Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 10:49 am do dia 23 de março de 2020 Deixe um comentário

MP 927/2020 e seus efeitos nas relações de trabalho

O estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 2020 que traz consigo segurança jurídica a ações excepcionais, tais como, as que constam na MP 927/2020, que Dispõe sobre as medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(covid-19), e dá outras providências.

A medida provisória em questão trata da flexibilização(em desfavor do empregado) das relações trabalhistas, deixando de considerar algumas ferramentas importantes para a garantia da paridade entre patrão e empregado, tendo em vista que todo trabalhador tem uma condições de hipossuficiência.

No capítulo I, a MP visa dar garantias de continuidade ao contrato de trabalho, sendo através de acordos individuais que terão preponderância sobre as normas da CLT, com isso, espera-se que seja respeitado o Art. 9° da Consolidação das Leis do Trabalho, que anula qualquer ato praticado com objetivo de ferir os preceitos da CLT, senão vejamos:

“Art. 9º – Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.”

Ademais, regulamenta algumas medidas a serem tomadas na manutenção do emprego, sendo elas:

“Art. 3º  Para enfrentamento dos efeitos econômicos decorrentes do estado de calamidade pública e para preservação do emprego e da renda, poderão ser adotadas pelos empregadores, dentre outras, as seguintes medidas:

I – o teletrabalho;

II – a antecipação de férias individuais;

III – a concessão de férias coletivas;

IV – o aproveitamento e a antecipação de feriados;

V – o banco de horas;

VI – a suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho;

VII – o direcionamento do trabalhador para qualificação; e

VIII – o diferimento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS.”

O Teletrabalho já é realidade nas relações de trabalho com a Reforma Trabalhista, figurando no Capítulo II-A, Artigos 75-A ao 75-E, da CLT, no caso concreto, a MP visa dar continuidade ao contrato de trabalho vigente, sem a necessidade de fazer as devidas alterações na CTPS e sem a necessidade de alteração no contrato vigente, seja ela da forma, da jornada de trabalho, remuneração e demais. Nos termos da MP (Art. 33 da MP) os trabalhadores de TELEMARKETING não terão direito a exercer o Teletrabalho nos termos desta Medida Provisória.

A antecipação de férias individuais e coletivas constantes nos Arts. 6° ao 11°, dentre as alternativas elencadas nesta MP, se traduz como a melhor forma de garantia de emprego sem a perda dos direitos previamente adquiridos na relação de trabalho, pois, autoriza a antecipação individual de férias ainda que empregado não tenha cumprido o período aquisitivo. Desta forma, o 1/3 constitucional das férias poderá ser pago até o pagamento do 13° salário do empregado, além de o empregador ser autorizado a efetuar até o quinto dia útil do mês subsequente ao início do gozo das férias o pagamento destas.

Em relação aos profissionais da saúde, tendo em vista o esforço coletivo desta área, fica autorizado a suspensão das férias ou licenças não remuneradas dos profissionais da área de saúde ou daqueles que desempenhem funções essenciais, mediante comunicação formal da decisão ao trabalhador, por escrito ou por meio eletrônico, preferencialmente com antecedência de quarenta e oito horas.

No tocante as férias coletivas, o empregador poderá conceder férias coletivas e deverá notificar o conjunto de empregados afetados com antecedência de, no mínimo, quarenta e oito horas, não aplicáveis o limite máximo de períodos anuais e o limite mínimo de dias corridos previstos na CLT. Para, além disto, fica dispensada a comunicação prévia ao órgão local do Ministério da Economia e a comunicação aos sindicatos representativos da categoria profissional, prevista no Art. 139 da CLT.

Uma das medidas mais nocivas ao trabalhador se concentra na suspensão do contrato de trabalho, em virtude do Direcionamento do Trabalhador para a qualificação, nesta modalidade o trabalhador firmará acordo com o empregador para formalizar a suspensão, que poderá durar até 4 meses, não terão direito ao salário, nem mesmo poderá requerer a concessão de bolsa-qualificação, podendo receber ajuda de custo que ficará à cargo do empregador para sua fixação.

Ademais, vale ressaltar algumas das medidas elencadas na MP:

1- No que se refere aos profissionais da Saúde, permiti-se: 1.1- A Prorrogação da jornada de trabalho; 1.2- Adotar escalas de horas suplementares entre a décima terceira e a vigésima quarta hora do intervalo interjornada, sem que haja penalidade administrativa, garantido o repouso semanal remunerado; 1.3- As horas suplementares serão compensadas no prazo de dezoito meses, por meio de banco de horas ou remuneradas como hora extra; e 1.4 – Os casos de contaminação pelo coronavírus (covid-19) não serão considerados ocupacionais, exceto mediante comprovação do nexo causal.

