Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 16 de maio de 2020

Coluna da Folha deste sábado

Saída de Teich denota falta de rumo do governo Bolsonaro

Com quase dezessete meses de governo, o presidente Jair Bolsonaro coleciona uma série de crises políticas e institucionais que deixam a população perplexa com tamanha falta de habilidade e sensibilidade por parte do presidente.

Durante o início da pandemia da Covid-19 vimos o presidente esculachar o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, até ficar insustentável a convivência entre ambos e acabou na demissão do responsável pelo enfrentamento à pandemia. Pouco depois o presidente começou a esticar a corda na relação com ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Após interferência indevida na sua pasta por parte do presidente para proteger seus filhos de investigação, Moro pediu o boné e fragilizou ainda mais o presidente, que perdeu um de seus pilares.

O substituto de Mandetta, Nelson Teich, que entrou no dia 17 de abril, foi pego de surpresa durante uma coletiva, quando o presidente anunciou no Palácio do Alvorada a inclusão de academias, salões de beleza e barbearia como atividades essenciais, num constrangimento jamais visto em relação a um ministro publicamente.

A situação estava tão ruim que Nelson Teich pediu para sair em menos de um mês no cargo por interferências indevidas em seu trabalho. O presidente a cada dia se mostra perdido e despreparado para exercer a função máxima do país. Sob seu comando, caminhamos a passos largos para um completo caos. É preciso detê-lo através de um impeachment, porque sabemos que ele tem ideia fixa e não vai retroceder um milímetro na sua postura incendiária e irresponsável.

Pandemia 1 – Dois partidos, Rede e Cidadania, além da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), já foram ao Supremo contra a medida de provisória de Bolsonaro, que tenta blindar agentes públicos de punição por eventuais desvios dos recursos do combate à covid-19. As ações foram distribuídas para o ministro Luís Roberto Barroso, um dos maiores críticos do presidente da República, via imprensa.

Pandemia 2 – A versão que corre em Brasília é que a medida provisória foi um “pedido do Banco Central”, que estaria sendo chamado a comprar títulos de empresas fora do sistema bancário, para ajudar a manter a economia. Como os títulos, depois da crise do covid-19, podem se revelar “podres”, os técnicos do Banco Central temem a responsabilização na Justiça.

Procuradoria – Crescem as críticas ao procurador geral da República, Augusto Aras, por supostamente estar “protegendo” o presidente Bolsonaro, no inquérito que investiga as denúncias do ex-ministro Sergio Moro. A última atitude de Aras foi pedir que apenas uma parte da reunião ministerial de abril seja divulgada. Segundo Moro, o presidente teria pressionado o ex-ministro a interferir na Polícia Federal durante a reunião. A gravação segue sob sigilo, no STF.

Cidadania – O deputado Romero Albuquerque (PP) anunciou a doação de 6 toneladas de ração para abrigos do estado, e conseguiu mais 1 tonelada doada pelo presidente da Juventude Progressista, Lula da Fonte. Além disso, o parlamentar também doará litros de água para o Abrigo Cristo Redentor, que acolhe idosos em Jaboatão.

Inocente quer saber – O rodízio de veículos é a medida mais correta para evitar a disseminação do coronavírus?

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Postado por Edmar Lyra às 9:46 am do dia 15 de maio de 2020

A metamorfose ambulante

O nosso personagem começou sua trajetória eleitoral em 2002, portanto há dezoito anos, quando tentou sem sucesso o mandato de deputado federal pelo então PL. Candidato pela Frente de Esquerda de Pernambuco, que deu sustentação a candidatura de Humberto Costa a governador pelo PT, Alberto Feitosa teve 49.320 votos e ficou na suplência da sua coligação.

Posteriormente, por indicação de Carlos Wilson que aproximara-se de Lula, Feitosa ficou responsável pela superintendência do Aeroporto Internacional do Recife, Cali era o presidente da Infraero à época, e coube a Feitosa a gestão da reforma que deu ao aeroporto recifense uma modernização e a sua colocação no rol dos melhores aeroportos do país.

