O deputado João Fernando Coutinho dá uma pausa nas suas andanças em Jaboatão dos Guararapes para acompanhar a comitiva de Eduardo Campos hoje na apresentação da Paixão de Cristo em Nova Jerusalém. De lá, o parlamentar segue a convite do governador para Brasília, onde vão participar do seminário dos pré-candidatos a prefeito do PSB. Por lá, vão assistir às palestras e discutir um plano de governo global do partido socialista.
Indicador de produção da indústria de Pernambuco e Nordeste recua em fevereiro.
O indicador de produção da indústria de transformação e extrativa mineral de Pernambuco registrou recuo em fevereiro e encerra o mês abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Segundo a pesquisa Sondagem Industrial divulgada nesta quarta-feira (28) pela Fiepe, o indicador de produção registrou 43,6 pontos nesse mês, sendo 4,4 pontos abaixo do resultado de janeiro. O recuo no desempenho foi observado não apenas no Estado, mas na região Nordeste, que registrou 45,2 pontos no indicador de produção em fevereiro, no comparativo com janeiro (49,3 pontos).
O indicador de Utilização da Capacidade Instalada, efetiva em relação ao usual, apesar de ter se mantido abaixo da linha divisória dos 50 pontos em Pernambuco, passou dos 40 pontos, em janeiro, para 47,7 pontos, em fevereiro, ou seja, registrou um crescimento de 7,7 pontos.
“Apesar dos indicadores do nível de atividade apresentarem-se inferiores a marca de 50 pontos, o que se percebe é que os empresários continuam otimistas para os próximos meses, quanto à demanda por produtos e compras de matérias-primas de suas empresas”, afirma o coordenador da Unidade de Produtos e Serviços da FIEPE, o economista José André Freitas.
Na avaliação quanto às expectativas para os próximos seis meses, os empresários pernambucanos se mostraram mais otimistas com relação a compras de matérias primas (59,5 pontos) e quantidade exportada (50 pontos). E apesar da queda nas expectativas quanto ao número de empregados e demanda de produtos, todos resultados referentes as expectativas do empresariado pernambucano se mantiveram acima do nível considerado satisfatório (50 pontos).
Cláudio Carraly contesta coluna.
Caro amigo Edmar, respeito profundamente sua avaliação sobre o provável enfraquecimento do meu nome no pleito eleitoral de outubro próximo.
Todavia, permita-me uma avaliação diferenciada, o fato ocorrido além de fechar o Partido Municipal e Estadual ao meu lado, foi repercutido pela imprensa geral (dentre estas, a briosa Gazeta Nossa) como um momento de erro estratégico do governo e uma forma equivocada de tratamento de um gestor qualificado e ligado pessoalmente ao chefe do executivo.
Por fim, no desenlace da minha demissão, todos os gestos de anônimos, sociedade civil, lideranças políticas estaduais e municipais, inclusive da gestão atual, que demonstrou que à força das idéias é maior que o poder econômico. Esses fatos podem ser comprovados pelo amigo em contado direto com as lideranças, bem como, nas redes sociais, recomendo ver as lideranças solidárias no post da minha demissão.
Além de mais recentemente o evento que levou mais de 450 pessoas para o meu aniversário, comemorado dia 03/03 em candeias, dentre elas o Dep. Luciano Siqueira, o Secretário Estadual de Ciência e Tecnologia Marcelino Granja, o Ex-Prefeito Vavá Rufino, Secretário de Esportes de Jaboatão Marcus Sanches, presidentes de partidos, dentre outros, (as fotos do evento se encontram postadas no mural).
Obrigado pelo espaço e carinho e sou sempre leitor da sua coluna. Abraços.
Cláudio Carraly
Armando vota a favor de financiamento de US$ 500 milhões para Pernambuco.
Membro titular da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o senador Armando Monteiro votou favoravelmente à liberação de financiamento de US$ 500 milhões do Banco Mundial (Bird) para investimentos em Pernambuco, conforme antecipou ontem ao governador Eduardo Campos, durante encontro no Senado.
Na sessão da CAE que aprovou o financiamento na manhã desta quarta-feira (28), Armando destacou a postura proativa do governador Eduardo Campos elogiando a política fiscal de sua gestão.
