Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 18 de fevereiro de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta sexta-feira

Foto: Reuters/Ueslei Marcelino

Lula precisará reforçar diálogo com o centro para vencer em outubro 

Bem posicionado em levantamentos para presidente da República, o ex-presidente Lula, que já avançou para ter o ex-governador Geraldo Alckmin, seu adversário nas eleições de 2006, como candidato a vice-presidente. A própria inclinação para ter Alckmin em sua chapa já é um importante aceno ao centro, mas não é suficiente para garantir sua vitória, é preciso moderar o discurso e as propostas no sentido de buscar insatisfeitos com o presidente Jair Bolsonaro.

Esse eleitor é mais refratário ao Partido dos Trabalhadores e à própria figura de Lula, que tem muita força no Nordeste, mas enfrenta resistências significativas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, colégios eleitorais representativos e avessos às pautas defendidas pelo PT, vide as eleições para prefeito em 2020 nas capitais, quando o partido ficou pela primeira vez sem um prefeito entre as 26 capitais brasileiras, mesmo no Nordeste onde Lula é muito forte.

Por mais que Lula seja contrário a fazer um mea-culpa, talvez fosse necessário reconhecer os equívocos adotados pelo partido e buscar um voto de confiança baseado nos avanços econômicos e sociais patrocinados pelo seu governo entre 2003 e 2010, por mais que muitos menosprezem o presidente Jair Bolsonaro, ele conseguiu manter um eleitorado resiliente diante da pandemia, tal como o próprio Lula obteve no auge do mensalão. Não se pode menosprezar também o bolsonarista envergonhado, que não faz a defesa do atual presidente mas teme a volta do PT, o que poderá capitalizar o presidente rumo a uma recuperação diante do arrefecimento da pandemia e da própria retomada econômica que possibilitou 2,7 milhões de empregos gerados em 2021 e um crescimento do PIB do ano passado cada vez mais próximo dos 5%. A própria inflação, que hoje é um problema do governo Jair Bolsonaro, que corroeu o poder de compra da população, já dá sinais de que poderá cair em relação a 2021.

A causa da inflação se deu eminentemente pelos efeitos nefastos da pandemia, que impactou nas cadeias produtivas do mundo, mas com a volta paulatina da atividade econômica, ela pode ter um resultado melhor em 2022. Portanto, caminhar para o centro e manter a humildade e a prudência são pontos fundamentais para Lula consolidar seu favoritismo.

Ofensiva tucana – A filiação de Débora Almeida, ex-prefeita do PSB, que vai ocorrer nesta sexta-feira, 18, em São Bento do Una, mostra uma ofensiva na base governista da Prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), que tem nome cotado para concorrer ao Governo do Estado. Raquel, que também é presidente estadual do partido tucano, tem percorrido todo o Estado para realizar filiações e estreitar conversas com lideranças regionais com o objetivo de construir chapas proporcionais competitivas para as eleições de outubro.

Anúncio – Se Raquel Lyra anunciará a filiação de Débora Almeida ao PSDB, o prefeito Miguel Coelho, também pré-candidato a governador, anunciará a chegada do ex-deputado Edson Vieira e da deputada Alessandra Vieira ao União Brasil, ambos provenientes do PSDB de Raquel nesta sexta-feira. Os grupos de Miguel e Raquel estão disputando taco a taco os nomes que estão na oposição ao PSB em Pernambuco.

Inocente quer saber – Quando o PSD abrirá mão da candidatura própria para apoiar Lula?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 14 de fevereiro de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Divulgação

Quadro da sucessão estadual começa a cristalizar 

O ano de 2022 ficará marcado pela hegemonia de dezesseis anos do PSB iniciada no já distante ano de 2006, de lá pra cá foram quatro vitórias socialistas para o Palácio do Campo das Princesas e as últimas três disputas pela prefeitura do Recife foram vencidas por candidatos socialistas.

