Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 23:51 pm do dia 31 de agosto de 2012 Deixe um comentário

O conto da carochinha.

Por Terezinha Nunes

Quem está assistindo ao guia eleitoral do Recife este ano já fez uma constatação óbvia: Lula e Eduardo aparecem mais no horário destinado ao PT e ao PSB do que os candidatos Humberto Costa e Geraldo Júlio.

De repente o padrinho assumiu o lugar do afilhado, demonstrando que, ou os dois candidatos não tem competência para se apresentar à população, ou a política virou um conto da carochinha e o eleitor anda submetido ao papel bobo da corte.

Nem a experiência frustrada neste mandato quando o prefeito João da Costa foi eleito por apadrinhamento e acabou amargando altos índices de rejeição, teve o poder de estabelecer um semancol na classe política recifense.

Em que isso vai dar? É impossível imaginar, embora estejamos a pouco mais de um mês de eleição, mas que é esquisito não há sombra de dúvida.

Recife que já teve como governantes homens de força pessoal inquestionável como, só para citar alguns, Pelópidas Silveira, Miguel Arraes, Joaquim Francisco, Roberto Magalhães e Jarbas Vasconcelos, dá a impressão de que agora só tem, no caso dos partidos citados, figuras menores para disputar o voto.

Sabemos que isto não é verdadeiro. Tanto Geraldo Júlio tem qualidades pessoais inquestionáveis como Humberto Costa é nada menos que um senador do nosso estado. De repente, porém, parece – e isso só os cientistas políticos vão poder explicar depois do resultado do pleito – que sem um padrinho ninguém se salva.

O mais grave é que esta situação inusitada que em Recife ganhou ares peculiares por conta da briga entre o PT e o PSB que colocou de um lado o ex-presidente Lula e do outro o governador, algo inimaginável até bem pouco tempo, está se reproduzindo em outros centros importantes.

No desespero diante do julgamento do mensalão, da crise econômica e uma certa fadiga de material, o PT agarrou-se a Lula, que está doente e de voz quase inaudível, como uma tábua de salvação e como se ele fosse um verdadeiro milagreiro, capaz de levantar defunto.

No Nordeste, onde Lula é realmente muito popular, isso não seria de admirar mas o inusitado é que o ex-presidente está ocupando também o horário eleitoral de Fernando Haddad em São Paulo e Patrus Ananias, em Belo Horizonte, ambos candidatos petistas.

“Às vezes eu temo que as pessoas achem que Lula é o candidato e não o Patrus” retrucou esta semana o candidato da coligação PSB/PSDB em Belo Horizonte, prefeito Marcio Lacerda, mostrando preocupação com o apadrinhamento.

Em São Paulo a candidata a prefeita pelo PPS, Soninha Francine, disse sobre o mesmo tema que “Lula alçou e ampliou o significado de padrinho a patamares nunca vistos na história deste País”.

É preciso acrescentar que, não satisfeito, Lula também tem requisitado outros padrinhos para acompanhá-lo nesta empreitada. Um deles, o mais rejeitado de todos, o deputado federal Paulo Maluf, impedido de sair do País para não ser preso pela Interpol, posou na frente da sua casa em São Paulo ao lado do ex-presidente e do apadrinhado Haddad.

A eleição de 2012 virou, pelo visto, um salve-se-quem-puder.

Para se manter ou alcançar o poder vale tudo. Os candidatos mesmo estão virando meros coadjuvantes.

Ou a população reage e dá a padrinhos e afilhados uma lição de moral, rejeitando a embromação, ou estamos todos perdidos.

CURTAS

Sem força – O resultado das últimas pesquisas no Recife, com Geraldo Júlio encostando em Humberto Costa, demonstra que se Lula permanecer na televisão apenas pedindo votos para Humberto e fazendo críticas metafóricas ao PSB não será capaz de reverter a tendência de queda do petismo na capital.

Coronelismo – Ao passar por Serra Talhada esta quinta-feira em apoio ao candidato do PT, Luciano Duque, o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, disse, com todas as letras – “queremos encerrar com décadas de coronelismo em Serra Talhada” – referindo-se ao deputado federal Inocêncio Oliveira, padrinho e tio do candidato a prefeito pelo PSB, Sebastião Oliveira. E deu mais uma alfinetada ao ser lembrado que Inocêncio é aliado do PT a nível nacional : “muita gente que sempre foi nosso adversário, agora aparece de amiguinho” .

