Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 13 de novembro de 2018

Coluna do blog desta terça-feira

Democratas tem sua menor representação na Câmara Federal 

Sucedâneo da Aliança Renovadora Nacional, o Democratas já foi PFL e PDS, e foi responsável por um grande protagonismo na política estadual e nacional até a década de 2000, porém desde a chegada do PT à presidência da República que viu sua relevância diminuir de forma significativa. Nas eleições deste ano, mesmo dispondo de uma estrutura significativa, por ocupar espaços no governo Michel Temer, e atrair filiados para a sua bancada em Brasília, chegando a mais de 40 deputados, novamente o partido teve um resultado aquém das expectativas, elegendo apenas 29 deputados federais.

Em Pernambuco, no ano de 1986, já na eleição que marcou a redemocratização, o partido era PDS e elegeu 11 deputados federais naquela ocasião, porém, três décadas depois, a legenda emplacou apenas um deputado federal, o ex-ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, e três deputados estaduais, muito pouco para quem já teve governadores representativos em Pernambuco como Joaquim Francisco, Marco Maciel, Gustavo Krause e Roberto Magalhães.

O partido em Pernambuco sofreu baixas importantes ao longo do tempo, como a saída de Inocêncio Oliveira que foi para o PR, Augusto Coutinho que foi para o Solidariedade e André de Paula que assumiu o comando do PSD. Além do mais, expoentes do partido faleceram ou saíram da vida pública como José Mendonça, Marco Maciel, Roberto Magalhães, Joaquim Francisco, José Jorge e Gustavo Krause.

Para o futuro, o partido precisará passar por uma reoxigenação, pois em 2016 pela primeira vez na história, o Democratas não elegeu sequer um vereador no Recife. Fernando Filho na condição de principal detentor de mandato no partido a nível estadual, deverá atuar junto ao presidente da sigla e prefeito de Salvador, ACM Neto, e ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, ações efetivas que possam reestruturar o partido em Pernambuco e um dia volte a viver algo parecido com os tempos áureos da legenda, que já foi o principal partido do estado.

Palestras – Estamos elaborando a nossa agenda de palestras sobre marketing político, cenário político, eleições e principalmente a importância das redes sociais para o processo eleitoral para o ano de 2019. Se você quiser levar para a sua cidade, entre em contato conosco através do nosso e-mail ou pelo WhatsApp.

Aeroporto – Apesar de ser considerado um dos melhores aeroportos do Brasil, o aeroporto internacional dos Guararapes já dá mostras de que precisa de uma nova reforma, que somente será possível após a sua privatização. Algumas áreas do empreendimento, como elevadores e escadas rolantes, estão com sinais de deterioração.

Anderson Ferreira – Repercutiu positivamente nas redes sociais a entrega do Habitacional Fazenda Suassuna, em Muribequinha. Foram entregues 1.440 residências a famílias de baixa renda que terão moradia digna a partir de agora. O prefeito Anderson Ferreira fez pessoalmente a entrega dos imóveis ao lado do deputado federal eleito André Ferreira e do deputado estadual eleito Manoel Ferreira.

Sumiu – Após perder a eleição para o Senado, o deputado federal Silvio Costa, que obteve um resultado significativo ao eleger os dois filhos, tomou chá de sumiço. Praticamente não aparece fazendo confusão e adotou uma discrição que não é da sua natureza. Amigos estão sentindo falta das suas aparições.

RÁPIDAS

Origens – Com dois mandatos como vereador do Recife, o governador em exercício, Eriberto Medeiros, presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, decidiu fazer uma visita à Casa José Mariano. Eriberto apontou mais do que uma reverência ao poder legislativo municipal, mostrou que tem orgulho das suas origens como parlamentar da Câmara Municipal.

Líder – Eleito com 37.403 votos, o deputado estadual Clovis Paiva assumirá a liderança do PP na Assembleia Legislativa de Pernambuco. A bancada do partido, presidido pelo deputado federal Eduardo da Fonte, possui dez deputados estaduais, sendo a segunda maior da Casa Joaquim Nabuco, com um a menos que o PSB, que elegeu onze deputados.

Inocente quer saber – Joaquim Levy irá abrir a caixa preta do BNDES como exigiu o presidente eleito Jair Bolsonaro?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 12 de novembro de 2018

Coluna do blog desta segunda-feira

Oposição precisará passar o bastão a partir de 2019

Desde a vitória de Eduardo Campos em 2006 que o PSB conquistou quatro eleições estaduais consecutivas, e ainda atingiu duas vitórias seguidas na disputa pela prefeitura do Recife, que é o principal espaço de poder no estado depois do Palácio do Campo das Princesas. Na disputa de 2006 o DEM foi derrotado por Eduardo, na de 2010 o mesmo grupo, formado por MDB, PSDB, DEM e PPS, liderado por Jarbas Vasconcelos, foi igualmente derrotado. Posteriormente, em duas ocasiões Armando Monteiro representou a oposição e acabou derrotado por Paulo Câmara, nesta última sendo apoiado por DEM, PRB, PSDB, PTB, Podemos e PSC.

A derrota de Armando Monteiro e de seus dois senadores, obriga a oposição, que elegeu apenas sete deputados estaduais e seis federais em seus chapões, a passar o bastão para nomes que sobreviveram ao processo eleitoral de 2018. O senador Fernando Bezerra Coelho ainda tem mandato até 2023 e pela liturgia do cargo, ele é o nome natural para liderar o grupo que foi derrotado no último dia 7 de outubro, porém ele não é o único a ter essa incumbência, pelo menos três nomes possuem envergadura para o posto, que são o ex-ministro de Minas e Energia e deputado federal reeleito Fernando Filho, o deputado federal eleito Silvio Costa Filho, que foi com maestria líder da oposição nos últimos quatro anos, e o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira.

Além destes quatro nomes, pela posição adotada pelo governador Paulo Câmara, de apoiar Fernando Haddad, é absolutamente natural que algum nome ligado ao presidente eleito Jair Bolsonaro exerça este protagonismo. Dificilmente, além do deputado federal eleito Luciano Bivar, haverá algum político profissional com esta incumbência. Talvez algum empresário ou militar destacado ligado ao presidente seja um nome natural para disputar a prefeitura do Recife em 2020 com o apoio do presidente.