“Quero destacar a forma diligente e proativa do governador Eduardo Campos, que tem atuado na defesa dos interesses de Pernambuco, sobretudo ampliando as fontes de financiamento do estado, sem por em risco o equilíbrio fiscal. Devo destacar que hoje Pernambuco é considerado um dos estados com melhor perfil de endividamento no Brasil. Tudo isso mercê de uma gestão fiscal zelosa e responsável que tem sido a marca do governo de Eduardo Campos. Um governo que em um só tempo é empreendedor e ao mesmo tempo prudente na gestão dos recursos do Estado”, destacou.
Armando lembrou que o financiamento obtido por Pernambuco será aplicado em projetos estratégicos para o Estado. “Essa medida vai proporcionar que o governo faça investimentos importantes – seja no reforço da infraestrutura social, através das UPAs, seja através do plano viário da malha do Estado”, ressaltou. Outra área importante, lembra, é a de ampliação do número de escolas técnicas no Estado.
O projeto de financiamento de US$ 500 milhões do Bird segue agora para votação em plenário.
Júlio Cavalcanti quer reformar Parque do Catimbau.
Durante visita, na manhã desta quarta-feira(28), da Comissão de Esportes e Lazer da Assembléia Legislativa ao secretário estadual de Turismo, Alberto Feitosa, para tratar de questões referentes a Copa do Mundo de 2014, o deputado estadual Júlio Cavalcanti (PTB), vice-presidente da Comissão, buscou apoio do governo do Estado para promover melhorias no segundo maior parque arqueológico do Brasil, o Parque Nacional do Catimbau, que está localizado no Sertão do Estado.
Com uma rica fauna e flora, paredões de arenito e formações rochosas esculpidas pela ação erosiva do vento, o Parque Nacional do Catimbau guarda um valioso tesouro: os inúmeros sítios arqueológicos, onde podem ser encontradas as pinturas e gravuras rupestres, principalmente, nos abrigos rochosos das serras.
“Apesar dessa vasta riqueza histórica, cultural e natural, o Parque Nacional do Catimbau enfrenta problemas relacionados à desapropriação da área e a gestão do local. Até o momento não foi elaborado o plano de manejo do Parque, bem como, não foi implantado o seu conselho gestor”, destacou o deputado, afirmando que essas restrições têm impedido que o Parque do Catimbau seja um pólo de ecoturismo no Estado.
Em um pronunciamento na Assembléia, após a visita, Júlio Cavalcanti destacou que o Parque Nacional do Catimbau pode e deve ser um grande atrativo ecoturístico para os milhares de turistas que virão em 2014 para o nosso Estado. “Faz parte de nossa luta a preservação do parque e a sua revitalização. Por isso, não medimos esforços nessa articulação junto ao governo do Estado e também, em âmbito federal, junto ao senador Armando Monteiro.
Sobre o Parque – O Parque Nacional do Catimbau foi criado por decreto federal em 13 de dezembro de 2002. Com uma área de aproximadamente 62.000 mil hectares, o Parque está situado nos municípios de Buíque, Ibimirim e Tupanatinga.
O objetivo básico da criação do Parque do Catimbau foi a preservação de ecossistemas naturais, o que hoje possibilita a realização de pesquisas científicas, o desenvolvimento de atividades de educação ambiental e o turismo ecológico. No Catimbau são conhecidas mais de 150 espécies de aves.
Na visita ao secretário estadual de Turismo, Alberto Feitosa estiveram presentes, além do deputado Júlio Cavalcanti(PTB), os deputados Vinicius Labanca(PSB), Claudiano Filho(PSDB) e Leonardo Dias(PSB).
Chiclete com Banana no Festival da Juventude do Cabo.
O Festival da Juventude do Cabo de Santo Agostinho, além de reunir atrações musicais de renome nacional – como Fábio Júnior, Jota Quest e Harmonia do Samba – também vai contar com a participação de artistas locais. Um palco alternativo está sendo montado para oferecer às pessoas diversos estilos musicais, com o intuito de agradar e divertir toda a população. A iniciativa é da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, em parceria com outras secretarias do município. O festival começa nesta quinta-feira (29/03) e vai até o sábado (31/03). A entrada é gratuita.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Abel Neto, rock, samba, pagode, hip hop, música eletrônica, brega e forró são alguns dos estilos que serão apresentados pelas bandas e artistas do município. “Temos que prestigiar os artistas locais”, declarou.