Caberá ao deputado federal Danilo Cabral a incumbência de manter a hegemonia do PSB em Pernambuco como candidato a governador, ele contará com o apoio do PT, do ex-presidente Lula, do governador Paulo Câmara, do prefeito João Campos e de diversos partidos da Frente Popular, ainda falta definir os demais cargos da chapa majoritária, mas ao que tudo indica o PT ficará com a vice ou o Senado e a outra vaga será destinada a uma legenda mais ao centro que integra Frente Popular, como PSD, PP, PDT ou Republicanos.

A segunda chapa praticamente definida é a que terá a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), e o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), ficando Raquel como candidata a governadora e Anderson candidato a senador. A terceira chapa que deverá ser oficializada é a do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil), que conta com o apoio do Podemos, e por fim o ministro do Turismo, Gilson Machado (PSC) deverá ser o candidato de Jair Bolsonaro em Pernambuco a governador, podendo este ter o apoio do PTB estadual, que deverá indicar o senador.

Ainda existem partidos como PDT e MDB que, apesar de integrarem a Frente Popular, poderão, pela conjuntura nacional, apoiar outro projeto, que pode ser o de Miguel Coelho, mas dificilmente estes dois partidos terão candidaturas próprias a governador. Com o desenho do quadro que se estabelece, a Frente Popular, que esteve dividida em 2020 no Recife em duas candidaturas, estará unida em torno de Danilo Cabral, enquanto os partidos de oposição permanecerão fragmentados na disputa deste ano.

No páreo – O deputado federal André de Paula (PSD) já decidiu que não será candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Danilo Cabral (PSB). Ele segue no páreo pelo Senado Federal e aguarda a conjuntura nacional para viabilizar seu projeto, caso não dispute a Câmara Alta, será candidato à reeleição em outubro.

Chapa – Após um jantar na casa de Fernando Haddad em São Paulo, a chapa encabeçada pelo ex-presidente Lula terá mesmo Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente. Eles, que foram adversários na disputa presidencial de 2006, deverão ser oficializados até meados de março. O partido de Alckmin permanece indefinido, mas deve ser mesmo o PSB, caso o PSD não apoie a candidatura de Lula.

Requisitado – Desde que teve seu nome praticamente oficializado como pré-candidato do PSB a governador na última sexta-feira, o deputado federal Danilo Cabral tem recebido muitas declarações de apoios de prefeitos, deputados e lideranças em geral e seu telefone não para de tocar com pedidos de agendas em diversos municípios.

Inocente quer saber – Quem será o primeiro postulante da terceira via a anunciar a desistência de concorrer às eleições deste ano?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 7 de fevereiro de 2022 2.476 Comentários

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Divulgação

PSD ganha força para ser chapa alternativa da Frente Popular 

Daqui a menos de trinta dias, mais precisamente no dia 2 de março, se iniciará a janela partidária para mudança de legenda de quem tem mandato eletivo, no caso os deputados estaduais e deputados federais, cujo encerramento acontecerá no dia 2 de abril, data limite para o prazo de filiação de quem for disputar mandatos eletivos em 2022.

Na Frente Popular, há um consenso que muitos parlamentares, em especial os deputados federais, teriam dificuldades para ingressar na federação que terá PT, PSB, PCdoB e PV, em vias de se oficializar, uma vez que são apenas 26 vagas e dessas seriam oito mulheres, o que dificultaria abrigar todos os postulantes a mandato na Câmara dos Deputados.

Outro fator é que muitos parlamentares teriam dificuldade de migrar para a federação, haja vista que seus mandatos seriam extremamente engessados se porventura outro candidato que não seja Lula for eleito em outubro, em especial o atual presidente Jair Bolsonaro, o que representaria uma federação extremamente radical em oposição a Bolsonaro, e com isso muitos deputados que hoje são integrantes da Frente Popular e em Brasília votam com o Planalto, ficariam em situação desconfortável.

Havia uma dúvida entre MDB e PSD sobre quem poderia representar essa chapa alternativa, porém com os rumores de federação do MDB com União Brasil ou até mesmo o PSDB, o processo avança para que o PSD, aliado de primeira hora do PSB desde sua fundação em 2011, seja o destino dos parlamentares que teriam dificuldade de montar chapa.

