Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 8:13 am do dia 14 de maio de 2020

O jovem aprendiz

A eleição para prefeito do Recife tem um personagem que será o centro das atenções da disputa e o alvo de todos os adversários, pois haverá uma tentativa de desgastá-lo por tudo que ele representa aqui em Pernambuco. Filho mais velho de Eduardo Campos, João teve seu nome lembrado para disputar um mandato de deputado federal em 2014, inclusive uma planilha de votos chegou a ser feita, porém por intervenções da sua genitora, Renata, o seu pai acabou arquivando o projeto. Também não seria nada bom para um presidenciável a mídia nacional saber que seu filho era candidato a deputado federal em seu estado. Para Renata, o melhor caminho era João se dedicar aos estudos para depois pensar em negócio de política.

Inclusive em 2014, um nome mais próximo de Eduardo Campos foi candidato a deputado federal já com a incumbência de se projetar para a sucessão de Geraldo Julio que ocorreria seis anos depois, que foi Felipe Carreras, esse era o nome que poderia ser trabalhado para 2020. Porém, veio o fatídico 13 de agosto que marcou a política pernambucana, com o acidente que vitimou Eduardo Campos.

A partir dali, as coisas para o nosso personagem tiveram que ser apressadas, pois havia a necessidade de forjar um sucessor de Eduardo na própria família por parte do PSB. João Campos, ainda estudante de engenharia, assumiu a chefia de gabinete do governador Paulo Câmara, candidato escolhido por Eduardo para disputar o Palácio do Campo das Princesas.

A ida para a chefia de gabinete, posto ocupado pelo seu pai no governo do seu bisavô Miguel Arraes, era o pontapé inicial de João Campos para entrar na política. Foi a partir de então que ele teve uma vivência mais próxima com a burocracia política de um governo. Em 2018, o projeto que teria sido em 2014, pôde enfim ser colocado em prática com a candidatura a deputado federal. Com a abertura das urnas, João Campos foi o deputado mais votado de Pernambuco com 460 mil votos, e a marca foi repetida no Recife sendo o majoritário com 70 mil votos.

Felipe Carreras, então nome preparado para suceder Geraldo Julio, perdeu as condições de ser o nome da Frente Popular no Recife, tendo que abrir mão do seu projeto em prol da unidade do PSB, que caminhou a passos largos para que João Campos fosse o nome do partido para a prefeitura do Recife em 2020.

Investido na condição de pré-candidato a prefeito do Recife, é pertinente fazer algumas considerações sobre João Campos. Aos 26 anos de idade, João está longe de ser o mais experiente para governar a capital pernambucana. Fazendo um comparativo com os últimos prefeitos do Recife, nenhum deles tinha a pouca idade do postulante socialista. Geraldo Julio, o atual, assumiu o cargo com 41 anos, João da Costa chegou ao executivo municipal com 49 anos, João Paulo com 48 anos, Roberto Magalhães com 63 anos, Jarbas Vasconcelos assumiu seu primeiro mandato com 43 anos, Joaquim Francisco, com 35, e Gustavo Krause com 33, ascenderam à PCR muito jovens mas foram nomeados pelo regime militar, não passaram pelo crivo das urnas.

A pouca idade é um problema de João para convencer o eleitorado a lhe dar a confiança de ser o sucessor de Geraldo Julio, mas não é o único. Por ser herdeiro político de Eduardo Campos, a exigência do eleitorado e da própria classe política será muito grande em cima do socialista, uma vez que o parâmetro do seu pai é difícil qualquer comparação. Se na eleição proporcional isso ajudou muito, numa majoritária essa comparação inevitável exigirá de João muito jogo de cintura.

Com um momento de pandemia como o que estamos enfrentando, também surgem questionamentos de como seria a postura de João Campos, tão jovem, para enfrentar os problemas da magnitude do Recife? Isso terá que ser discutido pelo jovem deputado, que vai ter que mostrar ao eleitorado que está pronto para ser prefeito do Recife mesmo sendo o mais jovem entre os postulantes.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 14 de maio de 2020

Coluna da Folha desta quinta-feira

Múltiplas candidaturas da oposição beneficiam PT e PSB 

Historicamente a esquerda geralmente teve mais votos do que o conjunto de candidatos de direita no Recife. Nas duas últimas eleições isso ficou comprovado. Em 2012 Geraldo Julio (PSB) e Humberto Costa (PT) ficaram com 68,58% dos votos válidos no primeiro turno contra 29,9% de Daniel Coelho (PSDB) e Mendonça Filho (DEM). Já em 2016, Geraldo Julio e João Paulo ficaram com 73,10% dos votos vários contra 24,02% de Daniel Coelho e Priscila Krause também no primeiro turno.

