Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

  • Início
  • Sobre
  • Pernambuco
  • Brasil
  • Contato

Postado por Edmar Lyra às 18:35 pm do dia 13 de setembro de 2017

Sílvio Costa: a aliança PSB-PT em Pernambuco é um escárnio

Todo o meio político sabe que existe uma articulação da maioria da executiva nacional do PT para recriar a Frente Brasil Popular, juntando PT, PCdoB, PDT e PSB. Por dever de justiça, é preciso registrar que o PDT e o PCdoB foram partidos muito corretos na resistência ao processo de impeachment da presidente Dilma (PT). Os dois partidos trabalharam pesado contra o golpe. PCdoB e PDT fecharam questão contra o impeachment.

Entretanto, o PSB foi a grande decepção. O PSB traiu, vergonhosamente, a ex-presidente Dilma. O PSB encaminhou o voto a favor do impeachment. O governador Paulo Câmara (PSB) chegou a liberar os deputados federais que eram secretários, e eles foram a Brasília votar a favor do afastamento injusto de Dilma.

Agora, estamos vendo – o que é capaz de indignar a todos os que lutaram pelo mandato da ex-presidente – a possibilidade do PSB voltar a integrar a Frente Brasil Popular, iniciativa que, de forma indigna, é defendido pelo governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio.

Em uma conta simples, vamos chegar à conclusão de que o maior traidor da ex-presidente Dilma, na sua base parlamentar da Câmara, foi o PSB. O impeachment precisava de 342 votos dos 513 deputados. Foram 137 votos contra o impeachment, duas ausências e sete abstenções, num total de 146. Naquela ocasião, o PSB tinha uma bancada de 31 deputados. Se todos tivessem votado contra o golpe, a ex-presidente chegaria a 177 votos, e não teria sido derrubada.

Não precisava nem todos do PSB votarem contra o golpe: bastavam 25 terem dito “não” e o impeachment teria sido arquivado. Então, o PSB juntou-se aos golpistas e tirou do poder uma mulher que tinha sido eleita por 54 milhões de brasileiros e que não cometeu nenhum crime de responsabilidade. As chamadas pedaladas fiscais já tinham ocorrido nos governos FHC e Lula. O PSB foi cruel e profundamente desleal com a ex-presidente Dilma.

O PSB votou a favor das reformas deste governo nefasto de Michel Temer (PMDB), com exceção de um ou outro deputado. Eu sei também que o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) já foi escolhido como um dos pré-candidatos ao Senado na chapa do PSB.

Custa-me acreditar que a maioria esmagadora dos filiados ao PT de Pernambuco admita este tipo de acordo político. Isto é uma afronta. Imaginem um palanque com Jarbas, o PT e o PSB. Todos sabem que o deputado Jarbas Vasconcelos tem horror aos ex-presidentes Lula e Dilma. Aliás, com todo o respeito a Jarbas, não consegui entender quando ele disse, publicamente, que não teria dificuldades para construir esse acordo com o PT em Pernambuco.

A aliança do PT com o PSB em Pernambuco é um escárnio. Se concretizada, será uma das maiores agressões à coerência política e a todos que, de forma leal, corajosa e decente, defenderam a democracia e foram contra o impeachment de Dilma.

Não sou do PT, mas se o fosse, eu iria a São Paulo, Brasília, onde for necessário, defender um grande movimento para impedir essa coligação exdrúxula, totalmente incoerente.

É preciso ir para cima do PSB. Eu me ponho à disposição para construirmos um movimento que impeça a concretização dessa coligação bizarra. Vou continuar defendendo, até o último minuto, no último dia das convenções – que serão realizadas no próximo ano – a construção de uma frente de esquerda em Pernambuco, reunindo os partidos que, com muita dignidade, defenderam a democracia. Uma frente dos partidos que votaram contra o impeachment e que defendem os direitos históricos dos trabalhadores brasileiros.

