Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 20 de outubro de 2018

Coluna do blog deste sábado

Mendonça Filho está credenciado a ocupar qualquer cargo no Brasil

Com uma experiência de mais de trinta anos de vida pública, tendo sido deputado estadual, federal, vice-governador, governador e ministro da Educação, Mendonça Filho também tem qualificação técnica para exercer qualquer função pública e privada no Brasil e fora dele. Mendonça além de ser graduado em administração, é especializado em gestão pública pela escola de negócios de Harvard, nos Estados Unidos.

A sua passagem pelo ministério da Educação foi o ápice da sua vida pública, uma vez que teve a oportunidade de imprimir um modelo de gestão capaz de recuperar não só a infraestrutura do ensino superior e técnico, com a construção de institutos federais e campus universitários, como também a reforma do ensino médio que trouxe avanços para a educação brasileira.

Mesmo enfrentando uma grande patrulha ideológica de seus opositores, uma vez que a área da educação é uma das mais esquerdistas do país, Mendonça saiu do MEC este ano para disputar as eleições com seu trabalho reconhecido por quem tem o mínimo de discernimento para enxergar os acertos sem o viés ideológico.

Com a provável vitória de Jair Bolsonaro no próximo dia 28, Mendonça Filho foi convidado pelo deputado federal e eventual ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para apresentar as ações que foram implementadas ao longo da sua passagem pelo MEC. O encontro com Onyx deu margem para especulações de que Mendonça poderá assumir novamente o ministério da Educação num eventual governo Jair Bolsonaro.

Se porventura a especulação se tornar realidade, Jair Bolsonaro estará fazendo uma excelente escolha para o cargo, uma vez que é um grande desperdício que um gestor público do quilate de Mendonça Filho não seja aproveitado pelo governo federal, pois ele tem credenciais para ocupar qualquer cargo no país, e certamente será requisitado por instituições do mundo inteiro em caso de não ser confirmado na equipe de Jair Bolsonaro.

Líder – O senador Fernando Bezerra Coelho ficará com a incumbência de liderar a oposição em Pernambuco. Com mandato até 2023, o senador, que lidera o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, o deputado federal Fernando Filho e o deputado estadual Antônio Coelho, representa um grupo político robusto no estado e tem tudo para ser o principal opositor de Paulo Câmara pelos próximos quatro anos.

Hexa – Em Pernambuco, apenas o Clube Náutico Capibaribe pode se vangloriar de ser o maior campeão consecutivo no futebol. São seis títulos seguidos que permitiram o bordão Hexa é Luxo. Na política, além de Guilherme Uchoa que conseguiu seis mandatos consecutivos de presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, o senador eleito Jarbas Vasconcelos pode se vangloriar de ser o único político a vencer seis eleições majoritárias no estado.

André Ferreira – Ganha força nos bastidores a informação de que o deputado federal eleito André Ferreira poderá ser candidato a prefeito do Recife em 2020. Ele foi o quarto mais votado do Recife e o mais votado do grupo oposicionista liderado por Armando Monteiro tanto no estado quanto na capital. Os votos lhe credenciaram para a disputa municipal na capital pernambucana.

Desempenho – O PTB, partido do senador Armando Monteiro, sempre teve resultados expressivos sob sua liderança entre 2004 e 2016, porém nas eleições deste ano, a sigla teve um desempenho muito ruim na disputa proporcional, elegendo apenas dois estaduais, Álvaro Porto e Romero Sales Filho, e não elegendo nenhum representante para a Câmara dos Deputados.

RÁPIDAS

Recepção – Os deputados estaduais eleitos no dia 7 estão gradativamente realizando visitas à Assembleia Legislativa de Pernambuco, e são recebidos pelo presidente da Casa, Eriberto Medeiros. Os novatos João Paulo Costa e Fabrízio Ferraz estiveram com o presidente e ficaram impressionados com a atenção dispensada pelo comandante da Casa Joaquim Nabuco.

Força – Apesar de não ter elegido sua esposa deputada estadual, o Professor Lupércio conseguiu fazer com que ela ficasse como a segunda mais votada de Olinda. Claudia só não se elegeu porque perdeu votos para o fenômeno Gleide Ângelo. Lupércio mostrou que tem força e tem seu trabalho reconhecido pelos olindenses.

Inocente quer saber – A “bomba” da denúncia do WhatsApp para a campanha de Bolsonaro terá sido apenas um track de massa?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 19 de outubro de 2018

Coluna do blog desta sexta-feira

Palácio construiu força política maior do que em 2014

Nas eleições de 2014 a Frente Popular foi impulsionada pela comoção gerada pela morte de Eduardo Campos, que havia montado a maior frente política da história de Pernambuco. Naquela ocasião Paulo Câmara elegeu-se com uma expressiva votação e fez uma maioria política significativa tanto na Câmara dos Deputados quanto na Assembleia Legislativa de Pernambuco, porém o sentimento de muitos é o de que Paulo Câmara só chegou ao Palácio por conta do fatídico acidente, e precisava de uma demonstração de força para ganhar legitimidade política.

As eleições de 2016 trouxeram resultados pouco animadores para o Palácio, que viu aliados perderem em Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Ipojuca, Belo Jardim, Caruaru, Araripina, São Lourenço da Mata e cidades menores mas representativas que dariam uma grande preocupação ao governo na reeleição.

Além do resultado do pleito municipal e das dificuldades do governo, Paulo Câmara foi perdendo alguns aliados como o senador Fernando Bezerra Coelho, os deputados federais Fernando Filho, Mendonça Filho e Bruno Araújo, todos na época ministros de pastas importantes do governo federal e no final da pré-campanha o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira. Para muitos, o governo estaria sepultado, sobretudo pela ameaça da candidatura de Marília Arraes que se mostrava muito competitiva.

O governo tirou Marília do jogo, atraiu o PT, e enfrentou Armando Monteiro. Mesmo com todos os problemas do governo, em nenhum momento da campanha Paulo Câmara ficou atrás de Armando Monteiro nas pesquisas, o melhor resultado da oposição foi uma desvantagem numérica dentro da margem de erro. As urnas do último dia 7 permitiram a vitória de toda a Frente Popular, mas além da derrota de três expoentes oposicionistas, Armando, Mendonça e Bruno, o governo teve um expressivo resultado na disputa proporcional.

Dos 25 deputados federais eleitos, 17 estarão na base do governador,  enquanto dos 49 estaduais, pelo menos 36 deverão compor a base governista na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Não é apenas a base governista robusta que impulsiona o PSB, mas a própria fragilidade da oposição que teve uma chance ímpar de tirar a hegemonia socialista no estado, que com a derrota de seus próceres, ficou órfã de lideranças, dependendo de nomes que estão reticentes a empunhar a bandeira de antagonismo ao PSB.

Por fim, se observou a derrota de nomes que bateram de frente com o Palácio, como João Fernando Coutinho, Socorro Pimentel, Adalberto Cavalcanti, Marinaldo Rosendo, José Humberto e Augusto Cesar, que em 2014 obtiveram resultados expressivos mas que em 2018 saíram derrotados e fragilizados das urnas. Não haveria resultado melhor para o governo, que fez barba, cabelo, bigode e mais um pouco para ter uma tranquilidade maior pelos próximos quatro anos.

