Blog Edmar Lyra

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 20 de setembro de 2017 1 comentário

Coluna do blog desta quarta-feira

Poucas mudanças ocorrerão para as eleições de 2018

A Câmara dos Deputados sepultou ontem de uma vez por todas a possibilidade de o sistema eleitoral chamado de distritão ser utilizado para as eleições de 2018 ou de 2022. Faltou um consenso sobre o tema porque os deputados tiveram medo do desconhecido. Faltando menos de um ano para as eleições do ano que vem, ninguém sabia como seria o comportamento do eleitor diante de todos os escândalos e num novo sistema eleitoral e por isso preferiram jogar o jogo que já conhecem.

Com o distritão sepultado, só existem três mudanças factíveis no nosso sistema eleitoral, que é o fim das coligações proporcionais, a cláusula de barreira e o financiamento público de campanha. O fim das coligações, que já se configuraria num grande avanço, já é visto como algo que só ocorrerá nas eleições de 2022. Porém, há uma forte possibilidade de o próprio TSE decidir o que o Congresso tem sido incapaz de legislar, e vetar as coligações já para 2018.

Viabilizando o fim das coligações, teríamos um fenômeno muito parecido com o bipartidarismo, onde dificilmente algum deputado disputaria por partidos pequenos. Em Pernambuco há a expectativa de que para deputado estadual somente PSB, PMDB, PTB, PSDB, PP, PT, PDT, PSD e PSC seriam atrativos para candidatos, uma vez que possuem chapa para atingir o quociente eleitoral e condições de eleger bancadas representativas. Já partidos como PSOL, PRB, PSL, Podemos, PR, PPS, DEM, PRTB, PHS e PEN dificilmente atingiriam quociente e elegeriam ao menos um deputado.

No caso de federal, a situação é ainda mais complexa, apenas PSB, PMDB e PTB teriam condições de sozinhos eleger deputados federais, os demais com muita dificuldade elegeriam um parlamentar, como é o caso de PSD, Solidariedade, PDT, Democratas e Podemos, que têm cada um apenas um deputado com votações abaixo do quociente eleitoral.

Esse movimento por si só praticamente dizima os partidos pequenos, uma vez que não haverá a atratividade de outrora. Como se não bastasse a cláusula de barreira serviria para reduzir drasticamente a quantidade de siglas com acesso a fundo partidário e tempo de televisão. Por fim o financiamento público, que é a joia da coroa dos políticos, que querem que o contribuinte agora seja responsável por bancar as suas eleições. Os políticos, como sempre, seguem legislando em causa própria de olho apenas no próximo mandato em detrimento do futuro do país, da democracia e da boa representatividade.

Contraponto – Com os prefeitos de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira e do Cabo de Santo Agostinho Lula Cabral cada vez mais próximos de Fernando Bezerra Coelho, setores do Palácio defendem alinhamento com o ex-prefeito das duas cidades Elias Gomes, atualmente no PSDB mas de malas prontas para sair. Elias seria o contraponto ideal para Paulo Câmara num contingente de 600 mil eleitores.

Confusão – Pouca gente ficou sabendo mas na homenagem aos 70 anos do PSB realizada no mês passado na Alepe, Edson Barbosa e Diego Brandy, que trabalharam nas campanhas de Eduardo Campos, quase foram as vias sem fato na solenidade. O problema só não foi maior porque a turma do deixa disso segurou.

Marcação cerrada – O PSB vem monitorando os movimentos do senador Fernando Bezerra Coelho e fazendo o contraponto imediato. Na semana passada ele recebeu a visita do prefeito de Olinda Professor Lupércio, depois Sileno Guedes foi ao prefeito fechar a participação do PSB no governo dele em Olinda. Ontem Lula Cabral recebeu a visita de Felipe Carreras, Fred Amâncio e Iran Costa após receber Fernando em seu gabinete.

