Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 12:54 pm do dia 27 de fevereiro de 2018

Chapa, chapinha e chapão

Por Maurício Costa Romão

Chapão

O chapão proporcional tem uma vantagem indiscutível: fica sempre com a maioria das vagas do Legislativo, devido à significativa somatória de votos do conjunto dos partidos componentes.

Por exemplo, em 2014, em Pernambuco, o chapão do PSB ficou com 18 das 25 vagas da Câmara Federal (72% das vagas), e com 26 das 49 vagas da ALEPE (53% das vagas).

Outra vantagem: o método das maiores médias privilegia as grandes votações, como são aquelas do chapão, durante o processo de partição de sobras.

Ilustrando: em Pernambuco, em 2014, o quociente partidário (QP) do chapão para deputado estadual foi de 24,901 (24 parlamentares eleitos diretamente e sobra de votos de 0,901). Na distribuição das sobras o chapão ficou com 2 das 4 vagas disputadas por média, elegendo ao final 26 deputados estaduais.

Algo semelhante ocorreu na eleição para federal. O chapão do PSB teve QP de 16,904 e ficou com as duas vagas que foram disputadas por média, terminando o pleito com 18 deputados eleitos.

Nem tudo que reluz é ouro e a desvantagem do chapão para as siglas componentes é a concentração de eleitos em poucos partidos e, principalmente, no partido-mãe: das 18 vagas ganhas pelo chapão para federal, o PSB ficou com 8, e para estadual, das 26 os socialistas abocanharam 15.

É absolutamente impróprio e, sobretudo, injusto, jogar pedras no PSB por ficar com a maior parte das vagas legislativas. Se o PSB não tivesse liderado o chapão e saísse sozinho, teria elegido 9 deputados federais, ao invés de 8, e 18 estaduais, ao invés de 15.

Por conta da mencionada concentração, é comum certo grupo de partidos do chapão servir apenas de cauda. Por exemplo, em 2014, das 15 siglas componentes do chapão para federal, 7 delas não elegeram ninguém. Para estadual foi menos: das 10 siglas aliadas somente três não tiveram assento na ALEPE.

E o óbvio ululante: a densidade eleitoral dos candidatos do chapão é sempre elevada, o que assusta os candidatos individualmente, aqueles de votações medianas.

Apenas à guisa de exemplo: a média de votos dos eleitos no chapão para federal em 2014 foi de 138.251 votos, e somente 4 candidatos dos eleitos tiveram menos de 100 mil votos (a menor votação foi de 85.053 votos).

Tirando as exuberantes votações de Dudu, Pastor Eurico e Jarbas (os valores extremos afetam a média), ainda assim, a média de votos dos eleitos foi bastante alta: 116.247 votos.

Na ALEPE, os eleitos do chapão tiveram média de 58.585 votos. Sem a votação de Adalto, a média vai para 54.573 votos. A menor votação foi de 41.140 votos.

Chapa inteligente

Na eleição de 2014 para federal em Pernambuco a chapa PSDC / PTN / PRP / PSL / PHS / PRTB pode ser chamada de chapa inteligente. Nenhum candidato tinha expectativa de votos acima de 30 mil, embora alguns esperassem mais de 20 mil votos.

Se os partidos componentes dessa chapa fossem se aliar a chapas mais fortes, serviriam apenas de cauda e muito provavelmente não elegeriam ninguém. Juntos, entretanto, tiveram 237.830 votos. Superaram o QE de 179.328 votos, elegeram um candidato com 28.585 votos e ainda entraram na disputa de sobras com 58.501 votos.

O objetivo da inteligente estratégia foi juntar as relativamente baixas votações individuais com o propósito delineado de ultrapassar o QE. Feito isso, conseguiram entrar no seleto condomínio das altas votações (a média geral dos eleitos para federal foi 127.249 votos) com candidatos com menos de 30 mil votos.

Um exemplo hipotético (não mais que isso, apenas para maior ilustração) de uma chapa inteligente: imagine a união de PV, PTN, PRTB e PSDC agora em 2018 para estadual. Nenhum candidato desses partidos tem expectativa de chegar a 30 mil votos, embora haja candidatos com boas votações.

