Conjunto da obra já ameaça governo Bolsonaro
O Brasil coleciona em sua história dois processos de impeachment num curto período de tempo. Ambos ocorreram já no período democrático e pós-Constituição de 1988. Um processo de impeachment é doloroso e traz duras consequências para um país, foi assim com Fernando Collor em 1992 e com Dilma Rousseff em 2016, curiosamente em ambos os casos, seus sucessores, Itamar Franco e Michel Temer, respectivamente, entregaram um país melhor do que receberam.
Em 2018, o conjunto da obra beneficiou aquele que tinha a menor condição de ser presidente da República em um processo normal. Jair Bolsonaro quebrou a lógica da polarização que tínhamos entre PT e PSDB e acabou vitorioso. Porém com menos de dois anos de governo, o quadro está se esgarçando de tal maneira que será difícil o presidente se manter no cargo.
O combo de pandemia, crise econômica, crise política e baixa popularidade do presidente abre um precedente muito grave. Diversas pesquisas já apontam um aumento da impopularidade de Bolsonaro e ontem vimos, com a divulgação do conteúdo do vídeo da reunião ministerial, que a saída de Sergio Moro do ministério da Justiça se deu por interferências do presidente na Polícia Federal para proteger os filhos de investigação.
Há um conjunto da obra tão perigoso quanto aquele de Dilma em 2016, e Bolsonaro só não correrá riscos de impeachment se a Covid-19 tiver um fim abreviado. Caso contrário, que é o mais provável, a ressaca do pós-coronavírus associada às crises política e econômica não salvarão Bolsonaro de uma degola.
Temer – Em 12 de maio de 2016, Michel Temer (MDB) assumia interinamente a Presidência, após o Senado admitir, por 55 votos a 22, a denúncia de impeachment contra Dilma (PT). No dia, Temer prometeu fazer um governo do “salvação nacional”. Além da recuperação da economia, o único registro digno de nota do seu governo foi a reforma trabalhista. Já a reforma da previdência empacou após o escândalo da gravação de Joesley Batista. Ao assumir, Temer tinha pretensões de ser candidato à reeleição em 2018, mas depois de várias denúncias no STF, nem foi candidato. Saído da Presidência, chegou a ficar algumas horas preso em 2019, por ordem da Lava Jato.
Fundo – O PSB foi ao Supremo contra a medida provisória, de Jair Bolsonaro, que extinguiu o Fundo PIS-Pasep e transfere seu patrimônio para o FGTS. O partido argumenta que a mudança “confisca o patrimônio dos trabalhadores”. A relatora da ação será a ministra Cármen Lúcia.
Pautado – O procurador geral da República não gostou de matérias na imprensa que sugeriam que ele estaria “ajudando” Jair Bolsonaro em investigações, como o inquérito das denúncias de Sergio Moro. Em nota oficial, Aras “reitera que não aceitará ser pautado, intimidado ou manipulado por pessoas ou organizações e que seu compromisso é com a Constituição e as leis do país”.
Inocente quer saber – Quando o General Mourão entrará em campo para suceder Bolsonaro?



Durante reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (12), o deputado estadual Antonio Coelho (DEM) solicitou a suspensão da votação do Projeto de Lei 1140/2020, de autoria do Poder Executivo estadual. Valendo-se do instrumento da “questão de ordem”, além de pedir o cumprimento do prazo legal de tramitação previsto no Regimento da Casa, o parlamentar entende ser necessário um tempo maior para análise e apreciação mais criteriosa desta matéria, que dá permissão ao Estado para apreender e remover os veículos nas vias públicas, que não cumprirem a determinação do rodízio durante a quarentena.
A Live com o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), líder do governo Bolsonaro no Senado Federal, foi novamente um sucesso, consolidando a ferramenta do Instagram para este momento de pandemia.

O vídeo da reunião ministerial para apresentar ao Supremo Tribunal Federal alegada por Sergio Moro, teria em seu conteúdo um pedido do presidente Jair Bolsonaro para proteger a família ao querer a troca da superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
O deputado federal Eduardo da Fonte (PP) protocolou nesta segunda-feira (11) o Projeto de Lei nº 2550/2020, que estende por mais seis meses o pagamento do auxílio emergencial: até 31 de dezembro deste ano, data final do período de calamidade pública por causa do coronavírus. Outra medida proposta pelo parlamentar é que o pagamento do benefício possa ser feito em todos os bancos, lotéricas e agências dos Correios, uma forma de agilizar a liberação do auxílio e diminuir a aglomeração das pessoas.
Diante das restrições severas ao deslocamento anunciadas pelo Governo do Estado para cinco município pernambucanos, o deputado federal André Ferreira (PSC) faz um apelo ao governador Paulo Câmara para que ele inclua entre as atividades essenciais neste período o trabalho dos líderes religiosos.
A abertura do primeiro Hospital de Campanha do Sertão do Moxotó para atender pacientes infectados pelo Coronavírus, em Arcoverde, foi o tema principal do pronunciamento do Vereador Weverton Siqueira, o Siqueirinha (PSB), na noite de ontem (segunda-feira, 11.05), na Câmara Municipal da Cidade. “Trata-se de uma estrutura que poucas cidades médias do interior, especialmente do Sertão, têm igual. A gestão municipal deu passo importante para reforçar as estruturas de saúde de Arcoverde no enfrentamento à pandemia da Covid-19”, afirmou o vereador do PSB.
