Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 19 de maio de 2020

Coluna da Folha desta terça-feira

Foto: Chico Bezerra

Anderson Ferreira dá resposta firme à Covid-19 em Jaboatão 

Eleito sob o prisma da mudança nas eleições municipais de 2016, Anderson Ferreira não esperava enfrentar um problema da magnitude da Covid-19. Era o quarto ano da sua gestão, com uma série de obras e ações para apresentar para a população e se preparar para a busca pelo segundo mandato, porém a Covid-19 chegou como um grande desafio aos gestores públicos de todo o país.

Em Jaboatão não foi diferente, além da queda natural de arrecadação em função do isolamento social e quase nenhuma ajuda de outras esferas, o prefeito tinha que inverter prioridades e avançar na questão da Saúde para evitar o avanço do coronavírus e naturalmente o aumento do número de mortes na cidade.

Além de medidas educativas e mais recentemente ações de ajuda ao governo de Pernambuco para ampliar o isolamento social, o gestor teve como destaque a construção de um Hospital de Campanha em Prazeres, onde ofertará 131 leitos, entre UTI e retaguarda para ajudar o governo de Pernambuco na luta contra a Covid-19.

As respostas dadas pelo gestor de Jaboatão são destaque nas redes sociais e também na mídia em geral, pois virou uma das referências em Pernambuco de ações contra a Covid-19. O gestor, ao que parece, passou no teste da maior crise sanitária das últimas décadas e sai mais fortalecido perante a população.

Perdão – Em 16 de março de 1990, o presidente da República Fernando Collor usou uma medida provisória para bloquear todos os ativos e investimentos da população no sistema bancário, o popular “confisco da poupança”, conhecido como Plano Collor. O objetivo era acabar com a hiperinflação, que era de 80% ao mês. Mais de trinta anos depois, o atual senador Collor voltou ao tema, nesta segunda (18), para pedir perdão. “Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos”, disse o senador alagoano.

Cobras – Em palestra para estudantes, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, falou sobre as contantes brigas entre os magistrados da Corte, transmitidas pela TV Justiça. “Nós não somos um ninho de cobras eivados de inimizades. Pode acontecer um acidente na vida aqui ou ali, mas nós nos queremos bem, temos relações cordiais”, disse Barroso, que presidirá a Justiça Eleitoral, a partir de 25 de maio.

Mortes – O deputado federal Luiz Lauro Filho (PSDB-SP) morreu ontem (18), aos 41 anos, após duas paradas cardíacas. Ele era sobrinho do prefeito de Campinas. Espantou o meio político Luiz Lauro ser o suplente do deputado federal Luiz Flávio Gomes (PSB-SP), também precocemente falecido em 1º de abril deste ano, vítima de leucemia. Duas perdas seguidas na bancada paulista.

Live – Hoje é dia de mais uma live, desta vez o nosso convidado é o pré-candidato do Novo a prefeito do Recife, Charbel Maroun. Nosso encontro é a partir das 19:30 horas no Instagram. Acesse @edmarlyra e acompanhe!

Inocente quer saber – Quando reduziremos a curva de contágio da Covid-19?

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Postado por Edmar Lyra às 14:59 pm do dia 18 de maio de 2020

Charbel Maroun é o nosso convidado desta terça-feira

O nosso convidado desta terça-feira na série de lives que estamos realizando com personalidades da política pernambucana é o pré-candidato Charbel Maroun do Partido Novo.

Maroun é procurador da cidade do Recife e integra o RenovaBR. Recentemente foi escolhido num rígido processo seletivo como pré-candidato do Novo a prefeito. Além de discutir sua plataforma para a cidade do Recife, teremos a oportunidade de conversar sobre o governo Zema em Minas Gerais e das propostas do seu partido para a política brasileira.

Vamos ao ar a partir das 19:30 horas desta terça-feira em nosso Instagram. Para acompanhar acesse nosso perfil @edmarlyra. Conto com sua audiência!