É possível a esse conjunto, mantida a quantidade de votos conquistada em 2014, eleger um deputado com qualquer votação (por exemplo, no entorno de 20 mil votos) e ainda ficar com sobras razoáveis (36.639 votos, considerando um QE de 90 mil votos), com alguma chance de eleger outro, com votação mais baixa ainda.

Saíssem dispersos, apenas compondo alianças mais fortes, muito possivelmente não elegeriam ninguém e apenas emprestariam suas votações à eleição de outros.

Sobras

É uma ilusão pensar que a nova abertura propiciada pela reforma eleitoral de 2017 seja uma avenida aberta para partidos ou coligações com pouca musculatura de voto.

O novo regramento, de fato, permite que siglas que não alcançam o QE possam disputar sobras de voto junto com o pelotão de cima. Mas disputar sobras é uma coisa e ascender ao Parlamento é outra.

O termômetro é o QE: se a sigla ou coligação não tiver alcançado o QE, mas tenha tido uma votação que seja razoavelmente próxima dele, então há alguma chance de ganhar uma vaga (vai depender do número de vagas em disputa por média e do volume de sobras dos partidos ou coligações do pelotão de cima).

Por conta do esperado aumento da alienação eleitoral, o QE para federal deve gravitar no entorno de 170 mil votos e o estadual ao redor de 90 mil (com grande chance de ser menor). Então, partidos ou coligações circunscritos ao pelotão de baixo só devem ter expectativa de ascensão ao Legislativo se tiverem votações próximas dessas quantidades.

Sobras e chapinhas fortes

As duas ou três chapinhas fortes que estão sendo montadas para federal e estadual não alteram em nada a sistemática tradicional de distribuição de sobras, como estão dizendo por aí.

Terminada a eleição, computam-se os votos válidos totais e se acha o QE. Depois se dividem os votos válidos dos partidos ou coligações pelo QE. Têm-se os QP. A partir daí, inicia-se o processo de distribuição das sobras. Este é o caminho convencional. Nada mudou.

A única diferença agora é que a distribuição de sobras abrange todos os partidos ou coligações, incluindo os do pelotão de baixo. Com ou sem chapinha forte o processo é o mesmo. Ter uma chapinha forte não garante mais vagas por causa das sobras.

Atenção: não é incorreto dizer-se que o QE mudou, mas é preciso qualificar essa mudança. A essência é a mesma. Continua sendo uma barreira de acesso ao Legislativo, só que agora alguns partidos ou coligações podem, eventualmente, preenchidos certos requisitos, conquistar vaga parlamentar sem atingi-lo, o que era impossível antes.

Chapinhas fortes e chapinhas nem tanto

Há dois condicionantes básicos numa eleição proporcional: o QE e o número fixo de vagas no Parlamento.

O que é uma chapinha forte? É uma chapinha que tem perspectivas de ultrapassar o QE algumas vezes e conquistar bom número das vagas fixas do Parlamento (ficando menos vagas para os demais).

E como é que ela consegue este feito? Juntando siglas que têm boa densidade eleitoral.

E qual é o problema que isso causa para os demais partidos ou coligações concorrentes? O número de siglas com densidade eleitoral é relativamente pequeno e, portanto, ficam menos alternativas de votações significativas para as demais chapinhas.

Quanto mais chapinhas fortes houver, menos possibilidades de ascensão ao Legislativo têm as chapinhas de pouca musculatura eleitoral.

Chapinha forte e chapão

Duas ou três chapinhas fortes numa mesma eleição para o mesmo cargo enfraquece o chapão. A razão já foi dita: existem poucos partidos com densidade eleitoral. Para se formar duas ou três chapinhas fortes, certa quantidade deles tem que imigrar do chapão.

Um chapão com menos componentes partidários, por conta da saída de partidos com musculatura eleitoral para chapinhas fortes, afeta a todos do chapão. A votação total deste conjunto é menor e o QP diminui, por conseqüência. A votação média dos eleitos aumenta, deixando de fora candidatos com boa votação, inclusive do partido-mãe.

Chapinha forte, chapinha nem tanto e votação de candidato

Uma coligação é vista sempre por dois ângulos, do ponto de vista eleitoral. O ângulo da votação total da aliança (quantas vezes essa votação pode ultrapassar o QE?) e o ângulo da votação individual dos candidatos das siglas participantes (quem é que pode ser eleito?).