Fundaj – Comandando a Fundação Joaquim Nabuco no governo Michel Temer, o deputado Mendonça Filho já teria solicitado ao presidenciável Jair Bolsonaro através de interlocutores que fosse mantido seu espaço no eventual governo Bolsonaro. A Fundaj é interessante porque os salários são no patamar de Brasília mas o expediente é dado em Pernambuco, abrigando toda a equipe do ex-ministro.

Juntos – Se o PSOL criou a modalidade da candidatura coletiva, e logrou êxito na empreitada através das Juntas, os deputados estavam dizendo que o PSB teve a sua modalidade de candidatura coletiva, pois a votação de Gleide Ângelo permitiu que Waldemar Borges, Isaltino Nascimento, Romário Dias e Aluísio Lessa pudessem renovar seus mandatos. Os mais de 412 mil votos de Gleide elegeram cinco deputados pela Frente Popular.

São Paulo – No segundo turno para governador, a eleição mais acirrada está sendo em São Paulo na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. O governador Marcio França e o ex-prefeito João Dória estão empatados tecnicamente e a campanha tem sido bastante agressiva. Quem vencer no próximo dia 28 deverá chegar ao mandato por uma pequena margem de votos.

Eriberto Medeiros – O deputado Eriberto Medeiros, atual presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, vem ganhando força junto aos seus pares para sua recondução. Eriberto tem excelente trânsito na Casa tanto com os deputados reeleitos quanto com os novatos. É difícil que até o dia 1 de fevereiro surja algum nome que possa prejudicar seu favoritismo.

RÁPIDAS

Goiana – O primeiro suplente de vereador de Goiana, mais votado do que três vereadores de mandato, Alexandre Carvalho, apoiou sozinho o deputado estadual eleito Clovis Paiva e garantiu 518 votos ao parlamentar. Ele é filho do ex-vereador Antonio Nelson e poderá contar com o apoio de Clovis para atuar em favor da sua cidade, fortalecendo-lhe para as eleições de 2020.

Haddad – Nesta sexta-feira, a partir das 14h, prefeitos e lideranças de Pernambuco que apoiam a candidatura de Fernando Haddad à Presidência da República estarão reunidas no Hotel Canariu’s, em Gravatá, no Agreste, no encontro da Frente Democrática para reafirmar o compromisso com o presidenciável no segundo turno das eleições 2018.

Inocente quer saber – O senador Fernando Bezerra Coelho assumirá a liderança da oposição a Paulo Câmara em Pernambuco?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 18 de outubro de 2018

Coluna do blog desta quinta-feira

Alepe já respira eleição da mesa diretora 

Desde que Guilherme Uchoa assumiu a presidência da Assembleia Legislativa de Pernambuco em 2007 que foram cinco eleições subsequentes com a mesma liderança política ocupando o principal cargo da mesa diretora, durante quatro eleições da mesa, João Fernando Coutinho ocupou a primeira-secretaria, e durante as outras duas o cargo foi ocupado por Diogo Moraes que segue exercendo a função até 31 de janeiro de 2019.

Antes disso, a Assembleia Legislativa de Pernambuco já havia experimentado uma hegemonia de Romário Dias, que foi eleito para três mandatos como presidente, o que fez com que em dezoito anos a Casa tivesse apenas dois presidentes, praticamente duas décadas sem muita alternância de poder na Casa Joaquim Nabuco.

Com a morte de Guilherme Uchoa em julho, a Alepe experimentou um presidente diferente, que foi a escolha de Eriberto Medeiros para a eleição suplementar da mesa em agosto. O atual presidente da Casa estava com a sua candidatura a deputado federal colocada e acabou recuando para tentar a reeleição como deputado estadual, logrando êxito no último dia 7 de outubro.

Com a reeleição de 25 nomes e a chegada de 24 novos deputados, as articulações com vistas ao comando da Casa onde estarão em jogo sete cargos da mesa diretora estão a pleno vapor, não se fala em outra coisa senão em quem serão os sete ocupantes dos cargos diretivos da Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Os nomes de Eriberto Medeiros e Diogo Moraes estão colocados no sentido de uma recondução, porém o que se comenta na Casa é que não há nada definido sobre a eleição. Eriberto possui relativa vantagem porque tem apenas três meses no cargo e tem atendido aos anseios da Casa com significativa atenção. Já o nome de Diogo Moraes, o que se comenta é que ele esbarra numa necessidade de modificar a constituição para ser reconduzido ao cargo. Isso funcionou por várias ocasiões durante a hegemonia de Romário e Guilherme na presidência, porém o desgaste sofrido pela Casa foi muito grande, o que hoje há indícios de preocupação com a opinião pública numa nova modificação da constituição para permitir a recondução de Diogo.

Ainda não se sabe o desfecho, porém muitas articulações estão sendo feitas, uma vez que estará em jogo a caneta de um poder legislativo que dá muita relevância política tanto ao presidente quanto ao primeiro-secretário e muitos, ainda que não se manifestem publicamente, estão sonhando acordados com a possibilidade de estarem nos postos de destaque da Casa Joaquim Nabuco.

Sem campanha – Não se sabe fora do estado, mas em Pernambuco praticamente não há sinais de campanha de Fernando Haddad. O sentimento é que seus apoiadores no estado parecem ter jogado a toalha devido a expressiva vantagem de Jair Bolsonaro nas pesquisas presidenciais. Nem o próprio PT pernambucano está se dando ao trabalho de fazer atos em favor do presidenciável.

Advogacia – Prestes a concluir seu mandato como deputado federal, Bruno Araújo tem se dedicado vida profissional. Advogado de formação com excelente trânsito em Brasília, o ex-ministro das Cidades está sendo requisitado para atuar em casos que demandem conhecimento jurídico e articulação nos tribunais, o que ele tem de sobra.

Mendonça Filho – Terceiro colocado na disputa pelo Senado, tendo sido o mais votado do Recife, Mendonça Filho está sendo lembrado por apoiadores para disputar a prefeitura do Recife em 2020. Os defensores da sua candidatura acreditam que a postulação lhe manterá na vitrine para tentar voltar à Câmara dos Deputados daqui a quatro anos.

Circulando – O jornalista e ex-secretário de governo de Camaragibe, Gustavo Matos Ribeiro, realiza uma circulada por Brasília durante esta semana. Ontem ele foi recebido pelo senador eleito Jarbas Vasconcelos em seu gabinete e ganhou incentivos para ingressar na disputa política de 2020 em Camaragibe, onde tem atuação.

RÁPIDAS

Destino – Após a vitória de Jarbas Vasconcelos e a derrota de Romero Jucá, há um sentimento no meio político que a briga pelo comando do MDB travada pelo senador Fernando Bezerra Coelho perdeu força. Muitos apostam que o destino do senador pode ser o Democratas ao lado do prefeito de Petrolina Miguel Coelho que ainda não saiu oficialmente do PSB. Já estão filiados ao partido os deputados Fernando Filho e Antonio Coelho.

