Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 9:35 am do dia 28 de maio de 2020 969 Comentários

Sem ódio e sem medo, o autêntico Marcos Freire

Nascido no Recife em 5 de setembro de 1931, Marcos de Barros Freire iniciou sua sua vida pública na política estudantil quando era aluno da Faculdade de Direito do Recife, vindo a concluir o curso em 1955. Naquele mesmo ano, tornou-se oficial de gabinete do então prefeito do Recife Djair Brindeiro. Já na gestão de Pelópidas da Silveira, Marcos Freire exerceu diversos cargos, dentre eles o de chefe de gabinete do prefeito, continuando na prefeitura durante a gestão de Miguel Arraes.

Em paralelo seguiu sua carreira acadêmica, como professor da Faculdade de Ciências Econômicas, função que ocupou até 1968. Freire também foi professor da Escola de Administração da Universidade de Pernambuco até 1970. Na gestão de Miguel Arraes chefiou o departamento da Procuradoria Geral do Recife até 1963. Com a volta de Pelópidas para a prefeitura, foi secretário de Assuntos Jurídicos e de Abastecimento e Concessões, ficando no cargo até 31 de março de 1964, quando o presidente João Goulart foi deposto pelo regime militar e Miguel Arraes e Pelópidas da Silveira foram cassados e presos.

Já afastado do cargo de secretário, Marcos Freire foi para o Rio de Janeiro em 1965 e lá estudou análises econômicas no Conselho Nacional de Economia e fez o curso de técnicas de ensino da PUC, tornando-se professor-titular de direito constitucional da Faculdade de Direito do Recife ao voltar para a capital pernambucana.

Em 1968 lançou-se candidato a prefeito de Olinda pelo MDB, ao vencer a disputa derrotando dois candidatos da ARENA, Marcos Freire acabou renunciando ao cargo dois dias depois de tomar posse em virtude do AI-5 que cassou o seu vice-prefeito. Novamente afastado da política, passou a lecionar na Escola Superior de Relações Públicas do Recife até 1970 quando convidado pelo presidente nacional do MDB, senador Oscar Passos, tentou seu primeiro mandato como deputado federal pelo partido.

Eleito como o mais votado daquele pleito, Marcos Freire assume seu mandato na Câmara dos Deputados em fevereiro de 1971 e junto com Fernando Lyra, José Alencar Furtado e outros nomes do partido, integrou o grupo dos autênticos do MDB, uma ala mais à esquerda do partido que representava a oposição na época. Em maio do mesmo ano, Freire torna-se vice-líder do seu partido na Câmara Federal.

Em novembro de 1974 candidata-se ao Senado Federal e enfrentando o senador João Cleofas, que era apoiado pelo regime militar, sagra-se vitorioso por uma diferença de mais de 120 mil votos. A bela campanha utilizou o slogan “Sem ódio e sem medo” e acabou com o surpreendente resultado de derrotar o candidato oficial do regime.

Investido no mandato de senador da República em 1975,  Marcos Freire notabilizou-se como um ferrenho opositor do regime militar e defensor da abertura democrática no país, encampou a tese da anistia chegando a criticar o projeto de anistia parcial do senador Dinarte Mariz, mas em 1979 o presidente João Figueiredo decretou a anistia irrestrita.

Em setembro de 1979, Marcos Freire foi signatário e expositor de uma proposta de pacto social apresentada por dezessete senadores do MDB e que discutia temas como inflação, balança de pagamentos, energia, desigualdades regionais, dentre outros. Freire foi contrário à instalação do pluripartidarismo por acreditar que o MDB poderia manter diversas correntes ideológicas na agremiação. Mas com o pluripartidarismo, o MDB passou a se chamar PMDB.

Nas eleições de 1982 travou uma batalha interna com o ex-governador Miguel Arraes pela indicação do partido para a disputa pelo governo de Pernambuco. Apoiado por Jarbas Vasconcelos, prevaleceu a tese de que Marcos Freire por ter enfrentado o regime aqui no Brasil merecia ser candidato a governador. Arraes acabou sendo, junto com o próprio Jarbas, candidato a deputado federal naquele pleito.

Na disputa, Marcos Freire que teve como companheiros de chapa Fernando Coelho na vice e Cid Sampaio para o Senado, acabou derrotado por Roberto Magalhães, que tinha Gustavo Krause na vice e Marco Maciel para o Senado. Com a abertura das urnas, por uma diferença de menos de 100 mil votos, impulsionado pela força do PDS no interior, Roberto Magalhães sagrou-se vitorioso juntamente com Marco Maciel.

Com a derrota da emenda Dante de Oliveira que defendia as eleições diretas, mesmo sem mandato, Marcos Freire atuou na eleição indireta do governador de Minas Gerais, Tancredo Neves, para a presidência da República. Com o projeto da Aliança Democrática vitorioso, Marcos Freire, que era presidente estadual do PMDB, foi convidado a assumir a presidência da Caixa Econômica Federal, ocupando o posto no governo Sarney, que assumiu a presidência com a doença de Tancredo.

Em 1985, com a volta das eleições diretas para prefeito, Marcos Freire reassumiu o posto de presidente estadual do PMDB após licença e comandou a escolha de Sérgio Murilo como candidato da Aliança Democrática a prefeito do Recife, impedindo a candidatura de Jarbas Vasconcelos pelo partido. Freire foi acusado de se aliar àqueles que combateu a vida inteira. Jarbas, apoiado por Miguel Arraes, disputa a prefeitura do Recife pelo PSB e acaba derrotando Sérgio Murilo numa das campanhas mais sangrentas da história do Recife.

Em 1986, Marcos Freire teve seu nome cogitado para disputar o Senado na chapa de Miguel Arraes, mas preferiu continuar o cargo de presidente da Caixa para seguir o cronograma de ações que estava implementando no órgão. As ações de Freire na Caixa foram bastante elogiadas, e com a decisão do presidente Sarney de extinguir o Banco Nacional de Habitação, cujas operações foram absorvidas pela CEF, ela se tornou a maior agência de desenvolvimento social do continente.

