Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 7 de novembro de 2018 Deixe um comentário

Coluna do blog desta quarta-feira

Foto: Rafaela Frutuoso/Diário Regional Digital JF/Folhapress

Urnas mudaram forma de fazer política 

As eleições deste ano tiveram uma renovação recorde entre governadores, senadores, deputados federais e estaduais, e permitiram a ascensão de um presidente que em pleitos anteriores sequer figuraria entre os primeiros colocados. O recado das urnas emitido em todo o Brasil, com maior ou menor intensidade de acordo com cada região, evidenciou que trocamos uma forma analógica de fazer política para uma plataforma digital.

O guia eleitoral que custava rios de dinheiro, ora pela sua produção, ora pela sua veiculação, cujo custo se dá a partir de renúncia fiscal do governo, e de gratuito ele só tem o nome, se mostrou completamente obsoleto. O líder em termos de tempo de televisão, Geraldo Alckmin, com metade de todo o guia eleitoral, ficou em apenas quarto lugar,  com pouco mais de 5% dos votos válidos, enquanto um dos menores guias, Jair Bolsonaro, com apenas oito segundos, teve 46% dos votos válidos no primeiro turno e foi eleito com 55% no segundo turno.

Políticos tradicionais como Romero Jucá, Cassio Cunha Lima e Lindbergh Farias foram rejeitados das urnas depois de sucessivos mandatos na vida pública, e aqueles que escaparam do limo das urnas conseguiram por um triz, como os senadores eleitos Renan Calheiros e Jarbas Vasconcelos, que ascenderam o mandato no Senado por uma diferença mínima em relação aos seus adversários.

Em Pernambuco não tivemos muitas novidades, exceto Fernando Rodolfo e Tulio Gadelha na bancada federal e Gleide Angelo na bancada estadual, todos os demais eleitos tinham alguma ligação com a política tradicional, porém eles sentiram na pele uma mudança significativa no comportamento do eleitor, que se absteve de votar muito acima da média em Pernambuco. Mas não é porque o estado foi menos afetado pela onda de mudança da política tradicional que os políticos não devem colocar as barbas de molho.

Vereadores e prefeitos que tentarão a reeleição em 2020, só lograrão êxito se tiverem serviços prestados e se estiverem conectados com o eleitor. Se porventura o político apostar na tradicional compra de votos ou no assistencialismo que permeou as eleições até 2016, pode se preparar para voltar pra casa em 2021. O mundo mudou, hoje quase tudo pode ser feito na palma da mão através de um smartphone, e a política não é diferente, quem estiver distante da internet e do eleitor, dificilmente terá qualquer chance de vitória na próxima eleição.

Risco – O fim das coligações proporcionais que será implementado em 2020 será mais um fator de reoxigenação da representatividade na política. Antigamente era um samba do crioulo doido as coligações proporcionais, no próximo pleito ou o partido tem representantes com representatividade ou sairá devastado das urnas.

Fundão – Pouco adiantou o fundão eleitoral de R$ 1,7 bilhão para financiar as campanhas deste ano. Políticos que tiveram acessos a vultosas quantias para suas campanhas bancadas com dinheiro público tiveram seus planos frustrados. Até mesmo aqueles que foram eleitos tiveram votações muito aquém do esperado.

Condenação – O MPF conseguiu uma segunda condenação para dirigentes da Compesa por improbidade administrativa em contratos firmados com empreiteiras envolvidas na operação Lava-Jato. O prejuízo aos cofres públicos teria sido na ordem de R$ 5 milhões através do superfaturamento de contratos com a Queiroz Galvão e a Galvão Engenharia. O ex-presidente da estatal durante o governo Eduardo Campos, João Bosco Almeida, foi um dos condenados pela Justiça Federal.

Impedimento – O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recebeu uma representação do Partido dos Trabalhadores para que seja instaurado um processo disciplinar contra o juiz Sergio Moro no sentido de impedir que ele possa ocupar o ministério da Justiça e Segurança Pública. O PT alega que o juiz interferiu no processo eleitoral quando autorizou e disponibilizou para a imprensa o conteúdo da delação do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

RÁPIDAS

PTB – Com o fim do mandato do senador Armando Monteiro, derrotado na disputa pelo governo de Pernambuco, e a não eleição de Jorge Corte Real, Zeca Cavalcanti, Julio Cavalcanti, Augusto Cesar, Socorro Pimentel e José Humberto, o PTB diminuiu de tamanho em Pernambuco. O partido que liderou a oposição nas duas últimas eleições estaduais, ficou com apenas dois deputados estaduais, Alvaro Porto e Romero Sales Filho, e não ofertará mais condição de ser alternativa de poder a nível estadual.

PSDB – Não foi apenas o PTB que saiu fragilizado das urnas deste ano. O PSDB que elegeu três deputados federais em 2014, ficou sem nenhum representante na Câmara dos Deputados a partir de 2019. O partido elegeu apenas uma deputada estadual, Alessandra Vieira, e Bruno Araújo estará sem mandato no ano que vem.