* Sílvio Costa é deputado e vice-líder da oposição na Câmara Federal.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: eleições 2018, psb, pt, silvio costa

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 13 de setembro de 2017

Coluna do blog desta quarta-feira

Quando precisou, Jarbas mudou de lado sem hesitar 

Quem acompanha essa briga a respeito do PMDB encampada por Jarbas Vasconcelos e não conhece a história política de Pernambuco, pode até colocá-lo na condição de vítima de uma armação sórdida contra um representante da moralidade e da ética política. Porém a história política de Pernambuco mostra que assim como o PMDB nacional que está optando por um projeto solo do partido pelo Palácio do Campo das Princesas e decidiu trocar o comando do partido em Pernambuco, Jarbas mudou de posição quando lhe foi conveniente.

Em 1985 Sergio Murilo foi escolhido como candidato do PMDB após vencer um processo de prévias contra Jarbas Vasconcelos, que não aceitou o resultado do seu partido, e decidiu se filiar ao PSB para entrar na disputa. Numa das campanhas mais sujas da história do Recife, Jarbas sagrou-se prefeito com uma diferença de 25 mil votos para Sergio Murilo, segundo colocado.

Em 1990 Jarbas enfrentou Joaquim Francisco pelo governo de Pernambuco, ambos tinham sido prefeitos do Recife, a eleição igualmente complexa deu a vitória a Joaquim, do PFL. Jarbas acusou Arraes, então governador que renunciara para disputar um mandato de deputado federal, de ter feito corpo mole na sua campanha.

Em 1992 na busca pelo segundo mandato, já no PMDB não aceitou Eduardo Campos como vice-prefeito da sua chapa, dando inicio a um rompimento com Miguel Arraes, seu mentor político, até a sua morte em 2005. O distanciamento de Jarbas da família Arraes durou mais de duas décadas quando em 2011 voltou a ter relação com Eduardo Campos.

Em 1994, já rompido completamente com Arraes, iniciou costuras para aproximar-se do PFL, que tanto combateu a vida inteira, Jarbas em nenhum momento se preocupou com sua história nem com sua ideologia. Não foi candidato a governador porque sabia que não era páreo para Arraes. Dois anos depois, em 1996, apoiou Roberto Magalhães indicando seu pupilo Raul Henry para o cargo de vice-prefeito.

Na eleição de 1998, já casado oficialmente com o PFL que ele tanto combateu, Jarbas levou para o seu cargo de vice-governador Mendonça Filho, e acabou derrotando Miguel Arraes numa campanha igualmente sangrenta. Jarbas foi beneficiado pelo escândalo dos Precatórios, e usou e abusou do tema para derrotar seu mentor político. Novamente, Jarbas não se preocupou com ideologia nem sua história. Buscou o poder pelo poder.

Sentado na cadeira de governador, Jarbas foi acusado de fazer corpo mole na campanha de 2000, permitindo que seu aliado Roberto Magalhães sofresse uma emblemática derrota para João Paulo. Até hoje tem quem culpe Jarbas pela derrota de Dr. Roberto, que era um prefeito bem-avaliado mas acabou prejudicado por vários fatores que culminariam na existência de um segundo turno e  consequentemente na vitória de João Paulo.

Em 2002 Jarbas, que tinha uma reeleição tranquila, decidiu levar Sergio Guerra para o Senado, em detrimento de outros aliados mais antigos da União por Pernambuco. Tal movimento de Jarbas abriu precedente para o rompimento de muitas lideranças políticas, dentre elas Roberto Magalhães, Joaquim Francisco, Luiz Piauhylino, José Múcio e Armando Monteiro. Em 2004 queria fazer Raul Henry candidato a prefeito, mas como Cadoca era o nome mais forte, acabou tendo que engolir a indicação. Em vez de abraçar o projeto, decidiu lavar as mãos, o que permitiu mais uma vitória de João Paulo.

Em 2006 se preocupou exclusivamente com a sua eleição para o Senado, fazendo caminhadas-relâmpago, deixando Mendonça Filho ao Deus dará. Também foi incapaz de chamar o feito a ordem para manter a tropa unida em torno de Mendonça. Jarbas novamente não moveu uma palha pelos seus aliados e deixou o PFL sofrer mais uma derrota. Aquele movimento de Jarbas, que nunca se preocupou com outra pessoa, senão ele e Raul Henry, custou caro a muita gente que estava junto dele.

