Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 3:42 am do dia 15 de junho de 2013 Deixe um comentário

O impacto da decisão de Eduardo no PMDB.

Jarbas, Eduardo e Raul Henry.

Se o governador Eduardo Campos decidir disputar a presidência da República no ano que vem, restam três vagas na chapa majoritária da Frente Popular, são elas: governador, vice-governador e senador.

Caso Eduardo aborte o projeto nacional, o caminho mais plausível é disputar o Senado, assim como fez Roberto Magalhães (1986) que acabou derrotado pelo trio Miguel Arraes, Mansueto de Lavor e Antônio Farias e Jarbas Vasconcelos em 2006, os demais governadores: Miguel Arraes (1990) e Joaquim Francisco (1994) não tentaram vaga na Casa Alta.

Um mandato de oito anos, apesar de não ser o ideal para Eduardo que está no auge da vida pública, não seria nada mal em caso de um recuo. Mas um eventual recuo da presidência traz desdobramentos para o processo eleitoral em Pernambuco.

O primeiro deles é rifar Jarbas Vasconcelos da possibilidade de disputar a reeleição para o Senado. A vaga ficaria pra Eduardo. Mas o PMDB de Pernambuco não tem tamanho eleitoral para eleger Jarbas Vasconcelos e Raul Henry para a Câmara dos Deputados, mesmo se aliando ao governador. Então, a contrapartida por rifar Jarbas seria emplacar Raul Henry na vice do candidato do PSB a governador.

É importante para Eduardo ter o tempo de televisão do PMDB, que é um dos maiores do país, isso contribui diretamente para que o escolhido do governador, seja ele quem for, principalmente se for um técnico desconhecido do grande público, tenha condições de crescer e sair vitorioso no processo, tal como ocorreu com Geraldo Julio no Recife.

Jarbas Vasconcelos e Raul Henry não têm condições políticas e eleitorais para a essa altura do campeonato lançarem um voo solo do PMDB, também não têm condições de ambos disputarem mandato na Câmara Federal. Então precisarão da boa vontade do governador para com eles.

Portanto, são reféns do que Eduardo decidir. Mas até hoje não ouvi um pio do governador de que teria escolhido Jarbas para ser o seu senador no ano que vem. Alguém já ouviu?

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Postado por Edmar Lyra às 5:12 am do dia 12 de junho de 2013 Deixe um comentário

Coluna Gazeta Nossa edição 162.

As alternativas de Eduardo Campos.

O governador Eduardo Campos está pré-candidato a presidente da República, não significa necessariamente que ele será, como também que não será. Além da disputa presidencial que pode lhe dar uma dimensão política muito maior a nível nacional independentemente de sair vitorioso, Eduardo pode terminar o mandato como no cargo de governador, hipótese pouco provável, disputar um mandato de deputado federal, também pouco provável, ser vice de Dilma Rousseff ou disputar o Senado, opções mais plausíveis visando o seu futuro político. Disputar o Senado facilitará a possibilidade de eleger o sucessor e consolidar as bancadas de deputado federal e estadual da Frente Popular porque ele estaria diariamente fazendo campanha em Pernambuco e transferindo seu prestígio político para o seu candidato a governador. Enquanto a disputa pela presidência da República pode trazer também sérios ônus para a sua biografia política porque até a sua quinta geração será vasculhada pelo PT. Ser vice de Dilma Rousseff continua sendo uma boa saída plausível, desde que acumule uma pasta de visibilidade no seu segundo mandato. O fato é que todos os candidatos esperam pela decisão de Eduardo Campos. Se o mesmo for candidato a presidente as chances de haver segundo turno são grandes, caso opte por apoiar Dilma Rousseff ou até mesmo ficar neutro na disputa presidencial o primeiro turno liquidado por Dilma Rousseff  seria algo mais fácil de ocorrer. Ele será o centro das atenções não só em Pernambuco como no resto do país até março de 2014 quando haverá a desincompatibilização dos cargos de quem disputará eleições no ano que vem, feito isso, em junho nas convenções partidárias quando será definido o rumo do PSB na disputa presidencial. Sem querer, ou até mesmo querendo, o governador de Pernambuco virou o dono da bola presidencial.

Governo – Não é só na disputa presidencial que Eduardo interfere, a nível estadual os pré-candidatos Armando Monteiro, Fernando Bezerra Coelho, João Lyra Neto, Tadeu Alencar e outros dependem da decisão do governador para viabilizarem ou não a sua candidatura.

Dissidente – O senador Armando Monteiro tem talento para abrir dissidências, já fez isso contra diversos governantes. O próximo da fila é Eduardo Campos. A ruptura do senador com o governador é questão de tempo.

Geraldo Julio – O prefeito do Recife começou a levar bombardeio de aliados, da oposição e da população. A sua gestão em seis meses já está sendo contestada por muita gente. Resta saber o que fará o prefeito para não degringolar de vez.

Wanderson Florêncio – Suplente de vereador do Recife pelo PSDB, Wanderson assumirá cadeira na Câmara no lugar de Aline Mariano que se licenciará do cargo para ter o filho. Wanderson teve mais de quatro mil votos e deve apoiar a vereadora para deputada estadual no ano que vem.

Collins no PRTB – O deputado Cleiton Collins duas vezes consecutivas como o mais votado pelo PSC sairá do partido. O seu destino pode ser o PRTB que em Jaboatão é comandado provisoriamente pelo ex-vereador Fernando Gordinho.

Mazelas – O blog de Edmar Lyra criou uma seção para divulgar os problemas da cidade do Recife no intuito de solucioná-los. Ruas e calçadas esburacadas, estacionamentos e comércios irregulares, dentre outras coisas serão denunciadas. A população pode mandar fotos ou vídeos para edmar.lyra@hotmail.com das mazelas recifenses que serão divulgadas imediatamente no blog.

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Postado por Edmar Lyra às 4:41 am do dia 11 de junho de 2013 Deixe um comentário

Armando sinaliza dissidência contra Eduardo.

Hoje aliados, Armando e Eduardo podem estar em palanques opostos no ano que vem.

O senador Armando Monteiro é candidato a governador de Pernambuco desde 2003 quando criou o Grupo Independente para romper com o então governador Jarbas Vasconcelos, que veio a lançar a candidatura de Joaquim Francisco na disputa pela prefeitura do Recife em 2004. A candidatura de Joaquim acabou em terceiro lugar naquele pleito.

Como presidente da CNI, Armando começou a ganhar notoriedade como deputado federal e ensaiou uma candidatura a governador de Pernambuco em 2006, quando aos quarenta e cinco do segundo tempo acabou desistindo do projeto para apoiar Humberto Costa indicando o hoje deputado Augusto César para o posto de vice-governador. Naquele ano Armando foi o deputado federal mais votado e anunciou o apoio a Eduardo Campos no segundo turno após ensaiar optar por Mendonça Filho.

No pleito de 2010 era tido como azarão em relação aos medalhões Humberto Costa e Marco Maciel na disputa pelo Senado. Acabou ficando em primeiro lugar com quase 4 milhões de votos e demonstrou força política e eleitoral.

No ano de 2011 foi o primeiro a abrir dissidência contra a candidatura do prefeito João da Costa. Ensaiou uma candidatura a prefeito, depois ensaiou um apoio a Humberto Costa mas acabou ficando com Geraldo Julio (PSB) que foi vitorioso no pleito do ano passado. Na mesma eleição o PTB emplacou 25 prefeituras e centenas de vereadores em todo o estado de Pernambuco, com destaques para Arcoverde, Tabira, Gravatá, Garanhuns e Igarassu.