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 18 de maio de 2020

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Heudes Régis

Paulo Câmara pode reabrir comércio em junho após quarentena 

O governo de Pernambuco comemorou no final de semana o aumento da média do isolamento em todo o estado para 53,8% e nos municípios com uma política mais rígida, esse contingente alcançou 60%, número superior ao identificado no sábado anterior, que atingiu 48%.

Os números animadores do governo, estabeleceu uma quarentena mais rígida até 31 de maio, abriram a possibilidade de considerar uma retomada do comércio já no mês de junho, hipótese admitida pelo próprio secretário de Saúde, André Longo.

Pela primeira vez nesses dois meses de isolamento social que o governo de Pernambuco considerou a hipótese de retomada, isso leva a crer que possamos estar próximos do pico da Covid-19 e que essa fase mais aguda do isolamento social seja apenas uma transição para uma retomada lenta e gradual da economia em nosso estado.

O governador sublinhou que acredita ser possível atingir 70% de isolamento, índice que ajudará a frear ainda mais a doença, isso dependerá da responsabilidade de cada pernambucano. Caso tenhamos êxito, apesar dos quase 20 mil casos registrados e cerca de 1.500 óbitos, a luz no fim do túnel de que possamos, enfim, nos livrar da Covid-19 e do isolamento social começa a aparecer com mais precisão e traz esperança em dias melhores para todos os pernambucanos.

Hospital – O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), inaugura nesta segunda-feira o hospital de campanha do município, com 131 leitos para atender vítimas de Covid-19. O gestor tem sido bastante inovador com medidas de combate à doença, como a implantação de um túnel de desinfecção no Mercado das Mangueiras.

Ulisses Tenório – O ex-deputado Ulisses Tenório foi lançado como nome do PSB para disputar novamente a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. O seu vice seria o ex-vereador Reginaldo Almeida, numa chapa puro-sangue. Ele se junta a Silvio Costa, também pré-candidato, do Republicanos, na trincheira oposicionista.

Ferrenho – O deputado estadual Alberto Feitosa, pré-candidato a prefeito do Recife pelo PSC, já engoliu seus principais concorrentes na oposição nesta fase de pré-campanha. É quem tem mais se destacado no grupo oposicionista nas críticas que faz aos gestores socialistas. A postura de Feitosa já está causando ciumeira entre os demais oposicionistas que dizem que ele mal chegou e já quer sentar na janela.

Chapa – Além dos dezoito vereadores de mandato que tentarão a reeleição, o PSB tem alguns nomes que poderão ter bom resultado nas urnas em outubro. Júnior de Cleto e Toinho do União são duas boas apostas do partido para chegarem à Casa José Mariano.

Esperança – Caso se confirmem os prognósticos de reabertura após a Covid-19 para até julho, há quem aposte que não teremos mudança no calendário eleitoral, mantendo o pleito para os dias 4 e 25 de outubro deste ano.

Inocente quer saber – Após Bruno Covas desistir do rodízio de veículos em São Paulo há possibilidade de mudança de planos aqui?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 16 de maio de 2020

Coluna da Folha deste sábado

Saída de Teich denota falta de rumo do governo Bolsonaro

Com quase dezessete meses de governo, o presidente Jair Bolsonaro coleciona uma série de crises políticas e institucionais que deixam a população perplexa com tamanha falta de habilidade e sensibilidade por parte do presidente.

Durante o início da pandemia da Covid-19 vimos o presidente esculachar o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, até ficar insustentável a convivência entre ambos e acabou na demissão do responsável pelo enfrentamento à pandemia. Pouco depois o presidente começou a esticar a corda na relação com ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Após interferência indevida na sua pasta por parte do presidente para proteger seus filhos de investigação, Moro pediu o boné e fragilizou ainda mais o presidente, que perdeu um de seus pilares.

