Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 2 de novembro de 2018

Coluna do blog desta sexta-feira

A polêmica escolha de Sergio Moro para o ministério da Justiça 

O presidente eleito Jair Bolsonaro oficializou o convite ao juiz Sergio Moro para assumir o ministério da Justiça, antes havia a especulação de que o responsável pela operação Lava-Jato em Curitiba ficasse no cargo que ocupa até 2020 para ser indicado ao Supremo Tribunal Federal, porém ontem Moro esteve no Rio de Janeiro para uma reunião com o presidente e ambos bateram o martelo para que o juiz ocupe o ministério da Justiça e Segurança Pública, que será um superministério com atribuições mais robustas no sentido de combater crimes de corrupção e o crime organizado.

A escolha recebeu elogios de eleitores de Jair Bolsonaro e até mesmo de quem não declarou voto nele, como o ministro Luiz Fux, o ex-presidente Fernando Henrique e o ministro da Segurança Pública Raul Jungmann, porém vieram do PT as maiores críticas ao nome de Moro por ter sido o juiz o responsável pela investigação e prisão do ex-presidente Lula.

Para os petistas, Moro interferiu no processo eleitoral ao decretar a prisão do ex-presidente, então líder nas pesquisas, e sua nomeação foi uma recompensa pelo trabalho realizado que acabou beneficiando Jair Bolsonaro. Essa posição é passível de questionamento, o próprio presidente Bolsonaro afirmou que se o PT estava criticando era sinal que ele estava no caminho certo.

A verdade é que a nomeação de Sergio Moro é eivada de simbolismos, e o presidente Bolsonaro mandou um recado para a população que a operação Lava-Jato passa a ser uma política pública de governo e não um ato isolado de um juiz de primeira instância. Se as propostas que estão sendo apresentadas forem implementadas, estaremos dando passos importantes no sentido de moralizar a nossa república e consequentemente evitar que o dinheiro público seja desperdiçado pelo ralo da corrupção.

Por outro lado, Bolsonaro contrariou uma máxima de que você não pode contratar quem não pode demitir. O presidente ao dar carta branca a Sergio Moro só terá a saída de nomeá-lo para o Supremo Tribunal Federal se porventura houver qualquer tipo de desentendimento entre ambos, uma vez que demissão do futuro ministro seria uma hecatombe para o governo que se iniciará em janeiro.

Daniel Coelho – Com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de não fundir os ministérios de Agricultura e Meio Ambiente, após muita reclamação dos dois setores, cresce a expectativa de que Daniel Coelho possa ser alçado ao posto de ministro do Meio Ambiente. Se tornar realidade, Zeca Cavalcanti assumirá o mandato na Câmara dos Deputados.

Reconduzido – O presidente da Câmara Municipal do Recife, vereador Eduardo Marques (PSB), foi reeleito para o biênio 2019/2020. Nas eleições deste ano, o vereador apoiou Guilherme Uchoa Junior (PSC) e lhe garantiu 4.186 votos na capital pernambucana, contribuindo para que o deputado fosse eleito como o terceiro mais votado de Pernambuco.

Vice-presidente – Por falar em Guilherme Uchoa Júnior, ele está sendo bastante cotado para assumir a primeira vice-presidência da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Coincidentemente foi o primeiro cargo ocupado pelo ex-presidente da Alepe, Guilherme Uchoa, quando assumiu o primeiro mandato de deputado estadual em 1995.

Primeiro-secretário – O vereador Romerinho Jatobá foi oficializado como primeiro-secretário na eleição da mesa diretora da Câmara Municipal do Recife. Ele substituirá o deputado estadual eleito Marco Aurélio, que ocupou o posto no primeiro biênio. Na vaga de Marco, que irá para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, assumirá Samuel Salazar.

João Campos – O deputado federal João Campos está se movimentando no sentido de ser candidato a presidente da Câmara dos Deputados. Mas não é o homônimo pernambucano, mais votado do estado e filho do ex-governador Eduardo Campos. O postulante à presidência da Câmara Federal já é deputado federal por Goiás, foi reeleito, e teria a simpatia do presidente Jair Bolsonaro por ser delegado e pastor, sendo integrante de duas importantes bancadas na Câmara, a da bala e da Bíblia.

RÁPIDAS

Sucesso – Durante o período eleitoral atingimos recorde de acessos. Somente na campanha chegamos a 2 milhões de pageviews confirmando a marca de ser um dos blogs mais acessados de Pernambuco. Agradeço a todos vocês que nos acompanham diariamente neste espaço, que segue buscando se aperfeiçoar para levar informação de qualidade em primeira mão para os nossos fiéis leitores.

Descanso – Após vários meses ininterruptos de muito trabalho durante a campanha eleitoral, findada no último dia 28, decidimos por um descanso, aproveitando o feriado de finados. Portanto, excepcionalmente não teremos a coluna do sábado. Voltaremos ao batente na próxima segunda-feira. Bom feriado a todos!

Inocente quer saber – O governador Paulo Câmara realizará alterações na sua equipe de imprensa?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 1 de novembro de 2018

Coluna do blog desta quinta-feira

Fusão de ministérios é importante, mas não é suficiente 

No primeiro governo Dilma Rousseff, o Brasil experimentou 37 ministérios, chegando inclusive a ter auxiliares que passavam meses para despachar com a presidente. No governo Michel Temer, a quantidade foi reduzida, porém ainda são 29 pastas, sendo 23 ministérios, duas secretarias ligadas à presidência com status de ministério, e AGU, Banco Central, Casa Civil e GSI que são órgãos ligados ao presidente com status ministerial.