O cenário da eleição do Recife aponta para duas pré-candidaturas de esquerda confirmadas, João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT). Enquanto os nomes de centro-direita chegam a seis, são eles: Alberto Feitosa (PSC), Charbel Maroun (Novo), Daniel Coelho (Cidadania), Marco Aurélio (PRTB), Mendonça Filho (DEM) e Patrícia Domingos (Podemos).

Com seis nomes postos, levando em consideração o histórico do Recife, é urgente a necessidade de um entendimento na oposição para reduzir esse número de candidatos para no máximo três, pois quanto mais nomes forem apresentados no campo oposicionista, maiores são as chances de a esquerda novamente polarizar a disputa pela prefeitura do Recife, uma vez que João Campos é o nome da máquina que historicamente puxa seus candidatos, e Marília Arraes é do PT que disputou todas as eleições no Recife desde a redemocratização e sempre ficou bem posicionado nas disputas na capital pernambucana. Com todos os nomes mantidos, a oposição mais à direita corre sérios riscos de novamente não chegar nem ao segundo turno.

Verbas – Em entrevista para uma rádio de Caruaru, nesta quarta (13), a procuradora geral Germana Laureano disse que o Ministério Público de Contas (MPCO) do Estado informará aos órgãos federais de fiscalização, caso encontre qualquer indício de desvio das verbas federais, recebidas pelos prefeitos, para a pandemia.

Desfiliação – O deputado federal Felipe Rigoni, do Espírito Santo, foi ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar se desfiliar, sem perder o mandato, do PSB. Rigoni alega “justa causa” por ter “suspensas por um ano suas atividades em órgãos do partido e comissões na Câmara dos Deputados”. A suspensão, como noticiado, se deu por o parlamentar votar a favor da reforma da previdência. O ministro Tarcisio Vieira votou contra Rigoni e o julgamento foi suspenso por um pedido de vistas do ministro Barroso.

Eleições – Na sessão desta terça (12), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) respondeu negativamente uma consulta da deputada federal Clarissa Garotinho (PROS-RJ) sobre adiamento do prazo para transferência de domicílio eleitoral para concorrer em 2020. Para a Justiça Eleitoral, até agora, todos os prazos seguem mantidos.

Live – O deputado estadual Marco Aurélio (PRTB), líder da oposição na Alepe, é o nosso convidado na live desta quinta-feira no Instagram. Ele que também é pré-candidato a prefeito do Recife, vai abordar as ações da oposição no combate à Covid-19. Acompanhe através do @edmarlyra.

Inocente quer saber – Quem na oposição está disposto a arquivar o projeto majoritário no Recife?

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Postado por Edmar Lyra às 11:00 am do dia 11 de maio de 2020

A petista rejeitada

Neta de Miguel Arraes, Marília elegeu-se vereadora do Recife amparada no sobrenome e na força do primo Eduardo Campos, então governador, em 2008. Foi reeleita sob a mesma condição, chegando a ser secretária de Juventude da gestão de Geraldo Julio. Sua passagem pelo executivo foi bastante questionável, pois além de apagada, não trouxe nada efetivo para a população recifense. Essa experiência colocou em xeque o futuro político de Marília, que depois viria a romper com o primo por causa de uma candidatura a deputada federal negada pelo então governador.

Ao deixar o PSB em 2016 por divergências com o primo e seus sucessores, Marília buscou abrigo no PT, que na época era oposição aos socialistas e apresentou a candidatura de João Paulo a prefeito contra Geraldo Julio, que acabou reeleito. Na eleição teve uma expressiva votação, figurando entre os mais votados. O resultado provou que a prima de Eduardo poderia andar com as próprias pernas e a colocou na condição de pré-candidata a governadora pelo PT.