Em 2008, não se dando por satisfeito de ter deixado Mendonça Filho ao léu na disputa pelo governo, permitiu que seu vice-governador por oito anos, um parceiro leal e fiel, saísse isolado na disputa pela prefeitura, mesmo estando na liderança de todas as pesquisas. O apoio de Jarbas com o PMDB e o PSDB permitiria a Mendonça condições reais de vencer a prefeitura, mas optou por lançar seu pupilo Raul Henry, que amargou um terceiro lugar.

Nas eleições de 2010 relutou até o fim para disputar o governo, não queria em hipótese alguma enfrentar Eduardo Campos, mas acabou sendo obrigado a entrar na disputa sob pena de ser chamado de covarde e oportunista. Entrou sem ânimo na disputa e colocou em xeque a situação de muitos aliados, como André de Paula, Marco Maciel e Raul Jungmann, que por conta do seu resultado para governador, acabaram embicando e ficaram sem mandato.

Em 2012 Jarbas novamente não se preocupou com história nem lado, quando viu que a candidatura de Raul Henry não decolava, se juntou ao seu principal adversário, que havia lhe dado uma magnífica surra eleitoral, e achou tudo aquilo extremamente normal. Apoiou Geraldo Julio e abandonou o seu próprio filho ao relento. Não fez nenhum esforço para que seu filho se elegesse vereador, e o que ninguém imaginava aconteceu. O filho de Jarbas, seu parceiro, seu companheiro de todas as horas, não teve o empenho devido do pai, entrou numa fogueira e acabou perdendo para vereador.

Em 2014 por falta de votos, correu do Senado, foi para a disputa de deputado federal com medo de não ter sequer 100 mil votos. Só conseguiu ser eleito com expressiva votação por causa da catástrofe envolvendo Eduardo Campos. O eleitorado órfão de liderança política na disputa, decidiu canalizar votos para o governador que antecedeu Eduardo.

Em 2016 foram inúmeras as vezes que Jarbas se negou a se aproximar de Geraldo Julio, dando a entender que não o apoiaria para a reeleição, num claro sinal de barganha para ter mais espaços na prefeitura e no governo. Terminou ficando no palanque de Geraldo, mas não fez qualquer esforço para ajudar o prefeito. A fatura cobrada pelo apoio a Geraldo foi ampliar os espaços no governo Paulo Câmara, tendo um quinhão completamente desproporcional ao seu tamanho eleitoral.

Quem conhece a história de Jarbas Vasconcelos sabe que ele esvaziou o PMDB de Pernambuco porque tem horror a fazer política. Mais do que isso, não tem compromisso com aliados nem com o seu partido. A história mostra que Jarbas quando precisou, mudou de lado sem qualquer remorso ou culpa. Se ele não tem compromisso com o PMDB nacional, o mesmo não tem motivo de ofertar qualquer reverência a quem, sem hesitar, fez o que achava ser melhor exclusivamente pra ele ou seu pupilo. Em 1990, Joaquim Francisco ficou lembrado pela célebre frase: “Vou desmistificar você, Jarbas Vasconcelos”. Não precisou, os fatos mostram que Jarbas sempre foi uma biruta de aeroporto quando julgou interessante para o seu projeto político e eleitoral.

Mandato – A Justiça Eleitoral decidiu pela manutenção do mandato do prefeito de Santa Cruz do Capibaribe Edson Vieira (PSDB) e seu vice Dida de Nan, por terem participado de um evento do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em 24 de setembro de 2016. Eles só precisarão pagar uma multa de R$ 28 mil. Edson comemorou a decisão chamou a ação de politiqueira da oposição.

Vice-presidente – O nome do ministro da Educação Mendonça Filho novamente vem ganhando força para ser candidato a vice-presidente da República em 2018 caso o DEM indique um nome para a vaga. A prioridade é Rodrigo Maia, porém ele tem se movimentado no sentido de disputar o governo do Rio de Janeiro, assim como ACM Neto que disputará o governo da Bahia.

Inelegivel – O ex-prefeito de Belo Jardim João Mendonça (PSB) perdeu o recurso que entrou no TSE contra indeferimento do registro da sua candidatura e sua inelegibilidade por oito anos. A decisão sacramentou a eleição suplementar vencida por Helio dos Terrenos e o deixou inelegivel pelo período de 13 anos.