Parecer – O plenário do Senado aprovou parecer do senador Armando Monteiro (PTB-PE) regulamentando a duplicata eletrônica – título emitido em operações comerciais que representa crédito de uma empresa pela venda de mercadorias ou serviços, muito usado como garantia na obtenção de empréstimos. A medida, que modernizará e dará maior segurança ao uso da duplicata, reduzirá as taxas de juros, destacou Armando.

Inocente quer saber – Qual foi a decisão tomada pelos deputados que se reuniram na casa de Rodrigo Novaes?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 12 de outubro de 2018

Coluna do blog desta sexta-feira

Os prefeituráveis do Recife após a abertura das urnas 

No último domingo tivemos a definição do Senado, do governo de Pernambuco e das bancadas federais e estaduais. E ainda temos a disputa do segundo turno na eleição presidencial que certamente trará desdobramentos para o futuro do estado. Com a abertura das urnas, alguns políticos saíram fragilizados, outros fortalecidos para a disputa municipal, onde estará em jogo, após oito anos de Geraldo Julio, a prefeitura do Recife.

O atual prefeito encerra seu mandato em 2020 depois de ser ungido por Eduardo Campos no primeiro mandato e ter seu trabalho reconhecido na reeleição, e como ele não estará na disputa, abre-se um precedente para a apresentação de novos quadros. No PSB, apesar de termos dois nomes com força eleitoral para a disputa, Felipe Carreras e João Campos, apenas o segundo está com pinta de candidato pelo partido, pois além de ser filho do ex-governador Eduardo Campos, saiu legitimado pelas urnas como o deputado federal mais votado do estado e da capital.

No PT, depois de ter sido rifada para a disputa pelo governo de Pernambuco pelo seu partido, Marília Arraes que foi a segunda deputada federal mais votada do estado e a terceira do Recife, é o nome natural do partido para o pleito. Será imprescindivel, mesmo com a aliança com o PSB, para o PT a candidatura própria de Marília Arraes ao Palácio Antonio Farias, pois ela tornou-se a segunda maior liderança do partido no estado depois do senador Humberto Costa e está legitimada a entrar na majoritária.

No campo oposicionista, derrotado no último domingo, seis nomes surgem com naturalidade para a disputa que são Mendonça Filho que foi o candidato a senador mais votado do Recife e tornou-se o nome mais forte da oposição para uma eventual majoritária, chegando a derrotar Jarbas na capital, surge como o principal nome para o jogo de 2020 na oposição. Porém ele não é o único, Silvio Costa Filho que foi o segundo deputado federal mais votado da oposição e presidente do maior partido oposicionista em termos de tempo de televisão, o PRB, não tem motivos para ficar de fora da disputa de 2020.

Daniel Coelho que já foi duas vezes derrotado pela prefeitura do Recife, e obteve menos de 40 mil votos na capital, é presidente do PPS e não será candidato somente se não quiser, pois agora tem um partido para chamar de seu e seria o nome do partido para o pleito. Bruno Araújo que foi candidato a senador, se quiser voltar para a política, deverá encarar a disputa pela prefeitura, uma vez que é o único nome do PSDB com envergadura para uma candidatura própria.

André Ferreira também teve uma expressiva votação, tendo sido vereador do Recife e surge como alternativa do PSC para a disputa. Por fim, Luciano Bivar, eleito deputado federal com uma expressiva votação na capital pernambucana, seria o nome natural do PSL para a disputa, sobretudo em caso de vitória de Jair Bolsonaro na disputa presidencial. Se confirmados esses nomes, poderemos ter uma eleição na capital com cara de segundo turno e sendo mais disputada do que foi a eleição para governador, que foi liquidada na primeira etapa.

Mendonça Filho – Mesmo não vencendo no último domingo a disputa pelo Senado, Mendonça Filho pode comemorar o seu voto metropolitano, tendo vencido em Recife, Paulista e Jaboatão dos Guararapes. Na capital pernambucana ficou à frente de Jarbas Vasconcelos, e a diferença entre os dois foi muito pequena em todo o estado.

Roberta Arraes – Com a vitória obtida no último domingo, a deputada estadual reeleita Roberta Arraes já tem seu nome lembrado para disputar a prefeitura de Araripina em 2020. Ela poderá enfrentar o atual prefeito Raimundo Pimentel que não faz uma gestão bem-avaliada e viu sua esposa Socorro Pimentel ficar de fora da Alepe após a abertura das urnas.

Fabinho Lisandro – Apesar de não ter sido eleito deputado estadual no último domingo, Fabinho Lisandro conquistou uma expressiva votação em Salgueiro. Ele atingiu quase 20% dos votos válidos, resultado que o credenciou para projetos futuros na cidade. Aliado do prefeito Clebel Cordeiro, que ainda não confirmou a tentativa pela reeleição, Fabinho pode até mesmo ser candidato a prefeito dependendo da conjuntura.

Santa Cruz – A vitória de Diogo Moraes e de Alessandra Vieira ocorrida no último domingo deu a Santa Cruz do Capibaribe um protagonismo ainda maior na região do Agreste. Com dois deputados estaduais, o polo têxtil da região terá duas vozes importantes para defender seus interesses junto ao governador Paulo Câmara.

Itaíba – Apoiador da candidatura de Paulinho Tomé a reeleição, Jandilson ficou muito chateado com aqueles que prometeram voto ao deputado em Itaiba e não cumpriram o acordo. Ele promete cobrar de seus credores os que contaram com sua estrutura e não garantiram o voto ao deputado.

RÁPIDAS

Aumento – Não foi apenas Sebastião Oliveira e André de Paula que ampliaram suas votações em relação a 2014. Os deputados federais eleitos Luciano Bivar, Augusto Coutinho e Fernando Monteiro, que foram suplentes e assumiram durante o mandato também aumentaram seus votos. Kaio Maniçoba que não foi reeleito dobrou seus votos em relação ao pleito passado.

Tabus – Com a derrota de Armando Monteiro para governador no último domingo, duas escritas se mantiveram em Pernambuco, a primeira é que nunca um senador no exercício do mandato conseguiu eleger-se governador, e a segunda é que nunca um candidato derrotado num pleito conseguiu vencer no seguinte.

Inocente quer saber – A disputa presidencial poderá sofrer alguma reviravolta na vantagem elástica de Jair Bolsonaro sobre Fernando Haddad?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 10 de outubro de 2018

Coluna do blog desta quarta-feira

A crônica de uma derrota anunciada 

Durante o ano de 2017 os senadores Armando Monteiro e Fernando Bezerra Coelho e os deputados federais Mendonça Filho, Bruno Araújo e Fernando Filho, então ministros de Michel Temer, se uniram em Caruaru em um ato conjunto do ministério das Cidades numa entrega de casas do Minha Casa Minha Vida. Ali estava se formando o grupo oposicionista que estava pretendendo disputar o governo de Pernambuco.

Em dezembro ocorreu no Recife o primeiro ato intitulado Pernambuco quer Mudar, numa unidade de deputados federais e estaduais, os dois senadores, os ministros e alguns prefeitos. Era o pontapé inicial para uma coalizão formada por partidos e políticos que haviam sido afastados da Frente Popular. Ainda ocorreram mais três atos, um em Petrolina, um em Caruaru e o final em Ipojuca.

