Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 14:22 pm do dia 29 de janeiro de 2020

8ª edição do Ganhe o Mundo envia mais de 150 alunos para o Canadá

Foto: Helia Scheppa

O governador Paulo Câmara acompanhou, na manhã desta quarta-feira (29.01), o embarque dos primeiros intercambistas da oitava edição do Programa Ganhe o Mundo (PGM), no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes. A iniciativa leva estudantes que cursam o ensino médio na rede pública estadual para escolas em países de língua inglesa, espanhola e alemã durante um semestre letivo. Ao todo, 161 alunos de todo o Estado fazem parte da turma que viaja hoje e amanhã, com destino às cidades de St. John e Fredericton, ambas no Canadá.

“Após essa experiência os estudantes voltam mais confiantes, sabendo que é através da educação que eles vão ter oportunidades na vida. Com certeza, eles vão aproveitar muito, conhecer uma nova cultura, dominar uma nova língua, e vão voltar dentro de seis meses preparados e determinados para seguir estudando e se dedicando”, disse o governador. “Todos os anos estamos mandando mais de mil estudantes para o exterior através do Ganhe o Mundo, um programa que faz a diferença. Estamos formando uma geração de pernambucanos cada vez mais preparados”, finalizou Paulo Câmara.

“Participar de um intercâmbio é uma experiência que transforma a vida de qualquer pessoa. Ficamos muito felizes de fazer parte desse momento, principalmente porque muitos estudantes da rede pública não teriam condições de vivenciar isso se não fosse através do programa”, destacou o secretário estadual de Educação e Esportes, Fred Amâncio. Desde a sua criação, o PGM já embarcou cerca de oito mil alunos da Rede Estadual. São dez países destino, sendo cinco de língua inglesa (Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá e Reino Unido), quatro de língua espanhola (Espanha, Argentina, Chile e Colômbia) e a Alemanha.

Entre os jovens que embarcaram para o Canadá está Maria Clara, 16 anos, natural de Petrolina e aluna da Escola da Polícia Militar. “A minha expectativa para os próximos seis meses é vivenciar novas culturas e aprender a lidar sozinha com as situações, com mais responsabilidade, além de melhorar o inglês. Quando recebi a notícia de que fui selecionada fiquei muito feliz e surpresa. Me sinto orgulhosa por representar Pernambuco”, afirmou.

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Postado por Edmar Lyra às 13:14 pm do dia 29 de janeiro de 2020

Em Palmares, Podemos vai caminhar com Altair Júnior

Nas vésperas do fim do recesso legislativo, o deputado federal Ricardo Teobaldo segue ampliando os espaços do Podemos em Pernambuco. Na manhã desta quarta-feira (29), em seu escritório político no Recife, o parlamentar acertou o apoio do Podemos a reeleição do prefeito de Palmares, Altair Júnior (MDB).

“Temos feito um movimento estratégico com o Podemos em Pernambuco, seja colocando candidaturas próprias onde existe o espaço ou levando o partido para fazer parte de outros projetos. Nosso objetivo é que o Podemos esteja presente em todos os municípios. Em Palmares estamos dando nosso apoio a reeleição do prefeito Altair. Ele tem feito uma gestão exitosa, principalmente nas áreas de saúde e educação, e acreditamos que esse trabalho precisa continuar”, afirmou o deputado Ricardo Teobaldo durante o encontro.

O prefeito Altair Junior comemorou a chegada da legenda. “É com muita alegria que recebemos o Podemos em nossa base. Agradeço ao deputado Ricardo Teobaldo por acreditar em nosso projeto”, frisou.

Nos últimos dias o Podemos tem intensificado as articulações políticas visando as eleições 2020. Além do apoio a reeleição do prefeito Altair Júnior, foram anunciadas candidaturas próprias nas cidades de Santa Terezinha (Delson Lustosa) e Surubim (Túlio Vieira).

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Postado por Edmar Lyra às 11:58 am do dia 29 de janeiro de 2020

A chantagem do PT com o PSB

O episódio envolvendo a declaração de Lula no final de semana defendendo a pré-candidatura de Marília Arraes a prefeita do Recife e depois a reunião que não resolveu nada deixou a impressão que novamente o PT faz chantagem com o PSB para ampliar seus espaços nas gestões socialistas tal como fez em 2018.

