Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 1 de abril de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta sexta-feira

Foto: Reprodução

A última cartada da terceira via na disputa presidencial 

Com o fim do prazo de desincompatibilizações e de filiações partidárias que acontece neste sábado, alguns acontecimentos nacionais evidenciaram a preocupação da terceira via no sentido de evitar a polarização já instituída entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula.

Os movimentos mais claros foram a possível desistência da pré-candidatura de João Doria, que ganhou muita força no dia de ontem, a mudança de partido de Sergio Moro que deixou em comum acordo o Podemos para ingressar no União Brasil e a renúncia do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para ficar apto a disputar as eleições em outubro.

Terceiro colocado nas pesquisas eleitorais, Moro será candidato a deputado federal por São Paulo, enquanto Doria oficializou sua saída mas pode  disputar o Senado pelo seu estado ou não ser candidato a nada. Leite também pode disputar o Senado, mas hoje é tido como uma alternativa mais palatável para crescer na disputa presidencial com o apoio de uma coalizão partidária de centro.

O movimento em curso composto por PSDB e Cidadania, que formam uma federação, União Brasil, MDB e Podemos, seria uma frente suprapartidária que buscaria quebrar a polarização política instituída entre as duas maiores lideranças políticas do país. O movimento pode ser tardio, uma vez que a saída do terceiro colocado na disputa, algoz de Lula na Lava-Jato, Sergio Moro, poderá impulsionar ainda mais o ritmo de recuperação do presidente Jair Bolsonaro, cujo eleitor buscava uma alternativa lavajatista que não se materializou.

O desafio ainda continua hercúleo, e tem grandes chances de não ter efeito prático positivo para quem não quer Lula nem Bolsonaro, porém foi um primeiro passo, que exige a decantação do processo para saber se terá, faltando apenas três meses para as convenções, alguma chance de produzir algo diferente do que se desenha de um segundo turno composto por Lula e Jair Bolsonaro.

Novos prefeitos – A partir de agora as cidades de Caruaru, Jaboatão dos Guararapes e Petrolina têm novos prefeitos, Rodrigo Pinheiro, Luiz Medeiros e Simão Durando, substituíram Raquel Lyra, Anderson Ferreira e Miguel Coelho, respectivamente, todos pré-candidatos ao governo de Pernambuco em outubro. E agora fica a expectativa quanto ao comportamento político dos novos gestores em relação aos projetos políticos de seus antecessores.

Solidariedade – A pré-candidata a governadora Marília Arraes, ganhou importantes reforços para o seu projeto. O prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, será seu coordenador geral, enquanto os deputados estaduais Gustavo Gouveia e Fabíola Cabral, e o ex-prefeito do Cabo, Lula Cabral, serão candidatos pela legenda em outubro.

Reforços – O PSB oficializou a entrada dos deputados estaduais Eriberto Medeiros e Tony Gel, e do pré-candidato a deputado estadual Jarbas Vasconcelos Filho. O partido pretende eleger entre 20 e 25 representantes para a Casa Joaquim Nabuco.

Inocente quer saber – Haverá reviravolta na indicação do Senado pela Frente Popular?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 15 de março de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta terça-feira

Foto: Divulgação

Uma eleição acirrada para presidente em outubro

Desde a redemocratização, o Brasil experimentou oito eleições presidenciais, das quais apenas duas foram resolvidas em primeiro turno, as vencidas por Fernando Henrique Cardoso em 1994 e 1998. O PT, por sua vez, que disputou todas as eleições presidenciais desde 1989 figurou nas duas primeiras colocações, vencendo quatro disputas e perdendo quatro.

Além das vitórias mais elásticas de Fernando Henrique, do PSDB, em primeiro turno, o PT teve três vitórias amplas no segundo turno, Lula em 2002 quando derrotou José Serra obtendo mais de 60% dos votos válidos, em 2006 quando obteve mais de 60% contra Geraldo Alckmin e Dilma Rousseff com 56% dos votos válidos em 2010 derrotando novamente José Serra. A eleição mais apertada foi de Dilma na reeleição em 2014 contra Aécio Neves, quando ela obteve 51,64% dos votos válidos, enquanto Collor derrotou Lula em 1989 no segundo turno com 53,03% dos votos válidos, e Jair Bolsonaro derrotou Fernando Haddad com 55,13% dos votos válidos.

