicanos para a Frente Popular

O PSB possui uma hegemonia que completará dezesseis anos em Pernambuco com quatro vitórias para o Palácio do Campo das Princesas e três para a Prefeitura do Recife, mas as vitórias obtidas pelo partido se deram pelo conjunto de forças da Frente Popular e não necessariamente pelo apoio de um partido específico.

Nas vezes em que Miguel Arraes foi governador no período democrático, em 1986 e 1994, buscou nomes mais ao centro, garantindo ao seu projeto uma pluralidade política e ideológica, o mesmo aconteceu com Jarbas Vasconcelos, Eduardo Campos e Paulo Câmara, que tiveram em suas respectivas chapas nomes de posicionamentos até antagônicos.

É neste contexto que se insere a formação da chapa majoritária da Frente Popular nas eleições deste ano, cabendo ao PSB a necessidade de reconhecer a importância do PT para o êxito do seu projeto, garantindo-lhe espaço na chapa majoritária, mas sem desconsiderar o peso e a representatividade de PP, PSD, MDB, PDT e Republicanos, que têm legitimidade de figurar na composição majoritária tanto do ponto de vista político quanto eleitoral, uma vez que todos esses partidos possuem cerca de 30 parlamentares na Câmara dos Deputados, garantindo ao projeto liderado pelo PSB a competitividade necessária para a disputa de outubro.

Portanto, na composição da chapa majoritária da Frente Popular, ainda que seja muito importante a presença do PT, o PSB não poderá negligenciar a possibilidade de ter um desses partidos extremamente representativos em um dos três cargos que estarão em jogo na disputa de outubro.

Fora – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que recentemente filiou-se ao PSD, já admite reservadamente que não será candidato à presidência da República nas eleições deste ano. Com apenas 1% nas pesquisas, Pacheco percebeu que não tinha viabilidade eleitoral, o que facilita um entendimento do PSD de Gilberto Kassab com a postulação do ex-presidente Lula.

Reeleição – Outro que também pode sair da disputa pelo Palácio do Planalto é o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que figura com apenas 2% em todas as pesquisas mesmo sendo governador do maior estado da federação. Ele teve uma melhora de sua avaliação junto ao eleitorado paulista, o que poderia justificar uma tentativa de reeleição em vez de aventurar-se na disputa presidencial.

Candidato – Por falar em São Paulo, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, será candidato a governador de São Paulo pelo PL com o apoio do presidente Jair Bolsonaro. Tarcísio tem feito um grande trabalho na sua pasta, sendo bastante elogiado até pelos adversários do presidente Jair Bolsonaro, o que o credencia para tentar o Palácio dos Bandeirantes em outubro.

Destino – O MDB, presidido pelo deputado federal Raul Henry, poderá ser o destino do deputado federal Augusto Coutinho, que atualmente encontra-se no Solidariedade. Coutinho só migrará de sigla se não conseguir montar chapa no seu atual partido.

Inocente quer saber – Qual partido mais ao centro será contemplado na majoritária da Frente Popular?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 27 de dezembro de 2021 5.208 Comentários

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Câmara dos Deputados

As opções de Luciano Bivar no União Brasil 

No exercício do terceiro mandato como deputado federal, Luciano Bivar teve papel determinante nas eleições de 2018 quando decidiu garantir legenda do PSL ao então candidato Jair Bolsonaro para que o mesmo disputasse a presidência da República. A aliança estratégica terminou sendo positiva para os dois lados, Bolsonaro acabou eleito presidente e Luciano Bivar não só se elegeu deputado federal como viu seu PSL se tornar um dos maiores partidos do Brasil.

A relação conturbada com Bolsonaro fez Bivar trilhar outro caminho e viabilizar a fusão do PSL com o Democratas que se tornará União Brasil. O novo partido deverá, segundo o primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, ser oficializado por volta de fevereiro, quando todos os trâmites legais estarão finalizados. No âmbito nacional, o União Brasil dialoga com diversos partidos, dentre eles o PSDB de João Doria e o Podemos de Sergio Moro, qualquer que seja a escolha do partido deverá alavancar o escolhido em relação aos demais nomes da terceira via.

