Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 8 de março de 2021 17 Comentários

Coluna da Folha desta segunda-feira

Raquel Lyra assume PSDB com desafio de resgatar o partido 

O PSDB de Pernambuco nunca obteve grande protagonismo na política estadual. Seu cargo mais relevante foi o de senador por duas ocasiões, com Carlos Wilson em 1994 e Sérgio Guerra em 2002. Depois o partido chegou a eleger cinco deputados estaduais em 2010 e três federais em 2014. Por três ocasiões obteve bons resultados para a prefeitura do Recife, com João Braga em 1996 e Daniel Coelho em 2012 e 2016, porém sem atingir vitórias.

Nas eleições de 2018, o partido não conseguiu eleger um único deputado federal e emplacou apenas Alessandra Vieira na Assembleia Legislativa de Pernambuco, enquanto em 2020, não elegeu um único vereador no Recife e perdeu cidades importantes como Gravatá e Santa Cruz do Capibaribe.

É neste cenário que a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, assume hoje o comando do partido. Seu desafio será enorme, pois terá que pelo menos montar chapas proporcionais para eleger representantes na Câmara dos Deputados e na Alepe, bem como considerar a hipótese de formar um palanque para a candidatura presidencial do partido no estado.

Prefeita da cidade mais importante do interior do estado, Raquel Lyra terá agora a necessidade de estadualizar suas articulações se quiser ser uma opção efetiva para a majoritária em 2022, e contará com a importante chegada do ex-senador Armando Monteiro no sentido de construir um partido competitivo, que oficializa seu ingresso hoje na sigla.

Piso – Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a validade da lei federal que prevê a forma de atualização do piso nacional do magistério divulgada pelo Ministério da Educação (MEC). O STF julgou improcedente ação dos estados do Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. Segundo o voto do relator, Roberto Barroso, não procedem os argumentos de que o reajuste do piso nacional deveria ser feito por lei e não de portarias do ministro da Educação.

Leitos – A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o Governo Federal restabeleça imediatamente os leitos de UTI para tratamento da covid-19 no Estado do Piauí, que estavam habilitados pelo Ministério da Saúde até dezembro de 2020 e foram reduzidos, em janeiro e fevereiro de 2021. A determinação foi em ação do Estado do Piauí, que apontou o “abandono do custeio desses leitos pela União, a despeito do notório recrudescimento das taxas de internação decorrentes da doença”.

Marco Maciel – Acometido pela doença degenerativa do Alzheimer, o ex-vice-presidente da República Marco Maciel foi diagnosticado no final de semana com a Covid-19 e acabou internado em um hospital de Brasília.

Marca – O prefeito João Campos anunciou a nova marca da gestão no Recife que simboliza a paridade de gênero. Em vez dos dois leões tradicionais, a marca terá um leão e uma leoa. O prefeito já havia indicado 50% de mulheres para o seu secretariado, evidenciando seu cuidado com a inclusão feminina na cidade.

Inocente quer saber – O PSDB terá novos quadros chegando ao partido?

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Postado por Edmar Lyra às 10:33 am do dia 4 de junho de 2020 1.252 Comentários

O senador Wilson Campos

Nascido em Brejo da Madre de Deus em 1924, Wilson de Queiroz Campos formou-se em economia pela Universidade Católica de Pernambuco no ano de 1950, pouco antes filiou-se a União Democrática Nacional (UDN) e iniciou sua militância política. Comerciante, ele integrou entidades de classe como a Fecomercio e o Sesc. Também atuou na Confederação Nacional do Comércio como diretor.

Nas eleições de 1970, Wilson Campos tenta seu primeiro mandato, disputa o Senado Federal pela Aliança Renovadora Nacional, ao lado do ex-governador Paulo Guerra, eleito como o mais votado do pleito, Wilson conquista a segunda vaga derrotando José Ermírio de Moraes, do MDB.

Ao assumir o mandato como senador em 1971, se destacou em comissões importantes voltadas para o desenvolvimento regional, chegando a representar o Senado em missões oficiais no exterior. Em 1975, Wilson Campos se viu envolvido num escândalo que ficaria conhecido como o Caso Moreno, quando um empresário denunciou um diretor do Bandepe na liberação de um empréstimo para evitar a falência do Cotonifício de Moreno. De acordo com este denunciante, que era diretor da empresa de manufatura de tecidos, o então senador teria pedido 1% de propina e ajuda para a campanha eleitoral no sentido de apressar a liberação do empréstimo. O empresário gravou a conversa que foi divulgada em 4 de janeiro daquele ano.