Em 2006, Feitosa continuou no PL, que viraria Partido da República presidido em Pernambuco pelo lendário Inocêncio Oliveira, que teve papel fundamental na viabilização do projeto de Eduardo Campos. O PR foi um dos cinco partidos que sustentaram o projeto do PSB naquela ocasião. Feitosa foi candidato a deputado estadual pela Frente Popular e obteve 26.993 votos, ficando na segunda suplência da sua coligação.

Como apoiou o governador eleito, Feitosa ascendeu à Alepe, e viria a ser efetivado dois anos depois com a eleição de alguns prefeitos em 2008. E a relação com o PSB se tornou cada vez mais forte, tanto que em 2011 após ser reeleito para a Casa Joaquim Nabuco, foi convidado para assumir a secretaria de Turismo pelo então governador Eduardo Campos. A relação próxima com o PSB e sua competência, é preciso reconhecer, fez dele um dos deputados estaduais mais votados de 2014 após a exitosa passagem pela Setur.

Em 2015 foi convidado pelo prefeito Geraldo Julio para assumir a secretaria de Saneamento do Recife, ficando no posto até 2018 quando desincompatibilizou-se para disputar a reeleição para a Casa Joaquim Nabuco. As urnas apontaram uma queda significativa na votação de Feitosa, caindo de 62.332 votos para 42.303 votos, perdendo cerca de vinte mil de um pleito pelo outro. É importante frisar que neste ínterim, Feitosa trocou o PL pelo Solidariedade.

No processo eleitoral de 2018, Alberto Feitosa foi reeleito novamente pela Frente Popular e não se viu nenhuma crítica ao governador Paulo Câmara e ao prefeito Geraldo Julio. O silêncio se manteve até meados de 2019, quando decidiu adotar uma postura de maior independência em relação ao PSB, de aos poucos, Feitosa que era um expoente do socialismo em Pernambuco mesmo sem ser filiado ao PSB, foi se tornando o mais fervoroso bolsonarista do estado.

Esse ano trocou o Solidariedade pelo PSC na expectativa de ser ungido pelo partido de André Ferreira como nome para a prefeitura do Recife, mais do que isso, sonha em ser o nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro nas eleições deste ano. Em dezoito anos na política, Feitosa está no seu quarto partido, tendo servido a Lula, Eduardo Campos, Geraldo Julio e agora a Bolsonaro. O prefeiturável preferiu ser uma espécie de metamorfose ambulante do que ter a velha opinião formada sobre tudo!

 

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 15 de maio de 2020

Coluna da Folha desta sexta-feira

Oposição espera desfecho do PT para traçar estratégia

Com a questão da pandemia da Covid-19, as articulações com vistas às eleições municipais estão numa situação de sobrestamento, porém os atores oposicionistas que apoiaram Armando Monteiro estão atentos para determinar o caminho que será adotado nas eleições da capital pernambucana.

O sentimento é o de que o cenário com a candidatura de Marília Arraes a prefeita é um, o que obrigaria a oposição a afunilar as candidaturas para tentar quebrar a polarização de João Campos e Marília Arraes que está se consolidando, porém na hipótese ainda não descartada completamente pela oposição de o PT novamente negar a Marília um projeto majoritário, a manutenção das seis pré-candidaturas a prefeito por parte da oposição citadas ontem deve prevalecer.

Independente do cenário envolvendo a postulação de Marília Arraes, é importante frisar que a oposição possui pelo menos quatro atores que não teriam absolutamente nada a perder se disputarem a prefeitura, e dificilmente abandonariam o projeto majoritário, que são os deputados Alberto Feitosa e Marco Aurélio e os outsiders Charbel Maroun e Patrícia Domingos, que qualquer resultado os projetariam para pleitos futuros. Essa variável acaba obrigando Daniel Coelho e Mendonça Filho a discutirem uma proposta conjunta, pois juntos poderiam formar uma frente com Cidadania, Democratas, PSDB e PTB, que ofertariam ao nome colocado um significativo tempo de televisão.

