Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 9:14 am do dia 26 de maio de 2020 Deixe um comentário

O nacionalista Agamenon Magalhães

Nascido em Vila Bela, hoje Serra Talhada, em 5 de novembro de 1893, Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães foi herdeiro de importantes personalidades da política pernambucana. Tetraneto de Agostinho Nunes de Magalhães, colonizador português que fundou a cidade de Serra Talhada e filho do juiz e deputado estadual Sérgio Nunes Magalhães, o que aguçou seu desejo de ingressar na política.

Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife em 1916, iniciou sua carreira como deputado estadual em 1918 eleito pelo Partido Republicano Democrata (PRD), liderado pelo então governador Manuel Borba. Durante este período tornou-se redator dos jornais A Ordem e A Província na capital pernambucana.

Em 1922 foi reeleito para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, apoiando o fluminense Nilo Peçanha à presidência da República e posteriormente seria eleito deputado federal, ficando no cargo por três mandatos seguidos.

Agamenon apoiou a candidatura de Getúlio Vargas à presidência da República pela Aliança Liberal, mas o projeto foi derrotado. Depois participou do movimento revolucionário que levou Vargas ao poder depondo o então presidente Washington Luís. Nos primeiros anos do governo Vargas, Agamenon teve atuação destacada como deputado federal na criação da nova constituinte, defendendo o sistema parlamentarista e a intervenção estatal na economia.

Em julho de 1934 foi nomeado ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, após a promulgação da nova Constituição Federal. À frente da pasta, atuou na implantação de novas leis, como a que exige uma indenização ao trabalhador demitido sem justa causa, e ainda criou o Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários (IAPI).  Em janeiro de 1937 passou a acumular o ministério da Justiça e Negócios Interiores até o mês de junho daquele ano. Agamenon era considerado um dos principais aliados do presidente Getúlio Vargas e por isso apoiou o Estado Novo, instituído em 10 de novembro daquele ano.

Neste momento deixou o ministério para assumir o cargo de interventor do estado de Pernambuco, substituindo o então governador Carlos de Lima Cavalcanti, que era seu aliado e tornou-se adversário. Investido na condição de governador de Pernambuco, Agamenon implementou políticas de estímulo à produção de alimentos e à formação de cooperativas de pequenos produtores. O então governador também criou a Liga Social contra o Mocambo que visava enfrentar o problema de moradias da população de baixa renda.

Em abril de 1945 deixou o governo de Pernambuco, voltando ao cargo de ministro da Justiça, sendo o coordenador de um projeto de redemocratização do país. Ele atuou também na criação de um novo código eleitoral que ficaria conhecido como Lei Agamenon, sendo decretado pelo governo em maio daquele ano. Foi entusiasta da candidatura de Eurico Gaspar Dutra pelo Partido Social Democrático (PSD), sendo um de seus principais articuladores. Também assinou a primeira lei antitruste do país, conhecida como Lei Malaia, que duraria apenas quatro meses. Com a deposição de Getúlio Vargas pelos chefes militares, decidiu ser novamente deputado federal constituinte. Na nova constituinte atuou como presidente da comissão constitucional e a subcomissão de ordem econômica e social, também foi escolhido líder do PSD na Câmara dos Deputados. Como líder partidário, ganhou notoriedade na defesa do monopólio estatal na produção do petróleo.

Ainda como líder do partido, tornou-se um ferrenho opositor do presidente Gaspar Dutra, mesmo sendo do mesmo partido, quando Agamenon decidiu apoiar Barbosa Lima Sobrinho para o governo de Pernambuco em 1947 contra Neto Campelo, que foi candidato da UDN apoiado pelo presidente Dutra.

Na eleição de 1950, Agamenon não seguiu a orientação de Getúlio Vargas, que novamente seria candidato a presidente, apoiando Cristiano Machado, e disputou o governo de Pernambuco. Vargas, por sua vez, apoiou João Cleofas, candidato da UDN que seria posteriormente ministro da Agricultura de Vargas. Com a abertura das urnas, Agamenon foi eleito com 196 mil votos, numa diferença ínfima de dez mil votos sobre João Cleofas. A máquina do PSD, com grande penetração no interior, foi fundamental para recolocar Agamenon no Palácio do Campo das Princesas.