Em junho de 1987, Marcos Freire deixou a presidência da Caixa Econômica Federal para ocupar o ministério da Reforma e Desenvolvimento Agrário, em substituição a Dante de Oliveira. Já na condição de ministro sofreu forte oposição de grandes proprietários de terra e enfrentou dificuldades dentro do próprio governo para implementar uma política de distribuição de terras no país.

Três dias depois de completar 56 anos de idade, em 8 de setembro de 1987, o avião em que viajava explodiu logo ao decolar na cidade de Carajás, no Pará. Além dele, morreram o presidente do INCRA, José Eduardo Raduan, e alguns assessores. O acidente que vitimou Freire e os ocupantes do voo teve muitas dúvidas de sabotagem, cujas investigações nunca tiveram definição quanto a causa do acidente.

Durante seu enterro, que reuniu milhares de pessoas, a multidão gritava palavras de ordem dizendo que haviam matado Marcos Freire. Acidente ou atentado, o fato do dia 8 de setembro de 1987 encerrou a trajetória de uma forte liderança política pernambucana, que ainda tinha muito a oferecer a Pernambuco e ao Brasil. Sem ódio e sem medo, Marcos Freire ficou gravado na história de Pernambuco como um de seus principais homens públicos.

Marcos Freire durante evento do PMDB
Marcos Freire concedendo entrevista
Campanha para senador em 1974
Caminhada na campanha para governador em 1982

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 13 de julho de 2018 1 comentário

Coluna do blog desta sexta-feira

Imbróglio do MDB está apenas começando 

Movimento realizado em julho do ano passado, o senador Fernando Bezerra Coelho foi convidado pela executiva nacional do MDB para filiar-se ao partido no sentido de ser candidato a governador nas eleições deste ano. Ele negociava com o DEM e caminhava para definir sua ida para o partido quando recebeu o convite da sigla e acabou optando pelo caminho do MDB. O movimento não era de fácil execução, uma vez que por diversas vezes tentaram tirar o partido de Jarbas Vasconcelos e ninguém havia conseguido.

Quando houve a sua entrada em setembro, Fernando sempre deixou claro que tinha por objetivo levar o partido para a oposição, uma vez que o PSB de Pernambuco se posicionou contra Michel Temer desde que ele chegou ao Planalto, mas não aceitava perder o partido para a oposição. Jarbas Vasconcelos e Raul Henry, cujo partido foi a tábua de salvação de ambos no momento mais difícil de suas vidas que foi após a derrota de Jarbas para Eduardo, voltaram ao poder no estado graças, sobretudo, ao tempo de televisão do partido, que foi de fundamental importância para a vitória de Geraldo Julio em 2012 e depois para a vitória de Paulo Câmara em 2014. Sem o partido, talvez Jarbas e Raul não tivessem dado a volta por cima na política.

Eles sabiam que sem o MDB perderiam valor na equação de 2018 e decidiram ir pra guerra, sobretudo na seara jurídica, e atingiram o objetivo de tirar Fernando Bezerra Coelho do jogo, que era um adversário muito mais perigoso para Paulo Câmara por conta da sua forma de fazer política, sendo um verdadeiro trator para trabalhar. Para o Palácio esse movimento foi imprescindível, porque o governador Paulo Câmara teve que enfrentar novamente um adversário que já derrotou em 2014 e que em três anos e meio de governo não polarizou com Paulo, que é Armando Monteiro.

Porém na vida e na política não existe ações sem consequências. Se por um lado Jarbas e Raul tiveram papel determinante para tirar Fernando do jogo, agora quem tem a bola é Fernando, que por não ter absolutamente nada a perder, tem as condições colocadas para tirar Jarbas Vasconcelos da chapa majoritária do governador Paulo Câmara e principalmente tirar o tempo de televisão do MDB da Frente Popular. Na última semana houve movimentações que lastreiam a tese de Fernando no sentido de colocar água no chopp de Jarbas, Raul e Paulo Câmara.

Para Fernando é fundamental que Jarbas não se eleja senador, mesmo que tenha legenda para ser deputado federal, e está óbvio que Jarbas e Raul não têm votos para elegerem os dois federais. Com Jarbas deputado federal e Raul sem mandato, Fernando torna-se o principal político do partido no estado devido à hierarquia do cargo em relação ao federal e pelo seu alinhamento com o MDB nacional, não há dúvidas que neste cenário ele será mesmo o comandante do partido, passando a ter grande relevância na engenharia política do estado, sobretudo em 2020 quando pode ter protagonismo na equação da disputa pela prefeitura do Recife, devido à importância do MDB na equação do guia eleitoral e do fundo eleitoral.

Vale salientar que o que sustenta Raul Henry no comando do partido é uma liminar que Ricardo Lewandowisk concedeu e deixou o imbróglio parado. Mas por conta da proximidade com as eleições, o ministro será obrigado a tomar alguma decisão sobre o tema. A própria Carmen Lúcia já foi fustigada sobre o caso, e é extremamente plausível que até o dia 5 de agosto tenhamos alguma definição sobre essa questão, o que ampliaria o risco de Jarbas Vasconcelos sair da majoritária de Paulo Câmara e atrapalhar tudo que foi articulado para a composição da chapa da Frente Popular. Quem achar que Jarbas está garantido na majoritária de Paulo Câmara, bem como o MDB, é bom refazer as contas, porque o risco de não entregarem a mercadoria é muito alto.

Tese – Há quem defenda que se Marília Arraes for retirada do jogo e fique Armando Monteiro e Paulo Câmara na disputa, a oposição reconsidere a posição de lançar apenas uma candidatura. Na hipótese de Fernando ter o MDB, ele seria candidato a governador apenas para cumprir tabela com apoio de siglas nanicas, e tentar forçar um segundo turno para que Armando seja o adversário de Paulo na segunda etapa, que por sua vez estaria com a base desmobilizada, beneficiando o próprio Armando.

Nanicos – Com esta tese colocada, fariam parte desta pequena coligação MDB, PRTB, PV, PSL, PHS e PSDC, e daria a oposição uma candidatura auxiliar representada por Fernando que permitiria grande retaguarda a Armando Monteiro para que ele chegasse em viés de alta no segundo turno mais forte e mais encorpado para enfrentar o atual governador.