Estar no chapão ou numa chapinha forte é sempre vantajoso para os partidos componentes, como já se disse, devido à expectativa de grande votação do conjunto.

A decisão de aderir a uma chapinha ou a um chapão, entretanto, passa não só pela expectativa do total de votos da coligação (que deve ser sempre superior a que o partido almejaria se disputasse isoladamente), mas também, pelo potencial de votos dos candidatos da aliança.

A aliança funciona como se partido fora: os mais votados é que serão eleitos. Não adianta uma sigla migrar de uma potencial chapinha de pouca densidade de votos para outra considerada mais forte se suas votações individuais são de pouca expressão. Vai só servir de cauda.

O vôo solo

Coligar é uma praxe nas eleições proporcionais, urbi et orbi. No pleito de 2014, em Pernambuco, todos os deputados eleitos tanto para a ALEPE quanto para a Câmara Federal o foram por coligações.

Aliás, nas últimas 8 eleições pós redemocratização, nunca um parlamentar federal de qualquer partido foi eleito sem ser por uma coligação.

Mas isso está longe de significar impossibilidade eleitoral do vôo solo. Por exemplo, em 2014 para federal, se alçassem vôo solo, PSB, PT, PP e PMDB teriam conquistado mais vagas do que o fizerem em alianças (zero, no caso do PT).

No pleito para a ALEPE, ainda em 2014, PSB, PP, PT, PDT e PSDB teriam mais vagas do que obtiveram, se planassem em vôo solo.

E por que não voaram isoladamente? Bem, os motivos são variados, dependendo das estratégias partidárias, mas sempre pesou a expectativa de fazer mais parlamentares do que em vôo solo e, em vários casos, a questão do atrelamento à disputa majoritária.

A moeda tem dois lados. Se saíssem sozinhos em 2014 para federal, o PTB teria perdido um parlamentar e PDT, PcdoB, PSC, PSD, DEM e PHS não elegeriam ninguém.

Na ALEPE, o PR perderia uma vaga e SD, PSL, PRB, PSOL, PTC e PROS, não teriam ascendido ao Legislativo.

Em outras palavras: vôo solo não é para qualquer um (atenção: a partir de 2020 o vôo solo tem que ser para qualquer um!).

A cláusula de desempenho individual

As direções partidárias têm mais com que se preocupar do que dar atenção a essa Lei 13.165, no que tange à instituição da cláusula de desempenho individual [somente serão eleitos candidatos com votação igual ou superior a 10% do quociente eleitoral (QE)].

Primeiro, porque o sarrafo é ridiculamente baixo, apenas 10% do QE (17 mil votos para federal e 9 mil votos para estadual), o que, na prática, dificilmente atinge alguém eleito.

Segundo, porque a lei está eivada de falhas e muito vulnerável a demandas judiciais. Judicializou, ganhou.

Voto

O que ganha eleição é voto, mas uma boa estratégia eleitoral ajuda muito!
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Maurício Costa Romão é Ph.D. em economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. http://mauricioromao.blog.br mauricio-romao@uol.com.br

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Postado por Edmar Lyra às 10:51 am do dia 27 de fevereiro de 2018

PP filia liderança de Itamaracá

Ephrem Teodoro de Macêdo, mais conhecido como F. Macêdo, é mais um filiado com musculatura divulgado pelo partido Progressistas nesta terça-feira (27). O pré-candidato a deputado estadual já foi vereador de Itamaracá. Em pouco tempo, tornou-se vice-prefeito da cidade após o afastamento do prefeito da Ilha em 2016.

“O que me trouxe ao Progressistas foi a desenvoltura do partido, força, seriedade e a forma de trabalho do líder em Pernambuco, deputado federal Eduardo da Fonte, que onde chega espalha expressões positivas no povo”, ressalta Macêdo.

O PP vem reunindo nomes fortes com o objetivo de aumentar a bancada na Assembleia Legislativa nas eleições de outubro.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 27 de fevereiro de 2018

Coluna do blog desta terça-feira

Os argumentos para a construção da chapinha de federal

O deputado federal Eduardo da Fonte, um dos idealizadores da chapinha formada por PP, PDT, PCdoB e Solidariedade, utiliza uma série de argumentos para construir uma chapinha nas eleições deste ano para deputado federal. Ele se articula no sentido de mobilizar parlamentares e convencer o governador a aceitar a formação de uma chapinha em vez de impor um chapão para deputado federal.

