Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 23:53 pm do dia 14 de outubro de 2018 Deixe um comentário

FSB/BTG Pactual: Bolsonaro 59%, Haddad 41%

Neste domingo (14) foi divulgada a pesquisa de intenção de voto para o segundo turno do instituto FSB, encomendada pelo banco BTG Pactual.

A pesquisa mostra Jair Bolsonaro (PSL) com 59% dos votos válidos, tendo 18 pontos percentuais de vantagem sobre Fernando Haddad (PT), que aparece com 41%.

Entre os eleitores do candidato do PSL, 94% disseram que não há possibilidade de mudarem seu voto.

Em votos totais, Bolsonaro aparece com 51% contra 35% de Haddad, havendo 5% de votos brancos ou nulos, 6% que dizem não apoiar ninguém e 3% que não responderam.

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Postado por Edmar Lyra às 19:59 pm do dia 14 de outubro de 2018 1 comentário

Silvio Costa: “Que o ódio ao PT não comprometa o futuro do Brasil”

Há doze anos convivo com o PT na Câmara Federal. Como todo partido, tem gente de bem e gente que não presta. Eu, por exemplo, tenho todos os motivos para estar decepcionado com o PT. O sonho de ser senador da República desmoronou quando o PT retirou a candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco. Marilia  poderia ter ganho a eleição para o governo e hoje eu poderia estar eleito senador do Brasil.

Não sou homem de alimentar ódio ou mágoa. Nem faço política olhando pelo retrovisor. Nunca esperei, nem cobrei reciprocidade do PT.

No País, o ódio ao PT, a negação da política e o populismo de classe média são os ingredientes da anestesia social que Jair Bolsonaro (PSL) está aplicando em parte dos homens e mulheres do Brasil. Porém, toda anestesia tem um tempo de duração. Torço para que o efeito do anestésico social usado por Bolsonaro acabe antes do próximo dia 28 de outubro.

Para o bem do futuro do Brasil, espero que os trabalhadores e trabalhadoras do País que estão pensando em votar em Bolsonaro acordem da anestesia e conheçam o mal que ele pode causar aos direitos sociais e aos direitos humanos no País.

Um exemplo do que Bolsonaro pensa e do mal que ameaça causar ele já deu este ano na Câmara dos Deputados: ele votou a favor da reforma trabalhista. Bolsonaro votou contra os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.

Lembro do período em que o Congresso Nacional estava discutindo os direitos sociais das empregadas domésticas, quando grande parte da classe média era contra. Bolsonaro se transformou na voz da insensibilidade social dessa parcela da classe média. Bolsonaro trabalhou pesado e votou  contra as conquistas das  empregadas domésticas.

Neste momento, os defensores da estabilidade democrática do Brasil precisam fazer um grande debate nacional para apresentar o verdadeiro Bolsonaro aos eleitores que não o conhecem. Esta é a tarefa mais importante para o futuro do País desde a redemocratização.

É evidente que respeito os  eleitores e eleitoras de Bolsonaro, mas sinto-me na obrigação de alertar que eles estão equivocados. Nós não podemos criminalizar Fernando Haddad só porque ele é candidato pelo Partido dos Trabalhadores. Haddad é um homem digno, competente, um professor universitário de classe média, um homem de família, um homem preparado para ser um grande presidente do Brasil .

* Silvio Costa (Avante) é vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados.

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Postado por Edmar Lyra às 10:24 am do dia 13 de outubro de 2018 Deixe um comentário

PRTB criará comitês pró-Bolsonaro em Pernambuco

O presidente nacional do PRTB, Levy Fidelix, recomendou aos diretórios estaduais a criação de comitês de campanha de Jair Bolsonaro e do vice General Mourão, que é filiado à sigla.

Em Pernambuco esta incumbência caberá ao presidente estadual da sigla, Edinázio Silva, que comemorou o resultado do partido no primeiro turno com a vitória do deputado estadual eleito Marco Aurélio, evidenciando o crescimento da sigla em Pernambuco.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 13 de outubro de 2018 1 comentário

Coluna do blog deste sábado

Bivar ganha protagonismo político local e nacional 

Quando a pré-candidatura de Jair Bolsonaro era apenas um sonho distante, o presidenciável teve que buscar um partido para colocá-la em prática. Era filiado ao PP, mas deixou a sigla rumo ao PSC, que acabou não lhe garantindo a legenda, então iniciou negociações com o PEN no sentido de formalizar a candidatura. Ficou acertado que a sigla mudaria de nome para Patriota, porém novamente ele enfrentou problemas no partido e sua filiação acabou não ocorrendo.