Agora Armando Monteiro é figura carimbada na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas e terá papel fundamental para definir o vencedor da disputa do ano que vem. Ciente de que o PT pode embarcar no projeto de Fernando Bezerra Coelho, Armando tenta abrir um diálogo com o partido que governa o Brasil no intuito de ser um plano B na disputa de 2014.

Armando Monteiro seria candidato pelo PTB e Fernando Bezerra Coelho pelo PT, quem fosse ao segundo turno receberia o apoio do terceiro colocado, sendo beneficiado pelo mesmo motivo que beneficiou Eduardo Campos em 2006.

O intuito é isolar Eduardo Campos e aquele que venha a ser o seu candidato. É a política!

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Postado por Edmar Lyra às 3:23 am do dia 11 de junho de 2013 Deixe um comentário

Armando: “A boa política trouxe desenvolvimento para Pernambuco”

Sempre apontado como nome forte para disputar a sucessão do governador Eduardo Campos no próximo ano, o senador Armando Monteiro (PTB) é enfático ao expressar o que, na opinião dele, será fundamental no ano eleitoral de 2014: as lideranças políticas de Pernambuco, independente de seus projetos pessoais, precisam assumir o compromisso de consolidar o crescimento do Estado, com novas obras, com a atração de indústrias e a interiorização do desenvolvimento para todas as regiões.

Armando concedeu entrevista ao programa de Geraldo Freire nesta segunda-feira (10) e defendeu o seguinte: “Nos últimos anos, Pernambuco pôde avançar pela política, a boa política ajudou Pernambuco extraordinariamente. Veja quantos projetos importantes tiveram na sua origem uma decisão política e o quanto isso foi valorizado por uma parceria produtiva e bem feita. Então, o que é que eu costumo dizer? Se a boa política conduziu Pernambuco a esse novo patamar de desenvolvimento, nós temos que ter muita responsabilidade para que a política ainda possa nos levar a novos patamares, à consolidação desse projeto de desenvolvimento que está em curso”.

Armando Monteiro falou ainda sobre inflação e os índices de aprovação do governo Dilma Rousseff. Veja abaixo a íntegra da entrevista:

Sobre a inflação

Armando Monteiro – “A inflação realmente sempre preocupa, porque diminui a renda real do trabalhador. Quando os preços se aceleram é como se você estivesse reduzindo o salário médio das pessoas. Veja que o dado preocupante deste recrudescimento da inflação é que ela é muito maior em alguns segmentos. Por exemplo, na área de alimentos. Nós falamos que o Brasil tem uma inflação projetada de 6% mas, no entanto, na área de alimentos a inflação é muito maior, chegando a 13%, 14%. E há um indicador preocupante nos últimos meses: a venda nos supermercados caiu. É sinal de que, como a inflação é mais alta na área de alimentos, isto está refletindo-se na perda de renda real, de salário real do trabalhador.

O Brasil tem uma longa memória inflacionária. O Brasil domou a inflação, mas não venceu a inflação. Ainda existe na estrutura da economia brasileira uma série de mecanismos que realimentam a inflação. Ainda há muita indexação de preços. Por exemplo, o salário mínimo, os aluguéis, as mensalidades escolares, estão atrelados a mecanismos de indexação.

Então, se nós não tivermos cuidado, qualquer movimento que seja feito de forma não adequada, a inflação pode mudar de patamar. E aí isto tem um poder extraordinário de erodir a popularidade dos governos. Ou seja, com inflação não se brinca. Com inflação temos de ter uma atitude de muito rigor. A taxa de juros é um instrumento. Às vezes é um remédio amargo. Mas muito pior do que o remédio é a inflação.

Então, se eu pudesse aqui dizer o que está refletindo esta pequena perda de popularidade do governo, eu diria; é, numa certa medida, a inflação, e a combinação de algumas notícias e de um farto noticiário no Brasil de alguns aspectos negativos da agenda econômica. Então, se somarmos tudo, terminou se produzindo este resultado”.

Na economia valem as expectativas

Armando Monteiro – “Na economia, valem mais as expectativas do que o dado presente. Se os agentes econômicos, um pequeno empresário, ou o consumidor, por exemplo, olha para o futuro e acha que vai ter mais inflação, já começa tomando medidas defensivas, antecipadamente, que só servem para sancionar esta expectativa, e fazer com que tudo isto aconteça mesmo. Portanto, é por assim dizer a crônica da morte anunciada”.

A área de serviços tem pressionado os preços

Armando Monteiro – “Os bens industriais cresceram muito menos de preço do que os outros segmentos. Porque eles estão sujeitos à concorrência do produto importado. A indústria brasileira está perdendo espaço no mercado doméstico para a importação. E não há melhor forma de combater aumento de preço se não com a importação. É como dizer: “Olha, você vai praticar seu preço, mas se elevar muito eu importo e deixo de comprar a você”. Isto acontece com a indústria. Agora, porque isto não acontece na área de serviços, por exemplo? Porque você não pode importar serviços. Você vai ao cabeleireiro, não pode importar cabeleireiro. Então, a área de serviços é que tem pressionado mais os preços.

E tem outro dado também. O Brasil está vivendo em uma situação, e olhe o paradoxo, muito positiva, que é quase de pleno emprego.  Mas quando você tem uma economia funcionando a pleno emprego isto gera também pressões inflacionárias. Porque nos acordos e negociações coletivas, as categorias se fortalecem a tal ponto… Porque você não tem praticamente um estoque de desempregados, você não tem gente qualificada para substituir aquele trabalhador. Então, nas negociações coletivas, as categorias vêm conseguindo impor ganhos, aumentos reais de salários significativos. E aí, na área de serviços, você passa isto para os preços”.

Medidas necessárias

Armando Monteiro – “A solução é atuar sobre as expectativas primeiro. É dar um sinal aos agentes econômicos que quem ficar apostando na inflação vai perder.  Qual é a melhor maneira de sinalizar isto para os agentes econômicos? É aumentar, circunstancialmente, a taxa de juros. É dizer: “Olha, a autoridade monetária não vai brincar. Se é para aumentar a taxa de juros nós vamos aumentar”. E a outra é aumentando a produção. Nós precisamos de mais produtividade na economia. O Brasil vive um processo de perda de produtividade, relativamente. Nós precisamos aumentar a produção, ampliar a oferta, e aumentar o investimento”.

Investimento em inovação

Armando Monteiro – “A empresa brasileira está confrontada com a sua própria sobrevivência. É o empresário que está cuidando do capital de giro, de pagar a folha, de poder concorrer no curto prazo. O investimento em tecnologia e inovação é de médio e longo prazo. Então, você para gerar inovação precisa ter um ambiente econômico mais estável, mais equilibrado. Mas, apesar disto, as linhas de financiamento para a área de inovação têm sido ampliadas no Brasil. A Finep (Agência Brasileira de Inovação) tem três vezes o orçamento que tinha há cinco anos”.

A recuperação da economia americana

Armando Monteiro – “O dólar está se valorizando no mundo. É uma tendência em relação a esta cesta de moedas, seja em relação ao Real, seja em relação ao euro, às moedas asiáticas. O dólar está se valorizando porque os Estados Unidos estão ganhando novamente fôlego econômico. A economia americana voltou a andar. E, o que é mais importante, há um sentimento de que a economia americana virá com mais força, porque ela está se tornando mais competitiva. Ela já tinha o conhecimento, já faz inovação em muitas áreas, porque tem um capital humano muito qualificado. E, além disto, ela está reduzindo custos de produção. O gás no Brasil custa US$ 15 por milhão de BTU. O gás lá fora custa US$  4 o milhão de BTU. E mais, agora tem o gás do xisto, que o americano descobriu, que é mais barato ainda. Então, a economia americana está se relançando na indústria com custos baixos”.

