Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 22:08 pm do dia 16 de junho de 2020

Resolução aprovada pelo Senado é fast track para suspensão das dívidas de estados e municípios, diz FBC

O Senado aprovou nesta terça-feira (16) um projeto de resolução que abre caminho para a suspensão do pagamento das dívidas de estados e municípios com bancos públicos. Para o relator da proposta, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), a resolução é uma espécie de “fast track” para a suspensão das dívidas, o que significará um alívio financeiro de R$ 24 bilhões para estados e municípios até dezembro.

“Essa matéria é que vai viabilizar a suspensão do pagamento, por estados e municípios, das suas dívidas: os contratos junto à Caixa Econômica, ao BNDES, ao Banco do Brasil e também junto aos bancos internacionais. Essa proposta dá um fast track para que a partir deste mês de junho se deixe de pagar os compromissos junto aos bancos oficiais aqui no Brasil”, explicou Fernando Bezerra.

A suspensão das dívidas faz parte do pacote de socorro a estados e municípios aprovado pelo Congresso Nacional, que também prevê repasses de recursos da União para o enfrentamento da pandemia do coronavírus e para compensar as perdas de arrecadação com ICMS e ISS. A resolução aprovada altera limites de endividamento e requisitos para contratação de operações de crédito.

“Isso significa um alívio financeiro de R$ 24 bilhões de reais até dezembro, que vai beneficiar os estados e os municípios brasileiros”, disse o senador.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 12 de junho de 2020

Coluna da Folha desta sexta-feira

Momento pede união da classe política pernambucana 

Com 184 prefeitos, 49 deputados estaduais, 25 deputados federais, três senadores e um governador, Pernambuco vivencia um dos momentos mais difíceis de sua história, com quase 4 mil pernambucanos que perderam sua vida e cerca de 45 mil contaminados pela Covid-19. Isso sem contar com aqueles que perderam seus empregos e os empresários que foram à falência por conta das consequências da pandemia.

Político experiente, que já exerceu diversas funções na vida pública, o senador Fernando Bezerra Coelho tem adotado um tom de conciliação em relação ao governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio, de quem já foi aliado e hoje é adversário. A postura republicana do senador foi interpretada como um adesismo à Frente Popular, reduzindo a atuação como representante de Pernambuco na Câmara Alta a uma mera adesão política, como se adversários não pudessem se entender num momento de extrema dificuldade que o povo pernambucano tem enfrentado.

Antes de se pensar em eleição e projetos políticos, é preciso invocar a memória de Marco Maciel, cuja frase foi imortalizada: “Devemos buscar sempre, entre o que nos separa, aquilo que pode nos unir, porque, se queremos viver juntos na divergência, que é um princípio vital da democracia, estamos condenados a nos entender.”

O momento é atípico, requer unidade dos pernambucanos em busca da vitória contra a pandemia. Qualquer um que estivesse no lugar de Paulo Câmara, de Geraldo Julio e dos demais prefeitos, estaria tendo que tomar decisões difíceis e certamente não gostaria de receber as duras críticas que têm recebido dos engenheiros de obra feita. Por isso é louvável a postura grandiosa de Fernando Bezerra Coelho, de estender a mão quando Pernambuco mais precisa.

Artigo 142 – O ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou mandado de injunção de advogado paulista que pedia a “regulamentação do artigo 142 da Constituição Federal”, para estabelecer “os limites de atuação das Forças Armadas em situações de ameaça à democracia”. O artigo 142 costuma ser citado por alguns manifestantes como fundamento para uma suposta “intervenção militar”. “O art. 142 não suscita dúvidas sobre a posição das Forças Armadas na ordem constitucional. As Forças Armadas têm cumprido o seu papel constitucional de maneira exemplar. Presta um desserviço ao país quem procura atirá-las no varejo da política”, disse Barroso.

Barrada – Mais uma nomeação do governo Bolsonaro é barrada na Justiça. O juiz da 28ª Vara Federal do Rio concedeu liminar contra a nomeação para presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O juiz disse ainda que a nomeada ser formada em Hotelaria “não a qualifica para a presidência do órgão, uma vez que, de acordo com ele, todos os anteriores ocupantes do cargo eram formados em História, Arquitetura ou Antropologia”.