Puxador de votos com potencial para mais de 250 mil votos, Eduardo da Fonte estaria eleito em qualquer cenário, porém entende que com a construção da chapinha, a coligação do governador Paulo Câmara poderá eleger até 19 parlamentares, sendo até doze pelo chapão e até sete pela chapinha. Enquanto coligando de cabo a rabo, ele chegaria a 15 federais, estourando 16, sendo que os últimos se elegeriam com votações entre 90 e 95 mil votos, o que evidentemente desestimularia nomes que têm potencial de votos para 60 a 70 mil votos e que não teriam a menor chance no chapão.

Numa conta preliminar, a chapinha liderada por Eduardo poderia chegar a 850 mil votos, o que elegeria 4 diretamente e encaminharia o quinto na sobra. Enquanto o chapão poderia fazer por volta de 2,1 milhões e eleger 11 federais e um na sobra. É pertinente considerar que o décimo segundo entraria com pelo menos 100 mil votos, nada muito diferente do que no cenário que fizesse dezesseis todo mundo junto. Além disso, com a nova legislação dando direito às coligações que não atingirem o quociente eleitoral disputar as sobras, a Frente Popular estaria habilitada a disputar duas sobras, enquanto no chapão só teria chance de tentar uma sobra na conta dele.

Além de poder eleger 17 federais no pior cenário em vez de 16 no chapão, a Frente Popular seria beneficiada por ter duas coligações com candidatos disputando vagas em condição de igualdade com o entusiasmo de pedir votos para o governador Paulo Câmara, o que dificilmente ocorreria no cenário de um único chapão que corria riscos de haver uma série de desistências. A chapa que tem Augusto Coutinho, Eduardo da Fonte e Wolney Queiroz, poderia receber o reforço de Kaio Maniçoba, Marinaldo Rosendo, Eriberto Medeiros, Luciana Santos, Renildo Calheiros, Cadoca, Ninho e outros nomes com potencial de disputa, todos eles com chances reais de brigar para ter 60 a 70 mil votos e garantir a quinta vaga, além do mais eles com melhores chances poderiam ter votações ainda maiores e ampliar a possibilidade de vagas. A chapinha, na ótica de Eduardo da Fonte, é a melhor alternativa para fortalecer a reeleição do governador Paulo Câmara, que é o principal projeto da Frente Popular nas eleições deste ano.

Reforço – O vereador do Recife Davi Muniz, pré-candidato a deputado estadual pelo Patriota, ganhou mais um reforço para a sua candidatura a uma vaga na Alepe. Ele recebeu o apoio dos vereadores Ana Neri, Mano de Etiene, a suplente Cicinha e o ex-vereador Natal, todos de Bom Jardim. A expectativa é que ele possa construir uma expressiva votação no município nas eleições de outubro.

Vicência – A falta de água nas torneiras da população de Vicência motivou o deputado estadual José Humberto (PTB) a cobrar da COMPESA a regularidade no abastecimento. “Nos últimos dias fui procurado por vereadores e representantes da sociedade civil de Vicência que denunciam que os serviços prestados pela Companhia Pernambucana de Saneamento não estaria correspondendo à necessidade da população”, alertou o parlamentar.

Compromisso – O deputado federal Silvio Costa, pré-candidato a senador pelo Avante, refutou qualquer possibilidade de apoiar Mendonça Filho para governador. Ele diz que seu compromisso é com a candidatura de Armando Monteiro, que será candidato a governador e foi o único pré-candidato a se posicionar contrariamente ao impeachment de Dilma Rousseff.

Judicialização – Um advogado com experiência nesta questão partidária e eleitoral, acredita que Marília Arraes poderá judicializar a situação do PT tentando viabilizar sua candidatura ao governo. Além de ter a opção de conseguir ser candidata, ela atrapalharia a vida da Frente Popular, pois a participação do PT na conta do guia eleitoral ficaria comprometida e poderia criar um imbróglio jurídico difícil de resolver. Resta saber se Marília terá coragem para levar a tese a diante.