Desmonte da indústria brasileira é inaceitável

Armando Monteiro – “Porque a situação da indústria no Brasil é difícil? Porque ela tem custos mais altos do que os asiáticos, e ela não incorpora o conhecimento, como as economias mais avançadas. Nós estamos no meio do caminho. Ou nós cuidamos de reduzir custos sistêmicos, reduzir custos logísticos, tributários, de energia, fazer com que não haja um grande descompasso entre salário e produtividade, e investir em inovação crescentemente, ou a indústria brasileira tenderá a regredir. E eu tenho dito que admitir o desmonte da indústria brasileira é algo inaceitável. Este foi um trabalho de gerações. O Brasil construiu uma indústria expressiva. E se nós não enfrentarmos esta agenda da competitividade, nós corremos o risco de ter menos indústrias. E quando se tem menos indústria o crescimento é pior”.

A redução na tarifa de energia teve efeito?

Armando Monteiro – “Acho que sim. Foi um passo importante, um sinal importante. Agora, a diminuição das reservas, dos nossos reservatórios de águas, das hidrelétricas, fez com que o governo tivesse de acionar as termelétricas e utilizar gás, o que aumenta os custos. E isto aconteceu na mesma hora que a presidente Dilma reduziu as tarifas. Então nós não estamos sentindo ainda o efeito de forma expressiva.  Mas, voltando ao quadro normal, nós tivemos uma redução do custo da energia.

Vamos lembrar também, e este é um mérito do governo da presidente Dilma, que mais de 50 setores da economia tiveram redução na folha de pagamento, não pela redução de salários, como a Europa está fazendo e teve que fazer, mas pela redução dos encargos na folha. A folha está sendo desonerada, quando você tira aquela contribuição patronal do ISS, da folha para o faturamento. Então, é atuar sobre os custos, diminuir os custos, isto é o que nós precisamos fazer para termos uma indústria competitiva”.

O Brasil desaprendeu a investir em infraestrutura e logística

Armando Monteiro – “Este é um ponto seríssimo. O Brasil é competitivo até a porta da fazenda. Ninguém produz soja com custos tão baixos do que o do Brasil. Mas para levar soja da fazenda para o porto, aí a gente começa a perder. Perde porque as estradas são ruins, porque não tem condição adequada de armazenagem, perde porque a operação portuária é onerosa e pouco produtiva. Então, na fazenda o Brasil tem custos imbatíveis, mas até chegar no porto estas vantagens desaparecem, por conta da infraestrutura e da logística.

E porque a infraestrutura se deteriorou tanto no Brasil? Porque o Estado brasileiro, além de investir pouco, desaprendeu a investir em logística. Eu lembro da estrutura do DNIT (Departamento Nacional de Infraestutura de Transportes), o que foi o GEIPOT (Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes), no passado. Tinham capacidade técnica, capacidade financeira, fazia-se bons projetos, você tinha uma qualidade técnica nesta área. Depois, vieram aqueles anos difíceis e tudo isto foi sendo desmontado. E o Estado brasileiro só sabe fazer o gasto de má qualidade. Qual é? É contratar gente, é inchar a máquina, é fazer despesa de custeio. Agora, o gasto bom, que é o gasto em infraestrutura, que é o gasto que melhora a vida das pessoas, que aumenta a produtividade da economia, este o Estado brasileiro desaprendeu a fazer. Então as obras se arrastam, anos e anos, têm problemas técnicos, se faz obras sem o projeto executivo ficar pronto.

O que é que nós estamos sofrendo na transposição (do rio São Francisco)? Iniciamos a obra sem os projetos executivos prontos. Quando os projetos ficam prontos a obra tem que mudar. Porque tem coisas que não estavam previstas, tem custos adicionais”.

Parcerias com o setor privado

Armando Monteiro – “Então algo fundamental é investir em infraestrutura. Já que o Estado brasileiro perdeu esta capacidade, é preciso fazer parceria com o setor privado. E em boa hora a presidente Dilma, mesmo com atraso, está lançando os editais para fazer concessões na área de ferrovia, de rodovia. Para estes editais serem bem sucedidos é preciso deixar o mercado funcionar, leilões. E aí, a taxa de retorno, a lucratividade de quem vai entrar no negócio, o mercado define.

Esta coisa intervencionista de querer determinar lucro, margens, é por assim dizer agredir a própria lógica do mercado. Porque é preciso ter taxa de retorno atrativa? Porque são investimentos de prazo longo. Num país que tem tantas incertezas do ponto de vista regulatório, o empresário para entrar tem que ter segurança. Sem a parceria com o setor privado, estas obras não vão acontecer.

Então, o Brasil precisa de mais parceria e precisa reforçar a capacidade técnica do Estado. E veja que ela (Dilma) recriou uma Empresa de Planejamento e Logística, EPL, que nada mais é do que o GEIPOT do passado. O Brasil está voltando, décadas depois, a fazer aquilo que infelizmente deveríamos ter feito muito antes”.

O debate econômico vai substituir a agenda social nas Eleições 2014?

Armando Monteiro – “Eu acho que não há como tratar o social sem cuidar do econômico. Como é que o Estado pode ter políticas sociais sustentáveis, e até ampliá-las, se não tiver um bom desempenho na economia? Quando a base econômica cresce você amplia a arrecadação dos entes públicos de forma saudável. Porque você amplia a arrecadação pela via do crescimento.

E é a arrecadação, em última instância, que garante os programas sociais. Como é que nós podemos fazer mais programas sociais se tivermos um quadro de estagnação na economia? Então este debate está absolutamente interrelacionado.

Não há quem não se eleja presidente da República sem ter uma visão do processo econômico, de como pode destravar, de como o país pode crescer, de como pode crescer melhor. Porque nós não podemos crescer para alguns só. Houve um tempo, o do milagre econômico, em que o país crescia 10%, mas o povo não se apropriava destes ganhos”.

Contribuições de Lula e Fernando Henrique

Armando Monteiro – “Então a pergunta é a seguinte: crescer para quem? E hoje, veja o paradoxo, a gente cresce menos, mas o povo está melhor, porque houve uma melhor distribuição de renda no Brasil nos últimos anos. E aí credite-se, em certa medida ,ao início dos programas sociais – que Fernando Henrique teve um peso -,  ao fim da inflação, porque a inflação era um flagelo que tirava a renda do mais pobre, a estabilidade também ajudou.  E, em grande medida, ao presidente Lula, que pôde com os programas sociais e com a política do salário mínimo, promover uma grande distribuição de renda neste país. O melhor candidato a presidente da República é aquele que tem uma visão da economia, que sabe como o país pode crescer pode crescer mais e melhor, sem evidentemente descurar da realidade, de um olhar sobre a realidade social. E, para mim, a realidade social hoje nos impõe um desafio fundamental, que é melhorar o desempenho do sistema educacional do Brasil”.

Pernambuco avançou pela boa política

Armando Monteiro – “Queria começar fazendo uma colocação olhando Pernambuco, porque a gente tem que ter um olhar sobre o Estado sempre: como Pernambuco pôde avançar ao longo desses últimos anos pela política? Ou seja, a boa política ajudou Pernambuco extraordinariamente. Veja quantos projetos importantes tiveram, na sua origem, uma decisão política. E o quanto isso foi valorizado por uma parceria produtiva e bem feita. Então, o que é que eu costumo dizer? Se a boa política conduziu Pernambuco a esse novo patamar de desenvolvimento, nós temos que ter muita responsabilidade para que a política ainda possa nos levar a novos patamares e até à consolidação deste projeto de desenvolvimento que está em curso. Ou seja, nós atores políticos precisamos ter a responsabilidade de não fazer com que as justas ambições, até legítimas, possam ao final traduzir-se em um prejuízo para o Estado de Pernambuco. Então, se a boa política nos trouxe até agora, vamos fazer com que ainda pela política, e pela boa política, nós possamos ser conduzidos em direção ao futuro”.