Fundo – É importante frisar que uma das teses que sustentaram o pedido de dissolução do MDB foi lançar uma candidatura própria ao governo de Pernambuco e que o fundo eleitoral do partido sem nomes proporcionais no caso do comando ser entregue a Fernando terá que ser utilizado de alguma forma pelo partido, então pelo menos o guia eleitoral de Fernando estaria garantido sem ter que se preocupar com a disputa proporcional do partido.

Temer – Outra avaliação interessante é que se Fernando fosse o nome do MDB ao governo, ajudaria muito a tirar a pecha de palanque de Temer de Armando Monteiro que o PSB insiste em colocar no palanque oposicionista. Portanto, Armando além de ter um aliado para fazer uma tabelinha na disputa, ficaria livre da alcunha de candidato de Temer, o que pra ele não tem sido nada bom. Fernando candidato também não teria nada a perder porque continuará senador.

Apoio – O prefeito de Custódia, Manuca de Zé do Povo (PSD), apesar de integrar a Frente Popular já declarou que votará em Bruno Araújo para senador  caso ele confirme a postulação à Câmara Alta. Bruno quando ministro levou importantes ações para Custódia e por isso o prefeito quer votar nele.

RÁPIDAS

Chiadeira – Os produtores de eventos que prestam serviço para a Fundarpe estão na bronca com Márcia Souto pelo fato de não haver critério do órgão para decidir quem vai receber o pagamento de serviços prestados. Tem cachê de 2016 e 2017 que ainda não foi pago e não há qualquer previsão de recebimento. A secretaria de Cultura, que é um feudo do PCdoB segue dando problemas ao governador.

Gol contra – Ao realizar evento em Araripina, entregando cerca de 300 ensiladeiras e outros equipamentos, a secretaria de Agricultura deixou de convidar os sete vereadores e a deputada estadual da cidade que votam em Paulo Câmara, para convidar o irmão de Lula Sampaio. Lula é conhecido como fiel escudeiro de Armando Monteiro na região do Araripe. Os vereadores ficaram numa chiadeira só.

Inocente quer saber – Como Fernando vai justificar ter o controle do MDB para não ser candidato a governador?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 21 de abril de 2018 Deixe um comentário

Coluna do blog deste sábado

Antonio Souza conquista apoios para disputa pelo Senado

Empresário bem sucedido, Antonio Souza que tem raízes sertanejas decidiu enveredar pelo caminho da política após receber incentivos de pessoas da sociedade que desejam ter representantes que sejam ficha limpa e principalmente que representem algo novo para tirar a política das páginas policiais.

Através da visão empreendedora com a vivência de quem conheceu de perto a dura realidade do semiárido, Antonio Souza tem projetos que podem fazer a diferença na política e significar ações efetivas para o Sertão, como a criação da Zona Franca do Sertão, que seria um projeto idêntico ao da Zona Franca de Manaus e permitiria o desenvolvimento econômico da região que sempre foi olhada com desprezo pelos nossos representantes.

Pré-candidato pela Rede Sustentabilidade, Antonio Souza recebeu o apoio do deputado federal Gonzaga Patriota, que há anos possui uma atuação voltada para o desenvolvimento do interior, e que goza de muita credibilidade na região e também no meio político. Além do apoio de Gonzaga, Antonio conquistou, além da Rede, o apoio de PPL, PTC e PMN. Isso ocorreu após a veiculação de um filme falando da sua trajetória de vida.

Souza poderá representar na eleição de outubro a canalização de toda a insatisfação do eleitorado pernambucano com os políticos tradicionais, e como serão duas vagas em disputa no pleito para a Câmara Alta, terá uma grande chance de apresentar um novo conceito de política, de participação e principalmente de representar o grande anseio do eleitor por gente limpa e nova.

Faltando menos de seis meses para o processo eleitoral, a população pernambucana terá uma grande oportunidade de prestar atenção no que ele tem para mostrar, pra dizer e pra fazer caso seja eleito senador por Pernambuco. É bom prestar atenção nele, porque ele poderá ser o diferencial da disputa.

Tempo – Com 8 minutos e 21 segundos de guia eleitoral de rádio e TV diariamente, o PP passa a ter um peso fundamental na Frente Popular porque é o principal partido garantido na coligação do governador Paulo Câmara. Por isso, o PP terá força suficiente para reivindicar uma vaga na majoritária do governador. O PSB e o PSD possuem menos de 8 minutos diários cada um.

Temperatura – O chumbo trocado entre Bruno Araújo e Paulo Câmara sobre o impeachment de Dilma Rousseff é apenas um dos muitos indicativos de que a eleição em Pernambuco tende a ser a mais quente dos últimos anos. A tendência é que a partir de agora socialistas e opositores comecem a se engalfinhar porque tem muita coisa em jogo, principalmente a sobrevivência política de muita gente.

Sucesso – O projeto Viva Dominguinhos, realizado pela prefeitura de Garanhuns, é mais uma ação exitosa do prefeito Izaias Regis, que tem consolidado as potencialidades turísticas da cidade, antes ele já havia realizado o Natal de Luz que foi sucesso absoluto atraindo turistas do Brasil inteiro. O gestor vem dando um banho em outras cidades, como Gravatá que há anos vem perdendo espaço para Garanhuns no segmento turístico.

Justiça – A defensora pública de São Paulo Juliana Belloque fala sobre acesso à justiça, sistema prisional brasileiro e segurança no Ponto a Ponto, da BandNewsTV, neste sábado, à meia-noite. O tema do programa, que é apresentado por Mônica Bergamo e Antonio Lavareda, é “Justiça para todos?”. O programa ganha reprise no domingo (22), às 17h30. O Datafolha fez uma pesquisa com 2.771 entrevistados em 194 municípios sobre o tema em abril de 2017. 92% responderam que a Justiça no Brasil (ou seja apuração e punição dos crimes) trata os ricos melhor do que os pobres; 6% pobres e ricos da mesma forma; 1% os pobres melhor do que os ricos e 1% não sabe.