Sudene – O superintendente da Sudene, Evaldo Cruz, anunciou uma série de ações para os estados e municípios que serão implementadas após a pandemia da Covid-19, além de credito que pode ser conseguido no BNB para micro e pequenos empresários a juros baixos.

Inocente quer saber – Políticos mesquinhos possuem trajetória longa na vida pública?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 8 de junho de 2020

Coluna da Folha desta segunda-feira

Bolsonaro aposta no centrão para manter a governabilidade 

Eleito sob o prisma da negação da política e da crítica ao toma lá dá cá institucionalizado nas gestões do PT, o presidente Jair Bolsonaro teve, enfim, que se render a necessidade de formar um governo de coalizão no sentido de garantir uma sólida base parlamentar para continuar sobrevivendo.

A afirmação foi do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, que apontou uma base sólida de 260 deputados e 50 senadores para aprovar as pautas de reconstrução da economia no segundo semestre com a volta do Congresso Nacional.

Para o líder do governo, a coalizão montada junto ao centrão sepulta qualquer chance de prosperar impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Porém, é importante lembrar que em 2014 quando tentava a reeleição, Dilma Rousseff se vangloriava da base conquistada naquele pleito no primeiro turno, e depois com o risco do impeachment viu seus apoiadores mudarem de lado sem qualquer remorso.

A aposta no centrão se faz necessária e é válida, mas ela só terá efetividade se o presidente Jair Bolsonaro baixar a temperatura das crises políticas do seu governo, caso contrário, mesmo com uma base ampla, o risco de impeachment sempre assombrará o Planalto.


ATÉ QUANDO?
– O veto de Bolsonaro à destinação de R$ 8,6 bilhões aos estados e municípios para o combate ao Coronavírus é mais uma atitude mesquinha e inconsequente do Presidente. Quem afirma é o deputado federal Tadeu Alencar (PSB), vice-líder da Oposição na Câmara. Segundo Tadeu, isto é a cara de um governo que “trata a vida com descaso e os governantes como um exército inimigo”. E indaga? “Até onde o presidente quer chegar?”

Ação – Pernambuco e mais sete Estados do Nordeste apresentaram petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que R$ 83 milhões redirecionados para a comunicação do Governo Federal retornem ao Bolsa Família. Alegam afronta contra decisão anterior do ministro Marco Aurélio, que determinou que não haja cortes no Bolsa Família enquanto durar o estado de calamidade do novo coronavírus.

Transparência – O Ministério Público Federal (MPF) instaurou, neste sábado (6), procedimento extrajudicial para apurar os motivos que levaram o Ministério da Saúde a excluir do Painel de Informações da Covid-19 o número acumulado de mortes decorrentes da doença.

Dez anos – Uma década se passou desde a promulgação da Lei da Ficha Limpa. “Precisamos atrair para a política os melhores valores da sociedade. A Lei da Ficha Limpa é um incentivo aos bons e um desincentivo aos maus administradores. Ela corresponde a uma imensa demanda da sociedade brasileira por integridade”, avalia o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.

Coincidência – No Cabo de Santo Agostinho, todos os adversários do prefeito Lula Cabral se uniram lançando uma suposta pesquisa que apontava 82% de rejeição do atual prefeito. Além de não ter nenhuma pesquisa registrada, estranha-se a coincidência de todos os postulantes divulgarem os números, o que coloca a dúvida sobre quem está disposto a abdicar da candidatura em prol da unidade.

Inocente quer saber
– O fato de zerar a fila por UTIs pode agilizar o processo de retomada em Pernambuco?

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Postado por Edmar Lyra às 16:26 pm do dia 7 de junho de 2020

‘Acho que o governo finalmente terá uma baseʼ, diz líder do governo no Senado sobre aliança com o centrão

Em entrevista ao Globo, Fernando Bezerra, líder do governo no Senado, disse que a aproximação de Jair Bolsonaro com o Centrão deve melhorar a relação do Executivo com os outros Poderes.