O áudio não comprovou pedido de dinheiro para a campanha eleitoral de Carlos Wilson, mas ficou subentendido a existência de irregularidades no diálogo entre os dois. O próprio senador Wilson Campos, diante das denúncias, pediu que fosse aberta uma investigação pelo Senado para apurar o acontecido.

O processo de investigação seguiu no Senado até a absolvição da comissão presidida pelo senador Itamar Franco ao pernambucano por falta de provas contundentes. Em 29 de julho daquele ano, o plenário do Senado rejeitou a cassação de Wilson Campos por 29 votos a 21. O senador sofreu pressões para renunciar mas ele preferiu continuar no mandato para provar sua inocência.

Porém, menos de 48 horas depois da decisão do Senado, o presidente Ernesto Geisel decidiu em 1º de julho daquele ano cassar o mandato de Wilson Campos, tornando o pernambucano a ser o único senador da ARENA cassado pela ditadura. Já filiado ao PMDB, nas eleições de 1982, Wilson tenta um mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco e acaba eleito, tornando-se um importante opositor do então governador Roberto Magalhães.

Nas eleições de 1986, com a ida de Carlos Wilson para a vice de Miguel Arraes, Wilson Campos tenta seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados e torna-se deputado constituinte, sendo reeleito nos pleitos seguintes de 1990 e 1994 e tendo atuação destacada na Câmara Federal.

Nas eleições de 1998, tentando seu quarto mandato na Câmara dos Deputados, já pelo PSDB, Wilson Campos obtém 21.885 votos e não renova seu mandato em Brasília, deixando a política no ano seguinte. Com sua saída da vida pública, passou o bastão para os filhos Carlos Wilson, que também foi senador e governador, e André Campos, que foi vereador do Recife e de Jaboatão e deputado estadual.

Em 5 de junho de 2001, vítima de um ataque cardíaco, Wilson Campos encerrou uma trajetória controversa, mas importante na história política de Pernambuco. Além da paixão pela política, Wilson Campos também tinha outra grande paixão, o Clube Náutico Capibaribe, do qual foi presidente no período do hexacampeonato pernambucano.

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Postado por Edmar Lyra às 11:48 am do dia 24 de maio de 2020 1.155 Comentários

O inesquecível Cali

Nascido em 11 de março de 1950, Carlos Wilson Rocha de Queiroz Campos iniciou sua vida pública em 1972 como assessor da presidência do INCRA, posteriormente seria nomeado, no biênio seguinte para a chefia de gabinete daquele órgão. Já em 1974 tentaria, com sucesso, seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados pela Aliança Renovadora Nacional, e assumiria em 1975, o mandato de deputado federal.

No ano de 1978 votou a favor da emenda que extinguia a figura do senador biônico, e atuou dentro do seu partido num grupo que tentava apressar a redemocratização no país. Reeleito naquele mesmo ano, no segundo mandato defendeu a legalização do Partido Comunista Brasileiro e o fim do bipartidarismo no Brasil.

Com a instauração do pluripartidarismo, Carlos Wilson filiou-se ao PP, na época era Partido Popular, para apoiar a candidatura de Tancredo Neves. Mais tarde o partido se fundiria ao MDB, e então Cali passou a integrar o círculo restrito de Ulysses Guimarães. No biênio 1981/1982 foi eleito segundo-secretário da Câmara dos Deputados e em novembro de 1982 seria reeleito para o terceiro mandato de deputado federal.

Apesar de votar a favor da emenda Dante de Oliveira, que estabelecia a volta das eleições diretas no Brasil, viu a tese não ser aprovada por 22 votos na Câmara dos Deputados e consequentemente não avançar para o Senado Federal, e no colégio eleitoral, reunido em 15 de janeiro de 1985, Carlos Wilson votaria a favor de Tancredo Neves para a presidência da República, que viria a falecer em abril e antes o vice José Sarney assumiu interinamente o cargo, sendo efetivado com a morte de Tancredo.