O parlamentar tem seu nome ventilado para compor uma chapa presidencial na condição de candidato a vice-presidente, portanto a escolha daquele que tiver o apoio do partido nacionalmente deverá considerar a possibilidade de ter Luciano Bivar na composição da chapa presidencial. Em Pernambuco, o União Brasil tem colocada a pré-candidatura do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, a governador, mas hoje há uma grande dúvida sobre a formação da chapa do partido para deputado federal e deputado estadual.

No caso de deputado federal, é fundamental que a chapa encabeçada por Miguel Coelho, que terá o deputado federal Fernando Filho tentando a reeleição, garanta a eleição de pelo menos três parlamentares e que Luciano Bivar tenha a segurança de que seu mandato estará renovado. Caberá, portanto, ao grupo de Petrolina, a responsabilidade de viabilizar uma chapa que dê a opção de se Luciano Bivar não for candidato na disputa presidencial, ter uma reeleição sem sustos para a Câmara dos Deputados em 2022.

No páreo – O secretário da Casa Civil, José Francisco Neto, permanece no páreo para disputar a sucessão do governador Paulo Câmara no próximo ano. Responsável pela articulação política do Palácio do Campo das Princesas, José Neto transita bem entre prefeitos, parlamentares e lideranças políticas pelo fato de ser extremamente atencioso e principalmente por dar soluções às demandas que chegam ao seu conhecimento.

Reeleição – Há quem aposte numa eventual volta do deputado estadual Clodoaldo Magalhães para tentar a reeleição para a Alepe em 2022. Ele tem articulado uma ida para a Câmara dos Deputados mas está encontrando obstáculos não só no PSB como em outras siglas para dar o salto no próximo ano.

Sintonizados – A Câmara Municipal do Recife, comandada por Romerinho Jatobá, encerra o primeiro ano da atual legislatura com uma sintonia muito positiva com o prefeito João Campos. A Casa José Mariano, inclusive, destinou R$ 30 milhões para que a prefeitura executasse obras na cidade, evidenciando a relação extraordinária entre os dois poderes.

Inocente quer saber – Quando o affair Clodoaldo Magalhães será resolvido?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 15 de novembro de 2021 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta segunda-feira

Aliança de Lula e Alckmin seria fato novo da eleição presidencial 

Atualmente filiado ao PSDB, Geraldo Alckmin foi governador de São Paulo por quatro ocasiões, e por duas vezes disputou a presidência da República. Na primeira tentativa, em 2006, foi derrotado por Lula, que acabou reeleito, na segunda obteve o pior desempenho de um candidato do PSDB numa eleição presidencial em 2018, quando ficou com menos de 5% dos votos válidos.

De saída do PSDB, Alckmin tem seu nome colocado para disputar novamente o Palácio dos Bandeirantes, onde tentaria ser pela quinta vez governador de São Paulo, mas nos últimos dias foi ventilado como possível vice de Lula em 2022. A priori, pareceu uma coisa sem muito fundamento, uma vez que o tucano sempre esteve em trincheiras opostas a Lula, porém com a própria admissão de Alckmin de que a possibilidade poderia avançar, eis que se gerou um fato novo na disputa presidencial.

Para Alckmin ser vice de Lula, ele teria que se filiar a um partido mais ao centro, que poderia ser o PSD. O partido, por sua vez, tem colocada a pré-candidatura de Rodrigo Pacheco a presidente, recentemente filiado à sigla, o que obrigaria o presidente do Senado ter que abortar o projeto. Estrategicamente a aliança entre Lula e Alckmin além de garantir um palanque robusto no maior colégio eleitoral da federação para o petista, teria um simbolismo muito grande de dois quadros até então antagônicos se unirem para derrotar o presidente Jair Bolsonaro.

