Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

  • Início
  • Sobre
  • Pernambuco
  • Brasil
  • Contato

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 11 de novembro de 2020

Coluna da Folha desta quarta-feira

Foto: Rafael Furtado

Semana decisiva não teve reviravoltas em eleições anteriores 

Nas últimas quatro eleições para prefeito do Recife, 2004, 2008, 2012 e 2016, na semana restante para o primeiro turno, as pesquisas apontavam para colocações que foram mantidas nas urnas, mesmo que houvesse uma proximidade numérica entre os candidatos.

A disputa de 2004 iniciou com Joaquim Francisco liderando as pesquisas, Cadoca era o segundo e João Paulo, que tentava a reeleição, começou em terceiro. Com o decorrer da campanha, João Paulo assumiu a ponta, Cadoca ficou em segundo e Joaquim Francisco caiu para a terceira colocação. Com a abertura das urnas, João Paulo foi reeleito no primeiro turno com  56% dos votos válidos.

Em 2008, Mendonça Filho começou como líder absoluto das pesquisas, Cadoca era o segundo, João da Costa era o terceiro e Raul Henry o quarto, na semana decisiva, João da Costa era o líder de todos os levantamentos e sagrou-se vitorioso no primeiro turno com 51% dos votos válidos, Mendonça ficou na segunda colocação e Raul Henry, mesmo crescendo na reta final, não conseguiu suplantar Mendonça.

Em 2012, Humberto e Mendonça começaram como líderes na disputa no decorrer da disputa trocaram posições com Geraldo Julio que saltou da quarta colocação para a primeira, Daniel Coelho ficou em segundo lugar. Na semana decisiva também não houve troca de lugares e Geraldo venceu com 51% dos válidos no primeiro turno.

Por fim, 2016 começou com João Paulo na liderança, porém logo que começou a campanha propriamente dita, Geraldo Julio assumiu o primeiro lugar, João Paulo mesmo sendo o mais rejeitado não caiu para a terceira colocação, que ficou com Daniel Coelho e foi ao segundo turno. A disputa deste ano, segundo o Ipespe chega com posições definidas, com João Campos e Marília Arraes na primeira e segunda colocações , enquanto Mendonça e Patrícia estão, respectivamente, na terceira e quarta colocações. A dúvida desta reta final é se a eleição será diferente das anteriores ou se repetirá o desfecho das últimas quatro. A sorte está lançada.

Gravatá – Após ver a oposição unida em torno do seu nome em Gravatá, o Padre Joselito (PSB), que tem como companheiro de chapa Junior Darita, chega na semana da eleição com boas chances de conquistar a prefeitura. A campanha ganhou corpo e caiu na graça dos gravataenses, que estavam em busca de uma nova proposta para a cidade. O Padre Joselito é apoiado pelos deputados André Ferreira (PSC) e Waldemar Borges (PSB), que estão animadíssimos com seu desempenho.

Clóvis Paiva – O deputado estadual Clóvis Paiva (PP) chega nesta reta final com a expectativa de eleger aliados em Ribeirão, Palmares e diversas cidades espalhadas por todo o estado. O parlamentar pretende ampliar suas bases para 2022, quando tentará a reeleição para a Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Inocente quer saber – Quem estará no segundo turno para prefeito do Recife?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: andré ferreira, coluna edmar lyra, daniel coelho, Eleições 2020, Folha de Pernambuco, geraldo julio, humberto costa, joão campos, marília arraes, mendonça filho, política, raul henry

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 10 de novembro de 2020

Coluna da Folha desta terça-feira

Ipespe aponta para 2º turno entre João e Marília 

Em nova rodada de pesquisas, o Ipespe, em parceria com a Folha de Pernambuco, apontou para um crescimento de quatro pontos percentuais de Marília Arraes, que saltou de 18% para 22% das intenções de voto.

O crescimento de Marília reforça uma tendência de que ela e João poderão estar no segundo turno, repetindo 2016, quando PT e PSB dividiram a segunda etapa. Além de ter o melhor desempenho no segundo turno em relação aos postulantes oposicionistas, quando possui 38% das intenções de voto contra 43% de João Campos, Marília possui a menor rejeição dentre os principais nomes de oposição, com 46% de que não votariam nela de jeito nenhum.