RÁPIDAS

Estadual – Primeiro suplente de vereador do Patriota no Recife, Junior de Cleto, que obteve 3.620 votos, decidiu que será candidato a deputado estadual em outubro e apoiará André de Paula para federal. Ele tem grande atuação nas comunidades com importantes projetos sociais e está sendo incentivado pelos seus amigos e eleitores a entrar no pleito deste ano para a Alepe.

Aplicativo – O deputado estadual Vinícius Labanca inovou na política com a criação de um aplicativo para celulares divulgando as suas ações parlamentares. No exercício do segundo mandato na Casa Joaquim Nabuco, Vinícius filiou-se recentemente ao PP e está com sua reeleição bastante organizada, devendo ser um dos eleitos da chapinha formada por Eduardo da Fonte.

Inocente quer saber – Fernando Bezerra Coelho será o candidato a governador da oposição pelo MDB?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 12 de março de 2018 Deixe um comentário

Coluna do blog desta segunda-feira

A margem segura de cada chapa pra federal e estadual 

Estamos a menos de 30 dias para fechar a janela partidária para a filiação de deputados estaduais e federais, o panorama dos partidos ainda está indefinido, como por exemplo o caso do MDB que não se sabe ainda se integrará a Frente Popular ou se irá para a oposição, também ainda há dúvidas sobre coligações, se haverá mesmo chapinha para federal, etc.

Porém, apesar das incertezas, já é possível fazer um prognóstico da quantidade de votos necessária para se eleger em cada chapa, tanto de federal quanto de estadual. No cenário de haver chapinha de federal composta por PP, PCdoB, PDT e Solidariedade, é extremamente plausível a hipótese de eleger de quatro a cinco deputados federais, o que daria na melhor hipótese a chance de o último eleito chegar ao mandato com pelo menos 70 mil votos.

O chapão da oposição que pode ser composto por MDB, PTB, DEM, PSDB, PRB, Podemos e Avante, deverá eleger de oito a nove federais, com chances de o último atingir o mandato com cerca de 80 mil votos. Já a Frente Popular, na hipótese de ser composta por PSB, PT, PSD e PR, deverá, no cenário da chapinha se materializar, eleger de 11 a 12 federais, onde na melhor hipótese o último chegaria com pelo menos 100 mil votos. Ainda ficaria a dúvida do caminho do PSC que deve integrar algum chapão e do PSL, que pode liderar uma chapinha ou fazer parte da que é composta pelo PP, PCdoB, PDT e Solidariedade, mas não deverá promover grandes alterações no quadro.

Na disputa para deputado estadual a conta do chapão, que seria composto por PSB, PT, PR, PSD e PDT, seriam necessários pelo menos 50 mil votos para disputar uma das 16 ou 17 vagas destinadas a chapa liderada pelo partido do governador. Já no chapão da oposição composto por PTB, MDB, PSDB e DEM, devem ser destinadas de doze a treze vagas, as contas giram em torno de 40 mil votos para garantir a vitória. A chapinha liderada pelo PP deverá eleger entre 10 a 12 deputados estaduais, garantindo a maior bancada da Alepe em qualquer cenário, e para estar garantido serão necessários 32 mil votos, podendo se eleger com menos.

As demais chapinhas formadas por PSOL, PRP, PSL, PPS, Patriota, Solidariedade e PHS, devem entre eleger de um a dois deputados. A de PRTB/PV deve eleger de dois a três estaduais, enquanto a do PSC pode ficar com três a quatro cadeiras. As primeiras chapas devem eleger um deputado com 30 a 35 mil votos. A de PRTB/PV deverá eleger o terceiro com cerca de 20 a 25 mil votos, assim como a do PSC deverá eleger o quarto com essa votação. É evidente que esses números ainda não são definitivos, podendo oscilar para mais ou para menos, tanto a quantidade de vagas quanto a de votos, mas é pouco provável que alguma chapa eleja um deputado federal com menos de 60 mil votos e um deputado estadual com muito menos de 20 mil votos.

Prazo – A expectativa é que no dia 20 deste mês possa haver um desfecho no enfadonho caso do MDB. Jarbas Vasconcelos e Raul Henry, nos bastidores, já reconhecem que não terão outro caminho que não seja sair do partido. Eles inclusive já decidiram que se filiarão ao PSD do deputado federal André de Paula. Além de Jarbas, que disputará o Senado, e Raul Henry, que tentará um mandato de federal, irão para a sigla Tony Gel e Ricardo Costa. Gustavo Negromonte, por sua vez, deverá se filiar ao PSC.

Suspenso – O prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira (PSDB), teve que suspender o concurso que seria realizado este fim de semana. A ordem veio do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a pedido do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO). O procurador do MPCO, Ricardo Alexandre, argumentou que a empresa não possuia inquestionável reputação, uma vez “que não fez concursos públicos para órgãos federais ou tribunais judiciais”. Outro ponto foi a empresa possuir apenas 2 empregados cadastrados. Também pesou haver “indícios de graves irregularidades praticadas pela mesma empresa na Prefeitura de Buíque”. O consórcio CONIAPE, presidido pelo prefeito Edson Vieira, tentou derrubar a cautelar no Poder Judicário durante o plantão do fim de semana, mas não conseguiu.

Aposta – Nos bastidores da política muita gente acredita que Humberto Costa não terá votos para se eleger deputado federal no chapão da Frente Popular, e por isso ele estaria trabalhando no sentido de ser o senador do PT na chapa do governador, pois acredita que suas chances na majoritária seriam melhores do que na proporcional.

Ex-deputado – Por não ter votos suficientes para se reeleger deputado federal, Betinho Gomes sonha em escapar da derrota tentando ser candidato a deputado estadual. O problema é que da mesma maneira que ele não tem muita chance de chegar a 80 mil votos pra federal, também seria muito difícil fazer 40 mil votos para estadual, uma vez que suas maiores bases, Jaboatão e Cabo, possuirão muitos candidatos que diminuirão suas chances de atingir expressivas votações para qualquer cargo que vier a disputar.