Inocente quer saber – Haverá algum desdobramento da operação Lava-Jato em Pernambuco nos próximos dias?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 30 de outubro de 2018 1 comentário

Coluna do blog desta terça-feira

PT apesar da derrota ainda saiu fortalecido das urnas

Partido hegemônico no Brasil há quatro eleições presidenciais, o Partido dos Trabalhadores sofreu no último domingo sua primeira derrota eleitoral em disputas nacionais desde 2002 quando ascendeu ao Palácio do Planalto com Lula. Antes da eleição de Jair Bolsonaro neste domingo, o PT enfrentou uma série de problemas, primeiro a vitória apertadíssima de Dilma Rousseff em 2014 que deu a sensação de país dividido e deixou a presidente fragilizada para o seu segundo governo.

A operação Lava-Jato, iniciada em 2014, foi derrubando um a um entre petistas importantes, culminando na prisão do ex-presidente Lula em 2018. Antes disso, tivemos o impeachment de Dilma Rousseff em 2016 que deixou o país em sua maioria contrário ao PT. As eleições municipais foram suficientes para praticamente varrer o partido do mapa, sobretudo nas capitais onde o PT teve um desempenho pífio.

Quando todo o enredo se voltou contra o PT, muitos davam o partido como carta fora do baralho e apostava-se que a sigla não sobreviveria as eleições deste ano. Porém, o resultado foi absolutamente diferente. As urnas deste ano garantiram 56 deputados federais eleitos, tornando-se a maior bancada da Câmara dos Deputados, ficando com seis senadores e quatro governadores. Além do mais, Fernando Haddad, substituto de Lula na disputa presidencial, com poucos dias de campanha, ficou com 47 milhões de votos no segundo turno.

Mesmo com a derrota, o PT segue hegemônico na esquerda, sendo o maior partido do Brasil e o principal antagonista do governo Bolsonaro. De quebra, forjou em 2018 uma jovem liderança que poderá falar para o futuro do Brasil. Estando na oposição, o PT fará o que sempre soube com maestria que é contestar governos adversários, e terá fundamental importância na fiscalização do governo Jair Bolsonaro.

O PT fortalecido é sinal de que o presidente Jair Bolsonaro não terá vida fácil, pois terá uma oposição firme e contundente que ajudará a colocar limites em qualquer arroubo do presidente. A volta do PT para a oposição, a alternância de poder, e a manutenção do espaço do Partido dos Trabalhadores são absolutamente salutares para a nossa jovem democracia.

Sergio Moro – O juiz Sergio Moro já teria confidenciado a interlocutores que considera a hipótese de integrar a equipe de Jair Bolsonaro. O convite do presidente foi feito para o ministério da Justiça, e posteriormente ele teria a garantia de assumir em 2020 a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal com a aposentadoria de Celso de Mello.

Confirmado – O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) confirmou, em entrevistas às redes de televisão nesta segunda-feira (29), que irá convidar o juiz Sérgio Moro para o Ministério da Justiça ou para o Supremo Tribunal Federal (STF). “É um reconhecimento ao sucesso da Operação Lava Jato, que o povo apoia tanto e que foi determinante em vários resultados eleitorais. A preferência no meio jurídico é que Moro vá para o STF, onde poderá fazer muito pelo combate à corrupção”, avalia o procurador do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO), Cristiano Pimentel.

Base – O presidente Jair Bolsonaro terá uma base parlamentar com 266 apoiadores consistentes e 118 apoio condicionado na Câmara dos Deputados. Com até 384 deputados na sua base governista, Jair Bolsonaro poderá já no início do governo instituir as principais reformas que precisam ser feitas para recuperar a economia.

Bruno Araújo – O deputado federal Bruno Araújo, que não se elegeu senador por Pernambuco, e ocupou o ministério das Cidades durante o governo Michel Temer, foi lembrado pelo governador eleito de São Paulo, João Doria, durante seu discurso de vitória. O nome do pernambucano está sendo ventilado para a equipe do governador, devido a sua vasta experiência no exercício de mandatos parlamentares e também no ministério das Cidades.

Decasp – A sociedade civil se organiza para participar de uma votação na Assembleia Legislativa de Pernambuco que poderá extinguir a Decasp, que vem fazendo um trabalho bastante competente combatendo desvios de dinheiro público em Pernambuco.

RÁPIDAS

Fernando Filho – A passagem do deputado federal Fernando Filho pelo ministério de Minas e Energia rendeu elogios no Brasil inteiro até mesmo no exterior. Até o presente momento, o presidente Jair Bolsonaro não sinalizou para um nome para a pasta. Se porventura o presidente nomear Fernando Filho, estará conquistando de forma significativa o setor que é estratégico para o Brasil.

Substituto – Com a posse de Luciana Santos como vice-governadora, Fernando Monteiro será efetivado como deputado federal em janeiro. Eleito com 82.071 votos, Fernando assumiu o mandato como suplente até abril deste ano. A posse dos novos deputados ocorrerá somente em fevereiro, o que garantirá um mês de Fernando na Câmara dos Deputados.