O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou que pretende nomear aproximadamente 15 ministros, reduzindo praticamente pela metade o que tem atualmente no governo Michel Temer, o ministério da Economia irá reunir Planejamento,  Fazenda e Indústria e Comércio, e será ocupado por Paulo Guedes. O ministério da Ciência e Tecnologia que será ocupado por Marcos Pontes receberá o incremento do Ensino Superior que hoje é integrante da Educação. Porém, a decisão mais polemica de Bolsonaro tem recaído sobre a fusão do ministério da Agricultura com o de Meio Ambiente, o que tem rendido críticas do setor e da sociedade como um todo, uma vez que as políticas públicas de ambos são conflitantes em algumas ocasiões e ficar concentrado num único ministro pode não dar certo.

Essa fusão de ministérios é um passo importante porque não banaliza a figura do ministro e facilita a cobrança do presidente aos seus auxiliares sobre resultados, porém ainda existem outras demandas que precisam ser implementadas pelo presidente Jair Bolsonaro e que inexoravelmente darão uma maior dinâmica à administração pública. Hoje são 100 mil cargos comissionados no governo federal, aqueles que ocupam postos com salários elevados, por indicação política e raramente desempenham seu papel no governo. Cortar essa massa para 30% uma vez que o presidente não tem tantos aliados para abrigar no governo, teria um efeito simbólico no sentido de enxugar a máquina pública dando mais eficiência a ela. Outra medida importante seria que os cargos comissionados fossem nomeados mediante um comitê de busca realizado pela iniciativa privada como o governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema, propôs.

Por fim, é de fundamental importância que o presidente Jair Bolsonaro comece a extinção de estatais improdutivas e a privatização daquelas que podem ser geridas pela iniciativa privada, como os Correios por exemplo. Essas medidas atreladas a reforma da previdência darão um novo ambiente de investimentos para o Brasil, e assim o presidente eleito fará jus aos mais de 57 milhões de votos que recebeu no último domingo.

Mordomias – Outra medida que poderia garantir uma maior eficiência da gestão e uma resposta às demandas da sociedade seria reduzir as mordomias dos membros do governo. Acabar com o carro oficial para funções abaixo dos ministérios bem como reduzir a utilização de jatinhos da FAB por parte dos ministros seriam medidas eficazes contra o desperdício do dinheiro público.

Fenômeno – Depois de tentar duas vezes se eleger, primeiro deputado federal em 2014 quando não teve nenhum voto, e em 2016 vereador de Nova Iguaçu quando obteve 480 votos, Helio Fernando acabou sendo eleito em 2018 como o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro com 345.234 votos. Aliado do presidente Jair Bolsonaro, Helio foi mais um dos fenômenos das eleições deste ano.

Recorde – Não foi Kaio Maniçoba o deputado federal que mais ampliou sua votação em 2014 como dissemos ontem nesta coluna. O maior crescimento proporcional foi do deputado federal eleito Luciano Bivar, no pleito passado ele obteve 24.840 votos, e agora atingiu 117.943, quase cinco vezes a votação anterior. Bivar foi mais um político impulsionado por Jair Bolsonaro.

Sergio Moro – Caso se confirme a ida do juiz Sergio Moro para o ministério da Justiça, o juiz da Lava-Jato assumirá um superministério, que reunirá o Coaf e a Polícia Federal, com isso ele ficaria com maior autonomia para se debruçar sobre a roubalheira do BNDES, da Caixa, do Banco do Brasil e outras estatais importantes, o que não somente fortaleceria a Lava-Jato como ampliaria seu raio de alcance.

RÁPIDAS

Gravatá – O prefeito Joaquim Neto (PSDB) conseguiu transferir 4.519 votos para Eduardo da Fonte e 3.595 para Lucas Ramos. Na disputa pelo governo, Armando Monteiro foi o majoritário com 12.774 votos. Os resultados de 2018 consolidam o reconhecimento do eleitorado de Gravatá ao trabalho desempenhado por Joaquim e pavimentam a sua reeleição em 2020.

Reconhecimento – Na hipótese de ser confirmada a indicação do deputado federal Bruno Araújo para a presidência nacional do PSDB, haverá um claro reconhecimento ao trabalho desempenhado por ele em Brasília e no próprio partido. Bruno tem excelente trânsito com todas as correntes tucanas e ajudaria a pacificar o partido a partir de então.

Inocente quer saber – Por que o governador Paulo Câmara não nomeia a delegada Patricia Domingos para o comando do DRACO?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 30 de outubro de 2018

Coluna do blog desta terça-feira

PT apesar da derrota ainda saiu fortalecido das urnas

Partido hegemônico no Brasil há quatro eleições presidenciais, o Partido dos Trabalhadores sofreu no último domingo sua primeira derrota eleitoral em disputas nacionais desde 2002 quando ascendeu ao Palácio do Planalto com Lula. Antes da eleição de Jair Bolsonaro neste domingo, o PT enfrentou uma série de problemas, primeiro a vitória apertadíssima de Dilma Rousseff em 2014 que deu a sensação de país dividido e deixou a presidente fragilizada para o seu segundo governo.

A operação Lava-Jato, iniciada em 2014, foi derrubando um a um entre petistas importantes, culminando na prisão do ex-presidente Lula em 2018. Antes disso, tivemos o impeachment de Dilma Rousseff em 2016 que deixou o país em sua maioria contrário ao PT. As eleições municipais foram suficientes para praticamente varrer o partido do mapa, sobretudo nas capitais onde o PT teve um desempenho pífio.

Quando todo o enredo se voltou contra o PT, muitos davam o partido como carta fora do baralho e apostava-se que a sigla não sobreviveria as eleições deste ano. Porém, o resultado foi absolutamente diferente. As urnas deste ano garantiram 56 deputados federais eleitos, tornando-se a maior bancada da Câmara dos Deputados, ficando com seis senadores e quatro governadores. Além do mais, Fernando Haddad, substituto de Lula na disputa presidencial, com poucos dias de campanha, ficou com 47 milhões de votos no segundo turno.

