O governador de São Paulo, João Doria, ao sair do Fórum de Governadores em Brasília, defendeu a taxação de jogos eletrônicos para ampliar a arrecadação em R$ 18 bilhões com o objetivo de possibilitar políticas públicas mais efetivas para a segurança no país.
Datafolha em São Paulo: Marcio França 51%, João Doria 49%
O Datafolha divulgou agora há pouco sua nova rodada de pesquisas para governador de São Paulo. No levantamento, Márcio França (PSB) chegou a 51% dos votos válidos contra 49% de João Doria (PSDB). A virada deverá ser confirmada nas urnas deste domingo e o atual governador deverá ser reeleito impondo um fim na dinastia do PSDB que durava 24 anos.
Raquel Lyra é recebida pelo governador Alckmin no Palácio dos Bandeirantes
A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, almoçou, no início da tarde desta quarta (31), no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo de São Paulo, a convite do governador Geraldo Alckmin. Em pauta, assuntos ligados ao atual cenário da política nacional e de Pernambuco, o crescimento da região Nordeste e de suas cidades, além de questões ligadas à inclusão social no Brasil.
Coluna do blog deste sábado
Destino de Marta Suplicy será mesmo o PSB
A senadora Marta Suplicy construiu uma história política dentro do Partido dos Trabalhadores, tendo sido dentre alguns cargos, prefeita de São Paulo e ministra do Turismo. Nas eleições de 2012 ensaiou uma candidatura à prefeitura da maior cidade do país, mas acabou perdendo a indicação do partido para Fernando Haddad, afilhado de Lula e atual prefeito de São Paulo.
Passado este episódio, Marta foi se distanciando do PT e teve inúmeros atritos com a presidente Dilma Rousseff e com o ex-presidente Lula. Até culminar na sua desfiliação do PT após 33 anos no último mês de abril. O PT ensaiou tentar pedir seu mandato na justiça, mas já há decisão que entende que o mandato majoritário é do ocupante do cargo e não do partido, impossibilitando assim que o PT consiga tirar-lhe o mandato de senadora conquistado nas eleições de 2010.
Foram várias as especulações referentes ao futuro político da senadora. Chegaram a cogitar uma ida para o PMDB e até mesmo para o PSDB. Porém, qualquer uma das siglas seria uma mudança abrupta que os eleitores dela poderiam não assimilar corretamente. Então o PSB se tornou o caminho natural para Marta, que pretende disputar a prefeitura de São Paulo em 2016.
Marta esteve no Recife anteontem e ontem e circulou na Fenearte ao lado do senador Fernando Bezerra Coelho, do governador Paulo Câmara e do prefeito Geraldo Julio. Também participou do encontro promovido pelo PSB no Hotel Golden Tullip em Boa Viagem. E nele fez duras críticas ao PT e à presidente Dilma Rousseff.
Uma vez candidata a prefeita de São Paulo, Marta pode desbancar Fernando Haddad, que além de não fazer uma gestão satisfatória, poderá pagar caro pelo desgaste que o PT está envolvido. Além disso, Marta é a candidata preferida do governador Geraldo Alckmin, que pretende ser presidente da República e almeja impor uma derrota ao PT na maior cidade do país.
Avaliação – Pesquisas internas apontam que a gestão do prefeito do Recife Geraldo Julio é aprovada por 79% dos recifenses. Quando é avaliada a imagem pessoal do prefeito, esse número de aprovação aumenta significativamente. Num momento de crise econômica que o país enfrenta, serve de alento para o prefeito que buscará a reeleição no ano que vem.
Aluisio Lessa – O deputado Aluisio Lessa pretende mesmo ser candidato a prefeito de Goiana nas eleições do ano que vem. Ele deverá enfrentar o prefeito Fred Gadelha (PTB), que buscará a reeleição. Goiana virou a menina dos olhos dos políticos por causa da fábrica da Jeep que aumentará substancialmente as receitas do município.
Presidente – O vice-governador Raul Henry enfim assumirá a presidência estadual do PMDB. Em 2013 Raul ensaiou ocupar o cargo mas Dorany Sampaio não aceitou abdicar da presidência. Agora ao que parece o caminho está livre pro vice-governador comandar a sigla no estado e definitivamente se tornar o sucessor do deputado Jarbas Vasconcelos.
Bruno Araújo – O deputado federal Bruno Araújo será um dos vice-presidentes do PSDB nacional. Bruno tem grande inserção na cúpula tucana e ocupará o posto por indicação do presidente nacional da sigla senador Aécio Neves. A convenção será amanhã em Brasília.
RÁPIDAS
Michel Temer – Por divergências com o ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante, o vice-presidente Michel Temer decidiu abdicar da incumbência de ser o articulador político do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional. A presidente Dilma Rousseff pediu pra Temer reconsiderar, mas ele está irredutível.
