Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 5 de dezembro de 2020 2 Comentários

Coluna da Folha deste sábado

Recondução de Eriberto mostra força da presidência 

A Assembleia Legislativa de Pernambuco escolheu ontem a sua mesa diretora para o biênio 2021/2022. Na ocasião, somente a presidência e a sétima suplência da mesa tiveram bate-chapa. Na suplência, Romero Albuquerque foi eleito com 23 votos contra 22 do Presbítero Adauto, eram necessários 25 votos, porém Adauto não quis disputar o segundo turno e reconheceu a vitória de Romero.

No âmbito da presidência, que era onde estavam todos os holofotes, houve um bate-chapa entre Eriberto Medeiros e Alvaro Porto, onde o segundo externalizou insatisfação com os rumos adotados pelo presidente e por isso se lançou candidato. Com a abertura das urnas, Eriberto acabou reconduzido com 31 votos contra 14 de Alvaro Porto. Dos 49 deputados, apenas João Paulo Costa (Avante) e William Brigido (Republicanos) não estiveram presentes na sessão.

Os números mostram a força de Eriberto Medeiros na Casa Joaquim Nabuco, porém evidenciam que será difícil qualquer construção no sentido de uma PEC que permita a reeleição para o deputado em 2023, o que deixa o deputado Alvaro Porto como o fiel depositário do antagonismo ao poderio do presidente da Casa daqui a dois anos. A Alepe reconheceu a liderança de Eriberto, mas mandou seu recado, quando ele teve apenas seis votos a mais que o mínimo necessário para ser reconduzido, diferente de Clodoaldo Magalhães, que atingiu a marca de 43 votos, tentando igualmente a reeleição.

Pagamento – Através de suas redes sociais, o deputado estadual Delegado Erick Lessa (Progressistas) registrou o início do pagamento de funcionários de uma empresa terceirizada que atua na área da Saúde em Pernambuco. Na quarta-feira (02), o parlamentar havia encaminhado um ofício à Secretaria de Saúde, solicitando providências para o caso. Segundo Lessa, profissionais da empresa se queixaram de estar há quase quatro meses sem receber salários e benefícios. “Estamos atentos e vamos continuar solicitando até que haja o pagamento total”, comentou Lessa.

Transição – A Lei Complementar Estadual 260, de janeiro de 2014, que regula a transição entre os atuais prefeitos e os prefeitos eleitos, é fruto de projeto da então deputada estadual Raquel Lyra (PSDB), atual prefeita de Caruaru, que foi reeleita em novembro. A norma é elogiada por membros dos órgãos de controle, pois antes não existiam parâmetros sobre como fazer esta transição. A transição passou a ser uma prerrogativa dos eleitos, que podem indicar uma comissão para se informar, antes da posse, de toda a situação administrativa e financeira dos municípios.

Constituição – O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse nesta sexta-feira (4) que a Constituição Federal é clara sobre a impossibilidade dos presidentes da Câmara e do Senado tentarem a reeleição em uma mesma legislatura. “Acho que a Constituição Federal é clara. Não pode. Eu acho que teria que mudar a Constituição, mas o Supremo tem, vamos dizer, tem o arbítrio para interpretar da forma que melhor lhe aprouver”, afirmou o general.

Defesa – O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, defendeu a candidatura de Raquel Lyra ao governo de Pernambuco em 2022 durante entrevista ao Folha Política.

Inocente quer saber – Raquel Lyra será mesmo candidata a governadora, como defendeu Bruno Araújo?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 4 de dezembro de 2020 3 Comentários

Coluna da Folha desta sexta-feira

O desafio do MDB para o próximo ano 

Composto por duas expressivas lideranças políticas, os senadores Jarbas Vasconcelos e Fernando Bezerra Coelho, o MDB de Pernambuco obteve um resultado representativo nas eleições municipais, com a vitória em algumas prefeituras importantes como Paulista, Petrolina, Vitória de Santo Antão e Arcoverde, tornando-se o segundo partido em número de prefeitos, ficando atrás apenas do PSB, que é hegemônico em Pernambuco.