No cenário colocado, 2020 será um divisor de águas para a oposição, que comanda Jaboatão dos Guararapes, Caruaru e Petrolina, pois se houver a manutenção destas três cidades e a conquista da capital após oito anos de Geraldo Julio, a oposição voltará a ter algum tipo de chance de governar Pernambuco, mas uma coisa está latente, os derrotados deste ano na disputa majoritária não ofertam mais nenhuma condição de liderar o grupo oposicionista nas próximas eleições, havendo uma passagem de bastão para novos políticos e sobretudo aqueles que nunca sofreram derrotas majoritárias.

Propostas – Sob o comando do presidente estadual e membro do diretório nacional do PRTB, Edinázio Silva, uma equipe composta por técnicos foi formada para elaborar projetos sobre educação, saúde, segurança e economia para serem apresentados ao presidente eleito Jair Bolsonaro. O grupo está dividido em comissões temáticas, e é formado por empresários, militares, educadores, terapeutas e parlamentares. As linhas gerais dos projetos serão entregues ao presidente nacional do PRTB, Levy Fidelix, que é membro da equipe de transição do vice-presidente eleito, General Mourão.

Agradecimento – Reeleito para o terceiro mandato como deputado estadual, Rodrigo Novaes (PSD) continua viajando para agradecer os votos recebidos no último dia 7 de outubro. Rodrigo foi pela quarta vez seguida o deputado mais votado de Floresta e pela segunda vez seguida o mais votado do sertão.

Fernando Filho – Único deputado federal eleito pelo Democratas de Pernambuco, Fernando Filho deverá conquistar o protagonismo do partido no estado. Ele tem excelente trânsito com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e com o presidente nacional do partido, ACM Neto. Fernando Filho consolidou-se na política após a exitosa passagem pelo ministério de Minas e Energia.

Perda – Por falar no Democratas, o partido, sucedâneo do PDS/PFL, que chegou a ter 11 deputados federais em 1986, pela segunda vez elegeu apenas um parlamentar para a Câmara dos Deputados, que foi Fernando Filho. O esvaziamento do partido é público e notório, pois na eleição municipal não emplacou nenhum vereador do Recife e se não fosse a filiação de última hora de Fernando Filho não teria representação na Câmara Federal.

RÁPIDAS

Partidos – Os partidos que não atingiram a cláusula de barreira, quatorze no total, perderão o direito ao fundo partidário, ao fundo eleitoral e ao tempo de propaganda eleitoral gratuita a partir de 2019. Porém, eles mantêm o registro no TSE e poderão disputar normalmente as eleições. Se superarem futuramente a cláusula de barreira voltarão a ter direito aos fundos e à propaganda.

Diogo Prado – Apesar de não ter sido eleito deputado estadual, Diogo Prado obteve uma expressiva votação, sobretudo em Carpina, onde saiu majoritário com quase oito mil votos. Ele é candidato natural a prefeito, e deverá enfrentar o mal-avaliado Manoel Botafogo que está no terceiro mandato como prefeito e apresenta claramente uma fadiga de material.

Inocente quer saber – O senador Fernando Bezerra Coelho desistiu da briga pelo comando do MDB de Pernambuco?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 10 de novembro de 2018

Coluna do blog deste sábado

Eriberto Medeiros pavimenta reeleição na Alepe 

Eleito em 2000 para o seu primeiro mandato como vereador do Recife, Eriberto Medeiros conquistou mais um mandato na Casa José Mariano em 2004 e ascendeu à Casa Joaquim Nabuco em 2006, alcançando três mandatos como deputado estadual. Em 2018 estava decidido a disputar um mandato na Câmara dos Deputados, chegando a registrar a sua candidatura a deputado federal pelo PP. Porém, veio o mês de julho e ocorreu a fatídica morte de Guilherme Uchoa, então presidente da Alepe que já ocupava o cargo por seis mandatos consecutivos, e consequentemente abriu-se a possibilidade de a Casa experimentar um novo presidente depois de uma década.

Por ter um trânsito muito bom na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Eriberto Medeiros surgiu como nome natural para o posto, e acabou elegendo-se presidente da Alepe com o expressivo apoio de seus colegas. No cargo a partir de agosto, o imenso desafio de ser chefe do legislativo estadual se tornava ainda maior por substituir uma pessoa que representava muito os anseios da Casa, defendendo com unhas e dentes os interesses da Alepe, que era Guilherme Uchoa.

No processo eleitoral, Eriberto acabou tendo que voltar para a disputa de deputado estadual, por uma solicitação do seu partido, o PP, e mais um desafio, que era o de montar uma campanha distinta do que já estava posto. Em menos de um mês, Eriberto construiu sua campanha e acabou vitorioso com pouco mais de 36 mil votos, o feito se tornou mais interessante porque Isaltino Nascimento em 2014 fez movimento semelhante, de trocar uma eleição de federal pela reeleição, e acabou ficando na suplência. E a disputa deste ano se mostrou duríssima para todos, sobretudo quem tinha votos metropolitanos em sua maioria, que é o caso de Eriberto, portanto a vitória dele na eleição foi algo bastante atípico diante das circunstâncias.

Em quatro meses no cargo de presidente da Assembleia, Eriberto conseguiu manter o respeito e a cordialidade com os seus pares, não deixando de atender às demandas de cada um, e naturalmente conquistou a confiança da maioria dos 25 deputados reeleitos. Já no diálogo com os novatos que estão se ambientando com a Casa, muitos se prontificaram a apoiá-lo devido a sua disponibilidade para apresentar os trâmites da formação de gabinetes e da própria atuação parlamentar. O deputado eleito João Paulo Costa foi um dos primeiros novatos a deixar clara a sua preferência pelo nome de Eriberto, e o fato se repetiu com outros nomes.