Inocente quer saber – Quando Paulo Câmara começará a anunciar oficialmente seu novo secretariado?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 29 de outubro de 2018 1 comentário

Coluna do blog desta segunda-feira

O predestinado Jair Bolsonaro, o novo presidente do Brasil

O dia 28 de outubro de 2018 ficou marcado por mais uma página da história democrática do país. Na oitava eleição presidencial desde a redemocratização, Jair Messias Bolsonaro foi eleito com a segunda maior votação nominal da história do Brasil, obtendo 57.797.073 votos, atrás apenas de Lula, que foi reeleito em 2006 com mais de 58 milhões de votos. Toda a trajetória de Bolsonaro até chegar ao Palácio do Planalto neste domingo é digna de um roteiro de cinema.

Eleito vereador do Rio de Janeiro em 1988, Jair Bolsonaro disputou e venceu pela primeira vez um mandato na Câmara dos Deputados  em 1990, de lá pra cá foram seis mandatos ininterruptos como deputado federal. Além do seu mandato, Bolsonaro elegeu seus filhos na política, Carlos, Eduardo e Flávio, evidenciando que ele estava longe de ser um outsider, e era um político totalmente tradicional.

Apesar de ser mais um dos 513 deputados federais, e integrar o baixo-clero da Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro conseguiu construir uma narrativa que pouco a pouco foi conquistando adeptos em todo o Brasil. Polêmico e falastrão, o presidente eleito despertou paixões e ódios por onde passava. Foram oito partidos como filiado, chegou a flertar com o PEN, que viraria Patriota por sua exigência, mas acabou filiando-se em janeiro ao nanico PSL.

Naquela ocasião, ao ingressar no PSL, muitos apostaram que ele não sairia do canto, uma vez que o partido nanico não lhe daria tempo de televisão suficiente para tornar-se competitivo. A cada pesquisa divulgada, seu nome era rechaçado, uma vez que muitos diziam que quando começasse a eleição ele desidrataria, perdendo a competitividade para o sistema.

Uma eleição atípica, envolvida pela operação Lava-Jato, com a prisão do ex-presidente Lula, após o impeachment de Dilma Rousseff e desaprovação absurda de Michel Temer. Bolsonaro começou a conquistar a esperança de eleitores saturados com o sistema. E na semana em que Lula teve sua candidatura definitivamente negada, Jair Bolsonaro sofreu um atentado que quase tirou-lhe a vida.

Impossibilitado de participar da campanha, Jair teve prejuízo no processo eleitoral, e por liderar o processo eleitoral, seus opositores decidiram criar um movimento chamado #EleNão, que tomou as ruas do Brasil. Seus adversários lhe chamavam de racista, machista, homofóbico, misógino e tantos outros adjetivos e não aceitavam que ele poderia chegar ao Palácio do Planalto. Após o movimento da esquerda, seus apoiadores decidiram fazer atos em todo o Brasil e mostraram que estavam dispostos a defender o seu projeto. Na reta final do primeiro turno, Bolsonaro disparou e por muito pouco não venceu no dia 7 de outubro, porém além da primeira colocação com quase 50 milhões de votos, Bolsonaro fez seu PSL eleger 52 deputados federais tornando-se a maior bancada da Câmara dos Deputados, além de senadores e candidatos a governador que tiveram seu apoio.

No segundo turno novo enfrentamento, hostilidades de todos os lados, chegando a ser atacado pela mídia tradicional com uma denúncia que até hoje não foi apresentada uma única prova. Muitos chegaram a apostar que sua liderança nas pesquisas seria comprometida, e de fato os quase 60% das intenções de votos válidos foram reduzidos a cada pesquisa. Isso foi possível graças a um movimento muito forte contra a sua candidatura. Porém neste domingo a vontade popular que decidiu dar um basta ao PT após quatro eleições presidenciais e permitir que o predestinado Bolsonaro chegasse ao Palácio do Planalto, acabou prevalecendo.

Jair Messias Bolsonaro é de fato e de direito o 38º presidente do Brasil. Agora tem o enorme desafio de reestruturar o país, recuperando a economia, que está em frangalhos, retomando o emprego que hoje tem 13 milhões de desempregados, resolver as contas públicas e principalmente ajustar a segurança pública, um dos maiores pilares da sua vitória neste domingo. O Brasil deu a legitimidade política e eleitoral que Jair Bolsonaro precisava, porém se a vitória foi gigantesca, a responsabilidade é diretamente proporcional ao resultado obtido pelas urnas. A missão foi dada, agora precisa ser cumprida. Boa sorte ao capitão!

João Doria – Depois de passar um verdadeiro sufoco na reta final da eleição pelo Palácio dos Bandeirantes ao ver Marcio França igualar o jogo, João Doria acabou sendo eleito governador de São Paulo consolidando-se como a principal liderança do PSDB, desbancando Geraldo Alckmin e Aécio Neves, que saíram dizimados do processo eleitoral de 2018.

Equipe – O presidente eleito Jair Bolsonaro confirmou quatro nomes para a sua equipe ministerial, que são: Paulo Guedes (Fazenda), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), General Heleno (Defesa) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia). A expectativa recai sobre as outras pastas. O deputado federal Mendonça Filho está sendo cotado para voltar ao comando do Ministério da Educação.