Única candidata com viés de alta no Ipespe, Marília Arraes poderá garantir ao PT mais uma posição privilegiada em eleições municipais, chegando ao segundo turno e, mesmo diante do favoritismo de João Campos na próxima etapa, é um resultado a ser bastante comemorado pela candidata, que apesar do desgaste do seu partido, ficou na segunda colocação em quase todo o primeiro turno.

Rejeição – Além da Delegada Patrícia, que viu sua rejeição saltar para 58%, Mendonça Filho também possui uma rejeição estratosférica com 56% do eleitorado que não votaria de jeito nenhum no ex-ministro da Educação. Patrícia virou alvo de seus adversários e teve um crescimento natural da sua rejeição, enquanto o ex-ministro possui uma rejeição pessoal, intransferível e consolidada.

Pesquisas – Ao gravar para a Delegada Patrícia (Podemos), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não se deve confiar em pesquisas, que se dependesse delas ele não estaria na presidência da República.  Bolsonaro também fez uma live com sua candidata na capital pernambucana.

Comoção – A morte da esposa do Delegado Resende, vítima de COVID-19, causou muita comoção na cidade do Cabo de Santo Agostinho, o que poderá impulsionar o candidato do Podemos nesta reta final, uma vez que ele enfrenta o prefeito Lula Cabral (PSB) e o vice-prefeito Keko do Armazém (PL).

Ipojuca – A disputa em Ipojuca chega na última semana com um acirramento entre a prefeita Célia Sales (PTB) e o ex-prefeito Carlos Santana (PSB). Ambos possuem chance de lograr êxito no próximo domingo na cidade, que é uma das mais ricas de Pernambuco.

Atentado – Candidato a vice-prefeito de Carpina na chapa de oposição, Diogo Prado sofreu um atentado na cidade de Paudalho. Prado escapou porque andava num veículo blindado. Os autores dos disparos não foram identificados.

Santa Cruz do Capibaribe – Em Santa Cruz do Capibaribe, o prefeito Edson Vieira tenta emplacar o sucessor, Dida de Nan (PSDB), que tem como principais adversários Fabio Aragão (PP) e Allan Carneiro (PSD).

Roberta Arraes – A deputada Roberta Arraes (PP) segue atuando em suas bases para lograr êxito no próximo domingo. Em Araripina, sua principal cidade, a deputada apoia Tião do Gesso (SD), que enfrenta o atual prefeito Raimundo Pimentel (PSL), que tenta a reeleição.

Inocente quer saber – Como será o resultado das urnas em Petrolina?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: coluna edmar lyra, Eleições 2020, Folha de Pernambuco, marília arraes, mendonça filho, Patrícia Domingos, política

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 9 de novembro de 2020

Coluna da Folha desta segunda-feira

Bolsonaro escolhe Patrícia em detrimento de Mendonça na reta final 

Faltando menos de uma semana para a disputa do primeiro turno para prefeito do Recife, o presidente Jair Bolsonaro produziu no último sábado o principal fato político desta reta final, quando gravou um vídeo apoiando a candidatura da Delegada Patrícia (Podemos) para prefeita do Recife.

Depois de uma campanha inteira com o bolsonarismo distante do processo eleitoral, este apoio tem forte significado, pois para onde Bolsonaro pendesse, seja para Mendonça ou Patrícia, ele produziria algum tipo de competitividade para o escolhido, com o objetivo de evitar um segundo turno a cada dia mais provável entre João Campos e Marília Arraes.

Ele preferiu a Delegada Patrícia, e evidenciou que não nutre nenhuma simpatia pelo candidato Mendonça Filho, que foi recebido por diversos ministros mas não teve a foto principal que seria com Jair Bolsonaro. O senador Fernando Bezerra Coelho, líder do governo no Senado, chegou a declarar que o presidente apoiaria Mendonça no segundo turno, mas se tal premissa fosse verdadeira, o presidente não teria motivos para postergar a decisão, declararia apoio de bate-pronto ao candidato do Democratas.

A atitude do presidente fala mais do que qualquer discurso acalorado, ele hoje receberá a candidata do Podemos para gravar no seu guia eleitoral, o que pode ter efeito parecido com o de Lula quando entrou no guia de Marília Arraes, que consolidou-se no segundo lugar. Ainda é cedo para afirmar que este apoio levará Patrícia ao segundo turno, mas para quem estava no ringue levando ataques de todos os lados, inclusive da própria oposição, Patrícia ganhou sobrevida e o tempo irá dizer se foi suficiente para mantê-la viva na segunda etapa.