Faltando menos de três meses para a eleição da nova mesa, marcada para o dia 1 de fevereiro de 2019, quando haverá a posse da nova legislatura, há evidências claras que Eriberto Medeiros caminha para a recondução, pois conseguiu substituir à altura o ex-presidente Guilherme Uchoa e a cada dia demonstra que tem envergadura para seguir no comando do legislativo estadual pelos próximos dois anos.

Cargo – Ao viajar para a Espanha por um período de férias pelos próximos dez dias, o governador Paulo Câmara transmitiu o cargo para o presidente da Alepe, Eriberto Medeiros, pois o vice-governador Raul Henry também decidiu tirar férias. A cerimônia ocorreu ontem no Palácio do Campo das Princesas.

Ouricuri – O deputado estadual eleito Antonio Fernando (PSC) terá um importante papel nas eleições municipais de 2020 em Ouricuri. Ele obteve quase 60% dos votos válidos para a Casa Joaquim Nabuco e será um dos principais eleitores da disputa municipal, uma vez que o prefeito Ricardo Ramos está mal avaliado e a cidade nunca reelegeu prefeitos.

Alberto Feitosa – Pela sua atuação no executivo quando já foi secretário de Turismo do estado e de Saneamento do Recife, com passagens muito elogiadas, o deputado estadual reeleito Alberto Feitosa está sendo novamente lembrado para assumir alguma secretaria em 2019, mas ainda não se sabe qual seria a pasta e se seria no Recife ou no estado. Caso se confirme a convocação, Marcantonio Dourado Filho assumirá o mandato na Casa Joaquim Nabuco.

Samuel Salazar – Com a vitória de Marco Aurélio para deputado estadual, o primeiro suplente da coligação Samuel Salazar herdará o mandato na Câmara Municipal do Recife. Aos 33 anos, Samuel obteve 4.252 votos em 2016, e deverá realizar um mandato diferenciado na Casa, pois é advogado e tem muita qualificação para o exercício do cargo.

RÁPIDAS

Rancor – Com raiva das urnas que lhe mandaram pra casa no dia 7 de outubro, o presidente do Senado, Eunicio Oliveira (MDB/CE), apresentou o reajuste do Supremo Tribunal Federal que custará R$ 6 bilhões aos cofres públicos. O rancor de Eunicio com os eleitores ao colocar essa conta para o povo pagar mostra exatamente o motivo de políticos como ele terem sido exterminados pelas urnas.

Homenagem – Conselheiro aposentado do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), o deputado estadual Romário Dias foi homenageado, na noite da última quinta (08), com a medalha comemorativa do cinquentenário da instituição. A honraria foi entregue a 50 personalidades que fazem parte da história da Corte. Além do parlamentar, foram agraciados o governador de Pernambuco, Paulo Câmara; o prefeito do Recife, Geraldo Julio; ex-governadores do Estado, ex-conselheiros, entre outros.

Inocente quer saber – Quem é o favorito para assumir a primeira-secretaria da Assembleia Legislativa de Pernambuco?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 9 de novembro de 2018

Coluna do blog desta sexta-feira

Fim das coligações já preocupa vereadores 

As eleições de 2018 trouxeram uma grande renovação na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas, pois estava em jogo uma disputa sem o tradicional financiamento privado de campanha que sempre trouxe muita confusão. O resultado foram campanhas franciscanas que levaram muitos políticos tradicionais a perderem muitos votos em relação a 2014, com alguns deles a perderem o mandato.

Nas eleições de 2020 além do financiamento, os vereadores precisarão lidar com o fim das coligações proporcionais, que sempre emplacavam a maioria das cadeiras numa disputa eleitoral. Na eleição de 2016, 27 vagas de vereador do Recife ficaram com as coligações, e apenas 12 vagas foram distribuídas com partidos que fizeram chapa própria.

Naquela ocasião, dos partidos que não coligaram, destaque para o PP, que elegeu três vereadores, e para o PEN, que hoje é Patriota, que elegeu dois vereadores, enquanto PCdoB, Solidariedade, PTC, PSD, PSDC, PRP e PPS ficaram cada um com uma vaga. Dentre os que se coligaram, apenas PSB, PRTB, PT, PSDB, PSC e PRB teriam votos suficientes para eleger seus vereadores, os demais partidos, como PTB e MDB, por exemplo, não teriam elegido vereador se não houvesse as coligações.

O fato é que nas eleições de 2020, sem o advento das coligações, os partidos pequenos que já tiverem vereador de mandato perderão completamente sua atratividade, e os aspirantes a vereador terão que fazer a opção por partidos que possuem bancada grande e de preferência que tenham candidatos majoritários para fortalecer o voto de legenda e ajudar a eleger parlamentares.

Apesar de as conversas ocorrerem apenas reservadamente, muita gente não sabe o que fazer na Casa José Mariano, pois entrar em partido sem cauda há o risco de não disputar sequer as sobras e ficar sem o mandato, e se entrar em partidos que já possuem muitos vereadores, ficarem reféns de uma briga fratricida para ascender ao mandato. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Por isso já tem vereador fazendo as contas e avaliando que é melhor pendurar as chuteiras.

Passira – Presidente municipal do PSDB em Passira, Felipe Arruda construiu sua trajetória política ao lado de lideranças políticas como Sergio Guerra e Bruno Araújo. Ele tem sido incentivado por amigos e lideranças políticas da cidade para disputar a prefeitura do município em 2020, aproveitando a onda de renovação que se consolidou em 2018 e deverá se repetir na disputa municipal.

Presidência – Após a morte de Guilherme Uchoa ficou a sensação que a Assembleia Legislativa de Pernambuco não teria um nome que conseguisse pacificar a Casa. Porém, em menos de quatro meses no comando do legislativo, Eriberto Medeiros conquistou a confiança dos seus colegas e tornou-se um presidente com envergadura para o cargo. Cada dia que passa fica latente que após a saída de Guilherme, não haveria nome melhor para exercer a função do que Eriberto.

Quota – Com a nomeação de Onyx Lorenzoni e Tereza Cristina na equipe ministerial do presidente eleito Jair Bolsonaro, e as movimentações de Rodrigo Maia para continuar comandando a presidência da Câmara dos Deputados, está latente que a cota do Democratas no governo está cada vez mais no limite, evitando que outros membros do partido sejam abrigados em postos-chave do governo.