O secretário Executivo de Cultura e Lazer, Rinaldo da Costa, também destacou a participação desses artistas na 7ª edição do festival. “Estamos mais uma vez valorizando nossa cultura e abrindo espaço para os nossos artistas mostrarem seus trabalhos. É uma ótima oportunidade para apresentar à população os talentos do nosso povo em um evento como esse que atrai um grande número de pessoas”, pontuou.
PALCO PRINCIPAL – Na quinta-feira (29/03), a população vai poder desfrutar do rock da banda Jota Quest e também curtir o axé da banda baiana Chiclete com banana. Já na sexta-feira (30/03), o público será embalado pelo romantismo de Fábio Júnior e em seguida animado com o som de Cavaleiros do Forró. E para encerrar, no sábado (31/03), vão agitar o evento o sertanejo Léo Guilherme e a banda Harmonia do Samba.
Confira abaixo a programação completa das atrações musicais do festival:
29/03 (quinta-feira), a partir das 17h
– Palco principal
Jota Quest
Chiclete com Banana
– Palco alternativo
Batalha de B-Boy
Batalha MC’S
Dj Demócrito
30/03 (sexta-feira)
– Palco principal
Fábio Júnior
Cavaleiros do Forró
– Palco alternativo
Banda Vurmos
Pressentimento da Paixão
31/03 (Sábado)
– Palco principal
Léo Guilherme
Harmonia do Samba
– Palco alternativo
Kblo Black
Grupo Sent’ o Samba
Encontro dos teclados com Andrezinho & Tiago Show
Bruno Som
Max Show
PSDB do Cabo apresenta pré-candidatos.
A executiva do PSDB no Cabo de Santo Agostinho realiza, na próxima segunda-feira (2 de abril), um ato para apresentar ao município os pré-candidatos do partido para as eleições de outubro próximo. O evento acontecerá na casa de recepções Flor de Macaíba, em Ponte dos Carvalhos, a partir das 19 horas. Já estão confirmadas as presenças do presidente nacional da legenda, deputado federal Sérgio Guerra, e do prefeito de Jaboatão, Elias Gomes, assim como demais lideranças tucanos e de partidos aliados. Na ocasião, também será oficializada a pré-candidatura do deputado estadual Betinho Gomes a prefeito da cidade.
Coluna Gazeta Nossa primeira dezena de abril.
A oposição volta a respirar.
Quando tudo levava a crer que o prefeito João da Costa seria o candidato da Frente Popular a prefeitura do Recife, diante de pesquisas que se não eram tão favoráveis, também não eram de todo ruins, eis que surge um fato novo na base do governador Eduardo Campos: A candidatura de Maurício Rands. A decisão de lançar o secretário de governo na eleição tem suas razões, a maior delas é o fato de João Paulo com 20% de influência no voto estar rompido com o prefeito João da Costa, bem como o mesmo ser considerado pelo eleitorado recifense como o principal opositor do atual prefeito. A reengenharia política a ser feita pela Frente Popular para defenestrar o prefeito João da Costa da reeleição, direito que, diga-se de passagem, é legítimo, pode deixar sequelas consideráveis a ponto de inviabilizar o projeto da Frente Popular na capital pernambucana. Diante deste cenário, a oposição, que estava moribunda, mesmo diante de um prefeito mal-avaliado, volta a respirar. Sabendo-se que a candidatura de Maurício Rands precisaria ser construída pelo Palácio e que pode não haver tempo hábil para que ele se torne favorito, basta que a oposição trabalhe uma estratégia consistente, coerente e focada na união, mesmo que utilizando múltiplas candidaturas. O fato de João da Costa não disputar a reeleição é mais desgastante que o fato de disputar. A Frente Popular deixa claro para o eleitor do Recife que o mesmo agiu errado quando confiou no PT e deu a chance ao partido de fazer uma continuidade. Gestos valem mais do que palavras. No intuito de tentar conter Armando Monteiro e o seu Bloco Independente, bem como João Paulo e Humberto Costa, o governador pode ter ajudado a oposição a voltar a comandar a PCR depois de 12 anos. O tempo dirá se ele acertou ou se ele errou.
PCdoB – Nas contas do ex-vereador Fernando Gordinho, seu partido, o PCdoB, elegerá três vereadores em Jaboatão dos Guararapes. Segundo o próprio, ele estará entre os três.
Tucano – Pragmático, o deputado Sérgio Guerra, em resposta ao isolamento imposto pela oposição ao PSDB, decidiu apoiar candidatos da Frente Popular em Olinda, Caruaru e Petrolina.