Projeto – Candidato a vice-presidente da república em 2014, o ex-deputado Beto Albuquerque defende que o PSB tenha candidato a presidente em 2018. Para ele, Eduardo Campos não poderia ter morrido de graça, ou seja, tinha que deixar um legado para o PSB aventurar o Planalto.
Inocente quer saber – O líder do governo deputado Waldemar Borges terá o aval do Palácio para disputar a prefeitura de Gravatá em 2016?
Serra pode reforçar campanha de Eduardo.
O ex-governador, ex-ministro e candidato do PSDB a presidente da República em 2002 e 2010 tende a anunciar a saída do tucanato para ingressar no PPS de Roberto Freire e viabilizar sua candidatura a governador de São Paulo.
A articulação compreende em colocar Gilberto Kassab na disputa pelo Senado e compor um projeto com PSB, PSD, PPS e DEM encabeçado por José Serra para voltar a governar o maior colégio eleitoral do país.
Eduardo Campos, pré-candidato não declarado a presidente da República, que estava sem palanque na terra da garoa, passa a ter um palanque extremamente fortalecido. Mesmo que Serra não obtenha êxito, conseguirá parcela significativa do eleitorado paulista, o que consequentemente poderá transferir uma parte dos seus eleitores para o projeto socialista de ocupar o Planalto.
A saída de José Serra do PSDB amplia as dificuldades do partido que tem como pré-candidato a presidente o senador Aécio Neves, que está cada vez mais isolado na oposição e no seu projeto. Com esta aquisição, Eduardo Campos se consolida cada vez mais neste período pré-eleitoral.
Edmar Lyra comenta a semana política.
O jornalista Edmar Lyra faz sua análise semanal sobre as eleições no Recife, onde enfatiza os crescimentos de Geraldo Júlio e Daniel Coelho e as quedas de Humberto Costa e Mendonça Filho na pesquisa Datafolha. O analista político também fala sobre as eleições em Fortaleza onde Moroni Torgan (DEM) lidera, mas já está sendo ameaçado pelo socialista Roberto Cláudio, candidato do governador Cid e do seu irmão Ciro Gomes. Também fala sobre a liderança de ACM Neto em Salvador, a eleição no Rio de Janeiro e a eleição de São Paulo onde José Serra cai vertiginosamente, enquanto Celso Russomano se mantém na liderança de Fernando Haddad cresce de forma consistente. Vale a pena conferir.
Haddad tem um dos melhores guias do Brasil.
Depois de falar sobre o guia de ACM Neto em Salvador, chegou a vez de falar sobre o guia de Fernando Haddad em São Paulo, o ex-ministro da educação tem uma superprodução que com certeza vai ter impacto na eleição paulistana. Haddad traz emoção, inovação e propostas. É possível que vá ao segundo turno e saia vitorioso contra Celso Russomano (PRB).
Dando corda a enforcado.
A semana inteira a imprensa brasileira repercutiu o lançamento da candidatura de José Serra a prefeito de São Paulo. Além do mais, muitos consideraram como positivo o apoio do prefeito Gilberto Kassab ao tucano.
Serra aparece liderando as pesquisas com 18% de intenções de voto. Mas o nível de conhecimento dele fará com que ele durante a campanha tenha dificuldades para crescer. Diferentemente de Fernando Haddad e Gabriel Chalita. Enquanto o tucano tem recall, seus adversários têm maior perspectiva de crescimento.
O apoio de Gilberto Kassab ao tucano nada mais é do que um verdadeiro presente de grego ao ex-governador paulista. Enquanto Haddad e Chalita ficarão livres, o ex-governador estará atrelado ao prefeito Gilberto Kassab que amarga índices baixos de aprovação na prefeitura. Serra responderá por Kassab e isso pode prejudicar o projeto.
No caso do PSD, o apoio ao tucano não agrega nada. O TSE entendeu que o PSD terá tempo de tv de nanico. Portanto, o que poderia justificar este apoio recebido seria isso. Já em relação a Gilberto Kassab, qualquer resultado que der, ele estará bem na fita. Ao apoiar Serra, passará como político fiel aos princípios, afinal herdou a prefeitura do tucano, e foi reeleito graças ao apoio do mesmo.
Independentemente do que der, Gilberto Kassab estará sem mandato em janeiro de 2013. Representando a força que o PSD possui em termos de bancada na Câmara, ele tem plenas condições de ser ministro de Dilma Rousseff, papel que ajudará a consolidar sua candidatura a governador de São Paulo em 2014.
Enquanto os tucanos, se eventualmente perderem a eleição com seu candidato a presidente, sairão do pleito paulistano mais uma vez enfraquecidos, o que atrapalhará o projeto de reeleição do governador Geraldo Alckmin e até mesmo a candidatura do senador Aécio Neves a presidente.
Na verdade, essa candidatura de José Serra a prefeito de São Paulo foi o maior erro político que o tucano poderia cometer. Se ganhar fica do mesmo tamanho, se perder vai se acabar politicamente. E o risco de derrota é maior que o de vitória.