A presença do PTB no Governo Dilma

Armando Monteiro – “O PTB Nacional tem um alinhamento forte com o Governo Federal. Já tinha porque as bancadas na Câmara e no Senado são governistas, estão na base do governo e se alinham com o governo. E agora, houve um convite para que o presidente interino do partido pudesse exercer uma diretoria do Banco do Brasil. Então, esse enlace do PTB com o Governo Federal ao que parece está se fortalecendo. Agora, isto define a posição do partido até a próxima eleição? Não necessariamente. O que é que nós assistimos hoje? Existem partidos que estão na base da presidente Dilma, que tem até ministérios, e que tem dito o seguinte: 2014 nós vamos tratar em 2014”.

Apoio do PTB à reeleição de Dilma não está selado

Armando Monteiro – “Eu lembro que o presidente do PDT, por exemplo, Carlos Lupi disse que a ida do partido para o ministério diz respeito à aliança feita na eleição passada e que 2014 é outro momento. E têm partidos, feito o PSB, que estão no governo da presidente Dilma, e que aspiram um projeto próprio, o que eu acho até legítimo. Ora, se isso tudo está acontecendo, admitir que o PTB amanhã possa, necessariamente, não formalizar a aliança com a presidente Dilma, é algo que pode acontecer. Em suma, não está definido, não está selado”.

Eduardo também conversa com o PTB

Armando Monteiro – “Especula-se sobre muita coisa. O governador tem canais. O governador tem dialogado até com o PTB, independentemente de mim. Ele tem seus canais próprios. Eu acho que tem uma questão em Pernambuco que vai ser, esta sim, definidora: o governador é candidato? Porque até agora nós falamos sobre hipóteses de alianças. Mas qual é a realidade atual? A realidade é que o PSB está no governo de Dilma, o PT está no governo de Eduardo e o PTB está no governo de Eduardo e no governo de Dilma”.

Decisão de Eduardo será fundamental para formação de alianças

Armando Monteiro – “Eu não sinto nenhum desconforto. Eu fui eleito em 2010 num palanque onde estavam o PT e o PSB. Eu me elegi ao lado de Eduardo e de Humberto. Eu estou inserido neste campo. Houve aquele episódio da eleição municipal, onde nós acompanhamos o PSB, em que houve esta posição de falta de convergência na aliança. Mas o fato é que nós estamos inseridos nesse campo. Agora a questão é a seguinte: o governador vai ser candidato, o PSB terá um projeto próprio ou não? Isso vai ser fundamental para a definição e encaminhamento do processo aqui”.

Cenário pode ser definido ainda este ano

Armando Monteiro – “Às vezes, você pode até desejar um calendário, mas a dinâmica do processo político não ajuda. Porque as alianças que vão se formando, as especulações, os movimentos dos pré-candidatos… Tudo isso faz com que o projeto tenha uma dinâmica própria. Meu sentimento é que esse processo terá que ser definido, ou pelo menos, terá que se desenhar este ano. Não vai dar para imaginar que isso só vai ser discutido em 2014. Porque é evidente que o Governo Federal, diante deste processo, vai em algum momento colocar a questão da solidariedade dos seus parceiros. Acredito que no segundo semestre este processo tem que estar claramente desenhado, na minha avaliação”.

Não faço movimentação fora de nosso campo político

Armando Monteiro – “Me sinto confortável. Esse processo nosso aqui é tranquilo. Eu estou no mesmo campo onde estive em 2010. Não estou fazendo nenhuma movimentação fora do nosso campo. Eu dialogo com o PSB. Considero que o governador Eduardo Campos é o condutor natural deste processo, e dialogo com o PT. Agora, neste momento, todos estão juntos ainda. Vai haver o momento em que, se houver o projeto próprio do PSB, essa questão então vai ser definida”.

Sobre Fernando Bezerra Coelho

Armando Monteiro – “Fernando Bezerra Coelho tem se desempenhado muito bem no Ministério (da Integração Nacional). Um ministério difícil, um ministério cheio de problemas. Ele encontrou lá um imenso passivo, representado por obras que estavam interrompidas. Processos que tiveram que ser reiniciados e retomados. E o ministro, de forma operosa e competente, tem enfrentado essa agenda negativa do ministério e tem vencido. E tem sido um grande parceiro de Pernambuco. Quem anda por aí afora e vê estas obras hídricas que estão sendo feitas como a Adutora do Pajeú, a ampliação da Adutora do Oeste, a Adutora do Agreste, pequenas adutoras como essa que vai servir a Arcoverde. Tudo isso tem muito dinheiro do Governo Federal”.

Pernambuco descuidou de sua infraestrutura hídrica

Armando Monteiro – “Há estados no Nordeste que tinham melhor infraestrutura no setor hídrico do que Pernambuco. Pernambuco descuidou disso ao longo do tempo. Veja, por exemplo, o Rio Grande do Norte tem uma malha de adutoras, Sergipe, a Paraíba tem, o Ceará. Então, Fernando tem sido um bom parceiro e está lá servindo a Pernambuco. Ao Brasil, porque é ministro do país, e a Pernambuco”.

O candidato à presidência tem que tratar da agenda do semiarido

Armando Monteiro – “Nós descuidamos de uma agenda permanente de enfrentamento da questão do semiárido. Nós, lideranças do Nordeste. Tanto que agora eu tenho dito o seguinte: candidato a Presidente da República tem que tratar essa agenda do semiárido como uma agenda fundamental. Aliás, essa é uma agenda de Estado. Nós temos que cobrar o compromisso com essa agenda. A continuidade das obras de segurança hídrica e infraestrutura, um amplo programa de segurança alimentar para os rebanhos, silagem, relançamento da palma em condições fitossanitárias que protejam da cochonilha. Temos muito o que fazer. Tem uma agenda extensa aí para fazer. Agora, voltando àquele ponto, Fernando tem sido um bom ministro de Pernambuco, tem sido parceiro, e essas questões políticas que são identificadas, encontros, desencontros, ficam muito na crônica política. O importante é trabalhar por Pernambuco”.

Armando é candidato ao Governo de Pernambuco?

Armando Monteiro – “Nunca escondi, até porque não é do meu temperamento, que aspiro ser”.

Governo Federal e Estadual têm atuado no combate à seca

Armando Monteiro – “Ambos têm atuado nos últimos anos de forma proativa. Veja o trabalho do Ranilson Ramos, por exemplo, um secretário onipresente. As pequenas obras, as cisternas, a assistência na emergência, a presença. Agora tem um programa de pequenas barragens exatamente para capilarizar essa questão da acumulação de água, porque tem lugares remotos, que ficam longe das adutoras. É preciso fazer um programa de pequenas barragens. Tem um programa novo agora do Ministério”.

Pernambuco ainda tem muitos desafios

Armando Monteiro – “Nós temos em Pernambuco ainda muitos problemas e muitas carências estruturais. O pernambucano, graças a Deus, readquiriu a confiança, acredita no seu Estado, mas nós temos que ter a compreensão de que este ciclo precisa ser mantido e que Pernambuco tem muitos desafios pela frente. Estou expressando uma visão de um político que tem responsabilidades com o Estado. Quando a gente fala da economia, com tanta coisa acontecendo em Pernambuco. Mas quanto a economia de Pernambuco representa em relação a economia do país? Nós somos menos de dois por cento da economia do Brasil. Nós somos meio por cento das exportações brasileiras”.