O projeto inicialmente foi gestado por Humberto Costa, cujo objetivo sempre foi reaproximar-se do PSB. Fato consumado em agosto de 2018 quando a pré-candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco foi efetivamente retirada. Marília teve que se contentar com o mandato de deputada federal, aquele que foi o motivo do seu rompimento com Eduardo Campos quatro anos antes. Há quem diga que se fosse lhe dada a oportunidade de disputa, ela não teria rompido com o primo. Humberto, por sua vez, mostrou quem manda no PT e comprovou que estava certo ao se aliar ao governador Paulo Câmara.

Em 2020, a história se repete. Marília, que não conseguiu ser governadora, terá que se contentar com uma pré-candidatura a prefeita do Recife, enfrentando o primo João Campos, sucessor de Eduardo, porém enfrentará uma série de obstáculos para construir um projeto competitivo, uma vez que sua postulação é rejeitadíssima pela cúpula petista no estado. Ainda que ela venha a se consolidar como nome do PT a prefeita do Recife, fato cada vez mais provável, terá que enfrentar o “fogo amigo” que arde e queima na fogueira de vaidades que é o PT de Pernambuco.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 6 de maio de 2020

Coluna da Folha desta quarta-feira

Marília Arraes se destaca na pré-campanha no Recife 

Nas eleições de 2018 para o governo de Pernambuco, Marília Arraes foi a grande sensação da fase de pré-campanha, chegando a liderar pesquisas eleitorais. Ela acabou não sendo candidata ao Palácio do Campo das Princesas e teve que se contentar com o mandato de deputada federal.

Faltando cinco meses para as eleições municipais deste ano, Marília Arraes, desta vez pré-candidata a prefeita do Recife, está novamente ocupando espaços que seus principais adversários não conseguem. A última de suas posições foi uma defesa enfática do lockdown em Pernambuco, o que ganhou significativa adesão nas redes sociais diante do quadro em que o estado possui um dos maiores índices de letalidade da Covid-19.

Com melhores chances de ser candidata do que em 2018, Marília Arraes também tem utilizado bem as redes sociais, com um diálogo permanente com setores da sociedade, em especial as comunidades mais carentes através das lideranças e de rádios comunitárias, garantindo-lhe grande capilaridade na capital pernambucana.

Caso seja efetivamente candidata a prefeita do Recife, Marília Arraes tem todas as condições de polarizar a disputa com seu primo João Campos, que é o nome do PSB e de toda a Frente Popular, desbancando os nomes já conhecidos do eleitorado recifense como Daniel Coelho e Mendonça Filho.

Gestão Fiscal – No aniversário de 20 anos da publicação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o procurador Cristiano Pimentel lembra que a gestão fiscal responsável ainda é um desafio, em todas as esferas de governo. “O Governo Federal com um déficit enorme nos últimos anos, quando antes tinha superávit primário. Governos de estados com dificuldades até para pagar servidores, como Minas e Rio. Prefeitos ainda hoje deixando herança maldita para os sucessores. A responsabilidade fiscal ainda tem muito para perseverar no Brasil, fora a pandemia que bagunçou as contas de todos”, diz o membro do Ministério Público de Contas (MPCO).

Eleições – O aplicativo oficial “Título Net” já recebeu 420 mil requerimentos de eleitores por serviços pela Internet ofertados pela Justiça Eleitoral. O calendário das eleições até agora segue mantido.

Sem funcionar – Diferentemente de outras câmaras municipais, que seguem funcionando mesmo durante a pandemia, a Câmara Municipal de Paulista está completamente paralisada num total desrespeito dos vereadores com a população que os elegeu. As críticas sobre aquele poder legislativo tomam conta das redes sociais.

Sondagem 1 – O Instituto Paraná Pesquisas realizou levantamento para avaliar a saída de Luiz Henrique Mandetta do ministério da Saúde. Para 34% dos entrevistados, Jair Bolsonaro acertou ao demiti-lo, enquanto 61% acreditam que o presidente errou. Apenas 5% preferiram não opinar.

Sondagem 2 – No mesmo levantamento, o instituto avaliou o trabalho do novo ministro Nelson Teich, e para 49,1% dos entrevistados ele está indo bem, enquanto 33% consideram que ele está indo mal e 17,9% não souberam responder.