Governadores – Foram eleitos neste domingo Waldez Goes (Amapá), Wilson Lima (Amazonas), Ibaneis (Distrito Federal), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), Romeu Zema (Minas Gerais), Hélder Barbalho (Pará), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Wilson Witzel (Rio de Janeiro), Coronel Marcos Rocha (Rondônia), Antonio Denarium (Roraima)  Comandante Moisés (Santa Catarina) e Belivaldo Chagas (Sergipe).

Descortesia – Segundo colocado na eleição presidencial, Fernando Haddad quebrou a tradição de telefonar para o presidente eleito Jair Bolsonaro cumprimentando-o pela vitória neste domingo. O petista alegou que por conta da dura disputa presidencial não iria estabelecer diálogo com o presidente eleito. A descortesia de Haddad não combina com o perfil democrático que ele apresentou durante a campanha eleitoral.

RÁPIDAS

Vitória – Mesmo com a derrota para Jair Bolsonaro, o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio comemoraram a vitória de Fernando Haddad no estado e na capital. Em Pernambuco, Haddad teve 66,50% dos votos válidos, já no Recife a disputa foi mais apertada, Haddad atingiu 52,50% contra 47,50% de Jair Bolsonaro.

Brasília – Embarco nesta segunda-feira rumo à capital federal para acompanhar in loco as movimentações do presidente eleito Jair Bolsonaro e da formação do futuro governo que assumirá em janeiro de 2019. Estejam ligados no nosso blog para ficar por dentro de tudo que acontecerá na política nacional.

Inocente quer saber – O Vox Populi continuará soltando pesquisas criminosas como a do último sábado e ficará impune pela Justiça Eleitoral?

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Postado por Edmar Lyra às 17:42 pm do dia 28 de outubro de 2018 Deixe um comentário

Ibaneis é eleito governador do Distrito Federal

Com 90% das urnas apuradas, o Brasil já tem seu primeiro governador  eleito neste segundo turno. O advogado Ibaneis (MDB) foi eleito neste domingo derrotando o atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB).

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Postado por Edmar Lyra às 12:50 pm do dia 28 de outubro de 2018 Deixe um comentário

Sem clima de virada

(Foto: Rafaela Frutuoso/Diário Regional Digital JF/Folhapress)

As movimentações Brasil afora da eleição deste domingo apontam para uma vitória de Jair Bolsonaro, que deverá ser acima do que as pesquisas captaram. Não há clima de aproximação ou virada a favor de Fernando Haddad. Hoje, a partir das 20:30 horas o Brasil já deverá saber oficialmente que Jair Messias Bolsonaro é o seu novo presidente.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 27 de outubro de 2018 1 comentário

Coluna do blog deste sábado

Bolsonaro deve quebrar uma hegemonia de dezesseis anos do PT 

Desde 1989 o Partido dos Trabalhadores disputa a presidência da República. Em todas as oito disputas, o partido ficou em primeiro ou segundo lugar. A força do PT se deu porque o partido conseguiu se colocar em todos os setores da sociedade, conquistando adeptos que defendem as ideias do partido com unhas e dentes. Ao chegar ao poder em 2003, o partido instituiu através de Lula inúmeros avanços, sobretudo no âmbito social, com a junção dos programas sociais existentes no governo FHC no Bolsa Família e a ampliação do alcance por todo o Brasil. Lula também teve outros méritos, como ter mantido o tripé macroeconômico do governo anterior, como o câmbio flutuante, responsabilidade fiscal e metas de inflação, e o resultado foi importante, com o maior crescimento econômico do país nos últimos anos, o que permitiu muitas conquistas da população.

No governo Lula tivemos o escândalo do mensalão, que estourou em 2005, apesar da crise política, havia um clima econômico muito favorável, o que permitiu a reeleição de Lula em 2006, e posteriormente a vitória de Dilma Rousseff em 2010, então desconhecida do eleitor, mas que acabou impulsionada pela popularidade do então presidente. Ao assumir em 2011, parecia que Dilma faria um governo tão extraordinário quanto o do seu antecessor. Porém veio 2013 com a Copa das Confederações e a sociedade se voltou contra toda a classe política, derrubando a popularidade da então presidente e dos governadores da época.

Apesar da crise econômica sendo mais percebida pelo eleitor, e a deflagração da Operação Lava-Jato em 2014, pegando novamente figurões do PT e de outros partidos, Dilma Rousseff foi reeleita por uma margem mínima. Ao ser reeleita, Dilma rasgou tudo o que havia prometido na campanha e iniciou tarifaços que se configuraram no maior estelionato eleitoral da história recente da política brasileira. A divisão do país permaneceu, Dilma acabou impichada, Lula preso, Aécio Neves, adversário de Dilma, envolvido em escândalos que só não permitiram sua prisão por conta do foro privilegiado. Michel Temer, substituto de Dilma, apesar de ter acertos na área econômica, envolveu-se em escândalos e por muito pouco não foi afastado do cargo, após duas denúncias serem arquivadas pela Câmara dos Deputados.