Mesmo com a derrota, o PT segue hegemônico na esquerda, sendo o maior partido do Brasil e o principal antagonista do governo Bolsonaro. De quebra, forjou em 2018 uma jovem liderança que poderá falar para o futuro do Brasil. Estando na oposição, o PT fará o que sempre soube com maestria que é contestar governos adversários, e terá fundamental importância na fiscalização do governo Jair Bolsonaro.

O PT fortalecido é sinal de que o presidente Jair Bolsonaro não terá vida fácil, pois terá uma oposição firme e contundente que ajudará a colocar limites em qualquer arroubo do presidente. A volta do PT para a oposição, a alternância de poder, e a manutenção do espaço do Partido dos Trabalhadores são absolutamente salutares para a nossa jovem democracia.

Sergio Moro – O juiz Sergio Moro já teria confidenciado a interlocutores que considera a hipótese de integrar a equipe de Jair Bolsonaro. O convite do presidente foi feito para o ministério da Justiça, e posteriormente ele teria a garantia de assumir em 2020 a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal com a aposentadoria de Celso de Mello.

Confirmado – O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) confirmou, em entrevistas às redes de televisão nesta segunda-feira (29), que irá convidar o juiz Sérgio Moro para o Ministério da Justiça ou para o Supremo Tribunal Federal (STF). “É um reconhecimento ao sucesso da Operação Lava Jato, que o povo apoia tanto e que foi determinante em vários resultados eleitorais. A preferência no meio jurídico é que Moro vá para o STF, onde poderá fazer muito pelo combate à corrupção”, avalia o procurador do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO), Cristiano Pimentel.

Base – O presidente Jair Bolsonaro terá uma base parlamentar com 266 apoiadores consistentes e 118 apoio condicionado na Câmara dos Deputados. Com até 384 deputados na sua base governista, Jair Bolsonaro poderá já no início do governo instituir as principais reformas que precisam ser feitas para recuperar a economia.

Bruno Araújo – O deputado federal Bruno Araújo, que não se elegeu senador por Pernambuco, e ocupou o ministério das Cidades durante o governo Michel Temer, foi lembrado pelo governador eleito de São Paulo, João Doria, durante seu discurso de vitória. O nome do pernambucano está sendo ventilado para a equipe do governador, devido a sua vasta experiência no exercício de mandatos parlamentares e também no ministério das Cidades.

Decasp – A sociedade civil se organiza para participar de uma votação na Assembleia Legislativa de Pernambuco que poderá extinguir a Decasp, que vem fazendo um trabalho bastante competente combatendo desvios de dinheiro público em Pernambuco.

RÁPIDAS

Fernando Filho – A passagem do deputado federal Fernando Filho pelo ministério de Minas e Energia rendeu elogios no Brasil inteiro até mesmo no exterior. Até o presente momento, o presidente Jair Bolsonaro não sinalizou para um nome para a pasta. Se porventura o presidente nomear Fernando Filho, estará conquistando de forma significativa o setor que é estratégico para o Brasil.

Substituto – Com a posse de Luciana Santos como vice-governadora, Fernando Monteiro será efetivado como deputado federal em janeiro. Eleito com 82.071 votos, Fernando assumiu o mandato como suplente até abril deste ano. A posse dos novos deputados ocorrerá somente em fevereiro, o que garantirá um mês de Fernando na Câmara dos Deputados.

Inocente quer saber – Quando Paulo Câmara começará a anunciar oficialmente seu novo secretariado?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 29 de outubro de 2018

Coluna do blog desta segunda-feira

O predestinado Jair Bolsonaro, o novo presidente do Brasil

O dia 28 de outubro de 2018 ficou marcado por mais uma página da história democrática do país. Na oitava eleição presidencial desde a redemocratização, Jair Messias Bolsonaro foi eleito com a segunda maior votação nominal da história do Brasil, obtendo 57.797.073 votos, atrás apenas de Lula, que foi reeleito em 2006 com mais de 58 milhões de votos. Toda a trajetória de Bolsonaro até chegar ao Palácio do Planalto neste domingo é digna de um roteiro de cinema.

Eleito vereador do Rio de Janeiro em 1988, Jair Bolsonaro disputou e venceu pela primeira vez um mandato na Câmara dos Deputados  em 1990, de lá pra cá foram seis mandatos ininterruptos como deputado federal. Além do seu mandato, Bolsonaro elegeu seus filhos na política, Carlos, Eduardo e Flávio, evidenciando que ele estava longe de ser um outsider, e era um político totalmente tradicional.

Apesar de ser mais um dos 513 deputados federais, e integrar o baixo-clero da Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro conseguiu construir uma narrativa que pouco a pouco foi conquistando adeptos em todo o Brasil. Polêmico e falastrão, o presidente eleito despertou paixões e ódios por onde passava. Foram oito partidos como filiado, chegou a flertar com o PEN, que viraria Patriota por sua exigência, mas acabou filiando-se em janeiro ao nanico PSL.

Naquela ocasião, ao ingressar no PSL, muitos apostaram que ele não sairia do canto, uma vez que o partido nanico não lhe daria tempo de televisão suficiente para tornar-se competitivo. A cada pesquisa divulgada, seu nome era rechaçado, uma vez que muitos diziam que quando começasse a eleição ele desidrataria, perdendo a competitividade para o sistema.

Uma eleição atípica, envolvida pela operação Lava-Jato, com a prisão do ex-presidente Lula, após o impeachment de Dilma Rousseff e desaprovação absurda de Michel Temer. Bolsonaro começou a conquistar a esperança de eleitores saturados com o sistema. E na semana em que Lula teve sua candidatura definitivamente negada, Jair Bolsonaro sofreu um atentado que quase tirou-lhe a vida.