É preciso avançar na educação

Armando Monteiro – “Nós temos na área de educação um desempenho que melhorou muito nos últimos anos, graças ao esforço do Governo do Estado, mas nós ainda não estamos muito bem situados no ranking da educação no Brasil. Então, há muito o que fazer. E por isso, eu digo: a boa política que nos ajudou nos últimos anos, a gente precisa ter cuidado para que esses movimentos todos, que são justos, que traduzem justas aspirações, onde eu me incluo, que isto ao final não expresse uma posição personalista. Nós precisamos ter a seguinte compreensão: os nossos projetos têm que ter sempre como limite o interesse mais amplo de Estado”.

O fraco desempenho do Nordeste na agricultura

Armando Monteiro – “Veja como nós somos pouco relevantes. Em que pese essa foi a pior seca, que dizimou rebanhos, você vê que o Brasil está batendo recordes (na produção de grãos). Neste PIB de 0,6, a agricultura respondeu por 9,5%. Então, foi graças à agricultura que nós crescemos 0,6, senão teríamos crescido 0,2. Então, o que acontece? Temos carências estruturais imensas. Veja o desafio dessa infraestrutura de Pernambuco. Como a gente tem obras fundamentais que precisam ser concluídas. A Transnordestina, que é uma definidora das condições logísticas. Acredito que nós vamos terminar a Transnordestina, porque acho que a obra é irreversível. Chegou a um ponto que não dá para retroceder. Agora evidentemente, houve uma extensão do cronograma. A obra encareceu muito. Nós tivemos algumas coisas que foram administradas por governos estaduais, como as desapropriações, que atrasaram. Nós tivemos alguns problemas de natureza técnica. Mas é irreversível. E para o Nordeste é fundamental”.

O desafio da qualificação e a interiorização do desenvolvimento

Armando Monteiro – “Temos um desafio imenso que é a questão do capital humano, que passa pelo sistema educacional, pelo treinamento, pela capacitação, pela qualificação. Veja que em Pernambuco o desenvolvimento é muito concentrado ainda. Houve um esforço extraordinário do governo Eduardo Campos e, ao meu ver, uma das mais importantes decisões do governador foi essa de induzir a localização da FIAT em Goiana. Você está criando um novo polo de desenvolvimento que vai além de Goiana. É um novo eixo de desenvolvimento. Foi uma decisão fundamental, do ponto de vista estratégico. Mas quando a gente olha outras regiões do Estado, você vê que o tecido econômico é rarefeito. Não tem quase nada em algumas áreas. Então, há muita coisa que nós temos que fazer e, para isso, volto a dizer, a boa política que nos trouxe até agora tem que nos conduzir e garantir esse futuro que vem pela frente”.

Excesso de Ministérios no Governo Federal

Armando Monteiro – “Tem ministérios que são na realidade secretarias, às quais deram status de ministério. Há ministros que não despacham com a Presidente da República, meses e meses. O ideal é que você tivesse uma estrutura enxuta com 12 ou 15 ministérios e que, dentro destes ministérios, as áreas afins pudessem estar incorporadas num nível de secretarias. Por exemplo, esta questão da pesca. Tem ministérios também na área social, de direitos civis, de políticas públicas. Em suma, nós precisamos ver. Eu quero dizer que endosso esta crítica, porque acho que a presidente não consegue despachar com 40 ministros. Acho que há uma fragmentação, dispersão, sobreposição, e isto é muito ruim”.

Eduardo é candidato a presidente em 2014?

Armando Monteiro – “A definição do governador Eduardo é fundamental no processo. Porque ele é um ator importante. Se ele for candidato a presidente da República, isto vai produzir uma situação de um novo palanque nacional e isto terá reflexos sensíveis em Pernambuco. Então esta posição do governador poderá em grande medida definir estes outros movimentos. Sobre chances, ou percentuais (de se confirmar a candidatura) eu não me arriscaria a dizer. Eu tenho indicações que me apontam que o governador é candidato, mas evidentemente ele próprio tem dito que esta decisão ainda vai passar por uma discussão no próprio partido, uma avaliação das condições, que este ano ainda deve ser consagrado à gestão, à administração. Acho que esta posição vai ser definida, naturalmente, nos próximos meses”.

Diálogos políticos e o projeto de candidatura ao Governo

Armando Monteiro – “A primeira questão é a seguinte. Como é que se faz a política? A política se faz no diálogo, na conversa. Qual é o ator político que possa se furtar de conversar, de dialogar? Conversei longamente com João Lyra (vice-governador). Fizemos uma avaliação do quadro local. Ou seja, a política se faz através do diálogo. E eu não vou me destituir da condição de ser um ator político. Eu não posso negar a essência do que é o processo político. Eu também converso com Fernando Bezerra Coelho frequentemente”.

Opções de palanques em 2014

Armando Monteiro – “Eu dialogo com todos muito bem e não me sentiria desconfortável se tivéssemos juntos amanhã, em qualquer circunstância. Ou todos juntos no palanque de Eduardo aqui, o que pode acontecer, ou eventualmente juntos numa oposição que seja coerente com a nossa trajetória e com o campo onde nós estamos inseridos. Eu não teria dificuldade”.

A escolha do candidato da Frente Popular

Armando Monteiro – “Eu tenho dito e reconheço que o natural condutor do processo é o governador, que tem dado demonstrações de competência política, de competência administrativa. A chapa de 2010 foi construída com uma visão pluripartidária. Eu confio que o governador vai encaminhar isto da melhor forma possível. Porque acho que o governador tem a consciência de que a boa política é que nos trouxe até aqui. Portanto, vamos apostar na boa política e vamos dialogar sempre, sobretudo no interesse de Pernambuco”.

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Postado por Edmar Lyra às 3:10 am do dia 10 de junho de 2013 Deixe um comentário

Datafolha mostra possibilidade de disputa em 2014.

Dilma cai, Marina se estabiliza, Aécio cresce e Eduardo fica estagnado.Esses foram os números do último Datafolha.

Desde que foi eleita em 2010 a presidente Dilma Rousseff ostentou elevados índices de aprovação, o que levou a crer que teria uma reeleição absolutamente tranquila em 2014, não havendo disputa e sim nomeação.

Com os números da economia em baixa, que foram os que viabilizaram FHC por causa do Plano Real em 1994, Lula em 2002 por conta da crise econômica mundial e o medo da inflação, aliados a vontade de mudança, e consequentemente a sua vitóra em 2010, Dilma Rousseff terá certa dificuldade para garantir um segundo mandato. Isso já pôde ser observado na pesquisa Datafolha divulgada neste fim de semana.

O brasileiro em sua maioria não está nem aí com a corrupção, com o trânsito, com a violência, etc. Na prática ele se preocupa com a sua condição financeira, que é quem vai lhe dar possibilidades de viajar, de passear, de investir, de morar, de comer, enfim, de comprar. Quando isso é afetado, consequentemente o seu humor fica desgastado e naturalmente ele começa a perceber melhor os problemas e refletir sobre eles.

É nisso que está sintetizando os novos números do Datafolha. Na sondagem anterior a presidente tinha 65% de ótimo ou bom (superando os seus antecessores Lula e FHC com folga), agora esse contingente é de 57%. Sobre a inflação 51% dos entrevistados disseram que ela iria aumentar, no levantamento anterior esse número era de apenas 43%, enquanto o desemprego que aumentaria para 31% na sondagem anterior, agora esse contingente é de 36%. Ou seja, a percepção do eleitor sobre emprego e renda está começando a mudar para pior.