Investimentos – O secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Nilton Mota, esteve em Araripina, ao lado da deputada Roberta Arraes e do ex-prefeito Alexandre Arraes, para autorizar a construção de seis barragens que vão ampliar a oferta de água nos sítios Jatobá, Bonito, Ventania, Mulungu e Beleza, além da comunidade de Rancharia. Nilton Mota também liberou a implantação de dois sistemas simplificados de abastecimento de água (SSAA) no Povoado da Sipaúba e Sítio Capim.

RÁPIDAS

PV – Com os dois pés fora do PSDB, o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes iniciou conversas para se lançar pré-candidato a governador de Pernambuco. Seu destino pode ser o PV. Além do governo, Elias também considera a hipótese de disputar o Senado pela legenda no ano que vem.

Cassado – A justiça eleitoral de Carpina cassou o mandato do vereador Tota Barreto (PSB) por abuso de poder econômico acatando a ação de impugnação de mandato eletivo proposta pelo Ministério Público de Pernambuco e tornou-o inelegível por oito anos. A decisão cabe recurso no TRE e no TSE.

Inocente quer saber – Qual é o verdadeiro Jarbas, o que enaltece a entrada de FBC no PMDB ou o que ataca?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: coluna edmar lyra, edson vieira, eleições 2018, elias gomes, fernando bezerra coelho, jarbas vasconcelos, joão mendonça, mendonça filho, Nilton Mota, Tota Barreto

Postado por Edmar Lyra às 18:20 pm do dia 12 de setembro de 2017

Artigo: Seria o tiro de misericórdia na renovação política?

Não é de hoje que parte da classe política anda na contramão da vontade do povo. Prova disso é a PEC 77, que trata da tão esperada reforma política. Quando falamos em reforma, você imagina algo que irá melhorar, reformar, arrumar.

A reforma que estamos vendo na Proposta de Emenda Constitucional 77/03, que altera alguns pontos da legislação eleitoral, e que está em discussão na Câmara dos Deputados, passa longe de uma “reforma”. A proposta é apenas uma mão de tinta sobre a madeira podre. Uma nova embalagem em um produto ruim. O “distritão”, que foi aprovado na comissão especial por 17 votos a 15, dificulta a renovação politica. O argumento de alguns deputados é que este modelo acabaria com os puxadores de voto, o famoso efeito Tiririca. Conforme estudo realizado pela International Institute of Democracy, o modelo em discussão é adotado somente em 2% dos países, em uma lista de 200 nações. Um desses países é o Afeganistão.

No atual modelo proporcional, o quociente eleitoral é determinado pelo resultado do número de votos válidos, divididos pelo número de cadeiras disputadas no estado, conforme o art 106 do Código Eleitoral. Então se o QE (quociente eleitoral) for de 200 mil votos e um candidato obter 1 milhão de votos, ele sozinho garante cinco cadeiras para sua legenda. No modelo distritão, esse deputado apenas garantirá a sua vaga. Mas onde este fator diminui a renovação?

Raciocine comigo: Um deputado federal, em seu mandato em Pernambuco, tem em sua estrutura algo em torno de 15,3 milhões de emendas parlamentares, a cada ano, as quais ele distribui para sua base eleitoral, auxiliando o desenvolvimento, melhorando a vida das pessoas e automaticamente ganhando visibilidade.

Ele possui ainda verbas de gabinete para o exercício do seu mandato, onde ele tem disponível mensalmente R$ 92 mil para contratar até 25 funcionários. Tem também de R$ 30.416,80 a R$ 45.240,67 por mês para gastar com passagens, telefone, correios, gasolina, entre outras despesas, para realizar seu trabalho como parlamentar. Soma-se a tudo isso a visibilidade através da imprensa, da equipe de trabalho, dos apoiadores, dos cabos eleitorais e da estrutura partidária.

Agora imagine alguém que queira se candidatar a uma dessas vagas de deputado federal. Ele ou ela não tem nenhum pedaço desta estrutura e, com a legislação eleitoral vigente, terá apenas 45 dias para ir em busca do voto.