Naquele mesmo ano seria eleito vice-presidente da Câmara dos Deputados e apoiaria a candidatura de Jarbas Vasconcelos, juntamente com Fernando Lyra, a prefeito do Recife pelo PSB contra Sérgio Murilo, candidato do seu partido, afastando-se do senador Marcos Freire. Em 1986, Carlos Wilson foi convidado para ser candidato a vice-governador de Miguel Arraes e foi eleito junto com ele para o posto.

Em 1987, já no mandato de vice-governador foi cotado para o ministério do Interior, contudo o escolhido foi o então deputado federal Joaquim Francisco. Depois de ser sondado para vários ministérios, Cali foi convidado para assumir a superintendência da Sudene pelo presidente Sarney, mas acabou declinando do convite.

Em abril de 1990, com a renúncia de Miguel Arraes para disputar um mandato na Câmara dos Deputados, Carlos Wilson assumiu o governo de Pernambuco, ficando no cargo até a chegada do governador eleito daquele ano Joaquim Francisco, que assumiria em março de 1991.

Após deixar o Palácio do Campo das Princesas, Carlos Wilson assumiu a secretaria Nacional de Irrigação em 1992 no governo Itamar Franco, ficando no posto até 1993. Já no PSDB, Cali chegou à condição de tesoureiro nacional do partido e em 1994 seria candidato a senador. A chapa de Miguel Arraes era composta por Roberto Freire e Armando Monteiro Filho, mas a ligação na mente do eleitor da relação política de Cali com Arraes fez com que ele fosse um dos senadores eleitos daquele pleito como o mais votado, junto com Roberto Freire.

Já no Senado, cujo mandato foi de oito anos, Carlos Wilson disputou o governo de Pernambuco em 1998 pelo PSDB ficando em terceiro lugar, e em 2000 a prefeitura do Recife, já pelo PPS, numa aliança com o PSB. Na eleição de 2000, apesar de ter ficado novamente em terceiro lugar, a campanha de Cali foi fundamental para a derrota de Roberto Magalhães, foi no seu guia eleitoral que o ator Walmir Chagas protagonizou o Mané Chinês, que fazia duras críticas, mas bastante inteligentes, ao então prefeito. E na véspera do primeiro turno, o então prefeito, caindo na provocação de partidários de Carlos Wilson decidiu dar uma banana durante uma carreata na Avenida Boa Viagem.

Aquele episódio, associado ao crescimento de João Paulo, foi fundamental para que houvesse um segundo turno, e a oposição derrotasse, num pleito histórico, o então prefeito, considerado por muitos imbatível, Roberto Magalhães. Em 2002, já no PTB, Carlos Wilson tentou a reeleição para o Senado Federal, porém a força de Jarbas Vasconcelos e Marco Maciel puxou Sergio Guerra e com a abertura das urnas, Cali não conquistaria a reeleição para o Senado Federal.

Sem mandato, mas com uma relação muito próxima com Lula, Cali foi escolhido presidente da Infraero em 2003, sendo responsável pela modernização do aeroporto internacional do Recife, cujo legado persiste até hoje. O trabalho na Infraero o credenciou para ser, já pelo PT, candidato a deputado federal, e com a abertura das urnas foi o sexto mais votado com 141.203 votos.

Aquele seria o seu último mandato, pois em 11 de abril de 2009, vítima de complicações de câncer, viria a óbito com apenas 59 anos de idade, encerrando uma trajetória intensa de um importante homem público de Pernambuco, que foi deputado federal, vice-governador, senador e governador, cultivando muitos amigos e sendo respeitado  e admirado por quem lhe conheceu. Sua rápida partida não permitiu que ele realizasse um grande sonho, que era o de ser prefeito do Recife, porém esse detalhe não apaga a sua brilhante trajetória na política pernambucana e brasileira em pouco mais de 30 anos de vida pública.

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Postado por Edmar Lyra às 9:32 am do dia 19 de maio de 2020 5 Comentários

A mente brilhante de Pernambuco

Nascido no Recife em 1947, Severino Sérgio Estelita Guerra veio de família tradicional de política, seu pai Pio Guerra e seu irmão José Carlos Guerra tinham sido deputados federais. Em 1981 filiou-se ao MDB e no ano seguinte tentou seu primeiro mandato como deputado estadual, sendo eleito naquele pleito, quatro anos mais tarde, já pelo PDT conseguiu seu segundo mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco com 9.899 votos, sendo o penúltimo eleito daquele pleito.

