Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 18 de setembro de 2017

Coluna do blog desta segunda-feira

Paulo Câmara precisa chamar o feito a ordem no seu governo 

É indiscutível a capacidade técnica do governador Paulo Câmara, que soube ajustar as finanças de Pernambuco num dos momentos mais difíceis da história do estado. Como se não bastassem as dificuldades financeiras, Paulo teve a enorme responsabilidade de substituir Eduardo Campos, considerado o melhor governador da história de Pernambuco, que com sua morte o parâmetro ficou ainda mais alto. As comparações seriam inevitáveis e Paulo seria prejudicado na “disputa” com seu padrinho político.

Não cabe apontar os erros do governo do âmbito político, mas sim encontrar um caminho para que o governador recupere a popularidade e possa preparar uma trincheira forte para buscar a reeleição em 2018. No âmbito da política, é urgente que o Palácio do Campo das Princesas possa mapear quem são seus aliados e quem são seus adversários nas regiões. Delimitando isso e identificando quem é quem, o governador poderá repactuar o governo no âmbito dos cargos com atribuições regionais, como gerências regionais de saúde e de educação, por exemplo.

Excluindo indicações de adversários, o governador abrirá espaço para contemplar aliados de todas as horas. Fazer um governo orgânico neste momento é o melhor caminho para preparar a trincheira que irá enfrentar Fernando Bezerra Coelho no ano que vem. No âmbito do secretariado, é importante ver quem é bem-sucedido e que não é para poder fazer ajustes necessários para a máquina funcionar corretamente.

A máquina precisa funcionar bem não só na educação, carro-chefe do governo, mas também na saúde e principalmente segurança pública, que é o principal gargalo do governo. Uma ação integrada e estratégica neste segmento para encontrar mecanismos necessários para reverter a onda de violência é fundamental, pois o governo na segurança pública só faz enxugar gelo. É preciso encontrar a principal raiz da violência que é o tráfico de drogas, e utilizar todas as armas, absolutamente todas, para limpar esse problema e dar exemplo para a sociedade.

Resolvendo a política, que é um grande gargalo do governo, e a segurança pública que é o principal, o governador Paulo Câmara terá a competitividade necessária para buscar mais quatro anos de governo para o PSB contra seus adversários.

Engenharia – O ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa (PDT), atualmente deputado federal e presidente da Frente Parlamentar de Engenharia da Câmara dos Deputados, esteve em Pernambuco na última sexta-feira para participar do lançamento da frente parlamentar na Alepe. Lessa foi acompanhado pela direção do CREA e Tarcisio Calado Filho.

Apoio – O deputado federal Jarbas Vasconcelos, ainda filiado ao PMDB, receberá uma homenagem no JCPM por sua trajetória política. O ex-governador está em vias de perder o comando do partido para o senador Fernando Bezerra Coelho em Pernambuco, atualmente presidido pelo seu aliado, o vice-governador Raul Henry. O ato contará com a presença do governador Paulo Câmara, do prefeito do Recife Geraldo Julio, e de outras lideranças aliadas ao Palácio do Campo das Princesas.

Mágoa – O presidente Michel Temer ficou um poço de mágoas com o vice-governador Raul Henry, pois quando houve a greve da PM, em menos de 24 horas mandou as tropas federais para auxiliar o estado. Também estava, em atenção a Raul, providenciando a autonomia administrativa de Suape. Raul desconsiderou estes fatos e exigiu a abertura da denúncia contra o presidente, mesmo sem saber a validade jurídica dos áudios gravados por Joesley Batista. Temer decidiu então dar um troco em Raul.

Modelo – Prestes a completar nove meses, a gestão do prefeito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira (PR) tem sido exitosa em várias áreas, como saúde e educação com práticas inovadoras que melhoram a vida das pessoas. Além disso, o prefeito tem sido um trator nas ruas, sendo bem recebido por onde passa. Quem vive em Jaboatão diz não ter a menor saudade do passado, que em 2016 foi morto e enterrado nas urnas.

RÁPIDAS

Covarde – Muita gente que observou as movimentações do prefeito de Paulista Júnior Matuto nos bastidores da eleição do diretório estadual PSB onde se movimentou para ser candidato a presidente, o chamou de um completo covarde. Depois de dizer coisas impublicáveis sobre Sileno Guedes, Matuto mudou de opinião da água pro vinho.

Expectativa – Muita gente faz conta de quantos prefeitos estarão no ato de desagravo a Jarbas Vasconcelos. Farejando a expectativa de poder, muitos prefeitos do PMDB não veem a hora de o comando do partido ser trocado de mãos em Pernambuco. Quanto menos prefeitos estiverem hoje, mais fragilizado Jarbas estará na tentativa de manter o comando do partido.