A crise econômica, a crise ética, a falta de representatividade política, o estelionato eleitoral do PT e outros temas que incendiaram a sociedade, como principalmente a violência, permitiram que um candidato que por muitos era tido como lunático, fosse crescendo nas pesquisas, mesmo integrando um partido nanico, sem grandes estruturas lhe apoiando. O enredo dos últimos anos foi quem criou o mito de Jair Bolsonaro. A população que foi assim com Collor, Lula, Getúlio e Juscelino, é ávida por salvadores da pátria, apostando em figuras que falem o que ela entende, fez a opção por Jair Bolsonaro nesta eleição. No primeiro turno, por muito pouco ele não liquidou a fatura, hoje, véspera da eleição, ele tem uma vantagem significativa nas pesquisas que oscila de 56% no Ibope até 60% do Paraná Pesquisas, que dificilmente será revertida.

Bolsonaro é produto de tudo que a classe política fez com a sociedade, com escândalos de corrupção, crise econômica, desrespeito, afronta a inteligência do eleitor, dentre outras coisas. Não se sabe se ele fará um governo acima da média, porque somente o tempo irá dizer. Mas a escolha do eleitor por Bolsonaro é uma resposta a um enredo que foi construído nos últimos dezesseis anos de roubalheira, de descaso e de mentiras, não só do PT como do PSDB e de partidos periféricos. A maioria da população, de todas as raças, de todas as classes sociais, de todas as regiões, está fazendo a opção por Bolsonaro, que está longe de ser o presidente perfeito, mas é o que se tem para dar um basta em tudo que foi presenciado nos governos do PT e aliados que trouxeram ao Brasil a maior crise dos últimos tempos.

São Paulo – O Real Time Big Data divulgou ontem nova rodada de pesquisas para governador de São Paulo. Pela primeira vez, João Doria e Marcio França aparecem empatados literalmente. Ambos possuem 50% dos votos válidos. Pelo gráfico da campanha, é possível afirmar que Marcio França chega neste domingo com grandes chances de ser eleito governador de São Paulo.

Rio de Janeiro – No Rio de Janeiro a vantagem de Wilson Witzel caiu de forma significativa e agora ele possui 54% contra 46% de Eduardo Paes. No levantamento, a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, o que configura numa possibilidade real de virada devido a vantagem do primeiro colocado que era muito grande no início do segundo turno e agora pode ser de apenas dois pontos.

Jarbas Vasconcelos – Apesar de ter declarado o voto em Fernando Haddad no segundo turno, o senador eleito Jarbas Vasconcelos não deverá adotar uma postura de total oposição a um eventual governo Bolsonaro. Jarbas sabe da responsabilidade que ele terá como um dos mais importantes senadores do Brasil e certamente adotará a bandeira da conciliação para tirar o país da crise.

Romerinho Jatobá – No exercício do segundo mandato como vereador do Recife, Romerinho Jatobá tem ganhado força para assumir a primeira-secretaria da Câmara Municipal do Recife. O cargo é ocupado por Marco Aurélio, que se elegeu deputado estadual, e está sendo disputado por Romerinho e outros dois vereadores, porém o nome do primeiro está mais consolidado entre os 39 parlamentares.

RÁPIDAS

Bolsonaro – Eleitor ferrenho de Armando Monteiro, o prefeito de Garanhuns Izaias Regis declarou que votaria em Jair Bolsonaro no primeiro turno e afirmou que no segundo turno repetirá a dose para eleger o capitão ao Palácio do Planalto. O prefeito é uma das principais lideranças de oposição ao PSB de Pernambuco.

Sem hostilidade – Mesmo tendo feito campanha para Fernando Haddad, o governador reeleito de Pernambuco, Paulo Câmara, terá uma relação institucional com o provável presidente Jair Bolsonaro. Ele contará com o deputado federal eleito Luciano Bivar, que ajudará a fortalecer a interlocução de Pernambuco com o governo federal.

Inocente quer saber – De quanto será a vantagem de Jair Bolsonaro neste domingo sobre Fernando Haddad?

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Postado por Edmar Lyra às 11:23 am do dia 26 de outubro de 2018 Deixe um comentário

O erro de Ibope e Datafolha no primeiro turno

Nos levantamentos divulgados em 6 de outubro pelo Ibope e Datafolha, os institutos apontaram, respectivamente, 41% e 40%, para Jair Bolsonaro. Considerando os 107 milhões de votos no primeiro turno, o candidato do PSL teria 43,8 milhões de votos no Ibope e 42,8 milhões no Datafolha. Nas urnas ele obteve 49,3 milhões de votos. A diferença foi de “apenas” 5,5 milhões de votos no Ibope e 6,5 milhões no Datafolha. A votação de Haddad também foi subestimada pelos dois institutos, o Ibope deu 25%, o que seria 26,8 milhões de votos, enquanto o Datafolha repetiu os números do seu concorrente, nas urnas Haddad apareceu com 29,3% dos válidos, 31,3 milhões de votos, uma diferença de 4,5 milhões de votos. Portanto, Ibope e Datafolha erraram a votação dos finalistas em 10 a 11 milhões de votos. Se repetirem o erro no segundo turno sairão desmoralizados.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 26 de outubro de 2018 1 comentário

Coluna do blog desta sexta-feira

Objetivo do PT é diminuir tamanho da vitória de Bolsonaro

Faltando pouco mais de dois dias para o segundo turno da eleição presidencial, os dois maiores institutos do Brasil, Ibope e Datafolha, apresentaram uma diminuição da vantagem de Jair Bolsonaro sobre Fernando Haddad. O Ibope mostrou quatorze pontos, enquanto o Datafolha envidenciou doze pontos. Neste sábado teremos a divulgação de mais uma rodada de pesquisas dos dois maiores institutos, porém ainda que a vantagem seja novamente reduzida, é pouco provável que aconteça uma reviravolta que inviabilize a vitória de Jair Bolsonaro neste domingo.