Marília, que já mostrou ser boa de voto, está novamente sendo um instrumento de barganha de Humberto Costa e de Lula com o PSB. Nas eleições de 2018 a chantagem deu certo, em 2020 não se sabe se dará, porque o PSB só tem a vaga de vice pra oferecer, e entregando ao PT poderá melindrar aliados como MDB, PSD e PP, que serão importantíssimos na vitória de outubro.

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Postado por Edmar Lyra às 10:23 am do dia 29 de janeiro de 2020

Túlio Vieira é o candidato do Podemos em Surubim

Com a proposta de construir candidaturas próprias em todas as regiões do estado, o Podemos terá o ex-prefeito Túlio Vieira disputando a cadeira do executivo em Surubim. O acerto da vinda de Túlio para a legenda aconteceu no escritório político do deputado federal Ricardo Teobaldo. O encontro contou com a presença do deputado estadual Gustavo Gouveia.

“A chegada de Túlio Vieira é um grande reforço para o Podemos. Ele chega para somar ao nosso grupo. Temos a certeza que o povo de Surubim dará novamente a Túlio um mandato de prefeito. A cidade respira o clima da mudança e Túlio carrega a marca de um excelente gestor. Esse é um compromisso de todos nós”, destacou o deputado Ricardo Teobaldo.

Teobaldo ainda ressaltou o novo momento que vive o Podemos no estado. “Temos agregado grandes quadros da política pernambucana ao Podemos. Esse é um passo importante para termos candidaturas próprias e levarmos o nome do partido para todo Pernambuco. O Podemos vive um excelente momento e esse reflexo virá nas eleições deste ano”, contou.

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Postado por Edmar Lyra às 8:43 am do dia 29 de janeiro de 2020

Comunicador Pedro Paulo confirma pré-candidatura a vereador do Recife pelo PP

O partido Progressistas vem se fortalecendo cada vez mais para as eleições municipais do Recife. Agora foi a vez do comunicador e empresário Pedro Paulo de Carvalho Neto confirmar sua pré-candidatura a vereador da cidade do Recife.

Pedro Paulo possui uma grande trajetória na comunicação pernambucana, deixando sempre sua marca por onde passou. Fundou a TV Nova, que a cada ano que passa vem conseguindo um grande alcance no nosso estado.

“Quero dialogar com a população, quero ouvir os anseios e, a partir disso, fazer um bom trabalho para a população recifense”, afirma Pedro Paulo.

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Postado por Edmar Lyra às 8:29 am do dia 29 de janeiro de 2020

A eterna divisão do PT

Enquanto a deputada federal Marília Arraes luta para ser a candidata do PT na disputa pela prefeitura do Recife, alguns nomes fazem questão de posar ao lado do prefeito Geraldo Julio, condutor do processo de 2020 na capital pernambucana.

Sob o pretexto de barrar a privatização da SERPRO e da DATAPREV, situações que competem exclusivamente ao governo federal, nomes de peso do PT como o deputado federal Carlos Veras, Oscar Barreto e João da Costa fizeram questão de visitar o prefeito Geraldo Julio.

Imagens valem mais do que mil palavras e o sentimento é que Marília Arraes terá muita dificuldade para viabilizar sua pré-candidatura porque seus próprios correligionários fazem questão de minar o seu projeto.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 29 de janeiro de 2020

Coluna do blog desta quarta-feira

Indefinição do PT prejudica Marília e a oposição no Recife 

O ex-presidente Lula deu declarações no final de semana praticamente sacramentando a pré-candidatura de Marília Arraes a prefeita do Recife. Porém, a definição estava marcada para a terça-feira após uma reunião envolvendo o próprio Lula, a deputada Marília Arraes, o senador Humberto Costa e a deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT.

Quando se esperava por um desfecho favorável em torno da pré-candidatura de Marília Arraes, sobretudo depois do que Lula afirmou no final de semana, eis que o PT decide por não decidir nada e adiar a definição para abril. O desfecho da reunião pareceu mais um remake de 2018 quando o PT ficou postergando e acabou degolando Marília Arraes, que teve que se contentar com a candidatura a deputada federal.

O fato é que até abril ficaremos na dúvida se Marília Arraes será mesmo candidata a prefeita do Recife, e pelo desfecho de 2018, o sentimento comum é o de que ela não será candidata. Ainda que em abril haja uma definição favorável à candidatura própria, Marília terá perdido dois meses de articulações com vistas a 2020.