O substituto de Mandetta, Nelson Teich, que entrou no dia 17 de abril, foi pego de surpresa durante uma coletiva, quando o presidente anunciou no Palácio do Alvorada a inclusão de academias, salões de beleza e barbearia como atividades essenciais, num constrangimento jamais visto em relação a um ministro publicamente.

A situação estava tão ruim que Nelson Teich pediu para sair em menos de um mês no cargo por interferências indevidas em seu trabalho. O presidente a cada dia se mostra perdido e despreparado para exercer a função máxima do país. Sob seu comando, caminhamos a passos largos para um completo caos. É preciso detê-lo através de um impeachment, porque sabemos que ele tem ideia fixa e não vai retroceder um milímetro na sua postura incendiária e irresponsável.

Pandemia 1 – Dois partidos, Rede e Cidadania, além da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), já foram ao Supremo contra a medida de provisória de Bolsonaro, que tenta blindar agentes públicos de punição por eventuais desvios dos recursos do combate à covid-19. As ações foram distribuídas para o ministro Luís Roberto Barroso, um dos maiores críticos do presidente da República, via imprensa.

Pandemia 2 – A versão que corre em Brasília é que a medida provisória foi um “pedido do Banco Central”, que estaria sendo chamado a comprar títulos de empresas fora do sistema bancário, para ajudar a manter a economia. Como os títulos, depois da crise do covid-19, podem se revelar “podres”, os técnicos do Banco Central temem a responsabilização na Justiça.

Procuradoria – Crescem as críticas ao procurador geral da República, Augusto Aras, por supostamente estar “protegendo” o presidente Bolsonaro, no inquérito que investiga as denúncias do ex-ministro Sergio Moro. A última atitude de Aras foi pedir que apenas uma parte da reunião ministerial de abril seja divulgada. Segundo Moro, o presidente teria pressionado o ex-ministro a interferir na Polícia Federal durante a reunião. A gravação segue sob sigilo, no STF.

Cidadania – O deputado Romero Albuquerque (PP) anunciou a doação de 6 toneladas de ração para abrigos do estado, e conseguiu mais 1 tonelada doada pelo presidente da Juventude Progressista, Lula da Fonte. Além disso, o parlamentar também doará litros de água para o Abrigo Cristo Redentor, que acolhe idosos em Jaboatão.

Inocente quer saber – O rodízio de veículos é a medida mais correta para evitar a disseminação do coronavírus?

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Postado por Edmar Lyra às 8:13 am do dia 14 de maio de 2020

O jovem aprendiz

A eleição para prefeito do Recife tem um personagem que será o centro das atenções da disputa e o alvo de todos os adversários, pois haverá uma tentativa de desgastá-lo por tudo que ele representa aqui em Pernambuco. Filho mais velho de Eduardo Campos, João teve seu nome lembrado para disputar um mandato de deputado federal em 2014, inclusive uma planilha de votos chegou a ser feita, porém por intervenções da sua genitora, Renata, o seu pai acabou arquivando o projeto. Também não seria nada bom para um presidenciável a mídia nacional saber que seu filho era candidato a deputado federal em seu estado. Para Renata, o melhor caminho era João se dedicar aos estudos para depois pensar em negócio de política.

Inclusive em 2014, um nome mais próximo de Eduardo Campos foi candidato a deputado federal já com a incumbência de se projetar para a sucessão de Geraldo Julio que ocorreria seis anos depois, que foi Felipe Carreras, esse era o nome que poderia ser trabalhado para 2020. Porém, veio o fatídico 13 de agosto que marcou a política pernambucana, com o acidente que vitimou Eduardo Campos.

A partir dali, as coisas para o nosso personagem tiveram que ser apressadas, pois havia a necessidade de forjar um sucessor de Eduardo na própria família por parte do PSB. João Campos, ainda estudante de engenharia, assumiu a chefia de gabinete do governador Paulo Câmara, candidato escolhido por Eduardo para disputar o Palácio do Campo das Princesas.