A cada evento, somente críticas ao governo do PSB, dizendo que faltava liderança a Paulo Câmara e que Pernambuco iria mudar, mas não se sabia qual era o projeto de mudança, uma vez que não se viu nenhuma proposta para a segurança pública, para a saúde ou para outros temas que careciam de discussão. Aquele formato de evento se mostrava cansativo e apontava para um caminho que não motivaria os eleitores numa disputa estadual. Era preciso mais do que críticas ao governador se a oposição quisesse mesmo vencer a eleição.

No evento de Caruaru houve o anúncio oficial de que haveria apenas uma candidatura ao governo daquele grupo. Uma estratégia que evidenciou a dificuldade oposicionista para a disputa, pois estava óbvio que a única chance de vitória seria num segundo turno e para isso era fundamental o lançamento de duas candidaturas. Somente em julho que a oposição definiu pela candidatura de Armando Monteiro, um nome que apesar de ter suas qualidades, foi derrotado em 2014 e estava atrás em todas as pesquisas, tendo sido incapaz de capitalizar politicamente a insatisfação que havia com o PSB.

O outro escolhido para a chapa foi Mendonça Filho, que já havia sido três vezes derrotado pela Frente Popular e que por muito pouco não se elegeu deputado federal no pleito anterior. No anúncio das duas candidaturas, somente críticas, nenhuma proposta, e o rumo seguiu até a convenção quando houve a oficialização de Bruno Araújo como segundo senador e Fred Ferreira como vice-governador. Os dois nomes tiveram vetos de Armando Monteiro, que somente foi convencido da aliança quando Bruno Araújo cogitou lançar uma candidatura própria a governador.

Talvez se Bruno Araújo tivesse lançado a candidatura ao governo em vez do Senado, e Armando Monteiro não tivesse vetado Silvio Costa como seu segundo senador, as chances da oposição seriam infinitamente superiores. Bruno pelo seu partido teria tempo de televisão suficiente para apresentar uma candidatura a governador que ajudaria a forçar o segundo turno, Silvio Costa por sua vez, na chapa de Armando serviria de antídoto para refutar a tese de palanque de Temer que o PSB quis aplicar na oposição.

Como se não bastasse, Armando Monteiro já na condição de candidato a governador se apresentou como um candidato sem identidade, uma vez que por onde passava dizia que votava em Lula, desrespeitando seu eleitor em potencial que era aquele que não votava em Lula em hipótese alguma. Até a estrela do PT Armando chegou a usar na sua campanha eleitoral. Durante um ato em Petrolina ao lado de Geraldo Alckmin, Armando não se fez presente, evidenciando uma total falta de sintonia e um desrespeito ao presidenciável.

O tempo passou e ficou latente o erro absoluto da oposição que abdicou de lançar duas candidaturas, abdicou de Silvio Costa que ajudaria muito a narrativa oposicionista e apresentou um candidato que se mostrou incapaz de capitalizar as dificuldades do governo. Com o decorrer da campanha, Paulo Câmara que garantiu o MDB e o PT na sua coligação começou a crescer nas pesquisas distanciando-se de Armando até uma pesquisa Datafolha apontar um empate técnico entre ambos.

Naquele momento era a chance de Armando surfar na onda, criando um fato político que pudesse manter uma tendência de crescimento, mas novamente a oposição subestimou a força do PSB, que se organizou e construiu a narrativa da reforma trabalhista, o que foi o tiro de misericórdia em Armando. Mesmo assim, Armando ainda teve na reta final com o crescimento de Jair Bolsonaro nas pesquisas, uma chance real de diminuir a vantagem do governador e forçar um segundo turno, mas novamente Armando achou que jogando parado iria ao segundo turno, era preciso um pronunciamento dele em favor de Bolsonaro, não precisava ser uma declaração de apoio mas poderia ser de reconhecimento a liderança de Bolsonaro que talvez animasse o eleitor do presidenciável a também votar nele. Muitos fizeram isso pelo Brasil inteiro e lograram êxito, mas o medo de perder tira a vontade de ganhar, e Armando mais uma vez perdeu a oportunidade de capitalizar eleitoralmente com o crescimento de Bolsonaro.

A oposição achou que a junção de políticos tradicionais era suficiente para vencer a eleição, ledo engano, as urnas deram uma vitória numérica apertada a Paulo Câmara, mas uma vantagem elástica em relação ao segundo colocado que foi Armando Monteiro. Na disputa proporcional, os chapões de Armando Monteiro elegeram seis federais e sete estaduais, sendo um dos piores resultados obtidos por uma coligação. No fim, a oposição que sonhou em governar Pernambuco acabou dizimada, com a provável aposentadoria dos seus próceres e permitiu, mesmo diante de tantas dificuldades enfrentadas pelo governo, a manutenção da hegemonia do PSB que agora dura dezesseis anos.

Espólio – A desistência do deputado estadual Julio Cavalcanti em tentar a reeleição possibilitou a vitória de pelo menos três deputados. Seus apoios no sertão do Pajeú deram quase seis mil votos a João Paulo Costa, que sem eles teria sido derrotado na chapa do Avante. Uma vereadora de Arcoverde que garantiu quase 900 votos a Romero Sales Filho permitiu que ele superasse Socorro Pimentel e fosse eleito na chapa do PTB. Por fim, o apoio de Pão com Ovo em Escada dado a Roberta Arraes garantiu 400 votos e evitou que ela perdesse a vaga para Marcantonio Dourado Filho.

Força – Numa eleição atípica onde a maioria dos políticos baixaram a votação ou não se reelegeram, Rodrigo Novaes não só foi reeleito como ampliou seus votos em relação a 2014. O resultado obtido por Rodrigo é fruto da sua atuação na Alepe e da sua proximidade com suas bases. Rodrigo consolidou-se na política conquistando o terceiro mandato e está legitimado a ocupar postos mais relevantes na política estadual.

Jaboatão – Com as fragorosas derrotas sofridas por Neco e Elias Gomes, que poderiam ser nomes para enfrentar o prefeito Anderson Ferreira em 2020 em Jaboatão dos Guararapes, o PSB identificou um nome muito mais palatável ao eleitor e já decidiu que irá lançar para a prefeitura. A deputada estadual eleita Gleide Angelo obteve 66.779 votos somente em Jaboatão e será o nome apresentado pelo Palácio para enfrentar Anderson na próxima eleição.

Petrolina – O cientista político Pablo Fernandes ficou responsável por tocar a campanha de João Campos (PSB) para deputado federal em Petrolina. O deputado federal eleito obteve 2.783 votos na capital do São Francisco praticamente sem pisar na cidade.

Luciano Bivar – O deputado federal eleito Luciano Bivar tornou-se o principal interlocutor de Jair Bolsonaro em Pernambuco. Durante entrevista, ele afirmou que o PSL disputará a presidência da Câmara dos Deputados em caso de vitória de Jair Bolsonaro no segundo turno. Bivar foi o sétimo deputado federal mais votado de Pernambuco e terá grande poder no provável governo Bolsonaro.

