Blog Edmar Lyra

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 6 de setembro de 2017 Deixe um comentário

Coluna do blog desta quarta-feira

O Palácio subestimou adversários 

Vieram do prefeito de Santa Cruz do Capibaribe Edson Vieira (PSDB) até agora as críticas mais contundentes ao Palácio do Campo das Princesas. Durante entrevista na sua região, o gestor afirmou que se Eduardo Campos estivesse vivo não estaria havendo debandada da Frente Popular como a que está ocorrendo, e que o Palácio subestimou os adversários. Edson elenca uma série de equívocos de ordem política cometidos pelo Palácio do Campo das Princesas, dentre eles o fato de não ofertar espaço ao senador Fernando Bezerra Coelho no secretariado de Paulo Câmara, tendo ambos sido eleitos na mesma chapa, que ocorreu antes de o governo começar.

Na eleição da mesa diretora da Alepe em fevereiro de 2015, o Palácio permitiu que o PSB se movimentasse no sentido de lançar um candidato a presidente contra Guilherme Uchoa, mas esqueceu de combinar com a Casa Joaquim Nabuco. Terminou que o partido sequer lançou um nome a presidente, mas em vez de emplacar o primeiro-secretário numa construção com toda a Casa, preferiu colocar Lula Cabral numa fria, lançando-o candidato sem dialogar com ninguém. Guilherme não só foi reeleito como ajudou a eleger Diogo Moraes, tendo Lula Cabral recebido apenas 15 votos. O desgaste não foi de Lula, mas sim de um governo que estava apenas começando e tinha que emplacar seu indicado para demonstrar força. Como não conseguiu, a fragilidade ficou latente.

Na eleição de Caruaru, o Palácio entregou o comando do PSB a Raquel Lyra, mas depois decidiu tomar da filha do ex-governador, que acabou saindo do partido para disputar a prefeitura pelo PSDB. Em vez de bancar Raquel e dividir o bônus de uma vitória, o Palácio preferiu inventar a roda com a candidatura natimorta de Jorge Gomes. No fim das contas, não agradou Raquel, a vitoriosa, não agradou Jorge e José Queiroz, nem Tony Gel, candidato apoiado pelo PSB no segundo turno.

No episódio da indicação de Fernando Filho para o ministério de Minas e Energia, em vez de o Palácio dividir o bônus da indicação, pois o PSB havia apoiado o impeachment e seria absolutamente natural ter um ministro na Esplanada, preferiu tentar melar o nome de Fernando Filho, sem sucesso. No fim das contas saiu novamente fragilizado do processo e ganhou a antipatia de Michel Temer, sobretudo após deixar Danilo Cabral falar o que bem entender na Câmara, quando todo mundo sabe que ele é o porta-voz do governador. O Palácio novamente deixou de fazer a conta que não dá pra brigar com a União. A rebeldia de Danilo custou um financiamento do BNDES para o estado na ordem de R$ 600 milhões, que já poderia ter saído se relação fosse amistosa.

No caso da eleição do Recife, o governador quis antecipar a disputa de 2018, cobrando os cargos de PSDB e DEM no governo porque lançaram Daniel Coelho e Priscila Krause. Quando todo mundo sabia que o eleitorado deles jamais votaria no PT. Então seria legítima a postulação de ambos. A pedida dos cargos se deu exatamente no momento em que Bruno Araújo assumia o ministério das Cidades e Mendonça Filho o da Educação, gerando mágoas e insatisfações dos ex-aliados.

Esses são pequenos detalhes que juntos criam um enredo complexo para a reeleição do governador Paulo Câmara, que poderia ter uma reeleição tranquila se tivesse tratado com o respeito devido todos esses atores. Quando optou pelo enfrentamento, o governador estava subestimando a capacidade dessa turma de fazer política, suas atitudes deram o alimento necessário para que eles se juntassem e fizessem uma ampla frente para tentar derrotar a hegemonia do PSB no ano que vem. O governador complicou o que estava líquido e certo para ser a favor dele. Coisas da política, ou melhor, da falta dela.

Blitz – A Câmara Municipal de Olinda inicia uma fiscalização nos postos de saúde, nesta quarta-feira, com objetivo de elaborar um relatório de situação que será entregue aos órgãos de controle externo, Ministério Público e Tribunal de Contas. A decisão foi deliberada pelo presidente Jorge Federal após ouvir denúncias do vereador Ricardo Souza, que é enfermeiro, sobre a falta de vacina, médicos, precariedade das instalações e má qualidade no atendimento à população.

