Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

  • Início
  • Sobre
  • Pernambuco
  • Brasil
  • Contato

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 12 de junho de 2021 1 comentário

Coluna da Folha deste sábado

Miguel Coelho faz novo aceno ao MDB para unificar o partido

Pré-candidato a governador de Pernambuco, o prefeito de Petrolina estabeleceu como meta antes de avançar com sua candidatura no meio político e na população de pacificar o MDB em torno da sua candidatura. Ele tem plena ciência de que a construção do seu projeto nas hostes emedebistas são muito mais sólidas do que uma mudança abrupta de partido para o Democratas no sentido de ser candidato a governador.

Para isso, Miguel tem conversado frequentemente com lideranças emedebistas, a exemplo do presidente estadual do partido, o deputado federal Raul Henry, o deputado estadual Tony Gel, o suplente de senador Fernando Dueire, e mais recentemente viabilizou um gesto concreto quando nomeou a ex-deputada estadual Terezinha Nunes como representante da prefeitura de Petrolina na capital.

Terezinha foi peça chave do governo Jarbas Vasconcelos, detinha significativo poder, e ao lado de Fernando Dueire e Raul Henry, possui uma grande capacidade de convencimento junto ao líder maior do partido em Pernambuco, que é Jarbas Vasconcelos. Este gesto, que foi bastante significativo, traz um novo elemento na tentativa de construir a unidade partidária com vistas a 2022.

Se porventura convencer Jarbas Vasconcelos da sua candidatura, será mais fácil provar para Raul Henry que o projeto próprio do partido será o melhor caminho para 2022, haja vista que Miguel já conta com o desejo do presidente nacional do MDB, o deputado Baleia Rossi, de liderar um projeto do partido em Pernambuco no próximo ano.

Cobrança – Após o governador Paulo Câmara anunciar as mudanças no Plano de Convivência com a Covid-19, o deputado estadual Romero Sales Filho cobrou por medidas para autorizar o comércio de praia. Segundo o parlamentar, não existe justificativa para proibição, já que os shoppings centers e comércio de rua seguem funcionado. “É uma quantidade enorme de pessoas que ainda seguem sem ter do que viver”, destacou.

Baixa – O deputado federal Raul Henry pode sofrer mais uma baixa no seu rol de apoios para 2022. O prefeito de Salgadinho, Zé de Veva (MDB), esteve acompanhado do deputado federal Ricardo Teobaldo (Podemos) durante intensa agenda em Brasília, o que foi interpretado como uma possível baixa nas bases de Henry na busca pela reeleição.

Vacinado – O governador Paulo Câmara deu o bom exemplo de figuras públicas e vacinou-se contra a Covid-19. O socialista recebeu ontem a primeira dose da vacina AstraZeneca/Fiocruz e enalteceu a importância de se vacinar e continuar utilizando a máscara bem como adotando todas as medidas de distanciamento social.

Distritão – Durante entrevista ao Folha Política, o deputado federal Ricardo Teobaldo disse acreditar fortemente na possibilidade do distritão ser aprovado na Câmara dos Deputados e no poder de convencimento dos deputados junto aos senadores para que ela também seja aprovada na Câmara Alta.

Animado – Quem conversa com o deputado federal André de Paula (PSD) percebe sua disposição para disputar o Senado pela Frente Popular. Ele inclusive já teria dito a interlocutores que não pretende colocar ninguém em seu lugar na disputa pela Câmara dos Deputados.

Inocente quer saber – O distritão será mesmo aprovado pelo Congresso Nacional a tempo de valer para 2022?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: coluna edmar lyra, Eleições 2022, Folha de Pernambuco, jarbas vasconcelos, miguel coelho, política, ricardo teobaldo, terezinha nunes

Postado por Edmar Lyra às 9:32 am do dia 19 de maio de 2020 5 Comentários

A mente brilhante de Pernambuco

Nascido no Recife em 1947, Severino Sérgio Estelita Guerra veio de família tradicional de política, seu pai Pio Guerra e seu irmão José Carlos Guerra tinham sido deputados federais. Em 1981 filiou-se ao MDB e no ano seguinte tentou seu primeiro mandato como deputado estadual, sendo eleito naquele pleito, quatro anos mais tarde, já pelo PDT conseguiu seu segundo mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco com 9.899 votos, sendo o penúltimo eleito daquele pleito.

Em 1989 ingressou no PSB e exerceu os cargos de secretário de Indústria, Comércio e Turismo e depois de Ciência e Tecnologia do governo Miguel Arraes. Em 1990 tentaria seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados, e numa chapinha montada com Arraes, foi eleito com 23.999 votos juntamente com Renildo Calheiros, Luiz Piauhylino, Alvaro Ribeiro e Roberto Franca, todos com baixíssima votação arrastados pela força eleitoral de Miguel Arraes, que foi o mais votado daquele pleito. Nas eleições seguintes, ele foi reeleito deputado federal em 1994 e 1998, ambas pelo PSB, e foi novamente secretário de Miguel Arraes.

Com a chegada de Jarbas Vasconcelos ao Palácio do Campo das Princesas, Sergio Guerra se aproximou do então governador, com quem nutria uma excelente relação pessoal e filiou-se ao PSDB. Chegou a ser secretário extraordinário de Jarbas e foi candidato a vice-prefeito de Roberto Magalhães, que tentando a reeleição, acabou derrotado.