Para as eleições de 2022, o MDB terá que decidir se continuará integrando a Frente Popular, onde já participam o senador Jarbas Vasconcelos e o deputado federal Raul Henry, ou se irá para a oposição, onde estão o senador Fernando Bezerra Coelho e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, dois nomes lembrados para cargos majoritários em 2022.

Essa decisão não poderá ser postergada até a disputa pela sucessão de Paulo Câmara, ela terá que sair ainda em 2021 para que o caminho adotado pelo partido seja assimilado pelo eleitorado. Há quem afirme que a candidatura de Miguel Coelho a governador como nome de oposição é prego batido e ponta virada, porém outras pessoas não descartam o senador Fernando Bezerra Coelho avaliar a possibilidade de tentar a reeleição, e o melhor caminho seria ao lado do PSB, que tem Geraldo Julio como virtual candidato a governador. E ambos sempre mantiveram uma relação respeitosa e cordial, o que não inviabiliza qualquer alternativa de entendimento visando 2022.

Neutralidade – Apesar de apoiar Mendonça Filho no primeiro turno, o senador Fernando Bezerra Coelho optou pela neutralidade no segundo turno entre João Campos e Marília Arraes, o que poderá favorecer um entendimento entre Fernando e o PSB visando as eleições estaduais daqui a dois anos.

Posse – O procurador Cristiano Pimentel, do Ministério Público de Contas (MPCO), enviou ofício para a Câmara Municipal do Recife, recomendando que sejam evitados gastos desnecessários na posse dos vereadores eleitos, em 1° de janeiro de 2021. Um pregão lançado pela Câmara, para a estrutura da posse, foi objeto de questionamento da vereadora eleita Liana Cirne (PT). O procurador reiterou que uma recomendação expedida em março, para evitar gastos supérfluos ou desnecessários durante a pandemia de coronavírus, ainda está vigente.

Mãe e filha – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberou os registros de candidatura da prefeita e vice-prefeita eleitas em Olho d´Água Grande, no Estado de Alagoas, nas eleições de 2020. As duas concorreram pelo PP e são mãe e filha. O relator do processo, ministro Sérgio Banhos, destacou “não ter identificado nos recursos qualquer artifício de fraude praticada por mãe e filha” e enfatizou “não caber à Justiça Eleitoral o papel de censura”.

Suplementar – A Justiça Eleitoral já decretou a primeira eleição suplementar para prefeito no país. Nesta quinta (3), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou novas eleições em Bom Jesus, no Estado de Goiás. O candidato mais votado em 2020 estava inelegível por condenação criminal. Em Pernambuco, seis cidades correm alto risco de ter nova eleição para prefeito, pela inelegibilidade dos mais votados em novembro.

Inocente quer saber – Como ficará a disputa pela mesa diretora da Câmara do Recife?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 3 de dezembro de 2020 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta quinta-feira

Republicanos se fortalece na Frente Popular 

O único partido que deu um movimento político na eleição municipal de 2020 foi o Republicanos, presidido pelo deputado federal Silvio Costa Filho. A legenda passou a integrar a Frente Popular de Pernambuco após convite do deputado federal João Campos, prefeito eleito do Recife.

No momento do anúncio do apoio do Republicanos, o PSB estava em um dos momentos mais difíceis, mas mesmo assim, Silvio oficializou a aliança em torno da candidatura de Campos. Mas como na vida o maior risco é não correr riscos, Costa Filho não só apoiou João Campos como participou ativamente de sua eleição, quando até alguns aliados de longas datas não acreditaram na vitória do socialista, principalmente após o resultado do primeiro turno.

Além de acreditar desde o primeiro momento e trabalhar para que João fosse eleito prefeito, Silvio trabalhou pelo fortalecimento do Republicanos, que saiu das eleições sendo o partido que mais cresceu no Estado. Saindo de 0 em 2016, para 14 prefeitos em 2020. Além disso, o grupo do parlamentar, reúne 20 prefeitos em todo o Estado, sendo seis de outras legendas.

O parlamentar, que tem se destacado pelo trabalho que vem realizando na Câmara dos Deputados, na articulação dos municípios junto ao Governo Federal, sai dessa eleição fortalecido e já tem o nome lembrado entre os atores políticos que podem estar no quadro majoritário das eleições 2022.