O presidente Jair Bolsonaro enfrentou e ainda enfrenta muitos problemas de ordem política, social e econômica, graças aos efeitos da pandemia e mais recentemente a guerra na Europa que coloca em xeque a recuperação econômica, mas tem visto sua popularidade e suas intenções de voto crescerem a ponto de se aproximar do então líder absoluto nas pesquisas divulgadas, o ex-presidente Lula, cuja diferença já foi de vinte pontos percentuais e em alguns levantamentos caiu para apenas um dígito.

Os números ainda não permitem cravar quem será o vitorioso em outubro, porém já é possível admitir que não haverá espaço para a terceira via, garantindo uma polarização entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula. Os fatores de recuperação do atual presidente são o arrefecimento da pandemia, a retomada da economia, cujo crescimento foi de 4,6% em 2021 e a distribuição do Auxílio Brasil que reduziu de forma significativa a sua rejeição em setores do eleitorado, possibilitando que ele viesse a se aproximar de Lula.

Assim como Lula que teve um colchão de apoio que amorteceu a queda da sua popularidade no auge do mensalão e permitiu sua recuperação na busca pela reeleição em 2006, o presidente Jair Bolsonaro foi resiliente no pior período do seu governo, e a medida que a eleição se aproxima ele tem se recuperado, tornando-se mais competitivo e capaz de ameaçar a volta de Lula ao Palácio do Planalto. Teremos, portanto, uma eleição duríssima entre dois líderes carismáticos e populares que terão argumentos sólidos para convencer a massa cinzenta que não quer nem um nem outro para tentar garantir a vitória em outubro.

Flexibilização – O governo de Pernambuco, através do secretário de Saúde, André Longo, anuncia nesta terça-feira mais uma etapa de flexibilização do plano de convivência com a Covid-19. Há forte expectativa quanto ao uso de máscaras, que poderá ser flexibilizado em locais abertos.

Ataque – O pré-candidato a governador Miguel Coelho (União Brasil) partiu para o ataque ao PSB, afirmando que a população não será novamente enganada pelos socialistas, que apostam no Plano de Retomada para fortalecer seu projeto em Pernambuco.

Inocente quer saber – Quem vence a eleição, Lula ou Jair Bolsonaro?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 10 de março de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta quinta-feira

Foto: Divulgação

Raquel Lyra também deverá ser prestigiada pelo PSDB 

O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, na condição de pré-candidato a governador do União Brasil, deverá ser bastante aquinhoado com o fundo eleitoral do seu partido, estimado em R$ 945 milhões, cujo teto foi de R$ 13,6 milhões de gastos para a campanha de governador em 2018, considerando a inflação acumulada do período, através do IGP-M, o teto de gastos para governador em Pernambuco deverá ficar em aproximadamente R$ 20 milhões para os dois turnos.

Se Miguel Coelho conta com a estrutura do União Brasil que não será pequena, Raquel Lyra também não ficará atrás, uma vez que o fundo eleitoral tucano será de R$ 380 milhões, sendo que o diferencial de Raquel é que por ser mulher, o partido terá que destinar pelo menos R$ 110 milhões para campanhas femininas, respeitando a regra de pelo menos 30% do fundo eleitoral para mulheres.

Como serão poucas candidatas a governadora no PSDB, o partido deverá garantir o teto a Raquel Lyra em Pernambuco, que tem o ex-ministro Bruno Araújo, presidente nacional da legenda, como pernambucano e parte interessada no êxito da campanha tucana no estado. Portanto, a tucana, ao menos em termos de estrutura partidária no tocante ao financiamento público de campanha, terá as mesmas condições de disputa que seu concorrente petrolinense.

Dia do fico – Apesar das especulações de que poderiam deixar o PP, o casal Cleiton Collins e Michelle oficializaram sua permanência no partido e anunciaram a pré-candidatura da vereadora à Câmara do Deputados pela legenda. Acompanhado do presidente estadual do partido, o deputado federal Eduardo da Fonte, eles tiveram reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, quando oficializaram a pré-candidatura de Michelle a federal junto com seu marido à reeleição pelo partido.