Inocente quer saber
– Quais serão os próximos desdobramentos após a divulgação do depoimento do ex-ministro Sergio Moro à Polícia Federal?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 5 de maio de 2020

Coluna da Folha desta terça-feira

Letargia do governo Bolsonaro beneficia PSB no Recife 

As pesquisas divulgadas apontam para um derretimento do presidente Jair Bolsonaro durante o combate à pandemia da Covid-19. O Nordeste puxa a popularidade do presidente para baixo, pois já na eleição mostrou grande aversão ao presidente da República.

Na capital pernambucana, o eleitorado deu um voto de confiança a Bolsonaro, garantindo a vitória no primeiro turno e uma votação parelha com Haddad na segunda etapa, porém ao que parece o eleitorado que votou circunstancialmente no presidente não está disposto a votar em alguém que represente o seu projeto ou tenha perfil parecido. Isso pode ser facilmente percebido pelas redes sociais, onde não há muita defesa do presidente além dos radicais que o seguem.

Neste contexto, uma pré-candidatura mais ao centro, associada a uma ampla frente política como a representada pelo deputado federal João Campos, tende a conquistar apoios. Apesar de jovem, João será impulsionado pela Frente Popular e pela gestão do prefeito Geraldo Julio, que deu respostas efetivas à crise da Covid-19 e goza de bom capital político perante o eleitorado, sobretudo ao da periferia que é maioria na capital pernambucana.

Sem o contraponto de um governo exitoso a nível nacional, a situação do PSB fica mais favorável para manter a atual hegemonia na capital pernambucana, pois quanto mais nacionalizada for a eleição, melhor para quem está no poder no Recife e pretende se manter em evidência.

Pandemia – O Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Contas (CNPGC) organizou um repositório na Internet de recomendações, orientações e representações sobre os gastos com a pandemia de covid-19. O Conselho, presidido pela procuradora pernambucana Germana Laureano, está colaborando com a atuação de procuradores em todo o Brasil. Os documentos estão publicados no site do CNPGC.

Luz – As empresas distribuidoras de energia elétrica foram ao STF para questionar leis estaduais que proíbem o corte dos inadimplentes durante pandemia. O relator será o ministro Marco Aurélio. Em Pernambuco, a medida foi tomada por decisão judicial, após pedido da Defensoria do Estado.

Oitivas – A Procuradoria Geral da República já pediu novas diligências no inquérito que apura as denúncias de Sergio Moro. Serão ouvidos os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno (Segurança Institucional) e Braga Netto (Casa Civil), a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) e vários delegados da Polícia Federal, para investigar suposto tráfico de influência na corporação.

O plano de Sérgio – Pré-candidato a prefeito do Paulista pelo Progressistas, o ex-deputado Sérgio Leite articula a oposição aos grupos do prefeito Júnior Matuto e do ex-prefeito Yves Ribeiro. A proposta é apresentar aos eleitores um plano diferente daquele que esteve à frente da cidade por 16 anos e que levaram o município à estagnação econômica e social.

Live – Dando continuidade a série de lives, hoje entrevisto o deputado estadual Alberto Feitosa, pré-candidato a prefeito do Recife pelo PSC. Você pode conferir através do nosso perfil no Instagram @edmarlyra a partir das 19:30 horas. Conto com sua audiência!

Inocente quer saber – Com cinco pré-candidatos a prefeito, qual nome da oposição murchará mais na eleição?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 1 de maio de 2020

Coluna da Folha desta sexta-feira

Postulação de Feitosa fragmenta ainda mais a oposição no Recife 

A pré-candidatura do deputado estadual Alberto Feitosa (PSC) criou um fato novo na oposição, uma vez que ele topou ser um nome abertamente bolsonarista e defender o legado do governo federal na disputa municipal. Com Feitosa no jogo, a oposição que apoiou Armando Monteiro em 2018 passa a ter cinco pré-candidatos, Patrícia Domingos, Marco Aurélio, Daniel Coelho e Mendonça Filho, o que dificulta qualquer entendimento no futuro.

É importante lembrar que historicamente a direita sempre foi menor do que a esquerda no Recife, o eleitorado esquerdista possui ligeira vantagem sobre o mais alinhado à direita, e isso é um fator de preocupação para a oposição, em especial Daniel e Mendonça que têm o que perder. Feitosa, Marco e Patrícia estão livres para jogar na condição de franco-atiradores e o que vier para os três nas urnas é lucro.

