
Por Jarbas Vasconcelos
Dediquei boa parte da minha vida para restabelecer a democracia em meu País aprendendo ao longo dessa jornada duas coisas. A primeira delas é que sua conquista não se dá por nocaute. É exercício diário, exigindo paciência, conversa, transigência e obstinação. A outra é que quando se imagina que possa estar ameaçada por algum desvio, a melhor reação é fustigar com mais democracia, entendendo que mesmo com dores e espasmos ela tem o condão de corrigir excessos e oportunizar a participação popular.
Em uma pesquisa recente elaborada pelo Instituto Datafolha foi vista uma expressiva aprovação da população brasileira à democracia. Os números mostraram que 75% dos entrevistados apoiam nosso regime democrático. Em dezembro de 2019, última vez em que o instituto fez a pergunta em seu levantamento, esse número foi 62%. Os dados mostram que o índice de apoio à democracia hoje é o maior desde 1989, ano em que o Datafolha incluiu a pergunta em suas pesquisas.
Em um momento de tanta dificuldade pelo qual passamos – com líderes e grupos segmentados espalhados pelo País fomentando a disputa entre poderes e até sugerindo a atuação das Forças Armadas além do que prevê a nossa Constituição Federal -,ver esses números e entender que a população reconhece e apoia os pilares democráticos que nos sustentam é alentador. Só reforça que o que foi conquistado depois de um dos períodos mais sombrios de nossa história, o período da ditadura, segue firme e cada vez mais fortalecido.
Aos 12% dos entrevistados que nesse mesma pesquisa do Datafolha afirmaram que tanto faz estarmos numa democracia ou numa ditadura eu sugiro apenas que leiam. Que busquem conhecimento maior sobre a história do nosso País. Ao fazerem isso talvez entendam que a democracia é muito mais do que a participação em eleições. Talvez entendam também que a democracia é a possibilidade permanente do cidadão de participar, cobrar, acompanhar, se expressar e fazer valer seus direitos e deveres.
A manutenção e o fortalecimento da democracia são lutas diárias que transcendemtodo tipo de disputa politica e está acima de qualquer forma de polarização. Ameaças aos seus princípios contará não só com atuação dos nossos poderes, mas, como apontou a pesquisa do Datafolha, atenderá a vontade da maioria do nosso povo.





Nascido em 1916 na cidade de Araripe, no Ceará, Miguel Arraes de Alencar vem de uma família tradicional cearense, tendo como parentes José de Alencar, escritor, e Humberto de Alencar Castelo Branco, que foi presidente da República durante o regime militar. Seu pai era comerciante na sua cidade.
Nascido em Carpina em 1931, Sérgio Murilo Santa Cruz e Silva bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Recife em 1956, e no ano seguinte cursou doutorado em Direito na Universidade de Madri.
Nascido no Recife em 5 de setembro de 1931, Marcos de Barros Freire iniciou sua sua vida pública na política estudantil quando era aluno da Faculdade de Direito do Recife, vindo a concluir o curso em 1955. Naquele mesmo ano, tornou-se oficial de gabinete do então prefeito do Recife Djair Brindeiro. Já na gestão de Pelópidas da Silveira, Marcos Freire exerceu diversos cargos, dentre eles o de chefe de gabinete do prefeito, continuando na prefeitura durante a gestão de Miguel Arraes.




Nascido em 21 de julho de 1940, Marco Antônio de Oliveira Maciel herdou o gosto pela política do pai, José do Rego Maciel, que foi deputado federal por Pernambuco entre 1955 e 1959. Marco Maciel ingressou na Faculdade de Direito do Recife, concluindo seu curso em 1963, mas foi lá que iniciou sua trajetória política sendo presidente do DCE e posteriormente da União dos Estudantes de Pernambuco. A atuação de Maciel se notabilizou por contrapor a narrativa de esquerda da União Nacional dos Estudantes, chegando a desligar-se dela com um manifesto público.




Nascido em 11 de março de 1950, Carlos Wilson Rocha de Queiroz Campos iniciou sua vida pública em 1972 como assessor da presidência do INCRA, posteriormente seria nomeado, no biênio seguinte para a chefia de gabinete daquele órgão. Já em 1974 tentaria, com sucesso, seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados pela Aliança Renovadora Nacional, e assumiria em 1975, o mandato de deputado federal.
Nascido em 2 de novembro de 1920 em Petrolina, Nilo de Souza Coelho foi um dos treze filhos do casal Clementino de Souza Coelho e Josefa Maria de Souza Coelho. Seu Quelê, como era conhecido, tornou-se um dos principais empresários do sertão do São Francisco.


Nascido no Recife em 1947, Severino Sérgio Estelita Guerra veio de família tradicional de política, seu pai Pio Guerra e seu irmão José Carlos Guerra tinham sido deputados federais. Em 1981 filiou-se ao MDB e no ano seguinte tentou seu primeiro mandato como deputado estadual, sendo eleito naquele pleito, quatro anos mais tarde, já pelo PDT conseguiu seu segundo mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco com 9.899 votos, sendo o penúltimo eleito daquele pleito.
Nascido em 1936 na cidade de Belo Jardim, José Mendonça Bezerra formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Recife no ano de 1963, e após sua formação, decidiu ingressar na vida pública participando da Aliança Renovadora Nacional (ARENA) em 1966 quando decidiu disputar seu primeiro mandato eletivo, o de deputado estadual. Mendonção, como ficou conhecido, exerceu três mandatos na Assembleia Legislativa de Pernambuco, até que em 1978 disputou seu primeiro mandato na Câmara Federal ficando até 2010, quando deixou Brasília pensando em ser prefeito de Belo Jardim, sua terra natal, na eleição seguinte.