Caso o distritão seja aprovado no plenário, pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, a ordem dos eleitos se dará pelos mais votados, diminuindo assim o número de candidatos. Com o distritão teremos menos concorrentes, menos debates e menos pluralidade de ideias por conta da disparidade de estrutura entre os postulantes.

Uma reforma efetiva e ampla se daria na verdade com o fim das coligações no legislativo e executivo, juntamente com a cláusula de desempenho que possibilitaria diminuir o número de partidos que, atualmente, chega a 35 registrados no TSE.

Que tipo de governo programático podemos ter onde um partido de esquerda e um de direita se unem para governar? A reforma tem que vir para melhorar e dar mais oxigenação para a política, mais espaço para os jovens e as mulheres e não o contrário. A classe política vem nos matando aos poucos, com doses homeopáticas de descrédito e de imoralidade. Contudo, desta vez, querem dar um tiro só, sem dó nem piedade.

Alexandre Almeida é acadêmico de direito e presidente da Juventude Democratas de Pernambuco

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: Alexandre Almeida, eleições 2018, reforma política

Postado por Edmar Lyra às 14:15 pm do dia 12 de setembro de 2017

Raul Henry busca patente alta no PSB

Nos bastidores da política todo mundo já considera a mudança de comando do PMDB como fatura liquidada, pois por se tratar de interna corporis, não há nenhuma possibilidade de a justiça intervir numa decisão do partido, uma vez que o PMDB nacional tem prevalência sobre o estadual.

A conta agora é sobre como os atores envolvidos sairão do processo. Sem o gordo tempo de televisão do PMDB, Jarbas Vasconcelos e Raul Henry precisavam tomar uma posição. Quando hostilizam a entrada de Fernando, Jarbas e Raul marcaram a posição necessária para continuar como figuras de proa na Frente Popular.

A gritaria tem primeiramente o objetivo de aplicar algumas pechas a Fernando, como a de traidor e consequentemente desgastá-lo, num tom inclusive pouco habitual de Raul para quem o conhece. Mas a principal finalidade é chegar no PSB não na condição de soldados-rasos mas como membros de alta-patente.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: eleições 2018, jarbas vasconcelos, pmdb, psb, raul henry

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 12 de setembro de 2017

Coluna do blog desta terça-feira

Paulo Câmara irá para a reeleição em 2018

O Palácio do Campo das Princesas está ciente de toda a dificuldade que o governo Paulo Câmara vem enfrentando e também enfrentará. O maior problema do governo se chama a fadiga material de um mesmo grupo estar há doze anos no poder. Se acrescentar esta conta para os oito anos do governo Jarbas Vasconcelos e os quatro de Miguel Arraes, serão quase 24 anos nas mãos do mesmo grupo político.

Mas se restringindo apenas ao ciclo iniciado por Eduardo Campos em 2007, o PSB já bateu o recorde de Pernambuco nas mãos do mesmo grupo, que tinha ficado no máximo oito anos nas mãos do próprio Eduardo e outros oito nas mãos de Jarbas. Inclusive é um caso raro no Brasil o mesmo grupo ficar tanto tempo no poder. Somente o PSDB em São Paulo vem conseguindo a proeza de estar no governo há mais de duas décadas.

Apesar de toda a dificuldade, que diga-se de passagem, é natural da política, não há nenhum nome dentro do PSB capaz de ser melhor candidato para representar o legado do partido no estado do que o próprio Paulo Câmara, que tem uma trajetória limpa na política, digna do cargo de governador de Pernambuco.

O único nome do PSB que poderá vencer a eleição de 2018 é o próprio Paulo Câmara, que recebe inúmeros elogios de aliados e até de adversários por sua postura serena e cortês de ocupar o cargo. Vale salientar que em janeiro de 2019, quem assumir o governo, que pode ser o próprio Paulo, receberá uma casa arrumada pelo governador mais austero e mais responsável dos últimos anos.

Limpeza – O governador Paulo Câmara deveria fazer uma limpeza nas gerências regionais de trânsito, saúde e educação, pois muitas estão cheias de indicados por adversários do governador, sabotando seu governo em várias regiões, como no Araripe onde muitos aliados do prefeito de Araripina Raimundo Pimentel, declaradamente de oposição, estão ocupando cargos nos órgãos regionais do governo.