Impossibilitado de participar da campanha, Jair teve prejuízo no processo eleitoral, e por liderar o processo eleitoral, seus opositores decidiram criar um movimento chamado #EleNão, que tomou as ruas do Brasil. Seus adversários lhe chamavam de racista, machista, homofóbico, misógino e tantos outros adjetivos e não aceitavam que ele poderia chegar ao Palácio do Planalto. Após o movimento da esquerda, seus apoiadores decidiram fazer atos em todo o Brasil e mostraram que estavam dispostos a defender o seu projeto. Na reta final do primeiro turno, Bolsonaro disparou e por muito pouco não venceu no dia 7 de outubro, porém além da primeira colocação com quase 50 milhões de votos, Bolsonaro fez seu PSL eleger 52 deputados federais tornando-se a maior bancada da Câmara dos Deputados, além de senadores e candidatos a governador que tiveram seu apoio.

No segundo turno novo enfrentamento, hostilidades de todos os lados, chegando a ser atacado pela mídia tradicional com uma denúncia que até hoje não foi apresentada uma única prova. Muitos chegaram a apostar que sua liderança nas pesquisas seria comprometida, e de fato os quase 60% das intenções de votos válidos foram reduzidos a cada pesquisa. Isso foi possível graças a um movimento muito forte contra a sua candidatura. Porém neste domingo a vontade popular que decidiu dar um basta ao PT após quatro eleições presidenciais e permitir que o predestinado Bolsonaro chegasse ao Palácio do Planalto, acabou prevalecendo.

Jair Messias Bolsonaro é de fato e de direito o 38º presidente do Brasil. Agora tem o enorme desafio de reestruturar o país, recuperando a economia, que está em frangalhos, retomando o emprego que hoje tem 13 milhões de desempregados, resolver as contas públicas e principalmente ajustar a segurança pública, um dos maiores pilares da sua vitória neste domingo. O Brasil deu a legitimidade política e eleitoral que Jair Bolsonaro precisava, porém se a vitória foi gigantesca, a responsabilidade é diretamente proporcional ao resultado obtido pelas urnas. A missão foi dada, agora precisa ser cumprida. Boa sorte ao capitão!

João Doria – Depois de passar um verdadeiro sufoco na reta final da eleição pelo Palácio dos Bandeirantes ao ver Marcio França igualar o jogo, João Doria acabou sendo eleito governador de São Paulo consolidando-se como a principal liderança do PSDB, desbancando Geraldo Alckmin e Aécio Neves, que saíram dizimados do processo eleitoral de 2018.

Equipe – O presidente eleito Jair Bolsonaro confirmou quatro nomes para a sua equipe ministerial, que são: Paulo Guedes (Fazenda), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), General Heleno (Defesa) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia). A expectativa recai sobre as outras pastas. O deputado federal Mendonça Filho está sendo cotado para voltar ao comando do Ministério da Educação.

Governadores – Foram eleitos neste domingo Waldez Goes (Amapá), Wilson Lima (Amazonas), Ibaneis (Distrito Federal), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), Romeu Zema (Minas Gerais), Hélder Barbalho (Pará), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Wilson Witzel (Rio de Janeiro), Coronel Marcos Rocha (Rondônia), Antonio Denarium (Roraima)  Comandante Moisés (Santa Catarina) e Belivaldo Chagas (Sergipe).

Descortesia – Segundo colocado na eleição presidencial, Fernando Haddad quebrou a tradição de telefonar para o presidente eleito Jair Bolsonaro cumprimentando-o pela vitória neste domingo. O petista alegou que por conta da dura disputa presidencial não iria estabelecer diálogo com o presidente eleito. A descortesia de Haddad não combina com o perfil democrático que ele apresentou durante a campanha eleitoral.

RÁPIDAS

Vitória – Mesmo com a derrota para Jair Bolsonaro, o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio comemoraram a vitória de Fernando Haddad no estado e na capital. Em Pernambuco, Haddad teve 66,50% dos votos válidos, já no Recife a disputa foi mais apertada, Haddad atingiu 52,50% contra 47,50% de Jair Bolsonaro.

Brasília – Embarco nesta segunda-feira rumo à capital federal para acompanhar in loco as movimentações do presidente eleito Jair Bolsonaro e da formação do futuro governo que assumirá em janeiro de 2019. Estejam ligados no nosso blog para ficar por dentro de tudo que acontecerá na política nacional.

Inocente quer saber – O Vox Populi continuará soltando pesquisas criminosas como a do último sábado e ficará impune pela Justiça Eleitoral?

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Postado por Edmar Lyra às 12:43 pm do dia 28 de outubro de 2018

Paulo Câmara: “O Nordeste está unido e vai dar uma grande vitória a Fernando Haddad”

Vice-presidente nacional do PSB, o governador reeleito Paulo Câmara destacou o crescimento do presidenciável Fernando Haddad (PT) nos últimos dias e falou da importância do Nordeste na votação deste domingo (28), dia da escolha do representante que irá governar o país pelos próximos quatro anos. Acompanhado do prefeito Geraldo Julio (PSB), da primeira-dama Ana Luiza Câmara, da vice-governadora eleita Luciana Santos (PCdoB) e de correligionários, o socialista votou, na manhã de hoje, no Centro de Educação Comunitária e Social do Nordeste (Cecosne), no bairro da Madalena, Recife.

“Hoje é mais um dia em favor da democracia. As eleições estão ocorrendo muito bem em Pernambuco e a gente espera que ocorra assim ao longo do dia. Nosso candidato teve um crescimento consistente nos últimos dias. O Nordeste está muito unido e, com certeza, vai dar uma grande vitória a Fernando Haddad”, destacou o governador reeleito. No primeiro turno, o presidenciável foi o candidato majoritário em Pernambuco e ganhou em oito dos nove estados nordestinos, com exceção apenas do Ceará.