Filiação – O senador Fernando Bezerra Coelho, pré-candidato a governador de Pernambuco, anunciou ontem sua saída do PSB após doze anos na mesma sigla. Ele oficializa sua entrada no PMDB nesta quarta-feira em Brasília na sede do partido. O ato contará com várias lideranças do partido a nível nacional.

Excesso – O deputado Silvio Costa Filho (PRB) criticou, na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Assembleia Legislativa de Pernambuco o excesso de projetos de lei em regime de urgência enviados pelo Poder Executivo para a Alepe. Segundo o deputado, o volume de projetos em regime de urgência atenta contra a prerrogativa do Poder Legislativo de avaliar, debater e propor alterações nos projetos de lei.

João Doria – Além de Fernando Bezerra Coelho, que deverá disputar o governo de Pernambuco, e Márcio França, vice-governador de São Paulo, o prefeito e presidenciável João Doria está em negociações avançadas para ingressar na sigla. Atualmente filiado ao PSDB, Doria trava uma disputa interna com o governador Geraldo Alckmin pela indicação da candidatura ao Planalto em 2018.

RÁPIDAS

Consulta – O vereador Marco Aurélio (PRTB), primeiro-secretário da Câmara Municipal do Recife, anunciou ontem que está em tramitação na Casa José Mariano uma proposta de consulta popular em 2018 para decidir se as câmeras de videomonitoramento da prefeitura podem multar ou não os veículos que trafegam pela cidade. Se aprovada, será a primeira consulta popular da história do Recife.

Educação – Durante o Encontro Estadual de Conselheiros Municipais, que acontece em Petrolina, no Sertão do Estado, o prefeito da cidade, Miguel Coelho (PSB) teve um encontro com os vereadores do Recife, Renato Antunes (PSC) e Ana Lúcia (PRB). Os parlamentares aproveitaram a ocasião para debater ações de êxito na rede municipal do Recife.

Inocente quer saber – A sinusite proibirá Jarbas Vasconcelos de dar entrevistas hoje sobre a filiação de Fernando Bezerra Coelho ao PMDB?

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Postado por Edmar Lyra às 16:57 pm do dia 5 de setembro de 2017 Deixe um comentário

Fernando Bezerra solicita desfiliação do PSB após 12 anos no partido

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária.
Em discurso, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).
Foto: Pedro França/Agência Senado

Brasília, 05/09/17 – Vice-líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho solicitou oficialmente, nesta tarde (5), a desfiliação dele do Partido Socialista Brasileiro (PSB). O pedido formal foi entregue ao presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, a quem – e também aos filiados da legenda – Fernando Bezerra agradeceu “pelo apoio recebido em mais de 12 anos de convivência, salientando a importância deste período para a minha trajetória política e pessoal”.

No comunicado a Siqueira, o senador lembra que enfrentou relevantes desafios nos quadros do PSB, “com afinco, dedicação e fidelidade aos ideais programáticos do partido”. E conclui: “Nesta hora, deixo consignado que o afeto permanece assim como o compromisso de luta incansavelmente pelo desenvolvimento do estado de Pernambuco e do Brasil”.

Nesta manhã, Fernando Bezerra Coelho conversou pessoalmente com Carlos Siqueira, na sede do partido, em Brasília. Depois do encontro, o parlamentar convidou os cinco senadores do PSB para uma reunião, no gabinete de Fernando Bezerra no Senado, momento em que o parlamentar informou aos colegas sobre a desfiliação da legenda, agradecendo a parceria de Lúcia Vânia (GO), Lídice da Mata (BA), João Capiberibe (AP), Roberto Rocha (MA) e Antonio Carlos Valadares (SE); especialmente, durante o período em que foi líder do PSB no Senado Federal (do início deste ano até hoje).

A filiação de Fernando Bezerra Coelho ao PMDB está marcada para as 11h desta quarta-feira (6), na presidência nacional do partido, em Brasília: edifício principal da Câmara dos Deputados, Ala B, Sala 6.

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Postado por Edmar Lyra às 13:20 pm do dia 2 de setembro de 2017 Deixe um comentário

A terceira tese envolvendo FBC

Tem gente que avalia que a tomada do PSB de Pernambuco seria um movimento que pareceria muito abrupto e presunçoso por parte de Fernando Bezerra Coelho.

A questão de Ana Arraes está confirmada, mas a conta seria colocá-la no Senado na chapa da oposição e não vice-presidência ou mandato de federal como foi dito na primeira tese.