Orobó – O senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) visitou a cidade de Orobó, no Agreste, para participar da festa em comemoração aos 89 anos de emancipação política. Fernando Bezerra foi recebido pelo prefeito Cléber Chaparral (PSD) e pelo ex-prefeito José Francisco (PT). O senador acompanhou as apresentações das bandas e fanfarras de Orobó, que atraíram centenas de pessoas à quadra municipal. Os prefeitos de Paudalho, Marcelo Gouveia (PSD), e Feira Nova, Denilson Gonzaga (PSD), também prestigiaram a celebração.

Federal – O secretário de Turismo, Esporte e Lazer de Pernambuco Felipe Carreras (PSB), decidiu que será candidato a deputado federal em 2018 quando tentará o segundo mandato. A decisão põe fim às especulações de que poderia ser candidato a governador ou a deputado estadual conforme vinha sendo levantado nos bastidores.

Balanço – A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco apresentou um balanço da edição do Pernambuco de Verdade no Agreste Central, realizado na semana passada. A falta de segurança e a precariedade da rede de saúde pública foram as principais queixas ouvidas, segundo relataram os deputados no plenário da Alepe.

RÁPIDAS

Insustentável – A situação do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes e do seu filho no PSDB está a cada dia mais azeda. É provável que ambos saiam do partido para as eleições de 2018 onde apenas Elias tem chance de conquistar um mandato.

Perda – Além de Recife, onde deverá cair de 62.576 votos para cerca de 40 mil em 2018, Daniel Coelho deverá sofrer uma queda abrupta de votos em Paulista, onde saiu majoritário com 16.767 votos, pois recebeu o apoio de Ramos naquele pleito, mas por conta de problemas pessoais a dobradinha não se repetirá. Caso se confirmem as perdas, ele deverá ficar na casa de 100 mil votos.

Inocente quer saber – Quando a oposição anunciará oficialmente que Fernando Bezerra Coelho será o seu candidato a governador?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: daniel coelho, eleições 2018, elias gomes, felipe carreras, fernando bezerra coelho, oposição, paulo câmara

Postado por Edmar Lyra às 21:23 pm do dia 11 de setembro de 2017

Felipe Carreras nega que substituirá Paulo Câmara em 2018

Em conversa com este blog, o secretário de Turismo, Esporte e Lazer de Pernambuco Felipe Carreras negou veementemente a possibilidade de ser candidato a governador no ano que vem. “Não há possibilidade nenhuma disto ocorrer, Paulo é o nosso candidato à reeleição, nossa opção de A a Z”, afirmou Felipe.

O secretário, considerado uma das revelações do PSB, lembrado para disputar a prefeitura do Recife em 2020, também afirmou que será candidato a deputado federal no ano que vem, refutando a hipótese, também ventilada, de ser candidato a deputado estadual.

Com suas palavras, Felipe coloca fim nas especulações de que poderia substituir o governador Paulo Câmara no ano que vem e demonstra que o PSB reconhece a legitimidade do governador em buscar a reeleição.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: eleições 2018, felipe carreras, paulo câmara, psb

Postado por Edmar Lyra às 13:02 pm do dia 11 de setembro de 2017

Professor Lupercio visita Fernando Bezerra Coelho

O prefeito de Olinda Professor Lupercio (Solidariedade) visitou o senador e pré-candidato a governador de Pernambuco Fernando Bezerra Coelho acompanhado de Arlindo Siqueira e André Siqueira, pré-candidato a deputado federal pelo PSC.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: eleições 2018, fernando bezerra coelho, olinda, Professor Lupércio

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 11 de setembro de 2017

Coluna do blog desta segunda-feira

O peso do voto metropolitano em 2018

Nas eleições de 2014 o governador Paulo Câmara foi eleito contra Armando Monteiro com quase 70% dos votos válidos, porém o que diferenciou a parada a favor do PSB foi o voto da Região Metropolitana, que corresponde a 41,6% do eleitorado de Pernambuco, que é dividido em cinco mesorregiões.