Durante entrevista, Paulo Câmara ainda falou sobre os desafios do próximo presidente da República, que deverá ter um olhar especial para a região e trabalhar pela redução das desigualdades. “O presidente precisa conversar com os governadores, como os governadores têm que conversar com os prefeitos e prefeitas. Isso faz parte da Federação e a gente espera que isso seja feito da forma correta. Ou seja, olhando o Brasil por inteiro, olhando as regiões com todas as suas peculiaridades. O desafio do próximo presidente é diminuir as desigualdades regionais, que é fundamental para o Brasil que a gente quer”, defendeu o gestor.

Em seguida, Paulo Câmara e Geraldo Julio, que é primeiro-secretário

nacional do PSB, caminharam até o Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, também na Madalena, local de votação do prefeito. Geraldo falou sobre como vitória de Fernando Haddad será importante para o povo brasileiro. “A democracia é muito importante para nosso país. Tivemos um tempo em que as conquistas sociais foram muito fortes para o nordestino e para o povo mais pobre do país inteiro. Pessoas que tiveram acesso ao crédito, que tiveram a carteira assinada, muitos jovens tiveram oportunidade de entrar numa universidade, particular ou pública, e um tempo de muitas transformações, onde muita gente que não tinha oportunidade passou a ter. É isso que a gente defende. Um governo popular, como foi com Eduardo Campos, Miguel Arraes e com Paulo Câmara. A gente defende um governo popular e, sobretudo, a democracia”, frisou o prefeito recifense.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 27 de outubro de 2018

Coluna do blog deste sábado

Bolsonaro deve quebrar uma hegemonia de dezesseis anos do PT 

Desde 1989 o Partido dos Trabalhadores disputa a presidência da República. Em todas as oito disputas, o partido ficou em primeiro ou segundo lugar. A força do PT se deu porque o partido conseguiu se colocar em todos os setores da sociedade, conquistando adeptos que defendem as ideias do partido com unhas e dentes. Ao chegar ao poder em 2003, o partido instituiu através de Lula inúmeros avanços, sobretudo no âmbito social, com a junção dos programas sociais existentes no governo FHC no Bolsa Família e a ampliação do alcance por todo o Brasil. Lula também teve outros méritos, como ter mantido o tripé macroeconômico do governo anterior, como o câmbio flutuante, responsabilidade fiscal e metas de inflação, e o resultado foi importante, com o maior crescimento econômico do país nos últimos anos, o que permitiu muitas conquistas da população.

No governo Lula tivemos o escândalo do mensalão, que estourou em 2005, apesar da crise política, havia um clima econômico muito favorável, o que permitiu a reeleição de Lula em 2006, e posteriormente a vitória de Dilma Rousseff em 2010, então desconhecida do eleitor, mas que acabou impulsionada pela popularidade do então presidente. Ao assumir em 2011, parecia que Dilma faria um governo tão extraordinário quanto o do seu antecessor. Porém veio 2013 com a Copa das Confederações e a sociedade se voltou contra toda a classe política, derrubando a popularidade da então presidente e dos governadores da época.

Apesar da crise econômica sendo mais percebida pelo eleitor, e a deflagração da Operação Lava-Jato em 2014, pegando novamente figurões do PT e de outros partidos, Dilma Rousseff foi reeleita por uma margem mínima. Ao ser reeleita, Dilma rasgou tudo o que havia prometido na campanha e iniciou tarifaços que se configuraram no maior estelionato eleitoral da história recente da política brasileira. A divisão do país permaneceu, Dilma acabou impichada, Lula preso, Aécio Neves, adversário de Dilma, envolvido em escândalos que só não permitiram sua prisão por conta do foro privilegiado. Michel Temer, substituto de Dilma, apesar de ter acertos na área econômica, envolveu-se em escândalos e por muito pouco não foi afastado do cargo, após duas denúncias serem arquivadas pela Câmara dos Deputados.

A crise econômica, a crise ética, a falta de representatividade política, o estelionato eleitoral do PT e outros temas que incendiaram a sociedade, como principalmente a violência, permitiram que um candidato que por muitos era tido como lunático, fosse crescendo nas pesquisas, mesmo integrando um partido nanico, sem grandes estruturas lhe apoiando. O enredo dos últimos anos foi quem criou o mito de Jair Bolsonaro. A população que foi assim com Collor, Lula, Getúlio e Juscelino, é ávida por salvadores da pátria, apostando em figuras que falem o que ela entende, fez a opção por Jair Bolsonaro nesta eleição. No primeiro turno, por muito pouco ele não liquidou a fatura, hoje, véspera da eleição, ele tem uma vantagem significativa nas pesquisas que oscila de 56% no Ibope até 60% do Paraná Pesquisas, que dificilmente será revertida.

Bolsonaro é produto de tudo que a classe política fez com a sociedade, com escândalos de corrupção, crise econômica, desrespeito, afronta a inteligência do eleitor, dentre outras coisas. Não se sabe se ele fará um governo acima da média, porque somente o tempo irá dizer. Mas a escolha do eleitor por Bolsonaro é uma resposta a um enredo que foi construído nos últimos dezesseis anos de roubalheira, de descaso e de mentiras, não só do PT como do PSDB e de partidos periféricos. A maioria da população, de todas as raças, de todas as classes sociais, de todas as regiões, está fazendo a opção por Bolsonaro, que está longe de ser o presidente perfeito, mas é o que se tem para dar um basta em tudo que foi presenciado nos governos do PT e aliados que trouxeram ao Brasil a maior crise dos últimos tempos.