Hepta – O Náutico já não pode mais se vangloriar do hexacampeonato da década de 1960. Seu torcedor mais ilustre, o ex-presidente Lula, roubou-lhe o posto e virou hepta-réu ontem. Desta vez Lula será investigado por ter atuado na venda de uma medida provisória para beneficiar as montadoras de automóveis no Brasil.

RÁPIDAS

Prioridade – O senador Fernando Bezerra Coelho, pré-candidato a governador, estabeleceu como meta fazer do ministro de Minas e Energia Fernando Filho um deputado federal mais votado do que João Campos, herdeiro de Eduardo e candidato preferencial do Palácio do Campo das Princesas em 2018.

Resolvido – Na Alepe, inclusive entre deputados do PSB, a maioria considera a situação do PMDB como caso resolvido. Jarbas Vasconcelos e Raul Henry não conseguirão reverter a mudança de comando do diretório estadual junto ao diretório nacional e precisarão tomar uma decisão imediata quanto ao caminho que será trilhado a partir de então.

Inocente quer saber – Quantos votos João Campos terá para deputado federal em 2018?

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Postado por Edmar Lyra às 11:50 am do dia 19 de setembro de 2017 Deixe um comentário

Antonio Lavareda participa de seminário de reforma política em BH

O sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, requisitado para palestras nesse período pré-eleitoral, participa do seminário da Associação Brasileira de Ciência Política – Regional Sudeste, cujo tema é “Reforma política: por que e para quem?”. O evento acontece nesta quarta (20), na Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte.

Lavareda participará do debate sobre “Parlamentarismo e Presidencialismo de Coalizão: Soluções ou Crises?”, com o cientista político e professor da UFMG Leonardo Avritzer. O filósofo e professor da USP Renato Janine Ribeiro abre o seminário com a palestra “A Reforma da Ética e a Ética na Reforma Politica”.

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Postado por Edmar Lyra às 18:20 pm do dia 12 de setembro de 2017 1 comentário

Artigo: Seria o tiro de misericórdia na renovação política?

Não é de hoje que parte da classe política anda na contramão da vontade do povo. Prova disso é a PEC 77, que trata da tão esperada reforma política. Quando falamos em reforma, você imagina algo que irá melhorar, reformar, arrumar.

A reforma que estamos vendo na Proposta de Emenda Constitucional 77/03, que altera alguns pontos da legislação eleitoral, e que está em discussão na Câmara dos Deputados, passa longe de uma “reforma”. A proposta é apenas uma mão de tinta sobre a madeira podre. Uma nova embalagem em um produto ruim. O “distritão”, que foi aprovado na comissão especial por 17 votos a 15, dificulta a renovação politica. O argumento de alguns deputados é que este modelo acabaria com os puxadores de voto, o famoso efeito Tiririca. Conforme estudo realizado pela International Institute of Democracy, o modelo em discussão é adotado somente em 2% dos países, em uma lista de 200 nações. Um desses países é o Afeganistão.

No atual modelo proporcional, o quociente eleitoral é determinado pelo resultado do número de votos válidos, divididos pelo número de cadeiras disputadas no estado, conforme o art 106 do Código Eleitoral. Então se o QE (quociente eleitoral) for de 200 mil votos e um candidato obter 1 milhão de votos, ele sozinho garante cinco cadeiras para sua legenda. No modelo distritão, esse deputado apenas garantirá a sua vaga. Mas onde este fator diminui a renovação?

Raciocine comigo: Um deputado federal, em seu mandato em Pernambuco, tem em sua estrutura algo em torno de 15,3 milhões de emendas parlamentares, a cada ano, as quais ele distribui para sua base eleitoral, auxiliando o desenvolvimento, melhorando a vida das pessoas e automaticamente ganhando visibilidade.

Ele possui ainda verbas de gabinete para o exercício do seu mandato, onde ele tem disponível mensalmente R$ 92 mil para contratar até 25 funcionários. Tem também de R$ 30.416,80 a R$ 45.240,67 por mês para gastar com passagens, telefone, correios, gasolina, entre outras despesas, para realizar seu trabalho como parlamentar. Soma-se a tudo isso a visibilidade através da imprensa, da equipe de trabalho, dos apoiadores, dos cabos eleitorais e da estrutura partidária.