Rifado – Filiado ao PP, que integra base do governador Paulo Câmara, Marinaldo Rosendo ficou na segunda suplência da sua coligação para deputado federal. Com dois nomes de dimensão para assumir secretaria, Augusto Coutinho e Sebastião Oliveira, as chances de Marinaldo seriam elevadas se ele não tivesse feito críticas contundentes ao governador durante a campanha. Setores palacianos avaliam que por seu comportamento em relação ao Palácio ele perdeu qualquer chance de assumir o mandato em Brasília na condição de suplente.

RÁPIDAS

Fernando Rodolfo – O deputado federal eleito Fernando Rodolfo (PHS) esteve novamente em Brasília para ambientar-se com a Câmara dos Deputados, onde assumirá mandato em fevereiro. Além de já articular liberação de emendas para municípios onde foi votado, o deputado eleito está trabalhando na formação da sua equipe na capital federal.

Referência – Chefe de gabinete do deputado federal e senador eleito Jarbas Vasconcelos, Aristeu Plácido é uma referência de Pernambuco na capital federal, ajudando a todos aqueles que chegam na cidade para destravar demandas de seus municípios. Aristeu já tem quase 30 anos de trabalho em Brasília e conhece a capital federal como a palma da sua mão.

Inocente quer saber – O governador Paulo Câmara trocará mesmo Márcia Souto da presidência da Fundarpe?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 8 de novembro de 2018

Coluna do blog desta quinta-feira

Reajuste aprovado pelo Senado é irresponsabilidade fiscal e imoral

O presidente do Senado Federal, Eunicio Oliveira, após uma reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, decidiu pautar a votação do reajuste dos ministros do Supremo Tribunal Federal, e consequentemente aumentando o teto constitucional, de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil, configurando-se num aumento de 16,38%. O grande problema desta medida é que ela tem um efeito cascata imediato, pois os próprios senadores e deputados podem receber o mesmo valor e isso desdobra para outras categorias do judiciário, legislativo e executivo.

A medida, que se for sancionada pelo presidente Michel Temer, poderá trazer um prejuízo de mais R$ 4 bilhões aos cofres públicos, cujas contas devem fechar com deficit de R$ 139 bilhões em 2018. A postura do Senado Federal é uma verdadeira afronta a sociedade, pois a queda de privilégios dos congressistas e do próprio STF, seria uma prova de cortar da própria carne, e demonstrar para a sociedade que os congressistas estavam sintonizados com o recado dado pelas urnas.

O Senado, que teve 54 dos seus 81 integrantes colocados na berlinda, cuja maioria não se reelegeu, demonstrou que não entendeu nada do que foi apontado pela maioria da população. Na verdade, muitos deles, não reeleitos, quiseram dar um troco ao eleitor que lhe mandou pra casa através do voto.

É imprescindível que haja um corte de privilégios e a redução do tamanho do estado. Não se pode um integrante do Supremo Tribunal Federal receber quase R$ 40 mil de salário, isso sem contar com todos os demais benefícios, e o cidadão-comum, dependente de salário mínimo, ficar com apenas R$ 954 por mês.

O contrassenso fica a cada dia mais latente, e aponta para que a limpeza realizada nas urnas ainda foi pouca para a irresponsabilidade do Congresso Nacional e do próprio Supremo Tribunal Federal, que poderia através do seu presidente ter dado o primeiro exemplo e abdicar desta imoralidade com toda a sociedade. Um aumento desta magnitude num momento em que a inflação está sob controle e temos 14 milhões de desempregados é uma afronta para toda a sociedade. Nada justifica, e evidencia que a cara de pau dos marajás do serviço público não tem limite.

Primeira-secretaria – Estão consolidados os nomes dos deputados Clodoaldo Magalhães e Lucas Ramos como favoritos para a primeira-secretaria da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Além deles, surgem como alternativa Isaltino Nascimento e Francismar Pontes que estão demonstrando interesse no cargo e estão correndo por fora.

Desrespeito – Artistas e produtores de eventos que prestaram serviço para a Fundarpe estão totalmente insatisfeitos com a presidente Márcia Souto, que não autoriza pagamento de eventos realizados entre 2016 e 2017, realizando apenas algumas liberações de quem tem aproximação com ela. Os demais ficaram a ver navios, num claro desrespeito da presidente que está com o prazo de validade vencido no cargo, e merece sair para dar uma nova dinâmica ao órgão no segundo governo Paulo Câmara.

Convite – A delegada Patricia Domingos, responsável pela Decasp, extinta para a criação do DRACO, foi convidada para assumir a gestão adjunta do departamento, que passará a ter cem funcionários e seis delegacias especializadas, sendo duas de combate à corrupção. Patricia declinou do convite.

Imóveis – A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou parecer do senador Armando Monteiro (PTB) que desestimula a rescisão de contratos de compra de imóveis e lotes, o chamado distrato imobiliário, de modo a reativar a construção civil e, assim, o emprego no setor. Oriundo da Câmara dos Deputados, o projeto de lei irá à votação do plenário e, se aprovado, retornará ao exame da Câmara, por ter sido alterado no Senado.

RÁPIDAS

Perda – Apesar de ter dois senadores muito competentes, Fernando Bezerra Coelho e Humberto Costa e a chegada de Jarbas Vasconcelos, cuja história dispensa comentários, Pernambuco perderá um de seus melhores senadores a partir de 2019. Durante oito anos, Armando Monteiro honrou a confiança dos pernambucanos tanto no Senado quanto no ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, sendo considerado um dos melhores senadores do Brasil e fará muita falta em 2019.

Governador – Com a viagem do governador Paulo Câmara e do vice-governador Raul Henry, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Eriberto Medeiros, ocupará o cargo de governador pela primeira vez. Ele comandará o estado por aproximadamente dez dias até a volta de Paulo e de Raul, prevista para o dia 20.