Recife – Até segunda ordem, a candidatura de Daniel Coelho está mantida no Recife. Se Fernando Bezerra Coelho voltar pro jogo, o tucano pode rever a decisão.
Jaboatão – Em contrapartida ao apoio recebido pelo PSDB, o PSB deverá marchar com a reeleição do prefeito Elias Gomes. Resta avisar a João Fernando Coutinho.
João Paulo – As recentes pesquisas começam a mostrar uma desidratação do ex-prefeito João Paulo no Recife. A medida que as pessoas sabem que ele não será candidato, suas intenções de voto diminuem. Seu poderio corre o risco de virar pó na capital.
Danilo Cabral – Caso a candidatura de Maurício Rands seja confirmada, o PSB deverá indicar o secretário das Cidades e deputado federal licenciado para ser o vice.
Uma saída honrosa.
Não justifica muito o que a Frente Popular tem feito para defenestrar o prefeito João da Costa da reeleição. Afinal, no caso de Olinda por exemplo, onde Renildo Calheiros amarga índices piores que o prefeito recifense, a decisão de mudar o candidato não é pactuada.
Isso mostra que existem outros fatores que indicam a decisão do governador Eduardo Campos de liberar Maurício Rands para construir sua candidatura em detrimento da reeleição do prefeito João da Costa.
O fator ‘João Paulo’ não pode ser ignorado. Maior eleitor na capital, inclusive a frente do governador Eduardo Campos, o ex-prefeito não apoiaria a reeleição de João da Costa.
A rejeição do prefeito João da Costa nas alturas também deve ter sido papel determinante para optarem por outro nome.
É natural que haverá uma reengenharia complexa para retirar o prefeito João da Costa da disputa de outubro, bem como construir a candidatura de Maurício Rands que sequer figura nas últimas pesquisas eleitorais.
A um interlocutor mais próximo, antes do carnaval, o prefeito disse que poderia até abrir mão da disputa, desde que não contassem com os recursos da prefeitura pra nada. Para bom entendedor, meias palavras bastam.
Porém, o prefeito sabe que sem o apoio do governador, suas chances inexistem, numa disputa onde ele tem alta rejeição e carrega o legado de doze anos de duas gestões com muitos erros e raros acertos.
Nada mais justo que alegar doença e sair da disputa como já havia sido ventilado anteriormente. Porém, é fundamental negociar uma saída honrosa, como por exemplo uma secretaria pomposa no governo de Eduardo Campos quando saísse da prefeitura em janeiro. Bem como a garantia de que teria os recursos necessários para eleger-se deputado federal em 2014.
O governador sabe que isso é o mínimo que pode ser feito para a Frente Popular chegar inteira em outubro e se viabilizar para conquistar a vitória no Recife.
A saída de João da Costa agrada Armando Monteiro, Cadoca, Eduardo da Fonte, Paulo Rubem Santiago, Humberto Costa e principalmente João Paulo e Maurício Rands.
Resta saber se a inteligência de Eduardo Campos que o fez quase unanimidade em Pernambuco vai servir para continuar com o comando na capital sem gerar prejuízos visando a sua sucessão em 2014.
Edmar Lyra entrevista pré-candidato Daniel Coelho.
Visando as eleições de outubro, o Blog de Edmar Lyra estará realizando uma série de entrevistas com os pré-candidatos a prefeito, as melhores perguntas serão publicadas na edição impressa do jornal Gazeta Nossa. O nosso primeiro entrevistado foi o deputado Daniel Coelho, pré-candidato a prefeito do Recife pelo PSDB. Nela, o tucano avalia as gestões João da Costa, Eduardo Campos e Dilma Rousseff, fala sobre a relação dele com a oposição, de Jarbas Vasconcelos com Sérgio Guerra, algumas propostaspara a cidade, a importância das redes sociais nas eleições e outros assuntos. Confira abaixo na íntegra a entrevista:
EDMAR LYRA – Deputado, como o senhor avalia o cenário político para as eleições no Recife?