Agora imagine alguém que queira se candidatar a uma dessas vagas de deputado federal. Ele ou ela não tem nenhum pedaço desta estrutura e, com a legislação eleitoral vigente, terá apenas 45 dias para ir em busca do voto.

Caso o distritão seja aprovado no plenário, pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, a ordem dos eleitos se dará pelos mais votados, diminuindo assim o número de candidatos. Com o distritão teremos menos concorrentes, menos debates e menos pluralidade de ideias por conta da disparidade de estrutura entre os postulantes.

Uma reforma efetiva e ampla se daria na verdade com o fim das coligações no legislativo e executivo, juntamente com a cláusula de desempenho que possibilitaria diminuir o número de partidos que, atualmente, chega a 35 registrados no TSE.

Que tipo de governo programático podemos ter onde um partido de esquerda e um de direita se unem para governar? A reforma tem que vir para melhorar e dar mais oxigenação para a política, mais espaço para os jovens e as mulheres e não o contrário. A classe política vem nos matando aos poucos, com doses homeopáticas de descrédito e de imoralidade. Contudo, desta vez, querem dar um tiro só, sem dó nem piedade.

Alexandre Almeida é acadêmico de direito e presidente da Juventude Democratas de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 16 de agosto de 2017 Deixe um comentário

Coluna do blog desta quarta-feira

Os candidatos dos prefeitos em 2018 

As eleições de 2018 deverão ter nomes apoiados pelas estruturas de prefeitos que assumiram em janeiro e deverão ser responsáveis por uma mudança significativa na composição da Assembleia Legislativa e da Câmara dos Deputados no ano que vem. A começar por Ipojuca, a prefeita Célia Sales trabalha com o cenário de mandar seu esposo e atual secretário de Educação Romero Sales para a Alepe caso ele consiga ser candidato, o federal de Célia será Ricardo Teobaldo.

No caso do Cabo de Santo Agostinho, o prefeito Lula Cabral deverá repetir o apoio a Felipe Carreras para deputado federal, caso ele cumpra os compromissos acertados com o município para poder ter argumento de ganhar os votos da cidade. Para deputado estadual existem três nomes, o atual deputado Everaldo Cabral, o secretário de governo Paulo Farias e a empresária Fabíola Karla que poderão ter o apoio do gestor para uma tentativa de chegar a Alepe.

Em Jaboatão dos Guararapes, segundo maior colégio eleitoral de Pernambuco, o prefeito Anderson Ferreira já bateu o martelo e decidiu que lançará Manoel Ferreira para deputado estadual e André Ferreira para deputado federal. No caso de Olinda, o prefeito Professor Lupércio apoiará a candidatura de Augusto Coutinho, que tenta a reeleição, enquanto André Siqueira deverá ter o apoio de setores da gestão por ser um candidato da cidade. Para o mandato de deputado estadual, o nome da primeira-dama Claudia Cordeiro vem sendo costurado na cidade, e deverá ser formalizado no ano que vem.

Em Camaragibe, o prefeito Demóstenes Meira, apesar de ser filiado ao PTB, já bateu o martelo e apoiará Aluisio Lessa para deputado estadual e Marinaldo Rosendo para deputado federal, ambos filiados ao PSB. No caso de Caruaru, após a expressiva vitória obtida em 2016, a prefeita Raquel Lyra deverá lançar o seu marido Fernando Lucena para deputado estadual e deverá formalizar a candidatura do ex-governador João Lyra Neto para deputado federal.

Em Vitória de Santo Antão o nome de Aglailson Victor para deputado estadual é pule de dez com o apoio do prefeito Aglaílson Júnior. Já em Petrolina, o prefeito Miguel Coelho poderá apoiar a postulação do primo José Coelho para a Alepe e deverá ajudar Guilherme Coelho para deputado federal, porém seu candidato oficial para a Câmara é o seu irmão Fernando Filho.