Investido na condição de governador de Pernambuco, desta vez escolhido pelo voto popular, Agamenon não terminaria seu mandato, uma vez que em 24 de agosto de 1952, um mal súbito encerraria sua trajetória política e ele seria substituído por Etelvino Lins eleito em outubro daquele mesmo ano, durante o período de vacância do cargo, Pernambuco foi governado pelo deputado estadual Antônio Torres Galvão. Exatos dois anos após sua morte, em 24 de agosto de 1954, Getúlio Vargas, de quem foi importante aliado, viria a falecer vítima de suicídio, numa das coincidências da história.

A partida de Agamenon, aos 58 anos, deixou um grande vácuo na política pernambucana, devido a sua grande articulação nacional, sua firme liderança como deputado estadual, federal, ministro e governador. São herdeiros políticos de Agamenon, o genro Armando Monteiro Filho, já falecido, o sobrinho Roberto Magalhães e o neto Armando Monteiro Neto, que desempenharam papéis importantes na política pernambucana e brasileira.

Agamenon Magalhães e Getúlio Vargas
Agamenon Magalhães durante comício em Serra Talhada

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Postado por Edmar Lyra às 0:10 am do dia 25 de setembro de 2018 9 Comentários

DataLyra 2018: os possíveis eleitos para deputado estadual

 

Com um quociente eleitoral estimado em 85 mil votos e com uma mudança na legislação que permite aos partidos ou coligações que não atingirem o quociente eleitoral disputarem as sobras, apresentamos a nossa estimativa de candidatos de cada chapa que devem ser eleitos e aqueles que disputam as últimas vagas. Acompanhe a partir de agora o resultado dos nossos cálculos para as 49 vagas em disputa para a Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Frente Popular de Pernambuco – PSB, PSD e MDB – 12 a 13 vagas

ELEITOS

Presbítero Adauto (PSB)

Aglailson Victor (PSB)

Rodrigo Novaes (PSD)

Lucas Ramos (PSB)

Clodoaldo Magalhães (PSB)

Joaquim Lira (PSD)

Simone Santana (PSB)

Francismar Pontes (PSB)

Aluisio Lessa (PSB)

Diogo Moraes (PSB)

Tony Gel (MDB)

DISPUTANDO

Romário Dias (PSD)

Waldemar Borges (PSB)

Isaltino Nascimento (PSB)

Laura Gomes (PSB)

Pernambuco Vai Mudar – PTB, PSDB, PRB, DEM e Podemos – 8 a 9 vagas 

ELEITOS

Alvaro Porto (PTB)

Antonio Coelho (DEM)

Romero Sales Filho (PTB)

William Brigido (PRB)

Alessandra Vieira (PSDB)

Socorro Pimentel (PTB)

Priscila Krause (DEM)

José Humberto (PTB)

DISPUTANDO

Miguel Ricardo (PTB)

Augusto Cesar (PTB)

Gustavo Gouveia (DEM)

Elias Gomes (PSDB)

Andrea Mendonça (DEM)

Pernambuco em 1º Lugar – PP, PR, PMN e Solidariedade – 15 a 16 vagas 

ELEITOS

Cleiton Collins (PP)

Alberto Feitosa (SD)

Fabiola Cabral (PP)

Eriberto Medeiros (PP)

Rogerio Leão (PR)

Henrique Queiroz Filho (PR)

Claudiano Filho (PP)

Antonio Moraes (PP)

Clovis Paiva (PP)

Roberta Arraes (PP)

João Eudes (PP)

Eduino Brito (PP)

Vinicius Labanca (PP)

DISPUTANDO

Erick Lessa (PP)

Aline Mariano (PP)

Marcantonio Dourado Filho (PP)

Cal Volia (PP)

Ricardo Costa (PP)

Romero Albuquerque (PP)

Zé Maurício (PP)

Claudia de Lupércio (SD)

Beto Accioly (PP)

Neco (PP)

Juntos por um Pernambuco melhor – PSC, PMB e DC – 5 a 6 vagas 

ELEITOS

Manoel Ferreira (PSC)

Guilherme Uchoa Junior (PSC)

Wanderson Florêncio (PSC)

Diogo Prado (PSC)

Debora Serafim (PSC)

DISPUTANDO

Eduardo Chera (PSC)

Clarissa Tercio (PSC)

Antonio Fernando (PSC)

Marcos Di Bria (DC)

Sergio Leite (PSC)

PT – 2 a 3 vagas 

ELEITOS

Doriel Barros (PT)

Ducicleide Amorim (PT)

DISPUTANDO

Teresa Leitão (PT)

João da Costa (PT)

PCdoB – 1 a 2 vagas 

ELEITO

João Paulo (PCdoB)

DISPUTANDO

Almir Fernando (PCdoB)