Há defensores de uma chapa que tivesse Daniel Coelho na cabeça com a deputada estadual Priscila Krause na vice, e acreditam que essa chapa seria extremamente competitiva, mas o entendimento passa pela decisão de Mendonça Filho que tem o seu legítimo desejo de ser novamente candidato a prefeito.

Itamaracá – O deputado estadual Guilherme Uchoa Júnior (PSC), comemorou os números divulgados pelo MPPE de isolamento social para Itamaracá. Com 52%, a ilha governada pelo prefeito Mosar Tato (PSB), aliado do parlamentar, tem um dos melhores índices de Pernambuco. O isolamento, associado às medidas da gestão, tem ajudado Itamaracá a ter bons números na luta contra a Covid-19.

Impunidade – Choveram críticas contra a medida provisória 966, de Jair Bolsonaro, que dificulta a responsabilização de agentes públicos por gastos no combate à epidemia. “Favorece a impunidade. Estamos vendo casos escabrosos na imprensa de governos e prefeituras pagando milhões para empresas de fachada na pandemia. Esta medida provisória tenta blindar, dar um habeas corpus preventivo, para estes gestores”, diz o procurador Cristiano Pimentel, do Ministério Público de Contas (MPCO). A OAB nacional já agendou uma reunião extraordinária na segunda (18) para tratar do tema. Publicada nesta quinta (14), a medida poderá ser mais uma “trapalhada” de Bolsonaro derrubada pelo Judiciário.

Fiscais – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que os “fiscais de partido”, que atuam durante as eleições, podem ser pagos com recursos do “fundão” eleitoral. Segundo o TSE, também é “permitido o pagamento em espécie após a data da eleição caso o valor concedido a cada fiscal enquadre-se como despesa de pequena monta e não ultrapasse o limite de meio salário mínimo”.

Inocente quer saber
– Quando teremos a adoção do protocolo hidroxicloroquina e azitromicina em Pernambuco?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 13 de maio de 2020

Coluna da Folha desta quarta-feira

Conjunto da obra já ameaça governo Bolsonaro 

O Brasil coleciona em sua história dois processos de impeachment num curto período de tempo. Ambos ocorreram já no período democrático e pós-Constituição de 1988. Um processo de impeachment é doloroso e traz duras consequências para um país, foi assim com Fernando Collor em 1992 e com Dilma Rousseff em 2016, curiosamente em ambos os casos, seus sucessores, Itamar Franco e Michel Temer, respectivamente, entregaram um país melhor do que receberam.

Em 2018, o conjunto da obra beneficiou aquele que tinha a menor condição de ser presidente da República em um processo normal. Jair Bolsonaro quebrou a lógica da polarização que tínhamos entre PT e PSDB e acabou vitorioso. Porém com menos de dois anos de governo, o quadro está se esgarçando de tal maneira que será difícil o presidente se manter no cargo.

O combo de pandemia, crise econômica, crise política e baixa popularidade do presidente abre um precedente muito grave. Diversas pesquisas já apontam um aumento da impopularidade de Bolsonaro e ontem vimos, com a divulgação do conteúdo do vídeo da reunião ministerial, que a saída de Sergio Moro do ministério da Justiça se deu por interferências do presidente na Polícia Federal para proteger os filhos de investigação.

Há um conjunto da obra tão perigoso quanto aquele de Dilma em 2016, e Bolsonaro só não correrá riscos de impeachment se a Covid-19 tiver um fim abreviado. Caso contrário, que é o mais provável, a ressaca do pós-coronavírus associada às crises política e econômica não salvarão Bolsonaro de uma degola.

Temer – Em 12 de maio de 2016, Michel Temer (MDB) assumia interinamente a Presidência, após o Senado admitir, por 55 votos a 22, a denúncia de impeachment contra Dilma (PT). No dia, Temer prometeu fazer um governo do “salvação nacional”. Além da recuperação da economia, o único registro digno de nota do seu governo foi a reforma trabalhista. Já a reforma da previdência empacou após o escândalo da gravação de Joesley Batista. Ao assumir, Temer tinha pretensões de ser candidato à reeleição em 2018, mas depois de várias denúncias no STF, nem foi candidato. Saído da Presidência, chegou a ficar algumas horas preso em 2019, por ordem da Lava Jato.