Chapa – O Ministério Público Eleitoral defendeu o julgamento conjuntos das quatro ações por uso indevido dos meios de comunicação apresentadas desde 2018 contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB). O vice-procurador Renato de Góes pediu também a quebra de sigilos bancário e fiscal de cinco investigados e a requisição de documentos. Com o andamento processual no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda não acabou o “terceiro” turno da eleição de 2018 e a presidência de Bolsonaro continua ameaçada judicialmente.

Eleita – Em rápido discurso após ser eleita presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes afirmou que “a eleição coroa sua história e a dignifica”. Também lembrou que será “a primeira mulher a presidir a Casa neste século”. “Sinto-me honrada por elevar a participação feminina nas tomadas de decisão e pretendo inspirar outras mulheres a alcançarem espaços como este”, disse a ministra.

Jaboatão – Coordenada pelo deputado federal André Ferreira e por Daniel Pessoa, a chapa do PSC elegeu quatro vereadores em Jaboatão dos Guararapes, o que ajudou a consolidar maioria absoluta do prefeito Anderson Ferreira (PL) na Câmara Municipal.

Requerimento – A vereadora eleita Liana Cirne (PT) entrou com um requerimento para tentar evitar o gasto de mais de R$ 132 mil com decoração e outros itens para a posse na Câmara Municipal do Recife.

Ipojuca – A vitória consagradora da prefeita Célia Sales (PTB) reforça o projeto de reeleição do deputado estadual Romero Sales Filho, do mesmo partido. Romero se prepara para tentar o segundo mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco em 2022.

Inocente quer saber – O MDB saiu com tamanho para almejar uma majoritária em 2022?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 20 de julho de 2020 3 Comentários

Coluna da Folha desta segunda-feira

Sergio Moro consolida-se na oposição a Jair Bolsonaro 

Símbolo do combate à corrupção como juiz da 13ª vara federal de Curitiba, Sergio Moro foi um dos principais responsáveis pelo êxito da operação Lava-Jato, que dura seis anos no país, e não só desbaratou sistemas de corrupção como devolveu milhares de recursos desviados aos cofres públicos.

Em 2018, ao término da eleição presidencial, Sergio Moro cometeu um grande equívoco ao trocar a magistratura para assumir o ministério da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro. Com o passar dos meses ficou latente o desconforto da relação entre o ministro e o presidente da República, o que culminou no seu pedido de demissão em maio deste ano.

Moro, ex-juiz, não pode mais voltar para o cargo de origem, a não ser que decida prestar novamente concurso público, mas a política é um caminho sem volta, a partir do momento em que ele tomou a decisão de servir ao país como auxiliar de Bolsonaro, entrou no ringue político e qualquer decisão teria conotação política ou eleitoral.

Isso leva a crer que Sergio Moro continua sendo um player na sucessão do próprio Bolsonaro, que vislumbra um céu de brigadeiro no enfrentamento à esquerda, que não tem nome natural para 2022. A entrada de Moro no páreo toma de uma vez por todas a pauta de combate à corrupção do presidente e coloca seu ex-ministro na condição de mais competitivo antagonista na luta pela reeleição.

Sergio Moro, que hoje detém índices relevantes no Sul e Sudeste, e em estratos sociais das classes A e B, precisará aproximar-se do Nordeste, discutindo pautas para a região e naturalmente nacionalizando e popularizando sua imagem. Com isso, ele tende a chegar muito forte para enfrentar o presidente Bolsonaro em 2022, dividindo a direita e dando alguma chance de sobrevida à esquerda.

Lajedo – O assassinato de um militante oposicionista causou profunda consternação no município e deu mostras do que poderemos ter durante a campanha eleitoral devido aos ânimos acirrados na cidade. O ex-deputado Marcantonio Dourado pediu que a polícia investigue a fundo o crime.

Live de Tadeu – O sucesso da live que fez com a cantora Irah Caldeira empolgou o deputado Tadeu Alencar (PSB-PE). Foram 60 minutos de muita participação. A consciência da cantora mineira radicada em Pernambuco foi um dos pontos destacados pelo parlamentar após boa conversa em torno de cultura, música e política. Na semana passada, o papo virtual foi com Alessandro Molon (Líder do PSB-RJ).