O PSL, comandado por Luciano Bivar, estava iniciando um processo de mudança de nome para Livres, cujo líder era o seu filho Sérgio Bivar. A mudança de nome atrairia diversos segmentos sociais como o RenovaBR, o Movimento Brasil Livre, etc, porém para o PSL continuar existindo ele precisava superar a cláusula de barreira, e a única saída era apresentar uma candidatura competitiva presidencial.

O casamento Bolsonaro e PSL ocorreu no início deste ano, porém com muita gritaria do Livres que ficou insatisfeito com a entrada do presidenciável. Bolsonaro só entrou na disputa porque contou com Luciano Bivar, que foi fundamental para a sua entrada no partido e consequentemente no processo eleitoral. Bivar, por sua vez, estava decidido a não ser mais candidato a nada, uma vez que na eleição anterior não havia logrado êxito na disputa.

Veio o processo eleitoral e Jair Bolsonaro liderou de ponta a ponta a eleição, mesmo com apenas oito segundos de guia eleitoral. O PSL por sua vez lançou sem grandes pretensões nomes para as eleições estaduais deste ano. O casamento quase perfeito foi bom para Bolsonaro, que chegou ao segundo turno presidencial com 46% dos votos válidos, e foi extraordinário para o PSL que não só escapou da cláusula de barreira como se tornou a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados com 52 parlamentares, tornando-se um partido grande na política brasileira suplantando gigantes como MDB, PSDB, PP, PR e PSD.

Líder nas pesquisas do segundo turno com 58% dos votos válidos no Datafolha, Jair Bolsonaro está a duas semanas de ser o próximo presidente da República, e em se confirmando seu favoritismo, o deputado federal eleito Luciano Bivar, sétimo mais votado de Pernambuco, terá um papel fundamental em seu governo, podendo até presidir a Câmara dos Deputados ou ocupar um importante ministério. Em Pernambuco, qualquer que seja a função de Bivar, ele será o principal interlocutor do estado no governo Bolsonaro.

O resultado de 2018 tem tudo para fazer de Luciano Bivar um dos mais importantes políticos de Pernambuco, e quem precisar destravar demandas do estado no governo federal poderá contar com o empenho e a influência dele.

Majoritários – Os deputados estaduais eleitos com a maior votação proporcional de um município foram Álvaro Porto (Canhotinho com 68,13%), Lucas Ramos (Santa Cruz com 59,53%), Antonio Fernando (Ouricuri com 56,56%) e Gustavo Gouveia (Paudalho com 55,76%). Já os federais foram Sebastião Oliveira (Santa Cruz com 56,85%) e André Ferreira (Canhotinho com 52,99%).

Kaio Maniçoba – Apesar de não ter sido reeleito, Kaio Maniçoba atingiu 61.287 votos, dobrando seus votos em relação a 2014. Junto com Bivar, que quadruplicou seus votos, Kaio obteve proporcionalmente a melhor ampliação de votos em relação ao pleito anterior. Primeiro suplente da sua coligação, Kaio tem grandes chances de assumir o mandato caso algum deputado seja convocado por Paulo Câmara.

João Fernando – Após sair do PSB, João Fernando Coutinho achou que seria fácil renovar seu mandato. Filiou-se ao PROS, rompeu com o Palácio e foi para a disputa sem calcular os riscos de um distanciamento com o governo. Caiu de mais de 120 mil votos em 2014 para apenas 63.939 votos em 2018, ficou sem mandato e muito provavelmente sepultou sua carreira política.

Alepe – Com as duas maiores bancadas, PSB e PP deverão ficar com os dois principais cargos da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Sem um nome natural para presidir a Casa, o PSB deverá abdicar do posto para Eriberto Medeiros, que já deu inúmeras demonstrações de fidelidade ao Palácio e será um importante aliado do governador Paulo Câmara na Casa. Para a primeira-secretaria, o PSB tem Diogo Moraes, Lucas Ramos e Clodoaldo Magalhães, que saíram fortalecidos das urnas no último domingo.