Luciano Bivar – Deputado federal e presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar recebe o título de Visitante Ilustre de Campo Grande/MS, que foi aprovado pelos vereadores na Câmara Municipal de Campo Grande. O pernambucano Bivar também vai entregar o comando do diretório do União Brasil em MS para a senadora Soraya Thornicke, no próximo sábado, no evento no Rádio Clube Campo/MS.

Encontro – O deputado federal Danilo Cabral, pré-candidato a governador pelo PSB, terá encontro com o ex-presidente Lula em São Paulo nesta quinta-feira. Será o primeiro encontro entre os dois desde a formalização da pré-candidatura de Danilo. Na pauta, a formação da chapa majoritária, onde o PT reivindica a vaga de senador.

Filiação – De volta a Pernambuco, após intensa agenda em Brasília, o deputado federal Eduardo da Fonte recebe aliados nesta quinta-feira para a filiação do deputado Adalto Santos, egresso do PSB, que tentará a reeleição pelo PP. O ato ocorre a partir das 16 horas na sede do partido no Pina.

Disputada – A deputada estadual Clarissa Tércio, principal expoente bolsonarista em Pernambuco, está sendo disputada por três partidos para disputar a reeleição. Além do União Brasil, PP e PL estão travando uma guerra nacional pelo passe dela, que tende a ser uma das mais votadas em outubro.

Inocente quer saber – Qual será a escolha partidária de Clarissa Tércio para disputar a reeleição em outubro?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 7 de março de 2022 1 comentário

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Divulgação

União Brasil quer eleger cinco federais e dez estaduais 

Pré-candidato a governador de Pernambuco pelo União Brasil, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, irá espalhar outdoors em todo o estado com as imagens dos novos quadros do partido, os deputados estaduais Clarissa Tércio e Romero Albuquerque, que tentarão a reeleição, e os vereadores Junior Tércio e Andreza Romero, ambos pré-candidatos à Câmara dos Deputados.

Miguel Coelho projeta a eleição de cinco parlamentares para a Câmara dos Deputados pelo União Brasil, que teria também os atuais federais Fernando Filho e Luciano Bivar buscando a reeleição, e o ex-deputado Mendonça Filho, derrotado na disputa pelo Senado em 2018, que tentará voltar à Câmara Federal. Outro nome que pode figurar na chapa do partido é o deputado federal Fernando Rodolfo, atualmente filiado ao PL.

Já para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, o União Brasil terá nomes como Socorro Pimentel, Alessandra Vieira, Antônio Coelho, Cléber Chaparral, Zeca Cavalcanti e Gustavo Gouveia, que somados a Clarissa e Romero, a legenda poderá chegar a dez representantes na Casa Joaquim Nabuco, tornando-se atrativa para pré-candidatos que queiram se eleger com votações menores.

Faltando pouco mais de vinte dias para o encerramento da janela partidária, Miguel Coelho quer concluir este processo para, no dia 30, oficializar sua renúncia da prefeitura de Petrolina. O postulante do União Brasil aposta num palanque plural e representativo, com a presença de nomes bolsonaristas mas também de quadros com forte potencial eleitoral em votos segmentados como a causa animal e o setor evangélico.

Disputado – O deputado estadual Romero Sales Filho, atualmente filiado ao PTB, é um nome que tem sido disputado por quatro partidos da oposição. Além do União Brasil, o Podemos, o PL e o PSDB estariam de olho no seu passe. A expectativa é que ele possa renovar o mandato com mais de 50 mil votos em outubro.

Sem Bolsonaro – Integrantes do bolsonarismo em Pernambuco alertam para a decisão de bolsonaristas em escolher outros partidos que não seja o PL, partido do presidente, para tentar a reeleição. A exemplo de Clarissa Tércio, que correrá o risco de não poder utilizar a imagem do presidente em sua campanha eleitoral.

Sem federação – O PL do presidente Jair Bolsonaro não aceitou fazer federação com nenhum partido, de acordo com um integrante da legenda, a decisão de Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do partido, de não federar, tem por objetivo deixar claro que quem quiser usar a imagem do presidente terá que disputar a eleição no PL.