DANIEL COELHO – Após 12 anos de administração de um mesmo partido e de uma traição não explicada, o Recife respira mudança. Há quatro anos, uma campanha que dizia “João é João” elegeu o atual prefeito. E, poucos meses depois, os dois brigaram sem que o eleitor saiba os motivos. Isso terá que ser explicado nas eleições desse ano.O Recife, no meio dessa briga, se encontra sem rumo. Esqueceram a cidade diante da obsessão de um projeto de manutenção do poder. Portanto, caberá aos candidatos da oposição mostrar que podem representar o novo, que existe um novo projeto político pós-PT. Sabemos da forca da máquina e da politica assistencialista praticada pelo atual prefeito, por isso acho que teremos uma batalha do poder e do dinheiro contra os cidadãos de livre pensamento. Acredito que o Recife, por suas tradições, mostrará que não é curral eleitoral de ninguém e que não se curva a interesses menores.
EDMAR LYRA – O que o senhor tem feito na elaboração do seu programa de governo?
DANIEL COELHO – Temos conversado com técnicos, acadêmicos e especialistas, além de realizarmos e participarmos de debates sobre os mais diversos temas de interesse da população.
EDMAR LYRA – Se eleito, como será sua relação com o governador Eduardo Campos e a presidente Dilma Rousseff? O senhor fará oposição ou optará pelas parcerias?
DANIEL COELHO – Um prefeito não pode fazer oposição. Tem que governar, colocando em primeiro lugar os interesses da população. Quando João Paulo e Jarbas governaram o Recife e Pernambuco, mesmo os dois sendo adversários no campo eleitoral, muitas parcerias foram realizadas. Não dá é para Estado ou União firmar parcerias com uma prefeitura onde reina a incompetência. Aí as boas iniciativas não saem do papel. Isso tem, infelizmente, acontecido no Recife. Tenho certeza que faremos mais parcerias do que a atual gestão com o governo estadual e federal.
EDMAR LYRA – Qual é o grande problema da cidade do Recife?
DANIEL COELHO – Uma prefeitura sem foco. Hoje eles só pensam em politica eleitoral. A gestão ficou em terceiro plano. Por isso, a saúde vai tão mal, a educação municipal é uma das piores do país e a mobilidade virou uma palavra de ficção no Recife. Devido ao esquecimento das áreas mais carentes, temos o crack e a violência destruindo nossa juventude.
EDMAR LYRA – Como será feita a partilha de cargos em seu governo? Haverá loteamento?
DANIEL COELHO – Temos uma nova geração que aos poucos ocupa espaços em nossa sociedade. Precisamos mudar as práticas. Fazer politica para o povo e não para os políticos. Temos excelentes quadros concursados, com vocação pública que podem assumir muitas responsabilidades nesse novo momento. Vamos colocar os melhores. Não faço politica de troca. Queremos ver uma gestão profissional, a gestão da capacidade e competência e não mais a do QI (quem indica).
EDMAR LYRA – O que o senhor tem a dizer sobre os empreendimentos imobiliários do Recife? Acha que merece um ordenamento ou deve continuar como está?
DANIEL COELHO – Não podemos continuar verticalizando nos mesmos bairros. Boa Viagem, Aflitos, Espinheiros, esses bairros não agüentam mais. Precisamos investir em urbanização para que a cidade amplie seus horizontes e cresça para novas áreas.
EDMAR LYRA – No que diz respeito ao turismo, o senhor acha que a cidade está no caminho certo? Quais são as suas propostas para o segmento?
DANIEL COELHO – Não. Temos menos leitos que Goiânia, Natal ou Fortaleza. O turista vem para um destino para compartilhar sua qualidade de vida. Com trânsito caótico, limpeza urbana deficiente, tubarão nas praias, violência urbana, ruas mal iluminadas, o Recife perde muito do seu potencial turístico. Precisamos fazer do Recife uma cidade agradável para vivermos, assim também será agradável para o turista. Além disso, linhas de ônibus turísticas e fomento a uma agenda cultural permanente são importantes para quem visita a cidade.
EDMAR LYRA – No âmbito da saúde, como melhorar o problema que mais afeta a população mais carente?
DANIEL COELHO – O grande gargalo da saúde está nos especialistas. Não temos médicos suficientes. A prefeitura pode ter clínicas populares para atender essa demanda. Além disso, o SAMU está sucateado e os remédios sempre faltando nos postos de saúde. Existe também um problema de gestão.
EDMAR LYRA – Qual é a sua proposta para o combate às drogas, em especial ao crack? Acha que tem solução?
DANIEL COELHO – Hoje não são oferecidas vagas de internamento para viciados. Precisamos estimular e investir nas comunidades terapêuticas. A igreja tem que ser parceira nessa luta. Na prevenção, precisamos de áreas de lazer e convivência de qualidade nas periferias. Esporte e cultura para a população carente afasta muitos da droga.