É importante salientar que as pesquisas possuem uma distorção natural por não captar efetivamente o tamanho da abstenção, e isso acaba beneficiando quem está na frente na hora da decisão na urna, pois os votos válidos são subestimados para quem está na frente nas pesquisas, foi assim que aconteceu no primeiro turno, quando Ibope e Datafolha apontaram Jair Bolsonaro entre 40% e 41% dos votos válidos, as urnas apontaram 46%, o que houve uma distorção de até seis pontos percentuais, quatro a mais que o limite da margem de erro.

Diante do exposto, o objetivo do PT, a essa altura do campeonato, sem a existência de debates, é evitar que Bolsonaro possa atingir mais de 60% dos votos válidos nas urnas, o que seria a maior vitória nominal da história do Brasil, suplantando o ex-presidente Lula que chegou a 61% dos válidos e teve mais de 58 milhões de votos. Como o eleitorado aumentou, Bolsonaro teria todas as condições de passar da votação nominal de Lula.

Se porventura essa vantagem de Bolsonaro, que hoje é de 56% a 44% no Datafolha e 57% a 43% no Ibope, cair para 53% ou 52%, seria uma extraordinária vitória política do PT, pois fortaleceria a narrativa de país dividido e evitaria que Jair Bolsonaro tivesse uma governabilidade mais elástica. O que o PT objetiva a essa altura do campeonato é continuar com o país dividido e evitar que seu adversário possa sair fortalecido das urnas com uma significativa margem. Pelo visto o objetivo parece ter sido alcançado, pois já há dúvidas se Bolsonaro terá uma vitória numérica maior do que a de Lula, e quanto mais votos o PT alcançar até domingo será um ativo político imprescindível para liderar de forma hegemônica a oposição e se manter como alternativa natural em 2022 caso o governo Bolsonaro não tenha êxito.

Forças Armadas – A Marinha de Guerra do Brasil, nesta sexta-feira (26), promove a entrega a personalidades civis e militares do Prêmio “Mérito Visconde de Albuquerque”, por ocasião da solenidade comemorativa dos 161 anos da Escola de Aprendizes-Marinheiros de Pernambuco. Dentre os agraciados, o procurador do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO), Cristiano Pimentel.

Mesmo palanque – O evento com a presença de Fernando Haddad no Recife obrigou a deputada federal eleita Marília Arraes a subir no mesmo palanque de Paulo Câmara. O episódio causou constrangimento a Marília, que teve sua candidatura a governadora retirada após uma articulação envolvendo Paulo Câmara, Luciana Santos, Humberto Costa, Lula, Gleisi Hoffmann e Fernando Haddad.

São Paulo – Na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, João Dória caiu de 53% para 52% dos votos válidos, e ficou numa condição sem empate técnico com Márcio França, que surge agora com 48%, de acordo com o Datafolha. Os dois candidatos possuem rejeição igual, cada um tem 42% que não votaria de jeito nenhum tanto em Doria quanto em França.

Rio de Janeiro – Já para o governo do Rio de Janeiro, o Datafolha mostra que o juiz Wilson Witzel caiu mas continua na liderança. Ele tinha 61% e agora tem 56%, enquanto Eduardo Paes cresceu de 39% para 44%. O que ajuda Witzel é a rejeição, ele tem apenas 38% contra 52% de Eduardo Paes, que foi prefeito do Rio de Janeiro até 2016.

Chapinhas – O presidente estadual do PRTB, Edinázio Silva, lembra que em 2014 foram eleitos cinco deputados estaduais pelas chapinhas formadas por  PSL, PHS, PRTB, PV, PRP, PSDC, Podemos e Solidariedade, que foram Beto Accioly, Socorro Pimentel, Eduino Brito, João Eudes e Professor Lupércio, substituído por Jadeval de Lima. Para federal Kaio Maniçoba foi eleito pelo PHS. Nestas eleições os partidos elegeram Luciano Bivar federal, Marco Aurélio e Fabrízio Ferraz estaduais, e por muito pouco não elegeram o terceiro representante. Já os eleitos em 2014 que trocaram de partido acabaram todos, sem exceção, derrotados nas urnas.

RÁPIDAS

Natal – Sucesso absoluto em anos anteriores, o prefeito de Garanhuns Izaias Regis está trabalhando para realizar a edição deste ano da Magia do Natal. O evento começa no dia 24 de novembro com a apresentação do Quinteto Violado e deverá reunir milhares de pessoas para o evento que se consolidou como a principal festividade natalina de Pernambuco.