Em 1989 ingressou no PSB e exerceu os cargos de secretário de Indústria, Comércio e Turismo e depois de Ciência e Tecnologia do governo Miguel Arraes. Em 1990 tentaria seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados, e numa chapinha montada com Arraes, foi eleito com 23.999 votos juntamente com Renildo Calheiros, Luiz Piauhylino, Alvaro Ribeiro e Roberto Franca, todos com baixíssima votação arrastados pela força eleitoral de Miguel Arraes, que foi o mais votado daquele pleito. Nas eleições seguintes, ele foi reeleito deputado federal em 1994 e 1998, ambas pelo PSB, e foi novamente secretário de Miguel Arraes.

Com a chegada de Jarbas Vasconcelos ao Palácio do Campo das Princesas, Sergio Guerra se aproximou do então governador, com quem nutria uma excelente relação pessoal e filiou-se ao PSDB. Chegou a ser secretário extraordinário de Jarbas e foi candidato a vice-prefeito de Roberto Magalhães, que tentando a reeleição, acabou derrotado.

Na eleição seguinte, contrariando todos os prognósticos, Jarbas colocou Sergio Guerra na sua chapa, juntamente com Marco Maciel. A escolha de Jarbas criou arestas na União por Pernambuco, que depois culminariam na saída de deputados federais da base de sustentação do então governador.

Durante o processo eleitoral, Jarbas confirmou seu favoritismo, assim como Marco Maciel. Já Sergio Guerra teve um osso duro de roer que foi Carlos Wilson, que tentava a reeleição e mostrava que tinha condições de garantir mais um mandato, porém na reta final, comprovando o histórico de eleições no estado onde o governador geralmente puxa os senadores, Sergio Guerra foi eleito com 1.675.779 votos.

Já no Senado Federal, Sergio Guerra atendeu prefeitos, como sempre fez quando era deputado, e destravou recursos e obras importantes para Pernambuco. Seus oito anos na Câmara Alta resultaram e muitos investimentos para o estado, e mesmo integrando um partido de oposição, o PSDB, Sergio Guerra nutria excelente relação com o então presidente Lula, e por diversas vezes foi procurado pelo presidente para desatar alguns nós de governabilidade.

Os primeiros quatro anos no Senado fizeram de Sergio Guerra um potencial candidato ao Palácio do Campo das Princesas na sucessão de Jarbas Vasconcelos. Diversos prefeitos desejavam que Jarbas o escolhesse para a sua sucessão, inclusive considerando a hipótese do lançamento de duas candidaturas, porém Jarbas cumpriu o acordo e optou por Mendonça Filho. Fora do páreo, Sergio liberou suas bases para Eduardo Campos, que só foi candidato competitivo graças a não candidatura de Guerra, com o sinal verde e o apoio de Inocêncio Oliveira, Eduardo fincou um projeto competitivo que viria a ser vitorioso em 2006.

Ainda no Senado, associado à condição de presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra tornou-se um dos políticos mais influentes do Brasil, integrando importantes comissões e ao mesmo tempo descascando os pepinos do mais importante partido de oposição ao PT. Sergio foi o mais longevo presidente nacional do PSDB, ficando no cargo até março de 2013, quando entregou a presidência ao então senador Aécio Neves.

Em 2010 voltou à Câmara dos Deputados como o sexto mais votado, seria o quarto e último mandato eletivo exercido por ele. Durante os oito anos do governo Eduardo Campos, Sergio Guerra manteve uma relação extremamente cordial e afável com o governador, de quem era muito próximo desde os tempos de Arraes, e acabou se afastando de Jarbas Vasconcelos, que ficou muito chateado com a relação próxima que Sergio e Eduardo tinham.

Em seus mais de trinta anos de mandatos eletivos, Sergio construiu uma trajetória de manter aliados importantes, como Duffles Pires, que foi vice-prefeito de Paulista, Ricardo Teobaldo, que chegaram a romper mas fizeram importantes dobradinhas, Joaquim Neto, prefeito de Gravatá, a ex-deputada Terezinha Nunes e tantos outros nomes que tinham em Sergio um importante líder.

Apesar de parecer carrancudo, Sergio Guerra era bom de conviver, aqueles que tiveram a oportunidade de uma mínima proximidade com ele puderam perceber não só a sua inteligência como a sua capacidade de pensar e executar política todos os dias. Ele sabia ser implacável com adversários, mas também sabia como poucos construir laços que suplantavam a política.