O jogo de 2018 passa por Marcio França. Fernando Bezerra Coelho já chega no PMDB na condição de liderança política em ascensão. Pré-candidato a governador e comandante do PMDB de Pernambuco. Mas ele quer muito mais do que isso.

Márcio França assume em abril o comando do governo de São Paulo, no PSB seria um candidato mais frágil, porque é um partido que não tem tanto tempo de televisão. Mas no PMDB seria um nome muito mais forte, e Fernando estaria trabalhando a hipótese de levá-lo para o partido para disputar a reeleição e possibilitar um palanque robusto ao candidato da estrutura do governo federal a 2018.

Nesta equação, Fernando se tornaria mais forte ainda junto a Michel Temer e junto ao futuro governador de São Paulo, o que o deixaria na condição de um player de peso nacional nas eleições de 2018, sendo candidato a governador.

As duas primeiras teses seriam impactantes, tal como esta terceira tese de Márcio França no PMDB, porém todas elas mostram que Fernando Bezerra Coelho se tornou fundamental na equação política de Pernambuco e do Brasil.

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Postado por Edmar Lyra às 11:42 am do dia 31 de agosto de 2017 Deixe um comentário

Jarbas no Senado na chapa de FBC?

Em política não existe nunca nem sempre, há geralmente um talvez. O grupo do senador Fernando Bezerra Coelho, que já acertou sua ida para o PMDB, acredita que Jarbas Vasconcelos ainda poderá ficar no PMDB mesmo com a entrada do senador.

Tem quem afirme que a vaga de senador seria ofertada ao próprio Jarbas, que junto com Armando Monteiro seria candidato a Câmara Alta em 2018.

Jarbas não passou recibo, oficialmente disse ser natural o encontro do governador Paulo Câmara com o ex-presidente Lula, mas nos bastidores ele não teria gostado nada da movimentação do governador. Ele avalia que Lula poderia ter se encontrado com Renata sem a presença do governador para não alimentar rumores de aliança. Quando Paulo não só se encontrou com Lula como posou pra fotos, o governador deixou a porta aberta para Lula na Frente Popular.

Jarbas no PMDB de Fernando ou no PSB de Paulo Câmara teria a mesma situação, não deteria o comando do partido e teria que ficar subordinado a figura de um ou outro, porém entre se aliar a Armando Monteiro, FBC, Mendonça Filho e Bruno Araújo, que já foram seus aliados e ficar no mesmo palanque de Lula em Pernambuco, Jarbas ficaria com a primeira opção.

Como há informações de que Bruno Araujo e Mendonça Filho estão inclinados a disputar a reeleição para a Câmara Federal, a frente de oposição receberia Jarbas de braços abertos para o Senado.

Nesta equação de Fernando Bezerra Coelho candidato a governador, pesa a vaga de senador que seria aberta em 2022 para um integrante da oposição numa eventual vitória da frente que está sendo formada.

O senador Fernando Bezerra Coelho está pesando todas as variáveis e acredita que Jarbas ficará no seu palanque por osmose e sem precisar sair do PMDB, partido que é filiado há décadas.

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Postado por Edmar Lyra às 8:33 am do dia 31 de agosto de 2017 Deixe um comentário

Julio Lossio sofre mais uma derrota

Com a ida de Fernando Bezerra Coelho para o PMDB, não é apenas Jarbas Vasconcelos que terá que decidir se fica ou se sai do partido.

Existe outro ator que sofre uma fragorosa derrota, mais uma para a coleção, trata-se do ex-prefeito de Petrolina Julio Lossio, que saiu completamente fragilizado de Petrolina e vai ter que procurar outro rumo.

Julio Lossio não soube exercer com dimensão o cargo de prefeito, sendo um mero desagregador que nunca soube construir pontes, apenas muros. Resta saber se haverá algum partido disposto a receber alguém tão complicado quanto o ex-prefeito.

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Postado por Edmar Lyra às 21:42 pm do dia 24 de agosto de 2017 Deixe um comentário

Paulo x Fernando à vista em 2018

De acordo com uma fonte que é próxima ao ex-presidente Lula, o caminho do PT será mesmo alinhavar a aliança com o PSB em Pernambuco com a contrapartida de os socialistas apoiarem o projeto nacional do PT, que não seria difícil uma vez que Carlos Siqueira, Paulo Câmara e Ricardo Coutinho, não possuem nenhuma ressalva pela união entre as duas siglas.