Entregas – Um apoiador do presidente Jair Bolsonaro criou um blog chamado Entregas do governo para catalogar todas as obras e ações do governo federal. São catalogados 86 feitos do governo entre as entregas mais efetivas nestes mais de três anos do governo Bolsonaro.

Definido – O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deverá oficializar sua filiação ao PSB a partir do dia 25 para ser candidato a vice-presidente na chapa de Lula. A ida de Alckmin para o PSB deverá sacramentar o não apoio do PSD a Lula na disputa presidencial.

Inocente quer saber – O União Brasil atingirá seu objetivo de eleger bancadas representativas em outubro?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 3 de março de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta quinta-feira

Foto: Poder360/Divulgação

Sergio Moro vive dilema eleitoral e pode desistir de projeto presidencial 

Juiz da Lava-Jato responsável pela prisão de Lula e de outros envolvidos nos escândalos de corrupção da Petrobras, Sergio Moro deixou a magistratura para ingressar na política ao aceitar o convite do então presidente eleito Jair Bolsonaro para assumir o ministério da Justiça e Segurança Pública. A divergência de posicionamentos entre o presidente e o ministro se fez presente e em abril de 2020, Moro deixou o ministério. A notícia caiu como uma bomba no meio político e havia forte expectativa de como seria o futuro do governo Jair Bolsonaro sem um de seus principais ministros.

Moro, por sua vez, seguiu em rota de colisão com o ex-chefe com críticas ao presidente que culminariam na sua filiação ao Podemos em novembro do ano passado e consequentemente na sua colocação como pré-candidato a presidente da República nas eleições deste ano. Moro já figurava em levantamentos anteriores e seguiu nas últimas pesquisas que mostraram um desempenho pífio, de esperança da terceira via, passou a ser um fardo no sentido de quebrar a polarização instituída entre Lula e Jair Bolsonaro, líderes absolutos de todos os levantamentos.

Filiado a um partido nanico e sem estrutura política e eleitoral, Sergio Moro já é visto como alguém que pode desistir da postulação, ora por falta de votos, ora pela necessidade de disputar um mandato com reais chances de vitória. De pré-candidato à presidência com pompa de nome competitivo, Moro poderá ter que se contentar com um mandato de deputado federal pelo Paraná.

O ex-juiz da Lava-Jato, que emergiu como uma espécie de herói nacional viu que sua decisão de largar a magistratura para ingressar na política foi um equívoco histórico, contribuindo  diretamente para a reabilitação dos direitos políticos do ex-presidente Lula, e se achou que implodiria o governo Jair Bolsonaro com a sua saída, o tempo mostrou que Bolsonaro permanece como único adversário capaz de evitar uma volta de Lula e do PT ao Palácio do Planalto, relegando a Sergio Moro o papel de coadjuvante e a consolidação da sua parcialidade ao condenar Lula e depois ingressar na política.

Estaduais – Além de nomes que tentam a reeleição pelo partido e outros que cogitam se filiar à sigla, o PSB tem pelo menos dois pré-candidatos a deputado estadual com chances reais de vitória em outubro: o ex-prefeito Lula Cabral, que tenta voltar à Alepe, e Cayo Albino, filho do prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino.

Inflação – Com a valorização do real perante o dólar, economistas apostam em redução da inflação, com números mais brandos que os atuais. O Credit Suisse por conta da valorização da nossa moeda elevou o país para “overweight”, ou seja exposição acima da média, incentivando investidores a apostar no Brasil.

Fotografia – O presidenciável João Doria posou para uma foto com o vice-governador Rodrigo Garcia, o apresentador José Luiz Datena e o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo. A imagem tem por objetivo dissipar rumores de que Doria estaria avaliando desistir da sua postulação ao Planalto.