RÁPIDAS

Trânsito – O vereador Marco Aurélio estará nesta segunda-feira na Av. Antônio de Góes para fazer um levantamento de quantos ônibus passarão entre 6:30 e 10 horas da manhã, bem como o intervalo entre um ônibus e outro na Faixa Azul. Marco Aurélio tem enfrentado com bastante veemência a CTTU por conta do caos que se tornou o trânsito do Recife.

Indefinido – A pré-candidata a deputada estadual Fabiola Cabral ainda não definiu qual será o seu partido para a disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Por ter condições de sair majoritária do Cabo de Santo Agostinho e com potencial de 60 mil votos, muitas siglas querem que ela ingresse na chapa para ajudar a eleger mais deputados.

Inocente quer saber – Como um petista pedirá votos para Jarbas Vasconcelos na disputa pelo Senado em caso de aliança do PT com a Frente Popular?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 7 de março de 2018 Deixe um comentário

Coluna do blog desta quarta-feira

Candidatura de Marília Arraes além de reoxigenar o PT, fortalece a chapa proporcional 

A pré-candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco é de longe o grande fato novo da disputa de 2018. Ela vem conquistando um espaço nesta fase de pré-campanha de fazer inveja a Paulo Câmara e Armando Monteiro que foram candidatos em 2014 e pretendem reeditar a disputa em 2018. Apesar de nunca ter disputado eleição majoritária, Marília aparece com cerca de 15%, empatada tecnicamente com o governador e muito próxima do que tem o senador Armando Monteiro.

No plano nacional, o PSB decidiu que não marchará com ninguém, deixando os estados livres para formalizar uma aliança com quem bem entender. Essa decisão evidencia que não há motivos para reciprocidade do PT com o PSB em Pernambuco, uma vez que a principal justificativa da aliança, que era a eleição presidencial e a coligação de PT e PSB, caiu por terra no encontro nacional do partido em Brasília no último final de semana.

O PT nunca conseguiu se consolidar em Pernambuco, nem mesmo na época em que Lula foi presidente e João Paulo era prefeito do Recife, o partido alcançou o Palácio do Campo das Princesas. A própria vitória de Humberto Costa para o Senado em 2010 foi fruto do poderio eleitoral de Eduardo Campos, mesmo assim Humberto iniciou liderando a corrida e acabou ficando em segundo lugar tendo menos votos que Armando.

Essa candidatura de Marília Arraes caiu como uma luva para o PT, que estava machucado com o processo de impeachment e de mais uma derrota na disputa pela prefeitura do Recife. Marília ajudou o partido a se reencontrar com as bases e representa no seu projeto parte do que um dia Miguel Arraes e Eduardo Campos representaram. Ela é jovem, mulher, aguerrida e destemida, é de longe a personagem que pode representar a ressureição do PT em Pernambuco.

Nas eleições de 2006, mesmo ficando em terceiro lugar com 25% dos votos válidos, o PT garantiu para a sua coligação 155 mil votos de legenda para federal e 156 mil para estadual. Passados 12 anos daquele pleito, com o aumento do eleitorado e um desgaste da classe política tradicional, Marília pode representar a esperança e a renovação política, o que garantiria pelo menos cerca de 100 mil votos de legenda para o partido nas duas eleições proporcionais. Isso garantiria a vitória de pelo menos um deputado estadual, mas que evidentemente com o lançamento de candidaturas representativas do PT, as chances são elevadas de emplacar três deputados estaduais, e no plano federal encaminharia a primeira vaga e daria grandes chances de eleger pelo menos dois deputados federais. O PT com Marília disputando o governo deixaria a marca de não eleger nenhum deputado federal para garantir pelo menos dois representantes, e para estadual renovaria a bancada e poderia garantir a chegada de um terceiro nome.

Bancar Marilia Arraes é pensar no futuro do partido, é deixar em segundo plano as vaidades pessoais de Humberto Costa e João Paulo, que há muito tempo já deram o que tinha de dar, e não ofertam mais nenhuma perspectiva política para o PT. Em nome do presente e do futuro do PT, eles devem abrir alas para Marilia passar, porque somente ela representa o verdadeiro ressurgimento do partido em Pernambuco.

Lebre – Aliados do governador Paulo Câmara dizem que o senador Fernando Bezerra Coelho vendeu gato por lebre ao dizer que levaria quatro deputados federais para o MDB e que nem Fernando Filho irá para o partido por conta da indefinição partidária. O Palácio comemorou e muito a decisão de uma candidatura e lançamento dia 20 de abril na oposição porque tem absoluta certeza que até lá Fernando não pegará o MDB e consequentemente ficará de fora da disputa pelo governo.

Mata Norte – O deputado federal Daniel Coelho está fazendo movimentos bastante consistentes na região da Mata Norte. Ele deverá atingir boa votação na região e compensar naturais perdas na Região Metropolitana do Recife. Daniel ainda não decidiu se fica no PSDB ou se irá para o PPS, mas só trocará a sigla tucana se for para comandar o PPS no estado.

André Ferreira – Cortejado pelo Palácio do Campo das Princesas, o deputado estadual André Ferreira, pré-candidato a senador pelo PSC, também está sendo flertado pelo senador Armando Monteiro na disputa pelo governo de Pernambuco. Representante do segmento evangélico e integrante de um grupo político em ascensão, para onde André pender, estará ajudando a sacramentar a eleição.

Trânsito – Os vereadores Marco Aurélio (PRTB), Wanderson Florêncio (PSC) e Gilberto Alves (PSD), membros da comissão especial para fiscalizar o trânsito, viajaram a São Paulo para conhecerem a realidade do tráfego na capital paulista, e poder trazer experiências para a situação do trânsito do Recife que a cada dia que passa vem ficando insuportável.

RÁPIDAS

Corpo – A pré-candidatura de Antonio Souza, presidente estadual do PROS, ao Senado, vem ganhando destaque nos bastidores da política, tendo em vista a capacidade de organização e articulação que vem sendo conduzidas por Antonio, com vistas a disputa eleitoral deste ano.