A ida para a chefia de gabinete, posto ocupado pelo seu pai no governo do seu bisavô Miguel Arraes, era o pontapé inicial de João Campos para entrar na política. Foi a partir de então que ele teve uma vivência mais próxima com a burocracia política de um governo. Em 2018, o projeto que teria sido em 2014, pôde enfim ser colocado em prática com a candidatura a deputado federal. Com a abertura das urnas, João Campos foi o deputado mais votado de Pernambuco com 460 mil votos, e a marca foi repetida no Recife sendo o majoritário com 70 mil votos.

Felipe Carreras, então nome preparado para suceder Geraldo Julio, perdeu as condições de ser o nome da Frente Popular no Recife, tendo que abrir mão do seu projeto em prol da unidade do PSB, que caminhou a passos largos para que João Campos fosse o nome do partido para a prefeitura do Recife em 2020.

Investido na condição de pré-candidato a prefeito do Recife, é pertinente fazer algumas considerações sobre João Campos. Aos 26 anos de idade, João está longe de ser o mais experiente para governar a capital pernambucana. Fazendo um comparativo com os últimos prefeitos do Recife, nenhum deles tinha a pouca idade do postulante socialista. Geraldo Julio, o atual, assumiu o cargo com 41 anos, João da Costa chegou ao executivo municipal com 49 anos, João Paulo com 48 anos, Roberto Magalhães com 63 anos, Jarbas Vasconcelos assumiu seu primeiro mandato com 43 anos, Joaquim Francisco, com 35, e Gustavo Krause com 33, ascenderam à PCR muito jovens mas foram nomeados pelo regime militar, não passaram pelo crivo das urnas.

A pouca idade é um problema de João para convencer o eleitorado a lhe dar a confiança de ser o sucessor de Geraldo Julio, mas não é o único. Por ser herdeiro político de Eduardo Campos, a exigência do eleitorado e da própria classe política será muito grande em cima do socialista, uma vez que o parâmetro do seu pai é difícil qualquer comparação. Se na eleição proporcional isso ajudou muito, numa majoritária essa comparação inevitável exigirá de João muito jogo de cintura.

Com um momento de pandemia como o que estamos enfrentando, também surgem questionamentos de como seria a postura de João Campos, tão jovem, para enfrentar os problemas da magnitude do Recife? Isso terá que ser discutido pelo jovem deputado, que vai ter que mostrar ao eleitorado que está pronto para ser prefeito do Recife mesmo sendo o mais jovem entre os postulantes.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 14 de maio de 2020

Coluna da Folha desta quinta-feira

Múltiplas candidaturas da oposição beneficiam PT e PSB 

Historicamente a esquerda geralmente teve mais votos do que o conjunto de candidatos de direita no Recife. Nas duas últimas eleições isso ficou comprovado. Em 2012 Geraldo Julio (PSB) e Humberto Costa (PT) ficaram com 68,58% dos votos válidos no primeiro turno contra 29,9% de Daniel Coelho (PSDB) e Mendonça Filho (DEM). Já em 2016, Geraldo Julio e João Paulo ficaram com 73,10% dos votos vários contra 24,02% de Daniel Coelho e Priscila Krause também no primeiro turno.

O cenário da eleição do Recife aponta para duas pré-candidaturas de esquerda confirmadas, João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT). Enquanto os nomes de centro-direita chegam a seis, são eles: Alberto Feitosa (PSC), Charbel Maroun (Novo), Daniel Coelho (Cidadania), Marco Aurélio (PRTB), Mendonça Filho (DEM) e Patrícia Domingos (Podemos).