Inocente quer saber – Luciano Bivar estaria inclinado a levar o União Brasil a apoiar Raquel Lyra para governadora?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 22 de fevereiro de 2022 1 comentário

Coluna da Folha desta terça-feira

Foto: Antônio Cruz/ABr e Fabrice Cofrini/AFP

Nacionalização pode fortalecer polarização entre Anderson e Danilo 

A disputa pelo Palácio do Campo das Princesas, que teve a oficialização da pré-candidatura do deputado federal Danilo Cabral (PSB) ontem, deverá ganhar nos próximos meses contornos de polarização entre os dois presidenciáveis melhor posicionados nos levantamentos até aqui divulgados, Lula e Jair Bolsonaro.

Lula estará no palanque de Danilo Cabral, fruto da aliança entre PT e PSB que foi retomada em Pernambuco, enquanto Anderson Ferreira, pré-candidato a governador do PL, representará o presidente Jair Bolsonaro em Pernambuco. Mesmo não tendo um desempenho extraordinário em Pernambuco, Jair Bolsonaro é o presidenciável que melhor performa em relação ao eleitorado de Lula e isso deverá permanecer até outubro.

Portanto, a polarização nacional deverá acender um alerta nas campanhas de Raquel Lyra e Miguel Coelho, que se mantiverem seus respectivos projetos, poderão levar prejuízos eleitorais devido a discussão cada vez mais forte da pauta nacional que está se inserindo nas eleições estaduais. Na eleição passada, por exemplo, Fernando Haddad obteve 48,87% dos votos válidos no primeiro turno, enquanto Jair Bolsonaro obteve 30,57%, o terceiro colocado, Ciro Gomes, ficou com menos da metade dos votos de Bolsonaro, com apenas 13,56%.

Sem um candidato a governador em 2018, os votos de Bolsonaro acabaram não alavancando a oposição, o que pode ser diferente agora com a postulação de Anderson Ferreira, que terá o mesmo número do atual presidente por ambos serem do PL. Raquel e Miguel, que possuem alianças com pré-candidatos a presidente inexpressivos em Pernambuco através de seus respectivos partidos deverão ter cuidado redobrado para não serem afetados pela nacionalização.

O próprio anúncio de Danilo, cujo discurso não poupou elogios a Lula nem aliviou nas críticas a Bolsonaro, deixou claro que a tônica da disputa será a nacionalização, e avaliar que ela não terá impactos em Pernambuco, como querem fazer alguns postulantes a governador será um erro estratégico que poderá custar caro, tendo como desfecho um resultado eleitoral muito menor do que eles estariam projetando.

Articulação – O secretário de Desenvolvimento Urbano de Pernambuco, Tomé Franca, deu uma demonstração de que tem capacidade de dialogar e de articular, pois pela primeira vez nas duas gestões Paulo Câmara, a reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (presidido pelo secretário) contou a presença de todos os 24 conselheiros.

Colegiado – O colegiado é formado por representantes dos poderes executivo e legislativo do Estado, Recife e Olinda além de representantes da CBTU, transporte complementar, rodoviários, estudantes, empresários e usuários do sistema de transporte público. Muita gente para o secretário mobilizar e garantir a ampla discussão de temas ligados à mobilidade urbana.

Casamento – O deputado estadual Romero Albuquerque e a vereadora Andreza de Romero, ambos filiados ao PP, realizarão casamento bastante prestigiado no Instituto Ricardo Brennand nesta terça-feira. Durante o evento, que deverá reunir diversos integrantes da classe política do estado, as conversas deverão girar em torno do day after da oficialização de Danilo Cabral como nome do PSB para a sucessão de Paulo Câmara.

Inocente quer saber – Anderson Ferreira poderá ser o adversário de Danilo Cabral no segundo turno?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 21 de fevereiro de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados

Danilo será oficializado após reforçar laços com partidos da Frente Popular 

O deputado federal Danilo Cabral será oficialmente lançado como pré-candidato a governador de Pernambuco pelo PSB nesta segunda-feira em ato no Recife Praia Hotel, no Pina. Antes, o socialista fez uma série de encontros com deputados federais e dirigentes partidários no intuito de consolidar o arco de forças da Frente Popular.

Ele esteve com Wolney Queiroz (PDT), Augusto Coutinho (Solidariedade), André de Paula (PSD), Silvio Costa Filho (Republicanos),  Renildo Calheiros (PCdoB), Sebastião Oliveira (Avante), Eduardo da Fonte (PP) e Humberto Costa (PT) e com dirigentes petistas no final de semana percorrendo um script determinado pelo PSB, que deu a Danilo as condições políticas de ser oficializado como pré-candidato logo mais a partir do meio-dia.

