Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 2 de novembro de 2021 1 comentário

Coluna da Folha desta terça-feira

Os desafios do presidenciável Sergio Moro 

Responsável pela Lava-Jato em Curitiba, o juiz Sergio Moro decidiu deixar a magistratura para aceitar ser ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro. Apesar de ser uma decisão de foro particular, ela não se mostrou a mais adequada, e Moro acabou partidarizando decisões que tomou quando era magistrado, prova disso foi a anulação de diversos processos contra o ex-presidente Lula por suposta parcialidade.

Desde que deixou a magistratura, Moro passou a ser um agente político, e teve seu nome defendido para disputar a presidência da República em 2022. Ele decidiu pela filiação ao Podemos, que acontecerá no próximo dia 10, e definitivamente será oficializado como pré-candidato ao Palácio do Planalto.

A pauta do combate à corrupção é importante, e foi uma das que levaram Bolsonaro à presidência da República em 2018, mas não foi a única, a pauta de costumes e também o confronto ao Partido dos Trabalhadores também tiveram significativa parcela para a sua vitória.

Apostar no combate à corrupção como única e determinante bandeira dificilmente garantirá a Moro a competitividade necessária para chegar ao segundo turno. Tentando se consolidar na terceira via, haverá um longo caminho a ser percorrido por Moro, que terá outros nomes disputando a mesma faixa de eleitorado, o que poderá reduzir as chances de crescimento do ex-ministro da Justiça nas eleições do próximo ano.

Talvez fosse mais prudente para Sergio Moro uma candidatura a deputado federal, governador ou senador pelo seu estado, o Paraná, onde ele teria mais condições de lograr êxito. O desafio da disputa presidencial é enorme, e Moro corre um sério risco, de assim como na decisão de tornar-se ministro de Bolsonaro, sair da eleição menor do que entrou.

Iterpe – Henrique Queiroz vem imprimindo sua marca à frente da gestão do Instituto de Terras e Reforma Agrária do Estado de Pernambuco (Iterpe), trabalhando incansavelmente junto com sua equipe para ampliar o alcance da regularização fundiária  em todo o Estado, conforme determinação do governador Paulo Câmara. Na próxima quinta (04) o gestor reúne autoridades, lideranças rurais e servidores para comemorar os 12 anos da instituição, que vem transformando o sonho dos agricultores e agricultoras em realidade por meio da entrega de títulos de acesso à terra, melhorando a qualidade de vida e dando dignidade às famílias rurais.

Redução – Os números da Covid-19 no Brasil são animadores após o avanço significativo da vacinação. Foram 11.060 óbitos por causa da pandemia em outubro, tornando-se o menor número desde abril de 2020, quando o país havia registrado 5.804 óbitos naquela ocasião. A redução de casos e óbitos garante uma retomada segura das atividades econômicas e uma perspectiva de normalização do nosso dia a dia nos próximos meses.

Eriberto Medeiros – Buscando seu quinto mandato na Alepe, o deputado e atual presidente Eriberto Medeiros tem ampliado fortemente suas bases. Na Mata Sul, por exemplo, conta com muitos prefeitos, o que deverá fazer dele um dos mais votados do próximo ano.

Inocente quer saber – Com a filiação de Sergio Moro ao Podemos, a bolsonarista Clarissa Tércio manterá seus planos de se filiar ao partido?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 14 de outubro de 2021 1 comentário

Coluna da Folha desta quinta-feira

Sergio Moro dificulta ainda mais as chances da terceira via 

A provável pré-candidatura do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que foi juiz responsável pela Operação Lava-Jato, pelo Podemos, traz uma fragmentação ainda maior no conjunto de nomes colocados para a chamada terceira via que pretende desbancar a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro atestada em todas as pesquisas eleitorais.

Sergio Moro se junta aos prováveis nomes Ciro Gomes (PDT), Arthur Virgílio, João Doria e Eduardo Leite (PSDB) e ACM Neto, José Luiz Datena, Luiz Henrique Mandetta e Rodrigo Pacheco (União Brasil), o que dificulta ainda mais as chances da terceira via em 2022. Com a fragmentação colocada em pelo menos quatro nomes além de Lula e Bolsonaro, as chances de a terceira via quebrar a polarização são próximas de zero.