Pelas suas idas e vindas na política, a ex-deputada Cristina Tavares o classificou como uma inteligência à procura de um caráter, tamanha a sua capacidade de agir sem qualquer culpa quando fosse necessário. Também chamava a atenção o fato de Guerra ser afeito a coisas de grife, que a maioria da população jamais terá acesso, como por exemplo colecionar cavalos de raça, sapatos e roupas das mais caras, e um gosto excêntrico que eram as lutas de UFC que ele fazia questão de viajar para assisti-las. Quem era seu companheiro nessas empreitadas foi o jovem deputado Claudiano Filho, que até hoje relembra o seu líder político.

Em 2014, quando se preparava para disputar a reeleição na Câmara dos Deputados, Sergio Guerra veio a óbito no dia 6 de março em decorrência de um câncer de pulmão, ele tinha 66 anos. Apesar de não ser conhecido do grande público, ele se mostrou uma figura ímpar nas articulações políticas de Pernambuco e de Brasília, fazendo muita falta a quem vive o dia a dia da política.

 

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Postado por Edmar Lyra às 9:46 am do dia 15 de maio de 2020 1.129 Comentários

A metamorfose ambulante

O nosso personagem começou sua trajetória eleitoral em 2002, portanto há dezoito anos, quando tentou sem sucesso o mandato de deputado federal pelo então PL. Candidato pela Frente de Esquerda de Pernambuco, que deu sustentação a candidatura de Humberto Costa a governador pelo PT, Alberto Feitosa teve 49.320 votos e ficou na suplência da sua coligação.

Posteriormente, por indicação de Carlos Wilson que aproximara-se de Lula, Feitosa ficou responsável pela superintendência do Aeroporto Internacional do Recife, Cali era o presidente da Infraero à época, e coube a Feitosa a gestão da reforma que deu ao aeroporto recifense uma modernização e a sua colocação no rol dos melhores aeroportos do país.

Em 2006, Feitosa continuou no PL, que viraria Partido da República presidido em Pernambuco pelo lendário Inocêncio Oliveira, que teve papel fundamental na viabilização do projeto de Eduardo Campos. O PR foi um dos cinco partidos que sustentaram o projeto do PSB naquela ocasião. Feitosa foi candidato a deputado estadual pela Frente Popular e obteve 26.993 votos, ficando na segunda suplência da sua coligação.

Como apoiou o governador eleito, Feitosa ascendeu à Alepe, e viria a ser efetivado dois anos depois com a eleição de alguns prefeitos em 2008. E a relação com o PSB se tornou cada vez mais forte, tanto que em 2011 após ser reeleito para a Casa Joaquim Nabuco, foi convidado para assumir a secretaria de Turismo pelo então governador Eduardo Campos. A relação próxima com o PSB e sua competência, é preciso reconhecer, fez dele um dos deputados estaduais mais votados de 2014 após a exitosa passagem pela Setur.

Em 2015 foi convidado pelo prefeito Geraldo Julio para assumir a secretaria de Saneamento do Recife, ficando no posto até 2018 quando desincompatibilizou-se para disputar a reeleição para a Casa Joaquim Nabuco. As urnas apontaram uma queda significativa na votação de Feitosa, caindo de 62.332 votos para 42.303 votos, perdendo cerca de vinte mil de um pleito pelo outro. É importante frisar que neste ínterim, Feitosa trocou o PL pelo Solidariedade.

No processo eleitoral de 2018, Alberto Feitosa foi reeleito novamente pela Frente Popular e não se viu nenhuma crítica ao governador Paulo Câmara e ao prefeito Geraldo Julio. O silêncio se manteve até meados de 2019, quando decidiu adotar uma postura de maior independência em relação ao PSB, de aos poucos, Feitosa que era um expoente do socialismo em Pernambuco mesmo sem ser filiado ao PSB, foi se tornando o mais fervoroso bolsonarista do estado.

Esse ano trocou o Solidariedade pelo PSC na expectativa de ser ungido pelo partido de André Ferreira como nome para a prefeitura do Recife, mais do que isso, sonha em ser o nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro nas eleições deste ano. Em dezoito anos na política, Feitosa está no seu quarto partido, tendo servido a Lula, Eduardo Campos, Geraldo Julio e agora a Bolsonaro. O prefeiturável preferiu ser uma espécie de metamorfose ambulante do que ter a velha opinião formada sobre tudo!

