Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 30 de junho de 2018

Coluna do blog deste sábado

Candidatura de Marília Arraes atrapalha Paulo e Armando 

A pré-candidatura da vereadora Marília Arraes ao governo de Pernambuco caiu nas graças da população, que através das redes sociais demonstra bastante entusiasmo com o projeto apresentado pela neta de Arraes. O sucesso desta candidatura é fruto de um exaurimento do PSB, cuja hegemonia já dura doze anos no estado, mas também da falta de entusiasmo do eleitor com o projeto representado por Armando Monteiro, que mesmo tendo sido adversário do atual governador em 2014, foi incapaz de polarizar com Paulo durante três anos e meio, e segue sem fazer este contraponto.

A consolidação de Marília no jogo é ruim para os dois projetos representados por Paulo e Armando. Para o atual governador, a presença da vereadora consolida a existência do segundo turno, o que é um péssimo sinal para o socialista, cujas chances maiores passam por vencer no primeiro turno. Mas para Armando não é diferente, porque mesmo com toda retaguarda partidária, Armando corre um risco real de ficar de fora da segunda etapa perdendo a vaga para Marília, que já se apresenta com mais votos que ele nas pesquisas.

A população dá claras demonstrações de insatisfação com os políticos tradicionais, e por isso Jair Bolsonaro vem ocupando espaços cada vez mais significativos no plano nacional, e em Pernambuco Marília é quem tem canalizado toda esta insatisfação. O discurso de Marília tem aderência porque ela é coerente, corajosa, determinada, jovem e mulher. Para um estado de característica lulista, como Pernambuco, o projeto representado por Marília está caindo como uma luva.

Apesar de muitos dizerem que ela não vai a lugar nenhum porque não tem estrutura, é importante frisar algumas eleições que mostraram que a estrutura nem sempre prevaleceu. Tivemos em 2000 a vitória de João Paulo contra todo aparato de Roberto Magalhães. A vitória de Eduardo Campos em 2006 sendo o candidato com menos volume de campanha entre os três principais nomes. A eleição de Elias Gomes em Jaboatão dos Guararapes em 2008 contra toda a retaguarda de André Campos e mais recentemente a vitória do Professor Lupercio em Olinda contra todo poderio dos Urquiza, do PCdoB e de Antonio Campos.

Nem sempre a lógica financeira prevalece. As vezes a coerência e o sentimento de saturação com tudo que está colocado termina forjando novas lideranças. Se porventura Marília conseguir convencer o PT a dar-lhe legenda para a disputa, é muito difícil segurar a onda que está se formando em torno dela, e poderá sacramentar em Pernambuco o fim dessa política tradicional que acha que juntar um bocado de político num palanque é suficiente para convencer um eleitor cada vez mais conectado e saturado com aqueles que representam o passado.

Gula – Muitos políticos estão chamando Mendonça Filho de guloso. Isto porque ele quer eleger a irmã Andrea deputada estadual e o filho Vinícius deputado federal. Apesar de querer ser majoritário, uma vez que disputará o Senado, ele decidiu colocar dois candidatos competitivos para a Alepe e para a Câmara Federal, criando um problema com aliados e políticos que consideravam lhe dar o voto para o Senado.

Abordagem – Outra reclamação da classe política tem sido a abordagem do ex-ministro aos prefeitos de todo o estado. Quando ele é apresentado a um prefeito, Mendonça pergunta logo se tem deputado federal e estadual, quando a resposta é positiva, ele passa a conversar com o prefeito sem qualquer entusiasmo, o que tem gerado ruídos entre toda a classe política.

Ausência – Durante a visita do governador Paulo Câmara ao Sertão de Itaparica, nenhum integrante do Solidariedade se fez presente nos eventos. Os deputados federais Augusto Coutinho e Kaio Maniçoba e o deputado estadual Alberto Feitosa, todos com votos na região, não acompanharam o governador. Outra ausência notada foi a ex-prefeita de Floresta Rorró Maniçoba, que apesar de ser do PSB, não acompanhou o governador. Este recado denota a insatisfação do Solidariedade com o tratamento dispensado pelo Palácio do Campo das Princesas ao partido.

Diálogo – Em Jaboatão dos Guararapes, os vereadores que passaram a integrar a oposição reclamam do secretário de articulação política Robson Leite, que não teve votos para se reeleger vereador e ainda ensaiou apoiar Neco no segundo turno em 2016, sem qualquer afinidade e nenhum compromisso com o prefeito. Há quem afirme que se Robson Leite for substituído, a relação do executivo com a Câmara Municipal poderá melhorar muito, porque ele é escorregadio e não consegue resolver as demandas dos vereadores.

RÁPIDAS

Abastecimento – É de causar estranheza e perplexidade as justificativas do ex-prefeito Jorge Alexandre no caso do uso indevido de combustíveis no seu governo. Afinal, se o contrato disponibiliza cartões individuais para cada veículo, por que usar cartões “genéricos” para abastecer todos os veículos das secretarias?

Sucesso – O São João de Vitória de Santo Antão ganhou muitos elogios pela estrutura, organização e atrações que se apresentaram. Com quatro dias de festa, Vitória conseguiu entrar no rol das melhores festividades do estado. O prefeito Aglailson Junior promete uma festa ainda melhor na edição de 2019.

Inocente quer saber – Quando Armando Monteiro adotará uma postura mais incisiva no confronto com Paulo Câmara?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 27 de junho de 2018

Coluna do blog desta quarta-feira

Apoio do Grupo Ferreira deu novo patamar a Armando Monteiro 

O anúncio ocorrido ontem de que o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, e os demais integrantes do Grupo Ferreira, apoiariam a pré-candidatura de Armando Monteiro após um rompimento com o governador Paulo Câmara, deu ao projeto oposicionista liderado por Armando e Mendonça Filho uma nova situação política e eleitoral.