Poder econômico – candidato do PT a prefeito de Paulista, Sérgio Leite, prepara arsenal para denunciar abuso do poder econômico pelo candidato do PSB no município, o vereador Júlio Matuto. Quem viu o material diz que vem carga pesada por aí.

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Postado por Edmar Lyra às 3:51 am do dia 26 de maio de 2012 111 Comentários

Verdade, ainda que tardia.

Por Terezinha Nunes

Recentemente, o general Jorge Videla, um dos comandantes da Ditadura Militar argentina entre 1976 e 1983, e, atualmente, cumprindo prisão perpétua por “crimes contra a humanidade”, admitiu que durante o regime de exceção naquele país foram executadas de 7 a 8 mil pessoas, e que as Forças Armadas deram um jeito de sumir com os corpos para evitar protestos.

Os militares argentinos não só sumiram com os corpos, como confessou Videla, mas também entregaram, em adoção, a casais amigos, filhos dos militantes citados e, como se denunciou depois, jogaram no mar muitos desses corpos de que falou o general.

A ditadura militar brasileira iniciada em 1964 – muito antes da Argentina – e praticamente encerrada em 1985, com as eleições diretas, foi, infinitamente, mais branda, em termos de mortes de militantes, que a do nosso vizinho país.

Não se conhece história por aqui de corpos lançados ao mar, por exemplo, mas, há poucos dias, o ex-delegado do DOPs , Cláudio Antonio Guerra, publicou um livro de memórias dizendo que, em 1973, pelo menos uma dezena de corpos de militantes de esquerda, mortos pela ditadura, foram incinerados em uma usina de açúcar no norte do Rio de Janeiro.

Ninguém até agora contestou a informação bombástica do ex-delegado e a sua confissão ganhou credibilidade maior quando se sabe que muitas das pessoas que desapareceram na época nunca foram encontradas, embora suas famílias até hoje lutem por isso, como é o caso dos parentes do militante pernambucano Fernando Santa Cruz.

Com a decretação da anistia, que significa perdão de lado a lado, foram ficando para trás as iniciativas visando a apuração sobre o que aconteceu nos porões da ditadura militar brasileira.

Está certo que ninguém mais poderá ser punido, de acordo com a lei, mas as famílias, sobretudo aquelas que não sabem onde chorar seus mortos, têm o direito de saber o que aconteceu com eles e onde se encontram os corpos.

É necessário também que as pessoas, sobretudo as que nasceram ou cresceram na época, saibam o que houve na guerra sem fronteiras entre direita e esquerda para que as atrocidades não sejam repetidas.

Desta forma há de se louvar a atitude do governo federal, através da presidente Dilma, de criar a Comissão da Verdade que, vai, na medida do possível, apurar o que ocorreu e que contou, em seu lançamento, com o apoio e a presença de ex-presidentes, com destaque para Lula e Fernando Henrique Cardoso.

Era de se esperar a reação de militares da reserva que, na época, frequentaram os porões da ditadura, a esta iniciativa e que viesse, como veio, carregada de acusações de revanchismo.

Ou de cobranças de investigações “dos dois lados”. O próprio ex-ministro Nelson Jobim assim se pronunciou mas foi bem contestado pelo professor Oscar Vilhena Vieira, diretor da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas para quem “a esquerda já foi julgada, condenada e já cumpriu pena”.

Realmente não se conhece um só caso de militar acusado de tortura ou assassinatos que tenha sido punido. Já na esquerda os processos foram inúmeros. Vilhena registra que, só em São Paulo, mais de 3 mil processos foram abertos contra militantes de esquerda. Todos julgados.

Mas, como em toda regra há exceções, é possível que o atentado a bomba do Aeroporto dos Guararapes seja enfim elucidado até para se saber afinal se foi originado na direita ou na esquerda, como já se chegou a especular.

CURTAS

De Volta

O mais influentes dos secretários do prefeito João da Costa, André Campos, de turismo, deixa a equipe municipal no final deste mês. André vai reassumir o mandato de deputado estadual. A versão que corre na Assembleia é que ele pode vir a se candidatar a prefeito de Jaboatão, pelo PT . André não confirma oficialmente esta versão.

Bobo da corte

O secretário estadual Maurício Rands foi chamado pelos partidários de João da Costa de “ bobo da corte”, pelo fato de ter dito que teria o apoio de Lula, Dilma, e de todos os partidos da frente popular em sua campanha para as prévias, sem que isso tenha sido confirmado. Agora, pelo resultado da reunião que anulou as prévias sem que ficasse constatada qualquer fraude, ficou claro que mais gente importante do que se pensa estava do lado de Rands.