Desdém – A decisão de Bolsonaro comprova a retribuição de um suposto desdém de Mendonça Filho a ele quando ambos eram deputados e o democrata havia deixado o MEC. Segundo informações, Mendonça não teria atendido um pleito de Bolsonaro, desdenhando daquele que viria a ser o presidente da República, que anotou o episódio em seu caderno e retribuiu o gesto na reta final para prefeito do Recife.

Remake – Em 2018, no auge da disputa para o Senado Federal, Jair Bolsonaro negou-se a pedir votos para Mendonça Filho. Pouca gente lembra, mas ele gravou vídeos para diversos candidatos naquela disputa e não pediu votos textualmente para o ex-ministro da Educação. Em 2020, a história se repetiu com o agravante de Bolsonaro defender a principal adversária de Mendonça na busca pelo segundo turno.

Articulador – Homem forte do presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, foi fundamental na costura do apoio de Bolsonaro a Patrícia. Gilson apostou que a direita recifense não poderia assistir de camarote a um segundo turno entre João Campos e Marília Arraes e convenceu Bolsonaro a apoiar Patrícia Domingos.

Inocente quer saber – O apoio de Bolsonaro no Recife tira ou dá votos ao nome escolhido?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: coluna edmar lyra, eleições 2018, Eleições 2020, fernando bezerra coelho, Folha de Pernambuco, jair Bolsonaro, joão campos, marília arraes, mendonça filho

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 7 de novembro de 2020

Coluna da Folha deste sábado

A crônica de uma confusão anunciada no Recife 

A disputa pela prefeitura do Recife entra na última semana antes do pleito, marcado para o próximo dia 15, onde os eleitores da cidade definirão os escolhidos para a Câmara Municipal e para um provável segundo turno. A disputa ficou marcada pela troca de farpas entre a oposição que prometia se unir nas eleições deste ano, em especial Mendonça Filho e a Delegada Patrícia. Tal postura poderá ter inviabilizado a ida de um dos dois ao segundo turno contra João Campos, mas este episódio foi apenas a ponta do iceberg de um problema que teve início ainda em 2018 quando a oposição foi derrotada pela Frente Popular.

Naquela ocasião, Daniel Coelho apoiou a chapa majoritária oposicionista sob a expectativa de unir o grupo na disputa deste ano em torno do seu nome. Porém, Mendonça Filho acreditou que pelo fato circunstancial de ter sido o candidato a senador mais votado do Recife lhe daria algum tipo de competitividade. Para completar a confusão, a Delegada Patrícia Domingos filiou-se ao Podemos para disputar a prefeitura. Eram três pretensos candidatos para uma oposição já fragilizada pelas sucessivas derrotas para a Frente Popular.

Com a decisão da delegada de ser candidata, implodiu a tese de única candidatura, Daniel e Mendonça travaram então uma disputa terrível de bastidores que caminhava para um prejuízo a ambos. O PSL, considerado trunfo de Daniel, cansou da briga entre Mendonça e Daniel pelo apoio do partido, o que culminou na decisão de lançar uma candidatura própria. Mas esse não foi o único movimento, o PSC, o PRTB e o Novo também lançaram candidaturas, enquanto Daniel decidiu apoiar a Delegada Patrícia. Com a confirmação de Mendonça foram nada menos que seis candidaturas de centro-direita para um eleitorado historicamente menor, que já colecionava cinco derrotas para candidatos de origem de esquerda.

Porém, a Delegada Patrícia demonstrou perspectiva de crescimento, tinha baixa rejeição e uma narrativa que vinha cativando o eleitor, até que virou alvo do fogo amigo de Mendonça, Coronel Feitosa, Charbel Maroun e por último Carlos Andrade Lima (PSL). Sem um líder para arrefecer os ânimos, a Delegada Patrícia teve sua competitividade prejudicada pelos próprios colegas de oposição, o que terminou por beneficiar João Campos e Marília Arraes, que chegam na última semana incólumes e alheios à autofagia oposicionista.