O petebista ganhou o reforço de um grupo que vem crescendo a cada eleição e que chegou ao ano de 2018 com a força de governar a segunda maior cidade do estado. O anúncio, eivado de críticas ao PSB, foi importante para dar ao meio político o sentimento de que Armando está no jogo para fazer frente ao poderio do PSB, que venceu as três últimas eleições para governador de Pernambuco.

O movimento dos Ferreiras além de levar votos e prestígio político a Armando Monteiro, abriu a porteira para dois partidos medianos que terão um simbolismo muito forte caso se concretize a aliança. O primeiro é o Solidariedade, que em 2014 optou por Paulo Câmara mas recentemente foi empurrado pelo próprio governador para a oposição, quando lhe foi exigida a secretaria de Habitação de volta para dar ao MDB, que sequer está garantido na coligação do governador devido o imbróglio jurídico envolvendo o partido. O Solidariedade deverá oficializar em breve a entrada no palanque oposicionista.

O segundo partido é o PROS, comandado pelo deputado federal João Fernando Coutinho, que saiu este ano do PSB após anos de militância no partido. Há informações de que o apoio já está sacramentado e que o anúncio deverá ocorrer em breve, tão logo seja oficializada a entrada do Solidariedade na coligação. Ambos deverão garantir, junto com o PSC, uma chapa de federal muito mais atrativa, que poderá eleger até 10 parlamentares com votação bem abaixo do chapão liderado pelo PSB, pois estarão entrando pelo menos 600 mil votos que estariam no chapão do PSB.

Estes movimentos deram a Armando Monteiro um ânimo que poderá conquistar apoios mais expressivos na sociedade no decorrer da campanha que poderão ajudar a igualar o jogo e a depender das circunstâncias eleitorais, determinar até mesmo a vitória da oposição em outubro. Se havia um certo favoritismo do governador Paulo Câmara na disputa, as prováveis três defecções partidárias deram uma condição de jogo mais apertado. E se há algum culpado por esta perda, este alguém é o próprio Palácio que foi fundamental para empurrar todos os atores que hoje estão com Armando Monteiro mas que em 2014 estavam com o atual governador.

Visita – O governador Paulo Câmara recebeu, nesta terça-feira (26.06), o ex-governador Ciro Gomes, no Palácio do Campo das Princesas. Na ocasião, discutiram a conjuntura nacional e particularidades regionais. Participaram da reunião, o deputado federal Wolney Queiroz; o ex-prefeito José Queiroz; o prefeito do Recife, Geraldo Julio; o presidente do PDT Recife, Fábio Fiorenzano; e o secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Wellington Batista.

Rifado – Se havia qualquer possibilidade de Elias Gomes ser vice de Armando Monteiro, esta hipótese foi sepultada ontem com a oficialização do prefeito Anderson Ferreira no palanque da oposição. Elias ficou numa situação difícil, pois seus principais adversários ficaram com os dois principais candidatos a governador. Lula Cabral está com Paulo Câmara e Anderson Ferreira agora está com Armando, deixando-lhe num constragimento sem tamanhos.

Compensação – Caso se confirme o apoio do Solidariedade a Armando Monteiro, o deputado federal Augusto Coutinho poderá ganhar um importante reforço para a sua reeleição. Além de precisar de menos votos para ser reeleito, Augusto poderá receber o apoio do prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel. Ele ainda não definiu seu federal e estaria aguardando Armando Monteiro indicar o nome, que seria Augusto Coutinho na contrapartida do Solidariedade.

Confiante – A pré-candidata a deputada estadual e primeira-dama de Olinda, Cláudia de Lupércio, é uma das apostas do Solidariedade para compor o quadro da sigla na Assembleia Legislativa. A postulante está confiante na aceitação das suas propostas por parte do eleitorado e na vitória nas urnas em outubro. “Tenho certeza de que as pessoas vão avaliar bem o nosso projeto e abraçá-lo. A minha pré-candidatura nasce do desejo de representar bem os pernambucanos, sendo voz de todos eles na Alepe”, destacou.

RÁPIDAS

Enterro – Há quem diga que com os últimos acontecimentos envolvendo o PSB e a questão nacional que terá peso na equação de Pernambuco, o enterro da candidatura de Marília Arraes poderá voltar da porta do cemitério. E se porventura isto ocorrer, ela não só garantirá a existência do segundo turno como tem chances reais de estar nele e acabar vitoriosa.

Tucano – O deputado federal Bruno Araújo, presidente estadual do PSDB, afirmou que o seu partido não abre mão de integrar a chapa majoritária, e que tem quadros para o posto. Além de Guilherme Coelho, o partido só tem Rodrigo Pinheiro, vice-prefeito de Caruaru, para o posto. A vaga deveria ser do próprio Bruno para o Senado, porém ele prefere a tranquilidade da reeleição de deputado federal.

Inocente quer saber – Eduardo Campos deixaria a Frente Popular perder aliados para a oposição?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 19 de junho de 2018

Coluna do blog desta terça-feira

O vice de Paulo Câmara 

Nas eleições de 2010, na reeleição de Eduardo Campos, o então governador foi fustigado para trocar o seu vice João Lyra Neto, que para muitos não tinha envergadura para exercer o cargo, e inclusive Eduardo chegou a considerar a hipótese sendo demovido da ideia por Fernando Lyra, irmão de João. Animal político, Eduardo acabou entendendo que se substituísse Lyra por outro nome abriria uma fratura difícil de ser curada na campanha.

Em 2000, Raul Henry era vice de Roberto Magalhães, mas acabou sendo substituído por Sergio Guerra, que naquela ocasião estava se aproximando do jarbismo. A troca acabou não sendo bem-sucedida, e a reeleição Dr. Roberto, que estava encaminhada, acabou sofrendo uma das maiores viradas da história política e eleitoral do estado.

Ficou provado nestas duas ocasiões que a troca de vice não é uma tarefa muito fácil para um governante que tenta a reeleição, porém o governador Paulo Câmara não tem outra alternativa, uma vez que não há condições de manter Jarbas Vasconcelos e Raul Henry na chapa majoritária por eles serem do mesmo partido e do mesmo grupo político. Raul será alçado ao posto de candidato a deputado federal e dará lugar a outro nome.