Independência

Embora ainda escute bastante o senador Jarbas Vasconcelos, o deputado federal Raul Henry está cuidando de abrir caminhos para consolidar sua candidatura a prefeito do Recife de forma independente do seu principal padrinho político. Vai, aos poucos, demonstrando que deseja alcançar um outro patamar na política: o de condutor do processo.

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Postado por Edmar Lyra às 2:32 am do dia 16 de março de 2012 Deixe um comentário

Coluna Gazeta Nossa terceira dezena de março.

O objetivo de Armando Monteiro.

O senador Armando Monteiro (PTB) tem defendido uma candidatura alternativa na Frente Popular para a Prefeitura do Recife em detrimento da unidade em torno do prefeito João da Costa que legitimamente disputará a reeleição. A finalidade do senador é utilizar o pleito de 2012 como termômetro visando a eleição de 2014. Não passa pela cabeça do senador a possibilidade de ser candidato a prefeito do Recife porque sua atuação nunca foi metropolitana. Desde 1998, quando foi eleito deputado federal pela primeira vez, que Armando tem expressivas votações nos grotões. Também não seria interessante pra ele se candidatar a prefeito do Recife e automaticamente sair da disputa de 2014. O foco do petebista é ser governador de Pernambuco em 2014. Lançando uma candidatura alternativa como a de Fernando Bezerra Coelho (PSB) ou trocar o prefeito João da Costa pelo senador Humberto Costa (PT) seria afunilar o processo de escolha do candidato a sucessor de Eduardo Campos em 2014, afinal a lista tríplice passa pelo ministro Fernando Bezerra Coelho, o senador Humberto Costa e o próprio Armando Monteiro. Se Fernando Bezerra Coelho disputar e vencer a PCR, sai de 2014 e o processo se afunila entre os dois senadores, com argumentos favoráveis a Armando por ter sido o mais votado em 2010, pelo PT ter o governo federal e o PSB ter a PCR. Já com Humberto na prefeitura, a disputa entre Fernando Bezerra Coelho e Armando Monteiro pela indicação de Eduardo também seria, em tese, favorável ao petebista, porque o ministro poderia disputar o Senado. Porém, faltou Armando combinar com Eduardo. Como provavelmente o governador não deixará isso ocorrer, porque sabe que 2014 será antecipado e não é interessante pra ele, o senador Armando Monteiro não tem outra saída a não ser a de romper com a Frente Popular para se consolidar como candidato da oposição ao governo do estado. Afinal, a cabeça de chapa de 2014 vai ser do PSB e Eduardo não abre mão disso.

Desistiu – A ex-deputada Terezinha Nunes desistiu de ser candidata pelo PSDB a prefeitura de Olinda. Com isso, o PSDB deverá engrossar o cordão dos que apoiam a reeleição do prefeito Renildo Calheiros.

Impasse – A filha do deputado Carlos Santana (PSDB) está namorando com o filho do governador Eduardo Campos (PSB). O governador está sendo cobrado por aliados a apoiar o candidato do prefeito Pedro Serafim (PDT), o vereador Romero Sales (PMDB) contra Carlos Santana na disputa em Ipojuca. E o governador, como fica?

André Gomes – Renata André Gomes, filha do ex-deputado Moacir André Gomes jogou a toalha e não disputará mandato de vereadora, apoiará o irmão mais uma vez: Vicente André Gomes (PSB) que tentará a reeleição.

Cláudio Carraly – Depois que saiu do secretariado do prefeito Elias Gomes, Cláudio Carraly (PCdoB) saiu enfraquecido. Era tido como nome certo para a Câmara Municipal, agora virou dúvida. 

PSD – No próximo dia 31, o ex-deputado André de Paula comandará grande evento para receber o prefeito Gilberto Kassab, líder do Partido Social Democrático. Será no Clube Líbano.

DEM – Sem respaldo por ter apenas 27 deputados federais e 5 senadores, o DEM reivindicou a vice de José Serra em São Paulo, e em troca do apoio ao tucano, solicitou o apoio do PSDB aos seus candidatos em algumas capitais, inclusive no Recife.

PSDB – Faltou combinar com Sérgio Guerra, que apoia irrestritamente a candidatura de Daniel Coelho e não abre. Essa proposta do DEM beira o ridículo.