Na eleição seguinte, contrariando todos os prognósticos, Jarbas colocou Sergio Guerra na sua chapa, juntamente com Marco Maciel. A escolha de Jarbas criou arestas na União por Pernambuco, que depois culminariam na saída de deputados federais da base de sustentação do então governador.

Durante o processo eleitoral, Jarbas confirmou seu favoritismo, assim como Marco Maciel. Já Sergio Guerra teve um osso duro de roer que foi Carlos Wilson, que tentava a reeleição e mostrava que tinha condições de garantir mais um mandato, porém na reta final, comprovando o histórico de eleições no estado onde o governador geralmente puxa os senadores, Sergio Guerra foi eleito com 1.675.779 votos.

Já no Senado Federal, Sergio Guerra atendeu prefeitos, como sempre fez quando era deputado, e destravou recursos e obras importantes para Pernambuco. Seus oito anos na Câmara Alta resultaram e muitos investimentos para o estado, e mesmo integrando um partido de oposição, o PSDB, Sergio Guerra nutria excelente relação com o então presidente Lula, e por diversas vezes foi procurado pelo presidente para desatar alguns nós de governabilidade.

Os primeiros quatro anos no Senado fizeram de Sergio Guerra um potencial candidato ao Palácio do Campo das Princesas na sucessão de Jarbas Vasconcelos. Diversos prefeitos desejavam que Jarbas o escolhesse para a sua sucessão, inclusive considerando a hipótese do lançamento de duas candidaturas, porém Jarbas cumpriu o acordo e optou por Mendonça Filho. Fora do páreo, Sergio liberou suas bases para Eduardo Campos, que só foi candidato competitivo graças a não candidatura de Guerra, com o sinal verde e o apoio de Inocêncio Oliveira, Eduardo fincou um projeto competitivo que viria a ser vitorioso em 2006.

Ainda no Senado, associado à condição de presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra tornou-se um dos políticos mais influentes do Brasil, integrando importantes comissões e ao mesmo tempo descascando os pepinos do mais importante partido de oposição ao PT. Sergio foi o mais longevo presidente nacional do PSDB, ficando no cargo até março de 2013, quando entregou a presidência ao então senador Aécio Neves.

Em 2010 voltou à Câmara dos Deputados como o sexto mais votado, seria o quarto e último mandato eletivo exercido por ele. Durante os oito anos do governo Eduardo Campos, Sergio Guerra manteve uma relação extremamente cordial e afável com o governador, de quem era muito próximo desde os tempos de Arraes, e acabou se afastando de Jarbas Vasconcelos, que ficou muito chateado com a relação próxima que Sergio e Eduardo tinham.

Em seus mais de trinta anos de mandatos eletivos, Sergio construiu uma trajetória de manter aliados importantes, como Duffles Pires, que foi vice-prefeito de Paulista, Ricardo Teobaldo, que chegaram a romper mas fizeram importantes dobradinhas, Joaquim Neto, prefeito de Gravatá, a ex-deputada Terezinha Nunes e tantos outros nomes que tinham em Sergio um importante líder.

Apesar de parecer carrancudo, Sergio Guerra era bom de conviver, aqueles que tiveram a oportunidade de uma mínima proximidade com ele puderam perceber não só a sua inteligência como a sua capacidade de pensar e executar política todos os dias. Ele sabia ser implacável com adversários, mas também sabia como poucos construir laços que suplantavam a política.

Pelas suas idas e vindas na política, a ex-deputada Cristina Tavares o classificou como uma inteligência à procura de um caráter, tamanha a sua capacidade de agir sem qualquer culpa quando fosse necessário. Também chamava a atenção o fato de Guerra ser afeito a coisas de grife, que a maioria da população jamais terá acesso, como por exemplo colecionar cavalos de raça, sapatos e roupas das mais caras, e um gosto excêntrico que eram as lutas de UFC que ele fazia questão de viajar para assisti-las. Quem era seu companheiro nessas empreitadas foi o jovem deputado Claudiano Filho, que até hoje relembra o seu líder político.

Em 2014, quando se preparava para disputar a reeleição na Câmara dos Deputados, Sergio Guerra veio a óbito no dia 6 de março em decorrência de um câncer de pulmão, ele tinha 66 anos. Apesar de não ser conhecido do grande público, ele se mostrou uma figura ímpar nas articulações políticas de Pernambuco e de Brasília, fazendo muita falta a quem vive o dia a dia da política.

 

Arquivado em: Personalidades de Pernambuco, Sem categoria Marcados com as tags: aécio neves, Carlos Wilson, Cristina Tavares, eduardo campos, jarbas vasconcelos, lula, mendonça filho, miguel arraes, política, psdb, renildo calheiros, ricardo teobaldo, sérgio guerra, terezinha nunes

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 28 de agosto de 2017 Deixe um comentário

Coluna do blog desta segunda-feira

PSB voltará às origens em 2018

A Frente Popular legou a Pernambuco nomes como Jarbas Vasconcelos, Miguel Arraes, Pelopidas da Silveira e Eduardo Campos, que chegaram ao cargo de prefeito do Recife ou governador de Pernambuco, teve o caso de Arraes e Jarbas que chegaram a ocupar os dois cargos. Jarbas, inclusive, decidiu tomar o caminho da perdição como disse Arraes, quando em 1994 se aliou ao PFL para quatro anos depois chegar ao Palácio do Campo das Princesas.