Como não há condições para firulas, pois Paulo Câmara não tem elevada aprovação, caberá ao governador uma saída política e eleitoral para o posto. É preciso reconhecer a força dos partidos que compõem a Frente Popular na hora de fechar essa chapa, e hoje somente três nomes estariam legitimados para este posto. O ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz, seria uma opção caso o governador queira repetir Eduardo e Jarbas e colocar um vice do Agreste em sua chapa. Queiroz tem envergadura e força política para o posto, uma vez que governou Caruaru até recentemente e saiu com significativa aprovação.

Outra opção seria o deputado federal Sebastião Oliveira, presidente estadual do PR e herdeiro político de Inocêncio Oliveira, que sempre foi uma grande referência da política pernambucana. Sebastião tem potencial para ser um dos federais mais votados de 2018, mas caso seja convocado pelo governador para a missão de vice-governador, terá um papel importante para toda a Frente Popular, uma vez que parte de seus votos pode ser distribuída com nomes que estejam em situação de maior dificuldade eleitoral. Paulo contemplaria um grupo que foi aliado de primeira hora na histórica vitória de Eduardo Campos que deu início a atual hegemonia do PSB e resolveria a vida de muitos deputados de sua base que estão perigando com parte dos votos de Sebastião.

Por fim, a alternativa Augusto Coutinho surge como uma opção também interessante, mas de difícil execução. Augusto circula bem em todas as matizes políticas do estado, mas assim como Sebastião, está com sua reeleição de federal encaminhada. Seria um excelente vice se não fosse cunhado do senatoriável Mendonça Filho, que está fincado na oposição. A escolha de Augusto lhe causaria um embaraço familiar de difícil desate.

Apesar das três alternativas serem excelentes e caberá ao governador fazer a escolha que melhor lhe aprouver, uma coisa é indiscutível: Assim como Eduardo em 2010, Paulo não pode inventar a roda. Terá que respeitar as forças da sua elástica aliança, e escolher quem tem argumento eleitoral e político para o posto, porque não será com “amigos da cozinha” que o governador vencerá a disputa em outubro, mas sim com toda a Frente Popular com o empenho e os votos de cada ator estratégico para garantir a sua reeleição.

Aproximação – Chamou a atenção a presença constante do pré-candidato a deputado federal Júnior Uchoa em Caruaru. Em poucos dias ele teve por três ocasiões na capital do Forró. No último final de semana, Uchoa posou junto do prefeito de São Lourenço, Bruno Pereira, que lhe apoia, ao lado da prefeita e anfitriã Raque Lyra. A aparição de Uchoa ao lado gestora, que é opositora do Palácio, chamou atenção e deu margem para inúmeras especulações.

Destaque – A prefeita de Primavera, Dayse Juliana (PDT), vem se destacando na região da Mata Sul. Com apenas 32 anos, ela conseguiu imprimir uma gestão de resultados no município e está sendo bastante elogiada pela forma como conduz os rumos da cidade. Ela apoia Fernando Monteiro e Guilherme Uchoa e deverá garantir expressivas votações aos seus candidatos por conta da sua credibilidade perante a população.

Empréstimo – O Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO) fez um pedido de cautelar para suspender o empréstimo de 83 milhões da Caixa para a Prefeitura de Caruaru. O procurador Cristiano Pimentel quer uma análise jurídica e fiscal pelos auditores do TCE, antes que o empréstimo tenha prosseguimento. A prefeita Raquel Lyra (PSDB) já foi notificada para se manifestar.

Dificuldade – Caso confirme que não terá o palanque de Marília Arraes e o de Armando Monteiro para ser candidato a senador, Silvio Costa terá dificuldade para viabilizar uma candidatura avulsa ao Senado. Isto porque não montou chapa de federal e fragilizaria a reeleição de Adalberto Cavalcanti, e deixaria João Paulo Costa numa situação difícil para deputado estadual, uma vez que é pouco provável que o PRB abdique da coligação de Armando para apoiar este projeto.

RÁPIDAS

Alcides Teixeira – Vereador do Recife muito bem votado em 2016, Alcides Teixeira Neto tem sido procurado por muitos pré-candidatos a deputado estadual para receber apoio nesta eleição. Alcides, que ainda não fechou apoio para estadual, tem feito conversas políticas no sentido de assegurar obras e ações para as comunidades onde é votado.

Descortesia – Após dizer que não teria problemas em pedir votos para Humberto Costa caso ele fosse seu companheiro de chapa no Senado, o deputado Jarbas Vasconcelos não teve uma atitude recíproca do petista, que considerou a postura de Jarbas elegante, mas em nenhum momento falou não hipótese de votar em Jarbas.

Inocente quer saber – A chapa oposicionista será mesmo completada com Guilherme e Daniel Coelho?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 14 de junho de 2018

Coluna do blog desta quinta-feira

A estranha aliança de Jarbas e Humberto

O pré-candidato a senador e deputado federal Jarbas Vasconcelos admitiu pela primeira vez a hipótese de ser candidato numa chapa contendo Humberto Costa para o Senado encabeçada pelo governador Paulo Câmara e que não teria problemas de pedir votos para aquele que foi um dos seus mais ferrenhos adversários. A declaração do ex-governador ocorre meses depois de dizer que não tinha nenhum problema a entrada do PT na Frente Popular.

As palavras de Jarbas causaram um verdadeiro frisson, com uma perplexidade no meio político tão elevada quanto a retomada da aliança com Eduardo Campos em 2012. Jarbas e Eduardo passaram exatos 20 anos afastados por conta da disputa de prefeito de 1992 e se reconciliaram exatamente no período em que lançaram juntos Geraldo Julio para prefeito. A aliança naquela época apesar de causar muitos comentários foi bem assimilada pelo meio político e também pela sociedade, sobretudo porque nenhum dos dois eram candidatos na ocasião, o que facilitou muito a retomada das relações entre os dois.