A expectativa sobre o evento, que haverá restrição de público por conta da pandemia, se dá sobre as presenças de lideranças socialistas e dos partidos da Frente Popular, bem como o tom político que será adotado pelo pré-candidato do PSB ao governo de Pernambuco. Nos bastidores já há um sentimento de forte nacionalização no discurso, avocando para o projeto de Danilo a aliança com Lula e o combate ao bolsonarismo em Pernambuco.

As postagens nas redes sociais de diversas lideranças da Frente Popular em defesa de Danilo Cabral também são fatores que geram expectativa daqueles que estarão presentes no evento de hoje e seus eventuais discursos, uma vez que eles se mostraram muito animados com a possibilidade de manter a aliança com o PSB e garantir mais uma vez a hegemonia da Frente Popular em Pernambuco.

Concessão – Concedido ainda durante o governo Michel Temer, o aeroporto de Fortaleza já funciona sob o comando da Fraport Brasil, empresa de origem alemã que controla o aeroporto de Frankfurt. As obras trouxeram significativa modernidade ao terminal que passou a contar também com uma sala vip. Com investimento total previsto na ordem de R$ 2 bilhões, o Fortaleza AirPort virou um case de sucesso no Nordeste, já que é a principal rota de voos internacionais do Norte e Nordeste brasileiro.

Recife – O Aeroporto Internacional do  Recife/Guararapes na capital pernambucana segue o mesmo caminho de Fortaleza, que seguiu o de Salvador, este concedido ao grupo francês Vinci AirPorts, que modificou drasticamente sua situação estrutural, ficando moderno e mais atrativo. O da capital pernambucana passou a ser controlado pela Aena Brasil, empresa espanhola que já concluiu a primeira etapa de requalificação, e segue para a próxima fase de obras, que visam ampliar sua capacidade, construir uma nova sala de embarque, uma nova praça de convivência e serviços e aumento do estacionamento. A primeira fase custou R$ 120 milhões e a segunda etapa terá aportes de mais de meio bilhão de reais, com previsão de conclusão em junho de 2023.

Inocente quer saber – Se prosperar a federação entre PSDB, MDB, Cidadania e União Brasil, quem  será candidato, Miguel Coelho ou Raquel Lyra?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 19 de fevereiro de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha deste sábado

Foto: Divulgação

PSDB vê sua hegemonia em São Paulo ameaçada

Responsável pela viabilização do Plano Real que culminou na ascensão do então senador Fernando Henrique Cardoso ao Palácio do Planalto em 1994, o PSDB conseguiu uma hegemonia significativa no principal estado da federação, com sete eleições vencidas em São Paulo e que completará em 2022 a marca de 28 anos de longevidade. A hegemonia se iniciou com Mário Covas em 1994, interrompendo um ciclo de três vitórias seguidas do MDB entre 1982 e 1990, tendo a sua reeleição em 1998, passando por Geraldo Alckmin em 2002, José Serra em 2006, Alckmin em 2010 e 2014 e João Doria em 2018.

Uma das maiores lideranças do partido no estado, Geraldo Alckmin foi completamente descartado por João Doria, que decidiu lançar o seu vice Rodrigo Garcia para o posto. Alckmin, por sua vez, deixou o ninho tucano para se filiar a outra legenda e disputar a vice-presidência na chapa encabeçada por Lula. Na disputa, pelo menos três nomes surgem com força significativa, o ex-governador Marcio França (PSB), o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas (PL), que possuem boa perspectiva de crescimento contra Garcia, que apesar de suas credenciais, está sendo dragado pela baixa popularidade do atual governador.

A própria eleição de 2018 já foi um recado aos tucanos, quando Doria foi eleito contra França por uma margem ínfima de votos, sendo alavancado pela popularidade de Jair Bolsonaro, através do “BolsoDoria”,  o que evidencia o enorme desafio que será desempenhado por Rodrigo Garcia no sentido de, pela força da máquina quando assumir o Palácio dos Bandeirantes, crescer a ponto de desbancar seus principais adversários.