Por fim, o dado interessante sobre os números da corrida presidencial de 2014. Dilma tinha 58% das intenções de voto e caiu para 51% na nova sondagem, enquanto Aécio Neves tinha 10% e foi para 14%. Já Marina Silva e Eduardo Campos seguem estagnados com 16% e 6%, respectivamente.

Se as eleições fossem hoje, Dilma Rousseff estaria reeleita com 58% dos votos válidos (51% das inteções de voto/88% que é o somatório de todos os candidatos + 1% dos nanicos que não aparecem). No levantamento anterior Dilma teria 64% dos votos válidos (58% das intenções de voto/91% que era o somatório de todos os candidatos + os nanicos que não aparecem).

Mantidas as condições de candidaturas com Marina e Eduardo estagnados, Aécio crescendo mais quatro pontos e Dilma perdendo mais sete, teríamos um cenário daqui a três meses de maior dificuldade para a presidenta, pois os números iriam para Dilma 44%, Aécio 18%, Marina 16%, Eduardo 6% e nanicos 1%. A disputa ficaria Dilma 44% x Adversários 41%, em votos válidos Dilma ficaria com 52% e os adversários 48%, o que já colocaria o segundo turno dentro da margem de erro.

Resta saber se Dilma irá reverter a curva de queda e seus adversários estagnarão ou se ela continuará caindo e os adversários crescerão. O fato é que Aécio Neves já se mostrou relativamente competitivo, porém, ele depende das candidaturas de Marina e Eduardo para viabilizar um segundo turno. Por isso que o governo federal tem agido fortemente para inviabilizar o partido de Marina e a candidatura de Eduardo.

O cenário Dilma x Aécio é o melhor dos mundos para o PT. Enquanto Dilma x Aécio + Eduardo + Marina é o maior pesadelo do partido da estrela.

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Postado por Edmar Lyra às 5:52 am do dia 6 de junho de 2013 Deixe um comentário

A caótica situação do DEM em Pernambuco.

A situação do partido de Mendonça é caótica.

O Democratas tem sofrido quedas sucessivas desde que deixou de ser PFL, quando já havia sofrendo perda de representação, porém, em vez de mudar a curva de descenso, a situação só fez piorar. Desde 1986 foram sete eleições para deputado federal e o partido só fez minguar de lá até cá. E para as eleições do ano que vem o quadro é desesperador.

No longínquo ano de 1986 o PFL governava Pernambuco com Roberto Magalhães e lançava José Múcio Monteiro contra Miguel Arraes que viria a ser o vitorioso daquele pleito, arrastando os dois senadores e desbancando Margarida Cantarelli e Roberto Magalhães, candidatos do PFL ao Senado.

Naquela eleição o PFL elegeu nada menos do que onze deputados federais dos 25 que Pernambuco tinha direito. Nada menos do que 44% da bancada pernambucana na Câmara dos Deputados. Foram eleitos pelo partido Joaquim Francisco, Osvaldo Coelho, Paulo Marques, Inocêncio Oliveira, Gilson Machado, Ricardo Fiuza, José Jorge, José Mendonça, José Moura, Salatiel Carvalho e José Tinoco.

Para a Assembleia Legislativa o partido emplacou 19 deputados estaduais dos 49 eleitos, o que equivale a 38,8% da bancada da Casa Joaquim Nabuco, os eleitos foram: Osvaldo Rabelo, Felipe Coelho, José Aglaílson, Manoel Ramos, Arthur Oliveira, Maviael Cavalcanti, Antonio Mariano, Geraldo Barbosa, Vital Novaes, Geraldo Coelho, Mendonça Filho, Henrique Queiroz, Joel de Holanda, Carlos Porto, Argemiro Menezes, José Liberato, Fausto Freitas e Ivo Amaral.

Nas eleições de 1990 o partido emplacou Joaquim Francisco como governador que desbancou Jarbas Vasconcelos, bem como Marco Maciel no Senado, que desbancou José Queiroz. Para a Câmara dos Deputados foram eleitos novamente 11 representantes, que foram eles: Roberto Magalhães, José Múcio, Ricardo Fiuza, José Mendonça, Inocêncio Oliveira, Osvaldo Coelho, Gilson Machado, Gustavo Krause, Pedro Corrêa, José Jorge e Salatiel Carvalho. Enquanto para a Assembleia Legislativa o partido emplacou apenas quinze parlamentares, que foram eles: Osvaldo Rabelo, Eduardo Araújo, José Marcos, Natalício Mendonça, Paulo Cintra, Mendonça Filho, Geraldo Barbosa, Geraldo Coelho, Antonio Mariano, Romário Dias, Augustinho Rufino, Sebastião Oliveira e Aníbal Caribé.

No pleito de 1994 que teve como vitorioso Miguel Arraes para governador, o candidato do PFL foi Gustavo Krause, para o Senado foram eleitos Carlos Wilson (PSDB) apoiado pelo PFL e Roberto Freire (PPS) apoiado pelo PSB. Para deputado federal o partido emplacou novamente 11 parlamentares que foram eles: Roberto Magalhães, Inocêncio Oliveira, José Múcio, Osvaldo Coelho, Mendonça Filho, Pedro Corrêa, José Jorge, Tony Gel, José Mendonça, Severino Cavalcanti e Carlos Guerra. Enquanto para deputado estadual o partido alcançou 17 eleitos que foram eles: Geraldo Coelho, Gilberto Marques Paulo, Enoelino Magalhães, Eduardo Araújo, Romário Dias, André de Paula, Carlos Rabelo, José Marcos, Gedeão Rosa, Antonio Mariano, Geraldo Barbosa, Henrique Queiroz, Tereza Duere, Eduardo Batista, João Mendonça, Sebastião Rufino e Manoel Ferreira.

Na disputa de 1998, quando o PFL apoiou Jarbas Vasconcelos indicando Mendonça Filho como vice, a União por Pernambuco foi vitoriosa e ainda emplacou José Jorge para o Senado, naquela eleição Fernando Henrique Cardoso foi reeleito para a presidência da República. Como se coligou com o PMDB e o PSDB, acabou emplacando apenas oito deputados federais, que foram eles: Inocêncio Oliveira, Joaquim Francisco, Osvaldo Coelho, José Múcio, José Mendonça, André de Paula, Tony Gel e Ricardo Fiuza. Na disputa pela Assembleia foram eleitos apenas doze parlamentares, que foram eles: Geraldo Coelho, Augusto Coutinho, Lula Cabral, Sebastião Rufino, Gilberto Marques Paulo, José Marcos, Antonio Mariano, Eudo Magalhães, Romário Dias, João Mendonça, Ciro Coelho e Teresa Duere.

Em 2002 Jarbas Vasconcelos foi reeleito e conseguiu arrastar consigo Marco Maciel e Sérgio Guerra para o Senado, no plano federal o eleito foi Lula (PT). O PFL que integrava a União por Pernambuco elegeu apenas cinco deputados federais, que foram eles: Inocêncio Oliveira, André de Paula, José Mendonça, Joaquim Francisco e Osvaldo Coelho. Para a Assembleia Legislativa o partido emplacou apenas sete deputados estaduais, que foram eles: Augusto Coutinho, Elias Lira, Ciro Coelho, Romário Dias, Sebastião Rufino, Maviael Cavalcanti e Roberto Liberato.