Historicamente, os dois primeiros colocados entre 1994 e 2018, durante sete eleições presidenciais, ficaram com 70% a 84% dos votos válidos no primeiro turno, a exceção foi 1989, uma eleição atípica e descasada, que possibilitou uma fragmentação muito grande de candidatos. Portanto, a entrada de Moro é ainda mais benéfica a Lula e Bolsonaro, pois tende a dividir votos com os já colocados nomes da terceira via.

Além de prejudicar a viabilidade eleitoral da terceira via, Sergio Moro ainda estará abdicando de chances reais de lograr êxito para o Senado ou para a Câmara dos Deputados pelo Paraná, onde teria grandes chances de emplacar um mandato em 2022, podendo desempenhar um papel mais relevante e mais efetivo na política nacional.

Outro fator é que Moro certamente será hostilizado por lulistas e bolsonaristas, virando alvo fácil dos dois líderes nas pesquisas, uma vez que é uma figura de pouco carisma e de baixa capacidade de convencimento pela sua pouca retórica. Em vez de atrapalhar Lula e Bolsonaro, Moro na condição de candidato a presidente poderá ajudar ainda mais a consolidar a ida dos dois para o segundo turno, pois as chances de um candidato da terceira via chegar a segunda etapa com quatro nomes são quase nulas.

Lessa em Agrestina – Com um bom trânsito em vários municípios, o deputado Erick Lessa esteve em Agrestina na quarta-feira (13), quando o parlamentar se reuniu com o prefeito Josué Mendes, e o secretário de Cultura e Turismo do município, Josenildo Santos. Em pauta, temas relacionados a Segurança Pública, Turismo Cultural e o atual cenário político da região.

Senado Federal – O presidente nacional do partido Republicanos, Marcos Pereira, afirma que o deputado federal Silvio Costa Filho é uma das prioridades do partido em 2022. O Republicanos quer ampliar a bancada no Senado Federal. Silvio, atualmente, preside a legenda no estado e é da executiva nacional do partido.

Agradecimento – Gostaria de agradecer a todos aqueles que enviaram mensagens ou telefonaram pela passagem do meu aniversário. Foram inúmeras manifestações de diversos amigos que tiraram um tempinho da sua agenda para de alguma forma homenagear a data. Obrigado a todos!

Inocente quer saber – A pré-candidatura de Tiago Pontes a deputado estadual continua de pé?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 13 de outubro de 2021 2.155 Comentários

Coluna da Folha desta quarta-feira

A incógnita sobre o caminho do PSDB em 2022

Presidido pela prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, o PSDB de Pernambuco perdeu espaço nas últimas eleições, quando não elegeu nenhum deputado federal e elegeu apenas uma deputada estadual, que foi Alessandra Vieira. Apesar de ter a pré-candidatura da prefeita de Caruaru a governadora, o partido é tido como uma legenda que não terá tropa, haja vista que não tem chapa pra federal e teria dificuldades de montar as condições de renovar o mandato de Alessandra, caso ela tente a reeleição pela legenda tucana.

Neste contexto, algumas pessoas acreditam que apesar de ser uma excelente candidata e ter uma boa narrativa, Raquel Lyra teria dificuldades práticas de montar o PSDB, porque não teria tropa suficiente para colocar o bloco na rua, o que a obrigaria a apoiar outro projeto na seara oposicionista, cujos pré-candidatos são Anderson Ferreira (PL) e Miguel Coelho (União Brasil).