Nas eleições de 2018 não deverá ser diferente a construção da disputa, pois na metropolitana está sempre o eleitorado fiel da balança. Criar uma chapa eminentemente interiorizada pode ser sinal de dificuldade de penetração na região, tanto para o projeto de reeleição do governador Paulo Câmara quanto para o projeto liderado por Fernando Bezerra Coelho, pré-candidato a governador pelo PMDB.

No caso do governador Paulo Câmara, há uma significativa vantagem porque ele contará com o prefeito do maior colégio eleitoral do estado no seu palanque, que é Geraldo Julio. Bem-avaliado, Geraldo poderá ajudar o governador com seu exército de vereadores e lideranças políticas da capital pernambucana.

Com 1/3 do eleitorado da capital pernambucana, mas com o dobro do eleitorado das principais cidades do estado, Jaboatão dos Guararapes, governada por Anderson Ferreira, será fundamental para o projeto da oposição em contrapor o peso de Geraldo na Metropolitana ou contribuir para fortalecer o projeto de reeleição do governador.

O apoio de Anderson Ferreira consiste em indicar André Ferreira na chapa para o Senado, apostando na força do voto evangélico, que cresce a cada eleição em Pernambuco, bem como no eleitorado de Jaboatão dos Guararapes que desde que saiu das páginas policiais se tornou um município estratégico na engenharia política de Pernambuco. Por isso largará na frente na metropolitana aquele que entender a lógica e convidar o grupo dos Ferreira para a chapa majoritária.

Fragilidade – O ministro das Cidades Bruno Araújo, que almeja ser candidato a senador na chapa de Fernando Bezerra Coelho, obteve apenas 3.749 votos no Recife para deputado federal em 2014, em Jaboatão dos Guararapes 767 votos, em Olinda 515, no Cabo 48 e em Paulista 371, totalizando 5.450 votos num contingente de quase 2 milhões de eleitores. Bruno praticamente inexiste na Região Metropolitana do Recife.

Força – Já Anderson Ferreira, atual prefeito de Jaboatão dos Guararapes, obteve em 2014 para deputado federal 52.471 votos no Recife, 18.589 em Jaboatão, 10.386 em Olinda, 6.930 no Cabo e 9.311 em Paulista, totalizando 97.687 votos apenas nestas cidades. Evidenciando que André Ferreira agrega eleitoralmente mais à chapa majoritária da oposição disputando o Senado do que Bruno Araújo.

Apoio – O ex-prefeito de Paulista, Itapissuma e Igarassu Yves Ribeiro decidiu apoiar a reeleição do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco Guilherme Uchoa (PDT) e a candidatura a deputado federal do empresário Guilherme Uchoa Júnior (PR). Yves completou 69 anos de idade ontem e contou com a presença dos seus candidatos em 2018 na sua festa.

SEAD – Começa hoje em Salgueiro a sexta edição da Semana do Administrador da UPE, com várias palestras sobre práticas administrativas ministradas por personalidades do setor público e privado, que ocorrerão no IF Sertão nos dias 11, 12, 14 e 15, enquanto os minicursos ocorrerão no Campus da UPE no dia 13.

RÁPIDAS

Dois pesos – Nas eleições de 2014 Izabel Urquiza decidiu apoiar Felipe Carreras para deputado federal da mesma coligação do PMDB e acabou perdendo o diretório de Olinda que foi dissolvido pelo diretório estadual do partido por não marchar com a candidatura de Jarbas Vasconcelos, afirmando infidelidade partidária.

Duas medidas – Agora o mesmo PMDB, cuja principal liderança é Jarbas Vasconcelos, decidiu votar pela abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer, tendo o partido fechado questão contra a abertura de inquérito, e considera um estupro o partido dissolver o diretório estadual, pasmem, por infidelidade partidária.