Inocente quer saber – Por qual motivo a delegada Patricia Domingos não quis continuar no DRACO para atuar no combate à corrupção?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 7 de novembro de 2018

Coluna do blog desta quarta-feira

Foto: Rafaela Frutuoso/Diário Regional Digital JF/Folhapress

Urnas mudaram forma de fazer política 

As eleições deste ano tiveram uma renovação recorde entre governadores, senadores, deputados federais e estaduais, e permitiram a ascensão de um presidente que em pleitos anteriores sequer figuraria entre os primeiros colocados. O recado das urnas emitido em todo o Brasil, com maior ou menor intensidade de acordo com cada região, evidenciou que trocamos uma forma analógica de fazer política para uma plataforma digital.

O guia eleitoral que custava rios de dinheiro, ora pela sua produção, ora pela sua veiculação, cujo custo se dá a partir de renúncia fiscal do governo, e de gratuito ele só tem o nome, se mostrou completamente obsoleto. O líder em termos de tempo de televisão, Geraldo Alckmin, com metade de todo o guia eleitoral, ficou em apenas quarto lugar,  com pouco mais de 5% dos votos válidos, enquanto um dos menores guias, Jair Bolsonaro, com apenas oito segundos, teve 46% dos votos válidos no primeiro turno e foi eleito com 55% no segundo turno.

Políticos tradicionais como Romero Jucá, Cassio Cunha Lima e Lindbergh Farias foram rejeitados das urnas depois de sucessivos mandatos na vida pública, e aqueles que escaparam do limo das urnas conseguiram por um triz, como os senadores eleitos Renan Calheiros e Jarbas Vasconcelos, que ascenderam o mandato no Senado por uma diferença mínima em relação aos seus adversários.

Em Pernambuco não tivemos muitas novidades, exceto Fernando Rodolfo e Tulio Gadelha na bancada federal e Gleide Angelo na bancada estadual, todos os demais eleitos tinham alguma ligação com a política tradicional, porém eles sentiram na pele uma mudança significativa no comportamento do eleitor, que se absteve de votar muito acima da média em Pernambuco. Mas não é porque o estado foi menos afetado pela onda de mudança da política tradicional que os políticos não devem colocar as barbas de molho.

Vereadores e prefeitos que tentarão a reeleição em 2020, só lograrão êxito se tiverem serviços prestados e se estiverem conectados com o eleitor. Se porventura o político apostar na tradicional compra de votos ou no assistencialismo que permeou as eleições até 2016, pode se preparar para voltar pra casa em 2021. O mundo mudou, hoje quase tudo pode ser feito na palma da mão através de um smartphone, e a política não é diferente, quem estiver distante da internet e do eleitor, dificilmente terá qualquer chance de vitória na próxima eleição.

Risco – O fim das coligações proporcionais que será implementado em 2020 será mais um fator de reoxigenação da representatividade na política. Antigamente era um samba do crioulo doido as coligações proporcionais, no próximo pleito ou o partido tem representantes com representatividade ou sairá devastado das urnas.

Fundão – Pouco adiantou o fundão eleitoral de R$ 1,7 bilhão para financiar as campanhas deste ano. Políticos que tiveram acessos a vultosas quantias para suas campanhas bancadas com dinheiro público tiveram seus planos frustrados. Até mesmo aqueles que foram eleitos tiveram votações muito aquém do esperado.

Condenação – O MPF conseguiu uma segunda condenação para dirigentes da Compesa por improbidade administrativa em contratos firmados com empreiteiras envolvidas na operação Lava-Jato. O prejuízo aos cofres públicos teria sido na ordem de R$ 5 milhões através do superfaturamento de contratos com a Queiroz Galvão e a Galvão Engenharia. O ex-presidente da estatal durante o governo Eduardo Campos, João Bosco Almeida, foi um dos condenados pela Justiça Federal.

Impedimento – O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recebeu uma representação do Partido dos Trabalhadores para que seja instaurado um processo disciplinar contra o juiz Sergio Moro no sentido de impedir que ele possa ocupar o ministério da Justiça e Segurança Pública. O PT alega que o juiz interferiu no processo eleitoral quando autorizou e disponibilizou para a imprensa o conteúdo da delação do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

RÁPIDAS

PTB – Com o fim do mandato do senador Armando Monteiro, derrotado na disputa pelo governo de Pernambuco, e a não eleição de Jorge Corte Real, Zeca Cavalcanti, Julio Cavalcanti, Augusto Cesar, Socorro Pimentel e José Humberto, o PTB diminuiu de tamanho em Pernambuco. O partido que liderou a oposição nas duas últimas eleições estaduais, ficou com apenas dois deputados estaduais, Alvaro Porto e Romero Sales Filho, e não ofertará mais condição de ser alternativa de poder a nível estadual.

PSDB – Não foi apenas o PTB que saiu fragilizado das urnas deste ano. O PSDB que elegeu três deputados federais em 2014, ficou sem nenhum representante na Câmara dos Deputados a partir de 2019. O partido elegeu apenas uma deputada estadual, Alessandra Vieira, e Bruno Araújo estará sem mandato no ano que vem.

Inocente quer saber – Haverá algum desdobramento da operação Lava-Jato em Pernambuco nos próximos dias?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 6 de novembro de 2018

Coluna do blog desta terça-feira

Os desafios do segundo governo Paulo Câmara 

Eleito em 2014 na esteira da aprovação de Eduardo Campos e posteriormente da sua morte, Paulo Câmara passou quatro anos tendo sua legitimidade eleitoral e liderança política questionada. Armando Monteiro, segundo colocado na disputa de 2014, por diversas vezes atribuiu a vitória de Paulo em 2014 à comoção gerada pelo acidente vitimando o ex-governador. Armando acreditava que se houvesse uma discussão naquela ocasião dos temas de Pernambuco, ele sairia vitorioso.

Passados quatro anos, quis o destino que fosse reeditada a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas. Armando novamente candidato a governador, esperava ter melhor sorte nesta ocasião, e lançou-se candidato com uma frente política mais representativa que na eleição anterior. Com a baixa aprovação do governador e uma fadiga de material de doze anos, estava feita a equação para Armando Monteiro chegar ao Palácio do Campo das Princesas.