O prefeito de Jaboatão teria uma certa vantagem em receber o apoio de Raquel Lyra, caso ela não topasse deixar a prefeitura para candidatar-se ao Palácio do Campo das Princesas no próximo ano, uma vez que a relação dos Lyra com os Ferreira é melhor do que com os Coelho, porém nem todo o PSDB estaria inclinado a apoiar Anderson Ferreira, há informações que Alessandra Vieira e Armando Monteiro, em caso de desistência de Raquel Lyra, poderiam convergir dentro da sigla para o projeto de Miguel Coelho. Faltando poucos meses para a definição, o posicionamento do PSDB permanece uma incógnita, e evidencia que está longe de chegar a uma decisão que seja satisfatória para o conjunto de forças da oposição em 2022.

Monitoria – O governador Paulo Câmara sanciona, nesta quarta-feira, o projeto de lei do Programa Monitoria PE. Ao lado do secretário Marcelo Barros, o governador ainda assina decreto do bônus de Desempenho Educacional e anuncia concurso público para a Secretaria de Educação.

Sintonia – A ex-vereadora do Recife, Aline Mariano (PP), anda bastante sintonizada com o deputado federal Eduardo da Fonte, presidente estadual do PP, e o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Clodoaldo Magalhães (PSB), que é pré-candidato a deputado federal. Aline definirá com Eduardo da Fonte a melhor estratégia para o partido em 2022, se será candidata à Casa Joaquim Nabuco ou se apenas apoiará candidatos a estadual e federal.

Decidido – O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, decidiu que será candidato a presidente da República pelo Podemos em 2022. O presidenciável está em posse de uma pesquisa que aponta que ele teria totais condições de quebrar a polarização instituída hoje entre o ex-presidente Lula e o atual presidente Jair Bolsonaro, primeiro e segundo colocados, respectivamente, em todos os levantamentos apresentados até aqui.

Inocente quer saber – A candidatura de Sergio Moro sendo oficializada dificulta ou melhora a situação da terceira via no Brasil para 2022?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 24 de março de 2021 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta quarta-feira

Miguel Coelho também poderá se beneficiar da gestão de João Campos 

Prefeito de Petrolina em segundo mandato, Miguel Coelho trabalha no sentido de disputar o Palácio do Campo das Princesas em 2022, quando terá apenas 32 anos de idade, um pouco mais do que a idade mínima de 30 anos para tentar o cargo de governador.

Além da vitrine  da sua gestão em Petrolina, onde foi reeleito com mais de 76% dos votos válidos em 2020, considerada um dos principais canteiros de obras do Brasil, Miguel Coelho poderá ser beneficiado por um prefeito que está num campo oposto ao seu, que é João Campos.

A gestão de João Campos já coleciona boa avaliação e um resultado efetivo na vacinação contra a Covid-19, isso tem possibilitado índices de aprovação acima de 70%, de acordo com sondagens para consumo interno do PSB. João é três anos mais novo que Miguel, com 27 anos, e poderá ser um importante ativo para políticos de uma nova geração que almejam disputar cargos de relevância, como o governo de Pernambuco.

Apesar de ser um case que justificaria a pouca idade de Miguel Coelho na tentativa de ser governador, João Campos estará no palanque de Geraldo Julio, seu antecessor no Recife e virtual nome do PSB para a disputa do próximo ano e sem sombra de dúvidas sua gestão será explorada pela Frente Popular para alavancar o seu candidato em 2022.

Socorro aos EUA – O deputado estadual Guilherme Uchoa Júnior aplaudiu nas suas redes sociais a iniciativa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de enviar ofício à vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, onde solicita autorização para o governo brasileiro comprar vacinas excedentes que estão estocadas naquele país.

Vacinação – Governos mundo afora, que já avançaram com seu processo de imunização contra a Covid-19, estudam adotar o “passaporte de vacinação” para reabrir a economia. Aqueles que já estiverem vacinados, poderão frequentar bares, restaurantes e shoppings, desde que apresentem a comprovação de que foram imunizados.

Recorde – Com 3.251 mortes confirmadas nesta terça-feira, o Brasil teve o seu recorde de mortes por conta da pandemia da Covid-19. Nesta quarta-feira é provável que o país atinja a marca de 300 mil mortes ocasionadas pela pandemia.