Ela não é a única prejudicada com a decisão do PT. A oposição que caminhava para um entendimento no sentido de lançar uma única candidatura, deverá seguir na dúvida sobre a estratégia, uma vez que tem pelo menos três nomes, Daniel Coelho, Mendonça Filho e Patrícia Domingos, e ao que parece ninguém deseja abrir pra ninguém. Portanto, a oposição também volta à estaca zero.

Quem tem um desfecho positivo com a decisão do PT é o PSB que continuará empinando a pré-candidatura do deputado federal João Campos e continuará com o favoritismo na disputa, pois é a única pré-candidatura com a certeza de disputa e quem dispõe da maior frente política para entrar no jogo de 2020.

Investimentos – O governador Paulo Câmara anuncia, nesta quarta-feira, os novos projetos estratégicos selecionados pelo Programa Força Local e os novos convênios fechados com entidades sem fins lucrativos, que juntos somam R$ 4,8 milhões em investimentos nos arranjos produtivos locais. As novas propostas foram escolhidas com base em pleitos recebidos no segundo chamamento público do programa, realizado pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper). A ação beneficiará diretamente 1,4 mil pessoas.

Inauguração – O Parque Robert Kennedy foi totalmente requalificado. Nesta quarta-feira (29), o prefeito Geraldo Julio entrega o equipamento, que recebeu serviços de recuperação em toda a estrutura, beneficiando os brinquedos, pista de Cooper, passeios, iluminação, equipamentos de ginástica e para a prática de esportes, como a pista de skate, além de intervenções de paisagismo e pintura geral. Todo o gradil do parque, assim como o alambrado do campo de futebol, foi restaurado. A iluminação agora é em LED e a pista de cooper conta com demarcação. O investimento no serviço foi de R$ 303 mil.

Garanhuns – Prestes a concluir o seu segundo mandato como prefeito de Garanhuns com uma expressiva aprovação, Izaías Régis deverá ser candidato a deputado estadual nas eleições de 2022. O gestor conclui seu mandato com marcas importantes na cidade, como o Festival de Inverno e a Magia do Natal, dois eventos que ganharam ainda mais destaque na sua exitosa e histórica gestão.

Pulverização – Com a quantidade de pré-candidaturas colocadas no Cabo de Santo Agostinho, pelo menos cinco de oposição, o sentimento é que o prefeito Lula Cabral chegará mais fortalecido para ser reeleito, uma vez que a cidade não tem segundo turno e quanto mais dividida for a oposição melhor para o prefeito, que tem tudo para ser o mais votado.

Insatisfação – Maior prejudicado politicamente com as blitz que estão sendo realizadas em Vitória de Santo Antão, o prefeito Aglaílson Junior externou a sua insatisfação com o governo, que vem realizando uma fiscalização que é, na sua ótica, arbitrária. O deputado Aglaílson Victor chegou a entregar o cargo de vice-líder do governo na Alepe depois de tanto pedir que o governo revisse a forma como tem abordado da população de Vitória.

RÁPIDAS

Podemos – Provável destino da delegada Patrícia Domingos para disputar a prefeitura do Recife, o Podemos do deputado federal Ricardo Teobaldo se prepara para eleger uma boa quantidade de prefeitos e vereadores em diversas regiões do estado, o partido vem recebendo importantes filiações com vistas às eleições.

Aproximação – Depois de uma visita ao senador Jarbas Vasconcelos, foi a vez de Augusto Coutinho ser cortejado pelo prefeito Geraldo Julio. Nos próximos dias, Geraldo deverá visitar outros importantes atores da Frente Popular no sentido de manter a tropa unida para a eleição.

Inocente quer saber – Depois da indefinição do PT sobre o Recife, as reformas administrativas nas gestões do PSB subiram no telhado?

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Postado por Edmar Lyra às 21:39 pm do dia 28 de janeiro de 2020

Avante garante sigla para Keko do Armazém

O Avante participará ativamente das eleições deste ano no Cabo de Santo Agostinho. A reunião que bateu o martelo garantindo o apoio da sigla ao atual vice-prefeito do município Keko do Armazém foi comandada pelo deputado federal Sebastião Oliveira e aconteceu, nesta terça-feira (28), na sede do partido, em Recife. Keko é pré-candidato a prefeito do Cabo no pleito de outubro.