Ocorre que novamente Armando não conseguiu cativar o eleitorado, que mesmo reticente ao governo Paulo Câmara, não vislumbrou na candidatura oposicionista uma mudança efetiva de rumos do estado para melhor, e fez a opção por Paulo Câmara, que foi reeleito com uma votação bem menor do que na eleição anterior, mas o que vale é a vitória, que ocorreu ainda no primeiro turno.

Apesar da vitória, recuperando-se no decorrer de 2018, Paulo Câmara tem inúmeros desafios pela frente. O primeiro deles é realizar um segundo governo mais a sua cara do que foi o primeiro, mas não é o único. O governador precisa manter os resultados obtidos na educação, e principalmente na segurança pública, estes conquistados somente no decorrer de 2018, o que foi fundamental para garantir a sua reeleição.

Assim como no primeiro governo, quando apoiou Aécio Neves e acabou ficando na oposição, em 2018 o atual governador fez novamente uma opção que lhe deixou no campo de oposição, desta vez a Jair Bolsonaro. Se por um lado era melhor uma relação com Fernando Haddad, por outro o governador poderá dar o benefício da dúvida ao futuro presidente que já sinalizou ter um olhar especial para o Nordeste.

Nos próximos quatro anos, Paulo Câmara ganhou nova demonstração de confiança do eleitor pernambucano, e terá a responsabilidade de fazer um governo de mais resultados do que o primeiro, e se ao final dele lograr êxito, o governador definitivamente ganhará luz própria e será visto com olhar bastante diferenciado sobre o estado que será entregue em 2022, quando haverá nova eleição para governador.

Bancada – Deverão compor a base do presidente eleito Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, os deputados federais Augusto Coutinho, André Ferreira, André de Paula, Bispo Ossesio, Daniel Coelho, Eduardo da Fonte, Fernando Filho, Fernando Rodolfo, Fernando Monteiro, Silvio Costa Filho, Sebastião Oliveira, Ricardo Teobaldo, Pastor Eurico e Luciano Bivar.

Equipe – O vice-presidente eleito general Hamilton Mourão indicou três nomes para a equipe de transição do governo Jair Bolsonaro. Dentre os nomes está o presidente nacional do  PRTB, Levy Fidelix, que foi candidato a presidente da República em 2014 e ficou conhecido pela proposta do aerotrem.

Gilberto Kassab – Depois de ser duas vezes prefeito de São Paulo e duas vezes ministro, Gilberto Kassab foi anunciado ontem pelo governador eleito de São Paulo, João Doria, como futuro secretário da Casa Civil. Presidente nacional do PSD, Kassab tornou-se uma figura híbrida, que não importa quem seja o governo, lá estará ele para lhe garantir sustentação.

Caruaru – As dificuldades da prefeita Raquel Lyra, que realiza uma gestão mal-avaliada em Caruaru, estão dando espaço para o surgimento de candidaturas de oposição na cidade. Além de Tony Gel e Zé Queiroz, que já governaram a capital do agreste, os deputados eleitos Delegado Lessa e Fernando Rodolfo, bem como o ex-senador Douglas Cintra, estão sendo lembrados para 2020.

RÁPIDAS

Educação – Ganhou força nos últimos dias o nome da presidente do Inep, Maria Inês Fini, para ocupar o ministério da Educação. Durante a desincompatibilização do ex-titular da pasta, ela foi lembrada para o posto, porém acabou ficando com Rossieli Silva. Se porventura confirmar a escolha, Maria será a primeira ministra do sexo feminino indicada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro.

Sem espaço – Está pesando contra ex-ministros de Michel Temer a possibilidade de serem aproveitados na equipe de Jair Bolsonaro não apenas pela ocupação do cargo em si, mas sobretudo para aqueles que votaram duas vezes pelo arquivamento da denúncia contra o atual presidente. Quem foi ministro e salvou Temer da perda do mandato estará completamente vetado pela equipe do futuro presidente Bolsonaro, que não quer se contaminar com figuras tóxicas da gestão anterior.

Inocente quer saber – A recondução de Eriberto Medeiros na presidência da Alepe será parte da contemplação do espaço do PP no governo Paulo Câmara?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 2 de novembro de 2018

Coluna do blog desta sexta-feira

A polêmica escolha de Sergio Moro para o ministério da Justiça 

O presidente eleito Jair Bolsonaro oficializou o convite ao juiz Sergio Moro para assumir o ministério da Justiça, antes havia a especulação de que o responsável pela operação Lava-Jato em Curitiba ficasse no cargo que ocupa até 2020 para ser indicado ao Supremo Tribunal Federal, porém ontem Moro esteve no Rio de Janeiro para uma reunião com o presidente e ambos bateram o martelo para que o juiz ocupe o ministério da Justiça e Segurança Pública, que será um superministério com atribuições mais robustas no sentido de combater crimes de corrupção e o crime organizado.

A escolha recebeu elogios de eleitores de Jair Bolsonaro e até mesmo de quem não declarou voto nele, como o ministro Luiz Fux, o ex-presidente Fernando Henrique e o ministro da Segurança Pública Raul Jungmann, porém vieram do PT as maiores críticas ao nome de Moro por ter sido o juiz o responsável pela investigação e prisão do ex-presidente Lula.

Para os petistas, Moro interferiu no processo eleitoral ao decretar a prisão do ex-presidente, então líder nas pesquisas, e sua nomeação foi uma recompensa pelo trabalho realizado que acabou beneficiando Jair Bolsonaro. Essa posição é passível de questionamento, o próprio presidente Bolsonaro afirmou que se o PT estava criticando era sinal que ele estava no caminho certo.

A verdade é que a nomeação de Sergio Moro é eivada de simbolismos, e o presidente Bolsonaro mandou um recado para a população que a operação Lava-Jato passa a ser uma política pública de governo e não um ato isolado de um juiz de primeira instância. Se as propostas que estão sendo apresentadas forem implementadas, estaremos dando passos importantes no sentido de moralizar a nossa república e consequentemente evitar que o dinheiro público seja desperdiçado pelo ralo da corrupção.