Perda –  A morte do bispo de Palmares, Dom Henrique Soares, por Covid-19, gerou muita comoção na região da Mata Sul. O prefeito de Ribeirão, Marcello Maranhão (PSB) lamentou o ocorrido e enalteceu a sua atuação na região.

Recuperado – Após contrair a Covid-19, o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho, apresentou-se completamente recuperado. Em live emocionante, Mendonça falou dos dias em que enfrentou a doença e da reflexão que fez enquanto se recuperava.

Inocente quer saber – O PSB poderá colocar Paulo Câmara como opção nacional para 2022?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 20 de junho de 2020 1 comentário

Coluna da Folha deste sábado

Raquel Lyra pode se projetar para 2022 

Procuradora do estado, tendo sido delegada federal, Raquel Lyra chegou à Assembleia Legislativa de Pernambuco em 2010, sendo secretária de Juventude no segundo governo Eduardo Campos e reeleita com uma expressiva votação em 2014. Nas eleições de 2016, já pelo PSDB, surpreendeu na disputa e acabou vencendo o favorito Tony Gel em Caruaru.

Como prefeita, faz uma gestão que começou patinando mas depois tomou rumo e chega em 2020 com boas chances de lograr êxito na tentativa pelo segundo mandato. Pela característica de eleições acirradas que temos em Caruaru, ainda que saia vitoriosa não será por expressiva margem devido aos posicionamentos políticos estabelecidos pelos grupos da cidade, que é uma das mais politizadas de Pernambuco.

Vencendo a disputa em 2020, Raquel Lyra poderá sair da prefeitura de Caruaru para disputar o governo de Pernambuco em 2022, pois representa uma nova geração de políticos qualificados e é herdeira política de uma família que já governou Pernambuco com o seu pai, João Lyra Neto e que teve Fernando Lyra, seu tio, como ministro da Justiça.

Diante de um cenário onde a mulher tem ocupado espaços importantes na política, onde no Recife temos pelo menos dois nomes competitivos como Marília Arraes e Patrícia Domingos, a deputada Gleide Angelo que foi a mais votada do pleito de 2018, a opção de Raquel Lyra pode se tornar uma alternativa extremamente competitiva pelo Palácio do Campo das Princesas em 2022.

O que cabe a Raquel é tornar o seu nome com uma dimensão estadual, uma vez que o interior de Pernambuco nunca conseguiu eleger um representante para o governo, e também as mulheres tiveram pouca participação nas decisões do estado, mas assim como em 2016 quando quebrou o tabu de ser a primeira prefeita da história de Caruaru, poderá repetir a dose em 2022.

Pandemia – O conselheiro Valdecir Pascoal, em palestra virtual para a OAB de Serra Talhada, disse o que irá acontecer com quem desviar recursos da covid-19. “Esperem do TCE um julgamento implacável contra qualquer um que tenha se aproveitado dos contextos de exceção da pandemia para praticar corrupção ou desviar recursos públicos. A corrupção, nesses contextos, se equipara a crimes hediondos, contra a vida, e deve ser um fator de agravamento no julgamento das contas”, disse Valdecir Pascoal.

Espionagem – O PSB foi ao Supremo para suspender o compartilhamento dos dados de 76 milhões de brasileiros que possuem carteira de habilitação para dirigir (CNH) com a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). O PSB sustenta que a medida viola o direito à privacidade. O relator será o ministro Gilmar Mendes.

Eleições – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, recebeu, nesta quinta (18), o senador Weverton (PDT-MA), relator no Senado da PEC que discute o eventual adiamento das eleições municipais. No encontro, trataram sobre possíveis novas datas e prazos. “O adiamento tem sido a recomendação consensual dos médicos e cientistas”, disse o presidente do TSE. A mudança dependerá de votação nas duas casas do Congresso.

