Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 21 de dezembro de 2021 1 comentário

Coluna da Folha desta terça-feira

Foto: Ricardo Stuckert

Jantar para selar aliança entre Lula e Alckmin 

No último domingo, o ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participaram de um jantar promovido pelo grupo Prerrogativas num restaurante na capital paulista que reuniu a nata da classe política que apoia a tentativa de Lula em chegar pela terceira vez ao Palácio do Planalto.

Dentre os presentes, a deputada federal Marília Arraes, o deputado estadual Clodoaldo Magalhães, o prefeito João Campos, a vice-governadora Luciana Santos, presidente nacional do PCdoB, e o governador Paulo Câmara, além de nomes nacionais como Renan Calheiros, Baleia Rossi e outros políticos de peso.

O evento consolidou o que já se cogitava há meses, uma inédita aliança entre dois políticos que estiveram em campos antagônicos e até mesmo se enfrentaram na disputa presidencial de 2006. A convergência de Lula e Geraldo Alckmin reforça uma aliança mais ao centro por parte do ex-presidente Lula no sentido de contrapor o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, que apesar de estar em baixa nas pesquisas, não deve ser menosprezado.

Essa aliança mais ao centro, além de facilitar a convergência de PT, PSB e PSD em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, permite que Lula possa caminhar para setores que passaram a apoiar o bolsonarismo, a exemplo da classe média e setores empresariais. Garantir uma largada no coração econômico do país com a aliança com Alckmin é fundamental para consolidar o favoritismo de Lula nas pesquisas eleitorais.

Prestes a iniciar 2022, a aliança entre dois políticos experientes e tarimbados como Lula e Geraldo Alckmin, é sem sombra de dúvidas o grande fato político de 2021 e que naturalmente obrigará o presidente Jair Bolsonaro a se reinventar no tocante ao seu governo e caminhar também para o centro se quiser recuperar terreno na busca pela reeleição em 2022.

Homenagem – A Associação Avícola de Pernambuco (Avipe) realizou um jantar em homenagem a todos aqueles que contribuíram com o setor, dentre eles o governador Paulo Câmara, o presidente da Perpart, Nilton Mota, a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, o prefeito do Recife, João Campos, o deputado federal Augusto Coutinho, e o secretário da Fazenda, Décio Padilha. Décio foi homenageado com o troféu Alysson Paolinelli pelas ações prestadas em prol do desenvolvimento e sustentabilidade do setor que movimenta milhões na economia do estado.

Expectativa – Além do fato político produzido pela aliança entre Lula e Alckmin selada em jantar na capital paulista, o PT trabalha no sentido de desmobilizar as pré-candidaturas dos senadores Rodrigo Pacheco (PSD) e Simone Tebet (MDB) ao Palácio do Planalto em 2022.

Realidade – O objetivo é produzir uma coalizão de centro em torno de Lula que possa consolidar uma vitória inédita do PT já no primeiro turno em 2022, quanto menos candidaturas existirem ao centro, maiores seriam essas chances para evitar um segundo turno de quase 30 dias em uma eleição sangrenta contra o detentor da caneta Jair Bolsonaro, que teria mecanismos para tentar se recuperar.

Inocente quer saber – O pré-candidato a deputado federal Clodoaldo Magalhães irá mesmo se filiar ao Partido dos Trabalhadores?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 20 de dezembro de 2021 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta segunda-feira

As credenciais de Silvio Costa Filho na disputa pelo Senado 

No quinto mandato parlamentar, sendo um como vereador, três como deputado estadual e atualmente deputado federal, Silvio Costa Filho está colocado na condição de pré-candidato ao Senado Federal pela Frente Popular. Aos 39 anos, Silvio voltou ao grupo liderado pelo PSB e foi fundamental para a vitória de João Campos em 2020 no Recife ao levar o importante tempo do Republicanos para o socialista.