Nas eleições de 2018 a aproximação de Jarbas Vasconcelos e Humberto Costa traz um fato mais relevante do que a retomada das relações de Jarbas com Eduardo. Isso porque Jarbas e Humberto sempre estiveram em lados opostos na política estadual e nacional, tendo sido senadores juntos entre 2011 e 2014 e não houve qualquer possibilidade de acordo político durante a atuação conjunta no Senado.

Jarbas e Humberto se enfrentaram por duas ocasiões. Na primeira, em 1992 para prefeito do Recife, Jarbas saiu vitorioso. Em 2002 tentando a reeleição de governador, Jarbas impôs nova derrota a Humberto Costa. Indiretamente eles disputaram em palanques opostos também em 1998 quando Humberto tentou o Senado e Jarbas o governo e em 2010 quando Jarbas novamente disputou o governo e saiu derrotado e Humberto acabou se elegendo senador na chapa de Eduardo Campos.

Caso se confirme as candidaturas de Jarbas e Humberto para o Senado na chapa de Paulo Câmara, estaremos diante da mais estranha aliança que a política já promoveu, pois o PT queria ver o diabo mas não queria saber de Jarbas, enquanto os peemedebistas, inclusive o próprio Jarbas, sempre foram muito ácidos contra o PT.

A aliança está combinada entre eles e caminha a passos largos para se concretizar, falta somente o detalhe de combinar com o povo, que poderá dar uma dura resposta a esta aliança de ocasião que tem a finalidade única e exclusiva de ganhar a eleição sem qualquer alinhamento ideológico e pessoal. Dizem que o povo não pensa, mas o povo pensa.

Candidatíssimo – Após ter seu registro de candidatura cassado em 2016 e ver anulada a sua vitória para prefeito de Ipojuca, Romero Sales só tem motivos para comemorar. O Superior Tribunal de Justiça o absolveu, garantindo assim a possibilidade dele ser candidato a deputado estadual. Com sua postulação um PTB ganha um importante nome para chegar à Assembleia Legislativa de Pernambuco.

São João – O pré-candidato a deputado federal André Siqueira (Patriota) prestigiou o lançamento do São João de Olinda ao lado do prefeito Professor Lupércio (Solidariedade). Há 14 anos a cidade não tinha festividade no período junino e agora em 2018 terá a oportunidade de comemorar um festejo típico do Nordeste.

Troca – Ao receber duras críticas de Daniel Coelho pela sua aliança com Humberto Costa, o deputado federal Jarbas Vasconcelos sem fugir ao seu estilo ácido, disse que Daniel Coelho trocava de partido como quem troca de roupa. Em apenas 14 anos de vida pública Daniel já está filiado ao seu terceiro partido. Já foi PV, PSDB e agora está no PPS.

Araripina – O governador Paulo Câmara estará, nesta quinta-feira, no Sertão do Araripe para, entre outras atividades, comandar ações no âmbito da educação e da agricultura familiar. Em Araripina, Paulo irá conduzir mais uma edição da Caravana da Educação e Pactuação de Metas 2018. Ainda no município, o governador entregará 203 títulos de propriedade, que beneficiarão 203 famílias, totalizando um investimento de R$ 203 mil. A deputada Roberta Arraes (PP) acompanhará o governador durante sua passagem pelo Araripe.

RÁPIDAS

Silvio Costa – Está cada vez mais latente o distanciamento político de Silvio Costa em relação a Armando Monteiro. Não deverá chegar a rompimento, pois eles possuem uma boa relação pessoal, mas Silvio pretende ser senador e não encontrou sinalização de Armando para construir esta candidatura na chapa do petebista.

Visita – O pré-candidato à presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, deverá oficializar nos próximos dias a sua vinda a Pernambuco para conhecer o São João de Caruaru e o de Petrolina. O de Caruaru ele recebeu o convite de Raquel Lyra, enquanto o de Petrolina o convite partiu do senador Fernando Bezerra Coelho.

Inocente quer saber – André Ferreira será candidato a senador em qual chapa nestas eleições?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 12 de junho de 2018

Coluna do blog desta terça-feira

Oposição não sinaliza projeto para o estado

Construção de três hospitais, redução da conta de energia, integração do transporte público. Essas foram três das propostas apresentadas por Eduardo Campos em 2006 quando se lançou candidato a governador de Pernambuco. Naquela ocasião o então governador Jarbas Vasconcelos era bem-avaliado, porém não conseguiu construir uma narrativa de continuidade, o que evidentemente fragilizou seu sucessor na disputa, mesmo tendo sido vitorioso na disputa pelo Senado.

No anúncio realizado nesta segunda-feira sobre os dois pré-candidatos da chapa majoritária da oposição, vide Armando Monteiro para governador e Mendonça Filho para senador, não se ouviu nada que diferenciasse o grupo representado na postulação de Armando do atual governo.

O que se viu foi uma enxurrada de críticas ao governo Paulo Câmara sem apresentar soluções. Para que o eleitor insatisfeito com o atual governo escolha a postulação de Armando, é preciso que ele identifique um projeto, algo que não se viu em nenhum dos quatro atos anteriores e muito menos ontem, quando era fundamental que o palanque aproveitasse aquele momento para dar um start no que será apresentado para que o eleitor enxergue efetivamente uma mudança para melhor no estado caso escolha Armando como seu candidato.

Se a oposição quiser vencer a eleição em outubro, não adianta atacar a segurança pública sem dizer como fará para resolver o problema. De nada adianta dizer que o governo não funciona se não apresentar um projeto que mostre como irá funcionar se houver uma mudança de comando.

Enquanto o time liderado por Armando Monteiro ficar restrito a críticas ao atual governador, será muito difícil conquistar eleitores indecisos, uma vez que eles estão ávidos por propostas e projetos para poder mudar. Sem propostas e projetos no campo oposicionista, o eleitor dificilmente irá trocar de governador.