Os prefeitos sabem da importância de terem o apoio de um deputado federal e um deputado estadual, e muitos deles reconhecem o quanto é importante apoiar candidatos da sua cozinha, pois é uma extensão da influência da prefeitura para poder destravar projetos junto aos secretários e o governador no caso do estadual e junto aos ministros e presidente no caso do federal. Todos os citados possuem grandes chances de serem vitoriosos caso confirmem suas candidaturas pois terão apoios significativos em colégios eleitorais relevantes do estado.

Financiamento – O deputado federal Danilo Cabral (PSB) defende que o financiamento das campanhas eleitorais deve ser feito através dos mecanismos no sistema político-partidário brasileiro. O parlamentar propôs que, inicialmente, a Câmara Federal discuta a redução dos custos dessas campanhas. “Já houve um movimento nesse sentido em 2014, mas há espaço para reduzir mais e, a partir disso, se faça o financiamento com os recursos já existentes, especialmente o fundo partidário.

Trânsito – A Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) se reune nesta quarta-feira, às 9h, no Plenarinho III, no Edifício Miguel Arraes de Alencar, para debater para iniciativas que buscam combater os altos índices de acidentes de trânsito, principalmente com motocicletas, que ocasionam vítimas fatais, incapacidades ou com sequelas psicológicas, o que gera um impacto econômico significativo, principalmente no sistema de saúde pública.

Hemobrás – O senador Armando Monteiro (PTB) comemorou a decisão do Governo Federal de manter em Pernambuco a fabricação do fator VIII recombinante, no complexo da Hemobrás em Goiana. A continuidade dos investimentos e a viabilidade da fábrica de Goiana vinha sendo ameaçada com a possível construção de outra planta no Paraná.

Afronta – O deputado federal Silvio Costa (PTdoB), vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, classificou como afronta ao país a proposta de criar um fundo de R$ 3,6 bilhões para financiar as campanhas eleitorais. Silvio defendeu o fim das coligações proporcionais, a implantação da cláusula de barreira e o fim do fundo partidário como pontos de uma reforma política séria.

RÁPIDAS

CREA – O geólogo Waldir Duarte Costa Filho assumiu a presidência do órgão desde o último dia 13, por um período de três meses. Waldir assumiu em exercício para que o presidente licenciado, o engenheiro civil Evandro Alencar, pudesse concorrer à reeleição no dia 13 de novembro para uma nova gestão (2018/2020).

Independência – Ontem os vereadores olindenses mostraram total independência ao Poder Executivo, no que se refere a votações e decisões que interfiram na vida dos olindenses. O projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018, enviado pela prefeitura, antes de ser votado em plenário, recebeu o total de oito emendas, sendo seis modificativas, uma aditiva e uma supressiva.

Inocente quer saber – O que motivou o desentendimento entre o ministro Bruno Araújo e o deputado Daniel Coelho?

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Postado por Edmar Lyra às 1:34 am do dia 22 de agosto de 2013 Deixe um comentário

Tony Gel volta a Brasília para discutir Reforma Política.

Indicado pela Assembleia Legislativa para representar Pernambuco em evento da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), o deputado estadual Tony Gel (DEM) participa hoje e amanhã, em Brasília, de discussões sobre a Reforma Política no Brasil. O parlamentar fará um balanço das discussões sobre o tema em Pernambuco.

De acordo com o deputado, somente algumas questões pontuais serão objeto de mudança neste momento. Entre as matérias apresentadas, está a redução do tempo de campanha política de 90 para 45 dias e a eliminação do guia eleitoral, que passaria a ser fracionado em comerciais de 30 e 60 segundos.

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Postado por Edmar Lyra às 1:33 am do dia 10 de julho de 2013 Deixe um comentário

Coluna Gazeta Nossa edição 165.

Pontos para uma boa reforma política.