Nas eleições de 2012, devido a uma briga sem precedentes no PT, Eduardo sentiu o vácuo político, se afastou do PT, se reaproximou de Jarbas Vasconcelos e conseguiu eleger no primeiro turno Geraldo Julio prefeito do Recife. O afastamento inexorável do PT se materializou em 2013 quando Eduardo decidiu entregar o ministério da Integração Nacional a Dilma Rousseff. A pasta ocupada por Fernando Bezerra Coelho era o sinal claro que Eduardo disputaria mesmo a presidência da República, fato que se confirmou nas eleições de 2014, mas que teve um trágico final.

PSB e PT permaneceram afastados nas eleições de 2014, no primeiro e no segundo turno presidencial, bem como em Pernambuco na eleição de Paulo Câmara, que teve o apoio do PMDB, Democratas, PSDB e PPS, todos da finada União por Pernambuco, contra Armando Monteiro, que recebeu o apoio do PT e do PDT para a disputa. O afastamento permaneceu em 2016, quando Geraldo Julio e João Paulo protagonizaram o segundo turno da disputa pela prefeitura do Recife, vencida por Geraldo.

Esse afastamento foi perdendo força quando, no plano nacional, PT e PSB passaram a convergir opinões contra a reforma da previdência, a reforma trabalhista e mais recentemente a privatização da Eletrobras. Na Alepe já havia ainda no primeiro semestre rumores de conversa do ex-prefeito do Recife João Paulo com o governador Paulo Câmara que poderiam culminar numa aliança.

Nos últimos dias as convergências se mostraram mais latentes, sobretudo com a vinda de Lula a Pernambuco na semana passada, quando ele fez uma visita de cortesia a Renata Campos, que Paulo Câmara fez questão de alardear em suas redes sociais. Ontem, na eleição do diretório estadual todos os discursos, sobretudo os de Geraldo Julio, Carlos Siqueira e Gonzaga Patriota, ácidos contra o governo Temer e até mesmo contra os Coelho, ficou latente que o caminho do PSB para as eleições de 2018 será a aliança com o PT tanto a nível nacional quanto a nível estadual.

Expandindo – Embora as suas principais bases estejam localizadas no Agreste e Zona da Mata, o deputado estadual José Humberto (PTB) aproveitou o final de semana para dar um giro no Sertão do Pajeú, onde conta com o apoio do prefeito de Tuparetama, Sávio Torres (PTB). Lá, o deputado visitou também outros municípios e construiu relações importantes que deverão garantir apoios para a sua reeleição.

Fechado – O prefeito de Vitória de Santo Antão Aglailson Junior (PSB) negou que tivesse insatisfeito com o governador Paulo Câmara. Muito pelo contrário, ele diz que o governador tem sido atencioso com o município e não há qualquer hipótese de apoiar Fernando Bezerra Coelho para governador, com quem não tem qualquer relação. Portanto, Aglailson diz que está fechadíssimo com a reeleição de Paulo Câmara.

UNICEF – A porta-voz do UNICEF para crianças com deficiência, a jovem americana Lucy Meyer, está em Pernambuco para conhecer iniciativas ligadas às Olimpíadas Especiais no Brasil e a alguns dos programas do UNICEF pelos direitos das crianças com deficiência. Atendendo convite da deputada Terezinha Nunes (PSDB), e coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência da Alepe, Lucy Meyer participará da reunião da semanal da Frente nesta segunda-feira, às 11h, no Plenarinho III, no edifício Miguel Arraes de Alencar.

Herdeiro – Se existe alguém que mais torce pela candidatura e vitória de Fernando Bezerra Coelho para governador, este alguém é o empresário Carlos Augusto Costa (PV), que é o primeiro suplente de Fernando no Senado e herdará o cargo por quatro anos sem ter recebido um único voto sequer em 2014.

RÁPIDAS

Toritama – O prefeito de Toritama Edilson Tavares (PMDB) vem realizando uma gestão que tem sido referência para a região. Ele tem buscado experiências internacionais para colocar em prática no município e por isso vem recebendo elogios até de quem não o apoiou em 2016.

Federal – A respeito das especulações de que poderá ser candidato a governador do Rio de Janeiro em 2018, o ministro da Defesa Raul Jungmann (PPS) nega a possibilidade e diz que está focado em tentar um mandato de deputado federal por Pernambuco, seu estado de origem, no ano que vem.

Inocente quer saber – O ato de hoje em Caruaru deixará claro as pretensões de FBC para 2018?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: Aglaílson Junior, carlos augusto costa, coluna, Edilson Tavares, edmar lyra, eleições 2018, fernando bezerra coelho, frente popular, josé humberto, lula, paulo câmara, psb, pt, raul jungmann, terezinha nunes, Toritama, UNICEF

Postado por Edmar Lyra às 22:46 pm do dia 20 de setembro de 2013 Deixe um comentário

PT e PSB prontos para o embate.

Por Terezinha Nunes, deputada estadual pelo PSDB

Embora o governador Eduardo Campos não tenha ainda assumido a candidatura a presidente da República apesar da entrega de cargos desta semana, nove entre dez socialistas afirmam que, confirmando-se a candidatura da presidente Dilma à reeleição, Eduardo entra na disputa.