Inocente quer saber – Quem pode ser considerado como o melhor prefeito de Pernambuco?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 16 de setembro de 2017

Coluna do blog deste sábado

As incoerências de Jarbas Vasconcelos 

Com uma trajetória vitoriosa de 74 anos de vida, o deputado federal Jarbas Vasconcelos conseguiu ser tudo o que um político almeja na vida pública, vide ter sido prefeito do Recife, governador de Pernambuco e senador da República. Mas ultimamente suas atitudes parecem ser de alguém que se perdeu no tempo, de quem não sabe o que faz ou o que diz.

Quando o senador Fernando Bezerra Coelho decidiu que ingressaria no PMDB conversou com Jarbas, que prontamente fez rasgados elogios ao senador. Ninguém é ingênuo de achar que FBC estaria deixando o PSB de Paulo Câmara para entrar no PMDB e apoiar a reeleição do governador. Pra ser comandado de Raul Henry, Fernando certamente procuraria outro partido. Portanto, Jarbas sabia quais eram as intenções de Fernando quando decidiu entrar no partido. Então não cabia naquele momento ele rasgar seda para FBC, numa atitude raramente vista, pois Jarbas nunca foi de rasgar seda pra ninguém.

Pouco depois Jarbas mostrou sua verdadeira face quando chamou FBC de traidor e coisa do gênero, porque teve a certeza que estaria perdendo a sua principal moeda de troca, que era o comando do PMDB. Os aliados do deputado trataram de caracterizar a troca de comando do partido como um “estupro”, mas dezenas de políticos e lideranças de todo o estado demonstraram que tal prática era comum no PMDB de Pernambuco. Jarbas e seu grupo com suas atitudes demonstraram que intervenção nos olhos dos outros é refresco, mas nos deles arde.

Além de criticar os outros pelas atitudes que toma corriqueiramente, Jarbas também não tem motivos para querer o PMDB. Por diversas vezes ele já se referiu ao partido como algo podre que não serve para o país. Então por quê ficar num partido que ele não se sente bem? Que ele acha uma quadrilha? É no mínimo contraditório. Jarbas deveria ter um lapso de sinceridade e dizer que o que ele está preocupado não é no fato de perder o PMDB, mas sim o tempo de televisão que ele representa, e dizer publicamente os motivos de ele querer sabotar uma candidatura própria para ser linha auxiliar do PSB de Pernambuco. Seria pelo robusto espaço no governo Paulo Câmara? É bem provável. Jarbas deveria reconhecer que ele está sendo tão pragmático quanto o PMDB que se aliou ao PT em 2010 para ocupar a vice-presidência da República e que ele tanto combateu.

Frouxo – Quando se falou na hipótese de intervenção em Pernambuco, muitos se apressaram em chamar o presidente Michel Temer de frouxo, pois ele não teria coragem de dissolver o diretório estadual do PMDB por conta da história de Jarbas Vasconcelos. Depois que Temer autorizou a degola, Jarbas ficou uma seda para o lado do presidente, pois ele sabe que quem decidiu por esta intervenção foi o presidente, que ele considerava ser frouxo, e por isso votou pela abertura da denúncia levando em conta que Temer não mexeria no PMDB de Pernambuco.

Destino – O vice-governador Raul Henry e o deputado Jarbas Vasconcelos, que buscavam um mandato de federal e de senador, respectivamente, terão que se abrigar em outra sigla. Provavelmente o PSB de Paulo Câmara. Jarbas que já tinha dúvidas de ser candidato a senador, agora tem certeza que não vale a pena, devendo ser candidato a reeleição. A dúvida agora é se Raul fica na vice ou desce para estadual.

Apoio – Em visita a Pernambuco, o ministro das Comunicações Gilberto Kassab esteve ao lado do governador Paulo Câmara para anunciar ações da sua pasta para o estado. Na solenidade ocorrida no Palácio do Campo das Princesas, o ministro de Temer sinalizou que o PSD apoiará a reeleição de Paulo Câmara.

Recurso – O prefeito do Cabo de Santo Agostinho Lula Cabral conseguiu apoio do senador Fernando Bezerra Coelho para destravar uma série de recursos do governo federal, dentre eles uma verba de R$ 2 milhões para fortalecer o turismo da cidade. O encontro entre o prefeito e o senador ocorreu no Centro Administrativo Municipal do Cabo.

RÁPIDAS

Força – Tem impressionado a todos o tamanho eleitoral de Marília Arraes nas pesquisas para consumo interno. Com poucas andanças, Marília já tem dois dígitos nas pesquisas e tem o lado de não estar na Lava-Jato. Se disputar o Palácio, Marília poderá ficar bastante fortalecida na campanha e se preparar para disputar a prefeitura em 2020.