2- Suspende por 180 dias os prazos processuais para apresentação de defesa e recurso no âmbito de processos administrativos originados a partir dos autos de infração por FGTS. Além de fazer com que os Auditores Fiscais do trabalho tenham caráter orientador e não punitivista, salvo exceções.

3- Os acordos e as convenções coletivos vencidos ou vincendos, no prazo de 180 dias, contado da data de entrada em vigor desta Medida Provisória, poderão ser prorrogados, a critério do empregador, pelo prazo de noventa dias, após o termo final deste prazo.

Alysson Matheus
Consultor Legislativo

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: Coronavírus, emprego, Trabalho

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 1 de dezembro de 2017 1 comentário

Coluna do blog desta sexta-feira

Hélia Scheppa/SEI

Paulo Câmara toma gosto pela reeleição 

Escolhido por Eduardo Campos para ser candidato contra a sua vontade, Paulo Câmara nunca sonhou em exercer cargos eletivos, tendo apenas o desejo de seguir sua carreira técnica, que por sinal sempre foi muito bem-sucedida. As circunstâncias daquela eleição que teve a morte de Eduardo num trágico acidente como divisor de águas no processo, exigiram de Paulo Câmara uma responsabilidade muito maior do que teria se fosse eleito com Eduardo vivo.

Suceder Eduardo não seria fácil para nenhum governador, mas com a sua morte precoce no auge da sua vida pública, a tarefa ficou muito mais desafiadora. Paulo herdou a obrigação de conduzir um estado órfão do maior político da história de Pernambuco, e se agravou com a crise financeira que abalou as estruturas do Brasil, e em nosso estado não foi diferente.

Prestes a completar três anos de governo, Paulo Câmara parece que tomou gosto pelo cargo. Com seu jeito sereno, o governador elencou como prioridade resolver o problema da segurança pública em nosso estado, que já vinha degringolando desde 2014, antes de ele assumir o cargo, e apesar de ainda não atingir os resultados, a população começa a perceber os esforços do governador em tentar resolver o problema.

Se Paulo Câmara continuar pagando a folha em dia, reverter até junho a onda de violência, e ajustar pequenos detalhes na política, será um candidato muito difícil de ser batido, pois ele está deixando claro que tomou gosto pela política e resolver os problemas de Pernambuco virou questão de honra para aquele que até pouco tempo dizia que não estava preparado para governar Pernambuco sem Eduardo.

União – O grupo composto pelos senadores Fernando Bezerra Coelho e Armando Monteiro, os ministros Mendonça Filho e Fernando Filho, e o ex-ministro das Cidades Bruno Araújo decidiu realizar um grande ato no dia 11 de dezembro, a partir das 17 horas, no Arcádia Paço Alfândega. No evento, eles evidenciarão a unidade da oposição que enfrentará o PSB em 2018. O ministro da Defesa Raul Jungmann tende a participar do ato, mas depende da sua agenda do ministério.

Milton Coelho – Comendo pelas beiradas, o secretário de Administração Milton Coelho vem pavimentando bem sua candidatura a deputado federal. Além de Timbaúba onde será votado pelo prefeito Ulisses Felinto, Milton deverá ganhar um reforço de peso para a sua candidatura. Trata-se da prefeita de Arcoverde Madalena Brito, que iria apoiar João Fernando Coutinho.

Empregos – O IBGE divulgou ontem que o desemprego caiu para 12,2% atingindo 12,7 milhões de brasileiros. Em um ano foram criadas 1,7 milhão de vagas e com viés de crescimento. A expectativa dos economistas é de que ao longo de 2018 sejam criadas 3 milhões de vagas, reduzindo o contingente de desocupados para menos de 10 milhões de brasileiros.

Apoio – Pré-candidato a deputado federal em 2018, o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe Edson Vieira poderá ganhar o apoio da prefeita de São Bento do Una Debora Almeida, que deverá oficializar sua ida para o PSDB em breve. Eleitora de Bruno Araújo, Debora ficaria com Edson caso o ex-ministro das Cidades seja candidato a senador no ano que vem.

RÁPIDAS

Aliado do povo – No primeiro mandato como deputado estadual, Beto Accioly (PSL) tem demonstrado como se faz política com P maiúsculo. Mesmo oposição a gestão em Camaragibe, o parlamentar não politiza o que beneficia a população e destinou quase meio milhão de reais para ações e obras no município.

Araripe – A deputada estadual Roberta Arraes (PSB) acompanha a visita do governador Paulo Câmara ao município de Araripina nesta sexta-feira para o lançamento do novo efetivo da Polícia Militar e a entrega das novas viaturas da 9ª CIPM Governador Miguel Arraes de Alencar, cujas ações beneficiarão a população dos municípios de Araripina, Ipubi e Trindade, no sertão do Araripe.