“No primeiro ano, a relação do governo com o Congresso teve altos e baixos. O que ajudou muito foi que o perfil médio dos parlamentares eleitos, tanto na Câmara quanto no Senado, tem uma afinidade grande com a agenda de reformas da área da economia. Posso traduzir essa boa vontade com a aprovação da reforma da Previdência. No início desse ano, o que está mudando com o cenário de pandemia é que o presidente da República, ali por volta do fim de março e início de abril, quando se consolidou o cenário de recessão econômica severa, começou a fazer gestos de aproximação para finalmente formar uma base política. Por quê? Porque essa base vai ser necessária para a aprovação das medidas que possam estimular a retomada da economia. E o alicerce do governo dele será medido pela velocidade que a economia brasileira possa voltar a crescer. Acho que o governo finalmente terá uma base que estimo ser maior que 260 votos na Câmara e 50 no Senado.”

O Antagonista

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Postado por Edmar Lyra às 10:24 am do dia 3 de junho de 2020

Para líder do governo, nova MP vai gerar forte contratação de empréstimos por micro e pequenas empresas

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), avaliou nesta quarta-feira (3) que haverá uma forte contratação de empréstimos por micro e pequenas empresas após a publicação da medida provisória que cria o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito. A MP 975 remove entraves e institui um fundo garantidor para os empréstimos, o que tem potencial para destravar o crédito para as empresas em dificuldade por causa da pandemia do coronavírus.
“O que ocorreu, e a gente reconhece como uma crítica legítima, é que o programa de crédito para micro e pequenas empresas não funcionou bem, mas o governo editou nova medida provisória refazendo o programa e instituindo um fundo garantidor para os empréstimos. Eu acredito que vai se iniciar nesta semana uma forte de contratação junto a micro e pequenas empresas”, afirmou o líder em entrevista à emissora de rádio de Pernambuco.

No total, segundo ele, o governo federal já editou 20 medidas provisórias e investiu R$ 445 bilhões em ações para enfrentar a pandemia e minimizar os impactos sociais e econômicos. Os recursos foram destinados para a proteção de trabalhadores informais e com carteira assinada, ajudar empresas e socorrer estados e municípios.
“Aos estados e municípios foram repassados R$ 76 bilhões – dinheiro na veia, além do alívio financeiro através da suspensão dos empréstimos contratados. Isso é para se ter uma ideia da solidariedade e do apoio do governo Bolsonaro na maior crise de saúde e econômica da história do Brasil”, disse o líder.

Fernando Bezerra Coelho também falou sobre a aproximação do governo federal do bloco político chamado Centrão. Para o líder, a crise causada pela pandemia vai exigir medidas duras, que dependerão da aprovação do Congresso Nacoinal. “Não existe boa ou velha política. O que existe é a política bem feita. É preciso ter maioria no Congresso Nacional. É preciso formar coalizão e ter laços de aproximação. Ao longo do ano passado, houve altos e baixos na relação com o Parlamento, mas o Congresso eleito tem forte identidade com a agenda econômica do governo Bolsonaro. No início deste ano, com a chegada da pandemia, o presidente percebeu que o Brasil vai precisar de medidas duras, e iniciou contato maior com os partidos”, explicou.

ARTICULAÇÃO – Fernando Bezerra Coelho anunciou ainda o repasse de R$ 49,8 milhões em recursos extraordinários do Ministério da Saúde para 18 municípios de Pernambuco reforçaram as medidas de enfrentamento à pandemia do coronavírus. A articulação do senador assegurou a destinação de R$ 5 milhões para Caruaru, no Agreste pernambucano. “São recursos exclusivos para a área da saúde de modo que as prefeituras poderão ampliar o número de testes, contratar profissionais e reforçar a compra de medicamentos e insumos neste momento que a área da saúde está sobrecarregada.”

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Postado por Edmar Lyra às 10:51 am do dia 1 de junho de 2020

Fernando Bezerra Coelho articula R$ 49,8 milhões para municípios de Pernambuco enfrentarem pandemia

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) articulou o repasse de R$ 49,8 milhões do Ministério da Saúde para os municípios de Pernambuco fazerem frente às despesas com a pandemia do coronavírus. Os recursos extraordinários contemplam 18 municípios de todo o estado, inclusive da Região Metropolitana, onde o número de casos de Covid-19 é maior.

“Os recursos que articulamos junto ao Ministério da Saúde é um importante reforço para as prefeituras investirem em leitos e equipamentos de proteção individual e contratarem pessoal. Sabemos que a principal medida para conter o avanço do coronavírus é o distanciamento social, mas os municípios precisam estar preparados para vencer esta primeira onda da pandemia e preservar o maior número de vidas”, afirma o senador.