São Lourenço da Mata – A disputa pela prefeitura de São Lourenço da Mata chega na semana decisiva com um reforço do prefeito Bruno Pereira (MDB), que tenta a reeleição, com boas perspectivas de lograr êxito no próximo domingo. Porém, não se pode menosprezar os adversários Vinicius Labanca (PSB) e Milton Micuíba (Solidariedade).

Camaragibe – Na reta final, o que se comenta é que a disputa apertou para a atual prefeita Nadegi Queiroz (Republicanos) com a morte de um candidato a vereador por Covid-19 e teve falta de atendimento na cidade, e por um vídeo do ex-prefeito Demóstenes Meira declarando o voto na atual gestora. Os dois casos renderam pauta negativa contra a prefeita.

Inocente quer saber – Faltou um líder para dar algum freio de arrumação na oposição?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: bruno pereira, Camaragibe, coluna edmar lyra, Eleições 2020, Folha de Pernambuco, joão campos, marília arraes, Nadegi Queiroz, política, Vinícius Labanca

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 6 de novembro de 2020

Coluna da Folha desta sexta-feira

Marília Arraes reforça polarização com João Campos na reta final 

Ao longo da campanha eleitoral, Marília Arraes foi colocada em dúvidas quanto a sua competitividade, ora pela rejeição ao seu partido, o PT, ora pela divisão da sigla. Porém, na reta final, Marília recorreu ao lulismo e ao petismo e consolidou sua condição de principal antagonista de João Campos, vide a última pesquisa do Ipespe, que a coloca em segundo lugar com 18% das intenções de voto contra 33% de João Campos.

Marília tem ao seu favor o histórico do Recife de ser uma cidade de esquerda, que enviou ao segundo turno em 2016 o PT e o PSB, com um eleitorado cativo do Partido dos Trabalhadores. Outro ponto que lhe beneficia na reta final é a divisão da oposição mais à direita, que ficou numa significativa troca de farpas nos últimos dias entre Mendonça Filho e a Delegada Patrícia, o que dificultou a ida de um dos dois à segunda etapa, faltando pouco mais de uma semana para a votação do primeiro turno, marcada para o próximo dia 15.

Chegando a um segundo turno, além de ter a chance de ser vitoriosa, Marília Arraes poderá se consolidar como uma importante liderança do PT, mesmo que não consiga lograr êxito na segunda etapa. Na hipótese de vitória no segundo turno, Marília devolverá o comando da capital pernambucana ao Partido dos Trabalhadores, perdida em 2012 para o próprio PSB, o que lhe dará significativo protagonismo na política pernambucana.

Ataques – Agora foi a vez do PSL de centrar fogo na Delegada Patrícia Domingos, o guia de Carlos Andrade Lima teve o deputado federal Luciano Bivar fazendo duras críticas à candidata do Podemos, que ficou na defensiva após a divulgação de declarações polêmicas em suas redes sociais.

Progressistas – O deputado federal Eduardo da Fonte, presidente estadual do Progressistas, aposta num bom resultado do seu partido nas eleições do próximo dia 15. A legenda disputa cidades importantes como Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Garanhuns, Ipojuca, Paulista e Timbaúba.

Hacker – O prefeito de Sirinhaém, Franz Hacker, aposta em bons resultados no próximo dia 15, onde seu grupo disputa as prefeituras de Rio Formoso, Tamandaré e a cidade onde é prefeito. A família Hacker possui grande protagonismo no Litoral Sul do estado.

Belo Jardim – A disputa pela prefeitura de Belo Jardim segue bastante acirrada entre os três principais nomes: Isabelle Mendonça (PSB), Gilvandro Estrela (DEM) e Wilsinho (PTB). O atual prefeito Hélio dos Terrenos (PTB) decidiu não tentar o segundo mandato.

Jarbas Vasconcelos – O senador Jarbas Vasconcelos (MDB) segue bastante requisitado pelos correligionários do seu partido para gravar vídeos de apoio a candidatos espalhados por todo o estado. Jarbas é o político mais vitorioso da história de Pernambuco com seis mandatos majoritários conquistados nas urnas.