Mapeamento – O Palácio do Campo das Princesas fará um mapeamento completo das lideranças que apoiam Paulo Câmara e o espaço delas no governo. O objetivo é identificar os traidores para puni-los com exonerações e preservar quem está fechado com o governador. Com isso o Palácio espera ter uma tropa mais homogênea e mais fiel.

Inocente quer saber – Qual será o destino do ministro da Defesa Raul Jungmann nas eleições de 2018?

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Postado por Edmar Lyra às 15:25 pm do dia 15 de setembro de 2017

PMDB pode recuperar seu protagonismo estadual em 2018

O PMDB de Pernambuco, que num distante passado já foi o maior partido de Pernambuco, teve nas últimas eleições desempenhos que o aproximam das pequenas legendas. O PMDB pernambucano, quando olhamos os resultados, é muito diferente do nacional.

Em 2006, último ano de Jarbas Vasconcelos como governador, o PMDB alcançou aproximadamente 400 mil votos, elegendo Cadoca, Raul Henry e Edgar Moury Fernandes. Em 2010, quando Eduardo Campos foi reeleito derrotando Jarbas Vasconcelos, o PMDB contabilizou pouco mais de 160 mil votos, elegendo apenas um deputado federal.
Mas vamos olhar com ainda mais cuidado os números de 2014, quando o PMDB estava de volta à Frente Popular e com a vaga de vice-governador na chapa majoritária. O partido teve cerca de 235 mil votos, elegendo somente Jarbas para a câmara federal. O PMDB foi o sétimo colocado no ranking estadual, ficando atrás de PR, PP e PTB.

Quando comparamos 2006 com 2014, vemos que a legenda encolheu 40% de seu alcance em menos de uma década. Os resultados para Deputado Federal, como é sabido, são de importância estratégica para o fortalecimento dos partidos, tendo em vista critérios de distribuição de fundo partidário, tempo de rádio e tv e protagonismo de ação política no Poder Legislativo, considerando princípio da proporcionalidade na participação em mesa, comissões e relatorias.

Ano passado tivemos eleições municipais e o desempenho do PMDB mais uma vez deixou a desejar, sem qualquer presença efetiva na região metropolitana, um antigo reduto peemedebista e onde vive a maior parte dos eleitores. Enquanto nacionalmente o partido foi o que mais cresceu, sendo o segundo mais votado do Brasil, em Pernambuco foi o sexto, ficando atrás de PSB, PTB e PR.

O PMDB precisa recuperar seu protagonismo estadual, o que ocorrerá em 2018, com o ingresso de um Senador da República, três deputados federais e dezenas de prefeitos, com perspectivas concretas e reais de um melhor desempenho os resultados nacionais do partido. Diante dos números não dá para subestimar os argumentos que embasaram o pedido de dissolução do diretório estadual do PMDB. A chegada do senador Fernando Bezerra Coelho representa uma alternativa que oferece a chance indiscutível de ampliar a representação da bancada federal e, quem sabe, voltar ao comando do governo estadual.

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Postado por Edmar Lyra às 14:30 pm do dia 15 de setembro de 2017

Fernando Bezerra Coelho recebe demandas de prefeito do PMDB

O senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) recebeu na manhã desta sexta-feira, no escritório político do Recife, o prefeito de Agrestina Thiago Nunes (PMDB), que apresentou projetos para obras de infraestrutura na cidade. Thiago revelou ao senador que graças aos convênios que tem celebrado com o Governo Federal está conseguindo realizar as ações que são reivindicadas pelos moradores de Agrestina.

“Temos ainda muitas demandas e necessidades. Nossa cidade é pobre e precisamos da ajuda dos parlamentares de Pernambuco. O senador é uma liderança nacional e tenho certeza que poderemos contar com o apoio dele, que será fundamental para nós”, afirmou Nunes. O prefeito deve ir à Brasília nos próximos dias, levando projetos para discutir com os técnicos do gabinete do senador e visitando órgãos do Governo Federal.

Thiago, que foi eleito e reeleito pelo PMDB, cumprimentou o senador pelo ingresso no partido. “Foi com muita alegria que recebi a notícia. É ótimo para PMDB contar com um quadro como Fernando Bezerra, bem articulado, preparado e extremamente atuante, ele irá contribuir muito para o crescimento da nossa legenda”, afirmou Thiago Nunes.

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Postado por Edmar Lyra às 14:07 pm do dia 15 de setembro de 2017

Lula Cabral recebe a visita do Senador Fernando Bezerra Coelho e pede apoio para o município

O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), recebeu na manhã desta sexta-feira (15), a visita institucional do Senador da República, Fernando Bezerra Coelho (PMDB). O encontro aconteceu no Centro Administrativo Municipal (CAM) 2.