Ao ingressar na Frente Popular, Silvio Costa Filho não fez nenhuma exigência, muito pelo contrário, colocou-se à disposição do PSB no sentido de contribuir através do seu mandato em Brasília com as gestões socialistas do governador Paulo Câmara e do prefeito João Campos, mas ainda assim o seu partido acabou contemplado com espaços tanto na capital quanto no estado, consolidando a aliança entre o Republicanos e o PSB.

Extremamente habilidoso, Silvio Costa Filho tem conquistado o chamado núcleo duro do PSB, através de um diálogo permanente com socialistas na tentativa de emplacar a única vaga de senador em disputa pela Frente Popular. O parlamentar, que sempre foi muito elogiado por Eduardo Campos pela sua capacidade de trabalho, nunca foi candidato majoritário na condição de titular da chapa, apenas como vice-prefeito em 2016, quando acabou derrotado, e abdicou de se lançar na eleição de 2020 para ser um soldado do projeto de João Campos.

A definição do nome para o Senado Federal na Frente Popular só deverá acontecer até o primeiro trimestre de 2022, e um dos ativos do postulante republicano, além da boa relação com o PSB, é a sua robusta base de prefeitos, vice-prefeitos e lideranças de oposição nos municípios, possibilitando-lhe uma rede de apoios que deverá garantir pelo menos 150 mil votos para serem distribuídos com diversos parlamentares da Frente Popular e especialmente do PSB.

Presenças – Além do governador Paulo Câmara, de diversos secretários, e de diversos parlamentares da Frente Popular, chamou a atenção as presenças do deputado federal Danilo Cabral, um dos pré-candidatos do PSB a governador, e do pré-candidato a deputado federal Pedro Campos na segunda festa de aniversário do secretário da Casa Civil, José Neto.

Definição – Durante o aniversário de José Neto, uma das opções do PSB para disputar o governo de Pernambuco em 2022, o governador Paulo Câmara afirmou que a definição do candidato escolhido pela Frente Popular para disputar o Palácio do Campo das Princesas deverá acontecer em janeiro.

Chapa – Um dirigente de um importante partido da Frente Popular avalia que a chapa deverá ser composta pelo PSB com o nome para governador, com o PT para vice-governador e André de Paula, do PSD para disputar o Senado Federal. Entre os nomes do PT, segundo ele, estariam as opções de Dilson Peixoto, Doriel Barros e Teresa Leitão.

Jantar – O jantar organizado pelo grupo Prerrogativas reuniu em São Paulo o ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin, que deverão compor a chapa presidencial do PT. O encontro contou com diversas lideranças políticas, dentre elas a ex-senadora Marta Suplicy, o ex-ministro Fernando Haddad, o ex-governador Marcio França e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara.

Inocente quer saber – Bolsonaro é mesmo carta fora do baralho em 2022?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 18 de dezembro de 2021 20 Comentários

Coluna da Folha deste sábado

A reavaliação do PDT sobre Ciro Gomes 

O PDT possui uma trajetória importante na esquerda brasileira, sendo a principal legenda no campo progressista após o PT e o PSB. A sigla possui 28 deputados federais eleitos em 2018 e tem colocada a pré-candidatura do ex-ministro Ciro Gomes a presidência da República.

Três vezes candidato à presidência, Ciro Gomes novamente se coloca como alternativa para disputar o Palácio do Planalto em 2022, mas todas as pesquisas têm apontado a inviabilidade da candidatura, que perdeu sua razão de existir com a entrada do ex-presidente Lula, líder absoluto em todos os levantamentos.

O PDT possui atualmente nove pré-candidatos a governador, porém tem chances efetivas de vitória em três estados, o que exigiria uma reavaliação do projeto nacional em prol de fortalecer a bancada federal e aumentar a competitividade dos seus candidatos majoritários em 2022.

Isso se daria com maior efetividade no bojo de uma participação na federação liderada pelo PT, que já tem outras legendas como o PSB, o PCdoB e até mesmo o PSOL, que já avalia o ingresso neste projeto. A chegada do PDT resolveria a equação dos parlamentares nos estados e possibilitaria uma ampla frente parlamentar em torno do projeto do ex-presidente Lula, que se eleito, poderia ter uma base homogênea de até 200 deputados federais.