São Paulo – O Real Time Big Data divulgou ontem nova rodada de pesquisas para governador de São Paulo. Pela primeira vez, João Doria e Marcio França aparecem empatados literalmente. Ambos possuem 50% dos votos válidos. Pelo gráfico da campanha, é possível afirmar que Marcio França chega neste domingo com grandes chances de ser eleito governador de São Paulo.

Rio de Janeiro – No Rio de Janeiro a vantagem de Wilson Witzel caiu de forma significativa e agora ele possui 54% contra 46% de Eduardo Paes. No levantamento, a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, o que configura numa possibilidade real de virada devido a vantagem do primeiro colocado que era muito grande no início do segundo turno e agora pode ser de apenas dois pontos.

Jarbas Vasconcelos – Apesar de ter declarado o voto em Fernando Haddad no segundo turno, o senador eleito Jarbas Vasconcelos não deverá adotar uma postura de total oposição a um eventual governo Bolsonaro. Jarbas sabe da responsabilidade que ele terá como um dos mais importantes senadores do Brasil e certamente adotará a bandeira da conciliação para tirar o país da crise.

Romerinho Jatobá – No exercício do segundo mandato como vereador do Recife, Romerinho Jatobá tem ganhado força para assumir a primeira-secretaria da Câmara Municipal do Recife. O cargo é ocupado por Marco Aurélio, que se elegeu deputado estadual, e está sendo disputado por Romerinho e outros dois vereadores, porém o nome do primeiro está mais consolidado entre os 39 parlamentares.

RÁPIDAS

Bolsonaro – Eleitor ferrenho de Armando Monteiro, o prefeito de Garanhuns Izaias Regis declarou que votaria em Jair Bolsonaro no primeiro turno e afirmou que no segundo turno repetirá a dose para eleger o capitão ao Palácio do Planalto. O prefeito é uma das principais lideranças de oposição ao PSB de Pernambuco.

Sem hostilidade – Mesmo tendo feito campanha para Fernando Haddad, o governador reeleito de Pernambuco, Paulo Câmara, terá uma relação institucional com o provável presidente Jair Bolsonaro. Ele contará com o deputado federal eleito Luciano Bivar, que ajudará a fortalecer a interlocução de Pernambuco com o governo federal.

Inocente quer saber – De quanto será a vantagem de Jair Bolsonaro neste domingo sobre Fernando Haddad?

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Postado por Edmar Lyra às 21:42 pm do dia 25 de outubro de 2018

Pernambucanos lotam Pátio do Carmo para confirmar apoio a Fernando Haddad

Estado escolhido para o último comício do presidenciável Fernando Haddad (PT) antes do segundo turno, Pernambuco – terra do ex-presidente Lula – mostrou, nesta quinta-feira (25), que a unidade do povo brasileiro em prol da democracia vai prevalecer no próximo domingo, dia 28. Um grande ato que contou com presença de lideranças políticas de diversos partidos atraiu, para o Pátio do Carmo, no Centro do Recife, milhares de pessoas que se uniram para levar o apoio a Haddad e a demonstrar a confiança na vitória. O governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio representaram o PSB no encontro.

Durante o comício, Haddad falou sobre sua expectativa para a eleição do próximo domingo. Ele citou pesquisa de intenção de voto veiculada hoje, que já mostra uma redução de seis pontos percentuais na diferença entre o candidato da oposição e ele. O presidenciável destacou que, até o dia 28, é preciso manter o diálogo entre as famílias e amigos para garantir a vitória no segundo turno. Haddad ainda enfatizou, ainda, a importância da união de tantas lideranças em favor da sua candidatura. “Estou aqui recebendo apoio de todas as lideranças do Estado que sabem o risco que o Brasil está correndo. Agora é hora de unidade, de união. A gente, quando tem ameaça, começa a se unir para combater o adversário. Estou com Paulo, com Geraldo, em memória de Arraes, estou com João (Campos), com Silvio Costa, com Humberto Costa. Estou com todos na mesma trincheira. A trincheira da democracia, dos direitos”, afirmou.

O candidato destacou que o Brasil está vivendo um momento delicado no cenário político e que parte da população está sendo enganada por um postulante que não tem histórico e nem serviços mostrados ao povo brasileiro. “Entre um livro de um ministro da Educação e a arma de um soldado de araque, (o povo) vai ficar com a educação, com o trabalho, com a dignidade e com respeito às pessoas”, destacou Haddad.

Vice-presidente nacional do PSB, o governador Paulo Câmara enfatizou que Pernambuco, assim como no primeiro turno, dará uma bonita vitória ao presidenciável. O socialista também frisou que esta é uma das eleições mais importantes dos últimos 30 anos. “Vamos escolher entre a democracia e o autoritarismo. Vamos escolher entre a verdade e a mentira, entre o amor e o ódio. O presidente Lula lhe deu a maior missão da sua vida e você está cumprindo ela com dedicação, trabalho e espírito público, com a verdade e, acima de tudo, falando o que o povo quer ouvir: que você vai continuar o trabalho que o presidente Lula fez no Brasil. A gente vai vencer mais uma vez o medo, a intolerância e aqueles que não querem trabalhar pelo povo. A gente vai vencer o ódio e vamos fazer o Brasil voltar a ser feliz de novo”, declarou o líder socialista.

O prefeito do Recife, Geraldo Julio, pontuou que no próximo dia 28 a população brasileira vai decidir pela manutenção da maior conquista dos últimos anos: a democracia. “Neste domingo, o povo brasileiro vai mostrar que, com democracia, vai, mais uma vez, botar em Brasília um governo popular, um governo que cuida em enfrentar as desigualdades, que cuida dos nordestinos, que cuida do povo mais pobre e bota conquistas para o jovem brasileiro. Vamos comemorar juntos porque eu sei que o povo brasileiro vai saber escolher e, com certeza, vai dar a vitória a Fernando Haddad presidente”, disse Geraldo.