O próprio dirigente do PSD, André de Paula, caso não seja candidato majoritário, teria sérias dificuldades de montar a chapa sozinho, e isso se repete para Raul Henry (MDB), Augusto Coutinho (Solidariedade), Sebastião Oliveira (Avante) e Wolney Queiroz (PDT), além de candidatos que teriam dificuldade de ingresso no PSB, então o partido de Gilberto Kassab poderia ser uma opção segura para que estes parlamentares ingressem na disputa de 2022 sem grandes riscos não só no sentido eleitoral como do exercício do mandato propriamente dito.

13º do Bolsa-Família – O governador Paulo Câmara anuncia, nesta segunda-feira, o pagamento do 13º salário para beneficiários do Bolsa Família de Pernambuco. O programa estadual é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ). Os detalhes serão repassados no Palácio do Campo das Princesas.

Encontro – Os prefeitos Miguel Coelho e Raquel Lyra, ambos pré-candidatos ao Palácio do Campo das Princesas, tiveram um encontro no último sábado. Apesar de não terem divulgado detalhes do que foi conversado, há rumores de que os dois sinalizaram pela manutenção de seus respectivos projetos.

Podemos – Hoje, no Mar Hotel, a partir das 14 horas, o prefeito Miguel Coelho receberá oficialmente o apoio do Podemos a sua pré-candidatura ao governo de Pernambuco, o ato contará com a presença dos deputados federais Renata Abreu e Ricardo Teobaldo, presidentes nacional e estadual, respectivamente, do Podemos.

Inocente quer saber – André de Paula estará na chapa majoritária da Frente Popular como vice-governador ou senador?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 2 de fevereiro de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta quarta-feira

Foto: Agência Senado

Luciano Bivar segue estratégico para desenho das eleições 

Pela terceira eleição seguida, o deputado federal Luciano Bivar está no centro das articulações da conjuntura de uma disputa majoritária, em 2018 através do seu PSL foi fundamental para direcionar a vitória de Jair Bolsonaro na disputa pela presidência da República. O então deputado federal vinha enfrentando dificuldades para ter a garantia da legenda para disputar o Planalto, enquanto Bivar tinha dúvidas se o seu partido superaria a cláusula de barreira. O casamento foi exitoso para as duas partes e não só Bolsonaro foi eleito como o PSL se tornou um dos maiores partidos do Brasil.

Na disputa pela prefeitura do Recife em 2020, o PSL vinha namorando com a pré-candidatura do deputado federal Daniel Coelho (Cidadania), e havia uma clara disputa na oposição, a decisão do PSL de lançar Carlos Andrade Lima inviabilizou a permanência de Daniel no páreo e pulverizou a oposição em seis candidaturas, tirando a centro-direita do segundo turno.

Na sucessão de Paulo Câmara em 2022, em vias de oficializar o União Brasil, fruto da fusão entre PSL e Democratas, Luciano Bivar está novamente no centro das atenções, pois é presidente nacional do partido que tem a pré-candidatura de Miguel Coelho a governador, e na última segunda-feira almoçou com o governador Paulo Câmara no Palácio do Campo das Princesas, o encontro abriu uma série de especulações se o União Brasil manterá a postulação de Miguel ou se fará a travessia para a Frente Popular, e qualquer que seja a definição dada por Bivar, terá papel determinante no desenho da eleição para governador em outubro.

Credenciais – O deputado federal André de Paula (PSD), assim como seus colegas de Câmara dos Deputados que pleiteiam a vaga, está devidamente credenciado para representar a Frente Popular na disputa pelo Senado Federal. Dirigente de partido, seis mandatos na Câmara Federal, secretário de Agricultura e Cidades, e nenhuma mácula em sua trajetória. As críticas direcionadas ao fato de ter se aliado a esquerda por ser de origem de direita não se lastreiam na realidade nem possuem aderência perante a sociedade, haja vista que diversos políticos das mais variadas matizes ideológicas chegaram a se unir a figuras em outrora antagônicas e nunca foram crucificados por isso.