Epicentro – Com 1/3 das mortes por Covid-19, São Paulo, do governador João Doria (PSDB), virou o epicentro de mortes do país, mesmo tendo adotado lockdown rígido em diversas regiões do estado. É de lá que partem os maiores índices de mortalidade por Covid do país.

Gleide Angelo – Deputada mais votada da história de Pernambuco em 2018, Gleide Angelo estaria avaliando deixar o PSB para disputar a reeleição em 2022. Há quem aposte que seu destino seria o MDB, que hoje ainda está integrando a Frente Popular.

Equívoco – Há quem avalie que seria um equívoco Gleide deixar o PSB, pois nenhum outro partido possui a capilaridade eleitoral e política dos socialistas. Neste contexto, Gleide poderá ficar fragilizada, pois poderá ter sua votação reduzida de forma drástica e ainda criar um problema com seu atual partido.

Inocente quer saber – O STF acertou ao decidir pela parcialidade de Sergio Moro nos processos contra Lula?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 11 de março de 2021 1.964 Comentários

Coluna da Folha desta quinta-feira

A conta de Lula para disputar 2022 

Um verdadeiro animal político, personagem central dos últimos trinta anos da política brasileira, Lula fundou o maior partido da América Latina, o PT, e chegou a presidência da República em 2002, saindo em 2010 com aprovação recorde tendo sido fundamental para a eleição de Dilma Rousseff, sua sucessora.

Lula já entrou para a história como um dos brasileiros mais importantes do país, e por isso avaliará bem a decisão de ser novamente candidato a presidente da República em 2022. Ele sabe que uma vitória lhe garantiria o bônus de ser por três vezes presidente da República numa era democrática, porém o lado positivo fica por aí. Diferentemente de 2003 quando recebeu um país minimamente organizado, que lhe deu as condições de realizar um governo exitoso, ele poderia sofrer com a inexorável comparação de um governo que se iniciaria em 2023 com suas duas primeiras passagens pelo Palácio do Planalto, e as condições de hoje dificultam a vida de qualquer presidente.

Mas uma eleição você não tem apenas o risco de vencer, há também a outra face da moeda que é o risco de perder, que será calculado por Lula. Ele sabe que todos os presidentes que disputaram reeleição foram vitoriosos, devido a força da caneta e da máquina federal. Inclusive Lula e Dilma, um ano antes da reeleição enfrentaram crises significativas, ele enfrentou o mensalão, enquanto Dilma o petrolão e os protestos de 2013, e ainda assim saíram vitoriosos em 2006 e 2014, respectivamente.

Diferentemente do PSDB que sempre foi presa fácil para o PT nas quatro eleições vencidas pelo partido, Lula enfrentaria um Jair Bolsonaro que tem um perfil extremamente agressivo e que não leva desaforo pra casa, além de um exército de apoiadores que assim como os petistas estão com o presidente para o que der e vier. Uma derrota de Lula para Bolsonaro em 2022 poderia significar a fragilização do Partido dos Trabalhadores e do próprio legado de Lula. Além disso, uma eventual derrota de Lula faria de Bolsonaro um personagem ainda mais forte do que é atualmente. Portanto, Lula, que tem o instinto de sobrevivência aguçado, seguirá alimentando a possibilidade de ser candidato, mas só oficializará a entrada no páreo se for pule de dez a sua vitória no próximo ano.

Reconduzido – O deputado federal Wolney Queiroz foi reconduzido pelo seu partido na liderança do PDT na Câmara dos Deputados. Wolney construiu uma brilhante trajetória em Brasília ao longo dos seis mandatos conquistados, mas a sua recondução na liderança do PDT é um reconhecimento da sua capacidade de diálogo e de defesa dos interesses do país.

Custas – O voto de Gilmar Mendes ainda causa perplexidade no meio jurídico. “Ele condenou o ex-juiz Moro a pagar custas. Cabe isso em ação de habeas corpus? Houve contraditório, para que o ex-juiz se defendesse? Se a Lava Jato e o juiz Moro cometeram erros legais em seus atos, será com outras ilegalidades que isso deve ser corrigido?”, questionou o procurador regional Eleitoral de Pernambuco, Wellington Saraiva.

