
Bolsonaro dobra a aposta na disputa com governadores sobre combustíveis
Ainda atrás nas pesquisas para a disputa presidencial, Jair Bolsonaro tem a nítida dimensão que o que elege ou reelege presidente é a economia, que leva em consideração diversos fatores como crescimento do PIB, geração de empregos e inflação. Esta última é o grande calo do governo, uma vez que tanto o PIB quanto o emprego estão em franca recuperação.
Um dos maiores vilões da inflação brasileira é o preço dos combustíveis, tanto do diesel quanto da gasolina, o primeiro tem forte impacto nos preços por conta do transporte das mercadorias que acaba aumentando com o valor do combustível. A gasolina, por sua vez, tem forte impacto em toda cadeia produtiva também, mas principalmente num dos principais alicerces da eleição de Jair Bolsonaro em 2018: a classe média.
Na última segunda-feira o presidente Jair Bolsonaro juntamente com sua equipe econômica apresentou uma solução com forte apelo social e político que foi a isenção não só dos impostos federais no combustível como também os impostos estaduais, cuja contrapartida seria dada pelo governo federal, a um custo de R$ 50 bilhões até dezembro.
A ideia, se executada terá efeito positivo para o governo federal, uma vez que foi de sua iniciativa a redução de impostos para o consumidor final, é desoneração na veia da economia em um dos principais motivos da alta inflacionária, mas não é somente na sua execução que Bolsonaro ganha, na inviabilização por parte de governadores, ele também terá dividendos políticos e eleitorais, pois deu um xeque-mate na situação dos estados e diferentemente da discussão sobre quem deveria ter autonomia para tratar a pandemia, que dividiu a população em meio ao caos, a questão dos tributos é uma pauta em que a conta ficará exclusivamente nas costas dos governadores.
A grande dúvida será como os governadores acatarão essa proposição, pois se aderirem, estarão ajudando o presidente na sua tentativa de busca pela reeleição, porém ao que tudo indica não haverá outra solução senão concordar, pois os estados zerarão as alíquotas de ICMS do combustível e não terão até dezembro nenhuma perda financeira.
Efeito – A equipe econômica do Planalto avalia que a redução do preço dos combustíveis na bomba com esta medida poderá chegar a R$ 1 no litro do combustível. A grande questão é que como a gasolina também tem seu preço definido pela flutuação internacional do barril do petróleo, essa medida pode em breve perder a efetividade e novas medidas para baratear o combustível possam ser necessárias.
Opções – A Petrobras depois de muito tempo dando prejuízo voltou a dar lucro, muitas petrolíferas em todo o mundo estão reduzindo sua margem de lucro para mitigar os efeitos do aumento dos combustíveis, talvez seja essa a raiz do problema e a contrapartida necessária da estatal brasileira.
Recesso – A partir de hoje entro num pequeno recesso da publicação da nossa coluna diária no blog e na Folha de Pernambuco, mas na quinta-feira da próxima semana estarei de volta. Até lá o blog ficará sendo atualizado pela nossa redação.
Inocente quer saber – Em quanto ficará o preço do combustível no Brasil?






Problema dos combustíveis é a conta que chegou da corrupção 
O termo disrupção vem sendo utilizado mundo afora pelas empresas, sobretudo as multinacionais, que reavaliam seus modelos de negócios para se adaptar as evoluções tecnológicas e humanas e continuar sobrevivendo. Na política e mais precisamente no Brasil, o termo disrupção nunca foi tão pertinente, pois o estado brasileiro deu mostras que é gigante, oneroso e ineficiente. A evolução tecnológica fez com que abdicássemos do telefone fixo para que utilizássemos o celular, que com seus avanços fortalecidos pela internet, permitiu que tivéssemos na palma da mão bancos, hotéis, serviço de transporte, transmissão de mensagens, dentre outros que acabaram ou aprimoraram diversos serviços ofertados antigamente.