RÁPIDAS

Fim – Ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara Municipal do Recife, Vicente André Gomes foi candidato a deputado estadual e obteve apenas 6.952 votos, dos quais 5.571 foram no Recife. Com essa votação, depois de ter perdido em 2016 a reeleição, Vicente foi varrido da vida pública pelo mesmo eleitor que já lhe conferiu mandatos eletivos em outrora.

Lula Cabral – O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, deu mais uma demonstração de força no último domingo. Além de ver seus adversários dizimados pelas urnas, Lula garantiu que Paulo Câmara, Eduardo da Fonte, Humberto Costa e Fabiola Cabral saíssem majoritários da cidade. Somente Bruno Araújo não ficou entre os mais votados para o Senado.

Inocente quer saber – O PSL de Jair Bolsonaro terá candidato a prefeito do Recife em 2020?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 9 de outubro de 2018

Coluna do blog desta terça-feira

Ferreiras viram principal polo de oposição em Pernambuco 

Nas eleições de 2010 com a vitória de Anderson Ferreira para deputado federal, a família Ferreira iniciou um processo ininterrupto de crescimento político e eleitoral em Pernambuco, na eleição seguinte, André Ferreira confirmou o favoritismo e foi novamente o vereador mais votado do Recife, e em 2014, Anderson Ferreira triplicou sua votação sendo o quinto deputado federal mais votado, André, por sua vez, chegou à Assembleia Legislativa de Pernambuco como o quarto deputado estadual mais votado.

Dois anos depois, num passo mais ousado, Anderson Ferreira, enfrentando duas máquinas chegou ao segundo turno da eleição de Jaboatão dos Guararapes, derrotando o candidato governista que sequer chegou a segunda etapa. No segundo turno, Anderson saiu vitorioso contra Neco, e assumiu a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. No Recife, o PSC elegeu três vereadores, dentre eles Fred Ferreira que ficou entre os três mais votados da capital pernambucana.

Em 2018, já no campo da oposição, o prefeito Anderson Ferreira conseguiu garantir o retorno de Manoel Ferreira para a Assembleia Legislativa de Pernambuco com uma expressiva votação, mais de 50 mil votos, e a chegada de André Ferreira à Câmara dos Deputados com mais de 175 mil votos, sendo o terceiro deputado federal mais votado. O PSC novamente conquistou um expressivo resultado, com a eleição de cinco deputados estaduais, dentre eles Clarissa Tercio que atingiu mais de 50 mil votos, que é do segmento evangélico.

Em Jaboatão, Anderson viu seus principais adversários sucumbirem, com a derrocada de Elias Gomes para deputado estadual que perdeu obtendo 12 mil votos, de Betinho Gomes para deputado federal com apenas 20 mil votos, Neco ficou com apenas 14 mil votos, e ainda teve a redução da votação de Cleiton Collins que diminuiu signifcativamente sua votação em relação ao pleito anterior. O prefeito fez Armando aumentar seus votos em relação a 2014 e ainda possibilitou que Mendonça Filho fosse o mais votado da cidade.

No segmento evangélico, com a redução das votações de Adauto, Eurico e Cleiton, o grupo Ferreira igualmente consolidou seu protagonismo, uma vez que André foi mais votado que Eurico e Ossesio, e Manoel suplantou William Brigido e se aproximou da votação de Adauto. Como o grupo possui a prefeitura e uma bancada de deputados e vereadores ligados a Anderson, a força do prefeito ficou mais cristalizada.

No campo oposicionista, ninguém conseguiu um resultado tão expressivo, uma vez que Mendonça Filho saiu derrotado para o Senado, viu sua irmã e seu filho perderem a eleição para estadual e federal, respectivamente. O senador Fernando Bezerra Coelho, que comanda a cidade de Petrolina com Miguel Coelho, elegeu seus outros dois filhos, Fernando Filho e Antonio Coelho, mas ainda assim os votos deles foram aquém dos obtidos pelo grupo Ferreira.

Se a vitória de Paulo Câmara e de toda a Frente Popular foi incontestável e denotou a força do PSB, no campo oposicionista, é igualmente indiscutível que o grupo liderado pelo prefeito Anderson Ferreira saiu mais fortalecido das eleições deste ano e tem todas as condições de assumir o protagonismo da oposição em Pernambuco pelos próximos quatro anos.

Equipe – A quarta derrota seguida de Mendonça Filho em disputas majoritárias comprovou que sua equipe é a grande responsável pelos resultados negativos das suas campanhas eleitorais, na comunicação o diálogo é fraquíssimo e na política, a articulação está completamente ultrapassada. Se Mendonça ainda quiser voltar a exercer mandatos eletivos terá que reformular completamente sua assessoria.

Em casa – Apesar de ter sido o mais votado em Belo Jardim ao lado de Bruno Araújo que também tem raízes no município, Mendonça Filho viu seu filho Vinícius ficar em terceiro lugar para deputado federal com apenas 5.530 votos e Andrea Mendonça em segundo com 5.871 votos. Ambos não foram eleitos no domingo.

Renildo Calheiros – Se há um dos grandes vitoriosos nesta eleição foi Renildo Calheiros. Ele voltou à Câmara dos Deputados na condição de titular, contrariando alguns prognósticos, e viu Luciana Santos ser eleita vice-governadora. O PCdoB não tinha votos pra eleger os dois deputados federais, e acabou ressurgimento das cinzas depois de perder a prefeitura de Olinda de forma fragorosa.

Joel da Harpa – Outra bela vitória nesta eleição foi a de Joel da Harpa (PP). Tido como carta fora do baralho por muita gente, ele obteve 46.524 votos sendo o segundo mais votado da sua coligação e quase triplicando sua votação em relação a 2014. Joel mostrou que sua vitória em 2014 não foi obra do acaso e conseguiu consolidar-se como uma força política no estado a partir de então.

Perdas – A Assembleia Legislativa de Pernambuco teve algumas baixas nestas eleições, como os deputados Socorro Pimentel, Zé Maurício, José Humberto e Ricardo Costa, que tinham boa atuação na Casa mas não conseguiram renovar seus mandatos. A renovação foi de quase 50%, o que dará uma boa oxigenada na Alepe.

Fidelidade – Um dos principais aliados do senador Armando Monteiro é o prefeito de Garanhuns, Izaias Régis. Ele foi incansável na defesa da candidatura do petebista e fez tudo o que estava ao seu alcance para que ele saísse vitorioso. A lealdade de Izaias é um fato reconhecido por todos.

RÁPIDAS

Profissional – O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Eriberto Medeiros, mostrou que é profissional na arte de conquistar o voto. Tendo decidido pela reeleição de última hora, com menos de um mês para a eleição, Eriberto conseguiu 36.580 votos, apesar de ter reduzido seus votos em relação a 2014, com os números de votos da maioria dos seus colegas após a abertura das urnas, que foram muito baixos, qualquer outro teria saído derrotado nestas eleições.