Por outro lado, Bolsonaro contrariou uma máxima de que você não pode contratar quem não pode demitir. O presidente ao dar carta branca a Sergio Moro só terá a saída de nomeá-lo para o Supremo Tribunal Federal se porventura houver qualquer tipo de desentendimento entre ambos, uma vez que demissão do futuro ministro seria uma hecatombe para o governo que se iniciará em janeiro.

Daniel Coelho – Com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de não fundir os ministérios de Agricultura e Meio Ambiente, após muita reclamação dos dois setores, cresce a expectativa de que Daniel Coelho possa ser alçado ao posto de ministro do Meio Ambiente. Se tornar realidade, Zeca Cavalcanti assumirá o mandato na Câmara dos Deputados.

Reconduzido – O presidente da Câmara Municipal do Recife, vereador Eduardo Marques (PSB), foi reeleito para o biênio 2019/2020. Nas eleições deste ano, o vereador apoiou Guilherme Uchoa Junior (PSC) e lhe garantiu 4.186 votos na capital pernambucana, contribuindo para que o deputado fosse eleito como o terceiro mais votado de Pernambuco.

Vice-presidente – Por falar em Guilherme Uchoa Júnior, ele está sendo bastante cotado para assumir a primeira vice-presidência da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Coincidentemente foi o primeiro cargo ocupado pelo ex-presidente da Alepe, Guilherme Uchoa, quando assumiu o primeiro mandato de deputado estadual em 1995.

Primeiro-secretário – O vereador Romerinho Jatobá foi oficializado como primeiro-secretário na eleição da mesa diretora da Câmara Municipal do Recife. Ele substituirá o deputado estadual eleito Marco Aurélio, que ocupou o posto no primeiro biênio. Na vaga de Marco, que irá para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, assumirá Samuel Salazar.

João Campos – O deputado federal João Campos está se movimentando no sentido de ser candidato a presidente da Câmara dos Deputados. Mas não é o homônimo pernambucano, mais votado do estado e filho do ex-governador Eduardo Campos. O postulante à presidência da Câmara Federal já é deputado federal por Goiás, foi reeleito, e teria a simpatia do presidente Jair Bolsonaro por ser delegado e pastor, sendo integrante de duas importantes bancadas na Câmara, a da bala e da Bíblia.

RÁPIDAS

Sucesso – Durante o período eleitoral atingimos recorde de acessos. Somente na campanha chegamos a 2 milhões de pageviews confirmando a marca de ser um dos blogs mais acessados de Pernambuco. Agradeço a todos vocês que nos acompanham diariamente neste espaço, que segue buscando se aperfeiçoar para levar informação de qualidade em primeira mão para os nossos fiéis leitores.

Descanso – Após vários meses ininterruptos de muito trabalho durante a campanha eleitoral, findada no último dia 28, decidimos por um descanso, aproveitando o feriado de finados. Portanto, excepcionalmente não teremos a coluna do sábado. Voltaremos ao batente na próxima segunda-feira. Bom feriado a todos!

Inocente quer saber – O governador Paulo Câmara realizará alterações na sua equipe de imprensa?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 1 de novembro de 2018

Coluna do blog desta quinta-feira

Fusão de ministérios é importante, mas não é suficiente 

No primeiro governo Dilma Rousseff, o Brasil experimentou 37 ministérios, chegando inclusive a ter auxiliares que passavam meses para despachar com a presidente. No governo Michel Temer, a quantidade foi reduzida, porém ainda são 29 pastas, sendo 23 ministérios, duas secretarias ligadas à presidência com status de ministério, e AGU, Banco Central, Casa Civil e GSI que são órgãos ligados ao presidente com status ministerial.

O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou que pretende nomear aproximadamente 15 ministros, reduzindo praticamente pela metade o que tem atualmente no governo Michel Temer, o ministério da Economia irá reunir Planejamento,  Fazenda e Indústria e Comércio, e será ocupado por Paulo Guedes. O ministério da Ciência e Tecnologia que será ocupado por Marcos Pontes receberá o incremento do Ensino Superior que hoje é integrante da Educação. Porém, a decisão mais polemica de Bolsonaro tem recaído sobre a fusão do ministério da Agricultura com o de Meio Ambiente, o que tem rendido críticas do setor e da sociedade como um todo, uma vez que as políticas públicas de ambos são conflitantes em algumas ocasiões e ficar concentrado num único ministro pode não dar certo.

Essa fusão de ministérios é um passo importante porque não banaliza a figura do ministro e facilita a cobrança do presidente aos seus auxiliares sobre resultados, porém ainda existem outras demandas que precisam ser implementadas pelo presidente Jair Bolsonaro e que inexoravelmente darão uma maior dinâmica à administração pública. Hoje são 100 mil cargos comissionados no governo federal, aqueles que ocupam postos com salários elevados, por indicação política e raramente desempenham seu papel no governo. Cortar essa massa para 30% uma vez que o presidente não tem tantos aliados para abrigar no governo, teria um efeito simbólico no sentido de enxugar a máquina pública dando mais eficiência a ela. Outra medida importante seria que os cargos comissionados fossem nomeados mediante um comitê de busca realizado pela iniciativa privada como o governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema, propôs.

Por fim, é de fundamental importância que o presidente Jair Bolsonaro comece a extinção de estatais improdutivas e a privatização daquelas que podem ser geridas pela iniciativa privada, como os Correios por exemplo. Essas medidas atreladas a reforma da previdência darão um novo ambiente de investimentos para o Brasil, e assim o presidente eleito fará jus aos mais de 57 milhões de votos que recebeu no último domingo.

Mordomias – Outra medida que poderia garantir uma maior eficiência da gestão e uma resposta às demandas da sociedade seria reduzir as mordomias dos membros do governo. Acabar com o carro oficial para funções abaixo dos ministérios bem como reduzir a utilização de jatinhos da FAB por parte dos ministros seriam medidas eficazes contra o desperdício do dinheiro público.