Unidade – O Solidariedade pode ser mais um partido a se integrar ao grupo formado por PP e PR. Juntos, os partidos de Augusto Coutinho, Eduardo da Fonte e Sebastião Oliveira podem reivindicar a vaga de vice de Paulo Câmara, pois entendem que têm votos e força suficiente para a indicação na chapa majoritária.

Agenda – Nesta segunda-feira, o prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), participou, ao lado dos secretários municipais, da solenidade de anúncio da pré-candidatura do senador Armando Monteiro Neto ao Governo de Pernambuco. Também esteve presente o deputado federal Marinaldo Rosendo (PP) e outras lideranças políticas do Recife e do interior.

Apoio – A ex-prefeita de Agrestina, Carmem Miriam, vai apoiar Vinícius Labanca, para deputado estadual, e Vinícius Mendonça, para deputado federal. O apoio foi oficializado no último sábado (09), durante inauguração da quadra poliesportiva em Ibirajuba, no agreste de Pernambuco,  com o aval do pré-candidato ao Senado, Mendonça Filho. A dupla representa a força juventude e oxigena a representação do município do agreste no legislativo estadual.  Labanca caminha com Carmem desde a eleição de 2016.

Símbolo de luta – Mesmo sendo alagoano de nascença, o presidenciável filiado ao Solidariedade, Aldo Rebelo, não esconde a admiração que tem por Olinda. Durante o lançamento da pré-candidatura da correligionária Cláudia de Lupércio a deputada estadual, realizado no último sábado, 09, o postulante destacou o carinho que tem pela cidade e elogiou a trajetória de vida do atual gestor do município, Professor Lupércio (SD). “Olinda tem hoje um prefeito que é a síntese da luta do seu povo”, declarou durante seu discurso no ato.

Desprestígio – Eduardo Campos enquanto governador sempre prestigiou a Casa José Mariano. Era comum chamar um ou outro vereador para escutar e sondar as ruas. Ontem na apresentação da chapa de Armando Monteiro estavam presentes quatro vereadores do Recife, um deles inclusive, está sondado para o posto de vice. Pois bem, não foram mencionados pelo cerimonial nem por nenhum dos oradores, o que levou um dos vereadores presentes a comentar: “começamos bem.”

RÁPIDAS

Ausente – O prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira, foi ausência registrada no lançamento da pré-candidatura de Armando Monteiro para governador. Por conta da questão local, é possível que Edson abrace a candidatura de Paulo Câmara novamente.

Coadjuvantes – Até recentemente o mais importante prefeito do PSDB no estado, Elias Gomes sequer foi chamado para compor a mesa do evento de lançamento de Armando Monteiro. Tanto ele quanto Betinho Gomes tiveram que se espremer no canto da mesa como qualquer outro participante do evento, num sinal claro que nenhum será convocado para a chapa majoritária porque não agregam absolutamente nada ao projeto de Armando.

Inocente quer saber – Qual foi o destinatário do recado de Armando Monteiro quando ele disse que não aceitará barganha?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 5 de junho de 2018

Coluna do blog desta terça-feira

Efeito Inocêncio pode se repetir em 2018 

Nas eleições de 2006 o então deputado federal Inocêncio Oliveira deixou o PFL no sentido de ser candidato a governador, chegou a assinar filiação ao PMDB mas quando percebeu que os dois partidos apoiariam Mendonça Filho, então vice-governador que herdaria o cargo para disputar a reeleição, decidiu ingressar no PL, atualmente PR, para presidir o partido no estado.

Líder de dezenas de prefeitos, Inocêncio Oliveira pediu duas secretarias a Mendonça Filho para apoiá-lo, mas como não teve uma resposta positiva, decidiu romper com Mendonça para ser um dos primeiros apoiadores de Eduardo Campos, que estava desacreditado nas pesquisas. Aquele posicionamento de Inocêncio foi fundamental para dar a Eduardo a condição de disputa que ele precisava, tanto é que a vitória de Eduardo teve início pelo Sertão onde Inocêncio Oliveira era muito forte.

Na eleição deste ano, o governador Paulo Câmara está repetindo Mendonça Filho e desconsiderando o peso de Sebastião Oliveira, que tem força semelhante a que Inocêncio tinha naquela época, e de Eduardo da Fonte que além de ter votos, tem também um partido importante e com tempo de televisão. Juntos, PR e PP têm votos e tempo de televisão para contribuir com Paulo Câmara se ficarem na Frente Popular ou atrapalhá-lo se decidirem migrar para o projeto liderado por Armando Monteiro.

Está óbvio que assim como Inocêncio naquela época que queria uma atenção de Mendonça Filho, Sebastião e Eduardo querem que Paulo Câmara reconheça o peso político e eleitoral de ambos destinando pelo menos uma vaga na chapa majoritária. Juntos, eles têm potencial para 500 mil votos caso sejam candidatos a federal, se forem para a oposição se elegem e ajudam a eleger mais um deputado federal somente com seus votos, tirando três vagas da Frente Popular e garantindo para a oposição.

Se naquela ocasião o apoio de Inocêncio Oliveira tirou Eduardo da condição de candidato desacreditado, o apoio de PR e PP a Armando Monteiro daria o molho que falta para a eleição ser mais acirrada. É importante que Paulo Câmara abra o olho e valorize os dois quadros sob pena de sofrer o que Mendonça sofreu em 2006 e depois dizer que ninguém avisou.

Aposta – Um importante membro oposicionista acredita piamente que Marília Arraes vencerá a prévia do próximo domingo e Humberto Costa não terá a menor condição de melar o resultado para forçar o PT a apoiar a reeleição de Paulo Câmara. Ele disse ser capaz de apostar o que quisesse que Marília será candidata a governadora.

Maurício Rands – Apesar de muitos buscarem o cargo de vice de Paulo Câmara, há quem diga que Renata Campos já decidiu que o escolhido para o posto é Maurício Rands, que renunciou ao mandato de deputado federal em 2012. Rands está filiado ao PROS e herdaria o governo caso Paulo Câmara seja candidato em 2022.