 

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Postado por Edmar Lyra às 13:35 pm do dia 16 de fevereiro de 2020 1.069 Comentários

Blog na História: A aliança que derrotou Miguel Arraes em 1998

Jarbas Vasconcelos derrotou Miguel Arraes por uma diferença de mais de 1 milhão de votos

Com o afastamento de Jarbas Vasconcelos de Miguel Arraes que ocorreu em 1992, a União por Pernambuco começaria a ser gestada em 1994, mas somente efetivada em 1996 na eleição de Roberto Magalhães para prefeito do Recife sucedendo o próprio Jarbas Vasconcelos.

Jarbas era aliado de Arraes e ficou chateado com a postura dele em 1990 quando não disputou o Senado em sua chapa, e acreditava que nunca chegaria ao Palácio do Campo das Princesas se continuasse subordinado ao ex-governador, já o PFL nunca havia conseguido derrotar Arraes de forma direta, perdendo em 1986 com José Múcio e com Gustavo Krause em 1994. Separados, eles não chegariam a lugar nenhum.

O deputado federal José Mendonça Bezerra, importante liderança do agreste e do PFL foi o idealizador de uma aliança que faria frente ao poderio de Arraes, fragilizado pelo escândalo dos Precatórios. A chapa então teve o jovem deputado federal Mendonça Filho no posto de vice, com Jarbas Vasconcelos candidato a governador e José Jorge, também deputado federal, como senador.

A chapa de Miguel Arraes teve Fernando Bezerra Coelho como vice e Humberto Costa na disputa pelo Senado. Naquele ano seria a primeira disputa com chances de reeleição, aprovada em Brasília em 1997 com emenda de autoria de Mendonça Filho, mas como não havia a cultura de reeleição em Pernambuco e o escândalo dos Precatórios agravou a situação de Arraes na busca pelo que seria o seu quarto mandato como governador de Pernambuco.

Mendonça Filho, que viria a ser vice-governador e José Mendonça, idealizador da aliança do PFL com Jarbas Vasconcelos

No decorrer da eleição, nenhuma supresa, uma vez que apesar de ser governador, Arraes chegou ao pleito muito desgastado politicamente e fragilizado eleitoralmente. Com a abertura das urnas em 4 de outubro daquele ano, Jarbas Vasconcelos impôs uma derrota de mais de um milhão de votos de diferença a Arraes, levando consigo o senador José Jorge (PFL).

José Jorge também se elegeu senador na chapa da União por Pernambuco

Também foram candidatos a governador Carlos Wilson (PSDB), Fred Brandt (PHS), Lúcia Albuquerque (PSC) e Joaquim Magalhães (PSTU), também disputaram o Senado Waldemar Borges (PPS), João Olímpio (PSC), Ana Rodrigues (PSN) e Temporal (PSTU).

Deputado federal mais votado daquele pleito, Eduardo Campos ao lado de Miguel Arraes, seu avô

Na disputa para deputado federal, mesmo sendo o pivô do escândalo dos Precatórios, Eduardo Campos foi o mais votado daquele pleito com 173.657 votos, seguido de Inocêncio Oliveira (PFL) e Cadoca (PMDB).

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Postado por Edmar Lyra às 9:00 am do dia 19 de janeiro de 2020 Deixe um comentário

Blog na História: A derrota de Roberto Magalhães em 2000

Jarbas Vasconcelos, Marco Maciel e Roberto Magalhães naquela fatídica eleição 

Este ano está completando vinte anos de uma das eleições mais marcantes da história de Pernambuco, que foi a vitória de João Paulo contra Roberto Magalhães, então prefeito e candidato à reeleição, vários foram os fatores que contribuíram para a vitória de João Paulo, que de azarão acabou chegando ao Palácio do Capibaribe.