Na hipótese de a oposição lançar cinco nomes da direita, ela se pulveriza de tal forma que corre um risco real de ver a polarização entre PT e PSB, com Marília Arraes e João Campos, respectivamente, se repetir em 2020. Portanto, Mendonça e Daniel precisam urgentemente chegar a um consenso do lançamento de uma única candidatura e que este nome seja definido em breve.

Com múltiplas candidaturas na capital pernambucana, o grande beneficiário da disputa é o PSB, que ainda que precise disputar um segundo turno, poderá enfrentar o PT, que seria uma presa fácil de ser desconstruída. Faltando cinco meses para a eleição, se torna fundamental que a oposição busque uma estratégia consistente, sob pena de ser novamente derrotada nas urnas e pior, assistir de camarote uma disputa da esquerda com dois herdeiros de Miguel Arraes, João e Marília.

CPI – O ministro Gilmar Mendes, do STF, negou o mandado de segurança do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que buscava impedir a prorrogação da CPI mista das Fake News, no Congresso Nacional. A CPI tem sido palco de embates entre bolsonaristas e oposição.

Petrolina – O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), recebeu rasgados elogios na mídia nacional por conta da organização da cidade na luta contra a Covid-19. As fotos de uma fila na Caixa Econômica Federal viralizaram nas redes sociais.

Lava Jato – O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República, nesta quinta (30), pela suposta prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O ex-candidato a presidente em 2014 foi acusado de receber R$ 65 milhões em propinas de duas construtoras. Caso aceita a denúncia pelo STF, Aécio vira réu.

Reconhecimento – O Sistema Fecomercio, Sesc  e Senac de Pernambuco agradeceu ao senador Jarbas Vasconcelos (MDB) pelo apoio contra o corte de recursos na MP 907/2019. Com a decisão, as ações desempenhadas pelas entidades em prol da população continuarão acontecendo.

Inocente quer saber – No caso de desistência de um nome, quem ficaria de fora da disputa no Recife, Daniel Coelho ou Mendonça Filho?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 27 de abril de 2020

Coluna da Folha desta segunda-feira

PSL torna-se a grande “noiva” das eleições no Recife 

Com 52 deputados federais, o PSL possui a segunda maior bancada na Câmara dos Deputados e consequentemente o segundo maior tempo de televisão no guia eleitoral. Ex-partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL se afastou do presidente por conta do rompimento com o deputado federal Luciano Bivar, que é presidente nacional da sigla. Portanto, o PSL está cada vez mais distante do bolsonarismo.

Sem um nome natural para disputar a prefeitura do Recife, o partido de Luciano Bivar torna-se a grande noiva da disputa municipal, e pelo menos três pré-candidatos trabalham o apoio do partido, que pode ter um efeito importante na composição do guia eleitoral, já que tem o segundo maior tempo.

Se ficar com o deputado federal João Campos, fará com que o postulante socialista fique com mais da metade do tempo de televisão nas eleições deste ano, porém o que se comenta é que essa composição está distante devido a um salto alto do PSB que não abriu o diálogo consistente com Bivar.

Outros dois pré-candidatos também podem receber o apoio do PSL, o primeiro é Daniel Coelho, do Cidadania, que é amigo dos filhos de Luciano Bivar e a relação pessoal poderá beneficiar Daniel, repetindo a dobradinha que aconteceu em 2016. O segundo é Mendonça Filho, que estaria em avançadas negociações com PTB e PSDB para apoiá-lo, tendo uma frente de quase 70 deputados para a composição do guia eleitoral, e atraindo o PSL tornaria-se o segundo maior tempo de televisão da disputa, a eventual ida de Bivar para Mendonça passa por uma costura de Rodrigo Maia, devido à boa relação que o presidente nacional do PSL possui com o presidente da Câmara dos Deputados, correligionário de Mendonça.

A definição do caminho do PSL na disputa, considerando que teremos uma eleição de tiro curto e com sequelas imensuráveis por conta da Covid-19, poderá ter papel determinante para o desenho do processo eleitoral, podendo consolidar o favoritismo de João Campos ou dar fôlego a Mendonça ou Daniel, que hoje estariam com um nível de competitividade menor.