A saída de Ciro Gomes do páreo é de longe o melhor caminho a ser adotado, tanto para o próprio postulante, que evitaria o risco de repetir Marina Silva em 2018 que terminou com 1%, quanto para a bancada do partido que teria melhores condições de renovar seus mandatos em 2022, e para o próprio campo de esquerda, que consolidaria a possibilidade de Lula vencer no primeiro turno contra Jair Bolsonaro. É preciso que o presidenciável faça uma autorreflexão, pois a sua permanência no jogo é algo que terminará sendo ruim para todos os envolvidos.

Emendas – Por maioria (8×2), o plenário do STF referendou liminar da ministra Rosa Weber que autorizou a continuidade das emendas de relator ao orçamento da União. A decisão da relatora condicionou a execução das emendas à observância das regras de transparência editadas pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados. Em seu voto, a ministra observou que levou em consideração o “risco de prejuízo à continuidade da prestação de serviços essenciais à população e à execução de políticas públicas”.

Nova homenagem – Após receber uma homenagem no salão das bandeiras no Palácio do Campo das Princesas pela passagem do seu aniversário, o secretário da Casa Civil, José Francisco Neto, receberá nova homenagem neste sábado no Arcádia Boa Viagem, que deverá ser bastante prestigiada pela classe política pernambucana.

2024 – O deputado estadual José Queiroz (PDT) é candidato à reeleição em 2022, mas em Caruaru o seu grupo político já fala numa possível candidatura a prefeito em 2024, se eleito seria a quinta vez em que Queiroz governaria a cidade mais importante do interior de Pernambuco.

Inocente quer saber – Mantendo Ciro Gomes no páreo, como o PDT ampliará suas bancadas em 2022 sem participar da federação?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 7 de dezembro de 2021 1.164 Comentários

Coluna da Folha desta terça-feira

Fatores que atuam contra a oposição em 2022 

A oposição se prepara para enfrentar novamente o PSB nas urnas em 2022 após quatro derrotas consecutivas para o Palácio do Campo das Princesas. Pelo menos três nomes estão colocados, são os prefeitos Anderson Ferreira (PL), Raquel Lyra (PSDB) e Miguel Coelho (União Brasil), porém não há indicativo que eles se unirão em torno de um único projeto.

Além dos três partidos de cada prefeito, a oposição conta com Cidadania, Podemos, Patriota e PSC, todas legendas de pouco tempo de televisão e pouca representatividade eleitoral. Não há, por enquanto, nenhum indicativo de que a Frente Popular perderá apoios para a oposição, o que denota a força do grupo liderado pelo PSB que comanda a capital pernambucana com o bem-avaliado João Campos e detém mais de 100 prefeituras entre os partidos de toda a coligação governista.

Se do ponto de vista político há uma dificuldade muito grande em busca da unidade oposicionista, a conjuntura eleitoral também atua contra a oposição, haja vista que a Frente Popular terá o ex-presidente Lula em seu palanque, enquanto a oposição tem medo de apresentar Bolsonaro e tem dificuldades de encontrar alternativas competitivas para garantir palanque no estado.

A disputa proporcional é outro fator de fragilidade da oposição, na disputa de 2018 apenas André Ferreira figurou entre os mais votados daquele pleito, os outros ou estavam na Frente Popular ou migraram para o grupo liderado pelo PSB, isso sem contar com outros elementos que jogam contra a oposição como a falta de material humano para difundir o projeto do grupo, sobretudo na condição de fragmentação que está posta com pelo menos três candidaturas.

Faltando cinco meses para a desincompatibilização dos prefeitos que serão candidatos em 2022, a oposição tem pouco horizonte de melhora até lá, e precisará se reinventar como nunca para evitar a quinta derrota seguida para o PSB em disputas pelo governo de Pernambuco.

Encontro – Integrante do PP e consequentemente da Frente Popular, o deputado estadual Romero Albuquerque esteve reunido com o prefeito de Petrolina e pré-candidato a governador de Pernambuco, Miguel Coelho. Eles postaram a foto nas redes sociais, o que leva a crer que Romero estaria avaliando aderir ao projeto do postulante do União Brasil.