O então vice-presidente da República Marco Maciel acompanhou Roberto Magalhães na votação

No ano de 2000, o Recife vivia um momento positivo com uma gestão bem-avaliada liderada pelo prefeito Roberto Magalhães. Dois anos antes, Jarbas Vasconcelos havia derrotado Miguel Arraes e Fernando Henrique Cardoso foi reeleito presidente da República. Havia uma frente política muito forte em torno de Roberto, que contava com a força do então governador Jarbas Vasconcelos e chegou na disputa como franco favorito para vencer a eleição. Naquela ocasião, a União por Pernambuco liderada pelo então governador Jarbas Vasconcelos era um grupo político considerado imbatível para a disputa.

Além de Roberto Magalhães (PFL) e João Paulo (PT), que protagonizaram o segundo turno, a disputa teve Carlos Wilson (PPS), Fred Brandt (PHS), Vicente André Gomes (PDT) e Pantaleão (PSTU).

O monumento de Francisco Brennand não ficou de fora da eleição de 2000

A disputa foi marcada por muitas polêmicas envolvendo o então prefeito, que chegou a entrar armado na redação do Jornal do Commercio por conta de uma matéria do jornalista Orismar Rodrigues, um ano antes, em agosto de 1999. Roberto Magalhães entendeu que ele tinha ferido sua honra e foi tirar satisfações com o jornalista.

Carlos Wilson e Walmir Chagas, o “Mané Chinês”

O episódio foi bastante utilizado pelos seus adversários, em especial Carlos Wilson que utilizou o personagem “Mané Chinês” protagonizado pelo ator Walmir Chagas que fazia duras críticas ao prefeito, mas com muito humor e dizia que Recife iria eleger Carlos Wilson e mandar Roberto Magalhães pra China.

A polêmica banana de Roberto Magalhães/Acervo JC Imagem

Mas este não foi o único episódio que prejudicou Magalhães. Durante uma carreata na Avenida Boa Viagem no último domingo que antecedia a eleição do primeiro turno, ao ser provocado por adversários, o prefeito deu uma banana, que prontamente foi colocada no guia eleitoral, o que atrapalhou ainda mais os planos do prefeito de se reeleger.

A greve da PM que atrapalhou Roberto Magalhães

Outra situação que prejudicou muito a reeleição de Roberto Magalhães foi uma greve da PM deflagrada nas vésperas da eleição. Apesar de o prefeito não ter relação direta, uma vez que segurança pública era dever do então governador Jarbas Vasconcelos, a greve teve papel determinante para desgastar ainda mais a figura de Roberto Magalhães.

Roberto Magalhães em debate na Globo

A eleição ocorreu no dia 1 de outubro de 2000, e as urnas trouxeram Roberto Magalhães com 345.915 votos (49,42% dos votos válidos) e João Paulo com 249.282 (35,62% dos votos válidos). Pela primeira vez na história o Recife iria a um segundo turno em disputa de prefeito.

Carlos Wilson, João Braga e João Paulo em evento de campanha no segundo turno

 

O debate entre os candidatos na Globo no segundo turno

Na segunda etapa, João Paulo contou com o apoio de Fred Brandt, Pantaleão, Vicente André Gomes e Carlos Wilson e cresceu mais de 130 mil votos em relação ao primeiro turno e configurou-se numa das maiores zebras das eleições em Pernambuco. No final João Paulo obteve 382.988 votos (50,38% dos votos válidos) contra 377.153 votos (49,62% dos votos válidos) de Roberto Magalhães no dia 29 de outubro daquele ano.

João Paulo no meio do povo após ser eleito prefeito do Recife

 

Foto: Arnaldo Carvalho/JC Imagem

Assista a trechos do guia eleitoral daquela fatídica eleição:

https://m.youtube.com/watch?v=XQT3K044BzA

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 30 de dezembro de 2017 Deixe um comentário

Coluna do blog deste sábado

Uma eleição histórica se avizinha em Pernambuco 

Desde a redemocratização que tivemos eleições bastante animadas, com destaque para 1986 na volta de Arraes, 1990 para o duelo Jarbas x Joaquim, em 1998 na vitória de Jarbas sobre Arraes e principalmente em 2006 com a espetacular vitória de Eduardo Campos que iniciou o ciclo que até hoje estamos vivenciando em Pernambuco.

Nas eleições do ano que está começando a partir de segunda-feira, caminhamos para ter uma disputa extremamente apimentada, hoje quatro nomes estão efetivamente colocados, que são Marília Arraes, Armando Monteiro, Fernando Bezerra Coelho e o governador Paulo Câmara, que defenderá o legado do seu governo e a hegemonia do PSB em Pernambuco que desde a vitória de Eduardo em 2006 não sabe o que é perder eleição no estado e na capital.