Fundo – O PSB foi ao Supremo contra a medida provisória, de Jair Bolsonaro, que extinguiu o Fundo PIS-Pasep e transfere seu patrimônio para o FGTS. O partido argumenta que a mudança “confisca o patrimônio dos trabalhadores”. A relatora da ação será a ministra Cármen Lúcia.

Pautado – O procurador geral da República não gostou de matérias na imprensa que sugeriam que ele estaria “ajudando” Jair Bolsonaro em investigações, como o inquérito das denúncias de Sergio Moro. Em nota oficial, Aras “reitera que não aceitará ser pautado, intimidado ou manipulado por pessoas ou organizações e que seu compromisso é com a Constituição e as leis do país”.

Inocente quer saber – Quando o General Mourão entrará em campo para suceder Bolsonaro?

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Postado por Edmar Lyra às 16:06 pm do dia 12 de maio de 2020

Bolsonaro: Troca na PF seria para proteger família

O vídeo da reunião ministerial para apresentar ao Supremo Tribunal Federal alegada por Sergio Moro, teria em seu conteúdo um pedido do presidente Jair Bolsonaro para proteger a família ao querer a troca da superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

A crise só aumenta!

 

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Postado por Edmar Lyra às 13:51 pm do dia 12 de maio de 2020

Atividades seguirão fechadas, dizem governadores após decreto de Bolsonaro

Governadores de diversos estados anunciaram que pretendem ignorar o decreto do presidente Jair Bolsonaro que incluiu academias e salões de beleza como atividades essenciais em meio à pandemia do novo coronavírus no Brasil.

João Doria (PSDB), governador de São Paulo, divulgou no Twitter uma lista dos serviços que poderão funcionar no estado — e não incluiu nenhum dos dois. Dentre as atividades, estão indústrias, construção civil, comunicação social, segurança, abastecimento, saúde, determinados serviços gerais (que não incluem academias e nem salões de beleza), logística e alimentação.

Paulo Câmara (PSB), governador de Pernambuco, afirmou que em seu estado apenas os “serviços realmente essenciais” vão continuar funcionando: “Nosso objetivo é salvar vidas, não podemos aceitar nenhuma atitude que as coloque em risco. Portanto, aqui, só seguirão funcionando os serviços realmente essenciais, garantindo acesso a alimentos e medicamentos, por exemplo.”

“As próximas semanas exigirão restrições ainda mais duras, não é razoável admitir o contrário. Academias, salões, barbearias continuarão fechados, até que superemos esta fase e seja possível iniciar a retomada gradual. O compromisso do nosso governo é proteger vidas.”

UOL

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Postado por Edmar Lyra às 11:50 am do dia 12 de maio de 2020

Avaliação negativa de Jair Bolsonaro dispara e vai a 43,4%

A avaliação positiva do governo Jair Bolsonaro (sem partido) oscilou negativamente de 34,5% para 32%, segundo pesquisa CNT/MDA, divulgada hoje (12). Já a avaliação negativa do governo Bolsonaro disparou: de 31% para 43,4%. O último levantamento havia sido feito em janeiro deste ano. Confira aqui a íntegra da pesquisa.

Segundo a CNT (Confederação Nacional dos Transportes), foram feitas 2.002 entrevistas por telefone, entre 7 e 10 de maio, com pessoas de 494 municípios, de 25 Unidades da Federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

A avaliação positiva considera os índices de “ótimo” e “bom”. Já a avaliação negativa, as somas de “ruim” e “péssimo”.

O levantamento – feito em parceria com o Instituto MDA – mostra os índices de popularidade do governo e também do próprio presidente Jair Bolsonaro. Traz ainda a avaliação dos brasileiros sobre a atuação dos governos federal e estaduais no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, além de apontar a opinião dos entrevistados sobre outros temas como a manutenção das eleições municipais em 2020 e a saída do ex-ministro Sergio Moro do governo.

