Nascido em 1918 no município de Glória do Goitá, na Mata Norte, Edgar Lins Cavalcanti iniciou sua trajetória como comerciante na Rua Tobias Barreto, vendendo mercadorias alimentícias naquela localidade. Aos poucos, Edgar começou a tornar-se bem-sucedido em seus negócios decidiu em 1962 tentar seu primeiro mandato de deputado estadual pelo Partido Democrata Cristão e logrou êxito na empreitada com 3.753 votos.
Com o regime militar de 1964 que depôs Miguel Arraes, Edgar passa a fazer parte da base de sustentação do governador Paulo Guerra e em 1965, com a adoção do bipartidarismo, filia-se à Aliança Renovadora Nacional, sendo reeleito em 1966 com 4.776 votos, 1970 com 11.086 votos, 1974 com 16.761 votos e 1978 com 13.774 votos, ficando na Assembleia Legislativa de Pernambuco durante vinte anos.
No ramo empresarial, fundou o Café Petinho, indústria de moagem e fabricação de café, no bairro de Afogados na década de 60. Edgar também era proprietário de muitas terras em Pernambuco, em especial a região que compreende Rio Doce em Olinda e o Janga em Paulista, chegando a disputar a propriedade de terras com a família Lundgren, também expoente no ramo industrial de tecidos.
Os habitacionais de Rio Doce foram uma doação do deputado Edgar Lins Cavalcanti à Cohab na época, cujo bairro tem grande importância para a cidade de Olinda. Durante seus vinte anos como deputado pôde vivenciar os governos de Miguel Arraes, Paulo Guerra, Nilo Coelho, Eraldo Gueiros, Moura Cavalcanti, Marco Maciel e José Ramos.
Com muito tino para os negócios, além do Café Petinho, Edgar Lins Cavalcanti também foi proprietário de fonte de água mineral e do Engenho Mangue em São Benedito do Sul, posto de gasolina e outros empreendimentos, que fizeram dele um dos empresários mais bem-sucedidos da época em Pernambuco.
Nas eleições de 1982, já com a volta do pluripartidarismo em 1979, Edgar filiou-se ao PDS, sucedâneo da Aliança Renovadora Nacional, e tentou seu sexto mandato na Casa Joaquim Nabuco, porém não obteve êxito na empreitada, encerrando sua trajetória na vida pública.
A saída da política, que era uma de suas paixões, lhe fez muita falta, pois acostumou-se durante duas décadas a integrar o poder legislativo estadual, vivenciando momentos históricos em Pernambuco, um dos governadores que ele nutriu melhor relação foi com José Francisco de Moura Cavalcanti, com quem passava horas no Palácio do Campo das Princesas.
Em atos institucionais do governo de Pernambuco, acompanhando o governador Moura Cavalcanti, durante um evento ele notabilizou no discurso quando chamou o então governador de Papai Moura, dizendo que Moura era o responsável pela chegada daquela obra na região, sendo bastante aplaudido pela simplicidade de suas palavras.
Nada afeito a questões de etiqueta, Sr. Edgar foi questionado por um garçom do Palácio qual marca de uísque gostaria de tomar, e ele respondeu ’buchanã’. O garçom o corrigiu dizendo ‘Bucanans’ que é a pronúncia do uísque, ele disse: “olhe o rótulo, está escrito buchanã, é esse que eu quero”, o governador Moura Cavalcanti caiu na gargalhada.
Inclusive o nome do Café de sua propriedade foi escolhido Petinho porque, segundo os seus contemporâneos, ele queria dizer pretinho, mas só falava Petinho, e a marca do café se tornou uma das mais importantes e longevas de Pernambuco. Sobre a empresa, Edgar popularizou a marca com a distribuição de brindes e com um moderno sistema logístico para a época, fazendo com que o Café Petinho se tornasse uma das marcas mais populares de todo o Nordeste brasileiro.
No auge da empresa, Luiz Gonzaga, expoente da música nordestina chegou a fazer a propaganda do Café Petinho, o que ajudou a popularizar ainda mais a marca. Como político e como empresário, mesmo sem ter uma formação, Edgar Lins Cavalcanti mostrou sua sagacidade de construir um verdadeiro império partindo praticamente do zero, situação cada vez mais difícil nos dias de hoje.
Em 21 de março de 1991, aos 73 anos de idade, afastado da vida pública e após ter vendido o Café Petinho no início da década de 80, vítima de câncer, Edgar Lins Cavalcanti encerrou sua vida, mas sua obra permanece na mente e no coração dos pernambucanos que conhecem o Café Petinho, que moram no bairro de Rio Doce e puderam desfrutar de um homem público extremamente generoso e comprometido com o desenvolvimento econômico e social do seu estado.