Fundão – Em parecer enviado ao STF, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou não haver inconstitucionalidade na emenda que incluiu na Lei de Diretrizes Orçamentárias a verba do fundão eleitoral. O dispositivo foi contestado pelo Partido Novo. Para Aras, a emenda seguiu todos os trâmites legais sem ofender regras ou princípios previstos na Constituição.

Firme – O prefeito de João Alfredo, Zé Martins, apesar de filiado ao PSB, disse estar bastante confiante no projeto de Miguel Coelho (União Brasil) como pré-candidato a governador de Pernambuco. Martins promete garantir uma expressiva vitória ao atual prefeito de Petrolina nas eleições de outubro em seu município.

Inocente quer saber – Quais políticos atualmente nunca mudaram de lado em Pernambuco?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 1 de fevereiro de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta terça-feira

Crédito: Bolsonaro: Andressa Anholete / Lula: Minas/Bloomberg/Getty Images)

Nacionalização da disputa será inevitável em Pernambuco 

A oposição, que tem três pré-candidaturas efetivamente colocadas, Anderson Ferreira (PL), Miguel Coelho (União Brasil) e Raquel Lyra (PSDB), além da possibilidade do ministro Gilson Machado (PSC) também disputar o Palácio do Campo das Princesas, tem repisado a tese de que a eleição em Pernambuco será estadualizada, com os problemas locais em primeiro plano relegando a questão nacional ao segundo plano. Os prefeitos Anderson Ferreira e Miguel Coelho, em algumas entrevistas, chegaram a deixar claro essa estratégia.

Em que pese justificar a tentativa por parte da oposição de estadualizar o debate, ele não se lastreia na realidade, uma vez que diferente da eleição municipal que é uma eleição descasada e extremamente local, a disputa presidencial acaba de alguma maneira respingando no pleito estadual devido a coincidência da data de votação e da campanha propriamente dita.

O quadro se agrava com a presença do ex-presidente Lula na disputa, devido o legado do seu governo para Pernambuco e o fato de o petista ser um pernambucano que leva o nosso estado para as discussões nacionais. Até pela própria natureza do povo pernambucano, extremamente bairrista e politizado, beira a utopia achar que o componente nacional não terá influência em Pernambuco numa eleição que tem Lula disputando novamente o Palácio do Planalto.

Por mais que a oposição queira desvincular-se desta tentativa de nacionalização por parte da esquerda e da própria Frente Popular, não será tarefa das mais fáceis, cabendo ao grupo buscar estratégias que fujam da dicotomia Lula x Bolsonaro que certamente influenciará no pleito local como aconteceu em disputas anteriores, como por exemplo a disputa de 2018 da narrativa do “time de Temer” e da própria eleição de 2006, quando a força de Lula alavancou Eduardo Campos e Humberto Costa no primeiro turno e garantiu uma vitória acachapante a Eduardo Campos sobre Mendonça Filho no segundo turno daquele pleito.

Ranking – O último ranking de Connected Smart Cities, de 2021, que analisou 677 municípios do Brasil acima de 50 mil habitantes, apresentou Ipojuca como 1° colocado na área de Segurança entre as cidade de 50 a 100 mil habitantes. E no ranking geral dos 677 municípios brasileiros avaliados, a Segurança ipojucana ficou em 2° lugar, perdendo apenas para São Caetano do Sul (SP).

Ações – Investimentos realizados pela gestão da prefeita Célia Sales na área de Segurança per capita, reduções na taxa de homicídios (em 2021 Ipojuca alcançou a menor taxa desde a série histórica de 2004), ações de valorização da corporação da Guarda Municipal, além da Central de videomonitoramento com 129 câmeras, e articulação com outros órgãos, compuseram os indicadores do ranking.

Dobradinha – A deputada estadual Roberta Arraes fechou uma importante dobradinha com Aluízio Coelho, que filiou-se ao PP para disputar um mandato na Câmara dos Deputados. Ex-candidato a prefeito de Araripina, Dr. Aluízio, como é mais conhecido poderá sair do Araripe com 30 mil votos, fortalecendo a chapa proporcional do partido presidido pelo deputado federal Eduardo da Fonte.