Inocente quer saber – Por quê Raul Henry dissolveu o diretório de Olinda e não aceita a dissolução do diretório de Pernambuco?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: anderson ferreira, andré ferreira, Bruno Araújo, coluna edmar lyra, eleições 2018, guilherme uchoa, guilherme uchoa junior, Izabel Urquiza, jarbas vasconcelos, michel temer, raul henry, Yves ribeiro

Postado por Edmar Lyra às 13:37 pm do dia 10 de setembro de 2017

Silvio Costa pode disputar o governo em 2018

Pré-candidato a senador, o deputado federal Silvio Costa não enfrentará Armando Monteiro na disputa pelo Senado, caso ele seja candidato na chapa de Fernando Bezerra Coelho. Há uma relação de 25 anos que não deverá ser quebrada por disputas eleitorais. Silvio também não aceitará integrar a coligação de FBC, pois se considera no campo de esquerda, nem cogita apoiar a reeleição de Paulo Câmara caso se concretize a aliança do PT com o governador.

O caminho de Silvio Costa poderá ser candidato a governador com o apoio do PT ou até mesmo sem este apoio, porém serviria para dar palanque a Lula em Pernambuco, sendo o segundo palanque petista no estado. Silvio não retrocederá quanto a disputa majoritária. Ele será candidato majoritário no ano que vem, mas dependerá do caminho tomado por Armando. Se Armando disputar o governo, será senador na chapa dele, se não, estará num campo oposto porém disputando outro cargo.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: eleições 2018, silvio costa

Postado por Edmar Lyra às 12:58 pm do dia 10 de setembro de 2017

Trocar Paulo Câmara não é equação fácil

A competente blogueira Noelia Brito trouxe a informação de que Felipe Carreras poderá substituir o governador Paulo Câmara como candidato do PSB ao governo de Pernambuco em 2018. Tal hipótese já teria sido aventada nos bastidores, inicialmente pela substituição do governador pelo prefeito do Recife Geraldo Julio, porém para isso se tornar realidade, Geraldo teria que renunciar a prefeitura e entregá-la ao PCdoB para entrar na disputa, fato totalmente descartado pela cúpula socialista, pois o PSB na ânsia de manter o governo correria um sério risco de perder as duas máquinas numa tacada só.

No caso de Felipe Carreras, considerado um dos melhores secretários de Paulo Câmara, não haveria o problema de Geraldo Julio de abdicar da prefeitura, porém existem fatores que impactam negativamente na postulação. Lembremos que em 2000, Roberto Magalhães trocou o vice Raul Henry por Sergio Guerra,  acabou perdendo a prefeitura do Recife para João Paulo.

Em 2010 muita gente queria que Eduardo trocasse João Lyra Neto, fato que não se confirmou porque a confusão seria maior do que mantê-lo. Em 2012, o caso mais emblemático, o PT por conta de sua situação eternas brigas, trocou João da Costa por Humberto Costa e amargou um terceiro lugar na disputa. Eduardo percebeu o movimento equivocado, se aproveitou e fez Geraldo Julio prefeito do Recife.

O fato de trocar Paulo Câmara da cabeça de chapa será uma confissão de que o governo do PSB fracassou, quem entrar no lugar de Paulo já entrará derrotado. Além do mais, existem movimentos dentro da Frente Popular dando conta de que a única responsabilidade dos partidos é com a reeleição de Paulo Câmara, que consideram ser um bom governador e uma pessoa acessível. O problema político do governo se dá com auxiliares do governador, e não com a figura dele. Se ele for substituído a debandada será ainda maior.

Felipe Carreras vem sendo trabalhado para suceder Geraldo Julio na prefeitura do Recife, que diferentemente da gestão estadual, goza de uma certa aprovação. Se Felipe entra na disputa pelo governo e vence, tudo bem, mas se perde, o PSB estará jogando no lixo o único nome com chances reais de suceder Geraldo Julio em 2020. Em suma, o melhor nome para a disputa se chama Paulo Câmara, tanto pra vencer quanto pra perder, quem entrar em seu lugar já nascerá derrotado.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: eleições 2018, felipe carreras, paulo câmara, psb

  • « Página anterior
  • 1
  • …
  • 96
  • 97
  • 98
  • 99
  • 100
  • …
  • 108
  • Próxima página »

Siga-me nas redes sociais

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Twitter

 

Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

Saiba mais

Siga-me nas redes sociais

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Twitter

Lista de Links

  • Celebridades
  • Minha Saúde
  • Nocaute
  • Radar dos Concursos
  • Torcida

Copyright © 2025 · Atlas Escolar On Genesis Framework · WordPress · Login