PROS – Por falar em PROS, o Palácio do Campo das Princesas está articulando a filiação de candidatos que tenham potencial entre 20 e 30 mil votos em um partido para formalizar uma chapinha competitiva para deputado estadual e tudo indica que este partido poderá ser o PROS, que em 2014 elegeu um deputado estadual.

Inocente quer saber – O Palácio pode mesmo comemorar a ausência do senador Fernando Bezerra Coelho na disputa pelo governo?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 27 de fevereiro de 2018 Deixe um comentário

Coluna do blog desta terça-feira

Os argumentos para a construção da chapinha de federal

O deputado federal Eduardo da Fonte, um dos idealizadores da chapinha formada por PP, PDT, PCdoB e Solidariedade, utiliza uma série de argumentos para construir uma chapinha nas eleições deste ano para deputado federal. Ele se articula no sentido de mobilizar parlamentares e convencer o governador a aceitar a formação de uma chapinha em vez de impor um chapão para deputado federal.

Puxador de votos com potencial para mais de 250 mil votos, Eduardo da Fonte estaria eleito em qualquer cenário, porém entende que com a construção da chapinha, a coligação do governador Paulo Câmara poderá eleger até 19 parlamentares, sendo até doze pelo chapão e até sete pela chapinha. Enquanto coligando de cabo a rabo, ele chegaria a 15 federais, estourando 16, sendo que os últimos se elegeriam com votações entre 90 e 95 mil votos, o que evidentemente desestimularia nomes que têm potencial de votos para 60 a 70 mil votos e que não teriam a menor chance no chapão.

Numa conta preliminar, a chapinha liderada por Eduardo poderia chegar a 850 mil votos, o que elegeria 4 diretamente e encaminharia o quinto na sobra. Enquanto o chapão poderia fazer por volta de 2,1 milhões e eleger 11 federais e um na sobra. É pertinente considerar que o décimo segundo entraria com pelo menos 100 mil votos, nada muito diferente do que no cenário que fizesse dezesseis todo mundo junto. Além disso, com a nova legislação dando direito às coligações que não atingirem o quociente eleitoral disputar as sobras, a Frente Popular estaria habilitada a disputar duas sobras, enquanto no chapão só teria chance de tentar uma sobra na conta dele.

Além de poder eleger 17 federais no pior cenário em vez de 16 no chapão, a Frente Popular seria beneficiada por ter duas coligações com candidatos disputando vagas em condição de igualdade com o entusiasmo de pedir votos para o governador Paulo Câmara, o que dificilmente ocorreria no cenário de um único chapão que corria riscos de haver uma série de desistências. A chapa que tem Augusto Coutinho, Eduardo da Fonte e Wolney Queiroz, poderia receber o reforço de Kaio Maniçoba, Marinaldo Rosendo, Eriberto Medeiros, Luciana Santos, Renildo Calheiros, Cadoca, Ninho e outros nomes com potencial de disputa, todos eles com chances reais de brigar para ter 60 a 70 mil votos e garantir a quinta vaga, além do mais eles com melhores chances poderiam ter votações ainda maiores e ampliar a possibilidade de vagas. A chapinha, na ótica de Eduardo da Fonte, é a melhor alternativa para fortalecer a reeleição do governador Paulo Câmara, que é o principal projeto da Frente Popular nas eleições deste ano.

Reforço – O vereador do Recife Davi Muniz, pré-candidato a deputado estadual pelo Patriota, ganhou mais um reforço para a sua candidatura a uma vaga na Alepe. Ele recebeu o apoio dos vereadores Ana Neri, Mano de Etiene, a suplente Cicinha e o ex-vereador Natal, todos de Bom Jardim. A expectativa é que ele possa construir uma expressiva votação no município nas eleições de outubro.

Vicência – A falta de água nas torneiras da população de Vicência motivou o deputado estadual José Humberto (PTB) a cobrar da COMPESA a regularidade no abastecimento. “Nos últimos dias fui procurado por vereadores e representantes da sociedade civil de Vicência que denunciam que os serviços prestados pela Companhia Pernambucana de Saneamento não estaria correspondendo à necessidade da população”, alertou o parlamentar.

Compromisso – O deputado federal Silvio Costa, pré-candidato a senador pelo Avante, refutou qualquer possibilidade de apoiar Mendonça Filho para governador. Ele diz que seu compromisso é com a candidatura de Armando Monteiro, que será candidato a governador e foi o único pré-candidato a se posicionar contrariamente ao impeachment de Dilma Rousseff.

Judicialização – Um advogado com experiência nesta questão partidária e eleitoral, acredita que Marília Arraes poderá judicializar a situação do PT tentando viabilizar sua candidatura ao governo. Além de ter a opção de conseguir ser candidata, ela atrapalharia a vida da Frente Popular, pois a participação do PT na conta do guia eleitoral ficaria comprometida e poderia criar um imbróglio jurídico difícil de resolver. Resta saber se Marília terá coragem para levar a tese a diante.

RÁPIDAS

Guinada – O ex-Procurador Geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon de Barros se afastou do Procurador Geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, e já ensaia acordo com a oposição e o presidente da AMPPE, Roberto Breyner, para se lançar candidato ao cargo máximo do Ministério Público na próxima eleição. A briga promete ser grande.

Bocão – Ontem passamos a integrar o time de comentaristas do Programa do Bocão, na Rádio Clube. O programa que é sucesso de audiência em todas as regiões do estado é comandado por um dos mais conceituados radialistas de Pernambuco, Tarcisio Regueira, o Bocão. Agradeço a ele e a todos que fazem a Rádio Clube pelo espaço para falar de política.

Inocente quer saber – Raul Henry conseguirá uma liminar contra o novo pedido de dissolução do MDB de Pernambuco?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 21 de fevereiro de 2018 Deixe um comentário

Coluna do blog desta quarta-feira

Duas candidaturas na oposição estão consolidadas 

A oposição formada por PRB, PTB, DEM, PSDB, Avante, Podemos, PRTB, PV, PHS, PSDC e PRP, caminha para a formalização de duas candidaturas ao governo, cujos nomes surgem naturalmente com Armando Monteiro e Fernando Bezerra Coelho, ambos senadores.