Fernando Bezerra Coelho lembra que o montante viabilizado junto ao Ministério da Saúde soma-se aos recursos que estão sendo disponibilizados pelo governo federal para o enfrentamento da pandemia em todo o país.

“O governo federal tem feito todo o esforço para ajudar estados e municípios neste momento de dificuldade, inclusive, liberando recursos para aliviar as finanças, que sofreram forte impacto com a perda de arrecadação. Os recursos do pacote de ajuda aprovado pelo Congresso Nacional devem chegar nos próximos dias, a tempo, portanto, do pagamento da folha e assegurando a manutenção de serviços essenciais.”

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Postado por Edmar Lyra às 8:00 am do dia 27 de maio de 2020

FBC defende a prorrogação das dívidas dos agricultores familiares

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), defendeu nesta terça-feira (26) a prorrogação das dívidas dos agricultores familiares, que foram afetados pelas medidas de isolamento social adotadas para conter o avanço do coronavírus no país. Um projeto de lei aprovado pelo Senado em sessão remota garante o refinanciamento das operações de crédito dos pequenos produtores por 12 meses.

“Os agricultores familiares foram os mais afetados pela pandemia do coronavírus. Muitos agricultores não puderam comercializar suas produções por causa do fechamento temporário de feiras livres e das medidas de isolamento social. Também não puderam fornecer alimentos para a merenda escolar devido à suspensão das aulas”, explicou o senador. “Assim como outros setores tiveram as parcelas de seus débitos renegociadas, é igualmente justo que os agricultores familiares possam ser beneficiados com medidas de proteção ao crédito.”

Fernando Bezerra Coelho lembrou que o agronegócio não foi afetado pela pandemia como a agricultura familiar. Por isso, defendeu medidas diferenciadas para atender os pequenos produtores. “O agronegócio teve safra recorde, possui receitas maiores e foi beneficiado pelo câmbio”, disse. “O que precisamos fazer é salvaguardar e proteger os agricultores familiares.”

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Postado por Edmar Lyra às 18:05 pm do dia 25 de maio de 2020

A montanha pariu um rato, diz líder do governo sobre vídeo da reunião ministerial

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou nesta segunda-feira (25) que a divulgação do vídeo da reunião ministerial não confirma suposta tentativa de interferência na Polícia Federal pelo presidente Jair Bolsonaro. Para o senador, o vídeo não comprova as alegações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro de que teria sofrido constrangimento ou que o presidente teria feito pressões ilegítimas sobre os trabalhos da Polícia Federal. De acordo com o líder, o caso será arquivado.

“Ficou muito claro e evidente que, em nenhum momento, o presidente da República buscou interferir e pressionar o ex-ministro da Justiça. Isso ficou tão cristalino, que a repercussão feita por analistas e juristas é que, de fato, a montanha pariu um rato, ou seja, não se tem elementos de prova para sustentar as alegações do ex-ministro”, disse Fernando Bezerra Coelho, durante sessão remota do Senado.

Ele ressaltou ainda que, durante a reunião ministerial de 22 de abril, Sergio Moro pediu o reconhecimento dos avanços conquistados pelo governo federal no combate à corrupção e solicitou a alocação de recursos para as ações de enfrentamento à violência no Plano Pró-Brasil, que será lançado após o país atingir o pico de contágio do coronavírus.

“O que se viu na divulgação do vídeo é que, em nenhum momento, o ex-ministro da Justiça se manifestou como tendo sido atacado, pressionado ou deixado transparecer qualquer constrangimento ao estar participando daquela reunião. Ao contrário, ele pediu que fossem dados os créditos dos avanços conseguidos pelo governo nas operações de combate à corrupção e pedia, inclusive, a atenção do ministro Braga Netto, coordenador do Plano Pró-Brasil, para que alocasse recursos para o combate à violência e à corrupção.”

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Postado por Edmar Lyra às 9:25 am do dia 25 de maio de 2020

O jurista Fernando Lyra

Nascido no Recife em 1938, Fernando Soares Lyra formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Caruaru. Filho de João Lyra Filho, que foi deputado federal e prefeito de Caruaru, Fernando começou sua vida pública como deputado estadual em 1966, quando tentou pelo MDB seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco aos 28 anos de idade.