RÁPIDAS

Composição – A nova composição da Alepe será representada por dezoito partidos, pela ordem: PSB (11), PP (10), PSC (5), DEM, PSD e PT (3), PTB e PR (2), PDT, Avante, PRTB, PSDB, PRB, PHS, PSOL, MDB, PCdoB e Solidariedade (1).

Mulheres – A Assembleia Legislativa de Pernambuco terá um número recorde de mulheres na composição da Casa. Além das deputadas reeleitas Roberta Arraes, Simone Santana, Teresa Leitão e Priscila Krause, a Casa ganhou o reforço de Fabiola Cabral, Ducicleide Amorim, Clarissa Tercio, Alessandra Vieira, Gleide Angelo e Juntas.

Inocente quer saber – Felipe Carreras terá coragem de romper com o PSB para ser candidato a prefeito do Recife em 2020?

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Postado por Edmar Lyra às 13:20 pm do dia 12 de outubro de 2018 Deixe um comentário

PRTB monta comitês para Bolsonaro em todo Brasil

Em reunião na capital paulista, com a participação do presidente Levy Fidelix, o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro resolveu colocar comitês pro-Bolsonaro em todo país, incluindo aqui em Pernambuco.

Com o cargo de vice na chapa do PSL que está ocupado pelo General Mourão, os renovadores trabalhistas pretendem dar um up grade no segundo turno principalmente no Nordeste.

O presidente do PRTB em Pernambuco, Ednazio José da Silva, ainda não revela a localização do comitê do Recife, mas já vai dar andando aos trabalhos no início da semana que vem.

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Postado por Edmar Lyra às 9:52 am do dia 11 de outubro de 2018 1 comentário

Ipespe/XP: Bolsonaro 59%, Haddad 41%

O Ipespe, em parceria com a XP Investimentos, divulgou sua primeira rodada de pesquisas do segundo turno para presidente da República. No levantamento Jair Bolsonaro (PSL) chegou a 59% das intenções de votos válidos e Fernando Haddad  (PT) ficou com 41%.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 11 de outubro de 2018 Deixe um comentário

Coluna do blog desta quinta-feira

Datafolha confirma favoritismo de Jair Bolsonaro no segundo turno

No primeiro turno havia uma máxima de que Jair Bolsonaro seria derrotado por qualquer adversário num eventual segundo turno, todas as pesquisas apontavam a sua desvantagem em relação aos seus concorrentes e muitos apressados acreditavam que ele seria derrotado em qualquer cenário. As urnas do último domingo trouxeram uma realidade dolorosa não só para estes analistas como aos seus adversários. Ibope e Datafolha, os dois maiores institutos de pesquisa do Brasil, apontavam Jair Bolsonaro com apenas 41% e 40% dos votos válidos, respectivamente. A eleição apontou Bolsonaro com 46% dos votos válidos contra 29% de Fernando Haddad.

As urnas concederam a Bolsonaro a maior votação nominal de um candidato a presidente no primeiro turno de toda a história e fazem dele o favorito a vencer no segundo turno, pois das últimas sete eleições presidenciais, cinco foram resolvidas em dois turnos e em todas as disputas o primeiro colocado do primeiro turno sagrou-se vitorioso na segunda etapa, o que consolida o favoritismo de Jair Bolsonaro na segunda etapa.

O Datafolha divulgou ontem seu primeiro levantamento sobre o segundo turno e diferentemente de suas pesquisas sobre a segunda etapa realizadas antes da eleição, Jair Bolsonaro chegou a 58% dos votos válidos contra 42% de Fernando Haddad. Considerando os votos válidos do primeiro turno, que foram 107.050.673, Bolsonaro chegaria a 62.089.390 votos contra 44.961.282 de Haddad.

A vantagem de Bolsonaro sobre Haddad foi de quase 18 milhões de votos no primeiro turno, e ela seria repetida na segunda etapa, com a diferença de que o candidato do PSL cresceria quase 13 milhões de votos, mesma quantidade de votos obtida por Haddad em relação ao primeiro turno. Para retirar a vantagem de Bolsonaro, a partir de hoje, Haddad precisaria reverter mais de um milhão de votos ao dia, o que é uma tarefa cada vez mais difícil de ocorrer.