Neste contexto a candidatura de Marília Arraes a governadora seria sacrificada e sepultava qualquer possibilidade de o PT marchar com Armando Monteiro.

Este, por sua vez, tem sido aconselhado por aliados a fechar questão para a reeleição ao Senado na chapa de Fernando Bezerra Coelho, que ainda nutre o desejo de ter Jarbas Vasconcelos em seu palanque e por isso pediu um tempo a Romero Jucá para encontrar uma saída negociada, uma vez que Jarbas e Lula são como água e óleo, não se misturam.

O desenho está se confirmando para um clássico em 2018 tendo o candidato a governador e o candidato a senador da mesma chapa em 2014 disputando o Palácio do Campo das Princesas.

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Postado por Edmar Lyra às 14:59 pm do dia 23 de agosto de 2017 Deixe um comentário

Ninguém tem mais dúvidas: o PMDB é dos Coelho

Na Alepe ninguém fala noutra coisa senão na informação que ainda corre a boca miúda de que o diretório nacional do PMDB já decidiu pela intervenção e pela consequente entrega do comando estadual a família Coelho. Quem ainda tinha dúvidas sobre o movimento a favor de Fernando Bezerra Coelho para tirar o PMDB de Jarbas Vasconcelos não tem mais. Segundo uma fonte a caneta já vadiou e o pescoço de Jarbas foi pra guilhotina nas mãos de Romero Jucá. O anúncio oficial deve sair em breve.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 22 de agosto de 2017 1 comentário

Coluna do blog desta terça-feira

E se Michel Temer for candidato em 2018?

Em política não existe sempre nem nunca, geralmente o talvez ganha sempre o terreno de possibilidades. Hoje o presidente Michel Temer é rejeitado por 90% da população, e dificilmente venceria uma disputa presidencial se a eleição fosse daqui a duas semanas. A prova é tanta que ninguém sequer tem a ousadia de cogitar uma eventual candidatura a reeleição em 2018 do atual presidente.

As eleições de 2018 caminham para ter o segundo maior número de candidatos desde 1989 quando nada menos que 22 candidatos aspiraram ao Palácio do Planalto, tendo Collor com 30% dos votos e Lula em segundo com 17% dos votos. Brizola com 16% e Covas com 11% ficaram no pelotão da frente no primeiro turno. Naquele pleito, Collor do nanico PRN venceu Lula com 53% dos votos válidos no segundo turno.

Nas últimas seis eleições, o número de candidatos a presidente oscilou entre seis e onze candidatos, enquanto em 2018 são esperados Ciro Gomes (PDT), Lula (PT), Marina Silva (Rede Sustentabilidade), Jair Bolsonaro (Patriotas), João Doria ou Geraldo Alckmin (PSDB), Alvaro Dias (Podemos), os candidatos do PSOL, PSTU, PCO, PRTB, PV e Novo, bem como alguns nomes que podem surgir na tentativa de ser outsider, o que permitiria um cenário de pelo menos doze ou treze candidaturas, um número inferior a 1989 mas superior aos demais pleitos.

Eleição presidencial, ao menos no primeiro turno, prevaleceu a estrutura dos candidatos, geralmente os mais robustos em termos partidários, de guia eleitoral, etc. Então é plenamente possível que em 2018 o segundo lugar chegue na segunda etapa com mais ou menos 20% dos votos. Era nesta conta que o hoje rejeitadissimo Michel Temer poderia entrar.

Os políticos costumam dizer que governo é governo e eleição é eleição, uma espécie de treino é treino e jogo é jogo, sendo que na política. A política é como as nuvens e ela muda de tal forma que o que era ontem não serve pra hoje muito menos para amanhã. Se o desemprego reduzir a 10 milhões de brasileiros até junho, se a economia der sinais de recuperação mais robustos no primeiro semestre de 2018, o que Michel Temer teria a perder sendo candidato a reeleição? Absolutamente nada.

Temer já mostrou que é do ramo, que sabe exercer poder com maestria, mesmo quem o rejeita reconhece que ele é um brilhante articulador político e como comanda uma robusta base no congresso nacional, não seria surpresa se PRB, PP, PTB, PSL, PSC, PR, DEM, Solidariedade e PROS se juntassem ao PMDB em torno de uma eventual candidatura a reeleição do atual presidente. Na pior das hipóteses, Temer teria simplesmente o maior tempo de televisão e a maior quantidade de inserções televisivas para defender o legado do seu governo. Isso lhe daria condições reais de sair de 3% que é o que ele tem atualmente dizendo que não é candidato, a 20% dos votos válidos e chegar num segundo turno.