Inocente quer saber – Sai essa semana o nome do candidato a governador da Frente Popular?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 31 de janeiro de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A importância de PP, PSD, MDB, PDT e Republicanos para a Frente Popular

O PSB possui uma hegemonia que completará dezesseis anos em Pernambuco com quatro vitórias para o Palácio do Campo das Princesas e três para a Prefeitura do Recife, mas as vitórias obtidas pelo partido se deram pelo conjunto de forças da Frente Popular e não necessariamente pelo apoio de um partido específico.

Nas vezes em que Miguel Arraes foi governador no período democrático, em 1986 e 1994, buscou nomes mais ao centro, garantindo ao seu projeto uma pluralidade política e ideológica, o mesmo aconteceu com Jarbas Vasconcelos, Eduardo Campos e Paulo Câmara, que tiveram em suas respectivas chapas nomes de posicionamentos até antagônicos.

É neste contexto que se insere a formação da chapa majoritária da Frente Popular nas eleições deste ano, cabendo ao PSB a necessidade de reconhecer a importância do PT para o êxito do seu projeto, garantindo-lhe espaço na chapa majoritária, mas sem desconsiderar o peso e a representatividade de PP, PSD, MDB, PDT e Republicanos, que têm legitimidade de figurar na composição majoritária tanto do ponto de vista político quanto eleitoral, uma vez que todos esses partidos possuem cerca de 30 parlamentares na Câmara dos Deputados, garantindo ao projeto liderado pelo PSB a competitividade necessária para a disputa de outubro.

Portanto, na composição da chapa majoritária da Frente Popular, ainda que seja muito importante a presença do PT, o PSB não poderá negligenciar a possibilidade de ter um desses partidos extremamente representativos em um dos três cargos que estarão em jogo na disputa de outubro.

Fora – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que recentemente filiou-se ao PSD, já admite reservadamente que não será candidato à presidência da República nas eleições deste ano. Com apenas 1% nas pesquisas, Pacheco percebeu que não tinha viabilidade eleitoral, o que facilita um entendimento do PSD de Gilberto Kassab com a postulação do ex-presidente Lula.

Reeleição – Outro que também pode sair da disputa pelo Palácio do Planalto é o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que figura com apenas 2% em todas as pesquisas mesmo sendo governador do maior estado da federação. Ele teve uma melhora de sua avaliação junto ao eleitorado paulista, o que poderia justificar uma tentativa de reeleição em vez de aventurar-se na disputa presidencial.

Candidato – Por falar em São Paulo, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, será candidato a governador de São Paulo pelo PL com o apoio do presidente Jair Bolsonaro. Tarcísio tem feito um grande trabalho na sua pasta, sendo bastante elogiado até pelos adversários do presidente Jair Bolsonaro, o que o credencia para tentar o Palácio dos Bandeirantes em outubro.

Destino – O MDB, presidido pelo deputado federal Raul Henry, poderá ser o destino do deputado federal Augusto Coutinho, que atualmente encontra-se no Solidariedade. Coutinho só migrará de sigla se não conseguir montar chapa no seu atual partido.

Inocente quer saber – Qual partido mais ao centro será contemplado na majoritária da Frente Popular?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 29 de janeiro de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha deste sábado

Foto: Chico Bezerra

Anderson Ferreira consolida protagonismo na RMR

Prefeito da segunda maior cidade de Pernambuco, Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL) está decidido a renunciar ao cargo para ser candidato majoritário nas eleições de 2022.

O gestor, que já havia se consolidado como a maior liderança do segmento evangélico em Pernambuco, também conseguiu um protagonismo jamais visto para um prefeito de Jaboatão, cidade que apesar do seu representativo eleitorado, sempre ficava a reboque do Recife e de outras cidades menores. A transformação desempenhada por Anderson Ferreira em Jaboatão dos Guararapes na educação, na infraestrutura e na questão social, onde contou com dois prêmios da ONU, o credenciou para ser uma das principais lideranças da oposição para a disputa majoritária deste ano.