Estamos a 18 dias da eleição e não há na história nem na própria conjuntura da eleição, qualquer tipo de perspectiva de virada de Haddad em relação a Bolsonaro, que tem tudo para ser eleito presidente da República no próximo dia 28, quebrando uma hegemonia de quatro eleições presidenciais vencidas pelo Partido dos Trabalhadores.

Desnecessário – Eleito deputado estadual em 2014 porque realizou uma coligação eleitoral com o PMN, Edilson Silva se autointitulou como o mandato necessário na Assembleia Legislativa de Pernambuco, porém o que se viu foi ao longo de quase quatro anos um parlamentar pouco expressivo. As urnas do último domingo mandaram Edilson pra casa, evidenciando que ele é desnecessário para Pernambuco.

Juntas – O PSOL, partido de Edilson Silva, não ficou sem representação na Alepe com a sua saída, pois elegeu o mandato coletivo das Juntas, um grupo de cinco mulheres que se uniram para eleger uma representante. Este grupo será representado por Jô Cavalcanti, inovando na política e mostrando uma boa ideia para representar setores da sociedade.

Dani Portela – Por falar no PSOL, Dani Portela merece o registro de ter obtido o melhor resultado do partido em disputas majoritárias em Pernambuco. Extremamente qualificada para o debate, Dani atingiu quase 200 mil votos, resultado que a credenciou para missões mais importantes, como por exemplo ser vereadora do Recife na próxima eleição e colocar em prática toda sua competência demonstrada na campanha deste ano.

Sebastião Oliveira – O deputado federal reeleito Sebastião Oliveira foi o quarto mais votado de Pernambuco com 129.978 votos e ao lado de André de Paula, eles foram os únicos reeleitos que ampliaram a votação em relação a 2014, os demais que foram reeleitos,  todos baixaram seus votos em relação ao pleito anterior.

Força – A vitória de Gustavo Gouveia para deputado estadual como o mais votado da oposição consolidou a força política do prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, que é a maior liderança da Mata Norte a partir de agora.

RÁPIDAS

Silvio Costa Filho – Além de ter sido o segundo mais votado da chapa da oposição, Silvio Costa Filho é o presidente do único partido da coligação de Armando Monteiro que elegeu mais de um deputado federal. Mas ele também tem que comemorar o fato de o PRB ter superado DEM, PSDB, PSC e PTB em bancada nacional, tornando-se o principal partido da oposição em Pernambuco.

Romero Albuquerque – Eleito vereador do Recife em 2016, Romero Albuquerque deu mais um salto na sua carreira política tornando-se deputado estadual no último domingo com quase 30 mil votos. Expoente da defesa da causa animal, Romero terá condições de levar sua atuação para todas as regiões de Pernambuco a partir de 2019.

Inocente quer saber – Surtirá algum efeito a mudança de logomarca de Haddad escondendo o vermelho do PT?

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Postado por Edmar Lyra às 19:20 pm do dia 10 de outubro de 2018 Deixe um comentário

Datafolha: Bolsonaro chega a 58% dos válidos

O Datafolha divulgou agora há pouco a primeira pesquisa do segundo turno para presidente da República. Primeiro colocado no primeiro turno, Jair Bolsonaro teria 58% dos votos válidos contra 42% de Fernando Haddad. Em relação aos votos do domingo, Bolsonaro cresceu 12 pontos e Haddad 13.

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Postado por Edmar Lyra às 13:13 pm do dia 10 de outubro de 2018 Deixe um comentário

Marmita de presidiário

Em resposta às críticas de Fernando Haddad por não poder comparecer ao debate da Band, o candidato Jair Bolsonaro respondeu ao petista: “calma, sua hora vai chegar, marmita de corrupto preso”. Bolsonaro dá aula ao PSDB de como combater o PT.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 10 de outubro de 2018 Deixe um comentário

Coluna do blog desta quarta-feira

A crônica de uma derrota anunciada 

Durante o ano de 2017 os senadores Armando Monteiro e Fernando Bezerra Coelho e os deputados federais Mendonça Filho, Bruno Araújo e Fernando Filho, então ministros de Michel Temer, se uniram em Caruaru em um ato conjunto do ministério das Cidades numa entrega de casas do Minha Casa Minha Vida. Ali estava se formando o grupo oposicionista que estava pretendendo disputar o governo de Pernambuco.