No segundo turno é nova eleição, e o eleitor faria o juízo de valor do governo Temer contra Lula por exemplo. Na pior das hipóteses quem chegou a rejeitar Temer faria uma reavaliação da sua capacidade política de reverter uma rejeição absurda. Temer pode surfar na falta de entendimento do PSDB sobre quem lançará como candidato, na igual rejeição do PT e de Lula, na falta de tempo de Jair Bolsonaro no guia eleitoral, na fragilidade de Marina Silva e sobretudo na pulverização de candidaturas. Os partidos que hoje são abrigados no governo trocariam o certo (Michel Temer) pelo duvidoso (outros candidatos)? É muito provável que não.

Para quem escapou da cassação no TSE, do caso Joesley Batista e da abertura de inquérito ressurgindo das cinzas como uma fênix, ninguém deve subestimar a capacidade de se reinventar de Michel Temer e por conseguinte descartá-lo da reeleição num cenário onde todos os presidentes desde que foi instituída a reeleição foram reconduzidos ao cargo com 100% de aproveitamento. Não será surpresa se Temer for candidato e menos ainda se ele chegar ao segundo turno.

Na fila – O ex-governador João Lyra Neto (PSDB) já não esconde de ninguém o desejo de ser candidato em 2018. Caso Bruno Araújo seja candidato a senador, João disputará mandato de federal, no caso de tentativa de reeleição do ministro das Cidades, João aceitará de bom grado a candidatura a senador ou até mesmo a vice-governador na chapa dos Coelho.

Senador – Outro que poderá integrar a chapa majoritária dos Coelho como candidato a senador em 2018 é o deputado estadual André Ferreira (PSC). Irmão gêmeo do prefeito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira (PR), André inicialmente almejava a Câmara dos Deputados, porém está enxergando um momento ímpar para tentar uma vaga na Câmara Alta.

André de Paula – Presidente estadual do PSD, o deputado federal André de Paula teve seu nome lançado como pré-candidato a senador na chapa de reeleição do governador Paulo Câmara por ninguém menos que o ministro Gilberto Kassab, presidente nacional do seu partido. Kassab comentou a possibilidade no programa Cidade em Foco do radialista Alberes Xavier.

Segurança – O deputado estadual Aluisio Lessa apresentou um Projeto de Lei que visa destinar 10% do Fundo Estadual de Apoio aos Municípios (FEM) para a segurança pública. De acordo com o deputado, a medida visa fazer com que os municípios deem a sua parcela de contribuição no combate à violência em Pernambuco.

RÁPIDAS

Estadual – O vereador de Carpina Diogo Prado (PCdoB) está de saída do partido para ser candidato a deputado estadual no ano que vem. Diogo pretende conquistar uma expressiva votação nos municípios da Mata Norte no intuito de ser um representante da região na Casa Joaquim Nabuco em 2018.

Liberdade – O DEM deverá novamente mudar de nome, uma das possibilidades é virar Mude. Porém existe um nome muito mais fácil de se apresentar para a sociedade resgatando a essência da Frente Liberal, que seria o nome Liberdade. O ministro da Educação Mendonça Filho levará a sugestão ao comando nacional para realizar pesquisas e facilitar a escolha.

Inocente quer saber – Com Fernando Bezerra Coelho no PMDB, Jarbas baterá continência ao senador ou marchará em retirada?

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Postado por Edmar Lyra às 19:52 pm do dia 21 de agosto de 2017 Deixe um comentário

Jarbas só tem dois caminhos no PMDB: bater continência aos Coelho ou bater em retirada

Muita gente discorda da possibilidade de Jarbas Vasconcelos perder o comando do PMDB em Pernambuco que ele possui há anos, porque acredita que Michel Temer não terá coragem de tomar o comando dele no estado, pois houve ameaças em ocasiões anteriores que não se concretizaram.

Pelo menos três políticos importantes se movimentaram no sentido de tomar o partido de Jarbas, que foram José Múcio Monteiro, Armando Monteiro e recentemente Eduardo Campos. Todos eles não lograram êxito porque Jarbas naquela época ainda era forte eleitoralmente no estado e o PMDB nacional era um mero apêndice dos governos de ocasião.

Neste momento temos um Jarbas com 76 anos, sem a força eleitoral e política de outrora, um presidente da República que faz política 24 por dia e que não tem o apoio de Jarbas e um pretendente a comandante do PMDB que tem força política, prestígio junto a Temer e um projeto de governar Pernambuco em 2018 que é o senador Fernando Bezerra Coelho.