RÁPIDAS

Guinada – O ex-Procurador Geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon de Barros se afastou do Procurador Geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, e já ensaia acordo com a oposição e o presidente da AMPPE, Roberto Breyner, para se lançar candidato ao cargo máximo do Ministério Público na próxima eleição. A briga promete ser grande.

Bocão – Ontem passamos a integrar o time de comentaristas do Programa do Bocão, na Rádio Clube. O programa que é sucesso de audiência em todas as regiões do estado é comandado por um dos mais conceituados radialistas de Pernambuco, Tarcisio Regueira, o Bocão. Agradeço a ele e a todos que fazem a Rádio Clube pelo espaço para falar de política.

Inocente quer saber – Raul Henry conseguirá uma liminar contra o novo pedido de dissolução do MDB de Pernambuco?

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Postado por Edmar Lyra às 12:05 pm do dia 26 de fevereiro de 2018

Silvio Costa: “Meu compromisso é com Armando”

O deputado federal Silvio Costa, pré-candidato a senador pelo Avante, negou qualquer possibilidade de apoiar a candidatura de Mendonça Filho a governador, sublinhando que seu compromisso é com o projeto de Armando Monteiro, que na ótica dele é candidatíssimo. Silvio lembra que Armando foi o único dos pré-candidatos a governador que não apoiou o impeachment de Dilma Rousseff.

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Postado por Edmar Lyra às 8:23 am do dia 26 de fevereiro de 2018

Ex-prefeito de Ribeirão confirma pré-candidatura a deputado estadual pelo PP

Convidado pelo partido Progressistas para disputar uma das vagas na Alepe, o empresário e ex-prefeito da Cidade de Ribeirão na Mata Sul, Clovis Paiva, aceitou e confirmou sua pré-candidatura a deputado estadual.

Clovis Paiva foi o vereador mais votado na história do município de Ribeirão, posteriormente saiu como candidato a prefeito se elegendo por dois mandatos com êxito. Durante sua administração, asfaltou as principais vias da cidade, reformou e ampliou todas escolas, expandiu o PSF (Programa de Saúde da Família), fez o ginásio esportivo e o portal de entrada da cidade.

“O deputado federal Eduardo da Fonte coloca emendas na grande maioria das prefeituras. Nesse novo desafio quero ser um soldado do partido e sei que juntos vamos contribuir muito ao estado de Pernambuco”, comenta Paiva.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 26 de fevereiro de 2018

Coluna do blog desta segunda-feira

Mendonça e Armando afinados para as eleições 

O ano de 2002 foi a última eleição em que Armando Monteiro Neto e Mendonça Filho dividiram o mesmo palanque, quando Mendonça foi reeleito vice-governador e Armando se reelegeu deputado federal pela União por Pernambuco. Em 2004 Armando subiu no palanque de Joaquim Francisco, Mendonça no de Cadoca na disputa pela prefeitura do Recife. No ano de 2006, Mendonça tentou a reeleição para governador, enquanto Armando ensaiou uma candidatura, recuou para apoiar Humberto Costa e se elegeu deputado federal mais votado. No segundo turno, Armando optou por apoiar Eduardo Campos, que acabou derrotando Mendonça.

As eleições seguintes, 2008, 2010, 2012, 2014 e 2016 mantiveram em lados opostos o senador e o ministro da Educação, evidenciando um distanciamento de 12 anos entre ambos. Nas eleições de 2018, porém, eles caminham para formalizar uma aliança pois seguem bastante afinados. Mendonça comanda o DEM, enquanto Armando comanda o PTB e lidera uma frente pluripartidária composta por Avante, PRB e Podemos.

Armando é lembrado para disputar o governo, Mendonça está cotado para ser candidato a vice-presidente, porém enquanto a convocação nacional não chega, é fundamental que Mendonça materialize um palanque robusto em Pernambuco. No posto de ministro da Educação, Mendonça voltou ao jogo como um ator estratégico, o mesmo se diz de Armando que tem seu nome lembrado para disputar o governo.

No levantamento da Múltipla de janeiro, Armando apareceu com 20,5% das intenções de voto, já Mendonça tem 10,5%. O que evidencia um reconhecimento do eleitor pernambucano as suas respectivas atuações políticas. No cenário que estava posto, Armando Monteiro disputaria o governo, tendo Mendonça Filho como o dono de uma das vagas ao Senado, porém não está descartada a inversão de postos na chapa majoritária, tendo Mendonça disputando o governo, com Armando buscando a reeleição para o Senado.