Interlocutores mais próximos do governador e da presidente chegam a adiantar, a boca pequena, que até os adjetivos que cada um deles usa em privado referindo-se ao outro denotam a inviabilidade de uma aliança futura.

Isto se confirmando, e há grandes evidências de que pode acontecer, Pernambuco tende a ter uma das campanhas mais acirradas de sua história, servindo para dar o tom do que vai ocorrer a nível nacional entre dois aliados históricos: o PT e o PSB.

Há mais de 10 anos juntos no estado e demonstrando, de forma pública, que a união das duas siglas seria fundamental para a população – o que explica as vitórias seguidas que tiveram quase esmagando a oposição – petistas e socialistas tendem a medir forças querendo, cada um, tirar proveito do bom momento econômico vivido pelo estado nos últimos anos.

A seu modo, o PT já começou a cutucar o leão com vara curta. Está no ar uma propaganda do Governo Federal referindo-se às obras de mobilidade na Região Metropolitana que o estado toca mas que são realizadas com quase 90% de recursos federais.

Em outros tempos, o PT engoliu a esperteza do PSB que apresentou todas as obras em parceria como se fossem feitas com o dinheiro exclusivamente estadual. Era tempo de cortejar Eduardo e ninguém reclamou.

Bastaram as primeiras escaramuças e gestos de independência do governador e o caldo entornou.

Daqui pra frente novas propagandas deverão surgir com o mesmo objetivo.

Nessa guerra pela paternidade, a balança tende a favorecer momentaneamente um ou outro partido mas, no frigir dos ovos, os dois tendem a sair arranhados.

O PT querendo demonstrar, como já andou ensaiando algumas vezes o senador Humberto Costa, que Pernambuco só cresceu por conta dos recursos e investimentos produzidos via ministérios e órgãos federais e o PSB fortalecendo a sua tese de que Eduardo é um gestor e que foi ele o real condutor de tudo que acontece por aqui.

O embate promete e pode regredir, como já estimam alguns petistas, ao governo do pemedebista Jarbas Vasconcelos que foi governador já com Lula presidente durante cujo mandato foram consolidados os dois maiores investimentos que o estado tem hoje: a Refinaria e o Estaleiro Atlântico Sul.

Mesmo outro grande investimentos – a fábrica da Fiat – este garantido no governo Eduardo Campos, o próprio Humberto já se apressou a esclarecer que ele próprio se empenhou pelo projeto e que foi o Governo Federal o real condutor das negociações para que o grupo italiano se estabelecesse em Pernambuco.

Por enquanto, a guerra de bastidores tem chegado de forma tímida ao grande público mas tende a se aguçar, apesar dos panos mornos que alguns petistas nacionais e pernambucanos têm usado para abrandar a fervura, acreditando que o governador ainda pode desistir do embate e subir no palanque de Dilma no primeiro turno.

Curtas

Felicidade – É patente o semblante de alegria dos petebistas na Assembléia Legislativa depois que o PSB entregou os cargos à presidente Dilma. Dá-se como certa uma aliança do PT com o PTB no estado em torno da candidatura a governador do senador Armando Monteiro Neto.

Chapinhas
– Dá-se como certo nos meios políticos que os pequenos partidos não vão reunir condições para formar chapas próprias nessas eleições. Na eleição passada eles abocanharam mais de seis vagas na Assembléia, em detrimento das grandes legendas.

Dança
– O pastor Cleiton Collins, recordista de votos na Alepe, decidiu – depois de muita especulação – se filiar ao PP. Mas garante que não aceita entrar em chapinha. Teria recebido garantia de que o PP vai para um chapão. Tudo indica que será o chapão do PT e PTB. Antes Cleiton dizia quem iria para uma legenda que ficasse no chapão do governador Eduardo Campos.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: eduardo campos, eleições 2014, psb, pt, terezinha nunes

Postado por Edmar Lyra às 2:26 am do dia 7 de setembro de 2013 Deixe um comentário

Na contramão da modernidade.

Por Terezinha Nunes, deputada estadual pelo PSDB

A Constituição Brasileira em seu artigo 37, inciso II. obriga a realização de concurso para ingresso no serviço público. Diz, textualmente, que a admissão deve se dar através de “concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração”.

Nada mais cristalino.

País do “jeitinho”, porém, o Brasil criou o chamado “contrato temporário” que, em Pernambuco, data de 1993 quando a lei estadual 10.954 permitiu contratações deste tipo. Restringindo-as, porém, aos serviços de saúde emergenciais, contratos de professores substitutos e em calamidades públicas. Falava-se em contratos por dois anos prorrogáveis por mais dois.

Em 2011, porém, já na segunda administração do atual governador, uma nova lei, a 14.547, prorrogou os contratos para seis anos, dois a mais do que o mandato do governador, e autorizou contratrações diversas além das previstas na lei anterior.

Daí para a frente, o que, pela legislação, era temporário ,virou quase permanente e o concurso, que deveria ser permanente, hoje é quase temporário porque passou a ser exceção e quase não acontece.

Por conta disso, em maio deste ano, o Tribunal de Contas  aprovou, com  ressalvas, as contas do Governo do Estado em 2011 ao contatar que, de 2008 a 2011 – em apenas três anos – o governo ampliou em 100% os contratos temporários quando, no mesmo período, aumentou em apenas 1% os contratados através de concurso público.