Com seis nomes postos, levando em consideração o histórico do Recife, é urgente a necessidade de um entendimento na oposição para reduzir esse número de candidatos para no máximo três, pois quanto mais nomes forem apresentados no campo oposicionista, maiores são as chances de a esquerda novamente polarizar a disputa pela prefeitura do Recife, uma vez que João Campos é o nome da máquina que historicamente puxa seus candidatos, e Marília Arraes é do PT que disputou todas as eleições no Recife desde a redemocratização e sempre ficou bem posicionado nas disputas na capital pernambucana. Com todos os nomes mantidos, a oposição mais à direita corre sérios riscos de novamente não chegar nem ao segundo turno.

Verbas – Em entrevista para uma rádio de Caruaru, nesta quarta (13), a procuradora geral Germana Laureano disse que o Ministério Público de Contas (MPCO) do Estado informará aos órgãos federais de fiscalização, caso encontre qualquer indício de desvio das verbas federais, recebidas pelos prefeitos, para a pandemia.

Desfiliação – O deputado federal Felipe Rigoni, do Espírito Santo, foi ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar se desfiliar, sem perder o mandato, do PSB. Rigoni alega “justa causa” por ter “suspensas por um ano suas atividades em órgãos do partido e comissões na Câmara dos Deputados”. A suspensão, como noticiado, se deu por o parlamentar votar a favor da reforma da previdência. O ministro Tarcisio Vieira votou contra Rigoni e o julgamento foi suspenso por um pedido de vistas do ministro Barroso.

Eleições – Na sessão desta terça (12), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) respondeu negativamente uma consulta da deputada federal Clarissa Garotinho (PROS-RJ) sobre adiamento do prazo para transferência de domicílio eleitoral para concorrer em 2020. Para a Justiça Eleitoral, até agora, todos os prazos seguem mantidos.

Live – O deputado estadual Marco Aurélio (PRTB), líder da oposição na Alepe, é o nosso convidado na live desta quinta-feira no Instagram. Ele que também é pré-candidato a prefeito do Recife, vai abordar as ações da oposição no combate à Covid-19. Acompanhe através do @edmarlyra.

Inocente quer saber – Quem na oposição está disposto a arquivar o projeto majoritário no Recife?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 13 de maio de 2020

Coluna da Folha desta quarta-feira

Conjunto da obra já ameaça governo Bolsonaro 

O Brasil coleciona em sua história dois processos de impeachment num curto período de tempo. Ambos ocorreram já no período democrático e pós-Constituição de 1988. Um processo de impeachment é doloroso e traz duras consequências para um país, foi assim com Fernando Collor em 1992 e com Dilma Rousseff em 2016, curiosamente em ambos os casos, seus sucessores, Itamar Franco e Michel Temer, respectivamente, entregaram um país melhor do que receberam.

Em 2018, o conjunto da obra beneficiou aquele que tinha a menor condição de ser presidente da República em um processo normal. Jair Bolsonaro quebrou a lógica da polarização que tínhamos entre PT e PSDB e acabou vitorioso. Porém com menos de dois anos de governo, o quadro está se esgarçando de tal maneira que será difícil o presidente se manter no cargo.

O combo de pandemia, crise econômica, crise política e baixa popularidade do presidente abre um precedente muito grave. Diversas pesquisas já apontam um aumento da impopularidade de Bolsonaro e ontem vimos, com a divulgação do conteúdo do vídeo da reunião ministerial, que a saída de Sergio Moro do ministério da Justiça se deu por interferências do presidente na Polícia Federal para proteger os filhos de investigação.

Há um conjunto da obra tão perigoso quanto aquele de Dilma em 2016, e Bolsonaro só não correrá riscos de impeachment se a Covid-19 tiver um fim abreviado. Caso contrário, que é o mais provável, a ressaca do pós-coronavírus associada às crises política e econômica não salvarão Bolsonaro de uma degola.