Inocente quer saber – A Delegada Patrícia foi abatida em pleno voo pelos seus adversários?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: coluna edmar lyra, Eleições 2020, Folha de Pernambuco, joão campos, marília arraes, mendonça filho, Patrícia Domingos

Postado por Edmar Lyra às 0:01 am do dia 5 de novembro de 2020

Coluna da Folha desta quinta-feira

Miguel Coelho busca consolidação em Petrolina 

Com apenas 30 anos de idade, Miguel Coelho (MDB) tem em sua curta trajetória a experiência de ter sido deputado estadual eleito em 2014, e prefeito da principal cidade do sertão pernambucano, Petrolina, em 2016. Naquela ocasião, Miguel buscava reaver a prefeitura da cidade para a sua família, que ficou nas mãos de Julio Lossio entre 2009 e 2016.

Passados quatro anos, Miguel Coelho chega nesta reta final sob a perspetiva de ser reeleito com uma das maiores votações entre os principais centros urbanos de Pernambuco. Uma reeleição com mais de 80% dos votos válidos poderá fazer do prefeito de Petrolina uma importante promessa para a disputa de governador de Pernambuco daqui a dois anos, quando seria um dos mais jovens candidatos ao Palácio do Campo das Princesas da história.

Na eleição de 2022, o clã Coelho possui além de Miguel, a possibilidade de reeleição do senador Fernando Bezerra Coelho, que estará encerrando seu mandato de oito anos na Câmara Alta. O grupo terá que fazer uma escolha entre a permanência do senador Fernando Bezerra em cargos majoritários ou apostar na renovação do grupo com Miguel.

Faltando poucos dias para a disputa, os olhos do mundo político de Pernambuco estarão centrados na capital do São Francisco, pois de lá poderemos ter um importante player para a sucessão de Paulo Câmara em 2022.

Segundo turno – Caso as urnas apontem para um segundo turno para prefeito do Recife, será somente a terceira ocasião em que a disputa irá a uma segunda etapa na capital pernambucana. Antes, tivemos em 2000 João Paulo x Roberto Magalhães e 2016 onde o próprio João Paulo enfrentou Geraldo Julio. Em todas as outras ocasiões, Recife escolheu seu prefeito na primeira etapa.

Críticas – A candidata Delegada Patrícia continua sendo alvo de seus adversários, agora foi a vez do Coronel Feitosa e de Charbel Maroun de fazerem críticas à postulante do Podemos em seus respectivos guias eleitorais no tocante às declarações proferidas em suas redes sociais.

Pessoal – Na avaliação de um parlamentar da bancada federal, a disputa entre Mendonça Filho e Daniel Coelho para ver quem fica com mais votos na oposição deixou o campo político para entrar no pessoal. Eles estão numa disputa tão grande para um derrotar o outro que estão esquecendo de que seus adversários são Marília Arraes e João Campos.

Hospital – O prefeiturável João Campos anunciou ontem mais uma proposta de impacto na disputa do Recife. Se for eleito, João pretende construir o Hospital da Criança do Recife. O equipamento se somará aos hospitais da Mulher, do Idoso e de outras unidades de saúde construídas nas gestões do PSB.

Saúde – Em 2006, Eduardo Campos ganhou a eleição prometendo construir três hospitais, sob fortes críticas de Mendonça Filho e Humberto Costa, seus adversários daquele pleito. Naquela ocasião a área da saúde era uma das prioridades da população, o que impulsionou Eduardo. Os desafios com a saúde permanecem na capital pernambucana.

Inocente quer saber – O resultado da eleição americana possui algum impacto significativo na política brasileira?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: coluna edmar lyra, daniel coelho, eduardo campos, Eleições 2020, fernando bezerra coelho, Folha de Pernambuco, humberto costa, joão campos, mendonça filho, miguel coelho

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 4 de novembro de 2020

Coluna da Folha desta quarta-feira

Anderson aposta nas entregas para garantir reeleição 

Eleito prefeito de Jaboatão dos Guararapes em 2016, após dois mandatos como deputado federal, Anderson Ferreira teve nos últimos quatro anos sua primeira experiência no executivo à frente da segunda maior cidade de Pernambuco.

Tentando o segundo mandato, Anderson elenca uma série de ações desempenhadas no município, como a pavimentação de mais de duas mil ruas, implantação de mais de 16 mil pontos de LED, bem como a unificação das secretarias num complexo administrativo, que segundo o gestor, trouxe economicidade e maior eficiência nos processos administrativos.