Avaliação do governo do presidente Bolsonaro em maio de 2020:

  • Ótimo: 14,3% (era 9,5% em janeiro de 2020)
  • Bom: 17,7% (era 25% em janeiro de 2020)
  • Regular: 22,9% (era 32,1% em janeiro de 2020)
  • Ruim: 11,1% (era 9,5% em janeiro de 2020)
  • Péssimo: 32,3% (era 21,5% em janeiro de 2020)
  • Não sabe/não respondeu: 1,7% (era 2,4% em janeiro de 2020)

Avaliação do governo Bolsonaro é diferente da avaliação pessoal de Jair Bolsonaro. Essa última analisa apenas o desempenho do presidente, e não do governo como um todo.

Na pesquisa divulgada hoje, 55,4% dos entrevistados desaprovam o desempenho pessoal de Bolsonaro. Outros 39,2% aprovam. Em janeiro, a aprovação pessoal de Bolsonaro era de 47,8%. A desaprovação era de 47%.

Aprovação do desempenho pessoal do presidente Bolsonaro em maio de 2020:

  • Aprova – 39,2% (era 47,8% em janeiro de 2020)
  • Desaprova – 55,4% (era 47% em janeiro de 2020)
  • Não sabe/não respondeu – 5,4% (era 5,2% em janeiro de 2020)

Combate ao coronavírus

Outro tópico abordado na pesquisa foi a atuação do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus. O estudo apontou que 51,7% aprovam a atuação do governo, outros 42,3% desaprovam, 6% não soube ou não respondeu.

Informações do UOL

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Postado por Edmar Lyra às 10:35 am do dia 12 de maio de 2020

Bolsonaro coordena hoje reunião do Conselho de Governo

O presidente Jair Bolsonaro coordena hoje (12), no Palácio da Alvorada, em Brasília, a 33ª Reunião do Conselho de Governo. Periodicamente, o alto escalão se reúne para avaliar as ações desenvolvidas e discutir as prioridades da agenda do governo federal.

O encontro começou por volta das 8h15 e deve se estender por toda a manhã. Estão presentes, entre outros ministros, Nelson Teich (Saúde), Abraham Weintraub (Educação), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) e Paulo Guedes (Economia). Os presidentes da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, e da Petrobras, Roberto Castello Branco, também participam do encontro.

Antes da reunião, Bolsonaro participou da cerimônia de hasteamento da bandeira, na área externa do Alvorada. Desde o início do mandato, o presidente reúne o grupo para o momento cívico na entrada da residência oficial.

A agenda do presidente segue no Palácio do Planalto, à tarde, onde tem reuniões com ministros.

Agência Brasil

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Postado por Edmar Lyra às 9:00 am do dia 12 de maio de 2020

O surfista esverdeado

A história política deste personagem começa na década de 80 com o seu pai, João Ramos Coelho. Eleito vereador em 1982, João Coelho foi candidato do PDT nas eleições de 1985, que foi polarizada entre Jarbas Vasconcelos e Sérgio Murilo. João não conseguiu quebrar a polarização mas tornou-se a grande sensação daquela eleição. No ano seguinte ele tentou o mandato de deputado estadual e foi o parlamentar mais votado das eleições daquele ano.

Investido na condição de deputado estadual, João Coelho tentou novamente a prefeitura do Recife em 1988, mas foi novamente derrotado, desta vez para Joaquim Francisco, o vitorioso, e Marcus Cunha, o segundo colocado. Nas eleições de 1994, já no PMDB, João Coelho tentou o Senado, sendo novamente derrotado. Até que em 1996 quando tentou, sem sucesso, o mandato de vereador do Recife, João Coelho decidiu abandonar a vida pública.

Passados oito anos, Daniel Coelho, que havia estudado na Inglaterra até a véspera do ano eleitoral, decidiu ser candidato pelo PV. Uma bela campanha fez com que o filho de João devolvesse a família a cadeira na Casa José Mariano, deixada com a ida do genitor para a Alepe. Investido no mandato de vereador, Daniel fez um mandato impecável, sendo um ferrenho opositor do então prefeito João Paulo.