O encontro contou com as presenças de Marcos do INPS e Rodolfo Albuquerque, presidente do Avante no Cabo e membro da Executiva Estadual, respectivamente.

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Postado por Edmar Lyra às 19:09 pm do dia 28 de janeiro de 2020

Reforma Tributária 2020: Desafios para a Indústria Brasileira

Rodrigo Moses A. Plácido

Avaliação dos possíveis impactos da Reforma Tributária na Indústria Nacional.

“Todo imposto deve ser planejado de tal forma que possa retirar e manter fora dos bolsos das pessoas o mínimo possível além daquilo que ele traz para o tesouro público do Estado” — Adam Smith

A frase de Adam Smith, encontrada no Livro 5, em sua obra “A Riqueza das Nações” (1776), indica que, desde a consolidação da Economia como área autônoma do conhecimento, a análise das características de um sistema tributário eficiente já era pautada em formas de simplificar a cobrança de impostos.

Ou seja, há aproximadamente 240 anos, o pai da Ciência Econômica observava as consequências negativas de um sistema complexo de tributação; e, em pleno 2020, no Brasil, ainda se discute “A Reforma Tributária”.

Desse modo, como bem-posto no estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com propostas direcionadas à modernização do sistema tributário; documento intitulado “Modernizar a Tributação Indireta para Garantir a Competitividade do Brasil”:

“O modelo tributário adotado pelo Brasil precisa respeitar os princípios de um

sistema eficiente, marcado pela simplicidade, neutralidade, transparência e

isonomia”.

Além disso, as principais propostas relacionadas ao tema, a PEC 45/2019 — de autoria do Deputado Federal Baleia Rossi (MDB-SP) — e a PEC 110/2019 — assinada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-RJ) e mais 66 senadores — tem como escopo a unificação de determinados tributos, sob justificativa de, justamente, simplificação tributária.

Sendo assim, somente através da remodelação da atual composição tributária, os princípios de simplicidade, neutralidade, transparência e isonomia serão respeitados

Por que reformar o modelo de tributação brasileiro?

De acordo com o Mapa Estratégico da Indústria (2018–2022) — produzido também pela CNI—, que trata das principais estratégias econômicas direcionadas à melhora da competitividade da indústria brasileira, a estrutura tributária nacional é muito complexa.

Segundo o Mapa, no Brasil, existe uma grande quantidade de regras tributárias e mais de um tributo que incide sobre a mesma base de captação. Por exemplo, o ICMS, IPI, PIS/PASEP e COFINS incidem sobre a mesma base, no caso, sobre o valor adicionado.

Mas vale ressaltar que o ICMS é um imposto não cumulativo. Isto é, de acordo com O Portal Tributário:

“Diz-se do imposto/tributo que, na etapa subsequente dos processos produtivos e/ou de comercialização, não incide sobre o mesmo imposto/tributo pago/recolhido na etapa anterior. Exemplos: IPI, ICMS e PIS/COFINS Não Cumulativos.”

Portanto, segundo o domínio Normas Legais:

“O ICMS será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.”

Desse modo, devido a não cumulatividade do ICMS, para não incidir sobre a cobrança na etapa anterior da cadeia de produção, foi elaborado um sistema de crédito e débito que, nas fases seguintes, é compensado o valor cobrado do imposto nas etapas anteriores.

Para clarificar o raciocínio, segue um exemplo:

Em uma cadeia produtiva, existem três etapas.

I. Extração

II. Produção

III. Distribuição

Durante a circulação das mercadorias entre as etapas, incide o ICMS, que é não cumulativo, e tem uma alíquota arbitrária de 10%.

Assume-se que o valor agregado na etapa de extração seja de R$ 1.000,00. Assim que ocorre o fato gerador — nesse caso, a circulação da mercadoria — paga-se o ICMS, na alíquota adotada.

Nessa situação, como a alíquota é de 10%, a quantia paga de imposto para circular o produto é de: R$ 100,00. Durante a segunda etapa, vamos supor que o valor total agregado no decurso da produção seja de R$ 3.000,00.

Desse modo, para seguir até a terceira etapa da cadeia, paga-se novamente o ICMS. O valor nominal cobrado nessa fase é de R$ 300,00. Entretanto, o tributo pago na etapa anterior da cadeia produtiva deve ser compensado na etapa seguinte.