Inocente quer saber – Quando o governo de Pernambuco e a prefeitura do Recife anunciarão o pagamento do décimo terceiro salário de 2017?

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Postado por Edmar Lyra às 23:54 pm do dia 29 de agosto de 2012 83 Comentários

Taxa de desemprego cai na RMR.

A taxa de desemprego na Região Metropolitana do Recife alcançou, em julho, a menor marca para o mês desde que o levantamento começou a ser realizado. Segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o número de desocupados na RMR no mês passado foi de 11,6% da população economicamente ativa contra o índice de 13,7% registrada em julho de 2011.

“Estamos acompanhando, sistematicamente, a melhoria do nível de emprego da população pernambucana, o que reflete, além do bom momento econômico, a atenção permanente do Governo do Estado com a qualificação profissional”, destaca o secretário do Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, Antônio Carlos Maranhão.

Nos últimos 12 meses, segundo a pesquisa, foram criados 94 mil novos postos de trabalho no Grande Recife, suficientes para absorver a entrada de 65 mil novas pessoas no mercado de trabalho e ainda tirar 29 mil profissionais da situação de desemprego. O setor de serviços foi o que criou mais vagas (45 mil), seguida pela construção (30 mil) e Comércio (17 mil).

A pesquisa também aponta uma gradativa elevação do rendimento médio do trabalhador. Entre junho de 2011 e junho deste ano, o salário médio pago no Estado teve uma elevação de 5,2%, passando de R$ 1.038 para R$ 1.092, com destaque para a indústria de transformação, onde o rendimento cresceu 10,9%, passando de R$ 1.069 para R$ 1.185.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: emprego, renda, rmr

Postado por Edmar Lyra às 22:45 pm do dia 6 de março de 2012 79 Comentários

Deputado contesta número de vagas do Prominp para Pernambuco‏.

A preocupação com o pequeno número de vagas do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) para Pernambuco, divulgados pela Petrobras, foi ressaltada em Plenário, nesta terça, pelo deputado Betinho Gomes. O parlamentar argumentou que, no momento da chegada de grandes empreendimentos para o Estado, como a Refinaria e um Polo Petroquímico, a Petrobras anuncia uma redução drástica. A estatal destinou apenas 384 vagas para Pernambuco do 6º ciclo Prominp.
 
“É um número absurdo e irrisório de vagas, que não condiz com a realidade vivida pelo Estado enquanto que o Rio de Janeiro vai receber mais de quatro mil vagas. A Petrobras está cometendo uma injustiça com Pernambuco”, declarou. O deputado reforçou que é uma quantidade insuficiente para atender a uma demanda que cresce diariamente, sobretudo para os jovens, que estão em busca de qualificação para ocupar as vagas de empregos geradas pelos grandes empreendimentos que estão se instalando em Pernambuco.
 
Betinho Gomes pediu o apoio de todos os parlamentares para pressionar a estatal para que reveja esse número de vagas. “Se queremos mais qualificação para nossos jovens, é necessário pressionarmos a Petrobras para que reveja tal posicionamento. É preciso que ainda que adiante o 5º ciclo que está atrasado”, frisou o parlamentar, destacando que o Prominp é um programa importante, mas que, infelizmente, está reservando um número irrisório para o Estado. “Temos que nos mobilizar a tempo para mudar essa disponibilidade de vagas para Pernambuco”, finalizou o deputado.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: betinho gomes, emprego, pernambuco, petrobras, prominp

Postado por Edmar Lyra às 4:15 am do dia 4 de março de 2012 53 Comentários

Estrangeiros ocupam o lugar dos pernambucanos.

Ontem neste post falei sobre a questão do desemprego para recém-formados.

Hoje estive em um prédio, não citarei endereço nem nomes por questão de ética, mas nele moram cerca de trinta coreanos que vieram ocupar os espaços gerados pelo Estaleiro Atlântico Sul.

O mesmo ocorre com gaúchos, paulistas, cariocas, mineiros, paranaenses, etc.

Acontece que os investimentos como a Refinaria, o Estaleiro, o Pólo de poliéster, etc. influenciaram diretamente no aumento do custo de vida de Pernambuco, vide shoppings, estacionamentos, alimentação e o pior: moradia.

Este nível de renda não está sendo acompanhado pelos pernambucanos e isso gera discrepâncias consideráveis porque os empregos que eram para ser nossos estão sendo de outros, porém, os reajustes são sentidos por todos.

Na verdade, fica cada vez mais claro que o desenvolvimento obtido por Suape privatiza os lucros e socializa os custos. Onde os pernambucanos são privados dos melhores empregos mas compartilham do elevado custo de vida.

Onde iremos parar?

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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