Inocente quer saber – Quem seria o vice ideal para Lula em 2022?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 9 de março de 2021 3 Comentários

Coluna da Folha desta terça-feira

Decisão de Fachin reforça polarização Lula x Bolsonaro 

Desde 1994 o Brasil experimentou uma polarização entre PT e PSDB, que durou seis eleições ininterruptas, com duas vitórias tucanas e quatro petistas, até que em 2018 o então deputado federal Jair Bolsonaro conseguiu tomar o lugar do PSDB e desbancou o PT derrotando Fernando Haddad no segundo turno.

Quando tudo caminhava para não termos mais a presença de Lula em disputas presidenciais, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, decidiu monocraticamente pela anulação das condenações de Lula nos casos do triplex do Guarujá e do sítio de Atibaia. Apesar de ainda depender de uma decisão colegiada para se tornar efetiva, a posição de Fachin recoloca Lula no páreo de 2022.

E com isso, reforça a polarização entre Jair Bolsonaro e Lula, dificultando, portanto, o aparecimento de outras vias como Sérgio Moro, João Doria e João Amoedo na centro-direita e Ciro Gomes, Marina Silva e Luciano Huck na centro-esquerda. Lula e Bolsonaro se retroalimentam desta polarização e deverão dominar as discussões ao longo deste ano e consequentemente na disputa presidencial de 2022.

A decisão do ministro do STF esvazia por completo o centro e coloca os dois líderes mais populares dos últimos 30 anos do país frente a frente em 2022. Não poderia haver decisão melhor para lulistas e bolsonaristas, que terão um palco para uma eleição sangrenta e de pouco conteúdo, no maniqueísmo que tanto o ex-presidente quanto o atual se arvoraram e chegaram ao Palácio do Planalto nas vezes em que saíram vitoriosos.

Denúncia – Na sessão da próxima quinta (11), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá se recebe ou não denúncia criminal oferecida pela Procuradoria Geral da República contra o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) por supostas ameaças à Corte. Detido no Batalhão da Polícia Militar em Niterói (RJ), o deputado foi preso em suposto flagrante, após a divulgação de vídeo.

Professores – O PSB ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Controladoria Geral da União (CGU) que impôs a dois professores da Universidade Federal de Pelotas o compromisso de não proferir “manifestações de desapreço” ao presidente Jair Bolsonaro no local de trabalho, pelo período mínimo de dois anos. Os processos administrativos foram motivados por manifestações durante transmissão ao vivo pelas redes sociais oficiais na universidade. Para o PSB, ao retirar dos professores a livre manifestação de ideias, a conduta da CGU representa “patente retrocesso em direitos fundamentais”.

Eduardo Cunha – Com a decisão de Fachin sobre Lula, as redes sociais questionaram quando haverá decisão semelhante sobre Eduardo Cunha, algoz de Dilma Rousseff no processo de impeachment quando era presidente da Câmara dos Deputados.

Previsão – Um dia antes da decisão de Fachin de anular as condenações de Lula, o senador Humberto Costa postou um vídeo em seu Twitter sinalizando a volta de Lula. O tweet tinha os dizeres: “Pode se preparar…” e um vídeo do ex-presidente da República.

Inocente quer saber – No Brasil até passado é imprevisível?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 19 de janeiro de 2021 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta terça-feira

João Doria segue eleitoralmente distante de Bolsonaro

Governador do principal estado da federação, São Paulo, João Doria ganhou protagonismo nos últimos meses com a viabilização da vacina contra a COVID-19 e isso o tornou no principal adversário político do presidente Jair Bolsonaro, de quem dependeu fortemente do seu prestígio para eleger-se governador em 2018.

Apesar de estar diariamente na mídia fazendo duros ataques ao presidente, e sofrendo ataques do mesmo, os números de João Doria na corrida presidencial são muito tímidos, com apenas um dígito nos levantamentos, evidenciando que há um longo caminho a ser percorrido para transformar-se em alternativa nacional ao presidente da República.