A hegemonia tucana no principal colégio eleitoral do país, responsável pela pujança econômica do Brasil, se for encerrada, será um tiro de misericórdia num dos partidos que mais contribuíram com o futuro do Brasil, o PSDB, que vem diminuindo seu tamanho paulatinamente a cada eleição e teve seu eleitorado tomado pelo surgimento do bolsonarismo nas eleições de 2018.

Liderança – Representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) enalteceram o modelo de gestão implementado pelo prefeito Anderson Ferreira à frente da Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes. Na última quinta-feira, foi firmada uma parceria-publico-privada na área da saúde entre a gestão municipal, o BNDES e o IFC, braço do Banco Mundial, no valor de R$ 750 milhões. A desburocratização do processo e o preparo técnico da equipe montada por Anderson, segundo agentes do BNDES, despertou a atenção pela celeridade no trâmite.

Oposição – Após ocupar a liderança do PDT, o deputado federal Wolney Queiroz (PDT) assumiu a liderança da oposição ao governo Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados. A função será extremamente relevante em um ano eleitoral e garantirá uma visibilidade ao parlamentar que poderá lhe render frutos eleitorais.

Lançamento – Pré-candidato a governador de Pernambuco pelo PSB, o deputado federal Danilo Cabral recebeu a sinalização de apoio do PP a sua postulação em evento na sede do partido ontem. Na próxima segunda-feira Danilo terá seu nome oficialmente lançado em evento no Recife Praia Hotel, que terá público restrito por conta das regras sanitárias da Covid-19.

Inocente quer saber – Quem vencerá a disputa pelo governo de São Paulo em outubro?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 18 de fevereiro de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta sexta-feira

Foto: Reuters/Ueslei Marcelino

Lula precisará reforçar diálogo com o centro para vencer em outubro 

Bem posicionado em levantamentos para presidente da República, o ex-presidente Lula, que já avançou para ter o ex-governador Geraldo Alckmin, seu adversário nas eleições de 2006, como candidato a vice-presidente. A própria inclinação para ter Alckmin em sua chapa já é um importante aceno ao centro, mas não é suficiente para garantir sua vitória, é preciso moderar o discurso e as propostas no sentido de buscar insatisfeitos com o presidente Jair Bolsonaro.

Esse eleitor é mais refratário ao Partido dos Trabalhadores e à própria figura de Lula, que tem muita força no Nordeste, mas enfrenta resistências significativas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, colégios eleitorais representativos e avessos às pautas defendidas pelo PT, vide as eleições para prefeito em 2020 nas capitais, quando o partido ficou pela primeira vez sem um prefeito entre as 26 capitais brasileiras, mesmo no Nordeste onde Lula é muito forte.

Por mais que Lula seja contrário a fazer um mea-culpa, talvez fosse necessário reconhecer os equívocos adotados pelo partido e buscar um voto de confiança baseado nos avanços econômicos e sociais patrocinados pelo seu governo entre 2003 e 2010, por mais que muitos menosprezem o presidente Jair Bolsonaro, ele conseguiu manter um eleitorado resiliente diante da pandemia, tal como o próprio Lula obteve no auge do mensalão. Não se pode menosprezar também o bolsonarista envergonhado, que não faz a defesa do atual presidente mas teme a volta do PT, o que poderá capitalizar o presidente rumo a uma recuperação diante do arrefecimento da pandemia e da própria retomada econômica que possibilitou 2,7 milhões de empregos gerados em 2021 e um crescimento do PIB do ano passado cada vez mais próximo dos 5%. A própria inflação, que hoje é um problema do governo Jair Bolsonaro, que corroeu o poder de compra da população, já dá sinais de que poderá cair em relação a 2021.

A causa da inflação se deu eminentemente pelos efeitos nefastos da pandemia, que impactou nas cadeias produtivas do mundo, mas com a volta paulatina da atividade econômica, ela pode ter um resultado melhor em 2022. Portanto, caminhar para o centro e manter a humildade e a prudência são pontos fundamentais para Lula consolidar seu favoritismo.