Única – Se na Assembleia Legislativa de Pernambuco houve aumento na representatividade feminina, com 10 deputadas eleitas, o mesmo não pode se dizer da Câmara dos Deputados. Da bancada de 25 federais, Marília Arraes foi a única mulher eleita. Além disso ela foi a segunda mais votada com 193.108 votos. Uma vitória consagradora para Marília, que definitivamente entrou no rol das principais lideranças políticas de Pernambuco.

Inocente quer saber – Paulo Câmara convocará deputados das chapinhas de federal e estadual para o seu secretariado?

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Postado por Edmar Lyra às 0:04 am do dia 6 de outubro de 2018

Coluna do blog deste sábado

Foto: Rafaela Frutuoso/Diário Regional Digital JF/Folhapress)

Jair Bolsonaro quebra conceitos e pode fazer história neste domingo

Deputado do chamado baixo-clero, Jair Bolsonaro começou a ganhar notoriedade depois de fazer duras críticas ao PT, fazendo uma oposição que o PSDB durante os quatorze anos dos petistas no governo federal foi incapaz de realizar. Filiado ao PP, Bolsonaro saiu do partido para ingressar no PSC, cujo casamento não durou muito, e iniciou um flerte com o PEN, que viria a se tornar Patriota por uma exigência sua. Na véspera das definições de filiações, o flerte não se consumou, e Bolsonaro teve que ingressar no nanico PSL, que estava em vias de mudar para Livres, e a sua entrada no partido gerou uma grande confusão.

Durante a pré-campanha, muitos desdenhavam da competitividade de Bolsonaro, dizendo que com apenas alguns segundos de guia ele seria dizimado das urnas, e que sua candidatura não passava de um arroubo. O tempo se encarregou de mostrar que Jair Bolsonaro era o candidato que as pessoas entendiam como antagonista do PT, que por sua vez sustentou uma candidatura fake de Lula até os 45 do segundo tempo no sentido de transferir os votos para Fernando Haddad.

Na véspera da substituição de Lula por Haddad, um bandido que não se sabe com qual motivação e se realmente agiu sozinho, desferiu uma facada em Jair Bolsonaro, na véspera da independência do Brasil, com o candidato trajando uma camisa “Meu partido é o Brasil” em um de seus gigantescos eventos de campanha, fato que não se repetia por nenhum presidenciável.

Quis o destino que Jair não viesse a óbito, mas a facada pode ter sido o gatilho que faltava para impulsionar a candidatura dele ao Palácio do Planalto. As pesquisas subsequentes apontavam a liderança de Bolsonaro contra Fernando Haddad que também estava crescendo impulsionado por Lula.

Apesar da liderança, Bolsonaro tinha dificuldades de superar a casa dos 30%, e Haddad se aproximava a cada pesquisa. Até que os defensores do PT decidiram fazer um famigerado ato #EleNão enquanto o presidenciável se recuperava do atentado sofrido. O ato antecedeu uma grande movimentação em defesa de Jair Bolsonaro que ocorreu em todo o país. Seus eleitores decidiram abraçar o projeto.

A cada pesquisa seguinte Bolsonaro foi crescendo até chegar neste sábado que antecede a eleição. Os números apontaram 40% dos votos válidos para o candidato do PSL, porém o nível de crescimento da sua candidatura é tão grande nas ruas de todo o Brasil que não será surpresa se neste domingo ele for eleito presidente da República no primeiro turno após 20 anos de eleições que eram decididas na segunda etapa.

A eventual vitória de Bolsonaro neste domingo, em primeiro turno, será uma quebra de paradigmas, pois além de derrotar o PT que venceu as últimas quatro eleições presidenciais, ele também terá vencido com apenas 8 segundos de guia eleitoral, desmistificando a máxima de que o tempo de televisão era fundamental para eleger presidente. Nunca o termo “mito” foi tão apropriado. Bolsonaro poderá fazer história neste domingo, e os grandes responsáveis pela sua possível e cada vez mais provável chegada ao Palácio do Planalto, são primeiramente o PT, e posteriormente a classe política tradicional que criou o mito, e fez ele se transformar num tsunami que conquistou milhares de brasileiros.

Augusto Coutinho – No exercício do segundo mandato na Câmara dos Deputados, Augusto Coutinho deverá renovar seu mandato como deputado federal. Concretizando-se sua vitória, Augusto consolidará sua atuação em Brasília e confirmará a sua relevância na política pernambucana, pois é um político sério, respeitado e que circula muito bem em Pernambuco e na capital federal.

Jarbas Vasconcelos – Caso se confirme a sua vitória para o Senado, Jarbas Vasconcelos se consolidará como o político mais vitorioso em disputas majoritárias de Pernambuco. Ele disputou o Senado em 1978, a prefeitura do Recife em 1985 e 1992, o governo em 1990, 1998, 2002 e 2010 e novamente o Senado em 2006 e 2018, foram cinco vitórias e três derrotas, podendo chegar ao hexa neste domingo.

Números – Entre 1970 e 2018 são 48 anos de vida pública de Jarbas Vasconcelos no exercício de mandatos. Nestes 48 anos, Jarbas ficou sem mandato apenas entre 1979 e 1982, entre 1989 e 1992 e nove meses de 2006, pouco mais de oito anos. Os outros 40 anos foram no exercício de mandatos eletivos conferidos pelo povo de Pernambuco. Os números de Jarbas são realmente impressionantes.

Ficha Limpa – O discurso anticorrupção, nas eleições, deveria estar na cartilha de todos os candidatos. A Frente Popular aposta em Ana Callou (PSB) com assento na Alepe. Callou é uma técnica séria, comprometida e acolhedora, que fez história na defesa da Saúde. Um político em reserva garante que ela representa a renovação por ser ficha limpa e mulher de primeiro mandato.

Edilene Gomes – Despontando como uma grande força na Mata Sul e na Região Metropolitana, Edilene está sendo apontada como uma das mulheres mais cotadas para assumir uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Ela é candidata pelo PRP e disputa com Paulinho Tomé a vaga que o partido deverá eleger neste domingo.

Protagonismo – Caso seja confirmada a vitória de Paulo Câmara neste domingo, o grupo político mais forte para assumir o protagonismo na oposição é o liderado pelo prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira. Governando a segunda maior cidade de Pernambuco, os Ferreiras elegerão neste domingo um deputado federal e um deputado estadual com grandes chances de figurarem entre os três mais votados do pleito.

Juliana de Chaparral – Candidata a deputada estadual pelo Patriota, Juliana de Chaparral conquistou importantes apoios no agreste e chega na véspera da eleição com perspectiva de passar dos 30 mil votos. Ela é candidata a uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco pelo Patriota.

Fabinho Lisandro – Candidato a deputado estadual pelo PSC, Fabinho Lisandro deverá sair majoritário de Salgueiro neste domingo, e com o volume de apoios que conquistou em várias regiões do estado, a expectativa é que ele possa atingir 30 mil votos e ser um dos seis deputados estaduais eleitos pelo seu partido.

RÁPIDAS

Desperdício – Na hipótese de se confirmar a vitória de Jarbas Vasconcelos e Humberto Costa para o Senado, Pernambuco perderá três importantes deputados federais no Congresso Nacional. Bruno Araújo, Silvio Costa e Mendonça Filho tiveram grande protagonismo em Brasília no exercício de seus mandatos e farão muita falta na representação de Pernambuco na Câmara dos Deputados.