No pleito de 2006 quando Mendonça Filho foi o candidato do partido e acabou perdendo para Eduardo Campos, Jarbas Vasconcelos foi eleito para o Senado e Lula reeleito para a presidência, o PFL emplacou apenas três deputados federais que foram Roberto Magalhães, José Mendonça e André de Paula. Enquanto para a Assembleia Legislativa o partido elegeu oito deputados estaduais que foram eles: Miriam Lacerda, Romário Dias, Augusto Coutinho, Elias Lira, Ciro Coelho, Maviael Cavalcanti, Geraldo Coelho e Manoel Ferreira.

Enfim, chegamos a 2010 quando o partido já na oposição elegeu apenas dois deputados federais que foram Mendonça Filho e Augusto Coutinho e dois deputados estaduais que foram Tony Gel e Maviael Cavalcanti. Para o Senado, Marco Maciel que era candidato à reeleição acabou ficando em terceiro lugar na disputa.

O cenário se mostra altamente complexo para o DEM que irá penar para eleger um deputado federal e terá elevadas dificuldades para manter a bancada que possui na Assembleia Legislativa de Pernambuco em 2014. Além de ser oposição nas três esferas, o partido elegeu apenas um prefeito entre as 184 prefeituras de Pernambuco em 2012. A situação do partido presidido pelo ex-governador e deputado federal Mendonça Filho é caótica.

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Postado por Edmar Lyra às 5:43 am do dia 6 de junho de 2013 1 comentário

Armando cogita se aliar ao PT para disputar governo.

Cotado para disputar o governo de Pernambuco em 2014 com o apoio de Eduardo Campos (PSB), o senador Armando Monteiro Neto (PTB) admite concorrer por uma outra coligação, da qual participaria também o PT, e coloca em xeque a aliança mantida pelo presidenciável do PSB.

Ex-presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Monteiro Neto critica a tese do “hegemonismo partidário” do PSB, segundo a qual a sigla presidida por Campos buscaria o nome para a sucessão pernambucana apenas dentro do próprio partido.

“Quero saber até que ponto nessa aliança existem parceiros ou partidos de duas classes”, disse. “Se existem aqueles que andam no banco da frente e outros que estão condenados a andar no banco de trás.”

Uma nova aliança de partidos em Pernambuco interessa ao governo federal, que precisa montar um palanque forte no Estado para a presidente Dilma Rousseff, caso Campos confirme sua candidatura à Presidência.

Aliado de Campos, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), também é cotado para mudar de partido e participar dessa chapa aliada ao governo federal.

Em entrevista à Folha nesta segunda-feira (3), Monteiro Neto disse que não faz parte de “nenhum entendimento” e afirmou que sua candidatura ao governo do Estado independe de uma decisão do PTB em relação a coligações nacionais.

Folha- Quem o PTB tende a apoiar para presidente da República?

Armando Monteiro Neto –O PTB é um partido que vive uma situação curiosa. As bancadas no Congresso estão muito alinhadas com o governo, e a executiva, por conta da força e da liderança do presidente [licenciado] Roberto Jefferson, que tem uma ligação diferente com o governo, não tem esse mesmo alinhamento. Mas muitos atuam no partido para que se busque uma posição convergente.

Hoje a executiva tende a apoiar quem?

O Roberto Jefferson está afastado, e o presidente interino, Benito Gama, é uma pessoa ligada a ele e, pelo que se fala, há uma perspectiva de que venha a participar de uma posição no governo. Seria sintomático ele vir a participar de algum espaço no governo.

O PTB com Dilma fecharia uma janela para o senhor na disputa pelo governo de Pernambuco?

Eu não diria isso. Do mesmo modo que o governador tem o grau de liberdade dele para poder decidir seu processo sucessório, eu também tenho um grau de liberdade, na medida em que não sou parte de nenhum entendimento que passe por apoio nacional. Há entendimentos e conversas que o governador manteve com o partido que nem foram intermediados por mim. O governador tem seus canais também.

Então o sr. se sente à vontade para trabalhar sua candidatura a governador independentemente de uma decisão a nível nacional do PTB?

Eu acho que sim. A minha candidatura não está condicionada a esse processo do partido a nível nacional. É claro que um alinhamento seria desejável, mas não é algo que condicione essa posição. O PTB tem uma condição de mobilidade natural. Estamos inseridos num campo em que coerentemente estivemos ligados ao PT e ao PSB. Dialogamos bem com os dois partidos.

Um alinhamento com a presidente Dilma facilitaria uma reaproximação com o PT no Estado?

É uma outra hipótese. No Congresso eu integro a base do governo federal. Fui eleito em 2010 em um palanque com o PSB e o PT.

O sr. considera sair em uma chapa com o PT e o ministro da Integração Nacional?

Isso não está posto porque ainda não temos definições claras no processo. O governador não assume sua candidatura à Presidência. O PT está no governo dele [Campos], e o PSB está no governo Dilma. E o PTB está no governo dele aqui. Não há ainda algo que indique que essas figuras estarão separadas. Mas vai haver um momento em que ele terá de explicitar as posições. E aí veremos se isso corresponderá a um distanciamento, a um rompimento.

A sua candidatura ao governo independe de um acerto com o governo do Estado?

Eu estou numa aliança cujo condutor natural do processo é o governador. Nós estamos aguardando o encaminhamento desse processo, que poderá se dar de forma a termos um único palanque em Pernambuco ou termos dois palanques. Isso vai depender de uma decisão do governador, se ele é ou não candidato a Presidência. E com relação ao encaminhamento da sucessão [estadual], a partir daí, também da explicitação de critérios políticos que vão orientar isso.

O governador parece querer um candidato do próprio partido.

Fala-se em alguns círculos aqui num certo hegemonismo partidário, ou seja, que o candidato tem que ser do partido dele. Isso é uma condição para o processo? Na essência é uma certa negação do espírito de aliança. É como se houvesse na aliança partidos de duas classes. Eu quero saber até que ponto nessa aliança existem parceiros ou partidos de duas classes. Se existem aqueles que andam no banco da frente e outros que estão condenados a andar no banco de trás.

O sr. considera que a mudança de partido do vice-governador, João Lyra Neto, do PDT para o PSB, é um indicativo de que ele será o candidato da aliança?

Eu acho que um vice-governador tem credenciais para postular o cargo, mas para isso ele nem precisaria mudar de partido. Até que ponto isso foi uma exigência do PSB ou correspondeu a um ato do vice-governador eu não tenho essa resposta. Mas sei que ele já declarou um desconforto dele e do partido. Então posso entender que isso se deu muito mais por motivação pessoal do que por exigência externa.

O governador diz que só cuida de 2014 em 2014. O calendário de quem está no poder pode ser igual ao de quem espera uma decisão?

Alguém disse com propriedade que todos têm seu próprio relógio. O nosso está na sintonia da aliança. Mas eu tenho impressão que a definição não poderá ser no ano que vem. Não digo nem pela vontade do PTB, mas pela dinâmica do processo político. Essa definição da candidatura nacional vai esperar até o próximo ano? Me parece que não. E isso vai condicionar os outros movimentos. Estamos em junho e já há um caldo, tanta especulação, tantos movimentos identificados. Eu acho que até setembro essas coisas têm que estar mais ou menos definidas, encaminhadas.

O sr. também vai se definir até setembro?

Até lá nossa aliança no Estado tem que tomar um rumo. O que eu posso dizer é que o PTB tem legitimamente a aspiração de conduzir um projeto político-administrativo no Estado. Portanto nós temos a nossa autonomia, a nossa própria identidade, a nossa trajetória que nos autoriza a aspirar um projeto próprio.

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Postado por Edmar Lyra às 0:16 am do dia 4 de junho de 2013 Deixe um comentário

DEM pressiona Augusto Coutinho.