No encontro, Lula Cabral pediu ao Senador a intervenção para que o Governo Federal devolva a autonomia do Porto de Suape, bem como a retomada das obras do segundo Trem da Refinaria Abreu e Lima. “Essas são obras importantes estrategicamente para a economia de Pernambuco e das cidades do entorno do Porto”, declarou o prefeito. ”Estamos buscando a ajuda de todos aqueles que querem trazer recursos para o benefício da cidade e Fernando Bezerra é um amigo de longas datas, que ajudamos a eleger e agora está à disposição do Cabo”, completou.

Na oportunidade, o Senador se comprometeu e colocou o seu gabinete à disposição para destravar projetos para o Cabo de Santo Agostinho, como por exemplo na área do turismo, em que há um recurso de R$ 2 milhões. “Estamos fazendo um balanço dos pleitos e mesmo com a crise, queremos priorizar e sensibilizar os recursos que permitam a realização de projetos nas mais diversas áreas que a cidade precisa. Sou admirador do trabalho de Lula e sei da sua seriedade quanto ao trabalho que ele está realizando“, afirmou.

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Postado por Edmar Lyra às 18:05 pm do dia 14 de setembro de 2017

Anac emite certificação do Aeroporto de Petrolina até quarta-feira

Brasília, 14/09/17 – O presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Antonio Claret de Oliveira, confirmou ao senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE), nesta tarde (14), que a certificação do Aeroporto de Petrolina (PE) será emitida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) até quarta-feira (20). No próximo dia 22, durante a semana de comemoração dos 122 anos da cidade-natal do parlamentar, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, chega ao município – acompanhado pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Filho – e será recebido pelo prefeito Miguel Coelho.

A certificação autorizará a movimentação de aviões mais robustos no Aeroporto Nilo Coelho de Petrolina, ampliando a exportação de frutas e outros produtos agrícolas da região, o que resultará no reaquecimento da economia no Submédio do São Francisco em Pernambuco e também na Bahia. “Uma medida muito importante para a fruticultura irrigada desta região, que movimenta volume superior a seis mil toneladas de frutas por via aérea”, comemora o vice-líder do governo no Senado.

Como destaca Fernando Bezerra, só no período que vai deste mês até março do próximo ano, mais de 600 voos vão passar pelo Aeroporto Nilo Coelho. “Grande parte, carregada de frutas para exportação”, observa o senador, principal articulador da medida junto ao Ministério dos Transportes, à Anac e à Infraero.

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Postado por Edmar Lyra às 18:39 pm do dia 13 de setembro de 2017

“A ficha vai cair”, afirma senador Fernando Bezerra, em resposta a PMDB de Pernambuco

Brasília, 13/09/17 – “O alarido (falatório) provocado pelas vozes dos que hoje me criticam vai passar muito rapidamente. Este estilo de fazer política já foi derrotado muitas vezes pelos pernambucanos. Sei que alguns têm direito e legitimidade para expressar suas opiniões; mas, também sei que outros fazem o jogo dos detentores do poder, alimentados por cargos e posições, por promessas que sistematicamente vêm sendo quebradas e não honradas. A ficha vai cair!”, ressaltou Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE), nesta tarde (13), na Tribuna do Senado. O pronunciamento foi uma resposta do senador a recentes declarações feitas pelo deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e por outros integrantes da sigla, em Pernambuco. Tal posicionamento ocorre uma semana depois de Fernando Bezerra filiar-se ao PMDB a convite de dirigentes do partido – entre eles, os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), presidente nacional da sigla, e Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado – e com o apoio expressivo da bancada do PMDB no Congresso Nacional, além do presidente Michel Temer e de lideranças de diferentes partidos, como o senador Armando Monteiro (PTB-PE) e o ministro Bruno Araújo (PSDB-PE).

Durante 11 minutos, Fernando Bezerra Coelho relembrou os 35 anos de sua respeitada trajetória pública, dando destaque aos 11 anos de militância dele no PMDB (de 1986 a 1997) e repelindo as agressões sofridas nos últimos dias por políticos pernambucanos. “Agressões dos que, não tendo argumentos, buscam macular nossas atitudes com o objetivo de distorcer e criar uma narrativa que justifique seus próprios erros e equívocos políticos”, rechaçou o vice-líder do governo no Senado. Ao destacar que desde 1982 serve a Pernambuco e ao país – como deputado estadual, deputado federal por duas vezes, prefeito de Petrolina por três vezes e senador – Bezerra Coelho ressaltou: “Nunca traí os meus compromissos com a minha terra, nunca fiz política agredindo ou denegrindo quem quer que seja. Diferentemente dos que me atacam, famosos pela verborragia”. E completou: “A verdade é que nunca hesitei em fazer escolhas e por elas sempre fui julgado por quem e para quem devo prestar contas: o povo da minha terra e do meu estado”.