De acordo com uma pessoa próxima do senador, Mendonça Filho é o único nome da oposição que o petebista considera apoiar para o governo caso busque a reeleição para o Senado, e Mendonça também só considera a hipótese de apoiar Armando, descartando qualquer outro nome da oposição. Uma coalizão formada por DEM, PTB, PRB, Podemos e Avante daria ao candidato um bom tempo de televisão e ainda haveria a possibilidade de chegada de mais dois partidos, como Solidariedade e PSDB a depender de alguns fatores, e garantiria uma boa competitividade a quem encabeçasse a chapa.

Em se confirmando a aliança de Armando Monteiro e Mendonça Filho, que está se desenhando a cada dia, a candidatura deste grupo ganha muita força para polarizar a disputa com o governador Paulo Câmara, que tentará a reeleição e manter a hegemonia de doze anos do PSB em outubro.

Diálogo – O presidente Michel Temer, que é candidatíssimo a reeleição, decidiu intensificar as conversas com prefeitos de cidades importantes, governadores e grandes empresários. Ele está deixando claro que é candidato a um novo mandato, e o diálogo com atores importantes faz parte do script para tornar sua postulação mais competitiva.

Contas – Para viabilizar a chapinha, os integrantes fazem as contas: Eduardo da Fonte (250 mil), Augusto Coutinho (100 mil), Wolney Queiroz (70 mil), Marinaldo Rosendo (70 mil), Kaio Maniçoba (70 mil), Luciana Santos (70 mil), Eriberto Medeiros (80 mil), Cadoca (30 mil), Ninho (30 mil), outros mais cauda 80 mil, o que garante 850 mil votos e 4 federais e um na sobra, chegando a cinco federais sendo a melhor chapa para ser eleito em outubro.

Júnior Uchoa – Herdeiro político do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Guilherme Uchoa, o empresário Júnior Uchoa está com sua pré-candidatura nas ruas e vem ganhando importantes apoios. Recém-barrado do PDT por excesso de votos, Júnior deve ficar entre 120 e 150 mil votos.

Tonynho Rodrigues – Pré-candidato a deputado federal pelo MDB, o empresário Tonynho Rodrigues, se apoiado fortemente pelo partido, poderá surpreender e chegar ao mandato. Em Caruaru ele é bastante popular e representa a renovação na cidade e região. Ele poderá sair com pelo menos 35 mil votos de Caruaru e alcançar o restante em várias regiões do estado se fizer boas dobradinhas.

RÁPIDAS

Imparcial – Quem pensa que o vereador Romero Albuquerque (PP) irá fazer vista grossa na relatoria da Comissão de Ética da Câmara Municipal do Recife sobre o caso de Michele Colins (PP) está muito enganado. Segundo informações, o parlamentar não vai levar em conta as ligações partidárias e promete ser imparcial em seu parecer.

Parceria – O prefeito de Jaboatão dos Guarapes Anderson Ferreira e o governador Paulo Câmara cumpriram agenda do Governo Presente em Jaboatão no último sábado. Anderson e Paulo integram a Frente Popular e podem reeditar a aliança de 2014 caso André Ferreira seja candidato ao Senado na chapa do governador.

Inocente quer saber – Quando haverá a filiação de Jarbas Vasconcelos e Raul Henry ao PSD de André de Paula?

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Postado por Edmar Lyra às 8:32 am do dia 24 de fevereiro de 2018

Mendonça está decidido a ser governador

O ministro da Educação Mendonça Filho, que deixa a pasta em abril, está decidido a pavimentar sua candidatura a governador. Ele entende que agora é a sua chance de chegar ao Palácio do Campo das Princesas e que só recuará dela para disputar um mandato de vice-presidente. Também considera a hipótese de formalizar uma aliança com Armando Monteiro onde poderia disputar o governo com o senador buscando a reeleição ou consolidar o apoio a Armando para o governo e disputar o Senado, porém esta hipótese é a última opção de Mendonça.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 24 de fevereiro de 2018

Coluna do blog deste sábado

A noiva cobiçada 

No exercício do sexto mandato como deputado estadual, Guilherme Uchoa está igualmente no sexto mandato como presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, tendo exercido a função de juiz e desembargador. Aos 70 anos de idade, ele conseguiu ter protagonismo nos três poderes, pois chegou a assumir o governo durante algumas ocasiões, e exerce forte influência entre os deputados estaduais.