Fernando possui um atenuante e um agravante, o atenuante é o de que está no meio do mandato de senador e não tem absolutamente nada a perder, enquanto o agravante é o de que enquanto não se resolver a situação do comando do MDB, Fernando fica fragilizado para construir a sua postulação.

Armando por sua vez tem o comando de um partido, e possui um grupo político consolidado no estado de deputados estaduais, federais, prefeitos e lideranças políticas de todo o estado, porém está no fim do seu mandato de senador, o que entrando na disputa pelo governo ele estará entrando no tudo ou nada.

As duas candidaturas se viabilizando na oposição têm por objetivo repetir o exitoso projeto que levou Eduardo Campos ao Palácio do Campo das Princesas. Mas apesar desta consolidação das duas candidaturas, a oposição para não ir fragilizada precisará apresentar dois candidatos a senador em cada chapa, e corre o risco de separada eleger uma quantidade baixa de deputados federais e até mesmo de deputados estaduais. Esta situação precisará ser levada em conta, mas se porventura o projeto lograr êxito, é possível que muitos que fiquem sem mandato sejam levados a postos chave de um eventual governo. De todo modo, pelo cenário que está posto, lançar as disse candidaturas é a melhor estratégia para tentar suplantar a hegemonia do PSB.

Candidatíssimo – O ex-governador Jarbas Vasconcelos está decidido a ser candidato a senador. Sem paciência para a “feira livre” que é a Câmara dos Deputados, Jarbas não vê a hora de voltar para o Senado e por isso está garantido na chapa majoritária do governador Paulo Câmara.

Restauração – O ministro da Educação, Mendonça Filho, vai liberar R$ 6 milhões para garantir as obras de restauro do prédio da Faculdade de Direito do Recife. A cerimônia acontece na próxima sexta-feira (23), na Fundaj. Paralisada desde 2015, a restauração vai recuperar o forro do anfiteatro, a fachada da torre do relógio, o campanário da abóbada, ambientes do acervo da biblioteca e esquadrias. O prédio centenário é tombado pelo Iphan.

Adoção – Por unanimidade, o Congresso Nacional derrubou, nesta terça-feira (20), os quatro vetos do presidente Michel Temer à Nova Lei da Adoção (Lei Federal 13.509/2017). Com isso, a lei passa a vigorar com o texto original, fruto de um projeto de lei do deputado federal Augusto Coutinho (Solidariedade) e que já havia sido aprovado por unanimidade nas duas Casas legislativas. A lei alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), com o intuito de agilizar os processos de adoção, que chegam a levar cinco anos para serem concluídos em função da burocracia do estado.

Trabalhadores rurais – O deputado federal Fernando Monteiro participou de reunião na Liderança do Governo com dirigentes da Confederação Nacional de Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares (Contag) para tratar da manutenção dos direitos dos trabalhadores rurais na reforma da previdência. No encontro, ele reafirmou o seu empenho em manter as conquistas dos trabalhadores e pequenos produtores rurais.

RÁPIDAS

MDB – A questão envolvendo o comando do MDB deverá ter um novo capitulo nesta quarta-feira quando o diretório se reúne a tarde e apreciará um novo pedido de dissolução do diretório de Pernambuco.

Humberto Costa – Apesar de João Paulo ser o preferido de Paulo Câmara para integrar a chapa majoritária, o que se comenta em Brasília é que Humberto estaria trabalhando para tentar renovar seu mandato e conta com a simpatia de Lula para ser o indicado do PT para o posto.

Inocente quer saber – Quem vence guerra entre FBC e Jarbas Vasconcelos?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 19 de fevereiro de 2018 Deixe um comentário

Coluna do blog desta segunda-feira

Jarbas dependerá fortemente da votação de Paulo para chegar ao Senado

O deputado federal Jarbas Vasconcelos desde 2014 que planejou ser candidato a senador em 2018, pois gostou muito do cargo e pretende voltar ao posto a partir de janeiro de 2019, mas é importante fazer algumas considerações sobre o ex-governador e sobre as eleições anteriores para avaliar seu potencial e suas chances de chegar ao mandato.

Historicamente todos os governadores eleitos obtiveram mais votos do que aqueles que foram escolhidos para o Senado, Miguel Arraes em 1986, Joaquim Francisco em 1990, Miguel Arraes em 1994, Jarbas Vasconcelos em 1998 e 2002, Eduardo Campos em 2010 e Paulo Câmara em 2014. De todos os governadores eleitos, apenas Miguel Arraes em 1994 e Eduardo Campos em 2006 não elegeram os senadores da sua chapa.

Os pontos fora da curva foram a vitória de Carlos Wilson para o Senado desbancando Roberto Freire, eleito em segundo lugar, e Armando Monteiro Filho, que amargou o terceiro lugar, ambos da chapa de Arraes. É importante ressaltar que o eleitor identificou a relação de Cali com Arraes, pois eles haviam composto a chapa de 1986 e Cali havia sido governador sucedendo Arraes. O segundo ponto fora da curva foi a vitória de Jarbas em 2006, que não tinha adversário competitivo e tinha sido um governador muito bem avaliado. Ainda assim, foi puxado pra baixo por Mendonça Filho, uma vez que iniciou com 75% de intenções de voto para o Senado e acabou sendo eleito com 56%.

Num cenário de três pré-candidaturas postas a governador, tendo Armando Monteiro, Fernando Bezerra Coelho e Paulo Câmara, é provável que sejam lançadas seis candidaturas ao Senado com três a quatro nomes competitivos. Na hipótese de Jarbas e João Paulo serem os senadores de Paulo, é possível afirmar que João Paulo caminha para ser o mais votado da chapa, uma vez que demonstrou força eleitoral em 2014 e 2016 mesmo sendo derrotado teve resultados representativos considerando as peculiaridades da eleição, agora com a estrutura do governo, João Paulo poderá ter melhor sorte, Jarbas por sua vez é um tipo de candidato que gosta de disputar eleições sem suar a camisa, não gosta de fazer articulações nem de atos políticos, a impressão que passa é que ele não tem mais interesse no miúdo da política. Então há uma sinalização clara de deputados e prefeitos mesmo da Frente Popular sem ter o menor entusiasmo em fazer campanha pra ele pois sabem que será um senador que não se pode contar, diferentemente de Sergio Guerra, Armando Monteiro e o próprio Fernando Bezerra Coelho que possuíam um perfil de maior proximidade com a classe política.