Fenômeno – Depois de tentar duas vezes se eleger, primeiro deputado federal em 2014 quando não teve nenhum voto, e em 2016 vereador de Nova Iguaçu quando obteve 480 votos, Helio Fernando acabou sendo eleito em 2018 como o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro com 345.234 votos. Aliado do presidente Jair Bolsonaro, Helio foi mais um dos fenômenos das eleições deste ano.

Recorde – Não foi Kaio Maniçoba o deputado federal que mais ampliou sua votação em 2014 como dissemos ontem nesta coluna. O maior crescimento proporcional foi do deputado federal eleito Luciano Bivar, no pleito passado ele obteve 24.840 votos, e agora atingiu 117.943, quase cinco vezes a votação anterior. Bivar foi mais um político impulsionado por Jair Bolsonaro.

Sergio Moro – Caso se confirme a ida do juiz Sergio Moro para o ministério da Justiça, o juiz da Lava-Jato assumirá um superministério, que reunirá o Coaf e a Polícia Federal, com isso ele ficaria com maior autonomia para se debruçar sobre a roubalheira do BNDES, da Caixa, do Banco do Brasil e outras estatais importantes, o que não somente fortaleceria a Lava-Jato como ampliaria seu raio de alcance.

RÁPIDAS

Gravatá – O prefeito Joaquim Neto (PSDB) conseguiu transferir 4.519 votos para Eduardo da Fonte e 3.595 para Lucas Ramos. Na disputa pelo governo, Armando Monteiro foi o majoritário com 12.774 votos. Os resultados de 2018 consolidam o reconhecimento do eleitorado de Gravatá ao trabalho desempenhado por Joaquim e pavimentam a sua reeleição em 2020.

Reconhecimento – Na hipótese de ser confirmada a indicação do deputado federal Bruno Araújo para a presidência nacional do PSDB, haverá um claro reconhecimento ao trabalho desempenhado por ele em Brasília e no próprio partido. Bruno tem excelente trânsito com todas as correntes tucanas e ajudaria a pacificar o partido a partir de então.

Inocente quer saber – Por que o governador Paulo Câmara não nomeia a delegada Patricia Domingos para o comando do DRACO?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 31 de outubro de 2018

Coluna do blog desta quarta-feira

Rodrigo Maia cria as condições para permanecer na presidência da Câmara 

Eleito após a conturbada saída do presidente Eduardo Cunha para um mandato-tampão em 2016, Rodrigo Maia assumiu novamente a presidência da Câmara dos Deputados para o biênio 2017/2018 por conta da sua condução dos trabalhos no cargo, respeitando a minoria e ajudando o governo sem ser subserviente. Seu desempenho foi elogiadíssimo pelos seus pares durante os quase dois anos e meio à frente da Câmara Federal.

No segundo turno da eleição presidencial, Rodrigo Maia votou no presidente eleito Jair Bolsonaro o que permitiu uma melhor interlocução com o futuro governo. A boa relação com o presidente e com o futuro ministro Onyx Lorenzoni, atrelada a sua performance poderão permitir a continuidade no cargo, sobretudo num momento em que o futuro governo dependerá do legislativo para destravar alguns projetos do executivo.

O presidente Jair Bolsonaro já sinalizou que não tem interesse que o seu partido, o PSL, ocupe a presidência da Câmara, pois entende que é preciso distribuir responsabilidades com outros partidos para facilitar a governabilidade. Se no Senado é indiscutível que o MDB indique o presidente por conta do regimento que prevê a maior bancada apresentando o ocupante do cargo, na Câmara dos Deputados prevalece aquele que tiver maior trânsito na Casa.

E nesta seara é onde se insere Rodrigo Maia. Ele conquistou a confiança dos pares, estará sentado na cadeira quando os novos parlamentares chegarem, e seria uma escolha menos traumática para o governo Bolsonaro que estará se iniciando. Maia já se movimenta junto aos pares que foram reeleitos e os deputados satisfeitos com sua condução sinalizam que preferem não trocar o certo pelo duvidoso. Se não houver fato novo, Rodrigo Maia caminha a passos largos para ser mantido na presidência da Câmara dos Deputados em 2019.

Rolo compressor – O projeto de Lei que extinguiu a Delegacia de Polícia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) para criar o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), foi aprovado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco através do rolo compressor da base governista. A decisão da Casa gerou muita insatisfação popular.

Quintal – Uma das deputadas que votou contra o PL apresentado pelo executivo, Socorro Pimentel (PTB) afirmou que a Assembleia Legislativa de Pernambuco era o quintal do Palácio do Campo das Princesas e tudo que o governo apresenta, por mais questionável que seja, acaba sendo aprovado sem grandes discussões.

Oposição – O senador Fernando Bezerra Coelho está sendo visto pelo meio político como o líder da oposição a Paulo Câmara a partir de então, pois dentre os figurões da oposição é o único que terá mandato a partir de 2019. Por falar em FBC, ele deverá ficar no MDB mesmo que não consiga assumir em definitivo o comando do partido.

Desempenho – Proporcionalmente, Kaio Maniçoba foi o deputado que mais cresceu em relação a 2014. Ele obteve 28.585 votos no pleito anterior e em 2018 atingiu 61.287 votos, mais do que dobrando seus votos. O resultado lhe colocou na primeira suplência da coligação formada por PP, PR, PMN e Solidariedade, e evidenciou a sua força política e eleitoral. Kaio obteve mais votos que três eleitos: Renildo Calheiros, Tadeu Alencar e Fernando Rodolfo.

RÁPIDAS

Emendas – A vereadora Michele Collins (PP) apresentou 30 emendas, nesta terça-feira (30), ao Plano Plurianual da Cidade do Recife. Sendo a Campeã de emendas à PPA 2018-2021. Foram 12 aprovadas e oito estão em análise na Comissão de Finanças da Câmara do Recife.

Jarbas Vasconcelos – Eleito para o segundo mandato como senador e conquistando a sua sexta vitória majoritária, Jarbas Vasconcelos está exalando alegria. Ontem recebeu uma romaria de prefeitos pernambucanos e foi bastante cumprimentado por colegas na Câmara dos Deputados pela sua vitória para o Senado Federal.

Inocente quer saber – Priscila Krause será oficializada como líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco?

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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