Mendonça Filho e Augusto Coutinho na esperança de entrar na Frente Popular para continuar sobrevivendo.

O Democratas está ciente das dificuldades para reeleger a sua bancada federal nas eleições do ano que vem, atualmente composta por dois parlamentaresm em Pernambuco que são Augusto Coutinho e Mendonça Filho.

Mendonça obteve 142.699 votos, enquanto Augusto Coutinho foi eleito com 70.096 votos, alcançando o mandato pela média. Em condições altamente favoráveis, pois, Mendonça havia ficado em segundo lugar na disputa pela prefeitura do Recife e arrebatou quase 50 mil votos na capital pernambucana no pleito. Se mantivessem a votação e fossem candidatos numa chapa isolada, Mendonça e Coutinho teriam juntos 212.795 votos e elegeriam apenas um deputado federal.

Porém, as circunstâncias para as eleições de 2014 são extremamente adversas. Eles não contam com o mentor político José Mendonça, pai de Mendonça Filho e sogro de Augusto Coutinho e principal responsável pela vitória de ambos em 2010. Mendonça disputou a prefeitura do Recife ficando em quarto lugar com menos de 20 mil votos no pleito do ano passado. Além do mais não conseguiu emplacar um prefeito sequer nas eleições passadas.

Na disputa de Belo Jardim e na de Caruaru onde foram as principais apostas do partido, nenhuma vitória. Em Belo Jardim a candidata dos Mendonça, Andréa, ficou em terceiro lugar. Perdendo pro prefeito João Mendonça e pro candidato de Cintra Galvão.

Se Mendonça cair proporcionalmente o que caiu na votação de 2008 pra 2012 na disputa pra prefeito, teria apenas 5 mil votos na capital pernambucana. Mas digamos que ele mantenha os 20 mil votos conquistados. Uma perda de 30 mil votos. No restante de Pernambuco, quando obteve cerca de 94 mil votos, Mendonça obtendo 40 mil, chegaria a 60 mil votos pra deputado federal e dificultando a sua reeleição.

No caso de Augusto Coutinho a perspectiva não é muito boa. Da votação que obteve, contou com 15 mil votos em Caruaru graças ao apoio de Tony Gel que dificilmente o apoiará em 2014. Então, digamos que ele mantenha o restante dos votos teria cerca de 55 mil votos.

Augusto Coutinho e Mendonça Filho juntos teriam um potencial de 115 mil votos, o que não possibilita sequer a eleição de um deles, imagine os dois? Então é onde entra a articulação do DEM nacional para tentar salvar o mandato do ex-governador de Pernambuco. A finalidade seria garantir o apoio formal do DEM ao candidato do PSB a governador e entrar no chapão da Frente Popular.

Com isso Mendonça iria pra federal pra tentar dos 115 mil votos possíveis que teria junto com Coutinho cerca de 90 mil e garantir a reeleição e consequentemente mais quatro anos em Brasília. Enquanto Coutinho seria o candidato do grupo a deputado estadual. Tentaria voltar onde com cerca de 40 mil votos teria mandato garantido.

O grande desafio dessa engenharia será convencer Augusto Coutinho de abdicar de Brasília pra ser deputado estadual. Quando um político chega lá só quer voltar pra um cargo executivo no estado. E Coutinho parece irredutível dessa possibilidade.

O fato é que se Augusto Coutinho e Mendonça Filho forem candidatos a deputado federal têm grandes chances de morrerem abraçados sem mandato. E o espólio político do deputado José Mendonça seria desmanchado.

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Postado por Edmar Lyra às 3:07 am do dia 3 de junho de 2013 Deixe um comentário

Terezinha Nunes fica na bronca e gera crise no PSDB.

Candidatas a deputada estadual pelo PSDB, Aline e Terezinha brigam pelo apoio de Wanderson Florêncio, suplente de vereador.

Com o anúncio da licença de Aline Mariano para que Wanderson Florêncio assumisse a vaga na Câmara do Recife, ficou deflagrada a possibilidade do suplente de vereador apoiar Aline na disputa para deputada estadual nas eleições do ano que vem.

Isso provocou a ira de Terezinha Nunes, haja vista que a mesma obteve quase 30 mil votos na eleição passada e busca se reeleger com o apoio de Daniel Coelho. A deputada chegou a apoiar a candidatura de Wanderson em 2012 e esperava a reciprocidade.

Inclusive há quem diga que Terezinha havia abrigado em seu gabinete pessoas ligadas ao suplente de vereador e que contava com os mais de 4 mil votos que ele obteve na disputa pela reeleição. Um interlocutor explicou que os votos de Wanderson Florêncio foram fruto da articulação política do grupo do deputado Daniel Coelho, que apoiará Terezinha Nunes.

Ainda de acordo com a mesma fonte, Wanderson vai para Aline sozinho, sem os votos. E a crise no PSDB se instaurou.

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Postado por Edmar Lyra às 3:58 am do dia 2 de junho de 2013 Deixe um comentário

Troca-troca no PSDB na Câmara do Recife.

Wanderson (foto) substituirá Aline Mariano na Câmara do Recife, anúncio foi feito no aniversário do filho dele recentemente.

Na eleição de 2012 o PSDB lançou três candidatos competitivos para vereador do Recife, Aline Mariano, André Régis e Wanderson Florêncio, candidato apoiado pelo grupo do deputado Daniel Coelho. Na coligação com o PTdoB, a chapa elegeu três parlamentares, porém, o terceiro colocado foi o vereador Marcos Di Bria, com isso Wanderson ficou na primeira suplência da coligação.

Com a gravidez de Aline Mariano, a vereadora irá se licenciar no dia 20 de junho e Wanderson Florêncio assumirá o mandato na Casa José Mariano, ficando na Câmara Municipal do Recife até outubro, quando termina o resguardo de Aline. O anúncio foi feito com a presença de várias lideranças do PSDB como Daniel Coelho, João Coelho e João Baltar Freire.

Aline é pré-candidata a deputada estadual e se for eleita abre em definitivo a vaga para Wanderson. Isso está gerando uma certa discórdia nas hostes tucanas porque Daniel Coelho pretende apoiar Terezinha Nunes que o acompanha na oposição a Eduardo Campos e disputará a reeleição, enquanto o ex-candidato a prefeito do Recife disputará mandato em Brasília.

O caminho mais natural para Wanderson Florêncio e seu grupo é optar por Aline Mariano, que precisa incrementar os votos para alcançar o mandato na Casa Joaquim Nabuco. Consequentemente Wanderson herdaria a vaga no legislativo municipal.

Apoiar Terezinha além de não agregar um mandato para o suplente de vereador, ainda corre o risco de perder junto com a deputada que obteve 27 mil votos em 2010 e como é oposição ferrenha a Eduardo Campos certamente irá diminuir sua votação, não tendo condições de alcançar o mandato.

Já Aline Mariano, se conseguir agregar os mais de 4 mil votos obtidos por Wanderson em 2012 na disputa de 2014, terá plenas condições de chegar à Assembleia. Pois, deve dobrar a votação alcançada em 2012, indo pra 15 mil votos no Recife e puxando 10 mil votos na Região Metropolitana do Recife. Faltariam-lhe 10 mil votos para conseguir no sertão do Pajeú, onde seu pai foi prefeito de Afogados da Ingazeira e já foi deputado estadual, além disso poderia contar com a articulação de Magno Martins que é seu esposo e possui grande influência no meio político.

Aline Mariano é uma candidata muito mais competitiva do que Terezinha Nunes no PSDB. Por isso, Wanderson Florêncio estaria escolhendo certo.

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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