Quatro anos mais tarde saltaria para a Câmara dos Deputados em 1970 e em Brasília iniciaria uma trajetória de sucesso. No mandato de deputado federal, Fernando Lyra tornou-se vice-líder do MDB, ficando no posto até 1973, o que lhe deu a condição de integrante dos chamados autênticos do MDB. Reeleito em 1974, Fernando voltou ao posto de vice-líder do partido, e continuou em 1979 após conquistar mais um mandato na Câmara dos Deputados no ano anterior.

Já no quarto mandato como deputado federal, passou a ocupar a primeira-secretaria da Câmara dos Deputados e ampliou a sua relevância em Brasília. Defensor da emenda Dante de Oliveira, que possibilitaria as eleições diretas no Brasil, ao ver a PEC derrotada, passou a articular a candidatura do então governador de Minas Gerais, Tancredo Neves, à presidência da República via colégio eleitoral.

Fernando Lyra costurou a Aliança Democrática que possibilitou a vitória de Tancredo Neves e seu vice José Sarney contra Paulo Maluf, candidato governista, no dia 15 de janeiro de 1985. Com a atuação durante a campanha de Tancredo, Fernando foi convidado pelo presidente eleito para assumir o ministério da Justiça, e apesar da morte do presidente em abril daquele ano, o presidente José Sarney manteve o convite e ele assumiu o cargo.

Em sua passagem pelo ministério, Fernando Lyra criou o Conselho Político do Governo, que ficaria responsável por promover mudanças na legislação política, como por exemplo a extinção da fidelidade partidária e da sublegenda e a permissão das coligações partidárias. Em abril daquele ano foi extinto o Conselho Nacional de Censura e ainda promoveu a reformulação na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, inicialmente responsável para investigar casos de tortura, para atuar contra todo tipo de violência.

Os atritos com o presidente Sarney começaram a aparecer por conta do controle da Comissão de Reforma Constitucional que ficaria responsável pela elaboração de um anteprojeto da Constituição do país. Lyra queria que ficasse subordinada ao ministério da Justiça, enquanto o presidente Sarney defendia, juntamente com o presidente da Comissão, Afonso Arinos, que ela ficasse subordinada à presidência da República.

O desgaste entre presidente e ministro culminou na saída de Fernando Lyra do ministério em fevereiro de 1986, mas apesar de ter ficado menos de um ano no cargo, foi suficiente para deixar importantes iniciativas, como a nova Lei de Segurança Nacional e a Lei de Acesso à Informação.

De volta à Câmara dos Deputados, Fernando Lyra seria novamente reeleito, desta vez na condição de deputado constituinte. Naquele pleito, Fernando foi um dos mais votados. Em 1º de fevereiro de 1987, ele enfrentou Ulysses Guimarães para ser presidente da Assembleia Nacional Constituinte, mas foi derrotado por 299 a 155 votos. Mesmo não sendo o presidente, teve importante papel como membro titular da Comissão de Sistematização. Ainda em 87 deixou o PMDB para filiar-se ao PDT, partido liderado pelo ex-governador fluminense Leonel Brizola.

Nas eleições de 1989, Fernando Lyra foi vice de Leonel Brizola, mas a chapa acabou ficando em terceiro lugar. No segundo turno, seguiu seu partido e apoiou Lula, que foi derrotado por Fernando Collor. Já em 1990, tentando seu sexto mandato como deputado federal, Fernando Lyra foi convidado por Miguel Arraes para entrar na chapinha que seria formada para deputado federal, mas preferiu continuar na coligação do PDT com o PMDB que apoiou Jarbas Vasconcelos.

Com a abertura das urnas, Fernando Lyra obteve apenas 17.234 votos e ficaria na primeira suplência da sua coligação. Deputado federal, seu xará Fernando Bezerra Coelho disputou a prefeitura de Petrolina em 1992, sagrando-se vitorioso, com isso Lyra voltaria à Câmara dos Deputados em 1993. Ao retornar a Brasília deixou o PDT para ingressar no PSB de Miguel Arraes, e em 1994 conquistaria seu sétimo mandato como deputado federal.

Defensor de uma candidatura própria do PSB à presidência da República, após ter apoiado a emenda de reeleição de Fernando Henrique Cardoso, Fernando Lyra não concordou com a aliança do seu partido com o PT nas eleições de 1998 e decidiu então não disputar mais a reeleição naquele ano.