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Postado por Edmar Lyra às 1:58 am do dia 10 de março de 2012 104 Comentários

Saúde doente.

Por Terezinha Nunes
                 
Em janeiro de 2010, quando estava no Recife inaugurando uma das primeiras UPAS construídas na capital, o então presidente Lula fez piada : “dá até vontade de a gente ficar doente para ser atendido aqui” – afirmou o presidente que depois precisou de cuidados médicos no Recife  e teve mesmo que recorrer ao Hospital Português.
                 
O caminho do ex-presidente, da UPA para o Português, foi registrado pela imprensa nacional e acabou servindo de cobrança da população cansada de reclamar da péssima assistência garantida pelo SUS nas milhares de unidades espalhadas pelo país.
                
O ocorrido com Lula serve de parâmetro para explicar a razão da mais recente pesquisa realizada pelo próprio Governo Federal para medir a excelência do SUS, ter reprovado o sistema. Ouvidos, os brasileiros informaram que dariam, em média, nota 5,4 ao atendimento recebido do sistema de saúde pública brasileiro.
                
Em todo o país a pesquisa causou constrangimento aos governadores e prefeitos aliados da presidente Dilma e o prefeito do Rio, a cidade com pior média, Eduardo Paes, chegou a criticar abertamente o ministro Alexandre Padilha por sequer tê-lo informado da situação antes de divulgar a pesquisa para a imprensa.
               
Em Pernambuco, o governador Eduardo Campos não chiou oficialmente mas não deixou de causar perplexidade o fato de o nosso estado ter ficado em um preocupante 16.o lugar no ranking dos 27 estados onde o SUS foi avaliado. Ou seja, mesmo que o governo pernambucano divulgue diariamente que investe muito na saúde, o povo ainda não sentiu de forma significativa a diferença.

Onde estaria o gargalo da situação? Na verdade, é forçoso concordar que o atual governador tem investido bastante na saúde, inclusive testando um sistema criado nas administrações do PSDB em São Paulo e que lá têm dado certo como é o caso da entrega dos hospitais a OS – Organizações Sociais –  privatizando o atendimento.
              
É cedo para avaliar a face pernambucana das OS na saúde mas parece claro que o buraco é muito mais embaixo. Há falta de médicos e de enfermeiros em todo o estado e isso não se resolve só com gestão e com prédios novos. Aqui, por sinal, se optou por construir novos hospitais e deixar os antigos funcionando de forma precária, o que pode estar onerando ainda mais o sistema.

No momento em que os dois sistemas – privado e público – funcionam concomitantemente, a tendência é que os profissionais funcionários públicos que ganham bem menos acabem migrando para o setor privado onde recebem mais, apesar da verba sair do mesmo cofre.
            
Com isso, como os novos hospitais e Upas  não são suficientes para atender a todos, acabam socorrendo apenas uma minoria. A grande massa tem mesmo que penar nas unidades 100% públicas onde a carência é enorme. E, na hora da pesquisa, é o SUS que paga.
            
Além disso, muitos municípios aproveitaram a presença das UPAS para fechar unidades que antes atendiam a população de forma mais espalhada, chegando mais perto das residências.
             
Os prefeitos, por sua vez, se queixam de que não estão encontrando médicos para atender a população com os salários que podem oferecer – a nível de serviço público – concorrendo com os que recebem, do estado, a nível de empresa privada, embora servindo também ao setor público.
             
Ou seja, uma equação difícil de fechar. E enquanto estes impasses não forem contornados é difícil saber se os grandes investimentos feitos na saúde estão dando ou darão, no futuro, o resultado desejado. Esperamos que sim.

CURTAS

Torcida

Pessoas que estiveram recentemente com o senador Jarbas Vasconcelos saíram convencidas de que ele torce para que o deputado federal Raul Henry consiga se viabilizar como candidato a prefeito do Recife. Jarbas já tinha jogado a toalha sobre o assunto afirmando que Henry não estava mostrando disposição mas depois que o deputado conversou com o vice-presidente Michel Temer voltou a Pernambuco com outro ânimo.

Danilo

Já no lado governista se fala cada vez mais que o governador tem outra carta na manga no PSB para colocar na disputa recifense: o secretário das cidades, Danilo Cabral, que dirige a secretária responsável pelas obras de mobilidade da Copa no Recife. No PT, havendo mudança, sua preferência seria pelo também secretário, Maurício Rands.