Mudança – O deputado federal Felipe Carreras afirmou que não votaria no PT nestas eleições, a declaração se deu através do Twitter, e gerou muita repercussão. Ele disse que não votaria em Lula nem em outro candidato. Ontem, sabe-se lá por qual motivo, declarou voto a Fernando Haddad, sendo chamado por colegas da política de biruta de aeroporto.

Inocente quer saber – A súbita mudança de posição de Felipe Carreras evitará que o PSB escolha João Campos para disputar a prefeitura do Recife em 2020?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 25 de outubro de 2018 Deixe um comentário

Coluna do blog desta quinta-feira

Humberto Costa foi um dos grandes vitoriosos de 2018

Senador eleito em 2010 na chapa de Eduardo Campos, Humberto Costa até então tinha perdido todas as disputas majoritárias que havia disputado, e decidiu disputar dois anos depois a prefeitura do Recife. Naquela ocasião, uma confusão gigante inviabilizou sua competitividade e ele acabou figurando em terceiro lugar e para muitos estava sepultada a sua carreira majoritária.

Pois bem, depois de seis anos afastado do PSB, Humberto incentivou a pré-candidatura de Marília Arraes a governadora, tendo levado a então vereadora do Recife para conversar com o ex-presidente Lula em São Paulo, e dava sinais de que iria viabilizar o projeto próprio do PT ao Palácio do Campo das Princesas.

A pré-candidatura de Marília foi a isca perfeita para atrair o PSB, que pesquisa após pesquisa via sua hegemonia ameaçada pela neta de Arraes. A retirada de Marília foi o passaporte que garantiu a Humberto a sua candidatura a senador na chapa da Frente Popular. Experiente, Humberto sabia que não dava pra entrar numa aventura política para o Senado sendo candidato de oposição, e identificou que não tinha votos para se eleger deputado federal, uma vez que era preciso montar as bases e ele não tinha costurado esses apoios.

Uma vez candidato a senador pela Frente Popular, Humberto beneficiou a reeleição de Paulo Câmara porque tirou Marília do jogo, e pavimentou sua reeleição para o Senado, depois de ter sido dado por muitos como carta fora do baralho. Tudo que foi construído por Humberto é suficiente para perceber que ele é a mente de brilhante do PT em Pernambuco e por isso ele garantiu mais do que oito anos no Senado, também continuará sendo um dos expoentes do partido nacionalmente.

Goste-se ou não dele ou de seus métodos, é inegável que Humberto Costa é um animal político que foi um dos grandes vitoriosos das eleições deste ano, não só por ter sido o senador mais votado como por retirar a pecha de que só foi eleito em 2010 exclusivamente pelo apoio de Eduardo Campos. A sua vitória este ano lhe faz não só o líder absoluto do PT como candidato natural a governador em 2022.

Nome para 2020 – Mais votado proporcionalmente num único município pela segunda eleição consecutiva, o deputado estadual Álvaro Porto (PTB) reafirma sua condição de maior liderança de Canhotinho, no Agreste Meridional. Além de ter recebido 68,13% dos votos válidos (7.557 votos) e ter assegurado o primeiro lugar para André Ferreira (PSC) – 5.644 ou mais de 50% dos votos – na corrida pela Câmara dos Deputados, Porto se constitui no principal cabo eleitoral para a disputa da prefeitura de Canhotinho em 2020. E o que já se comenta na cidade é que Sandra Porto, esposa do deputado, é o nome da vez para o Executivo municipal. Ex primeira-dama atuante quando Álvaro ocupou a prefeitura, ela conquistou a confiança e o coração dos canhotinhenses. Já se fala até mesmo que, dificilmente, alguém da oposição se animará a entrar na disputa com ela.

Fernando Dueire – Suplente de Jarbas Vasconcelos, Fernando Dueire teve atuação destacada durante o governo Jarbas como secretário de Infraestrutura e na eleição deste ano não foi diferente, quando o senador não podia ir a eventos de campanha, o suplente estava lá atuando firmemente para que o titular chegasse ao mandato. Dueire está sendo lembrado para integrar o primeiro escalão de Paulo Câmara na secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Governista – Reeleito com mais do que o dobro de votos em relação ao primeiro mandato, Joel da Harpa está sendo visto como provável governista por setores palacianos. Como ele se reelegeu sem depender exclusivamente dos votos da PM, o deputado terá mais liberdade para abordar outras pautas e naturalmente integrar a base aliada do governador Paulo Câmara na Alepe.

Fake News – Pelo menos duas Fake News envolvendo a campanha de Jair Bolsonaro foram desmascaradas. A primeira foi quando o cantor Geraldo Azevedo disse que tinha sido torturado pelo General Mourão, vice de Bolsonaro. Mourão tinha 16 anos na época e não era do Exército ainda. Ontem uma perícia descobriu que uma jovem de Porto Alegre que havia dito ser mutilada com uma suástica por eleitores de Bolsonaro na verdade praticou automutilação, o que configura nova mentira contra o candidato líder nas pesquisas.