Convite – O senador Armando Monteiro deverá convidar o colega senador Fernando Bezerra Coelho após a oficialização da sua pré-candidatura a governador para que ele seja o coordenador geral da sua campanha. Fernando exerceu papel semelhante na campanha de Eduardo Campos em 2006 e foi fundamental para a vitória do PSB naquela disputa.

Junior Uchoa – A pré-candidatura de Junior Uchoa (PSC) a deputado federal cresce a olhos vistos. Ele vem conquistando importantes apoios em todas as regiões do estado e deverá suplantar a casa dos 100 mil votos. O PSC deverá eleger dois deputados federais e busca emplacar sete deputados estaduais.

Vice – Há quem defenda que o vice de Armando seja uma mulher, de preferência jovem. Um nome que foi lembrado por um observador político foi o da pré-candidata a deputada estadual Fabiola Cabral. Ele faz essa avaliação, evidentemente no cenário de o PP, partido que ela está filiada, decidir apoiar o projeto de Armando Monteiro.

RÁPIDAS

Jeitoso – O pré-candidato a deputado estadual pelo Avante, João Paulo Costa estreou nos discursos durante ato de pré-campanha em Cachoeirinha ao lado do deputado federal João Fernando e do pré-candidato a senador Silvio Costa, e mostrou muita familiaridade com o microfone. João Paulo é filho de Silvio Costa e irmão de Silvio Costa Filho, dois excelentes oradores, e mostrou que a oratória está no DNA.

Prioridade – A ordem palaciana é fazer com que João Campos seja eleito deputado federal com expressiva votação. Alguns falam que ele terá 300 mil votos, outros mais comedidos dizem que ele tendo 200 mil votos estará de bom tamanho. A verdade é que João Campos por tudo que representa como herdeiro de Eduardo Campos não poderá se eleger com pouco voto.

Inocente quer saber – Marília Arraes sendo candidata será a próxima governadora de Pernambuco?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 16 de maio de 2018

Coluna do blog desta quarta-feira

As virtudes e os desafios de Armando Monteiro na disputa pelo governo 

Na próxima semana a oposição intitulada de Pernambuco quer Mudar anunciará a pré-candidatura do senador Armando Monteiro ao governo de Pernambuco. Será a segunda vez que o petebista disputará o Palácio do Campo das Princesas e reeditará o embate que elegeu Paulo Câmara em 2014.

Reconhecidamente um político ficha limpa e cumpridor de acordos políticos, o senador Armando Monteiro tem uma carreira política relativamente curta, apenas 20 anos de mandatos eletivos, quando foi deputado federal em três ocasiões, senador eleito em 2010, ministro e presidente da CNI. Neto do ex-governador Agamenon Magalhães e filho do ex-ministro Armando Monteiro Filho, o senador tem a política em seu DNA e venceu quatro das cinco eleições que disputou em Pernambuco, com um bom aproveitamento em disputas eleitorais.

Diferentemente de 2014 quando disputou apoiado por PTB, PT, PDT, PSC, PTdoB e PRB, o senador entrará neste novo embate com Paulo Câmara apoiado por DEM, PSDB, Podemos, Avante, PTB e PRB, partidos que juntos darão um guia eleitoral mais representativo do que em 2014 para a disputa que será reeditada devido a nova legislação eleitoral que alterou as regras de distribuição do tempo de televisão e rádio.

Se em 2014 havia um desejo de continuidade que foi impulsionado pela morte de Eduardo Campos e que acabou atropelando o sonho de Armando em ser governador, em 2018 haverá a fadiga de material de doze anos do governo do PSB, e certamente a comoção pela morte do ex-governador já não terá mais a eficácia do pleito passado.

Por outro lado, Armando Monteiro não terá muita condição de desvencilhar-se da pecha que o PSB pretende jogar em seu palanque como “palanque de Temer”, uma vez que Armando será apoiado por três ex-ministros do presidente. Além do mais, se foi difícil enfrentar Paulo Câmara que estava sem a caneta, agora o governador estará sentado na cadeira e certamente fará tudo que estiver ao seu alcance para continuar no Palácio do Campo das Princesas.

A reedição da disputa de 2014 trará dois desafios para Armando, o primeiro é o de que nunca um senador virou governador, enquanto o segundo é o de que o candidato derrotado no pleito anterior jamais venceu a eleição seguinte em Pernambuco. Além do mais, para chegar ao Palácio do Campo das Princesas, será necessário que Armando seja mais incisivo nas críticas sem parecer agressivo ou arrogante e que faça uma campanha eleitoral nas plataformas eletrônicas que seja completamente diferente do que foi apresentado em 2014 se ele quiser ter qualquer chance de devolver a derrota sofrida para Paulo Câmara no pleito passado.

Praça – Na noite desta quarta-feira, o prefeito Geraldo Julio entrega mais um espaço público destinado ao lazer da população da cidade. Trata-se da Praça do Terminal de Jardim Uchôa que foi requalificada pela Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), e que está de cara nova. O espaço recebeu intervenções que tiveram um custo de R$ 103 mil. A obra contou com aterro da área e inclusão de novos gradil e alambrado, além de novos equipamentos de ginástica em concreto, como barras e pranchas para abdominal e um parquinho com brinquedos de ferro, com balanço, gangorra e escorrego. A praça também teve a iluminação requalificada e recebeu pintura geral.

Sinal – A defesa do vereador do Recife Marco Aurélio ao nome de Silvio Costa para o Senado na chapa da oposição foi interpretada por alguns deputados como um sinal de que o senador Fernando Bezerra Coelho, líder político de Marco Aurélio, também abençoa a indicação do ex-vice-líder do governo Dilma Rousseff para a Câmara Alta.

Vice – O vereador do Recife André Regis, que estava pavimentando sua candidatura a deputado federal, ganhou força para ser o vice de Armando Monteiro. Filiado ao PSDB e com densidade na capital, André Regis é considerado uma espécie de vice dos sonhos, por ser preparado tecnicamente e ser bastante discreto, bem ao estilo Marco Maciel.