Presidente nacional do PCdoB, a vice-governadora eleita Luciana Santos destacou a altivez de Pernambuco em momentos importantes da história política brasileira e pontuou que, mais uma vez, o pernambucano vai demonstrar resistência. “Vamos mostrar ao ditador, ao que quer pregar o passado, que votou pela reforma trabalhista, que representa o que há de pior, que ‘Ele não!’”, disse. Já o senador reeleito Humberto Costa frisou que o Nordeste será a barreira contra o fascismo representado por Bolsonaro. “Aqui vamos dar conta. Ele pode querer passar o rolo compressor em qualquer lugar, mas aqui não. Estamos a três dias da eleição e estou sentido o cheiro que senti em 2002, em 2006, em 2010 e 2014, que é o cheiro da maior vitória eleitoral que vamos dar a Haddad”, declarou.

Representantes do PSol, Dani Portela, da Rede, Roberto Leandro, e do Avante, Silvio Costa, também discursaram no evento em favor da candidatura de Haddad. O ato ainda contou com depoimentos dos estudantes Manuela e Rafael, que falaram sobre a inclusão dos que mais precisam nas universidades durante os governos do PT.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 22 de outubro de 2018

Coluna do blog desta segunda-feira

O esboço do novo governo Paulo Câmara 

Reeleito no dia 7 de outubro, o governador Paulo Câmara segue fazendo campanha no segundo turno para Fernando Haddad, porém já há avaliações de que o Palácio estaria costurando um novo governo, e nele seria realizado um rodízio para dar uma nova dinâmica ao segundo mandato, repetindo basicamente o que Eduardo Campos fez em 2011 quando foi reeleito.

Há uma grande possibilidade de André Campos ser mantido na Casa Civil, uma vez que a relação com parlamentares e prefeitos ficou muito melhor desde que ele assumiu o posto. Para não criar arestas com ninguém, evitando ciumeira e desgaste do governo, André Campos tem tudo para seguir no comando da articulação política do Palácio do Campo das Princesas.

Para a secretaria das Cidades, o nome de João Campos, eleito deputado federal com 460.387 votos, tem tudo para assumir o posto. Estar com a caneta de uma pasta robusta e Metropolitana dará mais cancha a João do que o exercício do mandato de deputado federal para uma provável candidatura a prefeito do Recife. Na confirmação de João no primeiro escalão, Milton Coelho assume o mandato na Câmara dos Deputados.

A deputada estadual eleita Gleide Angelo está sendo lembrada para assumir a secretaria da Mulher, pois a sua popularidade deve contribuir com o governo no primeiro escalão muito mais do que no exercício do mandato de deputada estadual. Além do mais, a convocação de Gleide permite que Sivaldo Albino, pré-candidato a prefeito de Garanhuns, possa assumir o mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Ainda estão sendo lembrados para o secretariado os deputados federais Augusto Coutinho e Sebastião Oliveira, mas dificilmente os dois serão convocados, pois não há interesse no Palácio em dar o mandato a Marinaldo Rosendo que é o segundo suplente. Outro nome que pode integrar a equipe de Paulo Câmara ou de Geraldo Julio é o deputado estadual reeleito Alberto Feitosa. No mais, as convocações devem se dar respeitando o peso político de PP, PR, PSD, PT, PDT, PCdoB, Solidariedade e MDB, porém com o rodízio e o fim da porteira fechada para aqueles que assumirem espaços no primeiro escalão.

Petrolina – Setores palacianos apostam que o Palácio deverá abrigar no governo Odacy Amorim e Julio Lossio, que perderam a eleição no dia 7, e ainda deve permitir um posto de destaque ao deputado Lucas Ramos. O objetivo é fortalecer os aliados para que eles possam enfrentar o prefeito Miguel Coelho, uma vez que poderá haver segundo turno na capital do São Francisco.

Diálogo – Caso se confirme a vitória de Jair Bolsonaro no próximo domingo, apesar de ter apoiado Fernando Haddad, o governador Paulo Câmara não pretende fazer oposição ao possível eleito. A ordem é manter o diálogo para viabilizar os repasses federais para o estado. Bolsonaro por sua vez já sinalizou que não haverá caça às bruxas para fechar as torneiras aos estados.

Apoio – O ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, apesar de filiado ao PSDB, declarou apoio a Fernando Haddad no segundo turno. Elias não é o único tucano a fazer isso, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, tucano de alta plumagem, também declarou que vota em seu xará no próximo dia 28.

Cobiça – Com a eleição de 52 deputados federais, o PSL passou a ter a segunda maior bancada na Câmara dos Deputados e consequentemente uma grande fatia do fundo eleitoral e partidário e do tempo de televisão e do rádio. É provável que muitos políticos em Pernambuco que possam trocar de partido filiem-se ao PSL para a disputa municipal e para ter Jair Bolsonaro como cabo eleitoral.

RÁPIDAS

Falta – O deputado estadual Marcantonio Dourado decidiu não tentar a reeleição pelo PSB e lançou o filho pelo PP. Se tentasse o mandato pelo partido e tivesse a votação do filho teria sido eleito, porém obteve ainda 748 votos mesmo sem fazer campanha. O filho obteve 28.513 votos, 136 a menos que Roberta Arraes, última eleita da coligação. Os votos do pai fizeram falta ao filho.

Desempenho – Dos suplentes que assumiram o mandato ao longo da legislatura na Câmara dos Deputados, destaque para Luciano Bivar (PSL) que saltou de 24.840 para 117.943 votos, Fernando Monteiro (PP) que foi de 50.128 para 82.071 votos e Augusto Coutinho (Solidariedade) que foi de 67.918 para 77.817 votos. Todos foram eleitos com expressiva votação.