Podendo ser candidato a governador ou a senador pelo PL em outubro, Anderson terá como trunfo o fato de ser a liderança da oposição melhor posicionada, tanto pelo tamanho do eleitorado do seu município como também pela questão geográfica, haja vista a proximidade da sua cidade com a capital pernambucana na Região Metropolitana que compreende o maior colégio eleitoral do estado.

Duas vezes prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira também foi deputado federal por dois mandatos, tendo obtido uma expressiva votação nas eleições de 2014 figurando entre os mais votados daquele pleito e com números extremamente representativos na Região Metropolitana do Recife. A sua passagem por Brasília também fez com que ele obtivesse trânsito e muita capacidade de articulação na capital federal para destravar ações para Jaboatão e para Pernambuco como um todo.

Prestes a deixar a prefeitura em abril, Anderson Ferreira também conta com partidos importantes para o seu projeto, além do seu PL, o gestor tem o apoio do PSC, do deputado federal André Ferreira, que foi o federal mais votado da oposição em 2018 com 175 mil votos, tem também o deputado federal Fernando Rodolfo, um parlamentar em franca ascensão na Câmara dos Deputados, e lidera um grupo que elegeu três vereadores do Recife, seis deputados estaduais e mais de vinte prefeitos, e ainda possui ex-prefeitos e grupos de oposição nos municípios nas diversas regiões do estado.

Triplex – Em razão da extinção da punibilidade pela prescrição, a 12ª Vara Federal do Distrito Federal arquivou a ação contra o ex-presidente Lula (PT) no caso do tríplex do Guarujá. Em dezembro do ano passado, o Ministério Público Federal se manifestou pelo arquivamento do processo.

Desempenho – O governo Jair Bolsonaro encerrou 2021 com um déficit de apenas R$ 35 bilhões, o melhor desempenho fiscal em sete anos. Vale ressaltar que 2021 se deu sob o prisma dos efeitos da pandemia que impactaram negativamente na economia e nas contas públicas.

Remoto – Pelo aumento significativo de casos de covid-19 e de gripe no Distrito Federal, o Supremo Tribunal Federal autorizou as unidades administrativas a adotarem regime de teletrabalho até 28 de fevereiro. As sessões serão realizadas inteiramente por videoconferência.

Inocente quer saber – Qual será a vantagem de Lula sobre Bolsonaro em Pernambuco nas urnas?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 28 de janeiro de 2022 1.187 Comentários

Coluna da Folha desta sexta-feira

Foto: Divulgação/Folha de Pernambuco

Conjuntura nacional é equivalente para postulantes ao Senado na Frente Popular 

A Frente Popular tem pelo menos quatro postulantes ao Senado de partidos que integram a base de sustentação do PSB, todos eles são deputados federais, André de Paula (PSD), Eduardo da Fonte (PP), Wolney Queiroz (PDT) e Silvio Costa Filho (Republicanos), além do próprio PT, que não tem um nome natural para indicar mas possui envergadura política caso decida indicar uma opção.

O fato é que a conjuntura nacional aponta para neutralidade dos partidos dos postulantes ou alinhamento com adversários de Lula, a exemplo do Republicanos de Silvio Costa Filho, que está entre apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro ou ficar neutro, no caso do PSD de André de Paula, o partido de Gilberto Kassab flerta com Lula mas tem a pré-candidatura de Rodrigo Pacheco colocada e não descarta ficar neutro na disputa presidencial. O PDT de Wolney Queiroz, por sua vez, recentemente confirmou que manterá a postulação de Ciro Gomes a presidência da República e por fim o PP de Eduardo da Fonte estará com a reeleição de Jair Bolsonaro, que tem em seu presidente nacional, o senador licenciado Ciro Nogueira, a condição de ministro da Casa Civil e coordenador da reeleição do presidente.