Fora da política, com a ascensão de Lula à presidência da República em 2002, Fernando Lyra assumiu em 2003 a presidência da Fundação Joaquim Nabuco, ficando no posto até 2011. Neste ínterim, exerceu papel fundamental na construção da candidatura de Eduardo Campos a governador em 2006, chegando a gravar um vídeo explicando a operação dos Precatórios e ajudando o então deputado federal a eleger-se governador, a chapa tinha o seu irmão João Lyra Neto como vice.

Em 14 de fevereiro de 2013, após ser internado em janeiro daquele ano, acometido por uma insuficiência cardíaca, viria a falecer em São Paulo. A morte, aos 74 anos, encerrou um ciclo de um brilhante homem público, responsável por momentos históricos da nossa democracia, que ficou marcado pelo seu elevado espírito público.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 25 de maio de 2020

Coluna da Folha desta segunda-feira

Fernando Bezerra Coelho torna-se imprescindível a Bolsonaro 

No exercício do mandato de senador da República, Fernando Bezerra Coelho foi alçado pelo presidente Jair Bolsonaro à condição de líder do governo no Senado, antes tinha exercido a função no governo Temer quando Romero Jucá deixou o posto para disputar, sem sucesso, a reeleição em Roraima.

Em que pese a situação política vivida pelo presidente, onde toda semana temos uma crise, sobretudo no tocante ao combate ao coronavírus, a função de Fernando de articulador político do governo tem sido de fundamental importância para o presidente da República.

Atualmente, Jair Bolsonaro não dispõe de muitos operadores do Planalto no Congresso, os seus líderes, na Câmara, o Major Vitor Hugo, e no Congresso, Eduardo Gomes, em especial o primeiro, não possuem a desenvoltura de Fernando. A Casa Civil, que era pra ser o QG da articulação política foi esvaziada pelo próprio presidente.

Portanto, ter alguém com a experiência de quem já foi prefeito, deputado, secretário e ministro, como Fernando Bezerra Coelho, se torna fundamental para o governo, sobretudo no day after que teremos quando se encerrar a crise da Covid-19, uma vez que a reconstrução do país demandará uma série de medidas amargas e fundamentais no Congresso Nacional para mitigar os impactos da crise no Brasil.

Por que a pressa? – Em plena pandemia, inclusive quando se registra o avanço de casos de contaminação no interior, a presidente da Câmara de Quipapá, Lindalva Trajano (PRP), resolveu interromper uma pausa que já durava mais de dois meses para convocar, na semana passada, uma reunião presencial. Na pauta, a votação das contas da gestão do prefeito Cristiano Martins (PSB), referentes ao exercício de 2016 e enviadas à Casa pelo Tribunal de Contas do Estado. Quebrar o isolamento recomendado pelas autoridades de saúde para votar, às pressas, algo que não exige urgência causou estranheza.  Na oposição há quem considere a atitude irresponsável e suspeita.

Liderança – O enfrentamento aos problemas sociais causados pela pandemia do novo coronavírus tem sido uma tônica do deputado estadual Delegado Erick Lessa, principalmente nas áreas de economia, segurança e saúde. Na semana passada, Lessa se reuniu com representantes do Movimento Pró Pernambuco, que engloba entidades empresariais, buscando estruturar um planejamento para a retomada da economia no estado. Lessa também demonstrou preocupação com a higienização dos equipamentos e viaturas de guardas municipais e agentes de trânsito em Caruaru, e com o contágio de idosos com covid-19 na Casa dos Pobres São Francisco de Assis, conhecido abrigo situado em Caruaru.

Tutela – “Tentar exercer uma tutela sobre a jurisdição do STF e ameaçá-lo é violação expressa da Constituição. É crime contra a Democracia. Não pode ficar impune! O Congresso Nacional vai cumprir o seu papel!”, afirmou o deputado federal Tadeu Alencar (PSB) sobre as declarações do ministro do Gabinete da Segurança Institucional, general Heleno.

Demissão – Questionado se na condição de presidente da República demitiria o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) foi taxativo ao dizer que sim, demitiria o ministro após as declarações sobre o STF.

Inocente quer saber – Teremos mudanças na equipe ministerial de Bolsonaro nos próximos dias?

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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