Em 2008 existiam em Pernambuco 13.839 contratados de forma temporária. Em 2011 o número estava em 27.687. Contrata-se temporário para tudo, para toda e qualquer especialidade.

Para se ter uma ideia de como anda a situação, em nosso estado seis secretarias só dispõem em seus quadros de funcionários temporários. São elas: Cidades, Recursos Hídricos, Meio Ambiente, Criança e Juventude, da Mulher e do Trabalho e Empreendedorismo. Os temporários não precisam estudar e ser concursados: enviam os currículos e são selecionados, não se sabe com que critério.

Na área de educação o problema é maior ainda. Dos  temporários 92% são professores. Em 2008 eram 10 mil e em 2011 passaram a 20 mil. No total de professores atualmente em sala de aula 40% são temporários e 60% permanentes quando a Lei Federal 8.745/1993 diz que os substitutos ou visitantes não podem chegar a mais de 20% dos efetivos. Na área de saúde a situação é parecida. Os temporários cada vez mais tomam os lugares dos permanentes.

O TCE recomendou ao estado a correção da situação mas, infelizmente, isso não tem acontecido. De maio – quando o tribunal julgou as contas e expôs o problema – até o final de agosto deste ano, o Governo autorizou órgãos diversos a contratar mais 3 mil temporários.

O que está acontecendo? É difícil explicar até porque Pernambuco nunca esteve tão bem de aumento de arrecadação como nos últimos anos.

Quando ao governador Eduardo Campos, ele tem pregado pelo país que faz uma administração moderna. Mas não estaria, no caso do funcionalismo, na contramão da modernidade que prega?

Curtas

Defecções – Além dos deputados estaduais André Campos (PT), Clodoaldo Magalhães e Marco Antonio Dourado(PTB), que vão ingressar no PSB até o dia 05 de outubro, mais dois deputados da base governista – Mari Gouveia e Rildo Braz (PHS) – devem ingressar no PDT.

PSOL – Até agora só o PSOL anda realmente disposto a formar uma chapinha de pequenos partidos para a eleição de 2014. As demais legendas pequenas tendem a se coligar com os partidos maiores na eleição para a Alepe, o que reduz a possibilidade de eleição de deputados estaduais com menos de 30 mil votos, como aconteceu em 2010.

Filhos – Ao contrário da eleição de 2010, para 2014 não há novos candidatos a deputado estadual filhos de prefeitos ou de outros chefes políticos importantes do estado, com reais chances de vitória. Desta forma, a bancada dos menudos da Alepe, como são chamados estes deputados, tende a diminuir ou quase desaparecer.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: terezinha nunes

Postado por Edmar Lyra às 0:07 am do dia 27 de agosto de 2013 Deixe um comentário

Oposição questiona governo sobre PE-45.

Os deputados estaduais Daniel Coelho, líder da oposição, Terezinha Nunes, Betinho Gomes e Severino Ramos foram até a Zona da Mata para a realização de mais uma blitz oposicionista. O local escolhido foi a PE 45, que liga os municípios de Escada a Vitória de Santo Antão. O governo estadual anunciou em 2011 a recuperação da rodovia, com promessa para entrega-la em setembro de 2012. Embora alguns trechos tenham sido parcialmente recuperados, o serviço foi mal feito e os buracos tomam conta de praticamente todos os 33 quilômetros de extensão. Na entrada do município de Escada, uma placa do governo do Estado anuncia os prazos e o valor orçado da obra – R$ 23 milhões.

À tarde, na sessão na Alepe, Daniel Coelho fez cobranças ao governo do Estado. Questionou que empresa ficou responsável pelo serviço, quanto foi gasto e o porquê do estado em que se encontra a PE 45 – também foi feito um pedido de informação, protocolado junto à Casa, para ser entregue ao secretário de Transportes.

“Logo na entrada da PE 45, fica evidente a falta de manutenção e os estragos na rodovia, proporcionando constantes perigos aos motoristas. Observamos diversas situações de risco. Mas o que torna a situação mais grave é que a PE 45 não é mais uma das rodovias estaduais. É uma rodovia que teve intervenção estadual, com investimento de R$ 23 milhões. Protocolamos hoje um pedido de informação junto ao governo estadual para saber quais recursos foram pagos e a que empresas, e quando essa obra vai ficar pronta”, questionou Daniel, que complementou: “A população de Escada está revoltada, evitando a estrada e acaba sobrecarregando a BR-101. O que fica é a indignação do povo pernambucano. Não me lembro de um governo tão ruim com estradas como o atual”.

Em aparte, a deputada Terezinha Nunes endossou o discurso de Daniel, também questionando como uma obra pode ter sido tão mal-feita. “A impressão que dá é de que parece que vimos uma ‘obra sonrisal’, que desmancha na primeira chuva. Existe um buraco tão grande, que já chamam de ‘buraco da morte’. A empresa que fez esse trabalho precisa ser punida”.