Portanto, todos os postulantes estariam, ao menos no âmbito nacional, em condição de igualdade, o que exigiria algum movimento diferente para consolidar o senador, a exemplo da formalização do apoio do partido à postulação de Lula, ou ainda que isso não acontecesse, tivesse uma benção conjunta de Lula e do governador Paulo Câmara para consolidar a candidatura. Passado o processo de definição do candidato do PSB a governador, essa questão do Senado deverá levar em conta fatores de ordem política, pessoal e até mesmo de projetos futuros, para sair a definição de toda a chapa completa, que pode acontecer até o próximo dia 10 de fevereiro, de acordo com uma fonte que integra a Frente Popular.

Circulando – Em busca do terceiro mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a deputada estadual Roberta Arraes (PP) tem intensificado suas agendas em diversas regiões do estado. Seu objetivo é ampliar sua votação e ter uma reeleição segura para a Casa Joaquim Nabuco, a parlamentar é uma das principais aliadas do deputado federal Eduardo da Fonte, presidente estadual do seu partido.

Miguel Coelho – Acometido pela Covid-19, o prefeito de Petrolina e pré-candidato a governador pelo União Brasil, Miguel Coelho, está com sintomas leves e deverá retomar suas andanças pelo estado na próxima semana após cumprir alguns dias de isolamento. Miguel teve a notícia da avaliação de 88% de aprovação da sua gestão em Petrolina que ajuda a impulsionar sua postulação ao Palácio do Campo das Princesas.

Campeão – No primeiro mandato como deputado federal, André Ferreira, que está de malas prontas para se filiar ao PL, foi o deputado mais votado da oposição com 175 mil votos. Para a reeleição este ano, já se projeta uma votação para o parlamentar na casa dos 200 mil votos, figurando novamente entre os mais votados.

Inocente quer saber – Qual será o fator determinante para a escolha do senador da Frente Popular?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 25 de janeiro de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta terça-feira

Foto: Ricardo Stuckert

Lula precisará caminhar para o centro para consolidar favoritismo 

Cinco vezes candidato a presidente da República, Lula obteve duas vitórias para o Palácio do Planalto em 2002 e 2006, e tornou-se  um dos principais nomes da política brasileira. Em 1989, 1994 e 1998, Lula foi derrotado porque passava uma imagem extremamente radical para o eleitor, que as vezes tinha medo de uma eventual vitória sua por conta das teses e dos discursos proferidos por ele e pelo PT.

Para chegar a sua primeira vitória em 2002, Lula contou com uma repaginada em seu visual, adotou uma postura mais comedida e consolidou sua mudança de postura ao apresentar a Carta aos Brasileiros comprometendo-se a manter o tripé macroeconômico do câmbio flutuante, das metas de inflação e da responsabilidade fiscal, o que foi um aceno extraordinário para o mercado financeiro. Um dos principais responsáveis pela mudança de postura foi o seu marqueteiro Duda Mendonça que transformou Lula num candidato mais palatável a setores da sociedade que acabou culminando na sua vitória há vinte anos.

Líder absoluto nas pesquisas de 2022, Lula precisará fazer movimento semelhante para consolidar sua vitória contra o presidente Jair Bolsonaro, sobretudo se precisar ir ao segundo turno contra o seu principal adversário. Mas o grande calo de Lula não é necessariamente as questões macroeconômicas e o medo de um governo seu como em 2022, e sim o desgaste do PT perante parte significativa da sociedade. A eleição de Lula passa, sobretudo, por diminuir o protagonismo do Partido dos Trabalhadores na sua campanha. Apesar de as histórias de Lula e do PT se confundirem, é indiscutível que Lula conseguiu suplantar o tamanho da sua criação, e o lulismo é muito mais representativo que o petismo.

Caminhar para o centro e evitar um discurso sectário do PT e de setores da esquerda será uma medida extremamente interessante no sentido de conquistar partidos e eleitores mais inclinados ao centro, e a partir de então consolidar sua vitória num provável segundo turno contra Jair Bolsonaro nas eleições de outubro deste ano.