Suplente – Depois de tentar emplacar uma vaga na majoritária e não conseguir lograr êxito, poderá sobrar para o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes uma suplência de senador na chapa da oposição liderada por Armando Monteiro. Elias agregaria bastante ao projeto da oposição tendo seu nome na majoritária, porque já foi prefeito de duas cidades importantes no estado.

RÁPIDAS

Lançamento – Primeiro suplente de vereador do Recife pelo Patriota, Junior de Cleto lançará no próximo sábado a sua pré-candidatura a deputado estadual. O ato ocorrerá na Linha do Tiro a partir das 18 horas e deverá reunir muitos apoiadores de Junior, que vem pavimentando sua pré-candidatura a uma vaga na Alepe em outubro. Ele é a principal aposta do partido para a Casa Joaquim Nabuco.

Alberes Lopes – Líder da oposição na Câmara de Caruaru, o vereador Alberes Lopes é uma das apostas do PSC para deputado estadual. Alberes apoiará a candidatura de Junior Uchoa (PSC) para deputado federal na Capital do Forró.

Inocente quer saber – Com quem ficarão os Ferreiras na disputa pelo governo de Pernambuco em outubro?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 12 de maio de 2018

Coluna do blog deste sábado

Candidatura oposicionista virou batata quente 

No evento oposicionista do Minha Casa Minha Vida em agosto do ano passado, a oposição começou a tomar corpo e havia uma expectativa em relação a vários nomes para a disputa, dentre eles os dois senadores Armando Monteiro e Fernando Bezerra Coelho e os então ministros Fernando Filho, Mendonça Filho e Bruno Araújo. Ali estava sinalizado que a chapa majoritária poderia ser composta com esses nomes e que a partir daquele momento a oposição iria angariar mais partidos e mais apoios para a eleição deste ano.

O primeiro evento, em dezembro, na capital pernambucana serviu para sinalizar que a oposição iria aumentar a cada mês a ponto de chegar fortalecida para o pleito. A sinalização, infelizmente para o grupo, não se confirmou. Os demais eventos não tiveram um único fato novo que demonstrasse a competitividade do projeto pois nenhum partido ou expressiva liderança política que estavam com Paulo Câmara aderiu ao grupo, o que foi fragilizando a construção de um palanque competitivo.

O imbróglio do MDB, que se fosse entregue ao senador Fernando Bezerra Coelho faria dele o candidato natural oposicionista, acabou prejudicando novas movimentações da oposição, porque até o presente momento não existe a garantia de que o partido ficará com ele, e consequentemente o deixou fora da chapa majoritária.

O deputado Bruno Araújo, que poderia ser uma alternativa para o Senado, desde que deixou antecipadamente o ministério das Cidades, acabou fragilizando-se do ponto de vista majoritário. Apesar de não dizer oficialmente, ninguém na própria oposição acredita que ele trocará uma reeleição de federal encaminhada por uma aventura majoritária.

Enquanto isso, o ex-ministro Mendonça Filho, que era uma alternativa para o governo, já deu sinais que só deverá entrar na majoritária para disputar o Senado, mesmo assim, o sonho de Mendonça ainda é ser alçado ao plano nacional como candidato a vice-presidente, e se isto ocorrer ele caminha para aceitar a missão.

Restaram o ex-ministro Fernando Filho, que sinalizou disposição para a disputa mas queria que a definição ocorresse de imediato, o que ainda não aconteceu, e isso acaba virando um óbice para o seu nome, e o senador Armando Monteiro, que seus próprios aliados cogitam ficar de fora do segundo turno e apoiar Marília Arraes, vide a declaração do líder da oposição Silvio Costa Filho. Armando, inclusive, só deverá entrar na empreitada se sentir alguma condição de disputa e tiver a garantia estrutural para enfrentar o governador Paulo Câmara.

Neste grau de incerteza oposicionista, abrem especulações para a indicação de nomes olímpicos, ou seja, que entrarão no pleito somente para perder a eleição, vide Daniel Coelho, Priscila Krause, Silvio Costa Filho, etc. O sentimento generalizado da classe política é o de que a escolha do nome virou uma batata quente, porque está mais fácil encontrar quem não quer ser candidato do que alguém que efetivamente esteja disposto a enfrentar o PSB.

Força – Deputados apostam piamente na reeleição de Romário Dias, pois acreditam que ele tem condições de alcançar a votação que ele precisar. Se forem 50 mil votos, ele terá, se forem 60 mil, ele também terá, uma vez que sabe como trabalhar essa mercadoria chamada voto. Romário é um dos mais experientes e mais inteligentes da Casa, por isso quem apostar na sua derrota deverá quebrar a cara.

Jarbas – Setores palacianos afirmam que Jarbas Vasconcelos será o que ele quiser na Frente Popular, pois o governador Paulo Câmara não esquece a posição firme de Jarbas quando FBC e João Lyra teriam articulado trocar a candidatura a governador ainda em São Paulo na morte de Eduardo Campos e ele foi responsável pelo freio de arrumação que garantiu a manutenção de Paulo Câmara na cabeça de chapa.

Aliança – Os ex-prefeitos de Caruaru Tony Gel e Zé Queiroz, adversários históricos na cidade, estiveram juntos numa entrevista a uma rádio local, e sinalizaram para uma possível aliança para as eleições deste ano. Ambos integram a base do governador Paulo Câmara e poderão formalizar o que até recentemente parecia impossível na capital do forró.

Confusão – Em Surubim um áudio envolvendo o ex-prefeito Túlio Vieira está dando o que falar. Um aliado do ex-gestor reclama que não está sendo assistido pela pré-candidatura de Gustavo Gouveia a deputado estadual e diz abertamente que outras pessoas estão recebendo dinheiro. O ex-prefeito Túlio Vieira ficou muito chateado e disse que grupo de WhatsApp não era o local para tratar daquele assunto. O áudio viralizou.