Reflexo – Caso o PSD abra mão de lançar Pacheco e indique Alckmin como vice de Lula em 2022, o desdobramento em Pernambuco se torna instantâneo, e o deputado federal André de Paula volta a ter força para ser o nome da Frente Popular para o Senado Federal. A definição do nome terá forte componente nacional.

Defesa – O presidente estadual do PT, deputado estadual Doriel Barros, defendeu que o governador Paulo Câmara dispute o Senado e que ao seu partido caiba a indicação do candidato a governador pela Frente Popular, cujo nome seria o senador Humberto Costa. Os dois partidos devem apoiar formalmente a candidatura de Lula à presidência numa aliança nacional.

Apoio – O diretório estadual do PSDB, comandado pela prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, decidiu apoiar formalmente a candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, nas prévias do partido que acontecem no próximo dia 21. A deputada Alessandra Vieira e o ex-prefeito Edson Vieira também anunciaram apoio a Leite.

Adiamento – O presidente Jair Bolsonaro adiou sua filiação ao PL, marcada para o próximo dia 22. O motivo seria a negativa do partido em garantir legenda a um candidato ligado ao presidente a governador de São Paulo, que poderia ser o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

Ofensas – Nos bastidores, há ainda uma informação de que o presidente Jair Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, teriam trocado mensagens ofensivas. O dirigente teria dito a Bolsonaro que ele poderia ser presidente da República mas que Valdemar era quem mandava no PL.

Inocente quer saber – A filiação de Bolsonaro ao PL subiu no telhado?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 12 de outubro de 2021 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta terça-feira

João Campos avançará com programa de concessões no Recife 

No décimo mês do seu primeiro ano de gestão, o prefeito João Campos se dedicou, além da zeladoria da cidade, ao avanço da vacinação contra a Covid-19, que possibilitou a retomada das atividades na capital pernambucana. A pandemia exigiu uma nova forma de gestão, que precisará se modernizar e se aperfeiçoar para oferecer serviços eficientes à população.

Como o cobertor financeiro é curto, é fundamental que as gestões possam encontrar formas de reduzir o custeio da máquina pública e alocar esses recursos para ações efetivamente importantes. É neste contexto que o prefeito João Campos avança com um programa de concessões de praças, parques, relógios digitais, e mais precisamente o Geraldão e até mesmo o prédio da prefeitura do Recife.

O secretário-executivo de parcerias estratégicas da PCR, Thiago Ribeiro, afirma que iniciará o programa de PPPs de forma conservadora, e posteriormente pulverizar para outros equipamentos públicos, o que deverá acontecer nos próximos dois anos. A medida segue uma diretriz das principais capitais do país, que têm buscado ofertar serviços de melhor qualidade à população evitando os custos operacionais que travam a entrega dos serviços por conta da burocracia pública.

Prévias – O PSDB marcou para o próximo dia 21 de novembro a realização das prévias para a escolha do candidato do partido a presidente da República em 2022. Disputam a indicação os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS) e o ex-senador e ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (AM). Leite e Doria despontam como favoritos na disputa.

Inadimplente – Após dezesseis anos com o nome limpo, a prefeitura de Arcoverde ficou negativada no CAUC, cadastro do governo federal para identificar os municípios adimplentes com as obrigações federais e por consequência aptos a receber verbas do governo federal. A gestão do prefeito Wellington Maciel (MDB) conseguiu a proeza de deixar a cidade de Arcoverde inadimplente e com isso prejudicando a chegada de investimentos federais.

Crescimento – O Banco Mundial revisou para cima a projeção de crescimento econômico do Brasil para 5,3%. De acordo com William Maloney, economista-chefe da instituição, a economia brasileira melhorou muito e por isso deverá ter um crescimento ainda maior em 2021.

Números – O avanço da vacinação no Brasil produziu a redução da média móvel de casos e de óbitos para 15 mil e 437, respectivamente, atingindo o menor patamar de casos desde maio de 2020. Ao que tudo indica, o Brasil vive um novo momento da pandemia e a retomada econômica tende a ser cada vez mais forte nos próximos meses.