Na reeleição, Daniel amplia sua votação e ganha ainda mais notoriedade. Tanto que sentiu que era chegada a hora de mudança de ares e foi para a disputa pela Assembleia Legislativa de Pernambuco. Novamente uma grande votação e a chegada à Casa Joaquim Nabuco. Quis ser o líder da oposição ao governador Eduardo Campos, mas o seu partido, o PV, lhe negou o posto, e este foi o início da sua saída do partido para uma nova sigla, o PSDB.

Já ambientado no ninho tucano, Daniel Coelho foi oficializado como candidato do PSDB a prefeito do Recife sob as bençãos de Sergio Guerra. Na disputa, superando todas as expectativas, ficou em segundo lugar com 245.120 votos contra Geraldo Julio, eleito no primeiro turno. Daniel deixou uma sensação positiva ao eleitorado recifense, e ficou a expectativa de que em uma próxima ocasião ele pudesse ascender ao mandato. Nas eleições de 2014, mesmo sendo oposição a Eduardo Campos, Geraldo Julio e Paulo Câmara, Daniel Coelho não deu um pio sobre a aliança do seu partido com o PSB. Também pudera, sem uma coligação competitiva, talvez Daniel não conseguisse ascender à Câmara dos Deputados. Então Daniel elegeu-se pela Frente Popular como o sexto deputado federal mais votado daquele pleito. O seu silêncio sobre o PSB não se restringiu a 2014 quando lhe foi conveniente, na cidade de Paulista, por exemplo, Daniel mantém uma relação política com o prefeito Júnior Matuto em troca de cargos para aliados, na pura e simples velha política que ele tanto diz criticar. O PSB de Pernambuco e do Recife, na ótica do surfista esverdeado, são diferentes do PSB de Paulista. Claro, a diferença é que em Paulista ele participa do bolo do poder.

Mesmo abandonando o PV, e entrando no ninho tucano, Daniel não quis abdicar do verde. Todas as suas campanhas foram amparadas na cor verde, para dar um tom clean ao seu projeto de poder. Veio a eleição de 2016 e havia um sentimento de que o PSDB poderia tirá-lo do jogo para formalizar uma aliança com o PSB na reeleição de Geraldo Julio. Comandante do partido, Bruno Araújo investido na condição de ministro das Cidades, bancou sua candidatura a prefeito, perdendo espaços na gestão socialista em prol de uma unidade partidária. Foi um gesto e tanto de Bruno, que nunca seria reconhecido por Daniel.

Daniel foi para a eleição, não atraiu muitos partidos, mesmo tendo um resultado extraordinário quatro anos antes, por uma séria dificuldade de conquistar aliados. Durante o processo eleitoral perdeu a condição de antagonista de Geraldo Julio, dada a João Paulo, que ficou em segundo lugar. Sem a aura de novidade, o surfista esverdeado perdeu capital político e eleitoral e ficou em terceiro lugar, repetindo a história do seu genitor, que encantou o eleitorado recifense na primeira disputa, e perdeu fôlego na segunda.

Chega 2018 e mais uma mudança de partido de Daniel. Antes tentou encampar um projeto chamado Livres que mudaria o nome do PSL e ele apostava em ter o comando do partido em Pernambuco. A chegada de Jair Bolsonaro ao partido pelas mãos de Luciano Bivar inviabilizou o projeto de Daniel, que teve que procurar outro abrigo por não ter mais nenhum clima de continuar no PSDB depois de espinafrar Bruno Araújo em uma reunião porque queria a chave do cofre do PSDB de Pernambuco e teve seu desejo negado.

Nosso surfista acabou optando pelo nanico PPS e foi para a reeleição de deputado federal. Com a abertura das urnas, mais uma frustração. Caiu dos quase 140 mil votos em 2018 para menos de 100 mil. Sua votação no Recife teve uma queda abrupta que o deixou numa condição de fragilidade eleitoral. A sanha de Daniel de querer parecer diferente sem ser incentivou o PPS a trocar de nome, agora o nanico que era pós-comunista virou Cidadania.