Guilherme chegou a romper com Jarbas Vasconcelos no auge da sua popularidade e foi um dos primeiros a apostar no projeto de Eduardo Campos em 2006 após a desistência de Armando Monteiro com quem já tinha fechado o apoio. Guilherme sabe ter lado, mas gosta de ser respeitado. O movimento patrocinado por Wolney Queiroz em negar legenda a Júnior Uchoa por medo de perder o comando do PDT pra Júnior foi uma das coisas mais atabalhoadas que já se viu. Pensando exclusivamente nele, Wolney arrumou uma confusão para o governador Paulo Câmara que teve que ser contornada às pressas no intuito de evitar um rompimento imediato que não ocorreu porque o presidente nutre uma simpatia muito grande pelo governador.

Logo Wolney que com o pai sentado na cadeira de prefeito de Caruaru suou a camisa para se reeleger em 2014 e que depois contou com a secretaria de Agricultura para tentar consertar a falta de votos que possui para renovar o mandato. É importante salientar que o governador Paulo Câmara tirou Raquel Lyra do comando do PSB de Caruaru para satisfazer a exigência de José Queiroz, que mesmo sabendo da pouca viabilidade eleitoral de Jorge Gomes, não aceitava de jeito nenhum a indicação de Raquel. No segundo turno, mesmo tendo incentivado duas candidaturas a prefeito, a de Jorge e a do Delegado Lessa, Queiroz não ouviu o Palácio e deixou de apoiar Tony Gel, que também era candidato do governador, para apoiar Raquel e depois se arrependeu de ter votado nela. Agora, quer fazer proselitismo com a população de Caruaru dizendo-se arrependido de ter apoiado a prefeita no segundo turno. Em nenhum momento Queiroz respeitou a liderança do governador.

No ano passado José Queiroz conseguiu, depois de se queixar do governador a interlocutores, a importante secretaria de Agricultura, mas em vez de assumir o posto, indicou um desconhecido que vem sendo um verdadeiro desastre na pasta. Independente do resultado no cargo, Queiroz não só foi contemplado por Paulo como também ficou alinhavado que ele iria para a chapa majoritária do governador, que por sua vez relegou a um segundo plano Guilherme Uchoa no PDT, e Tony Gel em Caruaru, ambos aliados de todas as horas dele, para satisfazer Queiroz.

O elevado espaço a José Queiroz, essa estapafúrdia ideia de Wolney de integrar uma chapinha e mais do que isso vetar Júnior Uchoa no PDT foram fundamentais para arrumar uma confusão com Guilherme Uchoa para o governador descascar. Guilherme, que é mais representativo politicamente e até mesmo eleitoralmente que Wolney e Zé, virou uma noiva cobiçada. Pois Armando Monteiro ligou para o presidente oferecendo-lhe a vaga de vice-governador na sua chapa, enquanto Fernando Bezerra Coelho disse que as portas do MDB estariam abertas para Guilherme e seu filho, numa clara demonstração de que se o governador não quiser Guilherme por causa dos Queiroz, tem gente salivando e oferecendo tapete vermelho para o presidente e seu filho pois sabe que ambos serão eleitos em outubro por excesso de votos, diferentemente dos Queiroz que estão morrendo de medo por falta deles.

Eleições – Parceria entre os órgãos públicos e apoio da população. Esses são os principais instrumentos com que o Fórum Pernambucano de Combate à Corrupção (FOCCO-PE) espera contar para reforçar a fiscalização e o controle da aplicação dos recursos públicos neste ano de eleição. O FOCCO-PE vai promover capacitação de pessoas da sociedade civil organizada para auxiliar na fiscalização dos recursos públicos. O FOCCO-PE entende que é necessário intensificar o trabalho contra a corrupção em 2018, pois a experiência tem mostrado que o volume de irregularidades costuma aumentar em ano de eleição. “É muito comum que parte desses desvios acabe financiando campanhas eleitorais e até mesmo a compra de votos”, explica o coordenador-geral do FOCCO-PE, Fábio George Cruz da Nóbrega, membro do MPF.