RÁPIDAS

Oposição – Para o deputado estadual Alberto Feitosa, o melhor caminho para o PSB, PDT e outros partidos que apoiam Fernando Haddad, é que o petista seja derrotado por uma larga margem. Isso permitirá que o PT perca a prerrogativa de liderar a oposição a um eventual governo Bolsonaro, e dará chance para o PSB e o PDT assumam o protagonismo político pelos próximos quatro anos na oposição ao provável governo do PSL.

Petrolina – Após uma lacuna de quase doze anos sem obras de mobilidade de alto impacto, a população de Petrolina poderá usufruir do novo sistema viário da Avenida Sete de Setembro. Nesta sexta-feira (26), às 10h, o prefeito Miguel Coelho e o ministro dos Transportes, Valter Casimiro, inauguram a duplicação do corredor de tráfego de veículos situado na porta de entrada da cidade sertaneja. As obras da avenida levaram nove meses para serem concluídas com um investimento de mais de R$ 11 milhões, incluindo a nova rede de iluminação em LED.

Inocente quer saber – Jair Bolsonaro vai vetar ministros de Temer para a sua equipe como seus aliados estão afirmando?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 24 de outubro de 2018 3 Comentários

Coluna do blog desta quarta-feira

Oscilação de Bolsonaro não compromete perspectiva de vitória

Faltando menos de cinco dias para a eleição presidencial, o Ibope divulgou ontem uma rodada que apontou uma oscilação negativa de Jair Bolsonaro de dois pontos percentuais, caindo de 59% para 57% dos votos válidos. O número foi uma queda dos votos totais de 52% para 50% do líder nas pesquisas, enquanto Fernando Haddad ficou estabilizado nos 37%. O resultado aponta para uma flutuação de Bolsonaro e estagnação de Haddad, o que dá a avaliação de que não há sintomas de virada no processo eleitoral.

Na semana que passou, o líder nas pesquisas teve uma exposição bastante negativa com a divulgação de uma suposta compra de mensagens no WhatsApp para atacar Haddad e beneficiar Bolsonaro com divulgação em toda a mídia tradicional, o que em tese poderia tirar o seu favoritismo, mas o resultado foi praticamente nulo considerando a margem de erro, que pode apresentar os mesmos números da semana passada.

É importante observar a cristalização do voto de Bolsonaro, a certeza do voto do presidenciável é maior do que a de Haddad e historicamente o voto útil acaba beneficiando quem está na frente, fazendo com que ele possa ter uma votação recorde no próximo domingo com mais de 60 milhões de votos.

Quem imaginar que pode haver virada no processo eleitoral além de estar desinformado sobre a atual disputa, não tem noção do quadro de eleições anteriores onde todos os vitoriosos do primeiro turno venceram a eleição na segunda etapa, e a vantagem de Jair Bolsonaro dá a segurança de que ele tem o suficiente para sair vitorioso no próximo domingo.

Recorde – Os 460.387 votos obtidos por João Campos em 2018 foram a segunda maior votação proporcional da história de Pernambuco, esse posto era da sua avó Ana Arraes que em 2010 obteve 387 mil votos. O líder absoluto continua sendo Miguel Arraes, que obteve 339 mil votos em 1990, porém equivalia a 19% dos votos válidos da época, em 2018 seriam 820 mil votos.

Liderança – A reeleição da deputada estadual Roberta Arraes foi suficiente para mostrar a sua liderança no sertão do Araripe e mais precisamente em Araripina. Na capital do polo gesseiro, Roberta foi a única deputada a se eleger, sendo a única representante da Frente Popular no município. O resultado deverá render a deputada um maior protagonismo na região e no próprio governo Paulo Câmara.

Rio de Janeiro – O Ibope divulgou ontem mais uma rodada para governador do Rio de Janeiro. A diferença de Wilson Witzel para Eduardo Paes caiu para 12 pontos. Agora Witzel tem 56% das intenções de votos válidos, enquanto o ex-prefeito do Rio tem 44%. A diferença era muito maior nos levantamentos anteriores.

Evangélicos – Apesar da queda da votação de Cleiton Collins em relação a 2014, o segmento evangélico obteve uma expressiva votação em 2018, com a eleição de Presbítero Adauto, Manoel Ferreira, William Brigido, Clarissa Tercio e Joel da Harpa. Juntos, eles tiveram quase 400 mil votos e elegeram seis parlamentares do segmento na Assembleia Legislativa de Pernambuco.

RÁPIDAS

Federal – Já para federal, foram eleitos quatro parlamentares com votos do segmento, André Ferreira foi o mais votado, seguido do Pastor Eurico, Eduardo da Fonte e Ossesio Silva. Apesar de não ser evangélico, parte dos votos de Eduardo da Fonte se deram através da dobradinha com Cleiton Collins.

Mulheres – As urnas do dia 7 de outubro consolidaram a polarização entre a família Santana e a família Sales em Ipojuca. Com a vitória de Simone Santana e Romero Sales Filho para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, há quem aposte que a prefeita Célia Sales, que tentará a reeleição, terá como adversária Simone Santana, o que configuraria num inédito confronto de mulheres pela prefeitura em 2020.

Inocente quer saber – João Doria perdeu mesmo votos com a divulgação daquele suposto vídeo íntimo?

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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