Severino Ramos, por sua vez, cobrou uma “atitude emergencial” do governo do Estado. “Se não for tomada uma providência rapidamente, a rodovia vai ficar conhecida como ‘BR da Morte’. Gastaram milhões e nada foi feito. É necessário responsabilidade com a vida humana”, finalizou.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: betinho gomes, daniel coelho, eduardo campos, estrada, isaltino nascimento, oposição, terezinha nunes, transportes

Postado por Edmar Lyra às 22:42 pm do dia 23 de agosto de 2013 Deixe um comentário

Na ponta da língua.

Por Terezinha Nunes

No jargão popular, costuma-se dizer que quando alguém é espirituoso, tem respostas “na ponta da língua”. Trocando em miúdos: é uma pessoa que, com reações prontas e inesperadas, consegue surpreender o interlocutor, deixando-o, momentaneamente, sem reação.

Na política, nem sempre esta é a conduta correta. Muitas vezes opta-se por não enfrentar determinado assunto de pronto, para não dar ao mesmo mais dimensão do que realmente tem.

Com o governador Eduardo Campos a situação tem sido diferente. Não se sabe se porque já enfrentou momentos difíceis na sua vida pública, se recebe orientação de marqueteiros ou se age assim por decisão própria mas a verdade é que o governador tem tentado, de imediato, reduzir a dimensão ou enfrentar no nascedouro qualquer assunto ou notícia capaz de manchar a reputação do governo,

Tem conseguido? Não se sabe ao certo. Uma coisa, porém, não se pode negar: qualquer rastilho de pólvora que surja envolvendo órgãos ou pessoas da administração só dura o exato tempo de esclarecimento dos fatos. Depois cai no esquecimento.

Outro governador com menos poder ou determinação de exercê-lo a pleno vapor, talvez não se arriscasse a tanto. Mas não é caso, evidentemente.

Desta forma, Eduardo vai conseguindo enfrentar uma a uma as dificuldades sem, aparentemente, sofrer grandes abalos em sua popularidade.

Foi assim no caso das denúncias sobre shows fantasmas na Empetur e na Fundarpe. Ao invés de negar o ocorrido, pelo menos para ganhar tempo, o Palácio afastou os dirigentes dos órgãos quase imediatamente e enviou á Assembléia projetos corrigindo falhas na legislação ou nos controles. Ganhou manchetes e hoje quase não se fala mais no assunto, embora ele permaneça em análise no TCE, MP e Procuradoria Geral da União, no caso Empetur que envolveu verbas federais.

Mais recentemente, outros dois casos tiveram a mesma reação célere da administração.

O primeiro envolveu os gastos com helicópteros e jatinhos no total de quase R$ 6 milhões em apenas 18 meses. Tão logo divulgado pelo Jornal do Commércio e questionado pela bancada de oposição, o governador baixou decreto determinando controle sobre os voos e que cada um que fosse feito tivesse divulgado no Portal da Transparência a destinação, o objetivo e os nomes dos ocupantes das aeronaves.

O segundo aconteceu no final da semana passada quando a Folha de São Paulo divulgou que a Fliporto estava recebendo R$ 3,5 milhões de patrocínio da Empetur e sugeriu que isso estava se dando pelo fato de ser comandada por um irmão do governador.

Quase na mesma hora em que a notícia chegava a Pernambuco pelas redes sociais, a direção da Fliporto enviou nota à imprensa anunciando que não iria mais receber o patrocínio – ao contrário do que aconteceu em 2011 e 2012 – e que a feira iria ser bancada apenas com recursos privados.

Todos esses episódios figuram na história do atual governo. Não vão poder ser apagados mas poderiam ter tido muito mais repercussão se a conduta fosse negá-los, tentar escondê-los, ou simplesmente jogá-los para debaixo do tapete.

Dirceu

Não são de hoje os desentendimentos entre o PT e o governador Eduardo Campos. No best-seller“Dirceu”que escreveu sobre o ex-ministro de Lula, o jornalista Otávio Cabral relata que, no auge do mensalão, Eduardo, deputado federal, discutiu com Zé Dirceu e ouviu dele que o PT não o apoiaria na campanha para o governo de Pernambuco, aliando-se ao então governador Jarbas Vasconcelos.

Realidade

Na verdade, isto não ocorreu, o que demonstra que Dirceu poderia estar blefando mas o PT realmente não apoiou Eduardo no primeiro turno. Preferiu lançar a candidatura do hoje senador Humberto Costa que, se não fossem as denúncias no decorrer da campanha, teria ido ao segundo turno para enfrentar Mendonça Filho. Derrotados, os petistas tiveram que subir no palanque do PSB levados por Lula.

Amor antigo

Dirceu, certamente, sabia que Lula, hoje um desafeto de Jarbas, e vice-versa, tentou por duas vezes, em 1990, quando Jarbas era candidato a governador, e em 1992, quando candidatou-se a prefeito do Recife, levar o PT para o palanque do pemedebista. Encontros aconteceram e não foram poucos mas a aliança não se deu vetada pelos radicais petistas do estado nas duas ocasiões.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: terezinha nunes

Postado por Edmar Lyra às 0:19 am do dia 17 de agosto de 2013 Deixe um comentário

Jaboatão à frente de Recife e Olinda.

Por Terezinha Nunes

Com direito a passagem pelo local do governador Eduardo Campos, que aproveitou para sugerir aos demais municípios atingidos que façam o mesmo, o município de Jaboatão mostrou, no último domingo, que é possível, neste país de obras infindáveis, inacabadas ou mal feitas, fazer exatamente o contrário.