Anderson ressalta que também implementou ações na educação como a criação do Jaboatão Prepara, a oferta de 21 creches, a requalificação de escolas do município e a implantação do reconhecimento facial em 48 unidades educacionais, possibilitando um maior acompanhamento da frequência do aluno, e lembra dos dois prêmios da ONU por excelência em gestão pública conquistados pela sua gestão.

Para o gestor, a cidade ainda tem muitos desafios pela frente haja vista o tamanho territorial do município e as desigualdades históricas que aconteceram na cidade, e por isso acredita ser necessária a conquista de mais quatro anos para dar continuidade ao que já foi feito e melhorar o que ainda precisa ser melhorado.

PTB – O ex-senador Armando Monteiro poderá ter algumas vitórias importantes em municípios estratégicos, como Ipojuca com Célia Sales, que tenta a reeleição, e Garanhuns com Silvino Duarte. Os dois municípios são duas fortalezas do PTB e que poderão continuar a partir de 2021 sob o comando do partido.

Liderança – Mesmo não tendo mandato, Armando Monteiro exerce importante liderança sobre alguns políticos e o sentimento de suas bases é que ele faz muita falta a Pernambuco como representante do estado no Congresso Nacional.

Projeto – Após desistir de se candidatar a prefeito do Cabo de Santo Agostinho, o ex-prefeito Elias Gomes (MDB) decidiu apoiar a candidatura de Keko do Armazém (PL). O que se comenta nos bastidores é de que numa eventual vitória de Keko, Elias se preparará para voltar a Jaboatão em busca da sucessão de Anderson Ferreira, que é presidente do partido de Keko.

Força – Além do deputado federal Ricardo Teobaldo (Podemos), que é a principal liderança da Mata Norte, o prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia (PSD), deverá se consolidar após a disputa como um dos políticos mais fortes da região. Em 2018 elegeu o deputado Gustavo Gouveia (DEM) e em 2020 poderá ter uma reeleição consagradora.

Polarização – Faltando poucos dias para o primeiro turno, o sentimento no meio político é que as circunstâncias estão beneficiando a polarização entre João Campos e Marília Arraes, repetindo o que aconteceu em 2016, quando PT e PSB foram ao segundo turno.

Inocente quer saber – Depois do PSB, qual será o partido com o maior número de prefeitos em Pernambuco?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: anderson ferreira, armando monteiro, coluna edmar lyra, Eleições 2020, Folha de Pernambuco, jaboatão dos guararapes, joão campos, marília arraes, ricardo teobaldo

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 3 de novembro de 2020

Coluna da Folha desta terça-feira

Decisão do TRE esfria completamente a campanha 

A campanha para prefeito do Recife era de longe a mais fria da história, com atos de campanha bastante restritos e com a disputa se limitando às redes sociais e aos meios de comunicação como televisão e rádio por conta do guia eleitoral, mas ainda assim sentíamos um clima de campanha entre os candidatos.

A decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco de proibir carreatas, caminhadas e outros movimentos típicos de campanhas eleitorais praticamente sepultou a disputa, que chega nestes dias finais sem muita perspectiva de acirramento, uma vez que eram nas caminhadas, carreatas e outros atos de campanha que o eleitor tinha um mínimo de contato com os candidatos.

O novo normal da disputa eleitoral dividiu candidatos proporcionais e majoritários, alguns acreditam que a proibição beneficiou quem tinha larga vantagem para vencer a disputa, é o caso de alguns candidatos que despontam com mais de 60% de intenções de voto, como Miguel Coelho em Petrolina que no Ipespe apareceu com larga vantagem, mas quem tinha a eleição apertada e que precisava crescer nesta reta final, sentiu o baque.

Com risco real de haver um segundo turno, Recife deverá ter uma segunda etapa mais morna do que foi em 2016, que já foi totalmente sem graça, com vantagem significativa para Geraldo Julio sobre João Paulo. Porém, resta aguardar se o TRE, cuja decisão foi única no país e sem muito lastro nos dados sanitários, manterá essa postura para o segundo turno ou se haverá alguma mudança de ideia para que a eleição tenha o mínimo de competitividade.

Força – Depois de patinar num dado momento da campanha, Marília Arraes segue com grandes chances de enfrentar João Campos no segundo turno. Marília foge à regra que se estabeleceu nas campanhas municipais em capitais do país, onde os candidatos do PT estão completamente fragilizados.