Com veemência, o senador negou as recentes declarações de Jarbas Vasconcelos e afirmou que a construção da saída dele do PSB para o PMDB foi devidamente comunicada e acompanhada pelo deputado federal. “Não fiz nada às escondidas. Não me convidei, fui convidado. Apresentei uma proposta e um plano de ação política. Busquei o diálogo, avisei sobre as minhas decisões, não surpreendi ninguém”, disse.

Fernando Bezerra reforçou que Jarbas Vasconcelos foi informado pela Direção Nacional do PMDB sobre as propostas dele. “E eu fui comunicado da concordância de Jarbas. Falei, nos últimos dias, duas vezes com o deputado. Uma, pessoalmente, solicitando uma reunião para encaminharmos um entendimento. A reunião foi marcada e posteriormente, por telefone, ele desmarcou. Na sequência, avisei ao deputado sobre a minha decisão de filiar-me ao PMDB em Brasília, o mesmo me cumprimentou e remarcou o nosso encontro. Nenhuma palavra em sentido contrário ou qualquer ponderação”, relatou o senador. “O tempo se encarregará de revelar as razões para atitudes tão contraditórias em um espaço de tempo tão curto”, pontuou o vice-líder do governo.

PROJETO NACIONAL – Fernando Bezerra Coelho também destacou a fidelidade dele ao projeto nacional liderado pelo presidente Michel Temer, desde o momento em que posicionou-se e votou favorável ao impeachment de Dilma Rousseff. “Não tenho duas caras ou posição dúbia”, disse. E questionou políticos que, embora no PMDB (partido do presidente), colocam-se contrários aos projetos coordenados por Temer, que, na avaliação do senador, está conseguindo retirar o país da recessão, avançar nas reformas e criar condições para a volta do emprego e do crescimento.

“Fácil falar de barganhas políticas a nível federal com o objetivo de atingir as pessoas. Mas, não reconhecer as mesmas barganhas a nível estadual é uma tremenda incoerência ou cinismo. Será que são as secretarias e órgãos estaduais que explicam a flexibilidade do deputado Jarbas Vasconcelos em aceitar alianças políticas que até as eleições passadas condenava?”, questionou Fernando Bezerra. “Não quero julgar, o deputado tem direito de rever suas posições, mas a boa educação política exige que se respeite o posicionamento dos outros”, acrescentou.

O senador também destacou a reforma política em discussão no Congresso Nacional. “A reforma que pregamos é para oferecer mais transparência, mais legitimidade e, sobretudo, coerência na prática política dos partidos. O que defendo em Pernambuco é o que defendo em Brasília. Partido nenhum pode se prestar a ser instrumento de interesses familiares; mas, também é verdade que ninguém, por mais meritórias que sejam as trajetórias, podem se considerar donos de partidos. Neste particular, é importante frisar que não basta ter sobrenome para vencer na política. É preciso vocação, preparo, proposta e muito trabalho. Mas é fundamental ter votos. Alguns líderes fracassam ao tentar eleger seus filhos”, observou Bezerra Coelho.

CONJUNTURA ESTADUAL – Em relação à saída do Partido Socialista Brasileiro – no qual militou durante 12 anos, desligando-se no último dia 5 – o senador destacou que carrega a honra de ter sido convidado por Miguel Arraes a regressar ao PSB e ajudar na construção da frente política que elegeu Eduardo Campos, em 2006. “Esta trajetória merece respeito”, disse. E lembrou: “Eduardo Campos, quando indagado sobre a candidatura dele à Presidência da República, por um campo político diferente do qual tinha participado, afirmou: “porque você apoiou, você não está condenado a apoiar quando você já não acredita, quando você já não se vê, não se representa naquele governo”.

Sobre a atual gestão do estado, Fernando Bezerra Coelho reforçou: “Tenho a consciência tranquila que busquei participar do projeto que apresentamos aos pernambucanos, em 2014. Não me foi dado o direito de colaborar e ajudar”. E emendou: “Erros administrativos e, sobretudo, políticos, vêm se acumulando em Pernambuco. Não tenho receio dos embates que haveremos de enfrentar”.