Emaranhado

A verdade é que, pelo que se observa, a sucessão no Recife ainda não é jogo jogado. Nem mesmo nas preliminares. Na hora em que João da Costa é contestado de todas as formas – dentro e fora da aliança governista – tornando-se um caso raro de prefeito que pode perder o direito de disputar a reeleição, tudo pode acontecer. Inclusive nada. Ou seja, João da Costa ser escolhido com a benção de todos os governistas.           

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Postado por Edmar Lyra às 3:28 am do dia 25 de fevereiro de 2012 113 Comentários

Uma estranha no ninho.

Por Terezinha Nunes

Sob aplausos gerais, a Lei da Ficha Limpa vai valer a partir da eleição deste ano, conforme decisão majoritária do Superior Tribunal Federal (STF). Isto significa – e não cabe recurso – que a maior instância judiciária do país resolveu banir da vida eleitoral os chamados candidatos ficha-suja, ou seja, aqueles que cometeram ilícito e foram considerados culpados por um colegiado de julgadores, no caso, juízes, desembargadores ou ministros dos tribunais superiores.

Em qualquer país democrático tal providência, que há muito deveria ter sido tomada, merece celebração. Principalmente no Brasil onde a população, mesmo sabendo que alguém é desonesto, o elege e, muitas vezes, o aplaude. Está aí o caso do deputado federal Paulo Maluf condenado diversas vezes e eleito para vários mandatos no principal estado do país que é São Paulo.

Há que se destacar, todavia, que é preciso que o Poder Judiciário passe a ter, a partir de agora, ainda mais cuidado no julgamento das pessoas acusadas de malfeitos no serviço público. Condenar inocentes é dez vezes mais reprovável do que absolver culpados. Não há reparo que consiga apagar da mente de um inocente uma condenação injusta da justiça ou da sociedade.

E analisando-se os julgamentos anteriores à vigência da lei que agora, por força da retroatividade, vão ser considerados como decisivos, há claros sinais de que houve excessos de muito difícil correção.

Assim, em 2012, além de pessoas que sabidamente e comprovadamente se locupletaram dos recursos públicos, vão deixar de ter direito a concorrer pessoas que, por erros de interpretação da legislação, acabaram sendo vítimas da caneta implacável de alguns julgadores.

Em Pernambuco, é preciso que se faça menção à ex-prefeita de Olinda, Jacilda Urquiza. Embora tenha decidido não participar da eleição de 2012 como candidata antes mesmo do pronunciamento do STF, Jacilda seria considerada hoje tão culpada quanto o mais corrupto dos políticos que estarão impedidos de se candidatar.

E o que teria feito ela para sofrer tal restrição? Apenas ter usado recursos de um convênio com o Governo Federal, repassados à Prefeitura, para pagar parte do 13.o salário dos servidores da município no último ano do seu mandato como prefeita.

Por onde seu processo andou, Jacilda, que sempre foi e continua sendo uma pessoa de classe média, ao contrário de muitos que ficaram ricos no serviço público, conseguiu comprovar, e isso foi atestado por juízes e desembargadores, que nenhum tostão da Prefeitura foi parar no seu bolso. Os recursos do convênio transferidos para a folha de pessoal foram inteiramente entregues aos servidores municipais.

Claro que o uso de recursos de uma rubrica em outra é vedado no serviço público mas pode alguém que comete este ato falho ser tão culpado quanto aquele que fraudou, manipulou e desviou recursos públicos para o seu próprio bolso?

O ideal seria que para cada deslize cometido a pena correspondesse à dimensão do que foi praticado. Assim sendo, os que cometessem erros de interpretação, como foi o caso, poderiam ficar fora de uma eleição, serem multados ou advertidos, jamais banidos do processo eleitoral, como se está querendo fazer a partir de agora.

Jacilda sequer foi multada pela Justiça pois seus julgadores entenderam que ela não se beneficiou do deslize praticado.

Tudo bem que, por problemas pessoais que cabe a todos respeitar, Jacilda tenha decidido não mais concorrer mas isso não impede que lhe seja feito justiça e que a ela se devolva o direito de disputar.

CURTAS

Desencanto

Augusto Coutinho, um dos mais destacados dos deputados estaduais da última legislatura em nosso estado, por seus pronunciamentos, trabalho nas comissões e projetos aprovados, está desencantado com o mandato de deputado federal. Já avisou a diversos amigos que em 2014 pretende voltar a se candidatar a deputado estadual.