Arcoverde – O que parecia ser um passeio para Zeca Cavalcanti (PTB), a disputa para prefeito de Arcoverde chega em seus dias finais com uma eleição acirradíssima, pois o seu adversário Wellington da LW (MDB) chegou forte e poderá surpreender no próximo dia 15 sagrando-se vitorioso.

Prejuízo – Caso Zeca Cavalcanti não se eleja prefeito de Arcoverde, será sua terceira derrota em três eleições seguidas. Perdeu em 2016 com sua esposa para prefeita, não se reelegeu deputado federal em 2018 e agora em 2020 viu seu favoritismo se reduzir de forma abrupta nesta reta final.

Blitz – Diante das proibições do TRE na campanha eleitoral, o candidato Mendonça Filho (DEM) inovou ao visitar as obras inacabadas de moto. O vídeo postado nas redes sociais gerou bastante engajamento entre seus eleitores.

Paulista – A chegada de Jorge Carrero ao cargo de prefeito ajudou bastante a campanha de Yves Ribeiro (MDB). Jorge é coordenador de campanha de Yves e poderá ser determinante nesta reta final de campanha no município.

Inocente quer saber – O TRE manterá a decisão de proibir as campanhas de rua?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: arcoverde, coluna edmar lyra, Eleições 2020, Folha de Pernambuco, marília arraes, mendonça filho, tre, Wellington da LW, zeca cavalcanti

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 2 de novembro de 2020

Coluna da Folha desta segunda-feira


A diferença entre a esquerda e a direita em disputas eleitorais 

O ano de 2020 marca quatorze anos de uma eleição histórica em Pernambuco, quando Eduardo Campos foi eleito governador, derrotando o então candidato à reeleição Mendonça Filho por uma diferença de mais de um milhão de votos. Naquela disputa, Humberto Costa era o líder nas pesquisas empatado tecnicamente com o candidato do PFL, enquanto Eduardo Campos era o terceiro colocado, até que um escândalo atrapalhou Humberto Costa, exaustivamente utilizado por Mendonça em seu guia e fez com que o candidato do PSB tivesse 33,81% dos votos válidos contra 25,14% do petista e chegasse ao segundo turno.

Na segunda etapa, Humberto declarou voto a Eduardo e fez a campanha como se fosse dele, permitindo uma mudança no cenário político de Pernambuco que até hoje se faz presente. O gesto altruísta de Humberto foi um diferencial naquele pleito e que merece reconhecimento histórico.

Diferentemente daquele ano, onde a esquerda se uniu e impôs uma derrota antológica ao candidato Mendonça Filho, em 2020 a direita faz exatamente o oposto na disputa pela prefeitura do Recife. Com o crescimento da Delegada Patrícia (Podemos), esperava-se que PT e PSB partissem para o ataque contra a candidata, que encontra-se no espectro de centro-direita, porém petistas e socialistas não precisaram se dar ao trabalho de desconstruir a candidata do Podemos, porque Mendonça Filho, insatisfeito com o crescimento da delegada, decidiu fazer a desconstrução em seu guia, e ajudando a fortalecer a polarização entre João Campos e Marília Arraes, atestada em diversas pesquisas eleitorais.

Quando se enxerga uma hegemonia de dezesseis anos do PSB no âmbito estadual e de vinte anos de PT e PSB na capital pernambucana com chances cada vez mais reais de se repetir em 2020, é preciso recorrer à postura da direita que é autofágica e que não aceita que um nome do seu próprio campo seja vitorioso para não perder o protagonismo na oposição. O belo gesto de Humberto em 2006, que foi fundamental para a Frente Popular sagrar-se vitoriosa, não deve ser repetido pela oposição este ano, que corre um sério risco de pela segunda vez seguida assistir de camarote a um segundo turno entre PT e PSB no Recife.

Menos danosas – O advogado Delmiro Campos elaborou uma nota técnica à respeito da resolução 372 do TRE/PE, proibindo atos presenciais causadores de aglomerações. Na nota, propostas de interpretações menos danosas aos candidatos e de diálogo com a justiça eleitoral. Segundo o Delmiro Campos, as campanhas poderiam trocar as grandes carreatas por um modelo com até 05 carros e o compromisso de não aglomerar.