João Doria ainda poderá se tornar competitivo, mas os números apontam que o eleitor do PSDB, o seu partido, decidiu em sua maioria migrar para o bolsonarismo e dá sinais que não está nem um pouco interessado em voltar a votar em candidatos tucanos. A esquerda, através dos candidatos Fernando Haddad e Ciro Gomes, e Sergio Moro, ex-ministro da Justiça, ainda são os principais adversários de Bolsonaro e que possuem algum tipo de chance de chegar a um segundo turno contra o atual presidente, que segue favorito para conquistar o segundo mandato.

Inquérito – O procurador-geral da República, Augusto Aras, requisitou a abertura, pelo Ministério da Saúde, de um “inquérito epidemiológico e sanitário com o objetivo de apurar causas e responsabilidades pelo colapso no sistema de saúde de Manaus (AM) em decorrência do aumento de casos de covid-19”. O documento de Aras determina a apuração para que possam ser elucidadas as causas do colapso que geraram “estado de apreensão local e nacional quanto à falta de insumos básicos de saúde”. O Estado do Amazonas enfrenta a falta de oxigênio para atender os pacientes.

Plantão – A partir desta segunda (18), a vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, responderá pelos casos urgentes encaminhados ao Tribunal, até 31 de janeiro. O presidente Luiz Fux entrou em férias, após atuar no plantão do Tribunal desde 20 de dezembro.

Ações – A realização do ENEM durante a pandemia de coronavírus motivou o ajuizamento de 112 ações judiciais em 18 Estados, das quais apenas uma, referente ao Amazonas, teve sucesso, suspendendo o exame no Estado. O levantamento foi feito pela Advocacia-Geral da União (AGU), órgão de assessoramento jurídico do Poder Executivo, que criou força-tarefa para monitorar os processos envolvendo o exame.

Impeachment – O jurista Ayres Britto, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que “o impeachment foi criado pensando em governantes que, assim como Jair Bolsonaro, dão as costas para a Constituição Federal”. Segundo o ex-presidente do STF, a conduta de Bolsonaro no combate ao novo coronavírus “sinaliza o cometimento de crime de responsabilidade”.

Inocente quer saber – Há elementos jurídicos e políticos que justifiquem o impeachment de Jair Bolsonaro?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 1 de dezembro de 2020 5 Comentários

Coluna da Folha desta terça-feira

Sinalização de João Campos reforça distanciamento do PT 

O prefeito eleito do Recife, João Campos (PSB), ainda no domingo sinalizou que o Partido dos Trabalhadores não faria parte da sua gestão caso lograsse êxito na disputa contra sua prima Marília Arraes (PT), a declaração se repetiu após João ser confirmado como o novo prefeito do Recife a partir de primeiro de janeiro de 2021.

O sentimento externalizado pelo futuro chefe do executivo municipal ganha ressonância entre aliados da Frente Popular também no âmbito estadual, onde o PT ocupa a secretaria de Desenvolvimento Agrário, órgãos subordinados à pasta e também a presidência da EPTI com a ex-primeira-dama Marília Bezerra, esposa do vereador João da Costa.

Eles aguardam ansiosamente pela reciprocidade do apoio ofertado ao PSB na disputa pela prefeitura do Recife. De acordo com um parlamentar em reserva, o PT deveria fazer esta reflexão e colocar os cargos ocupados à disposição do governador Paulo Câmara já no sentido de deixar o comandante estadual a vontade para avançar com uma minirreforma administrativa visando os próximos dois anos de governo.

Para este mesmo parlamentar, não há mais clima para o PT permanecer na Frente Popular, que agora é composta por PSB, PDT, PP, MDB, PSD, PROS, PCdoB, Avante, Republicanos e Solidariedade, partidos que estiveram do início ao fim ao lado do projeto vitorioso liderado por João Campos na capital pernambucana.