Sendo assim, deve ser deduzido do montante de R$ 300,00 a quantia do tributo da etapa anterior, no caso: R$ 100,00. Portanto, a pessoa jurídica responsável por essa fase possui um crédito tributário — de R$ 100,00 — que será anulado na cobrança do próximo ICMS através de um débito.

No exemplo, foi colocado uma alíquota fixa. Mas, muitas vezes, na circulação interestadual de mercadorias, as alíquotas adotadas por cada estado da federação são diferentes entre si.

Ademais, quando ocorre a acumulação de créditos tributários — ou seja, quando o montante de créditos supera o de débitos —, acaba provocando efeitos cumulativos indiretos.

Essa peculiaridade fere o princípio de transparência de um sistema tributário eficiente e, a nível industrial, eleva os custos com planejamento tributário e diminui a competitividade das empresas brasileiras, tanto no mercado doméstico quanto no mercado externo — onerando as exportações.

Além disso, como pontua o Mapa Estratégico, o ICMS tem uma quantidade muito grande de características que prejudicam a competividade das indústrias nacionais, como: tributação de bens de capital, base limitada a mercadorias, tributação mista entre origem e destino, dificuldades na recuperação dos créditos relativos às exportações, e o uso excessivo do mecanismo de substituição tributária.

O uso excessivo do mecanismo de substituição tributária é o aspecto que mais onera a competitividade da indústria nacional. Pois, no modelo de substituição tributária progressiva, as pessoas jurídicas que participam das primeiras etapas da cadeia produtiva tornam-se responsáveis pelo pagamento de tributos — principalmente o ICMS — das empresas que participam das etapas subsequentes.

Ou seja, dado o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), no RE 213.396–5 SP, admite-se a possibilidade da antecipação de um imposto sem a ocorrência do fato gerador, tendo como base de cálculo um valor presumido e, portanto, uma mera expectativa.

Além disso, o mecanismo de substituição tributária foi institucionalizado sob a justificativa de: assegurar a arrecadação, evitar a sonegação e reduzir a fiscalização. Ou seja, o Estado transfere parte dos custos relativos àarrecadação de impostos ao setor privado.

Por outro lado, apesar dos aspectos negativos dos tributos de circulação não cumulativos — principalmente em relação ao uso excessivo do mecanismo de substituição tributária e a quantidade de tributos que incidem sobre a mesma base —, os tributos cumulativos são potencialmente mais danosos para o ambiente econômico nacional.

De acordo com O Portal Tributário, define-se tributos cumulativos como:

“Diz-se de um imposto ou tributo que incide em todas as etapas intermediárias dos processos produtivo e/ou de comercialização de determinado bem, inclusive sobre o próprio imposto/tributo anteriormente pago, da origem até o consumidor final, influindo na composição de seu custo e, em consequência, na fixação de seu preço de venda.”

Isto é, os tributos cumulativos atuam em efeito cascata dentro da cadeia produtiva. A lógica do raciocínio é a mesma dos juros compostos. Quanto maior a cadeia produtiva, maior será a incidência das alíquotas sobre as alíquotas e, portanto, há o aumento proporcional do tributo ao longo das etapas.

Desse modo, como observa o estudo sobre tributação indireta da CNI, “os setores mais prejudicados pela cumulatividade são os mais próximos do fim das cadeias de valor, o que desestimula a produção de bens de maior valor agregado”.

Portanto, dado os aspectos apontados no texto, uma reforma tributária, que realmente faça a diferença no ambiente econômico nacional, deve ter como principais objetivos: a redução do número de tributos que incidem sobre a mesma base; e a otimização do mecanismo de substituição tributária, com vista de reduzir as distorções provocadas pela utilização dessa ferramenta.

Sendo assim, a PEC 45/2019 — baseada na proposta desenvolvida pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), e a PEC 110/2019 apresentam soluções que englobam as duas principais problemáticas.

O que a PEC 45/2019 e a PEC 110/2019 muda no Sistema Tributário?

A PEC 45/2019

As mudanças propostas pela PEC 45 incidem sobre o atual modelo de tributação de bens e serviços, que — como observado anteriormente—, devido a complexidade desse sistema, provoca grandes distorções, onerando os custos com planejamento tributário.

Desse modo, com objetivo de simplificar a tributação, as mudanças apresentadas substituem 5 tributos que versam sobre a mesma base, —IPI, ICMS, ISS, Cofins, PIS — pelo tributo único “Imposto sobre Bens e Serviços” (IBS).