Inocente quer saber – Quando Bolsonaro colocará um ministro de verdade no comando da Educação?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 4 de maio de 2020 3 Comentários

Coluna da Folha desta segunda-feira

Sergio Moro torna-se o principal adversário de Bolsonaro 

Pesquisas divulgadas no final de semana apontaram uma importante mudança no quadro eleitoral visando 2022, os números trazem dois nomes que em tese estariam no palanque do presidente Jair Bolsonaro na sua tentativa de reeleição.

Dois ex-ministros, o da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o da Justiça, Sergio Moro, surgiram em levantamentos visando as próximas eleições presidenciais. Moro por ter um simbolismo forte de combate à corrupção, tendo liderado a operação Lava-Jato, aparece melhor posicionado, mais próximo de Bolsonaro, que ainda é o líder, enquanto Mandetta já figura com pontuações acima de nomes tradicionais como João Doria, João Amoedo e Marina Silva.

Claro que ainda é cedo especular sobre 2022, mas os números evidenciam não só a força do bolsonarismo, que ainda detém algum capital político para buscar o segundo mandato, como a fragilidade da esquerda e a competitividade de uma chapa que tenha Sergio Moro encabeçando com Luiz Henrique Mandetta de vice, juntos eles poderiam ameaçar seriamente as chances de reeleição do atual presidente.

‘Vamos Vencer Juntos’ – O pequeno empreendedor do Polo de Confecções do Agreste é o foco de uma ação desenvolvida pelo deputado estadual Delegado Erick Lessa e formatado em interlocução com entidades representativas. O projeto prevê consultoria jurídica, contábil e de marketing aos microempreendedores. Outras informações estão disponíveis no site www.delegadolessa.com.

Mau exemplo – Apesar de médico, o prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel, deu uma bola fora ao tentar politizar a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no município. Com uma aparente subnotificação por falta de exames, o gestor ao saber que o primeiro paciente era da oposição a ele, se posicionou colocando o paciente como culpado por não cumprir a quarentena, e foi leviano ao dizer que o mesmo viajou e trouxe o vírus para cidade. O gestor deve ser denunciado à  justiça comum e às autoridades do Conselho de Medicina.

Vitória – O vereador Belarmino Souza (Podemos), líder do governo Anderson Ferreira em Jaboatão dos Guararapes, teve grande vitória no TSE com o final da ação de impugnação do seu mandato, por 7 votos a 0. Belarmino agora está livre para tentar mais um mandato na Câmara Municipal.

Eleições – O Grupo de Trabalho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o novo coronavírus divulgou seu terceiro relatório semanal. Foi constatado que a Justiça Eleitoral, até agora, tem condições de realizar as eleições em 2020. Assim, o calendário eleitoral vai sendo mantido.

Provas 1 – O ex-ministro Sergio Moro prestou depoimento sábado (2), na Polícia Federal em Curitiba, por cerca de nove horas. “Foi um depoimento longo, mas tranquilo. Fiz um relato histórico de uma série de situações. Prova? Tem bastante coisa”, resumiu Moro, segundo uma revista.

Provas 2 – Sergio Moro entregou o conteúdo de seu celular. O telefone de Moro foi “espelhado”. Polícia Federal e Ministério Público Federal têm agora acesso às conversas de Moro com Bolsonaro e também aos áudios enviados pelo presidente da República e outros integrantes do Governo Federal.

Inocente quer saber – O que Moro apresentou em seu depoimento tem condições de derrubar Bolsonaro?

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Postado por Edmar Lyra às 12:38 pm do dia 1 de maio de 2020 Deixe um comentário

Após deixar o governo, Moro já está em empate técnico com Bolsonaro e Lula

Menos de uma semana após deixar o cargo de Ministro da Justiça do governo Bolsonaro, o ex-juiz Sérgio Moro já pontua entre 16 e 21 por cento de intenção de votos para Presidente da República em 2022. Os dados são da primeira pesquisa divulgada pela Travessia Estratégia em parceria com a Renascença DTVM, a maior corretora de títulos públicos do Brasil. A pesquisa avaliou seis cenários hipotéticos para a próxima eleição presidencial, além da rejeição dos possíveis candidatos e da avaliação do governo do Presidente Jair Bolsonaro.