Apoio – O presidente nacional do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força, decidiu que o seu partido marchará com a candidatura do ex-presidente Lula em 2022. Em Pernambuco, o partido que é presidido pelo deputado federal Augusto Coutinho, já integra a Frente Popular, que também apoiará Lula em 2022.

Sentimentos – No último domingo, o presidenciável do Podemos, Sergio Moro, foi recepcionado por militantes do PT na entrada do Teatro RioMar sendo chamado de juiz ladrão e parcial, já no recinto foi aplaudido por uma plateia quase lotada. Moro mal entrou na disputa presidencial e tem despertado diversos sentimentos no eleitorado, inclusive o bolsonarista que tem lhe chamado de traíra por ter deixado o governo Bolsonaro e fazer oposição ao presidente.

Inocente quer saber – A oposição pernambucana poderá produzir algum fato novo na disputa de 2022?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 3 de dezembro de 2021 2 Comentários

Coluna da Folha desta sexta-feira

Foto: Ricardo Stuckert

Uma aliança sólida em torno de Lula para 2022

Líder absoluto em todas as pesquisas eleitorais, o ex-presidente Lula costura o apoio de siglas de esquerda no sentido de garantir um palanque robusto para fazer um contraponto ao presidente Jair Bolsonaro em 2022, que apesar de figurar na segunda colocação nos levantamentos, possui a caneta de presidente e poderá se recuperar no próximo ano.

Para fazer um enfrentamento eficiente e que possa lhe garantir não só palanques estaduais, tempo de televisão e uma certa governabilidade em caso de vitória, o ex-presidente Lula costura uma chapa com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin para a disputa do próximo ano. A presença de Alckmin, um político respeitado e que desempenhou com êxito as quatro vezes em que ocupou o Palácio dos Bandeirantes, agrega valor em setores da sociedade para o projeto de Lula, em especial a classe média e os setores industrial e financeiro, que sempre tiveram ressalvas ao PT.

Essa não é a única frente em que Lula trabalha, o petista considera a criação de uma federação que contaria com PT, PSB e PCdoB, e ainda poderia atrair mais dois partidos de esquerda, o PSOL e o PDT, que precisariam da federação para salvar alguns parlamentares com dificuldade de montagem de chapas. No caso do PDT, especificamente, haveria um outro desdobramento, que seria a desistência de Ciro Gomes da disputa presidencial, pontuando com apenas um dígito nas pesquisas, Ciro saindo do páreo ajudaria Lula na busca pela vitória já no primeiro turno. As articulações estão a pleno vapor e as definições devem acontecer até o primeiro trimestre de 2022.

Retomada – O governador Paulo Câmara visita, nesta sexta-feira, municípios do Agreste Setentrional, para levar ações e investimentos do Plano Retomada. A agenda tem início em Vertente do Lério. Em seguida, ele estará em Surubim, onde inaugura a Central de Oportunidades de Pernambuco e visita o Hospital São Luiz. Finalizando os compromissos do dia, Paulo Câmara segue para o município de Cumaru, onde fará mais anúncios.

Despejos – O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, estendeu até 31 de março de 2022 as regras que suspendem os “despejos e as desocupações por conta da pandemia da covid-19”. Na decisão, o ministro também estabeleceu que a medida vale para imóveis “tanto de áreas urbanas quanto de áreas rurais”. Para Barroso, a medida é urgente, diante da existência de 123 mil famílias ameaçadas de despejo no país.

Vacinação – O Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou que o Governo Federal exija dos visitantes estrangeiros comprovação do “ciclo vacinal relativo à covid-19, a exemplo de diversos países ao redor do mundo”. O relator foi o ministro Vital do Rêgo.

Aprovação – O Senado Federal aprovou, por 64 votos a favor e apenas 13 contrários, a PEC dos Precatórios. O texto, relatado pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), ainda vai ao segundo turno para voltar para a Câmara dos Deputados. Se aprovado, garante o pagamento de R$ 400 do Auxílio Brasil para 17 milhões de beneficiários, por conta da liberação de R$ 100 bilhões no orçamento federal.