Novo Inocêncio – Na eleição de 2006, o então deputado federal Inocêncio Oliveira foi desprezado por Mendonça Filho e sua equipe, quando negaram-lhe qualquer tipo de espaço no governo. Ele deixou o PFL, foi para o então PL, hoje PR, e levou toda sua tropa para Eduardo Campos que estava desacreditado e ganhou a eleição. Guilherme Uchoa, guardadas das devidas proporções, poderá desempenhar o mesmo papel caso decida apoiar um candidato da oposição.

Jusificativa – O deputado federal Eduardo da Fonte além do argumento de ter o ânimo de candidatos que não teriam a menor chance no chapão e que teriam desejo de disputar na chapinha, lembra que a legislação mudou, e que com o chapão e a chapinha lançados, a Frente Popular terá direito a lutar por duas sobras, podendo eleger separadas até 19 deputados, e todo mundo junto, elegerá na melhor das hipóteses 15 parlamentares.

Confusão – A Assembleia de Deus de Pernambuco teve que se explicar ao Ministério Público Eleitoral por conta de um pastor que queria ser candidato em Garanhuns e não recebeu a benção da igreja. O Pastor Ailton, presidente da instituição, disse que não interferia nos candidatos, porém todos sabem que Irmã Aimee no Recife, Presbítero Adauto na Alepe e Pastor Eurico chegaram ao mandato por obra e graça da igreja, que orienta seus fiéis de tal forma que os votos são parecidos com os de cabresto do interior. Com a confusão já se fala em destituição da direção da igreja, o que deve trazer desgaste para as eleições deste ano.

RÁPIDAS

Contradição – O deputado federal Silvio Costa, pré-candidato a senador pelo Avante, lamentou que o PT tenha abdicado de lançar a candidatura de Marília Arraes para formalizar aliança com o PSB. Ele lembra que o PSB ajudou a resolver o impeachment de Dilma Rousseff, e ocorrendo a aliança, haverá a união de golpistas e golpeados em torno da reeleição de Paulo Câmara.

Chapa – Ganha força uma tese que já foi ventilada, que seria uma chapa encabeçada por Michel Temer, que tentará a reeleição, com o ministro da Fazenda Henrique Meirelles na condição de vice-presidente. O mote está desenhado que é o presidente e o ministro que recuperaram a economia brasileira.

Inocente quer saber – Se romper com Paulo Câmara, Guilherme Uchoa apoiará Armando Monteiro ou Fernando Bezerra Coelho?

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Postado por Edmar Lyra às 21:27 pm do dia 23 de fevereiro de 2018

O DNA falou mais alto

O vereador do Cabo de Santo Agostinho, Ricardinho Carneiro, fechou um acordo com o deputado federal Augusto Coutinho para ser candidato a vereador pelo Solidariedade em 2016, a contrapartida seria dobrar com Augusto em 2018. Inclusive, o deputado que tem uma excelente relação com Lula Cabral, abdicou de indicar o vice numa chapa que todo mundo sabia que era vitoriosa para sustentar um projeto que era fracassado, que se confirmou. Passado o processo, o vereador comunicou esta semana a Augusto Coutinho que não iria mais dobrar com ele, descumprindo um acordo que havia sido previamente acertado, para apoiar a candidatura de Betinho Gomes a deputado federal. O deputado por sua vez ficou uma arara com a falta de compromisso do vereador, que traiu seus acordos e caminha para ser um ex-vereador do Cabo, como o primo que não tem a menor chance de se reeleger.

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Postado por Edmar Lyra às 10:45 am do dia 23 de fevereiro de 2018

“Ô mainha, só vou com Paulo se tiver minha chapinha”

Um deputado disse que é ridícula a hipótese de por conta de João Campos ou Felipe Carreras retirarem as candidaturas a chapinha ser desmontada. Ela é prego batido e ponta virada. Outro parlamentar fez a seguinte observação fazendo uma paródia: “Ô mainha, só vou com Paulo se tiver minha chapinha…” deixando em aberto a possibilidade de apoiar outro candidato se o governo impuser a formação do chapão.

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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