Dissidência – O presidente estadual do PP, deputado federal Eduardo da Fonte, afirmou que abrirá dissidência em Pernambuco para apoiar a candidatura de Lula a presidente. O PP é um dos principais partidos da Frente Popular, estando aliado ao PSB desde 2006 e Eduardo possui uma relação muito boa com Lula e o PT.

Obras – O deputado federal Tadeu Alencar (PSB) comemorou a notícia de que as obras de revitalização do Parque das Esculturas foram iniciadas na última semana. O projeto da Prefeitura do Recife contou com uma emenda de R$ 3 milhões enviada pelo parlamentar.

OAB-PE  – O presidente da OAB Pernambuco, Fernando Ribeiro Lins, já começou sua gestão cumprindo uma promessa de campanha reduzindo a anuidade dos advogados pernambucanos. Fernando Ribeiro Lins e os demais integrantes da diretoria da OAB Pernambuco tomarão posse no dia 8 de fevereiro no Teatro Beberibe do Centro de Convenções.

Inocente quer saber – As críticas de Ciro Gomes a Lula ganharão alguma ressonância na sociedade?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 24 de janeiro de 2022 1.282 Comentários

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Percepção econômica ditará rumo da eleição presidencial 

O presidente Jair Bolsonaro está prestes a encerrar o mês de janeiro com uma desaprovação significativa perante o eleitorado, onde houve um recrudescimento da sua rejeição. Esse sentimento é uma consequência dos efeitos sociais e econômicos da pandemia e da atuação do presidente no combate à Covid-19.

Com uma inflação em dois dígitos corroendo o poder de compra da população e um crescimento econômico projetado para menos de 1% em 2022, será preciso que o presidente Jair Bolsonaro possibilite mecanismos que garantam respostas rápidas na economia, haja vista que apesar da postura crítica em relação à vacinação, partiu do governo federal a compra de todas as doses já distribuídas e aplicadas, o que denota uma comunicação incompetente por parte do governo e do próprio presidente que não souberam capitalizar o efeito positivo da vacinação.

A viabilização do Auxílio Brasil e do Vale Gás, atrelada a um crescimento econômico um pouco melhor do que o projetado, já que o Brasil recuperou em 2021 o baque econômico causado pela pandemia em 2020, podem ser ativos importantes na eleição, uma vez que a economia é quem dita os rumos da política.

Para efeito de comparação, no início de 1994, antes da viabilização do Plano Real que foi entregue em julho daquele ano, Lula estava disparado em todas as pesquisas, enquanto o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que sequer pensava em disputar a reeleição para o Senado por São Paulo por falta de votos, tinha apenas um dígito. A partir do momento que a população teve a percepção da retomada econômica causada pelo fim da hiperinflação, FHC cresceu como um foguete e venceu a disputa em primeiro turno.

Se quiser efetivamente ter alguma chance de reeleição, o presidente Jair Bolsonaro terá que criar mecanismos que melhorem a percepção do eleitor sobre a economia, através da redução da inflação, da geração do emprego e da distribuição de renda. Se porventura houver um crescimento melhor do que o projetado, Bolsonaro poderá ter alguma chance, mas precisará ser competente na comunicação para capitalizar eventuais efeitos positivos da recuperação econômica.

Timing – Assim como aconteceu com Fernando Henrique Cardoso em 1994, quando começou a sinalizar crescimento nas pesquisas em junho daquele ano, Jair Bolsonaro tem até junho deste ano para dar respostas mais efetivas à população, para talvez chegar em condições de disputas para enfrentar o ex-presidente Lula. Se a economia estiver em frangalhos, Lula irá surfar na onda de mudança.

Pandemia – No mundo inteiro começa a se formar um consenso de que a variante ômicron poderá representar o fim da pandemia da Covid-19, se porventura isso se confirmar, será um alento pra todos nós que perdemos entes queridos e sofremos os efeitos nefastos da pandemia, não só ceifando vidas como prejudicando toda a cadeia produtiva gerando desemprego, inflação e fome nos quatro cantos do mundo.

Inocente quer saber – Há alguma melhora na percepção econômica em curso por parte do eleitor brasileiro?

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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