Mais do que o pós-Eduardo, estarão em disputa políticos que até 2012 figuravam o mesmo palanque, que foi erguido de última hora por Eduardo e acabou vitorioso com a eleição de Geraldo Julio no Recife. Ou seja, Fernando, Marília, Armando e Paulo se conhecem como a palma de suas mãos, sabem as forças e as fragilidades de cada um, o que tende a caminhar para uma disputa sangrenta.

Paulo tentando manter a escrita, Fernando com sangue nos olhos para derrotar o PSB, Armando querendo vingar a derrota de 2014 e Marília correndo por fora para tentar repetir o feito de Eduardo em 2006. Todos eles possuem envergadura para o cargo, Marília apesar de ser a mais inexperiente carrega consigo a mística de ser neta de Arraes e prima de Eduardo, com quem rompeu no auge da sua hegemonia no estado, e essas credenciais fazem dela uma candidata interessante na disputa.

Aquele que sair vitorioso em 2018 terá a missão de governar Pernambuco construindo um ciclo próprio, inclusive o atual governador, que sendo reeleito sem a articulação de Eduardo e a comoção da sua morte, se torna um player Ainda maior do que já é. Os demais se vencerem estarão quebrando uma escrita para tentar ser o novo Eduardo, que marcou para sempre o seu nome na história de Pernambuco. Haja coração para a disputa, e tirem as crianças da sala porque essa disputa de 2018 do pescoço pra baixo é canela.

Educação – Durante a semana, a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, inaugurou três unidades estudantis que, juntas, beneficiarão cerca de 1200 estudantes, sendo 180 na Creche Severino Oliveira da Silva, no Residencial Alto do Moura, mais de 700 alunos na Escola Municipal Dom Dino, no Residencial Luiz Bezerra Torres, além de 285 vagas no Centro Municipal de Educação Infantil Guiomar Alves de Lima, situado no mesmo local.

Bodódromo – A Prefeitura de Petrolina e a Codevasf firmaram um convênio para a requalificação de um dos principais polos turísticos e gastronômicos do Sertão. Com investimento de R$ 1,3 milhão, o tradicional Bodódromo receberá obras no próximo semestre. O convênio foi assinado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e Agrário, José Batista da Gama, o superintendente regional da Codevasf, Aurivalter Cordeiro, o vereador Ronaldo Silva e o deputado federal Guilherme Coelho, autor da emenda parlamentar que assegurou os recursos.

Augusto Coutinho – O deputado federal Augusto Coutinho vivenciará em 2018 a melhor situação política da sua vida desde que se elegeu em 2010 para a Câmara Federal. Presidente estadual do Solidariedade, aliado de Paulo Câmara e Michel Temer, possui o vereador Rodrigo Coutinho e o prefeito de Olinda como seus liderados políticos. Tem tudo pra passar dos 100 mil votos no ano que vem.

Escrita – Os senadores Armando Monteiro e Fernando Bezerra Coelho possuem um desafio ainda maior nas eleições de 2018. É que historicamente nenhum senador conseguiu se eleger governador. Tivemos alguns ex-governadores que chegaram ao Senado, como Jarbas Vasconcelos, Etelvino Lins, Nilo Coelho, Paulo Guerra, Marco Maciel e Carlos Wilson mas nunca o inverso.

RÁPIDAS

Júnior Uchoa – Uma das grandes novidades nas eleições de 2018 tende a ser o pré-candidato a deputado federal Guilherme Uchoa Júnior, mais conhecido como Júnior Uchoa. Jeitoso e atencioso com todos, conseguiu ganhar a simpatia de lideranças políticas que sempre acompanharam o deputado Guilherme Uchoa, sendo o sucessor ideal para o seu pai, que se tornou um ícone da política pernambucana.

Feliz 2018 – Gostaria de agradecer a todos os leitores do Blog durante o ano de 2017 quando dobramos o número de acessos em relação a 2016. Desejo a todos um Feliz 2018 de muita paz e harmonia para você e sua família. Voltaremos com a coluna na próxima terça-feira, dia 2 de janeiro.

Inocente quer saber – É importante para o Brasil que Lula seja candidato ou seja condenado pelos crimes que cometeu?

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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