Inocente quer saber – O Auxílio Brasil alavancará o presidente Jair Bolsonaro na busca pela reeleição?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 26 de novembro de 2021 3 Comentários

Coluna da Folha desta sexta-feira

O alerta vermelho da pré-campanha presidencial do PT 

A semana foi marcada pela divulgação de pesquisas eleitorais apontando para um crescimento da pré-candidatura do ex-ministro Sergio Moro a presidência da República. O ex-juiz da Lava-Jato foi oficializado como pré-candidato do Podemos e já desponta com dois dígitos nas pesquisas, consolidando-se como o melhor nome da terceira via na disputa presidencial, sendo talvez o único capaz que quebrar a polarização estabelecida entre Lula e Bolsonaro.

Mais dois dados foram identificados nas pesquisas divulgadas, que foram a estabilidade de Jair Bolsonaro, que parou de cair, e a estagnação de Lula, que parou de subir e em alguns cenários apresentou leve queda. O cerne da questão era que o cenário de disputa contra Bolsonaro caminhava para uma certa previsibilidade, onde os nomes de centro se dividiriam entre as duas candidaturas no segundo turno.

A presença de Sergio Moro na disputa deve acender o alerta vermelho na cúpula petista, pois Moro poderá não só suplantar o presidente Jair Bolsonaro e chegar ao segundo turno, recebendo os votos dos eleitores bolsonaristas na segunda etapa, como poderá reforçar um eleitorado anti-petista que poderá convergir para Bolsonaro no segundo turno após votar na primeira etapa em Sergio Moro.

Diante deste fato, é fundamental que a candidatura de Lula possa caminhar para o centro, avaliando que é mais importante fortalecer o lulismo do que tentar recuperar a imagem do petismo perante o eleitorado, haja vista que Lula é uma entidade política maior do que o Partido dos Trabalhadores. Se em 2002 Lula viabilizou a carta aos brasileiros e buscou o empresário José de Alencar para ser o seu vice, a estratégia precisa se repetir para que o petista acene para o mercado e também para a classe média. Quanto mais ele caminhar para o centro, maiores serão suas chances de lograr êxito em 2022.

Acerto – No bojo desta estratégia, a possibilidade de ter Geraldo Alckmin como seu vice é uma opção inteligente por parte de Lula, uma vez que o petista estaria acenando para o mercado e a classe média tendo como companheiro de chapa um nome que governou com êxito por quatro vezes o maior colégio eleitoral do país, que é São Paulo.

Agenda – O presidenciável Sergio Moro, durante a filiação do general Santos Cruz ao Podemos em Brasília confirmou a esta coluna que terá um evento de lançamento do seu livro entitulado “Contra o sistema da corrupção” no Recife no próximo dia 5. Além deste lançamento, o postulante do Podemos terá um almoço com lideranças políticas e empresariais na capital pernambucana.

Cestas – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu pela cassação do mandato de deputado estadual do Rio de Janeiro por “distribuição de cestas básicas com finalidade eleitoreira” em 2018. À época, ele era vice-prefeito no interior e candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa local.

Inocente quer saber – O União Brasil será o próximo partido a oficializar apoio a Sergio Moro na disputa presidencial?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 22 de novembro de 2021 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta segunda-feira

Os desafios da candidatura de Sergio Moro a presidente 

Após oficializar sua filiação ao Podemos, o ex-juiz da Lava-Jato e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, conseguiu performar bem em pesquisas eleitorais e já aparece com dois dígitos nos levantamentos. Sem sombra de dúvidas é um resultado extraordinário e evidencia a competitividade do seu discurso perante os demais integrantes da terceira via, a exemplo de Ciro Gomes que é candidato há anos e não consegue crescer nas pesquisas.