Recorde

O prefeito de Vertentes, Romero Leal, do PSDB, que está concluindo o seu segundo mandato, é o mais aprovado da atual geração de prefeitos pernambucanos. Tem mais de 90 por cento de bom e ótimo. Tem todas as chances de eleger o seu sucessor.

Clássico

Será um clássico a eleição municipal deste ano em Gravatá. Os pré-candidatos Joaquim Neto (PSDB), Bruno Martiniano (PTB) e o atual prefeito Ozano Brito (PSD), que deve disputar a reeleição, vão travar uma luta renhida em busca do voto. Joaquim já foi prefeito reeleito e Martiniano tenta há três eleições seguidas chegar ao poder municipal.

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Postado por Edmar Lyra às 4:18 am do dia 18 de fevereiro de 2012 66 Comentários

Carnaval Alto Astral.

Por Terezinha Nunes

Com a onda negativa que caiu sobre a Bahia em função da greve dos policiais militares nas vésperas do carnaval, os baianos não tiveram direito este ano sequer à monumental abertura da festa que faziam no início da semana pré, ganhando espaçosos espaços na mídia nacional. No seu lugar, brilharam as Virgens de Olinda e até o Cabeça de Touro que, aos 25 anos, foi finalmente apresentado ao Brasil.

Mas, apesar da greve ter incomodado o turismo baiano agora, a verdade é que Pernambuco vem, de forma sorrateira, desbancando a Bahia no carnaval desde a década de 90 quando o cenário era de desolação e carnaval mesmo só se via em Olinda e no desfile do galo que não tinha nem de longe o esplendor que exibe hoje. Os foliões acabavam indo passar o feriado na praia.

Das prévias de clube só sobrevivia o Municipal porque era uma promoção estatal. O Bal Masqué, que tem quase 100 anos, por pouco não se acaba. Chegou a reunir pouco mais de 200 pessoas na segunda metade da década de 90.

Não havia clima. Recife estava de baixo astral, como afirmou em sua campanha para prefeito em 1992 o hoje senador Jarbas Vasconcelos.

Eleito, Jarbas criou como símbolo da cidade o famoso “coquinho alto astral”, que virou ícone do carnaval e das demais festas tradicionais e iniciou um processo de recuperação do carnaval que até hoje só faz se expandir.

Em primeiro lugar, atraindo a classe média para dentro do galo com a criação do pólo da Guararapes, os camarotes e a majestosa figura do galo gigante, colocada no rio Capibaribe e, logo depois, transferida para o seu lugar atual, a ponte Duarte Coelho. O bloco, que já arrastava multidões, acabou crescendo tanto que passou a figurar no Guiness Book, como o maior bloco de carnaval do mundo.

Também nesta época a recuperação da rua do Bom Jesus, no Recife Antigo, trouxe de volta às ruas da capital os blocos tradicionais que não mais desfilavam com medo da violência ou por absoluta falta de público.

Como governador, Jarbas continuou a sua investida em busca de conferir brilhantismo ao carnaval pernambucano. Foi quando se deu  destaque nacional a carnavais tradicionais do interior, mas claudicantes na época por falta de apoio, como o dos Papangus de Bezerros, os caiporas de Pesqueira, e os  caretas de Triunfo. Em Nazaré da Mata, terra do maracatu rural, criou-se um pólo de desfile de maracatus que hoje atrai milhares de turistas. [Ler mais …]

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Postado por Edmar Lyra às 1:28 am do dia 12 de fevereiro de 2012 22 Comentários

Porto Digital deixa a Bahia para trás.

Por Terezinha Nunes

O estado de Pernambuco, que começou a recuperar sua auto-estima desde o ano de 2003, quando, após décadas de entraves, passou a crescer mais do que o Brasil, deixou o Ceará para trás e começou a ameaçar economicamente a Bahia, ganhou esta semana uma homenagem especial nas palavras do respeitado jornalista Gilberto Dimenstein, da Folha de São Paulo.

No artigo “Salvador é uma mentira”, em que se referia aos atuais vexames baianos com uma greve na polícia que ameaça o carnaval, Dimenstein afirmou que, por falta de oportunidades em sua terra natal, os “cérebros” de Salvador – pessoas altamente qualificadas em suas áreas – migraram para o Sudeste, sobretudo para Rio e São Paulo – citou como exemplo os publicitários – deixando um vazio na cidade difícil de preencher.