Ao finalizar o pronunciamento na Tribuna, o senador ratificou a confiança dele na construção e no sucesso de uma “grande frente política” liderada pelo PMDB em nível nacional e também em Pernambuco. “Acredito nos pernambucanos e estou certo que haveremos de construir um novo tempo”, concluiu.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 13 de setembro de 2017

Coluna do blog desta quarta-feira

Quando precisou, Jarbas mudou de lado sem hesitar 

Quem acompanha essa briga a respeito do PMDB encampada por Jarbas Vasconcelos e não conhece a história política de Pernambuco, pode até colocá-lo na condição de vítima de uma armação sórdida contra um representante da moralidade e da ética política. Porém a história política de Pernambuco mostra que assim como o PMDB nacional que está optando por um projeto solo do partido pelo Palácio do Campo das Princesas e decidiu trocar o comando do partido em Pernambuco, Jarbas mudou de posição quando lhe foi conveniente.

Em 1985 Sergio Murilo foi escolhido como candidato do PMDB após vencer um processo de prévias contra Jarbas Vasconcelos, que não aceitou o resultado do seu partido, e decidiu se filiar ao PSB para entrar na disputa. Numa das campanhas mais sujas da história do Recife, Jarbas sagrou-se prefeito com uma diferença de 25 mil votos para Sergio Murilo, segundo colocado.

Em 1990 Jarbas enfrentou Joaquim Francisco pelo governo de Pernambuco, ambos tinham sido prefeitos do Recife, a eleição igualmente complexa deu a vitória a Joaquim, do PFL. Jarbas acusou Arraes, então governador que renunciara para disputar um mandato de deputado federal, de ter feito corpo mole na sua campanha.

Em 1992 na busca pelo segundo mandato, já no PMDB não aceitou Eduardo Campos como vice-prefeito da sua chapa, dando inicio a um rompimento com Miguel Arraes, seu mentor político, até a sua morte em 2005. O distanciamento de Jarbas da família Arraes durou mais de duas décadas quando em 2011 voltou a ter relação com Eduardo Campos.

Em 1994, já rompido completamente com Arraes, iniciou costuras para aproximar-se do PFL, que tanto combateu a vida inteira, Jarbas em nenhum momento se preocupou com sua história nem com sua ideologia. Não foi candidato a governador porque sabia que não era páreo para Arraes. Dois anos depois, em 1996, apoiou Roberto Magalhães indicando seu pupilo Raul Henry para o cargo de vice-prefeito.

Na eleição de 1998, já casado oficialmente com o PFL que ele tanto combateu, Jarbas levou para o seu cargo de vice-governador Mendonça Filho, e acabou derrotando Miguel Arraes numa campanha igualmente sangrenta. Jarbas foi beneficiado pelo escândalo dos Precatórios, e usou e abusou do tema para derrotar seu mentor político. Novamente, Jarbas não se preocupou com ideologia nem sua história. Buscou o poder pelo poder.

Sentado na cadeira de governador, Jarbas foi acusado de fazer corpo mole na campanha de 2000, permitindo que seu aliado Roberto Magalhães sofresse uma emblemática derrota para João Paulo. Até hoje tem quem culpe Jarbas pela derrota de Dr. Roberto, que era um prefeito bem-avaliado mas acabou prejudicado por vários fatores que culminariam na existência de um segundo turno e  consequentemente na vitória de João Paulo.

Em 2002 Jarbas, que tinha uma reeleição tranquila, decidiu levar Sergio Guerra para o Senado, em detrimento de outros aliados mais antigos da União por Pernambuco. Tal movimento de Jarbas abriu precedente para o rompimento de muitas lideranças políticas, dentre elas Roberto Magalhães, Joaquim Francisco, Luiz Piauhylino, José Múcio e Armando Monteiro. Em 2004 queria fazer Raul Henry candidato a prefeito, mas como Cadoca era o nome mais forte, acabou tendo que engolir a indicação. Em vez de abraçar o projeto, decidiu lavar as mãos, o que permitiu mais uma vitória de João Paulo.

Em 2006 se preocupou exclusivamente com a sua eleição para o Senado, fazendo caminhadas-relâmpago, deixando Mendonça Filho ao Deus dará. Também foi incapaz de chamar o feito a ordem para manter a tropa unida em torno de Mendonça. Jarbas novamente não moveu uma palha pelos seus aliados e deixou o PFL sofrer mais uma derrota. Aquele movimento de Jarbas, que nunca se preocupou com outra pessoa, senão ele e Raul Henry, custou caro a muita gente que estava junto dele.

Em 2008, não se dando por satisfeito de ter deixado Mendonça Filho ao léu na disputa pelo governo, permitiu que seu vice-governador por oito anos, um parceiro leal e fiel, saísse isolado na disputa pela prefeitura, mesmo estando na liderança de todas as pesquisas. O apoio de Jarbas com o PMDB e o PSDB permitiria a Mendonça condições reais de vencer a prefeitura, mas optou por lançar seu pupilo Raul Henry, que amargou um terceiro lugar.