O IBS tem as características do modelo de Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), ou seja, a base de tributação se concentra nas etapas da cadeia de produção.

O IVA é o arquétipo adotado por uma grande quantidade de países como exemplo de um imposto indireto, não cumulativo — se houver um sistema de restituição tributária eficiente, em prazos curtos, para não afetar o capital de giro das empresas —, simples e transparente.

De acordo com texto da PEC 45, o IBS terá as seguintes características:

I. incidirá sobre base ampla de bens, serviços e direitos, tangíveis e intangíveis, independentemente da denominação, pois todas as utilidades destinadas ao consumo devem ser tributadas;

II. será cobrado em todas as etapas de produção e comercialização, independentemente da forma de organização da atividade;

III. será totalmente não cumulativo;

IV. não onerará as exportações, já que contará com mecanismo para devolução ágil dos créditos acumulados pelos exportadores;

V. não onerará os investimentos, já que crédito instantâneo será assegurado ao imposto pago na aquisição de bens de capital;

VI. incidirá em qualquer operação de importação (para consumo final ou como insumo);

VII. terá caráter nacional e legislação uniforme, sendo instituído por lei complementar e tendo sua alíquota formada pela soma das alíquotas federal, estadual e municipal;

VIII. garantirá o exercício da autonomia dos entes federativos por meio de lei ordinária que altere a alíquota de competência do respectivo ente;

IX. terá alíquota uniforme para todos os bens, serviços ou direitos no território do ente federativo;

X. nas operações interestaduais e intermunicipais pertencerá ao Estado e ao Município de destino.

Sendo assim, do ponto de vista técnico, a proposição é adequada. Entretanto, a substituição de tributos estaduais por um único imposto federal recebe críticas sobre a possibilidade de ferir o pacto federativo. Ou seja, restringir a autonomia fiscal dos estados em função da união. Mas, como observado no ponto (VIII), a soberania dos estados permanece garantida.

Ademais, na justificativa para apresentação da PEC, o autor rebate: “ O modelo proposto busca simplificar radicalmente o sistema tributário brasileiro, sem, no entanto, reduzir a autonomia dos Estados e Municípios, que manteriam o poder de gerir suas receitas através da alteração da alíquota do IBS”.

Desse modo, a substituição dos tributos será em alíquota progressiva, dentro de um período de 10 anos. Ou seja, nos 2 primeiros anos — como período de teste — , a alíquota será de 1%, de modo que seja deduzido o equivalente no Cofins, permanecendo assim, por enquanto, dentro da esfera federal.

Após esse período, a porcentagem será escalada e, desse modo, deduzido dos respectivos tributos estaduais e municipais. No entanto, a distribuição entre os estados e municípios — a cada um, a sua respectiva parte — será definida através de reuniões entre os fiscos e procuradores de cada estado e municípios com as entidades responsáveis no âmbito federal.

A justificativa para o período de transição de 10 anos, de acordo com o texto:

“Em princípio o prazo de transição proposto, de dez anos, atende bem a esses dois imperativos. É longo o suficiente para permitir um ajuste não traumático por parte das empresas que realizaram investimentos, mas é curto o suficiente para que os novos investimentos passem a ser realizados com base no novo sistema tributário”

Desse modo, as empresas e indústrias poderão ajustar o planejamento tributário em um período suficiente para não gerar perda de competitividade devido aos investimentos já realizados; e não é longo o bastante para que novos investimentos não sejam afetados pelas distorções provocadas no sistema de tributação antigo.

A PEC 110/2019

A diferença fundamental entre as duas propostas está na quantidade de tributos que serão substituídos pelo imposto criado.

A PEC 110 propõe a criação de um imposto estadual, denominado — também— Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS); entretanto, os tributos agregados são 9: IPI, IOF, PIS/Pasep, Cofins, Salário-Educação, Cicie Combustíveis, ICMS estadual e o Imposto sobre Serviços — ISS municipal.

Além disso, o texto propõe a criação de um imposto seletivo (ponto também abordado na PEC 45) , com as características extrafiscais do IPI. Ou seja, um imposto que tem como objetivo o estímulo ou desestímulo de comportamentos sociais, ou proteção de algum determinado setor econômico.

Por exemplo, a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de competência federal, sobre derivados do tabaco — que, de acordo com a TIPI 2019, tem alíquota de 300% em cigarros e cigarrilhas — atua como inibidora do tabagismo.