Terceiro – Se as pesquisas forem confirmadas e Paulo Câmara vencer a eleição neste domingo, ele será o terceiro governador reeleito em Pernambuco. Desde que a reeleição foi instituída em 1998, apenas Miguel Arraes, eleito em 1994, não conseguiu renovar seu mandato. Jarbas Vasconcelos em 2002 e Eduardo Campos em 2010 tentaram a reeleição e foram vitoriosos com expressivas votações.

Inocente quer saber – Se tivesse se associado a Jair Bolsonaro, Armando Monteiro teria melhores chances nas eleições deste ano?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 5 de outubro de 2018

Coluna do blog desta sexta-feira

Datafolha aponta para definição da eleição em Pernambuco 

A nova rodada de pesquisas do Datafolha para governador e senador de Pernambuco apontou um caminho praticamente definido a dois dias da eleição e que indica uma vitória de Paulo Câmara no próximo domingo. Nos votos válidos, quando são excluídos brancos, nulos e indecisos, o atual governador chegou a 52%. Apesar dos números, é possível afirmar que os números do governador tendem a aumentar até a urna, devido o voto útil.

Na eleição passada o último Ibope do dia 5 de outubro apontou Paulo Câmara com 58% dos votos válidos contra 38% de Armando Monteiro e 4% dos outros candidatos. Quando as urnas foram abertas, Paulo Câmara chegou a 68,08% dos votos válidos, Armando Monteiro 31,07% e apenas 0,85%, uma oscilação de dez pontos a mais para Paulo Câmara, sete pontos a menos para Armando Monteiro e mais de três pontos a menos para os candidatos nanicos.

Este fenômeno se explica porque existem eleitores que se baseiam em pesquisas para decidir em quem irá votar, pois gostam de votar em quem vai ganhar para “não perder o voto”, isso tende a impulsionar a vantagem de Paulo Câmara na urna, e o atual governador poderá atingir até 60% dos votos válidos.

Na disputa pelo Senado, Jarbas Vasconcelos e Humberto Costa se isolaram na liderança com 38% e 34% das intenções de voto, respectivamente, o terceiro colocado Mendonça Filho ficou com apenas 25%, caindo dois pontos em relação ao levantamento anterior. Pelo contexto de 7% de indecisos para a primeira vaga e 11% para a segunda, considerando a vantagem dos dois primeiros colocados, é possível afirmar que os dois senadores da Frente Popular serão eleitos no próximo domingo, sobretudo pelo histórico de o governador puxar os senadores em Pernambuco, tendo sido assim em 1998, 2002, 2010, 2014 e em 2006 quando houve segundo turno, o senador eleito foi da chapa do primeiro colocado no primeiro turno, fortalecendo a tese de o governador arrastar o senador.

A vitória da Frente Popular, consolidada pelo Datafolha, é reflexo de uma narrativa inteligente e uma coalizão de forças que deram ao governador perspectiva de crescer e reverter a desaprovação que existia ao seu governo durante os três anos. Se não houver nenhum acidente de percurso, Paulo Câmara, Jarbas Vasconcelos e Humberto Costa serão eleitos no próximo domingo.

30 anos – A Constituição Federal de 1988 completa trinta anos nesta sexta-feira (5). As duas candidaturas para presidente mais bem colocadas nas pesquisas já mencionaram a possibilidade de uma nova constituinte ser convocada, a partir de 2019. O meio jurídico vê com preocupação a possibilidade da Constituição atual ser revogada, resultando em acirramento do conflito vivido pelo país. “Um texto constitucional, neste momento que o Brasil vive, aprovado por uma maioria simples dos constituintes, certamente vai pender com força para um dos lados sociais deste conflito que vivemos. É um perigo para a democracia”, diz o procurador Cristiano Pimentel, do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO).

Risco – Caso as pesquisas confirmem a derrota de Mendonça Filho no próximo domingo, muitos apostam no seu risco de perder o comando do Democratas para o grupo do senador Fernando Bezerra Coelho. Esse risco se tornará real se Vinícius Mendonça também não for eleito deputado federal.

Reforço – A candidata a deputada estadual Debora Serafim, que desponta como uma das favoritas a se eleger na chapa do PSC no próximo domingo, conquistou mais um importante apoio na reta final da eleição. O vereador de Caruaru Allyson da Farmácia é mais um a reforçar o grupo da candidata que busca substituir o deputado Pedro Serafim Neto na Casa Joaquim Nabuco.

Eriberto Medeiros – Durante toda essa campanha eleitoral, um dos maiores atos políticos realizados no Recife foi a reunião organizada pelo deputado estadual Eriberto Medeiros numa casa de eventos localizada no bairro do Prado, que contou com a presença da chapa majoritária da Frente Popular, do prefeito do Recife, Geraldo Julio, do líder de governo na Câmara, vereador Eriberto Rafael, e diversas lideranças políticas da capital pernambucana.

Milton Coelho – O candidato a deputado federal Milton Coelho deverá, ao lado de João Campos, ser a grande novidade do PSB na Câmara dos Deputados. Ele foi secretário de Administração de Paulo Câmara, vice-prefeito do Recife, e se destacou como um dos principais aliados de Eduardo Campos. Terá a grande oportunidade da sua vida de exercer um mandato parlamentar em Brasília a partir de 2019.

RÁPIDAS

Mais votado – Com apenas quatro pontos atrás de Jarbas Vasconcelos na disputa pelo Senado, Humberto Costa tem todas as condições de ser o senador mais votado no próximo domingo. Ele deverá ser impulsionado pela força do PT, de Lula e da Frente Popular. A maioria do meio político já faz essa aposta.

Debate – Sem o líder nas pesquisas, o debate da Globo para presidente não apresentou nenhum fato novo que pudesse mudar o quadro da eleição presidencial, que tem Jair Bolsonaro isolado na liderança e Fernando Haddad isolado na segunda colocação. Se houver segundo turno, Bolsonaro e Haddad se enfrentarão.

Inocente quer saber  – Com quase 40% dos válidos no Datafolha, Jair Bolsonaro poderá ser eleito no próximo domingo?

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Postado por Edmar Lyra às 9:03 am do dia 3 de outubro de 2018

Real Time: Paulo Câmara 37%, Armando Monteiro 31%

O Real Time Big Data realizou nova pesquisa sobre as eleições em Pernambuco com 1.200 questionários no dia 2 de outubro sob o registro PE 05599/2018 e BR 09446/2018. O levantamento tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento é divulgado com exclusividade pelo Blog Edmar Lyra e a RecordTV.

Na espontânea, Paulo Câmara (PSB) aparece na liderança com 29%, seguido de Armando Monteiro (PTB) com 25%, Maurício Rands (PROS) 1%, Julio Lossio (Rede) 1% e Outros 1%. Brancos e nulos 12%, indecisos 31%.

Já no cenário estimulado, Paulo Câmara cresceu três pontos e chegou a 37%, Armando Monteiro cresceu um e atingiu 31%, Julio Lossio ficou com os mesmos 5% do levantamento anterior, Maurício Rands manteve os 4%, Dani Portela 1%, Outros 1%,  Brancos e nulos 12%, Indecisos 9%.