Nascido em Carpina em 1931, Sérgio Murilo Santa Cruz e Silva bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Recife em 1956, e no ano seguinte cursou doutorado em Direito na Universidade de Madri.


Nascido em Nazaré da Mata em 1916, Paulo Pessoa Guerra iniciou sua trajetória profissional em 1935 quando ingressou na Faculdade de Direito do Recife, vindo a bacharelar-se em 1939. No ano de 1938, já sob a vigência do Estado Novo liderado por Getúlio Vargas, é nomeado prefeito de Orobó pelo interventor Agamenon Magalhães em 1939, já em 1940 é nomeado para o cargo de prefeito de Bezerros.
Nascido em 10 de setembro de 1899 em Vitória de Santo Antão, João Cleofas de Oliveira iniciou sua vida acadêmica na Escola Livre de Engenharia de Pernambuco, única opção que existia na época ao curso de Direito na Faculdade de Direito do Recife, transferindo-se para a Escola Politécnica do Rio de Janeiro, vindo a se graduar em 1920. Nesta época o Rio de Janeiro era o Distrito Federal e a capital do país.

Nascido na cidade de Guarabira, na vizinha Paraíba, em 1916, Augusto da Silva Lucena era parente de Henrique Pereira de Lucena, o Barão de Lucena, que no período imperial presidiu algumas províncias e foi deputado-geral, e já no período republicano foi ministro da Agricultura e da Fazenda no governo do Marechal Deodoro da Fonseca e posteriormente ministro do Supremo Tribunal Federal.
Nascido no Recife em 15 de abril de 1915, Pelópidas Silveira formou-se em engenharia pela Escola de Engenharia de Pernambuco, formando-se em 1935 e atuando no setor como assistente. Pelópidas participou da criação do Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco (ITP), em 1943.


Nascido no Recife em 5 de setembro de 1931, Marcos de Barros Freire iniciou sua sua vida pública na política estudantil quando era aluno da Faculdade de Direito do Recife, vindo a concluir o curso em 1955. Naquele mesmo ano, tornou-se oficial de gabinete do então prefeito do Recife Djair Brindeiro. Já na gestão de Pelópidas da Silveira, Marcos Freire exerceu diversos cargos, dentre eles o de chefe de gabinete do prefeito, continuando na prefeitura durante a gestão de Miguel Arraes.




Nascido em 21 de julho de 1940, Marco Antônio de Oliveira Maciel herdou o gosto pela política do pai, José do Rego Maciel, que foi deputado federal por Pernambuco entre 1955 e 1959. Marco Maciel ingressou na Faculdade de Direito do Recife, concluindo seu curso em 1963, mas foi lá que iniciou sua trajetória política sendo presidente do DCE e posteriormente da União dos Estudantes de Pernambuco. A atuação de Maciel se notabilizou por contrapor a narrativa de esquerda da União Nacional dos Estudantes, chegando a desligar-se dela com um manifesto público.





Nascido no Recife em 1938, Fernando Soares Lyra formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Caruaru. Filho de João Lyra Filho, que foi deputado federal e prefeito de Caruaru, Fernando começou sua vida pública como deputado estadual em 1966, quando tentou pelo MDB seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco aos 28 anos de idade.