Decisão – O ministro do STF, Ricardo Lewandowski, decidiu que a suprema corte não pode se envolver na prerrogativa do presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, em marcar a sabatina de André Mendonça para sua indicação ao Supremo Tribunal Federal. A alegação de Lewandowski vai de encontro ao que a corte decidiu quando obrigou o Senado Federal a instaurar a CPI da Pandemia.

Inocente quer saber – Quando haverá a apreciação da indicação de André Mendonça para o STF pelo Senado Federal?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 28 de setembro de 2021 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta terça-feira

Chapa alternativa ganha mais força na Frente Popular 

A declaração do presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, de que o partido priorizará a renovação de quadros orgânicos do partido, foi interpretada no meio político como a primeira sinalização efetiva de que a Frente Popular atuará na construção de uma chapa alternativa para priorizar a reeleição dos orgânicos e não afugentar aliados que tentarão se eleger por outras siglas.

Maior bancada na Câmara dos Deputados com cinco parlamentares, o PSB possui, além dos cinco atuais mandatários, a oficialização das pré-candidaturas de Pedro Campos, Lucas Ramos e Clodoaldo Magalhães, este último bastante contestado pela bancada federal por supostamente estar ampliando suas bases em cima de quadros socialistas, ainda há expectativa para a filiação de Guilherme Uchôa Junior e Eriberto Rafael, o que, se confirmada a chegada de todos eles, dificultaria muito o projeto de reeleição de nomes como Tadeu Alencar e Milton Coelho, que obtiveram votações abaixo de 60 mil votos.

A solução para o impasse tem sido a criação de uma chapa alternativa para deputado federal além dos já consolidados PP, PT e Republicanos, que possuem chapa para eleger pelo menos dois parlamentares, a bola da vez seria o MDB, comandado no estado por Raul Henry e sob forte expectativa de qual seria o destino da sigla em 2022, caso Henry não monte chapa para federal e estadual.

Além da reeleição de Raul Henry, o MDB também tem como prioridade a reeleição de Tony Gel e a eleição de Jarbas Vasconcelos Filho para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, o que exigiria uma articulação do PSB no sentido de equacionar as chapas proporcionais para respeitar as particularidades locais de cada parlamentar e também esse imbróglio envolvendo os orgânicos do partido.

Por isso, o MDB ganha força para ser esta opção, pois ajudava quem já estava no partido e possibilitaria a eleição de quem está em siglas que não montarão chapas para 2022, tanto na Câmara Federal quanto na Alepe. No fim das contas Raul Henry atenderia exigências do diretório nacional e dissiparia qualquer risco de mudança de rumo do partido no estado.

Primárias – O evento de filiação de Miguel Coelho ao Democratas no último sábado ganhou elogios pela organização, não só pelo respeito ao distanciamento social exigido por conta da pandemia, como também por lembrar eventos de eleições primárias americanas. O ato foi a altura de quem tem projeto de ser governador de Pernambuco.

Prévias tucanas – Apesar de contar com a máquina partidária do PSDB, historicamente com hegemonia do diretório de São Paulo, há quem aposte que o governador João Doria poderá ter uma surpresa nas prévias contra o governador gaúcho Eduardo Leite. Há uma saturação muito grande dos diretórios estaduais tucanos com o excesso de controle do tucanato paulista.

Aniversário – Nesta quarta-feira, o radialista Tarcísio Regueira, mais conhecido como Bocão, estará completando idade nova. Figura muito conhecida em Pernambuco, Bocão será bastante festejado pela passagem de mais uma primavera.

Inocente quer saber – Quais postulantes a estadual e federal se filiariam ao MDB na condição de chapa alternativa da Frente Popular?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: coluna edmar lyra, Eduardo Leite, Eleições 2022, Folha de Pernambuco, joão doria, miguel coelho, política, raul henry, sileno guedes

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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