No primeiro cenário pesquisado chama a atenção o empate técnico entre os possíveis candidatos Jair Bolsonaro, Lula e Sérgio Moro, que aparecem respectivamente com 22%, 21% e 16% de intenção de voto. Logo em seguida estão Ciro Gomes com 9% e Luciano Huck com 7% de citações. Mais abaixo, João Amoêdo e João Dória com 4% cada. Completando a lista temos Wilson Witzel com 2% e Guilherme Boulos com 1% de intenção de voto.
Um empate técnico se repete no segundo cenário onde o nome do ex-presidente Lula é substituído por Fernando Haddad, mas há um leve distanciamento do presidente Jair Bolsonaro, deixando o empate no extremo da margem de erro. Bolsonaro lidera com os mesmos 22% de intenção de voto, seguido por Haddad com 17% e Moro com os mesmos 16% de citações. Ciro Gomes cresce e vai a 11%, enquanto Luciano Huck sobe para 8%. João Amoêdo e João Dória se mantém estáveis com 4% de citações. Wilson Witzel mantém os 2% do cenário anterior e Guilherme Boulos cresce para 2% de intenção de voto.

Já no terceiro cenário com a saída de Sérgio Moro, Bolsonaro lidera com folga e obtém 25% de intenção de voto, abrindo uma vantagem de 8% sobre Haddad que pontua 17%. Ciro Gomes e Luciano Huck pontuam com dois dígitos, 11% e 10%, respectivamente. O nome novo no cenário é Henrique Mandetta que, com 8% de intenção de voto, supera Dória (5%), Amoêdo (4%), Witzel (2%) e Boulos (2%).

O quarto cenário, também sem Sérgio Moro, substitui Fernando Haddad pelo governador do Maranhão Flávio Dino que aparece com apenas 5% de citações. Ciro Gomes, com 16%, e Luciano Huck, com 13%, aparecem empatados tecnicamente em segundo lugar, a uma distancia considerável de Jair Bolsonaro que lidera isolado com 26% de intenção de voto. Amoêdo, Dória, Witzel e Boulos têm resultados semelhantes aos dos cenários anteriores, pontuando com 5%, 4%, 3% e 2%, respectivamente.

No quinto cenário, quando o candidato do Partido dos Trabalhadores é o governador da Bahia Rui Costa, cenário também sem Sérgio Moro, o governador baiano performa um pouco melhor que o maranhense chegando a 7%, mas a tônica permanece a mesma, com Ciro e Huck empatados na segunda posição com 15% e 12% respectivamente. Bolsonaro mantém os 26% de intenção de voto do cenário anterior.
No sexto e último cenário a Travessia faz uma projeção reduzida, com apenas quatro concorrentes. Jair Bolsonaro (25%), Lula (22%) e Sérgio Moro (21%) empatam tecnicamente e Ciro Gomes fica no distante quarto lugar com apenas 12% de citações.

Avaliados em conjunto os cenários mostram que Jair Bolsonaro, apesar de liderar em todos os quadros, sempre se mantém em empate técnico quando o ex-ministro Sérgio Moro é testado. Em um pelotão abaixo, Ciro Gomes e Luciano Huck se movimentam positivamente quando são retirados os nomes mais fortes do PT, Lula e Fernando Haddad. João Doria e João Amoêdo revezam-se sempre na mesma faixa entre quatro e cinco por cento de intenção de voto. Wilson Witzel e Guilherme Boulos se alternam nas últimas posições.

O desempenho de Moro surpreende, sobretudo porque o ex-ministro quando perguntado sobre 2022 nega a intenção de concorrer à Presidência da República. Mas esse não é o único destaque da pesquisa. Segundo Bruno Soller, estrategista e sócio da empresa Travessia Estratégia, “apesar de Ciro Gomes sair na frente de Luciano Huck, o apresentador global tem mais tendência de crescimento no eleitorado lulista ao longo do tempo. A maior dificuldade de Ciro é dialogar com as classes mais baixas, onde o PT ainda é dominante. Huck se destaca justamente nesse nicho”.

