
Uma coalizão em torno de Rodrigo Maia
Não é de hoje que existem articulações do Palácio do Planalto no sentido de lançar uma candidatura própria em outubro através de uma coalizão política que possa catapultar um nome que tentaria manter a atual base de sustentação do governo Michel Temer no comando do país a partir de janeiro de 2019.
O nome seria o do próprio Michel Temer caso ele tivesse atingido níveis aceitáveis de popularidade, porém ele não consegue capitalizar politicamente os feitos da economia que já estão a pleno vapor, pois desde o caso Joesley Batista que Temer mesmo se mantendo no cargo perdeu as condições eleitorais. Para piorar, a situação de saúde do presidente não é das melhores, o que seria um empecilho para uma reeleição tão complexo quanto a falta de popularidade.
No contexto de não ser Temer o candidato, eis que surge o nome do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, como um nome que possa unificar uma coalizão composta por DEM, PMDB, PP, PR e PSC, que garantiria de bate-pronto o maior tempo de televisão dentre os presidenciáveis. Rodrigo tem apenas 47 anos e vem se mostrando um hábil articulador político, o que faria dele um nome capaz de ter palanques fortes em quase todos os estados.
No cenário de Lula não poder ser candidato, que é o mais factível após a eminente condenação no TRF-4 daqui a vinte dias, a pulverização de candidaturas se torna ainda maior, o que beneficia aquele que se posicionar com uma maior estrutura política para chegar ao segundo turno. O nome de Maia cairia como uma luva, pois não tem o elevado nível de rejeição de Temer e teria saúde e disposição para percorrer o Brasil em torno de um projeto presidencial.
A prova de que Rodrigo Maia está pensando naquilo foi o fato de ele vir a Pernambuco para o velório de Armando Monteiro Filho e logo em seguida embarcar para Salvador para uma agenda com o prefeito ACM Neto. Num período de recesso parlamentar, essas andanças de Rodrigo configuram uma agenda de presidenciável. Ele seria vendido como o nome da conciliação, que foge dos extremos e que representará um governo de centro democrático. A equação está montada, só não vê quem não quer.
Ausências – O prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara foram ausências notáveis na cerimônia de cremação do ex-ministro Armando Monteiro Filho. Por se tratar de um empresário e político notável de Pernambuco, era esperada a presença do prefeito e do governador, fato que rendeu muitas críticas e comparações de que se fosse Eduardo Campos jamais teria cometido tamanha desfeita.
Emendas – Os deputados estão uma arara com o governo de Pernambuco por não ter pago as emendas impositivas. Teve deputado governista que disse que não tem o menor estímulo de ajudar o governo, pois pequenas coisas não são resolvidas pelo Palácio. Como pedir votos para um governo que não resolve nem as minhas emendas impositivas? Questionou outro parlamentar. Já um terceiro governista afirmou que está com receio que as emendas acabem em restos a pagar, o que o deixaria em maus lençóis com suas bases.
Rebelião – Um deputado afirmou que está só esperando Guilherme Uchoa oficializar o rompimento com Paulo Câmara para dar início a uma rebelião na base governista que fará inveja ao Carandiru tamanha a quantidade de deputados que migrarão para a oposição. Guilherme será, na ótica dele, apenas a cereja do bolo para o estouro da boiada.
Hospital – O governador Paulo Câmara assinará, nesta quinta-feira, Ordem de Serviço para o início da execução de terraplanagem do Hospital Geral do Sertão, no município de Serra Talhada, no Sertão do Pajeú. Com um investimento total de R$ 35 milhões, a nova unidade de saúde beneficiará mais de 236 mil habitantes de dez cidades e terá capacidade média para 462 internamentos por mês. O equipamento contará com cinco salas de cirurgia, 60 leitos de internamento e dez leitos de UTI, com possibilidade de expansão para 140 leitos de internamento e 20 leitos de UTI.
RÁPIDAS
Afinado – O deputado federal Fernando Monteiro veio a Pernambuco acompanhando o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia para o velório e cremação do ex-ministro Armando Monteiro Filho. Fernando vem sendo um dos principais interlocutores do presidente da Câmara com o governo de Pernambuco, de quem é aliado.
Relação – Durante o velório de Armando Monteiro Filho, o senador Fernando Bezerra Coelho fez questão de afagar o presidente da Alepe deputado Guilherme Uchoa, que por sua vez disse que a relação com FBC é de muito tempo e que sempre foi a melhor possível, sinalizando que não há qualquer tipo de restrição para uma aliança com o senador numa eventual disputa pelo governo em outubro.
Inocente quer saber – O deputado Silvio Costa será candidato a senador ou a governador em outubro?






PRIMAVERA – O deputado federal Fernando Monteiro foi à Primavera, na Mata Sul, nesta quarta-feira (20), para uma missa em Ação de Graças pela passagem dos 54 anos de emancipação do município. Ao lado da prefeita Dayse Juliana, e de todo seu grupo político, o parlamentar se colocou à disposição para seguir ajudando Primavera a se desenvolver.

PESQUEIRA – O deputado federal Fernando Monteiro cumpriu agenda política no interior do Estado neste final de semana. O parlamentar esteve em Pesqueira, neste domingo (17), na confraternização de fim de ano do deputado estadual João Eudes, que reuniu lideranças de todo o estado.
O deputado federal Fernando Monteiro (PP-PE) comemorou hoje o anúncio, pelo presidente Michel Temer, da liberação de R$ 68 milhões da emenda da bancada federal de Pernambuco para as obras da Adutora do Agreste.
2018 em Pernambuco será de “tiro, porrada e bomba”
O Senado Federal aprovou, nesta terça-feira, projeto do deputado Fernando Monteiro que garante que a Caixa Econômica Federal (CEF) possa continuar investindo em habitação e saneamento básico, além de destinar recursos para programas como o Minha Casa Minha Vida. O projeto recebeu emendas e volta para votação no plenário da Câmara dos Deputados.
Chapinha para federal trará grande prejuízo para deputados do PSB