Inocente quer saber – O senador Armando Monteiro fará alguma declaração sobre sua posição no segundo turno presidencial?

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Postado por Edmar Lyra às 16:07 pm do dia 21 de outubro de 2018

João Campos cotado para a secretaria das Cidades

Eleito deputado federal com 460.387 votos, sendo o mais votado da história de Pernambuco, dos quais 70.864 na capital pernambucana, João Campos está sendo cotado para assumir a secretaria das Cidades no segundo governo Paulo Câmara. De acordo com uma fonte ouvida pelo blog, João assumiria a pasta para ganhar mais força no Recife para ser candidato a prefeito em 2020. Além de João Campos nas Cidades, há informações de que o governador Paulo Câmara irá estabelecer um rodízio dos partidos nas pastas, inclusive ampliando o espaço do PT no governo. Por fim, o que se comenta é que nenhuma secretaria será dada de porteira fechada para os partidos aliados, e que os espaços serão compartilhados.

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Postado por Edmar Lyra às 21:37 pm do dia 19 de outubro de 2018

Paulo Câmara: Não vamos desistir do Brasil e mostraremos essa resistência em Pernambuco

Reeleito no primeiro turno em Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB) reuniu, na tarde desta sexta-feira (19), um grande conjunto de prefeitos, ex-prefeitos, vereadores, deputados e lideranças políticas pernambucanas para reafirmar o apoio ao presidenciável Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições 2018. Cerca de mil líderes de todas as regiões do Estado lotaram o Centro de Convenções do Hotel Canariu’s, em Gravatá, no Agreste, para confirmar que estão ao lado de Paulo e Haddad para garantir dias melhores no Brasil.

Durante o encontro, Paulo fez um agradecimento às lideranças pelo apoio dado no primeiro turno em Pernambuco e pediu que a mobilização se repita na campanha de Haddad, sobretudo nesta reta final que antecede o pleito. “O desafio que nós temos até dia 27 é importante e necessário. O Brasil já está dando passos para trás e a gente não pode deixar dar passos mais largos ainda. Vamos em frente nesta última semana. Vocês viram no primeiro turno que na última semana aconteceu muita coisa. Não vamos desistir do Brasil e vamos mostrar essa resistência em Pernambuco”, afirmou.

O socialista destacou que a força do Nordeste será primordial para garantir resultados expressivos em favor de Haddad e lembrou os avanços promovidos na gestão do ex-presidente Lula, sobretudo na região. “O caminho de Lula de diminuir desigualdade sociais e regionais, de gerar emprego e renda são valores que não podemos deixar escapar de maneira nenhuma. Falar nisso é falar de futuro. O que a gente já conhece e sabe que dá certo. Haddad representa isso. Ele teve pouco tempo de mostrar na campanha e está se esforçando no segundo turno. As fake news estão espalhadas e com grupos poderosos por trás disso, como foi noticiado. Mas a verdade sempre estará na frente”, defendeu o governador.

Eleita vice-governadora, a presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, destacou que a eleição de Bolsonaro representa uma ameaça ao Brasil e que é preciso dialogar com a população e mostrar o melhor projeto presidencial. “Ele representa o que há de pior na política. Precisamos, portanto, fazer o debate de ideias. A primeira semana após o primeiro turno foi de violência política. Esta candidatura (de Bolsonaro) está fazendo caixa dois e financiamento eleitoral. É a junção de crimes cometidos com as fake news. Pernambuco vai demonstrar que tem altivez. Vamos garantir a vitória do que representa o legado do melhor presidente que já tivemos, que foi Lula”, declarou.

O senador reeleito Humberto Costa (PT) destacou a disparidade entre os projetos representados por Fernando Haddad e Jair Bolsonaro e o risco que o o candidato oposto apresenta para o Brasil. “De um lado a gente tem alguém que a gente conhece. Um candidato preparado, que foi ministro, que criou o Prouni, Pronatec, e em todo município existe uma ação de Fernando Haddad, que é representante de um projeto que nós conhecemos. O candidato da democracia, da defesa da Constituição. Do outro lado, temos um homem que ninguém sabe o que ele é. Ou melhor. A gente sabe que ele é uma pessoa despreparada, alguém folclórico”, avaliou.

Representando mais de 100 prefeitos pernambucanos que participaram do encontro, o chefe do Executivo em Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), reforçou a necessidade de cada liderança municipal no pleito que se aproxima. Ele também falou da importância da vitória de Haddad para garantir as parcerias entre Pernambuco e o Governo Federal. “Não podemos baixar a cabeça e nos omitir. Esta é a hora de demonstrarmos força, coragem e autonomia. Eleição se ganha no dia com o voto. Vamos trabalhar e mostrar a liderança de Paulo Câmara garantindo uma vitória expressiva de Haddad”, pontuou.

Candidata no primeiro turno das eleições, Dani Portela (PSol) também participou da atividade e destacou a união realizada na segunda etapa do pleito em favor da Haddad. “Há poucos dias estávamos em palanques opostos. Hoje a nossa união se da para defender democracia no Brasil”, pontuou.

CAFÉ DA MANHÃ

Em mais um ato de apoio ao presidenciável Fernando Haddad (PT), o governador Paulo Câmara (PSB) reuniu, na manhã desta sexta-feira, atuais deputados estaduais e federais, novos parlamentares eleitos, além de lideranças partidárias, em um café da manhã realizado no Recife Praia Hotel, no Pina. Paulo reforçou a importância que a vitória de Haddad terá para garantia dos direitos democráticos no Brasil, a volta do crescimento do país e o impacto disso em Pernambuco. A atividade contou com a participação de representantes do PR, PP, PCdoB, PSol, PT, MDB, PSD, PPL, PSC e PSB.

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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