Os números apontam para uma fadiga do eleitorado anti-PT e anti-Lula com o presidente Jair Bolsonaro, e parte deste eleitor, geralmente de classe média e que defende o combate à corrupção, sinaliza para o projeto de Sergio Moro rumo ao Palácio do Planalto. É preciso avaliar que não foi apenas um combate à corrupção que levou Bolsonaro ao cargo máximo do país, ele foi beneficiário de uma confluência de fatores em 2018 que não estão igualmente postos para o pleito de 2022, como um presidente sentado na cadeira, com caneta e que busca o segundo mandato.

Fugir da plataforma lajavatista e avançar para temas mais efetivos e presentes no dia a dia do eleitor será mais um dos desafios do agora presidenciável Sergio Moro, mais do que isso, Moro terá que provar duas coisas difíceis, a primeira é a de que sua condenação ao ex-presidente Lula não foi um ato revanchista e com conotações políticas e eleitorais, a segunda é mostrar ao eleitor que não traiu o presidente Jair Bolsonaro, que lhe confiou o importante ministério da Justiça e Segurança Pública.

Se ainda assim conseguir ganhar um voo mais forte suplantando Lula e Bolsonaro e chegar ao Palácio do Planalto, terá o desafio de governar sem quebrar seus princípios e evitar o risco de impeachment caso não consiga uma relação cordial com o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. A ideia de antissistema encampada por Moro pode até ganhar alguma aderência no eleitorado, mas a execução deste projeto durante a campanha e mais precisamente num eventual governo Moro será o grande desafio do agora presidenciável.

Prévias – As prévias do PSDB ocorridas ontem foram marcadas por denúncias de compra de votos, falha no sistema de votação e pedidos de adiamento para o próximo dia 28, evidenciando as dificuldades que os tucanos tiveram para a realização da escolha do seu candidato a presidente em 2022.

Desconfiança – Adversários da prefeita Raquel Lyra desconfiam da manutenção da sua candidatura ao governo de Pernambuco caso não consiga o apoio formal do PL ao seu projeto por conta da conjuntura nacional. Eles apostam que Raquel não terá exército para colocar o bloco na rua em 2022 e por isso arquivará o projeto.

Brasília – Estarei na capital federal para acompanhar os acontecimentos políticos da semana em Brasília. Na pauta, além da repercussão das prévias do PSDB, as discussões sobre a PEC dos Precatórios no Senado Federal e outros temas diretamente do centro do poder no país.

Inocente quer saber – O PSDB saiu muito fragilizado após os acontecimentos das suas prévias em Brasília?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 19 de novembro de 2021 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta sexta-feira

O efeito colateral em Pernambuco 

A frase célebre de Magalhães Pinto, ex-presidente do Senado e ex-ministro das Relações Exteriores do presidente Costa e Silva, de que a política é como nuvem, você olha e ela está de um jeito, você olha de novo e ela já mudou, nunca foi tão atual como no cenário da sucessão de Paulo Câmara em Pernambuco.

O movimento Levanta Pernambuco composto pela maioria dos integrantes da oposição vinha avançando com encontros temáticos e tinha como prováveis componentes da chapa majoritária o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, presidente estadual do PL, e a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, presidente estadual do PSDB. O que parecia algo definitivo, prestes a se tornar prego batido e ponta virada, eis que se materializou a decisão do presidente Jair Bolsonaro de se filiar ao PL e consequentemente colocar em xeque os acertos preestabelecidos entre Anderson e Raquel no estado.

Não é a primeira vez que a conjuntura nacional mexe no quadro local. O PDT estadual, por duas vezes, 2014 e 2018, acabou não ficando formalmente na coligação do PSB mesmo sendo aliado socialista no estado, isso aconteceu por conta de orientações nacionais do partido que inviabilizaram a aliança, mesmo tendo a vontade do diretório local em continuar com o PSB.

Jair Bolsonaro, pré-candidato do PL à reeleição, não se mistura com João Doria, provável vencedor das prévias do PSDB, e candidato ao Palácio do Planalto, o que dificulta entendimentos dos dois partidos nos estados. São Paulo, maior colégio eleitoral do país, foi uma prova cabal de que os dois partidos estarão em campos opostos, mesmo o PL detendo espaços significativos no governo estadual.