Em dezembro ocorreu no Recife o primeiro ato intitulado Pernambuco quer Mudar, numa unidade de deputados federais e estaduais, os dois senadores, os ministros e alguns prefeitos. Era o pontapé inicial para uma coalizão formada por partidos e políticos que haviam sido afastados da Frente Popular. Ainda ocorreram mais três atos, um em Petrolina, um em Caruaru e o final em Ipojuca.

A cada evento, somente críticas ao governo do PSB, dizendo que faltava liderança a Paulo Câmara e que Pernambuco iria mudar, mas não se sabia qual era o projeto de mudança, uma vez que não se viu nenhuma proposta para a segurança pública, para a saúde ou para outros temas que careciam de discussão. Aquele formato de evento se mostrava cansativo e apontava para um caminho que não motivaria os eleitores numa disputa estadual. Era preciso mais do que críticas ao governador se a oposição quisesse mesmo vencer a eleição.

No evento de Caruaru houve o anúncio oficial de que haveria apenas uma candidatura ao governo daquele grupo. Uma estratégia que evidenciou a dificuldade oposicionista para a disputa, pois estava óbvio que a única chance de vitória seria num segundo turno e para isso era fundamental o lançamento de duas candidaturas. Somente em julho que a oposição definiu pela candidatura de Armando Monteiro, um nome que apesar de ter suas qualidades, foi derrotado em 2014 e estava atrás em todas as pesquisas, tendo sido incapaz de capitalizar politicamente a insatisfação que havia com o PSB.

O outro escolhido para a chapa foi Mendonça Filho, que já havia sido três vezes derrotado pela Frente Popular e que por muito pouco não se elegeu deputado federal no pleito anterior. No anúncio das duas candidaturas, somente críticas, nenhuma proposta, e o rumo seguiu até a convenção quando houve a oficialização de Bruno Araújo como segundo senador e Fred Ferreira como vice-governador. Os dois nomes tiveram vetos de Armando Monteiro, que somente foi convencido da aliança quando Bruno Araújo cogitou lançar uma candidatura própria a governador.

Talvez se Bruno Araújo tivesse lançado a candidatura ao governo em vez do Senado, e Armando Monteiro não tivesse vetado Silvio Costa como seu segundo senador, as chances da oposição seriam infinitamente superiores. Bruno pelo seu partido teria tempo de televisão suficiente para apresentar uma candidatura a governador que ajudaria a forçar o segundo turno, Silvio Costa por sua vez, na chapa de Armando serviria de antídoto para refutar a tese de palanque de Temer que o PSB quis aplicar na oposição.

Como se não bastasse, Armando Monteiro já na condição de candidato a governador se apresentou como um candidato sem identidade, uma vez que por onde passava dizia que votava em Lula, desrespeitando seu eleitor em potencial que era aquele que não votava em Lula em hipótese alguma. Até a estrela do PT Armando chegou a usar na sua campanha eleitoral. Durante um ato em Petrolina ao lado de Geraldo Alckmin, Armando não se fez presente, evidenciando uma total falta de sintonia e um desrespeito ao presidenciável.

O tempo passou e ficou latente o erro absoluto da oposição que abdicou de lançar duas candidaturas, abdicou de Silvio Costa que ajudaria muito a narrativa oposicionista e apresentou um candidato que se mostrou incapaz de capitalizar as dificuldades do governo. Com o decorrer da campanha, Paulo Câmara que garantiu o MDB e o PT na sua coligação começou a crescer nas pesquisas distanciando-se de Armando até uma pesquisa Datafolha apontar um empate técnico entre ambos.

Naquele momento era a chance de Armando surfar na onda, criando um fato político que pudesse manter uma tendência de crescimento, mas novamente a oposição subestimou a força do PSB, que se organizou e construiu a narrativa da reforma trabalhista, o que foi o tiro de misericórdia em Armando. Mesmo assim, Armando ainda teve na reta final com o crescimento de Jair Bolsonaro nas pesquisas, uma chance real de diminuir a vantagem do governador e forçar um segundo turno, mas novamente Armando achou que jogando parado iria ao segundo turno, era preciso um pronunciamento dele em favor de Bolsonaro, não precisava ser uma declaração de apoio mas poderia ser de reconhecimento a liderança de Bolsonaro que talvez animasse o eleitor do presidenciável a também votar nele. Muitos fizeram isso pelo Brasil inteiro e lograram êxito, mas o medo de perder tira a vontade de ganhar, e Armando mais uma vez perdeu a oportunidade de capitalizar eleitoralmente com o crescimento de Bolsonaro.