Ofensiva tucana – A filiação de Débora Almeida, ex-prefeita do PSB, que vai ocorrer nesta sexta-feira, 18, em São Bento do Una, mostra uma ofensiva na base governista da Prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), que tem nome cotado para concorrer ao Governo do Estado. Raquel, que também é presidente estadual do partido tucano, tem percorrido todo o Estado para realizar filiações e estreitar conversas com lideranças regionais com o objetivo de construir chapas proporcionais competitivas para as eleições de outubro.

Anúncio – Se Raquel Lyra anunciará a filiação de Débora Almeida ao PSDB, o prefeito Miguel Coelho, também pré-candidato a governador, anunciará a chegada do ex-deputado Edson Vieira e da deputada Alessandra Vieira ao União Brasil, ambos provenientes do PSDB de Raquel nesta sexta-feira. Os grupos de Miguel e Raquel estão disputando taco a taco os nomes que estão na oposição ao PSB em Pernambuco.

Inocente quer saber – Quando o PSD abrirá mão da candidatura própria para apoiar Lula?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 14 de fevereiro de 2022 Deixe um comentário

Coluna da Folha desta segunda-feira

Foto: Divulgação

Quadro da sucessão estadual começa a cristalizar 

O ano de 2022 ficará marcado pela hegemonia de dezesseis anos do PSB iniciada no já distante ano de 2006, de lá pra cá foram quatro vitórias socialistas para o Palácio do Campo das Princesas e as últimas três disputas pela prefeitura do Recife foram vencidas por candidatos socialistas.

Caberá ao deputado federal Danilo Cabral a incumbência de manter a hegemonia do PSB em Pernambuco como candidato a governador, ele contará com o apoio do PT, do ex-presidente Lula, do governador Paulo Câmara, do prefeito João Campos e de diversos partidos da Frente Popular, ainda falta definir os demais cargos da chapa majoritária, mas ao que tudo indica o PT ficará com a vice ou o Senado e a outra vaga será destinada a uma legenda mais ao centro que integra Frente Popular, como PSD, PP, PDT ou Republicanos.

A segunda chapa praticamente definida é a que terá a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), e o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), ficando Raquel como candidata a governadora e Anderson candidato a senador. A terceira chapa que deverá ser oficializada é a do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil), que conta com o apoio do Podemos, e por fim o ministro do Turismo, Gilson Machado (PSC) deverá ser o candidato de Jair Bolsonaro em Pernambuco a governador, podendo este ter o apoio do PTB estadual, que deverá indicar o senador.

Ainda existem partidos como PDT e MDB que, apesar de integrarem a Frente Popular, poderão, pela conjuntura nacional, apoiar outro projeto, que pode ser o de Miguel Coelho, mas dificilmente estes dois partidos terão candidaturas próprias a governador. Com o desenho do quadro que se estabelece, a Frente Popular, que esteve dividida em 2020 no Recife em duas candidaturas, estará unida em torno de Danilo Cabral, enquanto os partidos de oposição permanecerão fragmentados na disputa deste ano.

No páreo – O deputado federal André de Paula (PSD) já decidiu que não será candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Danilo Cabral (PSB). Ele segue no páreo pelo Senado Federal e aguarda a conjuntura nacional para viabilizar seu projeto, caso não dispute a Câmara Alta, será candidato à reeleição em outubro.

Chapa – Após um jantar na casa de Fernando Haddad em São Paulo, a chapa encabeçada pelo ex-presidente Lula terá mesmo Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente. Eles, que foram adversários na disputa presidencial de 2006, deverão ser oficializados até meados de março. O partido de Alckmin permanece indefinido, mas deve ser mesmo o PSB, caso o PSD não apoie a candidatura de Lula.

Requisitado – Desde que teve seu nome praticamente oficializado como pré-candidato do PSB a governador na última sexta-feira, o deputado federal Danilo Cabral tem recebido muitas declarações de apoios de prefeitos, deputados e lideranças em geral e seu telefone não para de tocar com pedidos de agendas em diversos municípios.

Inocente quer saber – Quem será o primeiro postulante da terceira via a anunciar a desistência de concorrer às eleições deste ano?

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista da Rádio Folha e de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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