Temer – Em 12 de maio de 2016, Michel Temer (MDB) assumia interinamente a Presidência, após o Senado admitir, por 55 votos a 22, a denúncia de impeachment contra Dilma (PT). No dia, Temer prometeu fazer um governo do “salvação nacional”. Além da recuperação da economia, o único registro digno de nota do seu governo foi a reforma trabalhista. Já a reforma da previdência empacou após o escândalo da gravação de Joesley Batista. Ao assumir, Temer tinha pretensões de ser candidato à reeleição em 2018, mas depois de várias denúncias no STF, nem foi candidato. Saído da Presidência, chegou a ficar algumas horas preso em 2019, por ordem da Lava Jato.

Fundo – O PSB foi ao Supremo contra a medida provisória, de Jair Bolsonaro, que extinguiu o Fundo PIS-Pasep e transfere seu patrimônio para o FGTS. O partido argumenta que a mudança “confisca o patrimônio dos trabalhadores”. A relatora da ação será a ministra Cármen Lúcia.

Pautado – O procurador geral da República não gostou de matérias na imprensa que sugeriam que ele estaria “ajudando” Jair Bolsonaro em investigações, como o inquérito das denúncias de Sergio Moro. Em nota oficial, Aras “reitera que não aceitará ser pautado, intimidado ou manipulado por pessoas ou organizações e que seu compromisso é com a Constituição e as leis do país”.

Inocente quer saber – Quando o General Mourão entrará em campo para suceder Bolsonaro?

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Postado por Edmar Lyra às 9:00 am do dia 12 de maio de 2020

O surfista esverdeado

A história política deste personagem começa na década de 80 com o seu pai, João Ramos Coelho. Eleito vereador em 1982, João Coelho foi candidato do PDT nas eleições de 1985, que foi polarizada entre Jarbas Vasconcelos e Sérgio Murilo. João não conseguiu quebrar a polarização mas tornou-se a grande sensação daquela eleição. No ano seguinte ele tentou o mandato de deputado estadual e foi o parlamentar mais votado das eleições daquele ano.

Investido na condição de deputado estadual, João Coelho tentou novamente a prefeitura do Recife em 1988, mas foi novamente derrotado, desta vez para Joaquim Francisco, o vitorioso, e Marcus Cunha, o segundo colocado. Nas eleições de 1994, já no PMDB, João Coelho tentou o Senado, sendo novamente derrotado. Até que em 1996 quando tentou, sem sucesso, o mandato de vereador do Recife, João Coelho decidiu abandonar a vida pública.

Passados oito anos, Daniel Coelho, que havia estudado na Inglaterra até a véspera do ano eleitoral, decidiu ser candidato pelo PV. Uma bela campanha fez com que o filho de João devolvesse a família a cadeira na Casa José Mariano, deixada com a ida do genitor para a Alepe. Investido no mandato de vereador, Daniel fez um mandato impecável, sendo um ferrenho opositor do então prefeito João Paulo.

Na reeleição, Daniel amplia sua votação e ganha ainda mais notoriedade. Tanto que sentiu que era chegada a hora de mudança de ares e foi para a disputa pela Assembleia Legislativa de Pernambuco. Novamente uma grande votação e a chegada à Casa Joaquim Nabuco. Quis ser o líder da oposição ao governador Eduardo Campos, mas o seu partido, o PV, lhe negou o posto, e este foi o início da sua saída do partido para uma nova sigla, o PSDB.

Já ambientado no ninho tucano, Daniel Coelho foi oficializado como candidato do PSDB a prefeito do Recife sob as bençãos de Sergio Guerra. Na disputa, superando todas as expectativas, ficou em segundo lugar com 245.120 votos contra Geraldo Julio, eleito no primeiro turno. Daniel deixou uma sensação positiva ao eleitorado recifense, e ficou a expectativa de que em uma próxima ocasião ele pudesse ascender ao mandato. Nas eleições de 2014, mesmo sendo oposição a Eduardo Campos, Geraldo Julio e Paulo Câmara, Daniel Coelho não deu um pio sobre a aliança do seu partido com o PSB. Também pudera, sem uma coligação competitiva, talvez Daniel não conseguisse ascender à Câmara dos Deputados. Então Daniel elegeu-se pela Frente Popular como o sexto deputado federal mais votado daquele pleito. O seu silêncio sobre o PSB não se restringiu a 2014 quando lhe foi conveniente, na cidade de Paulista, por exemplo, Daniel mantém uma relação política com o prefeito Júnior Matuto em troca de cargos para aliados, na pura e simples velha política que ele tanto diz criticar. O PSB de Pernambuco e do Recife, na ótica do surfista esverdeado, são diferentes do PSB de Paulista. Claro, a diferença é que em Paulista ele participa do bolo do poder.