Após os protestos generalizados que colocaram em xeque a credibilidade do governo Dilma Rousseff e consequentemente do PT, a presidenta decidiu então convocar um plebiscito para colocar a reforma política em prática. Dilma começou errado, porque o custo de um plebiscito é elevadíssimo e não há condições logísticas e regimentais para viabilizá-lo ainda este ano para que as mudanças começassem a valer já para as eleições do ano que vem. O objetivo da presidenta foi dar uma resposta imediata ao clamor da população, porém, não foi da forma como deveria. Então iremos nos ater a uma necessidade do Brasil: a reforma política. Independentemente de plebiscito ou referendo, seria imprescindível que o Congresso Nacional, democraticamente eleito pelo povo apresentasse e votasse uma reforma condizente com o que almeja o Brasil, ou seja, menos corrupção e mais eficiência no setor público. A corrupção começa no processo eleitoral, na formação das chapas proporcionais, nas alianças pragmáticas visando o tempo de televisão e de rádio, passando pelo financiamento das campanhas eleitorais por parte de empresas que dependem de licitações e contratos governamentais. A saída para uma reforma política objetiva e necessária para o país seria conjunturada na redução dos partidos políticos através da cláusula de barreira. São 32 agremiações partidárias existentes e algumas outras tentando ser criadas. Na prática são menos de dez partidos que têm alguma identidade política, os demais são verdadeiros balcões de negócios. Excluindo a maioria das siglas, teríamos uma identidade maior dos partidos. Posteriormente, seria importante a colocação do advento da verticalização, isto é, alianças idênticas entre partidos da disputa pra presidente a disputa para vereador. É inaceitável que o PSDB se alie ao PTB em São Paulo, enquanto no Acre, o PSDB se alia ao PT, o PTB ao PCdoB e por aí vai. Fazendo com que as alianças sejam pontuais e pragmáticas visando exclusivamente o benefício próprio de seus líderes. Sob o ponto de vista das eleições, seria importante que legisladores (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) fossem eleitos num ano e dois anos depois executivos (prefeitos, governadores e presidente) fossem eleitos. Isso evitaria que prefeitos, governadores e presidente influenciassem diretamente a eleição de quem irá fiscalizá-los. Seguindo neste contexto, para alguém disputar um mandato executivo tendo um legislativo ele teria que renunciar ao cargo, evitando assim o carreirismo que é tão maléfico ao povo. Por fim, pontos imprescindíveis para moralizar a política, o primeiro seria a implantação do voto distrital para todos os cargos legislativos, evitando assim o problema do quociente eleitoral que muita gente não entende como são distribuídas as vagas para as Casas Legislativas. E o mais polêmico de todos: o financiamento público de campanha. Todos os candidatos que almejassem uma cadeira na política teriam direito aos recursos públicos desde que comprovada a utilização em produção de guia eleitoral, site de campanha e reuniões para discussões de ideias, sendo vedada a utilização de materiais publicitários, militância paga, etc. Na esteira dessa decisão, redução do período de campanha para apenas quarenta e cinco dias e para se candidatar a qualquer cargo público, de vereador a presidente, o aspirante teria que ser submetido a um exame de conhecimentos para ser tido como apto ao processo, como em qualquer área pública. Talvez com isso, tivéssemos uma saída honrosa para moralizar a política brasileira. Resta saber se o Congresso Nacional e os políticos em geral irão acatar uma boa reforma ou se continuarão empurrando com a barriga um tema tão importante para o país.

Dilma – Após os protestos, a popularidade da presidenta caiu vertiginosamente. Ela poderá reverter essa curva, mas também pode continuar caindo a ponto de se inviabilizar para a reeleição. Só o tempo poderá dizer.

Eleições – A onda de protestos que assolou o Brasil nos últimos dias mostrou que quem está no poder deve colocar as barbas de molho. Muita gente que está acostumada com mandatos eletivos sucessivos pode ser defenestrada do poder no ano que vem.

