O futuro do PDT em Pernambuco após rompante de Ciro Gomes
Na semana passada, o pré-candidato a presidente da República, Ciro Gomes, decidiu atacar o ex-presidente Lula, de quem foi ministro da Integração Nacional. O tom beligerante de Ciro contra o líder nas pesquisas não passou despercebido em Pernambuco e poderá trazer desdobramentos na conjuntura eleitoral de 2022.
Atualmente o PDT integra a Frente Popular, indicando a vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, e aliados na capital e no estado. A conjuntura de ataques ao PT poderá dificultar a situação do PDT na Frente Popular e consequentemente prejudicar o partido nas eleições para deputado federal e estadual.
Nas eleições de 2014 e 2018 o partido passou por situações semelhantes, e mesmo sendo aliado prioritário do PSB, teve que estar formalmente em outros palanques, exatamente por conta da conjuntura nacional. Nas duas ocasiões, Wolney Queiroz acabou escapando, sendo reeleito para a Câmara dos Deputados. Mas em 2022, a situação poderá não ser tão fácil. O partido possui atualmente dois deputados federais, o próprio Wolney e Túlio Gadelha, que acabou sendo uma das surpresas da última eleição, mas naquela conjuntura havia o advento da coligação proporcional, o que não se repetirá em 2022.
Mantidas as votações de Túlio e Wolney Queiroz, eles teriam cerca de 160 mil votos, o que seria suficiente para garantir apenas uma vaga em Brasília, o que suscita dúvidas se os dois permanecerão na sigla, uma vez que há rumores de possível filiação de Túlio Gadelha ao PT ou ao PSOL. Não é apenas a questão proporcional que preocupa o partido, também há uma forte expectativa para o destino da sigla, que se porventura for obrigada a deixar a Frente Popular pelo projeto nacional, terá que decidir se viabilizará um projeto próprio ou se avançaria para um projeto oposicionista, que poderia ser o do pré-candidato do União Brasil a governador, Miguel Coelho, cabendo ao PDT até mesmo a possibilidade de uma candidatura majoritária de senador ou vice.
Reeleita – A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, foi reeleita para o cargo de presidente nacional do PCdoB. A pernambucana está na presidência da sigla desde 2015 e foi a primeira mulher presidir a agremiação. Caberá a Luciana a decisão sobre qual partido o PCdoB realizará a federação, se o PT ou se será o PSB.
Adiamento – A CPI da Pandemia no Senado adiou o último depoimento marcado para esta segunda-feira para o dia de amanhã. Com isso a leitura do relatório final fica sem data determinada para apresentação. A decisão foi de Omar Aziz, presidente da CPI, e de acordo com Renan Calheiros, relator, o adiamento ajudará o grupo a chegar a um denominador comum.
Homenagem – Ao completar 77 anos de idade no último sábado, o secretário-geral do PSB, Adilson Gomes foi homenageado pelo partido pela passagem do seu aniversário e também pelos mais de 50 anos de vida pública, tendo contribuído diretamente para o fortalecimento do partido em Pernambuco, ao lado de Jarbas Vasconcelos, Miguel Arraes e Eduardo Campos.
Inocente quer saber – Para onde irá o PDT de Pernambuco?


Túlio Gadêlha foi desrespeitoso com PDT e Adriana Rocha
O deputado federal Túlio Gadêlha já sabe desde a semana passada que não será candidato a prefeito do Recife e que o PDT estará na base de João Campos, porém segue fazendo firula, prorrogando o prazo para anunciar o que todo mundo já sabe. O objetivo é se manter na mídia e se cacifar, mas nos bastidores tem buscado cargos junto ao PSB.
Bancada federal não crê em candidatura de Túlio Gadêlha 
Adversários mostram cartão de visitas a Patrícia Domingos 
O presidente do PDT do Recife e deputado federal Túlio Gadêlha oficializou a sua pré-candidatura à Prefeitura do Recife nas eleições deste ano. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira (29), na Galeria Garrido.
O fator Bolsonaro nas eleições do Recife
A experiência de Mendonça para ser o nome da oposição no Recife
O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) protocolou, nesta quinta-feira (02), o projeto de lei 3602/20, que proíbe a realização de comícios e eventos que gerem aglomerações na campanha eleitoral, enquanto perdurar o estado de emergência de saúde pública por causa da pandemia de Covid-19. O projeto, contudo, não pretende fazer uma alteração permanente na legislação eleitoral, mas uma mudança pontual em decorrência da pandemia e da recomendação sanitária de evitar aglomerações.