A oposição achou que a junção de políticos tradicionais era suficiente para vencer a eleição, ledo engano, as urnas deram uma vitória numérica apertada a Paulo Câmara, mas uma vantagem elástica em relação ao segundo colocado que foi Armando Monteiro. Na disputa proporcional, os chapões de Armando Monteiro elegeram seis federais e sete estaduais, sendo um dos piores resultados obtidos por uma coligação. No fim, a oposição que sonhou em governar Pernambuco acabou dizimada, com a provável aposentadoria dos seus próceres e permitiu, mesmo diante de tantas dificuldades enfrentadas pelo governo, a manutenção da hegemonia do PSB que agora dura dezesseis anos.

Espólio – A desistência do deputado estadual Julio Cavalcanti em tentar a reeleição possibilitou a vitória de pelo menos três deputados. Seus apoios no sertão do Pajeú deram quase seis mil votos a João Paulo Costa, que sem eles teria sido derrotado na chapa do Avante. Uma vereadora de Arcoverde que garantiu quase 900 votos a Romero Sales Filho permitiu que ele superasse Socorro Pimentel e fosse eleito na chapa do PTB. Por fim, o apoio de Pão com Ovo em Escada dado a Roberta Arraes garantiu 400 votos e evitou que ela perdesse a vaga para Marcantonio Dourado Filho.

Força – Numa eleição atípica onde a maioria dos políticos baixaram a votação ou não se reelegeram, Rodrigo Novaes não só foi reeleito como ampliou seus votos em relação a 2014. O resultado obtido por Rodrigo é fruto da sua atuação na Alepe e da sua proximidade com suas bases. Rodrigo consolidou-se na política conquistando o terceiro mandato e está legitimado a ocupar postos mais relevantes na política estadual.

Jaboatão – Com as fragorosas derrotas sofridas por Neco e Elias Gomes, que poderiam ser nomes para enfrentar o prefeito Anderson Ferreira em 2020 em Jaboatão dos Guararapes, o PSB identificou um nome muito mais palatável ao eleitor e já decidiu que irá lançar para a prefeitura. A deputada estadual eleita Gleide Angelo obteve 66.779 votos somente em Jaboatão e será o nome apresentado pelo Palácio para enfrentar Anderson na próxima eleição.

Petrolina – O cientista político Pablo Fernandes ficou responsável por tocar a campanha de João Campos (PSB) para deputado federal em Petrolina. O deputado federal eleito obteve 2.783 votos na capital do São Francisco praticamente sem pisar na cidade.

Luciano Bivar – O deputado federal eleito Luciano Bivar tornou-se o principal interlocutor de Jair Bolsonaro em Pernambuco. Durante entrevista, ele afirmou que o PSL disputará a presidência da Câmara dos Deputados em caso de vitória de Jair Bolsonaro no segundo turno. Bivar foi o sétimo deputado federal mais votado de Pernambuco e terá grande poder no provável governo Bolsonaro.

RÁPIDAS

Fim – Ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara Municipal do Recife, Vicente André Gomes foi candidato a deputado estadual e obteve apenas 6.952 votos, dos quais 5.571 foram no Recife. Com essa votação, depois de ter perdido em 2016 a reeleição, Vicente foi varrido da vida pública pelo mesmo eleitor que já lhe conferiu mandatos eletivos em outrora.

Lula Cabral – O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, deu mais uma demonstração de força no último domingo. Além de ver seus adversários dizimados pelas urnas, Lula garantiu que Paulo Câmara, Eduardo da Fonte, Humberto Costa e Fabiola Cabral saíssem majoritários da cidade. Somente Bruno Araújo não ficou entre os mais votados para o Senado.

Inocente quer saber – O PSL de Jair Bolsonaro terá candidato a prefeito do Recife em 2020?

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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