Ele próprio, que é baiano e integra a imprensa paulista como um dos seus mais importantes componentes, fez um contraponto a tudo isso, citando Pernambuco e o Recife que, conforme ressaltou, criaram o “Porto Digital”, segurando por aqui alguns dos melhores talentos e tornando o nosso estado em um “exportador de software”.

Elogios ao Porto Digital são comuns hoje em dia mas talvez Dimenstein tenha conferido a esta iniciativa do ex-governador Jarbas Vasconcelos, continuada pelo governador Eduardo Campos, o verdadeiro sentido de sua importância que é a de fazer Pernambuco ser reconhecido não só pela pujança econômica atual, ou pela incomensurável cultura que tem, mas como um verdadeiro estado do futuro e de ponta em uma área que é o top de linha nos avanços tecnológicos da atualidade. [Ler mais …]

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Postado por Edmar Lyra às 21:43 pm do dia 5 de fevereiro de 2012 114 Comentários

Coluna Gazeta Nossa segunda dezena de fevereiro.

O candidato de Eduardo é João da Costa.

O prefeito João da Costa foi eleito por imposição do hoje deputado federal João Paulo, Eduardo Campos em 2008 ainda estava no início do seu governo e seu papel na eleição do Recife foi secundário, considerando a aprovação do então prefeito. Reeleito com esmagadora votação para o Governo de Pernambuco, Eduardo ganhou ares de protagonista para as eleições deste ano em todo o Brasil e principalmente no Recife. Com 93% de aprovação, o governador sabe que tem respaldo suficiente para investir em qualquer candidatura que esta terá boas chances de obter êxito. Lançar Fernando Bezerra Coelho seria abdicar de um ministério importante. Humberto Costa ou João Paulo seria como criar cobra em seu quintal , enquanto Maurício Rands teria que ter sua candidatura construída, o que seria um pouco difícil. Além do mais, tirar o prefeito que tem direito a disputar a reeleição seria traumático e criaria fraturas já para esta eleição no arco de forças que compõem o seu governo, o que poderia prejudicar o seu projeto de fazer o sucessor em 2014. Eduardo, águia política, sabe que pode muito bem eleger João da Costa apenas com a tese do andor. João da Costa reeleito seria uma vitória pessoal do governador e uma derrota do PT de João Paulo e Humberto Costa. Uma vez reeleito, João da Costa não seria ameaça ao projeto do governador para 2014, afinal, terá ciência que só continuou na prefeitura por causa do socialista. Então rezaria pela sua cartilha até o fim. Se porventura João da Costa não obtiver êxito no pleito de outubro, a derrota não será debitada na conta de Eduardo e mesmo assim o PT continuaria sob a égide do governador porque havia perdido sua vitrine no estado. Quanto aos ensaios de Armando Monteiro, Cadoca, Paulo Rubem e alguns outros, não passam de um mero blefe. Eles querem novas garantias tanto junto ao prefeito quanto ao governador. Nenhum desses tem capacidade para peitar o governador agora. E não irão fazê-lo por mero capricho porque sabem que podem cavar sua sepultura política.

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Postado por Edmar Lyra às 3:37 am do dia 4 de fevereiro de 2012 1.298 Comentários

As damas de ferro Dilma e Thatcher.

Por Terezinha Nunes

Agindo com desenvoltura mas também com pulso forte, a ex-primeira ministra da Inglaterra, Margaret Thatcher, cuja história de vida inspirou o enredo do filme “A Dama de Ferro”, um dos concorrentes ao Oscar deste ano, foi protagonista de um novo estereótipo feminino: o da mulher que, num mundo de homens, age como se um deles fosse, deixando de lado a vida sentimental e a capacidade de agir com doçura, como fazem, em geral, as mulheres.

Até Margaret Thatcher se firmar diante do mundo, costumava-se explorar um outro estereótipo feminino que ganhou as manchetes nos anos 60 através de outra figura pública, a atriz Marilyn Monroe. Dizia-se que Marilyn era a chamada “loura burra”, ou seja, a mulher que usa a beleza para subir na vida, tentando suprir com atributos físicos uma notória pobreza intelectual.

Entre a “loura burra” e a “dama de ferro” escondem-se maneiras diferentes de discriminação ao papel das mulheres no mundo contemporâneo onde elas ganham, cada vez mais, espaço e visibilidade.

No caso da primeira ministra, porém, como ela sempre foi uma conservadora política britânica se associou sua imagem de intransigência ao seu partido e à direita, tanto que Margaret até hoje não tem o relevante papel que exerceu na história do seu país reconhecido pelas feministas. Razão: o movimento feminista surgiu no meio de grupos intelectuais de esquerda e um esquerdista morre mas não reconhece algo bom do outro lado da cerca.