Agradecido – O apoio dado pela Prefeitura de Jaboatão à Caixa para minimizar as aglomerações nas agências vem sendo reconhecido pelo superintendente Paulo Nery. Nas entrevistas ele faz questão de agradecer e cita nominalmente o prefeito Anderson Ferreira. As pessoas que ficam nas filas recebem máscaras e orientações dos servidores municipais.

Preferência – Em Santo Amaro, um dos principais bairros do Recife em número de eleitores, o vereador Alcides Teixeira Neto vem adquirindo um grande protagonismo político em relação a Marcos di Bria e Luiz Eustáquio, que estariam desgastados perante a população.

De saída – Diversos deputados federais dão como certa a saída de Paulo Guedes do ministério da Economia. A avaliação é que o plano de austeridade proposto por Guedes subiu no telhado após a crise da Covid-19, e o nome do ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho ganha força para o posto.

Inocente quer saber – O PT nacional iniciou diálogo com partidos de centro para apoiar Marília Arraes no Recife?

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Postado por Edmar Lyra às 13:10 pm do dia 25 de abril de 2020

João Campos e Marília Arraes lideram projeções de guia eleitoral

Um estudo realizado preliminarmente considerando a composição das bancadas partidárias na Câmara dos Deputados trouxe a projeção do tempo de televisão de cada partido para o processo eleitoral de 2020. PT e PSL contam com os maiores tempos de televisão com mais de 50 deputados cada, seguidos de PP, PSD, MDB, PL, PSB e Republicanos, todos na faixa dos 30 deputados. PSDB e DEM surgem entre os maiores abaixo de 30 deputados.

Diante deste cenário, projetamos os pré-candidatos com maior tempo de televisão na disputa pela prefeitura do Recife.

1 – João Campos (PSB) contará com o maior tempo de televisão, pois deverá ter o apoio de PSL, PP, PSD, MDB e Republicanos, que somados possuem 211 deputados federais. Tempo de bloco – 3.018,024 – Tempo de inserções – 12.323,598 segundos.

2 – Marília Arraes (PT) contará, em tese, com o apoio do PSOL, que juntos possuem 64 deputados federais. Tempo de bloco – 881,854 – Tempo de inserções – 3.602,372 segundos.

3 – Alberto Feitosa (PSC) contará, em tese, com o apoio do PL, juntos possuem 41 deputados. Tempo de bloco – 587,668 – Tempo de inserções – 2.399,644 segundos.

4 – Mendonça Filho (DEM), conta oficialmente com o seu partido, que possui 29 deputados. Tempo de bloco – 402,688 – Tempo de inserções – 1.644,308 segundos.

5 – Patrícia Domingos (Podemos), conta oficialmente com o seu partido, que possui 17 deputados. Tempo de bloco – 249,012 – Tempo de inserções – 1.016,798 segundos.

6 – Daniel Coelho (Cidadania), conta oficialmente com o seu partido, que possui 8 deputados. Tempo de bloco – 133,755 – Tempo de inserções – 546,166 segundos.

7 – Charbel Maroun (Novo), conta oficialmente com o seu partido, que possui 8 deputados. Tempo de bloco – 133,755 – Tempo de inserções 546,166 segundos.

Restaria saber o desfecho do PSDB e do PTB em qual palanque ficariam, que poderia mudar a ordem dos maiores tempos de televisão.

João Campos fica com um número maior que a soma de todos os seus adversários no guia eleitoral da disputa pela prefeitura do Recife. Portanto, o apoio do PSL e do Republicanos que se somam aos demais partidos serão de vital importância para a frente popular.

 

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Postado por Edmar Lyra às 20:07 pm do dia 20 de abril de 2020

João Campos é escolhido coordenador da Comissão que monitora as ações do MEC

Foto: Rodolfo Loepert

Deputado federal por Pernambuco, João Campos (PSB), é o responsável por coordenar a Comex/MEC (Comissão Externa de Acompanhamento dos Trabalhos do MEC). Neste ano, o foco da comissão será no monitoramento das ações do Ministério da Educação em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus. O vice-coordenador será o deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) e a relatora será a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP). Além deles, serão coordenadores temáticos os parlamentares Luisa Canziani (PTB-PR), Eduardo Bismarck (PDT-CE), Professor Israel (PV-DF), Tiago Mitraud (NOVO-MG) e Aliel Machado (PSB-PR).