Suplementares – Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso definiu a questão dos eleitos “sub judice” como “um problema”. A decisão definitiva sobre os “sub judice” pode gerar a redefinição do quociente eleitoral, no caso dos vereadores, ou gerar eleições suplementares para prefeito. As eleições suplementares, caso necessárias, serão feitas em 2021. Nestes municípios, a regra será o presidente da Câmara de Vereadores exercer interinamente o cargo de prefeito até a nova eleição.

Facada – A Defensoria Pública da União (DPU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tirar Adélio Bispo, autor do atentado a faca contra Jair Bolsonaro, da penitenciária federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A DPU pede que Adélio seja transferido para um hospital de custódia e tratamento psiquiátrico em Minas Gerais, onde possa dar início ao tratamento de saúde que necessita. A decisão caberá ao ministro Nunes Marques, primeiro indicado por Bolsonaro para o STF.

Consultoria – O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, foi anunciado como novo diretor de empresa de consultoria americana. É o mesmo escritório que atua como administradora judicial da Odebrecht, empreiteira investigada pela Lava Jato. Como juiz no Paraná, Moro conduziu os processos da Lava Jato. “Não é advocacia, nem atuarei em casos de potencial conflito de interesses”, justifica Moro. O ex-ministro segue cotado para a presidência em 2022.

Disparou – No início da campanha eleitoral, João Campos (PSB) tinha 150 mil seguidores no Instagram. Porém a campanha eleitoral fez com que ele se aproximasse dos 300 mil seguidores. O prefeito eleito do Recife tem forte presença e engajamento nas redes sociais.

Inocente quer saber – Quando o PT entregará os cargos que ocupa nas gestões do PSB?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 20 de julho de 2020 3 Comentários

Coluna da Folha desta segunda-feira

Sergio Moro consolida-se na oposição a Jair Bolsonaro 

Símbolo do combate à corrupção como juiz da 13ª vara federal de Curitiba, Sergio Moro foi um dos principais responsáveis pelo êxito da operação Lava-Jato, que dura seis anos no país, e não só desbaratou sistemas de corrupção como devolveu milhares de recursos desviados aos cofres públicos.

Em 2018, ao término da eleição presidencial, Sergio Moro cometeu um grande equívoco ao trocar a magistratura para assumir o ministério da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro. Com o passar dos meses ficou latente o desconforto da relação entre o ministro e o presidente da República, o que culminou no seu pedido de demissão em maio deste ano.

Moro, ex-juiz, não pode mais voltar para o cargo de origem, a não ser que decida prestar novamente concurso público, mas a política é um caminho sem volta, a partir do momento em que ele tomou a decisão de servir ao país como auxiliar de Bolsonaro, entrou no ringue político e qualquer decisão teria conotação política ou eleitoral.

Isso leva a crer que Sergio Moro continua sendo um player na sucessão do próprio Bolsonaro, que vislumbra um céu de brigadeiro no enfrentamento à esquerda, que não tem nome natural para 2022. A entrada de Moro no páreo toma de uma vez por todas a pauta de combate à corrupção do presidente e coloca seu ex-ministro na condição de mais competitivo antagonista na luta pela reeleição.

Sergio Moro, que hoje detém índices relevantes no Sul e Sudeste, e em estratos sociais das classes A e B, precisará aproximar-se do Nordeste, discutindo pautas para a região e naturalmente nacionalizando e popularizando sua imagem. Com isso, ele tende a chegar muito forte para enfrentar o presidente Bolsonaro em 2022, dividindo a direita e dando alguma chance de sobrevida à esquerda.

Lajedo – O assassinato de um militante oposicionista causou profunda consternação no município e deu mostras do que poderemos ter durante a campanha eleitoral devido aos ânimos acirrados na cidade. O ex-deputado Marcantonio Dourado pediu que a polícia investigue a fundo o crime.

Live de Tadeu – O sucesso da live que fez com a cantora Irah Caldeira empolgou o deputado Tadeu Alencar (PSB-PE). Foram 60 minutos de muita participação. A consciência da cantora mineira radicada em Pernambuco foi um dos pontos destacados pelo parlamentar após boa conversa em torno de cultura, música e política. Na semana passada, o papo virtual foi com Alessandro Molon (Líder do PSB-RJ).