É chegada a hora de uma nova eleição municipal, Daniel do nanico Cidadania quer o apoio de outros partidos para o seu projeto, porque sabe que com a sua legenda não vai a lugar nenhum. Mas a sua forma de criar arestas junto aos seus correligionários dificulta muito um entendimento da oposição em torno do seu nome. O surfista esverdeado chega em 2020 numa condição de vida ou morte. Sabe que se disputar e vencer a eleição dá uma guinada na sua vida pública, mas se for novamente derrotado, terá sérias dificuldades de reeleição em 2022, podendo ter que abandonar a sua precoce carreira política.

 

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 12 de maio de 2020

Coluna da Folha desta terça-feira

A polarização da eleição de Jaboatão dos Guararapes 

Neste momento de Covid-19, a eleição e a política tiveram que ser relegadas a um segundo plano, uma vez que a necessidade neste momento é salvar vidas. Apesar disso, cresce na cidade um sentimento de polarização na disputa entre o atual prefeito Anderson Ferreira, que tenta a reeleição, e o ex-deputado federal e ex-candidato a senador Silvio Costa.

Enquanto o governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, executam medidas de combate à Covid-19, há um time de especialistas que pensa a política pós-pandemia. Este grupo faz pesquisas, estuda cenários políticos, conversa com formadores de opinião e elabora estratégias para todos os municípios pernambucanos.

A cidade de Jaboatão dos Guararapes pela sua potencialidade econômica, política e eleitoral terá papel determinante no processo eleitoral de 2022, e aquele que for o prefeito, seja o atual Anderson Ferreira, ou outro nome, será um ator imprescindível nas eleições gerais. Todos sabem que pela nossa constituição não há espaço para prorrogação de mandatos, o que naturalmente se faz avaliar que tudo caminha para uma mudança no processo eleitoral para novembro, no mais tardar dezembro.

Os articuladores do Palácio do Campo das Princesas apostam na competitividade de Silvio Costa para enfrentar Anderson Ferreira, devido a sua dimensão nacional como deputado federal e como uma importante voz do Congresso Nacional. Quando se encerrar a quarentena, as articulações devem avançar no sentido de Silvio ser o candidato de uma ampla frente política de oposição contra o atual prefeito Anderson Ferreira, que não só buscará a reeleição como também poderá se projetar para um voo mais alto em 2022.

Resposta – A respeito das críticas que recebeu de governistas sobre sua postulação de oposição no Recife, Alberto Feitosa (PSC) relembrou escolhas socialistas em ocasiões anteriores, como por exemplo o rompimento de Eduardo Campos com Dilma Rousseff em 2013, cujos argumentos lá atrás justificam seu rompimento com o PSB agora.

Participação – O advogado eleitoralista Delmiro Campos participou ontem do I Congresso de Democracia e Direito Eleitoral, promovido pelo TSE com diversos nomes do setor. Delmiro foi o único pernambucano presente no Congresso que foi realizado virtualmente.

Cabo de Santo Agostinho – Apesar de integrar a RMR e ter a sétima maior população do estado, o Cabo de Santo Agostinho não figurou entre os municípios afetados pela quarentena por ter resultados satisfatórios na luta contra a Covid-19. O prefeito Lula Cabral fez Hospital de Campanha e higienizou as ruas da cidade diminuindo a proliferação de casos.

Supremo – O Ministério Público do Estado de São Paulo ofereceu, nesta segunda (11) denúncia contra duas pessoas que participaram da manifestação na frente da casa do ministro Alexandre de Moraes, do STF, na Capital paulista. No sábado (2), eles teriam cometido “os crimes de ameaça, injúria e difamação”, segundo a denúncia.

Live – O nosso convidado desta terça-feira é o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB). A live irá ao ar a partir das 19:30 horas em nosso Instagram. Para acompanhar acesse @edmarlyra. Conto com sua audiência!

Inocente quer saber – O Professor Lupercio está fazendo sua parte na luta contra a Covid-19 em Olinda?

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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