Mesmo abandonando o PV, e entrando no ninho tucano, Daniel não quis abdicar do verde. Todas as suas campanhas foram amparadas na cor verde, para dar um tom clean ao seu projeto de poder. Veio a eleição de 2016 e havia um sentimento de que o PSDB poderia tirá-lo do jogo para formalizar uma aliança com o PSB na reeleição de Geraldo Julio. Comandante do partido, Bruno Araújo investido na condição de ministro das Cidades, bancou sua candidatura a prefeito, perdendo espaços na gestão socialista em prol de uma unidade partidária. Foi um gesto e tanto de Bruno, que nunca seria reconhecido por Daniel.

Daniel foi para a eleição, não atraiu muitos partidos, mesmo tendo um resultado extraordinário quatro anos antes, por uma séria dificuldade de conquistar aliados. Durante o processo eleitoral perdeu a condição de antagonista de Geraldo Julio, dada a João Paulo, que ficou em segundo lugar. Sem a aura de novidade, o surfista esverdeado perdeu capital político e eleitoral e ficou em terceiro lugar, repetindo a história do seu genitor, que encantou o eleitorado recifense na primeira disputa, e perdeu fôlego na segunda.

Chega 2018 e mais uma mudança de partido de Daniel. Antes tentou encampar um projeto chamado Livres que mudaria o nome do PSL e ele apostava em ter o comando do partido em Pernambuco. A chegada de Jair Bolsonaro ao partido pelas mãos de Luciano Bivar inviabilizou o projeto de Daniel, que teve que procurar outro abrigo por não ter mais nenhum clima de continuar no PSDB depois de espinafrar Bruno Araújo em uma reunião porque queria a chave do cofre do PSDB de Pernambuco e teve seu desejo negado.

Nosso surfista acabou optando pelo nanico PPS e foi para a reeleição de deputado federal. Com a abertura das urnas, mais uma frustração. Caiu dos quase 140 mil votos em 2018 para menos de 100 mil. Sua votação no Recife teve uma queda abrupta que o deixou numa condição de fragilidade eleitoral. A sanha de Daniel de querer parecer diferente sem ser incentivou o PPS a trocar de nome, agora o nanico que era pós-comunista virou Cidadania.

É chegada a hora de uma nova eleição municipal, Daniel do nanico Cidadania quer o apoio de outros partidos para o seu projeto, porque sabe que com a sua legenda não vai a lugar nenhum. Mas a sua forma de criar arestas junto aos seus correligionários dificulta muito um entendimento da oposição em torno do seu nome. O surfista esverdeado chega em 2020 numa condição de vida ou morte. Sabe que se disputar e vencer a eleição dá uma guinada na sua vida pública, mas se for novamente derrotado, terá sérias dificuldades de reeleição em 2022, podendo ter que abandonar a sua precoce carreira política.

 

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 11 de maio de 2020

Coluna da Folha desta segunda-feira

Carlos Santana se fortalece na disputa em Ipojuca 

Nesta fase de pré-campanha, diversas prefeituras estão enfrentando dificuldades no trato com a população, isso tem causado um desgaste para os atuais gestores e beneficiado postulantes que já exerceram o cargo.