Atrelado a isso, vale salientar que em 2014 Jarbas era candidato de 120 mil votos, somente atingindo 227 mil depois da morte de Eduardo que realizou uma força tarefa para salvar a pele de Jarbas naquele pleito. O eleitor órfão da referência de Eduardo acabou votando em Jarbas, mas hoje não existe mais esta comoção, além disso, Jarbas faz um mandato em Brasília infinitamente mais apagado do que a sua última passagem pelo Senado. Nas eleições deste ano, caso Jarbas seja mesmo candidato a senador, ele dependerá fortemente de uma expressiva vitória de Paulo Câmara no primeiro turno para voltar ao mandato e circular no salão azul. Se Paulo for ao segundo turno, é extremamente arriscada a vitória de Jarbas para o Senado.

Senador – O deputado federal Daniel Coelho negocia sua ida para o PPS com a condição de ser candidato a senador numa das chapas da oposição. Sem clima no PSDB, Daniel também não estaria seguro da sua candidatura a federal. Ele faz conta que a eleição para senador está muito aberta e valeria correr o risco.

Desistência – O deputado estadual Lucas Ramos estava avaliando sua candidatura a deputado federal, mas como percebeu que precisaria de 100 mil votos pelo menos para se eleger no PSB, decidiu por recuar e tentar a reeleição para a Assembleia Legislativa de Pernambuco onde precisará de 50 mil votos. Tendo 32 anos, Lucas não vai trocar o certo pelo duvidoso e vai aguardar um ambiente mais tranquilo para dar o salto.

Disposição – Quem conversa com o senador Fernando Bezerra Coelho fica com a sensação que ele lidera as pesquisas para governador. Ele diz que vai ganhar a eleição em outubro e anima quem está desanimado. Um aliado do senador diz que somente um político tinha a mesma convicção de Fernando, era Eduardo Campos que dizia a todo mundo que seria governador mesmo fragilizado no início da campanha com apenas um dígito.

Divisão – Um importante ator da política pernambucana relembra que 2018 para deputado federal está parecido com as eleições de 2006 quando foram três candidaturas majoritárias competitivas e foram eleitos 9 pela coligação de Humberto Costa, 9 pela de Mendonça Filho e 7 pela de Eduardo Campos. Em 2018 na conta dele a coligação de FBC elege de 4 a 5, Armando de 4 a 5, de Eduardo da Fonte de 4 a 5 e a de Paulo Câmara de 10 a 11.

RÁPIDAS

Reforço – O deputado federal Eduardo da Fonte anunciará nesta segunda-feira mais uma importante filiação para a chapa de deputado estadual. O nome, guardado a sete chaves, é uma liderança política em ascensão no agreste, e ajudará a consolidar a meta de eleger pelo menos dez deputados estaduais em outubro.

Brasília – Embarco hoje com destino a capital federal para acompanhar as movimentações até a próxima quarta-feira. O período tende a ser bastante movimentado por conta da intervenção federal  e a consequente inviabilização da reforma da Previdência. Você ficará informado de tudo que acontecerá na capital do país acompanhando o nosso blog.

Inocente quer saber – Quando teremos uma definição a respeito da novela envolvendo o comando estadual do MDB?

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Postado por Edmar Lyra às 9:43 am do dia 19 de janeiro de 2018 Deixe um comentário

Raul Henry terá vitória no TJPE no caso PMDB

O vice-governador Raul Henry já pode comemorar um round na disputa pelo comando do PMDB em Pernambuco. O recurso apresentado pelo atual presidente do partido será julgado pelo desembargador Eduardo Sertório hoje à tarde. Uma fonte palaciana considera pule de dez uma decisão favorável a Raul por parte do desembargador, que é padrasto do ex-candidato a vereador e militante do PSB Flavio Campos Neto.

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Postado por Edmar Lyra às 12:07 pm do dia 18 de janeiro de 2018 Deixe um comentário

Texto de procurador do TSE embasa dissolução do PMDB

Se há um consenso na questão envolvendo o comando do diretório estadual do MDB, é que a Justiça Eleitoral já tomou uma decisão unânime em favor da executiva nacional da legenda.

Na mais importante corte eleitoral do país, foi acatado o parecer do Vice Procurador-Geral Eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros, que reconheceu de forma clara a competência da Nacional para definir os rumos do partido. Nunca houve deliberação partidária para alterar o Estatuto do PMDB no tocante a esse tema, razão pela qual o TSE deveria homologar a retificação do Estatuto.

O procurador eleitoral afirmou, textualmente que jamais houve alteração no estatuto – como argumentava o diretório de Pernambuco – mas uma simples retificação de uma numeração errada.

Confira o texto de Medeiros:

“18. Fácil notar, pois, que houve uma errônea renumeração dos demais incisos do art. 73 do Estatuto, quando deveria ter havido apenas a menção à revogação do inciso II. Assim, ocorreu uma indevida alteração das competências dos diretórios estaduais, dos diretórios municipais e zonais e das comissões executivas e zonais, sem que houvesse deliberação dos membros do Partido neste sentido. 19. Portanto, revela-se necessária, como exposto na petição de fls. 195-297, a retificação da redação do art. 73 do Estatuto, que passará a ter a seguinte redação (fl. 296): 20. Tal providência restabelecerá as competências originais dos órgãos diretivos estaduais e municipais do Partido, as quais jamais foram alvo de alteração por deliberação tomada pelos membros do PMDB.”

O texto do vice-procurador geral do Tribunal Superior Eleitoral deixa evidente que é fraca a argumentação de Raul Henry e Jarbas, que é a mesma contida no Agravo de Instrumento que está nas mãos do Desembargador do TJPE, Eduardo Sertório para decisão esta semana.

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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