Nas eleições de 2010 relutou até o fim para disputar o governo, não queria em hipótese alguma enfrentar Eduardo Campos, mas acabou sendo obrigado a entrar na disputa sob pena de ser chamado de covarde e oportunista. Entrou sem ânimo na disputa e colocou em xeque a situação de muitos aliados, como André de Paula, Marco Maciel e Raul Jungmann, que por conta do seu resultado para governador, acabaram embicando e ficaram sem mandato.

Em 2012 Jarbas novamente não se preocupou com história nem lado, quando viu que a candidatura de Raul Henry não decolava, se juntou ao seu principal adversário, que havia lhe dado uma magnífica surra eleitoral, e achou tudo aquilo extremamente normal. Apoiou Geraldo Julio e abandonou o seu próprio filho ao relento. Não fez nenhum esforço para que seu filho se elegesse vereador, e o que ninguém imaginava aconteceu. O filho de Jarbas, seu parceiro, seu companheiro de todas as horas, não teve o empenho devido do pai, entrou numa fogueira e acabou perdendo para vereador.

Em 2014 por falta de votos, correu do Senado, foi para a disputa de deputado federal com medo de não ter sequer 100 mil votos. Só conseguiu ser eleito com expressiva votação por causa da catástrofe envolvendo Eduardo Campos. O eleitorado órfão de liderança política na disputa, decidiu canalizar votos para o governador que antecedeu Eduardo.

Em 2016 foram inúmeras as vezes que Jarbas se negou a se aproximar de Geraldo Julio, dando a entender que não o apoiaria para a reeleição, num claro sinal de barganha para ter mais espaços na prefeitura e no governo. Terminou ficando no palanque de Geraldo, mas não fez qualquer esforço para ajudar o prefeito. A fatura cobrada pelo apoio a Geraldo foi ampliar os espaços no governo Paulo Câmara, tendo um quinhão completamente desproporcional ao seu tamanho eleitoral.

Quem conhece a história de Jarbas Vasconcelos sabe que ele esvaziou o PMDB de Pernambuco porque tem horror a fazer política. Mais do que isso, não tem compromisso com aliados nem com o seu partido. A história mostra que Jarbas quando precisou, mudou de lado sem qualquer remorso ou culpa. Se ele não tem compromisso com o PMDB nacional, o mesmo não tem motivo de ofertar qualquer reverência a quem, sem hesitar, fez o que achava ser melhor exclusivamente pra ele ou seu pupilo. Em 1990, Joaquim Francisco ficou lembrado pela célebre frase: “Vou desmistificar você, Jarbas Vasconcelos”. Não precisou, os fatos mostram que Jarbas sempre foi uma biruta de aeroporto quando julgou interessante para o seu projeto político e eleitoral.

Mandato – A Justiça Eleitoral decidiu pela manutenção do mandato do prefeito de Santa Cruz do Capibaribe Edson Vieira (PSDB) e seu vice Dida de Nan, por terem participado de um evento do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em 24 de setembro de 2016. Eles só precisarão pagar uma multa de R$ 28 mil. Edson comemorou a decisão chamou a ação de politiqueira da oposição.

Vice-presidente – O nome do ministro da Educação Mendonça Filho novamente vem ganhando força para ser candidato a vice-presidente da República em 2018 caso o DEM indique um nome para a vaga. A prioridade é Rodrigo Maia, porém ele tem se movimentado no sentido de disputar o governo do Rio de Janeiro, assim como ACM Neto que disputará o governo da Bahia.

Inelegivel – O ex-prefeito de Belo Jardim João Mendonça (PSB) perdeu o recurso que entrou no TSE contra indeferimento do registro da sua candidatura e sua inelegibilidade por oito anos. A decisão sacramentou a eleição suplementar vencida por Helio dos Terrenos e o deixou inelegivel pelo período de 13 anos.

Investimentos – O secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Nilton Mota, esteve em Araripina, ao lado da deputada Roberta Arraes e do ex-prefeito Alexandre Arraes, para autorizar a construção de seis barragens que vão ampliar a oferta de água nos sítios Jatobá, Bonito, Ventania, Mulungu e Beleza, além da comunidade de Rancharia. Nilton Mota também liberou a implantação de dois sistemas simplificados de abastecimento de água (SSAA) no Povoado da Sipaúba e Sítio Capim.

RÁPIDAS

PV – Com os dois pés fora do PSDB, o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes iniciou conversas para se lançar pré-candidato a governador de Pernambuco. Seu destino pode ser o PV. Além do governo, Elias também considera a hipótese de disputar o Senado pela legenda no ano que vem.

Cassado – A justiça eleitoral de Carpina cassou o mandato do vereador Tota Barreto (PSB) por abuso de poder econômico acatando a ação de impugnação de mandato eletivo proposta pelo Ministério Público de Pernambuco e tornou-o inelegível por oito anos. A decisão cabe recurso no TRE e no TSE.