Então tudo leva a crer que Anderson Ferreira deverá convergir com sua candidatura ao Palácio do Campo das Princesas garantindo palanque para Bolsonaro. O mesmo deve acontecer com Raquel Lyra garantindo o palanque estadual do PSDB. O União Brasil, por sua vez, tem a pré-candidatura de Miguel Coelho colocada, e teria barreiras intransponíveis para uma aliança com Raquel Lyra por conta da conjuntura local, enquanto teria a mesma dificuldade de composição com Anderson Ferreira pela situação nacional, o que leva a crer que a oposição terá mesmo três candidaturas ao Palácio do Campo das Princesas em 2022.

Centro do Recife – A Frente Parlamentar pelo Centro do Recife, presidida pela vereadora Cida Pedrosa (PCdoB), apresentou nove emendas ao Plano Plurianual e à Lei Orçamentária anual, que estão em debate na Câmara do Recife. Uma delas propõe destinar de R$ 5 milhões para políticas de incentivo a revitalização do Bairro do Recife. Além de Cida Pedrosa, integram a Frente os vereadores Marco Aurélio Filho (PRTB), Luís Eustáquio (PSB), Zé Neto (PROS), Dani Portela (PSOL), Rinaldo Jr (PSB), Alcides Cardoso (DEM), Liana Cirne (PT) e Michelle Collins (PP).

Encontro – O senador Humberto Costa recebeu em seu escritório o ex-vereador de Paulista, Aluisio Camilo, militante histórico do PT, para tratar da conjuntura política local e nacional, em especial da estratégia para eleger novamente Lula presidente em 2022.

Inocente quer saber – Como ficará  a unidade da oposição após os últimos acontecimentos?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 15 de novembro de 2021 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta segunda-feira

Aliança de Lula e Alckmin seria fato novo da eleição presidencial 

Atualmente filiado ao PSDB, Geraldo Alckmin foi governador de São Paulo por quatro ocasiões, e por duas vezes disputou a presidência da República. Na primeira tentativa, em 2006, foi derrotado por Lula, que acabou reeleito, na segunda obteve o pior desempenho de um candidato do PSDB numa eleição presidencial em 2018, quando ficou com menos de 5% dos votos válidos.

De saída do PSDB, Alckmin tem seu nome colocado para disputar novamente o Palácio dos Bandeirantes, onde tentaria ser pela quinta vez governador de São Paulo, mas nos últimos dias foi ventilado como possível vice de Lula em 2022. A priori, pareceu uma coisa sem muito fundamento, uma vez que o tucano sempre esteve em trincheiras opostas a Lula, porém com a própria admissão de Alckmin de que a possibilidade poderia avançar, eis que se gerou um fato novo na disputa presidencial.

Para Alckmin ser vice de Lula, ele teria que se filiar a um partido mais ao centro, que poderia ser o PSD. O partido, por sua vez, tem colocada a pré-candidatura de Rodrigo Pacheco a presidente, recentemente filiado à sigla, o que obrigaria o presidente do Senado ter que abortar o projeto. Estrategicamente a aliança entre Lula e Alckmin além de garantir um palanque robusto no maior colégio eleitoral da federação para o petista, teria um simbolismo muito grande de dois quadros até então antagônicos se unirem para derrotar o presidente Jair Bolsonaro.

Reflexo – Caso o PSD abra mão de lançar Pacheco e indique Alckmin como vice de Lula em 2022, o desdobramento em Pernambuco se torna instantâneo, e o deputado federal André de Paula volta a ter força para ser o nome da Frente Popular para o Senado Federal. A definição do nome terá forte componente nacional.

Defesa – O presidente estadual do PT, deputado estadual Doriel Barros, defendeu que o governador Paulo Câmara dispute o Senado e que ao seu partido caiba a indicação do candidato a governador pela Frente Popular, cujo nome seria o senador Humberto Costa. Os dois partidos devem apoiar formalmente a candidatura de Lula à presidência numa aliança nacional.