RÁPIDAS

Cidadão – O ex-deputado Manoel Ferreira recebeu na noite de ontem o título de cidadão de São Lourenço da Mata. O evento foi bastante prestigiado e contou com a presença do vereador Fred Ferreira, do deputado André Ferreira, do prefeito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira e do anfitrião Bruno Pereira. Depois de oito anos fora da Alepe, Manoel deverá voltar com expressiva votação este ano.

São João – Considerado sucesso absoluto no ano passado, o São João de Petrolina, comandado pelo prefeito Miguel Coelho, deverá bater recorde de público e se consolidar como uma das principais festas do Brasil. Habilidoso, Miguel faz uma gestão acima da média na principal cidade do sertão pernambucano.

Inocente quer saber – O que Armando Monteiro achou da declaração de Silvio Costa Filho sobre a possibilidade de ficar de fora do segundo turno e apoiar Marília Arraes?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 23 de abril de 2018

Coluna do blog desta segunda-feira

Candidatura de Marília Arraes também fragiliza oposição 

Existe um desejo de atores da dita oposição pela candidatura de Marília Arraes no sentido de forçar a existência de um segundo turno acreditando numa repetição de 2006 que levou Eduardo Campos ao Palácio do Campo das Princesas. Ocorre que há uma diferença elementar entre a postulação de Marília e aquele que representar a oposição em relação ao pleito que elegeu Eduardo Campos, porque não há qualquer relação política entre eles e Marília, diferentemente de 2006 quando Eduardo e Humberto estavam no mesmo campo político.

A eventual candidatura de Marília, que em pesquisas internas e externas se configura no grande fato novo da eleição, corre um risco real de polarizar com Paulo Câmara, deixando o nome oposicionista de fora da disputa de um eventual segundo turno, fragilizando um grupo que tem dois senadores, três ex-ministros e deputados federais e estaduais com algum tipo de representatividade.

Na hipótese de Marília Arraes ficar de fora do segundo turno, no calor da disputa envolvendo o PSB, o PT e o candidato do palanque de Temer, é pouco provável que o eleitor de Marília faça a escolha por um nome oposicionista. Essa conta é óbvia e imaginar que será diferente por parte da oposição é no mínimo ingenuidade.

O melhor quadro para a oposição é o de duas candidaturas do mesmo campo político ou uma disputa no mano a mano com o governador Paulo Câmara, porque quem desaprova o governador tende a marchar com um nome oposicionista. Com Marília no jogo, Paulo pode até perder pra ela, mas a oposição sairia mais desmoralizada caso ficasse de fora da segunda etapa. Portanto, a oposição torcer pela candidatura de Marília Arraes significa torcer pelo seu próprio ocaso.

Incerteza – Por conta da sua situação na justiça, onde responde a uma série de processos, o ex-deputado federal José Augusto Maia (Avante) corre um sério risco de ficar de fora das eleições deste ano. Ele pretende ser candidato a deputado estadual, mas poderá ser enquadrado pela Lei da Ficha Limpa e ser impedido de entrar na disputa.

Apoios – A deputada estadual Roberta Arraes, depois que oficializou sua entrada no PP, conquistou uma série de apoios para a sua reeleição. Roberta precisará de apenas 30 mil votos, mas tem boas chances de passar de 40 mil porque está na base do governador Paulo Câmara e será a única interlocutora do Araripe com o Palácio caso o governador seja reeleito.

Clóvis Paiva – Filiado ao Partido Progressista, o ex-prefeito de Ribeirão Clóvis Paiva será candidato a deputado estadual em outubro, e tem grandes chances de ser o representante da Mata Sul na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Clóvis é uma das grandes apostas do deputado federal Eduardo da Fonte, que poderá ser candidato a senador na chapa de Paulo Câmara.

Em forma – Pré-candidato a governador de Pernambuco, o ex-ministro da Educação Mendonça Filho postou vídeo nas suas redes sociais com atividades físicas. Mendonça para chegar ao Palácio do Campo das Princesas terá que ter fôlego de maratonista porque a disputa tende a ser a mais acirrada dos últimos anos.

RÁPIDAS

Agricultura – O governador Paulo Câmara entregará, nesta segunda-feira, 15.550 kits com equipamentos para a estruturação de ações produtivas para a agricultura familiar de 87 municípios de Pernambuco beneficiadas pelo programa Pernambuco Mais Produtivo. O caráter produtivo faz parte do Programa Segunda Água (Cisternas Calçadão), financiado com recursos da União, via Ministério de Desenvolvimento Social. O investimento na ação é da ordem de R$ 22 milhões.

Brasília – Embarco hoje rumo a capital federal para acompanhar a semana legislativa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Lá terei maiores informações sobre o cenário político nacional e estadual. Fiquem ligados no blog, pois traremos tudo em primeira mão para os nossos leitores.

Inocente quer saber – O PSB já prepara o futuro deputado federal João Campos para ser o candidato do partido a prefeito do Recife em 2020?

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Postado por Edmar Lyra às 7:17 am do dia 20 de abril de 2018

Socialista histórico, Adilson Gomes será candidato a deputado estadual

Filiado ao PSB há 28 anos, o secretário-geral do Partido Socialista Brasileiro de Pernambuco, Adilson Gomes, anunciou a intenção de concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Membro histórico do PSB, Adilson Gomes já teve importantes tarefas no âmbito partidário. Coordenou no Interior do Estado as campanhas vitoriosas de Miguel Arraes, Eduardo Campos e do governador Paulo Câmara. Este ano, irá visitar os municípios pernambucanos acompanhado do vice-presidente nacional de Relações Federativas, João Campos.

Adilson Gomes tem 50 anos de vida política. Em 1972, foi eleito vereador de Moreno. Durante sua trajetória, ajudou a construir a história do MDB e PSB em Pernambuco. Adilson teve uma relação de quase 20 anos com o ex-governador Miguel Arraes, que se iniciou em 1986, quando coordenou a campanha de Arraes ao governo do Estado. Em abril de 1990, se filiou ao PSB de Pernambuco.

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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