Após queimar as pestanas por quase dois anos seguidos pelos caminhos da burocracia estadual e federal e na localização de uma jazida marinha capaz de fornecer 1 milhão e 800 metros cúbicos de areia ( 100 mil caminhões-caçamba) o prefeito Elias Gomes está conseguindo, num período de sete meses, concluir a maior obra de engorda da praia  já realizada no Brasil.

Até o dia 20 de setembro – sete meses depois da instalação do canteiro-de-obra – os jaboatonenses vão receber de volta 5 quilômetros e 800 metros de praia – o correspondente, em extensão, à avenida Boa Viagem – pondo fim a uma angústia de décadas, quando o mar foi avançando sobre a cidade, levou a areia, e já corroia alicerces de prédios e casas à beira-mar.

Os R$ 41 milhões de custo da obra vieram de emenda do deputado federal Sérgio Guerra, do Ministério da Integração e dos cofres municipais.

Recife, Olinda e Paulista sofrem do mesmo problema mas as soluções estão longe da concretização.

Em termos de obras públicas, porém, Recife e Olinda, sobretudo, estão muito a dever no que se refere não só a agilidade como ao resultado obtido.

As duas optaram por obras urbanas também importantes mas se deram mal.

Os exemplos são quase semelhantes. Recife, na gestão do prefeito João Paulo, construiu uma solução até hoje contestada para a Conde da Boa Vista, conseguindo, ao mesmo tempo, desagradar os usuários do transporte coletivo e os proprietários de automóveis particulares. Criticada duramente, a obra, que custou 14 milhões na época, vai ter que ser modificada por completo pelo prefeito Geraldo Júlio.

Olinda fez pior. O prefeito Renildo Calheiros copiou o mau exemplo de João Paulo e transformou a Avenida Presidente Kennedy numa Conde da Boa Vista piorada. Gastou R$ 8 milhões, até hoje não concluiu o corredor de transporte público projetado,  não consegue  corrigir erros de engenharia da obra , nem resolver os gargalos de mobilidade no seu entorno.

O que distancia Jaboatão, Olinda e Recife neste quesito, além do valor das o0bras citadas?

Uma resposta, pelo menos, salta aos olhos. Jaboatão levou o assunto mais a sério, empenhou-se tecnicamente e politicamente para conseguir seu objetivo e contou, como não poderia deixar de ser, com a determinação do gestor público, no caso, o prefeito, que não mediu esforços para conseguir seu objetivo, sem ultrapassar um milímetro sequer do limite do razoável.

Não se pode dizer que os outros dois prefeitos passaram do limite. Não há porque desconfiar deles. Mas, embora tivessem boas intenções, optaram por um resultado administrativamente e tecnicamente desastroso.

Nem Jaboatão, nem Recife e nem Olinda inventaram soluções. O Brasil está cheio de corredores de transporte, de todos os matizes, em avenidas de suas grandes cidades. Engorda do mar é algo já testado e aprovado nas praias de Copacabana (Rio) e  Iracema (Ceará).

Mas na competência e na agilidade do fazer, Jaboatão ficou anos-luz à frente dos demais.

Curtas

Liderança – A disputa entre dois grupos de deputados que são contra ou a favor do voto aberto em plenário revelou um novo líder esta semana na Assembléia: o deputado Raimundo Pimentel (PSB). Ele conseguiu tirar dez deputados do plenário para evitar ser derrotado na sua pretensão de manter o voto fechado para a mesa-diretora. Conseguiu com isso vencer todos os líderes do governo juntos.

Senado – A pesquisa feita e divulgada pelo PSC esta semana mostrou algo inusitado. Nas intenções de voto para o Senado, ela revelou um empate técnico entre o governador Eduardo Campos e o senador Jarbas Vasconcelos, testados em cartões separados. Como parece impossível  que os dois disputem o mesmo cargo, se a eleição fosse hoje qualquer um que disputasse teria amplas chances de vencer.

Múcio – O ministro do TCU José Múcio Monteiro voltou a ter seu nome cogitado para disputar o governo de Pernambuco em 2014. Ainda mais agora que Lula entrou em campo para convencer o governador Eduardo Campos a desistir da disputa e apoiar Dilma. Múcio  hoje é elemento de ligação entre Lula e Eduardo.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: terezinha nunes

Postado por Edmar Lyra às 23:57 pm do dia 2 de agosto de 2013 Deixe um comentário

Multidão sem festa e em paz.

Por Terezinha Nunes

Já se escreveu bastante sobre o papa Francisco e sua presença no Brasil. Fora o que aqui falou e tocou fundo em todos, o papa também nos encantou “pelo que não falou”, como chegaram a opinar alguns jornalistas e críticos de todos os matizes.

O certo é que, ao contrário dos que falam muito e não dizem nada, ou falam pouco porque nada têm a dizer, o papa Francisco foi preciso em tudo que fez em menos de uma semana entre São Paulo e Rio de Janeiro.

Além das lições passadas direta ou indiretamente nas homilias ou nos breves pronunciamentos – procurou sempre fazer discursos curtos – ele mostrou que no Brasil ainda é possível reunir multidões sem fazer festa, quer com recursos privados ou públicos, como tem sido comum.