“Uma série de ações emergenciais precisou ser tomada tendo em vista toda a mudança estrutural que o Covid-19 gerou no país, incluindo a realização apenas de aulas online. Essa mudança pede uma alteração no calendário do ENEM, por exemplo”, afirma João, acrescentando que, até o momento, o ministro Abraham Weintraub insiste em manter o calendário do exame nacional, desconsiderando os milhares de estudantes que não têm internet ou que não dispõem de boa conexão de banda larga para participar de aulas virtuais.

Já que as comissões ainda não estão compostas formalmente, os parlamentares estão se reunindo por videoconferência e, além disso, têm atuado dentro de suas funções parlamentares para dar andamento ao trabalho do colegiado.

53 SUGESTÕES AO MEC E 12 PROPOSTAS LEGISLATIVAS

No ano de 2019, a Comex/MEC elaborou um relatório que repercutiu nacionalmente, com 53 sugestões feitas ao Ministério da Educação e 12 propostas legislativas. Na ocasião, João foi o vice-coordenador da comissão e sub-relator de Educação Superior e Pesquisa.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 13 de abril de 2020

Coluna da Folha desta segunda-feira

Republicanos se fortalece e consolida aliança  com o PSB

Sob a liderança do habilidoso deputado federal Silvio Costa Filho, o Republicanos teve significativo crescimento com o fim do prazo de filiações, dobrando a sua bancada na Câmara Municipal do Recife e alcançando sete prefeitos de municípios pernambucanos. O partido, que tem dois deputados federais e um deputado estadual, se prepara para disputar importantes prefeituras em outubro.

A principal delas é a de Jaboatão dos Guararapes com o ex-deputado federal Silvio Costa, que foi candidato ao Senado em 2018 e recentemente ingressou no partido. Na capital pernambucana, o partido deixa as fileiras da oposição para ingressar na Frente Popular no intuito de dar sustentação ao projeto liderado pelo deputado federal João Campos, que é o nome do PSB na disputa pela prefeitura do Recife.

O partido, que é um braço da Igreja Universal, teve crescimento recorde em 2018 com a eleição de 30 deputados federais e posteriormente com a ascensão do deputado Marcos Pereira à condição de vice-presidente da Câmara dos Deputados, que tem se tornado um forte nome para a sucessão de Rodrigo Maia em 2021 na presidência daquela Casa.

Agora na condição de partido governista, o Republicanos terá melhores chances de ampliar seu tamanho em Pernambuco, tornando-se um importante pilar de sustentação da Frente Popular e consequentemente das gestões do PSB na prefeitura do Recife e no governo de Pernambuco.

Bola de Cristal – Vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso explicou, em entrevista publicada sábado (11), que a “aglomeração das convenções partidárias e a fase de testes das urnas eletrônicas são os principais obstáculos à realização das eleições de outubro em meio à pandemia”. O ministro disse que não é possível ainda ter certeza da necessidade do adiamento. “A minha bola de cristal está um pouco embaçada para responder com certeza”, disse Barroso.

Questões – Barroso vai assumir a presidência da Justiça Eleitoral em 26 de maio. Ele esclareceu as datas mais importantes na pandemia para o TSE. “Há questões políticas e operacionais. As políticas são as datas das convenções até 5 de agosto e envolvem aglomeração, além do próprio início da campanha, em 15 de agosto”, esclareceu o ministro.

Unificação – Sobre a unificação das eleições em 2022, o ministro manteve sua posição já declarada. “A prorrogação de mandato deve ser evitada. Se ocorrer, que seja pelo mínimo tempo possível. Sou totalmente contrário à ideia de se fazer coincidir com as eleições em 2022, pois os prefeitos e vereadores foram eleitos por quatro anos e não têm mandato popular para ir além”, defende Barroso.

Ribeirão – A cidade de Ribeirão deverá ter um grande clássico na Mata Sul com o atual prefeito Marcello Maranhão (PSB) enfrentando Karina Paiva (PP), nome apresentado pelo ex-prefeito e deputado estadual Clóvis Paiva.

Inocente quer saber – Tem adversário para ameaçar a reeleição de Miguel Coelho em Petrolina?

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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