Em consonância:

“O Imposto Seletivo, por sua vez, incidirá sobre produtos específicos, como petróleo e derivados; combustíveis e lubrificantes; cigarros; energia elétrica e serviços de telecomunicações”.

Além do mais, através de legislação complementar, será definido quais serviços e produtos serão incluídos na cobrança do imposto seletivo.

Ademais, a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), tributo de competência federal, que incide sobre o lucro líquido do período, antes da provisão do imposto de renda das pessoas jurídicas, será incorporada ao Imposto de Renda (IR).

O texto dispõe sobre a característica de progressividade da reforma, devido a incidência do IPVA em aeronaves e embarcações (com exceção de veículos comerciais destinados à pesca e ao transporte público), afetando as classes com maior poder aquisitivo.

Outro fator que diferencia as duas Propostas de Emenda aConstituição é o período de transição. Enquanto a PEC 45/2019 institui um período de 10 anos, a PEC 110/2019 propõe o intervalo de 15 anos.

Qual das propostas é a melhor?

As duas propostas tratam de maneira semelhante o mesmo tema. As soluções são parecidas, porém, com mecanismos diferentes. Contudo, o teor da PEC 45/2019 aparenta ser mais consistente que o da PEC 110/2019.

A proposta de autoria do Deputado Federal Baleia Rossi (MDB/SP), em sua justificativa, apresenta elementos explicativos que direcionam ao melhor entendimento do funcionamento do modelo proposto.

No entanto, a quantidade de tributos agregados, colocados na PEC 110/2019, é um fator positivo que contribui para a diminuição da complexidade tributária.

Ambas as propostas possuem alicerces técnicos que respaldam a sua elaboração. A PEC 45/2019 foi baseada na proposta de reforma tributária desenvolvida pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF). Já a PEC 110/2019, de acordo com a justificativa posta no texto, foi discutida em mais de 170 palestras e 500 reuniões técnicas.

Desse modo, acredito que, de maneira estratégica, a melhor opção é aquela que tem maior possibilidade de ser aprovada.

Afinal, se Adam Smith, há aproximadamente 240 anos, já abordava a problemática da complexidade na cobrança de impostos, quanto antes a reforma for aprovada, melhor para competitividade da indústria nacional e, por consequência, melhor para a economia brasileira.

Rodrigo Moses A. Plácido | Estudante de Economia — UnB |

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Postado por Edmar Lyra às 17:31 pm do dia 28 de janeiro de 2020

Marco Aurélio diz que seria uma honra receber Aglailson Victor na oposição

Após o deputado estadual Aglailson Victor (PSB) colocar o seu cargo de vice-líder do governo Paulo Câmara (PSB) na Alepe a disposição, o deputado estadual Marco Aurélio (PRTB), que é líder da oposição, disse que seria uma “honra” receber o parlamentar na bancada oposicionista.

“Caso ele decida de fato deixar a base do governo será uma honra para todos nós termos em nossas trincheiras um deputado que fica do lado do povo e contra a opressão de um governo que não respeita o legislativo, inclusive os próprios deputados da base”, escreveu Marco Aurélio em nota enviada à imprensa.

Durante entrevista a Rádio Atual FM, Aglailson Victor e o prefeito de Vitória de Santo Antão, Aglailson Júnior (PSB), criticaram a maneira como o BPrV está atuando no município, aplicando multas e recolhendo motos de forma abusiva. “Nós não podemos aceitar a forma como essas amarelinhas (BPrV) vêm tratando a população de Vitória, tirando o sossego de pobres pais de família, num momento que o Brasil enfrenta, de tanta dificuldade financeira, de crise econômica”, disse Aglaílson Vitor.

Confira nota do líder da oposição:

Minha solidariedade ao Prefeito de Vitória de Santo Antão, Aglailson Júnior, e ao Deputado Estadual, Aglailson Victor, jovem competente e que demonstra corajosamente que é contra a injustiça e a favor do povo.

Caso ele decida de fato deixar a base do governo será uma honra para todos nós termos em nossas trincheiras um deputado que fica do lado do povo e contra a opressão de um governo que não respeita o legislativo, inclusive os próprios deputados da base.

Deputado Marco Aurélio Meu Amigo,
Deputado estadual pelo PRTB e líder da Oposição.*

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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