A avaliação da rejeição dos potenciais candidatos à Presidente em 2022 também refletiu no cenário eleitoral. Segundo Renato Dorgan, estrategista e também sócio da Travessia, “a possível candidatura de Sérgio Moro cria muitas dificuldades para Bolsonaro. Moro dialoga com o mesmo público do presidente e tem uma rejeição 12 pontos mais baixa”. Na pesquisa, aparecem com o maior percentual de rejeição Guilherme Boulos, Lula e Flávio Dino com 58%, 53% e 51% respectivamente. Em seguida, com rejeição entre 40 e 50 pontos percentuais vêm Jair Bolsonaro (50%), João Doria (49%), Fernando Haddad (47%), Rui Costa (44%), Luciano Huck (41%) e Wilson Witzel (40%). Os nomes com rejeição abaixo de 40% são Sérgio Moro (38%), Ciro Gomes (38%), João Amoêdo (36%) e Henrique Mandetta (26%).

Na realização da pesquisa, a Travessia Estratégia entrevistou 1.503 pessoas por telefone, nos dias 29 e 30 de abril, em 115 municípios de todas as regiões do país. O levantamento atende ao critério estatístico de cotas censitárias de gênero, faixa etária e concentração populacional. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

Raio-X dos possíveis candidatos à Presidente em 2022

Jair Bolsonaro – O atual presidente tem intenção de voto preferencial entre o público masculino, com um desequilíbrio grande em relação voto feminino. Quanto maior a renda e a faixa etária, maior é a intenção de voto no presidente. Bolsonaro também apresenta bons índices entre os evangélicos. 50% rejeitam votar no presidente.

Em relação à avaliação de governo, o presidente encontra-se em um patamar de regular para ruim. 31% avaliam como ótimo e bom e 28% como regular, sendo que destes, 10% consideram de regular para ruim. Já para 37% dos entrevistados a avaliação da gestão do Presidente é considerada ruim ou péssima. A aprovação segue o mesmo perfil de quem quer reeleger Bolsonaro. No comparativo com a gestão do ex-presidente Michel Temer, a sensação é de que o país está estagnado. Para 26% o país está melhor, para 33% está igual e para 28% está pior.

Lula – O ex-presidente Lula tem um comportamento eleitoral diametralmente oposto ao de Jair Bolsonaro. Concentração de intenção de votos entre mulheres, mais pobres, católicos ou de outras religiões, que não evangélicos. Mais equilibrado entre as diferentes faixas etárias, Lula é também o preferido entre os que rejeitam Jair Bolsonaro. 52% rejeitam votar no ex-presidente.

Sérgio Moro – Com um voto muito parecido com o de Bolsonaro e com uma parcela de votos entre os que aprovam a gestão do presidente, Moro lidera entre os que avaliam como regular a administração. Sua concentração de votos está no mesmo corredor de Bolsonaro. Tem rejeição de 36% dos eleitores.

Ciro Gomes – É quem mais cresce com a saída de Lula do jogo e sem a presença de um candidato forte do PT. Sua maior dificuldade está nas classes mais baixas, o que não o faz herdeiro direto do voto do lulismo.

Luciano Huck – Com penetração popular, na faixa de até dois salários mínimos, cresce com a saída de Lula e de um candidato petista forte do cenário. Tem maior dificuldade na renda intermediária. Volta a crescer entre os acima de 10 salários.

Fernando Haddad – É o principal substituto de Lula dentre os avaliados nos diversos cenários. Alcança empate técnico com Bolsonaro no cenário em que Sérgio Moro também é testado. Sua votação acompanha a lógica do lulismo e se diferencia um pouco com boa penetração entre os mais jovens.

Henrique Mandetta – Possui um comportamento eleitoral próprio, fora do bolsonarismo. Tem mais voto entre as mulheres, no público de meia idade e equilibrado por renda. Obteve a menor taxa de rejeição entre os nomes pesquisados, devido à grande exposição na mídia nas últimas semanas, projeção que tende a ser minimizada com sua saída do Ministério da Saúde.

João Doria, João Amoedo e Wilson Witzel – Doria e Amoêdo disputam na mesma raia e o que os diferencia é basicamente o voto por faixa etária. Enquanto Amoêdo tem melhor desempenho entre os mais jovens, Doria cresce entre os mais velhos. De resto, ambos performam melhor conforme cresce a renda do eleitor. Witzel tem um voto de classe intermediária, evangélico e de idade mais baixa.