A equação da entrada de Fernando no PMDB que passaria pela expulsão de Jarbas não se materializará, porque seria um movimento traumático. O que Romero Jucá sinalizou foi apenas retirar o comando de Jarbas, oficialmente presidido por Raul Henry, para dar ao senador Fernando Bezerra Coelho, cujo presidente seria o ministro de Minas e Energia Fernando Filho.

A equação está pronta. O que resta a Jarbas a partir de agora é decidir se bate continência para os Coelho ou prefere bater em retirada do PMDB.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 11 de agosto de 2017 Deixe um comentário

Coluna do blog desta sexta-feira

Ausência dos Coelho é recado ao PSB 

O PSB realizou ontem em Brasília um ato em comemoração aos 70 anos de fundação do partido, aproveitando o ato para homenagear seus líderes Miguel Arraes e Eduardo Campos, que ontem completaria 52 anos de idade se estivesse vivo.

O evento contou com a ala orgânica do partido, dentre eles Beto Albuquerque, Renato Casagrande, Paulo Câmara, Geraldo Julio, Renata Campos e outras lideranças como Marina Silva e Miro Teixeira, ambos da Rede Sustentabilidade.

De Pernambuco, além da viúva de Eduardo, o governador e o prefeito do Recife, Danilo Cabral, Sileno Guedes e outras pessoas que militaram ao lado de Eduardo e Arraes.

Levaram falta João Fernando Coutinho, Marinaldo Rosendo, o ministro Fernando Filho, o prefeito de Petrolina Miguel Coelho e o senador Fernando Bezerra Coelho, todos distanciados cada vez mais do Palácio do Campo das Princesas.

A ausência de Fernando Bezerra Coelho foi a mais significativa pois ele é líder do partido no Senado e em condições normais de temperatura e pressão, estaria presente fazendo seus discursos inflamados homenageando Arraes e Eduardo, de quem foi secretário de ambos e pregando a unidade do partido.

Quando Fernando se fez ausente no evento de ontem em Brasília alegando ter outros compromissos na capital federal e depois compromisso em Petrolina que já estava agendado, ele deixou claro que sua saída do PSB caminha a passos largos para se tornar irreversível.

Politico experiente, Fernando sabia que sua ausência no ato seria um recado muito mais forte do que qualquer palavra que ele viesse a dizer de público, e por isso não se fez presente. Concomitantemente ao seu distanciamento do PSB, eis que surgiu a suspensão de Jarbas Vasconcelos das atividades do PMDB, partido cobiçado pelo senador para disputar o governo de Pernambuco em 2018.

O que senti em Brasília, ouvindo pessoas do ninho socialista, é de que Fernando não tem mais clima para continuar na sigla e por isso vem pavimentando sua saída para poder materializar sua pré-candidatura a governador. Os sinais foram postos ontem, só não enxerga quem não quer.

Abandono – Tem gerado muita crítica no governo do estado o fato de Sebastião Oliveira só ter investido nas estradas do sertão, abandonando as das demais regiões de  Pernambuco. Aliados do governador Paulo Câmara reclamam constantemente da postura do secretário dos Transportes, que só pensa nas suas bases.

Propostas – A prefeitura do Recife nas negociações com os servidores apresentou um reajuste de 16,13% no vale-refeição, R$ 600,00 de abono salarial a partir de agosto e 2% de reajuste caso a folha atinja 48% da receita corrente líquida.

Avaliação – Tem se tornado comum a leitura de que a pré-candidatura de Marília Arraes a governadora prejudicou mais Armando Monteiro do que Paulo Câmara.

Homogêneo – O encontro do PSB em Brasília acabou sendo formado por um grupo mais homogêneo do partido, o pessoal mais histórico. Os filiados circunstanciais acabaram ficando de fora.

RÁPIDAS

LDO – A Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes apresentou, durante audiência pública realizada na Câmara de Vereadores, o projeto que trata da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2018, primeira peça orçamentária e de cumprimento de metas fiscais da gestão do prefeito Anderson Ferreira.

Oferta – Em resposta à constante indecisão dos tucanos quanto ao apoio ao governo e ao candidato que será apresentado em 2018, o presidente Michel Temer convidou o prefeito de São Paulo João Doria para se filiar ao PMDB e disputar a presidência da República.

Inocente quer saber – Depois da decisão de Romero Jucá de punir os infiéis, o que falta pra Jarbas perder o comando do PMDB?

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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