O Pernambuco que você quer – PDT, PROS e Avante – 2 a 3 vagas 

ELEITOS

José Queiroz (PDT)

João Paulo Costa (Avante)

DISPUTANDO

Jayme Asfora (PROS)

Avança Pernambuco – PRTB, PHS, PV e PSL – 1 a 2 vagas 

ELEITO

Marco Aurélio (PRTB)

DISPUTANDO

Fabrício Ferraz (PHS)

Pernambuco por uma Pátria Livre – PRP, PTC e PPL – 1 vaga

DISPUTANDO

Paulinho Tomé (PRP)

Edilene Gomes (PRP)

Rede Sustentabilidade – 0 a 1 vaga

DISPUTANDO

Andrea Lossio (Rede)

A esperança não tem medo – PSOL/PCB – 0 a 1 vaga 

DISPUTANDO

Edilson Silva (PSOL)

Áureo Cisneiros (PSOL)

Patriota – 0 a 1 vaga 

DISPUTANDO

Juliana de Chaparral (Patriota)

Junior de Cleto (Patriota)

 

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 25 de setembro de 2018 2 Comentários

DataLyra 2018: os deputados estaduais mais votados

De acordo com as nossas contas para deputado estadual no DataLyra 2018 despontam como os dez candidatos a  mais votados Cleiton Collins (PP), Presbítero Adauto (PSB), Manoel Ferreira (PSC), Aglailson Victor (PSB), Álvaro Porto (PTB), Alberto Feitosa (SD), Rodrigo Novaes (PSD), Clodoaldo Magalhães (PSB), Lucas Ramos (PSB) e Guilherme Uchoa Junior (PSC).

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Postado por Edmar Lyra às 17:26 pm do dia 8 de março de 2018 Deixe um comentário

André Lourenço é uma das apostas para renovar a Alepe

André Lourenço, pastor, vem surgindo no horizonte da política pernambucana para somar com boa atuação em favor da sociedade. Segundo especialistas do cenário político, André Lourenço está sendo apelidado carinhosamente pelo povo pernambucano como “novo Cleiton Collins”, fazendo referencia ao valioso projeto social apoiado por André Lourenço no cuidado de ex-vítimas do uso de drogas, na recuperação de vidas e famílias pernambucanas, bandeira tambem defendida pelo campeão de votos Pastor Cleiton Collins.

André Lourenço, negro, psicoterapeuta, pastor, empresário, tendo sua origem em comunidade carente, vem se firmando com experiência de superação, empoderamento, e esperança positiva na construção da renovação política. Seu carisma popular vem se alastrando, sobretudo junto às comunidades carentes de Camaragibe, região metropolitana e interior do Estado, sendo identificado como um representante de minorias e de toda sociedade vítima da violência e das drogas.

Observadores afirmam que André Lourenço está sendo cortejado por diversos grupos políticos, considerando uma boa promessa em busca de uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: alepe, André Lourenço, Camaragibe, deputado estadual, eleições 2018

Postado por Edmar Lyra às 0:58 am do dia 3 de maio de 2013 1 comentário

O quociente eleitoral para 2014.

Nas eleições do ano que vem estarão em disputa 24 vagas para a Câmara dos Deputados que serão eleitos os deputados federais e 47 vagas para a Assembleia Legislativa de Pernambuco onde serão eleitos os deputados estaduais.

Nas eleições de 2010, com 25 vagas em disputa para deputado federal e 49 para deputado estadual, o quociente eleitoral ficou em 178.008 votos para federal e 91.824 votos para estadual. O quociente eleitoral é a quantidade de votos válidos para determinado cargo dividida pela quantidade de cadeiras em disputa.

Em 2014, mantidas as condições políticas de 2010, o quociente ficaria em 185.425 votos para deputado federal e 95.732 votos para deputado estadual, porém, como existem variações populacionais é possível que os quocientes fiquem em torno de 200.000 votos para federal e 100.000 votos para estadual.

Cada partido poderá lançar para deputado estadual até 70 candidatos, sendo 49 homens e 21 mulheres, enquanto para deputado federal poderão ser lançados até 36 candidatos, sendo 25 homens e 11 mulheres. Cada coligação poderá lançar 94 candidatos a deputado estadual, sendo 66 homens e 28 mulheres e 48 candidatos a deputado federal, sendo 33 homens e 15 mulheres.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: deputado estadual, deputado federal, eleições 2014

 

Edmar Lyra

Jornalista político, colunista da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista da Rádio Folha e de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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