Inocente quer saber – Qual é o verdadeiro Jarbas, o que enaltece a entrada de FBC no PMDB ou o que ataca?

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Postado por Edmar Lyra às 21:12 pm do dia 12 de setembro de 2017

Após descascar FBC, Jarbas fala em convivência civilizada

O deputado federal Jarbas Vasconcelos proferiu agora há pouco um duro discurso contra o senador Fernando Bezerra Coelho, chamando-o de traidor por conta da sua entrada no PMDB de Pernambuco.

Pouco depois de fazer duras críticas a FBC, Jarbas concedeu entrevista ao jornalista Adriano Roberto, que está em Brasília acompanhando a movimentação de perto. Na conversa com Adriano, Jarbas falou em entendimento e que a executiva nacional não tinha motivo para puni-lo ao lado de Raul Henry.

O deputado falou em espaço para todos, dizendo que não quer atropelar ninguém mas não aceita ser atropelado e que irá procurar se entender.

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Postado por Edmar Lyra às 16:54 pm do dia 12 de setembro de 2017

Fernando Bezerra apresenta projeto de lei para evitar falência de trabalhador

Brasília, 12/09/17 – Preocupado com o endividamento e a grave dificuldade financeira por que passa grande parte dos brasileiros, o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE) quer evitar a falência de trabalhadores nesta situação, dando-lhes a oportunidade de firmarem acordo judicial para o pagamento dos débitos e o retorno ao mercado de trabalho. Por meio de projeto de lei, o vice-líder do governo no Senado defende que sejam dadas condições de replanejamento da dívida e insolvência civil de devedores (pessoa física) em situação de vulnerabilidade financeira (endividamento que ultrapassa ou ameaça superar o valor de bens penhoráveis), a exemplo do que a legislação permite a empresas que entram com processo de falência para a recuperação judicial do empreendimento.

“O objetivo do projeto é dar fôlego e condições para os trabalhadores e consumidores poderem pagar as dívidas, ‘limpar o nome’, preservar os bens mínimos existenciais, voltar a ter dignidade e retornar ao setor produtivo, gerando renda e contribuindo para o reaquecimento da economia”, explica o senador. No entendimento de Fernando Bezerra, é preciso dar credibilidade às pessoas que querem pagar o que devem e voltar a ter crédito e oportunidades de trabalho. “Ou seja: proporcionar um recomeço mais suave de vida àquele devedor de boa fé, que procura fazer acordo para regularizar a situação com os credores e com o mercado”, acrescenta.

Conforme o projeto de lei, poderão ser beneficiadas as pessoas que não tiverem sido submetidas a replanejamento de dívida ou a insolvência civil nos cinco anos anteriores ao acordo judicial. Os débitos poderão ser quitados em um prazo máximo de cinco anos e a chamada “massa falida” ficará sob a custódia e responsabilidade de um administrador nomeado e sob a supervisão do juiz.

O projeto prevê, ainda, que a insolvência civil somente poderá ser decretada nas hipóteses previstas em lei (situação de vulnerabilidade financeira). A partir da formalização do acordo, será autorizada a eventual exclusão do nome do devedor de bancos de dados e cadastros de inadimplentes. “É um instrumento de aperfeiçoamento do crédito”, explica o autor.

A proposição é inspirada em modelos internacionais no tratamento de superendividamento de pessoas físicas, como o norte-americano (“fresh start”) e o francês, que preserva o rendimento mínimo para a sobrevivência digna do devedor (“restre à vivre”).

ENDIVIDAMENTO – Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada no último mês de agosto, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que quase 60% das famílias brasileiras entrevistadas têm dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação e seguro de carro. A pesquisa demonstrou, ainda, que o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar as contas ou dívidas em atraso – e que, portanto, permaneceriam inadimplentes – alcançou 10,1% (em agosto).

A Peic é apurada mensalmente pela CNC, em todo o país, desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais, com cerca de 18 mil consumidores.

“É preciso dar uma chance às pessoas físicas que contraíram dívidas – na maioria dos casos, por uma questão de sobrevivência em um país que enfrenta grave crise econômica – e estão dispostas a quitar seus débitos”, defende Bezerra Coelho. “Quem demonstra boa fé e disposição em pagar o que deve dificilmente deixará de honrar o acordo judicial de quitação das dívidas; inclusive, porque o acordo será estabelecido conforme a capacidade financeira do devedor”, completa o parlamentar.

Apresentado hoje (12) por Fernando Bezerra Coelho, o projeto de lei deverá tramitar pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado antes de ser apreciado pelo Plenário da Casa.

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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