Apoio – O diretório estadual do PSDB, comandado pela prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, decidiu apoiar formalmente a candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, nas prévias do partido que acontecem no próximo dia 21. A deputada Alessandra Vieira e o ex-prefeito Edson Vieira também anunciaram apoio a Leite.

Adiamento – O presidente Jair Bolsonaro adiou sua filiação ao PL, marcada para o próximo dia 22. O motivo seria a negativa do partido em garantir legenda a um candidato ligado ao presidente a governador de São Paulo, que poderia ser o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

Ofensas – Nos bastidores, há ainda uma informação de que o presidente Jair Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, teriam trocado mensagens ofensivas. O dirigente teria dito a Bolsonaro que ele poderia ser presidente da República mas que Valdemar era quem mandava no PL.

Inocente quer saber – A filiação de Bolsonaro ao PL subiu no telhado?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 13 de novembro de 2021 Deixe um comentário

Coluna da Folha deste sábado

Foto: Heudes Regis

Frente Popular deverá eleger expressivas bancadas em 2022 

Com cerca de 40 deputados estaduais na sua base na Assembleia Legislativa de Pernambuco e mais de quinze parlamentares na Câmara Federal, a Frente Popular se prepara para as eleições do próximo. Além do PSB, a coligação poderá contar com partidos como PP, PDT, PT, MDB, PSD, PCdoB, PROS, Republicanos, Avante e Solidariedade. Alguns destes partidos deverão convergir para algumas siglas através de federações ou até mesmo de mudanças de parlamentares na própria Frente Popular.

Maior partido da coligação, o PSB tem grandes chances de emplacar entre oito e dez deputados federais, seguido do PT, que deverá eleger entre três e quatro, do PP, que deverá emplacar dois a três, do Republicanos que deverá eleger pelo menos dois, e outras legendas como MDB, Avante e PSD que possuem tratativas no sentido de eleger representantes em Brasília.

Na disputa de deputado estadual, o PSB novamente deverá ficar com a maior bancada, tendo condições de emplacar entre 15 e 20 deputados, seguido de PP, que tem tudo para manter sua bancada atualmente composta por onze parlamentares, e de siglas como PT, Republicanos, MDB e PSD, que igualmente deverão eleger representantes para a Casa Joaquim Nabuco, garantindo novamente uma bancada representativa para o conjunto de forças da Frente Popular.

Esse desempenho ajudará na capilaridade do escolhido pelo PSB para a sucessão de Paulo Câmara no próximo ano,  pois nenhum outro candidato a governador contará com tanto apoio eleitoral como o nome socialista, gerando forte expectativa de poder para o candidato da Frente Popular nas eleições do próximo ano.

Recursos – Como parte das estratégias de enfrentamento à insegurança alimentar e nutricional do Estado, o secretário de Desenvolvimento Social, Sileno Guedes, anunciou na última sexta-feira (12) o repasse de recursos estaduais para a implantação de cozinhas comunitárias, nas cidades de Lagoa do Ouro e Saloá, na região do Agreste. Os equipamentos fazem parte do programa Tá na Mesa PE. Cada cidade recebe um valor total de $194.000,00. Também foram autorizados repasse de recursos para a manutenção dos CRAS e CREAS das cidades.

Reeleição – O deputado federal Luciano Bivar, presidente nacional do União Brasil, será candidato à reeleição em 2022. O parlamentar tem buscado ampliar suas bases e delegou a Marco Amaral a condição de fortalecer seu projeto de renovar o mandato no próximo ano. Amaral tem intensificado o diálogo com prefeitos e lideranças políticas e a receptividade ao projeto de Bivar tem sido a melhor possível.

Admitiu – O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu ser candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Lula. Adversários na disputa presidencial de 2006, Alckmin e Lula passaram a ter uma relação cordial. Ainda filiado ao PSDB e pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes, Alckmin poderá fortalecer o projeto de Lula mais ao centro e também no maior colégio eleitoral do país onde foi governador por quatro vezes.

Inocente quer saber – A situação do PL estadual ficou resolvida após a nota de Valdemar Costa Neto?

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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