Perda –  A morte do bispo de Palmares, Dom Henrique Soares, por Covid-19, gerou muita comoção na região da Mata Sul. O prefeito de Ribeirão, Marcello Maranhão (PSB) lamentou o ocorrido e enalteceu a sua atuação na região.

Recuperado – Após contrair a Covid-19, o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho, apresentou-se completamente recuperado. Em live emocionante, Mendonça falou dos dias em que enfrentou a doença e da reflexão que fez enquanto se recuperava.

Inocente quer saber – O PSB poderá colocar Paulo Câmara como opção nacional para 2022?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 28 de maio de 2020 3 Comentários

Coluna da Folha desta quinta-feira

Sergio Moro se consolida como antagonista de Bolsonaro 

Sergio Moro notabilizou-se como juiz da décima terceira vara da Justiça Federal em Curitiba, sendo responsável pela primeira instância da operação Lava-Jato. O êxito de Moro nos processos que levaram à prisão políticos de diversas matizes ideológicas, como Lula e Eduardo Cunha, por exemplo, fizeram dele uma espécie de herói nacional.

Eleito presidente da República em 2018 como uma consequência da operação Lava-Jato que desestruturou o establishment político da época, Jair Bolsonaro chegou ao cargo com pouquíssimo tempo de televisão, contrariando a lógica vigente que dava aos candidatos de PT e PSDB o protagonismo nas últimas seis eleições presidenciais.

Bolsonaro convidou Moro para o ministério da Justiça, este por sua vez teve que abdicar de 22 anos de magistratura para aceitar o cargo. Em pouco mais de um ano, a relação que era de apreço e admiração, perdeu-se pelo caminho e transformou Moro e Bolsonaro em ferrenhos adversários.

Candidato à reeleição, prejudicado pelos desdobramentos da Covid-19, Jair Bolsonaro passa a ter um importante antagonista, que ao ter abdicado da magistratura não tem outro caminho que não seja o ingresso na política, valendo-se do prestígio obtido pela Lava-Jato. As críticas sistemáticas de Moro a Bolsonaro são apenas o início de mais uma polarização entre criador, Moro, e criatura, Bolsonaro, que já observamos em vários casos da política Brasil afora.

Licitações – A procuradora geral Germana Laureano, do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO), vem alertando prefeituras para não realizarem pregões presenciais e etapas presenciais das licitações, para evitar aglomerações no meio da pandemia. O MPCO tem indicado o pregão eletrônico simplificado, como método de continuar com as aquisições, sem haver circulação dos representantes das empresas nos prédios das prefeituras.

Inquérito 1 – O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu a suspensão de inquérito das fake news até que plenário ao Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleça balizas para investigação. “Neste dia 27 de maio, a Procuradoria-Geral da República viu-se surpreendida com dezenas de buscas e apreensões e outras diligências, contra ao menos 29 pessoas, sem a participação, supervisão ou anuência prévia do Ministério Público que é, ao fim, destinatário dos elementos de prova”, disse Aras, chefe do Ministério Público Federal (MPF).

Inquérito 2 – O inquérito foi aberto sem pedido do MPF, o relator Alexandre de Moraes foi escolhido sem sorteio e o inquérito é conduzido sem a participação do MPF. “Respeito o STF mas o inquérito das fakes news é completamente ilegal e inconstitucional. Não investiga fatos objetivos e específicos, fake news não é um crime tipificado no Código Penal. No ano passado uma revista foi censurada pelo inquérito”, critica a procuradora Thaméa Danelon, ex-integrante da Lava Jato.

Live – O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), é o nosso convidado da live desta quinta-feira. O encontro irá o ar a partir das 19:30 horas em nosso Instagram através do @edmarlyra. Vale a pena conferir.

Inocente quer saber – O STF com sua operação de ontem quer cercear a liberdade de expressão como dizem os bolsonaristas?

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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