EDMAR LYRA – Qual é a solução que o senhor tem para o trânsito do Recife?
DANIEL COELHO – Mudar conceitos. Não há possibilidade de o Recife andar com a cultura do carro individual. Mobilidade começa nas calcadas. Vamos inverter a lógica, começar a discutir o tema a partir do pedestre. A manutenção das vias também é importante e requer pouco investimento.
EDMAR LYRA – O senhor se sente isolado pelos seus companheiros de oposição? O que tem feito para superar este obstáculo?
DANIEL COELHO – Quem isola ou não é o povo. Procuro estar conectado à sociedade. Os apoios virão na hora certa. Antes de apoio partidário queremos o apoio da sociedade, dos homens e mulheres livres de nossa cidade.
EDMAR LYRA – O senhor pode buscar apoios de partidos que compõem a Frente Popular? Quais deles podem marchar com o PSDB no Recife?
DANIEL COELHO – A eleição é municipal, então nada tem com o palanque estadual. Estamos conversando com todos os partidos.
EDMAR LYRA – A ruptura entre o deputado Sérgio Guerra e o senador Jarbas Vasconcelos é irreversível? Qual será o impacto disso na sua candidatura?
DANIEL COELHO – Nada é irreversível na vida, muito menos na política. Nossa candidatura está sendo construída com a sociedade, essas questões têm relevância limitada quando comparadas às necessidades da população.
EDMAR LYRA – O fato de ser um candidato jovem ajuda ou atrapalha?
DANIEL COELHO – Depende da atitude. Como parte de uma nova geração devemos ter novas práticas políticas. Também precisamos de responsabilidade e ponderação, pois juventude não pode ser confundida com impulsividade.
EDMAR LYRA – Por que o senhor saiu do PV? O senhor tem medo de perder o mandato por infidelidade partidária?
DANIEL COELHO – Saí porque o PV perdeu seu rumo. Fui candidato dizendo à população que seria um deputado independente e que se Eduardo Campos ganhasse estaria na oposição. O PV, que teve candidato próprio, foi para o governo ocupar cargos. Também fui perseguido, excluído do guia eleitoral, das inserções partidárias e ameaçaram dirigentes que votaram em mim. Com esse cenário e com a saída de Marina Silva do partido, vi que teria que escolher entre o partido e minhas convicções. Saí para continuar sonhando e defendendo o que acredito. Quanto ao mandato, esses motivos foram públicos. Tenho todas as justificativas legais para a mudança. Confio na justiça, não teremos problemas.
EDMAR LYRA – Qual é a sua avaliação sobre a gestão João da Costa?
DANIEL COELHO – Um desastre. Um projeto de poder suplantou o projeto de sociedade. Os problemas políticos fizeram com que eles perdessem o foco. Hoje querem maquiar a cidade com intuitos puramente eleitorais.
EDMAR LYRA – Qual é a sua avaliação em relação ao governo Eduardo Campos?
DANIEL COELHO – A economia do Estado está no caminho certo. O governo tem mais acertos do que erros. Mas não podemos deixar de enxergar os defeitos da administração estadual. A segurança pública vai mal, com índices de crimes contra a vida altíssimos e que não estão baixado como planejado. Na área ambiental, o governo negligencia o desenvolvimento sustentável, pensando apenas no curto prazo. Na saúde avançou, mas não resolveu o gargalo na equipe médica que continua insuficiente.
EDMAR LYRA – Como o senhor avalia o governo da presidente Dilma Rousseff?
DANIEL COELHO – O desempenho pessoal da presidenta tem sido razoável e as demissões de ministros mostraram que ela tem pulso. Contudo, não vejo avanços para o país no seu governo. Apenas a continuidade da politica econômica dos governos anteriores é muito pouco para um país com tantas potencialidades.
EDMAR LYRA – Se o senhor não for ao segundo turno, quem apoiará?
DANIEL COELHO – Acredito que estaremos no segundo. Vejo que o Recife quer mudança e nós representamos isso.
EDMAR LYRA – Em sua opinião qual será o papel das redes sociais nestas eleições?
DANIEL COELHO – Serão muito importantes. Pela primeira vez irão influenciar o resultado das eleições. Na internet teremos um ambiente democrático, onde a forca do poder econômico não falará mais alto.