Nos votos válidos, quando são excluídos brancos, nulos e indecisos, Paulo Câmara tem 47%, Armando Monteiro 39%, Julio Lossio 7%, Maurício Rands 5%, Dani Portela 1%, Outros 1%.

Na simulação de segundo turno Paulo Câmara atinge 45%, Armando Monteiro 34%, Brancos/Nulos 16%, Indecisos 5%.

No quesito rejeição, Paulo Câmara 44%, Armando Monteiro 32%, Ana Patricia Alves 15%, Maurício Rands 14%, Simone Fontana 14%, Julio Lossio 12% e Dani Portela 12%.

Para o Senado, Jarbas Vasconcelos (MDB) surge com 32%, Humberto Costa (PT) 30%, Mendonça Filho (DEM) 29%, Silvio Costa (Avante) 16%, Bruno Araújo (PSDB) 15%, Pastor Jairinho (Rede) 3%, Adriana Rocha (Rede) 2%, Albanise (PSOL) 2%, Outros 2%, Brancos/Nulos Voto 1, 11%, Indecisos Voto 1, 10%, Brancos/Nulos Voto 2, 16%, Indecisos Voto 2, 32%.

Por fim, para presidente Fernando Haddad (PT) 35%, Jair Bolsonaro (PSL) 21%, Ciro Gomes (PDT) 15%, Geraldo Alckmin (PSDB) 7%, Marina Silva (Rede) 5%, João Amoedo (Novo) 1%, Henrique Meirelles (MDB) 1%, Álvaro Dias (Podemos) 1%, Outros 1%. Brancos/Nulos 7%, Indecisos 6%.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 3 de outubro de 2018

Coluna do blog desta quarta-feira

Frente Popular mostra força e poderá vencer no próximo domingo 

O PSB enfrentou muitas dificuldades desde a morte de Eduardo Campos e a vitória de Paulo Câmara. Durante três anos do governo, Paulo teve uma elevada rejeição dos pernambucanos ao seu trabalho, primeiro pela crise que diminuiu fortemente a capacidade de investimento do estado, depois por conta dos problemas na segurança que deixaram o governo em situação difícil perante o eleitor.

Como se não bastasse a baixa avaliação, Paulo Câmara ao longo do seu governo perdeu aliados, dentre eles o senador Fernando Bezerra Coelho e os deputados federais Fernando Filho, Mendonça Filho e Bruno Araújo, que chegaram a assumir ministérios no governo Michel Temer. O senador e os ministros decidiram se aproximar de Armando Monteiro, que estava isolado e encontrava resistências para receber o apoio do PT.

Para completar o desafio de Paulo Câmara, na pré-campanha, o governador viu a pré-candidatura de Marília Arraes tomar corpo e ameaçar a sua reeleição. Paulo conseguiu amarrar o PT, e ainda evitar que o MDB fosse para as mãos do senador Fernando Bezerra Coelho, o que daria uma grande dificuldade de Paulo Câmara na busca pela reeleição porque ficaria com menos tempo que seus opositores.

Diante das circunstâncias, o governador se viu obrigado a formar uma chapa antagônica, com Jarbas Vasconcelos e Humberto Costa na disputa pelo Senado, e Luciana Santos, que havia ficado na quarta colocação para a prefeitura de Olinda na eleição municipal, que por sinal chamou a atenção com a perda de cidades importantes como Petrolina, Jaboatão dos Guararapes, Caruaru, Ipojuca, Araripina, Belo Jardim e Camaragibe que ficaram nas mãos de seus adversários.

Mesmo diante de tantas adversidades, Paulo Câmara enfrentou seu adversário de 2014, que estava com um grupo muito mais robusto do que na eleição passada, e liderou de ponta a ponta na eleição. A divulgação do Ibope ontem apontando doze pontos de vantagem deu a tranquilidade necessária para a Frente Popular tentar garantir a reeleição do governador no próximo domingo.

A disputa pelo Senado evidenciou igualmente a força da Frente Popular com a liderança isolada dos dois nomes da chapa, Jarbas Vasconcelos e Humberto Costa, que atingiram 33% das intenções de voto e abriram treze pontos de vantagem sobre o terceiro colocado, Mendonça Filho, que caiu no levamento. Faltando quatro dias para a eleição, não há indícios de virada na disputa de senador, porque historicamente é o governador que puxa os senadores, e a tendência é de os votos dos senadores se aproximarem da votação de Paulo Câmara. Se confirmar o favoritismo e vencer no próximo domingo, Paulo Câmara terá a sua consolidação como liderança política de Pernambuco, que teve essa condição colocada em xeque durante todo o seu primeiro mandato.

Tabu – Caso se confirme a vitória de Paulo Câmara no próximo domingo apontada pelo Ibope, estará mantido um tabu em Pernambuco de que um senador no exercício do mandato não conseguiu se eleger governador. Jarbas Vasconcelos tentou em 2010 e Armando Monteiro em 2014 e 2018. Sérgio Guerra ensaiou em 2006 e acabou não disputando a eleição.

Livro – Ex-governador de Pernambuco, ex-prefeito do Recife e ex-deputado federal, Roberto Magalhães tem vasta experiência na política e é um profundo conhecedor da história de Pernambuco e do Brasil. Ele lançou o livro “Brasil: Lições do passado e desafios do século XXI”, que conta parte da história brasileira e os acontecimentos que nos trouxeram até o presente momento.

Datafolha – O candidato Jair Bolsonaro chegou a 32% das intenções de voto, abrindo uma vantagem de onze pontos obre Fernando Haddad que aparece com 21%. O levantamento confirmou a pesquisa do Ibope e apontou a força de Jair Bolsonaro na reta final da disputa presidencial. Não há mais dúvidas sobre sua competitividade, a dúvida recai sobre a vitória no primeiro turno ou a ida para um segundo turno.

Senado – A pesquisa Ibope consolidou a distância dos dois primeiros colocados Jarbas Vasconcelos e Humberto Costa do terceiro colocado Mendonça Filho, que em vez de crescer na reta final, está caindo sistematicamente nas pesquisas. A disputa pelo Senado ganha ares de consolidação de acordo com o Ibope.

RÁPIDAS

Caminhada – O vereador Alcides Teixeira Neto, do Recife, fará um grande ato de encerramento da campanha nesta quinta-feira (4), em Santo Amaro. A caminhada da vitória contará com a participação do deputado estadual Diogo Moraes, apoiado por Alcides. Para federal, o vereador está com Augusto Coutinho.

Sacada – Durante o debate da Globo Nordeste entre os candidatos a governador, Julio Lossio realizou uma transmissão ao vivo no Facebook comentando as posições de seus adversários. O candidato da Rede Sustentabilidade conseguiu diferenciar-se nesta eleição, e se tivesse um partido mais organizado que lhe garantisse espaço nos debates ele teria condições de atingir um resultado melhor.

Inocente quer saber – Quem venceu o debate da Globo Nordeste para governador de Pernambuco?

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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