É o caso do município de Ipojuca. Eleita sob um forte sentimento de mudança, amparada pela força de Romero Sales, a prefeita Célia Sales chega no último ano do seu mandato com dificuldades da sua gestão. Durante esse período, não foi fácil para a gestora imprimir uma marca e isso tem gerado muitas críticas perante os ipojucanos.

O ex-prefeito Carlos Santana, do PSB, que antecedeu Célia, é bastante elogiado pelos eleitores, e há um sentimento crescente na cidade desejando sua volta, o que faz da eleição de Ipojuca uma disputa bastante acirrada, porque por mais dificuldades que Célia enfrente, não se pode menosprezar a força da máquina. Pode pesar a favor de Carlos Santana uma costura de aliança  com o presidente da Câmara, vereador Albérico da Cobal, que também é pré-candidato a prefeito mas não se descarta uma composição tendo Carlos na cabeça e Albérico na vice, o que ampliaria o favoritismo de Carlos Santana.

Faltando menos de cinco meses para o pleito eleitoral, o pré-candidato do PSB se ampara num forte sentimento na cidade que pede a sua volta. Caberá a Célia chamar o feito a ordem para se recuperar e tentar garantir o segundo mandato.

Luto – Os presidentes do Senado, Câmara de Deputados e STF decretaram luto oficial de três dias em respeito às vítimas da Covid-19 no Brasil, após a contagem atingir 10 mil mortos. O gesto dos poderes deixa Bolsonaro isolado. “Precisamos, mais do que nunca, unir esforços, em solidariedade e fraternidade, em prol da preservação da vida e da saúde. A saída para esta crise está na união, no diálogo e na ação coordenada, amparada na ciência, entre os Poderes, as instituições, públicas e privadas, e todas as esferas da Federação desse vasto país”, disse Toffoli, do STF.

Pré-campanha – A partir de 15 de maio, será permitida aos pré-candidatos das eleições 2020 a arrecadação prévia de recursos na modalidade financiamento coletivo. A Justiça Eleitoral monitora o sistema para cadastro das empresas interessadas em captar, pela Internet, as doações de pré-campanha, também conhecida como “vaquinha”.

Reunião – Poderão assistir o vídeo da reunião ministerial em que Bolsonaro teria supostamente pressionado Moro as seguintes autoridades: o procurador geral da República, Augusto Aras; o advogado geral da União, José Levi; o ex-ministro Sérgio Moro e seus advogados e a delegada da Polícia Federal Christiane Corrêa. Para o público, o vídeo segue sob sigilo. O Governo Federal recorreu para não entregar o vídeo ao STF, sem sucesso.

Inocente quer saber – Qual será a próxima confusão de Bolsonaro essa semana?

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Postado por Edmar Lyra às 14:07 pm do dia 10 de maio de 2020

O João Cleofas do século 21

João Cleofas de Oliveira nasceu em Vitória de Santo Antão em 1899, tendo sido prefeito da sua cidade, ministro da Agricultura do governo Vargas, deputado estadual, federal e senador da República no período da ditadura militar.

O sonho de João Cleofas era ser governador de Pernambuco, e tentou por três vezes, 1950, 1954 e 1962, o Palácio do Campo das Princesas, porém acabou derrotado nas três ocasiões. Cleofas teve uma quarta derrota majoritária, quando tentou ser reconduzido em 1974 para o Senado Federal e não obteve êxito, sendo derrotado por Marcos Freire.

Na nossa história recente, temos um político que já equiparou o número de derrotas de João Cleofas, que é Mendonça Filho. Tentou o governo de Pernambuco em 2006, a prefeitura do Recife em 2008 e 2012, e o Senado Federal em 2018, sendo derrotado em todas as ocasiões.

Em 2020, Mendonça Filho pretende novamente tentar a prefeitura do Recife. E caso seja novamente derrotado, vai superar João Cleofas e se tornará o político mais derrotado da história de Pernambuco.

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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