Agora, porém, pelo que se diz e escreve, a esquerda passou a ter sua Margaret Thatcher: a presidente Dilma Rousseff. Não há um só dia – e isso vem crescendo cada vez mais – que uma história atribuída a um deputado, senador, governador ou mesmo ministro e outros auxiliares não seja contada ou escrita, mostrando o pavio curto da presidente. Algumas, se verdadeiras, passariam do simples puxão de orelhas para o perigoso terreno da ignorância ou da má educação, ambas condenáveis, quer praticadas por homens ou por mulheres.

Se Dilma tem ou não tem, como Margaret Thatcher, a capacidade de se revelar uma grande administradora é coisa que só tempo poderá mostrar, mas a pura exploração de suas descomposturas pode se mostrar prejudicial à sua imagem e à das mulheres em geral, sobretudo no campo da política.

Há muito mais a se dizer contra ou a favor da presidente que simplesmente relatar seu lado “dama de ferro”.

O mais importante seria cobrar uma preocupação maior com a educação – em pandarecos – a saúde – que claudica – a segurança – que amedronta – e o combate ao tráfico de drogas, que tira a perspectiva de futuro para os nossos jovens. Não há uma mulher, sobretudo mãe, que não se preocupe com as crianças e a juventude e a presidente está deixando a desejar neste campo.

Também se poderia cobrar da presidente que usasse a mão firme para, de uma vez por todas, acabar com o uso da máquina pública para benefício próprio de políticos e de partidos.

Seria difícil imaginar uma Margaret Thatcher convivendo com isso. Tudo bem que Inglaterra e Brasil são países muito diferentes, inclusive em nível de vida e história, mas Thatcher ganhou fama por ter ido muito mais além do que uma característica masculina que parecesse ter.

CURTAS

Fogo amigo

O senador Armando Monteiro trabalha dia e noite para rifar a candidatura à reeleição do prefeito João da Costa. É estranho, porém, que seu trabalho tenha ganho reforço exatamente depois que outro político governista abandonou o mesmo papel: o ministro Fernando Bezerra. A troca foi bem feita. Armando pode agir com muito mais desenvoltura que FBC pois não é nem tem ministro no governo Dilma. Também não depende do PT.

Segurança

Embora os atuais policiais não sejam suficientes para garantir tranqüilidade nas ruas, o Governo do Estado fez concurso em 2009 para a PM, 3812 candidatos foram aprovados e treinados e somente 2.200 foram até agora convocados para exercer a função de soldado. O pior é que os 1.612 que faltam pediram demissão de empregos anteriores ou gastaram tudo que tinham para cumprir o treinamento. Estão a ver navios.

Vereadores

Embora as Câmaras Municipais possam ampliar o número de vereadores para fazer jus à legislação que estabelece um número “x” de vereadores para cada grupo de habitantes de um município, algumas câmaras estão se recusando a fazer isso para não ter que dividir o butim. É que a ampliação não significa a elevação das verbas para o legislativo. O orçamento continua o mesmo. Candidatos a vereador ensaiam reação em algumas cidades pois consideram que os atuais vereadores estão legislando em causa própria.

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Postado por Edmar Lyra às 23:44 pm do dia 27 de janeiro de 2012 Deixe um comentário

Transporte público: de quem é a culpa?

Por Terezinha Nunes

Enfrentando as primeiras dificuldades do segundo mandato, quando a própria equipe não tem mais o fôlego nem o entusiasmo dos primeiros quatro anos e a base aliada começa a apresentar sinais de fadiga, o governador Eduardo Campos acabou acusado de ditatorial por estudantes que, durante três dias, tomaram as ruas do Recife esta semana e enfrentaram a polícia, protestando contra o reajuste das passagens de ônibus.

Em qualquer administração esta é uma questão crítica e por mais que os governos justifiquem os reajustes como necessários para repor as perdas da inflação, a reação vem.

Mas o que mais impactou na movimentação da semana não foram as passeatas e a reação violenta da polícia, e sim uma imagem divulgada na Internet, reproduzindo um filme da campanha de 2006, quando o então candidato e agora governador, defendia, com todas as letras, a redução das passagens de ônibus via desoneração das tarifas, ou seja,  pondo fim à cobrança de impostos do setor.
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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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