General Mourão – O candidato a prefeito do Recife Marco Aurélio (PRTB) esteve novamente com o vice-presidente General Mourão, que gravou novo vídeo em apoio a sua candidatura. Além de ser candidato a prefeito, Marco Aurélio é correligionário de Mourão e líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Inocente quer saber – Num eventual segundo turno entre João Campos e Marília Arraes, quem logrará êxito?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: coluna edmar lyra, delegada patrícia, eduardo campos, Eleições 2020, Folha de Pernambuco, humberto costa, joão campos, marília arraes, mendonça filho, política

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 31 de outubro de 2020

Coluna da Folha deste sábado

A necessária reestruturação do DEM no Recife 

Sucedâneo da Aliança Renovadora Nacional, através do PDS e depois PFL, o Democratas, que mudou de nome em 2007, vem perdendo espaço no Recife desde que Roberto Magalhães não conseguiu ser reeleito em 2000. O partido tinha grande protagonismo na década de oitenta, com prefeitos como Gustavo Krause e Joaquim Francisco, também tinha grande representação na Câmara Municipal do Recife.

Porém, a cada ano, esse resultado foi sendo reduzido, mesmo chegando a disputar a prefeitura do Recife em faixa própria em 2000, 2008, 2012 e 2016. Na eleição passada chegou ao seu pior momento quando não elegeu um único vereador. Na disputa deste ano, o partido fez uma manobra extremamente arriscada, quando lançou seus dois principais quadros do Recife, o ex-ministro Mendonça Filho, e a excelente deputada estadual Priscila Krause numa chapa majoritária.

A decisão se deu por falta de opções de quadros no PTB, PL e PSDB, partidos que decidiram apoiar a candidatura do Democratas no Recife. E de fato, a escolha de Priscila foi uma ótima escolha, porém se tornava arriscada pela não garantia de vitória atestada em pesquisas eleitorais, e pelo fato de colocar na berlinda os dois principais nomes do partido no Recife.

Passado o processo eleitoral, independente do resultado das urnas, o Democratas terá que fazer uma reestruturação no Recife para voltar a ter algum tipo de protagonismo, cuja avaliação se estende ao PSDB e ao PTB, que não montaram sequer chapas para vereador, situação atípica para três partidos tão representativos na política brasileira.

Fernando Filho – Único deputado federal do Democratas, Fernando Filho deverá eleger boa quantidade de prefeitos pelo partido, o que lhe dará ainda mais força junto ao diretório nacional da legenda, comandada pelo prefeito de Salvador e seu amigo pessoal, ACM Neto.

Proibição – A proibição de campanhas eleitorais nas ruas causando aglomeração foi interessante para quem já tinha a vida resolvida com ampla margem em pesquisas, porém para aqueles que ainda precisavam consolidar o favoritismo e contavam com isso, tiveram grande prejuízo.

Raquel Lyra – Na expectativa de ser reeleita este ano, aliados da prefeita Raquel Lyra já consideram que ela seria um excelente nome para disputar o governo de Pernambuco em 2022. Apesar de ter credenciais para postular o cargo, Raquel nega qualquer intenção e diz que sua prioridade é a cidade de Caruaru.

Ouricuri – Candidato à reeleição, o prefeito Ricardo Ramos (PSDB), pode quebrar um tabu na cidade ao ser o primeiro político a ser reconduzido em Ouricuri. No início da semana Botinha Coelho (SD) foi substituído pelo seu filho, Victor de apenas 23 anos. A proibição se deu porque Botinha é cunhado do atual prefeito, portanto, inelegível, o que foi interpretado na cidade como um cenário favorável ao atual gestor.

Inocente quer saber – Qual candidato ou candidata teve mais prejuízo com a proibição de campanha de rua no Recife?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: coluna edmar lyra, Eleições 2020, fernando filho, Folha de Pernambuco, joaquim francisco, mendonça filho, política, priscila krause, raquel lyra

  • « Página anterior
  • 1
  • …
  • 42
  • 43
  • 44
  • 45
  • 46
  • …
  • 130
  • Próxima página »

Siga-me nas redes sociais

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Twitter

 

Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

Saiba mais

Siga-me nas redes sociais

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Twitter

Lista de Links

  • Celebridades
  • Minha Saúde
  • Nocaute
  • Radar dos Concursos
  • Torcida

Copyright © 2025 · Atlas Escolar On Genesis Framework · WordPress · Login