Guilherme Boulos – Candidato mais rejeitado e com menor intenção de votos. Tem seu eleitorado na juventude de classe mais baixa.

Rui Costa e Flávio Dino – Os dois governadores ocupam uma faixa de votos sintonizada com o lulismo. Entretanto, Rui Costa tem uma rejeição mais baixa e uma concentração maior nas faixas de idade adulta e avançada. Flávio Dino se sai melhor entre os mais jovens, porém ultrapassa os 50% de rejeição.

Sobre os votos nulos e brancos e os eleitores indecisos – Jovens, mulheres, mais pobres e evangélicos compõem o perfil mais indeciso e insatisfeito dentre os entrevistados.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 25 de abril de 2020 2 Comentários

Coluna da Folha deste sábado

Moro sai de cabeça erguida e com lugar cativo em 2022

O pronunciamento do ex-ministro Sérgio Moro conseguiu a façanha de ofuscar a crise da pandemia do covid-19. Humilde, sereno, com falas pausadas e bem pensadas, Moro conseguiu demonstrar vários erros de Jair Bolsonaro nesta crise, que resultou na demissão do ministro de maior popularidade do Governo Federal.

Moro aproveitou para detalhar várias falhas do presidente, até quebra da “palavra acordada”, como no compromisso de “carta branca” e possíveis interferências sobre superintendentes da Polícia Federal nos Estados.

O divórcio entre lavajatismo (Moro) e o bolsonarismo tem efeito de bomba nuclear na política brasileira. Um dependia e se retroalimentava do outro. Não é possível esquecer que, durante a campanha de 2018, uma das promessas que mais garantiu votos a Bolsonaro foi a de nomear Moro como ministro do STF, havendo vaga. Sem este sustentáculo dos lavajatistas, parcela da população brasileira que vota com a principal motivação de combater a corrupção, Bolsonaro coloca em risco até sua permanência como presidente da República.

O general de Exército Mourão segue discreto, no primeiro lugar a linha de sucessão. O caminho dependerá apenas de um grande desafeto de Bolsonaro, o deputado Rodrigo Maia (DEM), único legitimado para iniciar o processo de impeachment.

A demissão de Moro não bagunça o cenário político apenas em 2020. Vai influenciar 2022, eleição em que Moro terá lugar marcado e garantido. O primeiro pensamento é Moro como candidato a presidente da República, se sua popularidade durar até lá, como é provável. Joaquim Barbosa terminou de julgar os “mensaleiros” em 2014. Em 2018, aposentado há quatro anos, ainda era um candidato viável pelo PSB, mas desistiu por alegações pessoais.

De todo modo, mesmo sem ambição presidencial, o futuro de Moro na política é promissor, caso queira o ex-juiz. Seria também eleito fácil senador ou deputado federal por vários estados. Outro cenário de Moro em 2022 é como candidato a vice-presidente. João Dória (PSDB), por exemplo, certamente abraçaria Moro o vice “dos sonhos”. Um convite para Moro ser secretário do Governo de São Paulo certamente está no radar do tucano.

Inquérito – O procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta (24), um inquérito para apurar as declarações do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. O procurador-geral quer colher o depoimento de Sergio Moro sobre Jair Bolsonaro.

Araripina – Preocupada com a cidade onde mora, a deputada Roberta Arraes (PP) solicitou que o prefeito Raimundo Pimentel (PSL) elaborasse e executasse de um plano de contigenciamento com medidas para combater a Covid-19. Logo após o clamor da parlamentar, o gestor finalmente resolveu tomar algumas medidas, mesmo que atrasadas e acanhadas diante da situação.

Goiana – O jornalista Fernando Veloso tem costurado bem sua pré-candidatura a prefeito de Goiana pelo DEM. Ele já conta com o apoio do PRTB para a empreitada e busca novos parceiros para fortalecer um projeto de mudança para a cidade.

Inocente quer saber – Qual interesse teria Bolsonaro em mudar a superintendência da PF em Pernambuco?

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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