Esfriou – Tanto os presidenciáveis quanto os aspirantes ao Governo de Pernambuco no ano que vem, após a onda de protestos, acabaram dando uma mergulhada na política nos últimos dias.

PSDB – A postura do PSDB é no mínimo contraditória. A sua bancada na Assembleia Legislativa vive atacando Eduardo Campos, do PSB. Mas a principal prefeitura do PSDB, Jaboatão, é governada por Elias Gomes que tem como vice Heraldo Selva, do PSB. Além disso, Pedro Eurico, integrante dos tucanos, é secretário de Eduardo Campos. Haja contradição!

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Postado por Edmar Lyra às 3:27 am do dia 9 de julho de 2013 Deixe um comentário

Como ficaria a Câmara do Recife com o voto distrital?

RPA_todas
O mapa do Recife distribuindo todas as RPAs.

Muito tem se discutido sobre uma eventual reforma política e vários balões de ensaio estão sendo feitos para chegarem a um denominador comum. Um dos pontos polêmicos que podem ser discutidos seria a implantação do voto distrital.

Numa disputa pela Câmara do Recife seriam divididas 39 vagas para vereador por seis Regiões Político-Administrativas. Vejamos como ficaria, caso fosse escolhido através desta modalidade.

Na RPA 1, composta por Santo Amaro, Bairro do Recife, Boa Vista, Cabanga, Ilha do Leite, Paissandu, Santo Antônio, São José, Coelhos, Soledade e Ilha de Joana Bezerra a população teria direito a eleger dois vereadores.

Na RPA 2, composta por Arruda, Campina do Barreto, Campo Grande, Encruzilhada, Hipódromo, Peixinhos, Ponto de Parada, Rosarinho, Torreão, Água Fria, Alto Santa Terezinha, Bomba do Hemetério, Cajueiro, Fundão, Porto da Madeira, Beberibe, Dois Unidos e Linha do Tiro a população teria direito a eleger cinco vereadores.

Na RPA 3, composta por Aflitos, Alto do Mandu, Alto José Bonifácio, Alto José do Pinho, Apipucos, Brejo da Guabiraba, Brejo de Beberibe, Casa Amarela, Casa Forte, Córrego do Jenipapo, Derby, Dois Irmãos, Espinheiro, Graças, Guabiraba, Macaxeira, Monteiro, Jaqueira, Nova Descoberta, Parnamirim, Passarinho, Pau-Ferro, Poço da Panela, Santana, Sítio dos Pintos, Tamarineira, Mangabeira, Morro da Conceição e Vasco da Gama, a população teria direito a eleger oito vereadores.

Na RPA 4, composta por Cordeiro, Ilha do Retiro, Iputinga, Madalena, Prado, Torre, Zumbi, Engenho do Meio, Torrões, Caxangá, Cidade Universitária e Várzea, a população teria direito a eleger sete vereadores.

Na RPA 5, composta por Afogados, Areias, Barro, Bongi, Caçote, Coqueiral, Curado, Estância, Jardim São Paulo,  Jiquiá, Mangueria, Mustardinha, San Martin, Sancho, Tejipió e Totó, a população teria direito a eleger sete vereadores.

Na RPA 6, composta por Boa Viagem, Brasília Teimosa, Imbiribeira, Ipsep, Pina, Ibura, Jordão e Cohab, a população teria direito a eleger dez vereadores.

Os dados acima foram calculados de forma proporcional ao tamanho da população de acordo com o IBGE para cada Região Político-Administrativa. A maior RPA é a 6 com 25% da população do Recife, seguida pela RPA 3 com 20%, pela RPA 4 com 18%, RPA 5 com 17%, RPA 2 com 15% e RPA 1 com 5%.

Caso a medida seja colocada em prática, beneficiaria os bairros populosos que passariam a ter maior representatitividade, o que hoje praticamente inexiste. A RPA 6 que na modalidade distrital teria direito a dez representantes, hoje se muito tiver, tem quatro vereadores voltados para a mesma.

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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