No Rio, juntou mais gente em Copacabana do que no Reveillon, internacionalmente conhecido, e, no momento em que o país acabara de presenciar cenas de violência nas ruas encabeçadas por vândalos dispostos a pegar carona nas reivindicações populares, não se ouviu falar em qualquer violência praticada pelos mais de 3 milhões de participantes da Jornada Mundial da Juventude, ou contra eles.

O que fez o papa Francisco para conseguir tanto como sair ileso de um engarrafamento imprevisto nas ruas do Rio ou ser saudado como um quase santo por onde passou?

– “Não trago ouro, nem prata… trago Jesus Cristo” cuidou de alertar na frente da presidente Dilma que acabara de, imprudentemente, fazer diante dele um discurso político defendendo as administrações petistas e propondo uma parceria entre o Vaticano e seu Governo, coisa que Francisco tomou cuidado de sepultar.

Na verdade, como São Francisco de Assis. O papa venceu pelo exemplo. Dispensou regalias, carregou sua própria pasta, condenou os que procuram ideologizar a Igreja – seja à direita, seja è esquerda – e ensinou que o correto é ser simples.

Pregou a união entre os cristãos, censurou os que cultivam qualquer tipo de apego ao dinheiro e, para a sociedade, ensinou que os jovens que vivem do consumismo e que sucumbem diante dos prazeres a todo custo, são infelizes e acabam se entregando ao que parece ser o maior problema enfrentado hoje pela humanidade: o alto consumo de drogas.

O que, porém, mais tocou de tudo que se viu em torno da presença do papa entre nós parece ter sido a questão da misericórdia, coisa que ele, sabidamente, deixou para o final de sua visita, mais precisamente para as entrevistas que concedeu ao jornalista pernambucano Gerson Camarotti ou aos vaticanistas ( jornalistas que fazem a cobertura do Vaticano) na viagem de volta a Roma.

Sempre deixando claro que o amor de Deus é incomensurável, o papa tratou de assuntos delicadíssimos sem chocar ninguém pelo simples fato de analisa-los sob a ótica do perdão. “Quem sou eu para julgá-los?” – afirmou referindo-se aos gays que procuram a Igreja, no que foi considerada a declaração mais corajosa de todas as que fez no Brasil ou quando voltava a Roma e que terá enorme repercussão internacional.

Por fim, Francisco pediu que todos rezassem por ele. E vai precisar disso. Num tempo de intolerância, discriminação, violência, é até perigoso pregar a paz, a misericórdia, a simplicidade e a ética.

Mas o papa cuidou de afastar a possibilidade de se preocupar com reações às medidas que vem tomando, ou ao que vem pregando pelo mundo, quando afirmou a Camarotti: “não tenho medo”.

CURTAS

Lá e cá

Enquanto no Brasil as mulheres de classe média estão marcando antecipadamente cesáreas e tendo seus filhos de forma bem mais cara e perigosa, a princesa inglesa Kate Middleton passou 16 horas em trabalho de parto para ter seu filho normalmente. Deu exemplo.

SUS

Há mais de 20 anos o Brasil criou o SUS, programa elogiado e destinado a oferecer uma medicina pública de qualidade. Hoje, além da carência de infra-estrutura, o SUS não conta com médicos suficientes para atender sua clientela principal que são as famílias assistidas pelos PSFs. Razão: as Faculdades de Medicina não adaptaram currículos para formar médicos generalistas. Todo mundo só quer ser especialista.

Revisão

Depois da passagem do papa Francisco por aqui muitos padres já começaram a rever a prática de evangelização e começam a reunir os paroquianos para dar força às pastorais e às novas comunidades, tão elogiadas pelo Papa por serem expressão da renovação da Igreja Católica.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: terezinha nunes

Postado por Edmar Lyra às 22:09 pm do dia 26 de julho de 2013 Deixe um comentário

Boa Viagem merece uma providência.

Por Terezinha Nunes, deputada estadual pelo PSDB

A mais bela e extensa praia urbana do Brasil, Boa Viagem deliciava pernambucanos e turistas até o início da década de 90. Sua água morna e a ausência de grandes ondas  possibilitava aos banhistas, ainda alheios aos efeitos nocivos do sol, ficar horas conversando  com os amigos  dentro do mar, com água na cintura, sem qualquer preocupação com a vida. Parecia mais um paraíso terrestre.

Os tubarões estavam então presentes apenas nos arquivos dos jornais que falavam de tempos remotos em que um deles teria atacado um padre que tomava banho entre Boa Viagem e Piedade.

No fatídico ano de 1992, porém, o mar de Boa Viagem passou a frequentar a berlinda em se tratando de noticiário negativo. No início do ano, um surto de cólera, que chegou a matar 12 pessoas no estado, levou o então governador Joaquim Francisco a usar a cavalaria da Polícia Militar para interditar a praia para o banho, deixando-a inteiramente deserta.

Havia a suspeita – afastada depois – de que a água do mar não estaria imune à presença   do vibrião colérico e o governador adotou a medida extrema. Sua decisão acabou frequentando o anedotário político dias depois quando, alertado de que a doença não convivia com a água salgada, o próprio Joaquim Francisco precisou tomar um banho de mar  para provar à população que não se corria risco indo à praia.

No mesmo ano de 1992, Boa Viagem voltou também a conviver com os ataques de tubarão que até esta semana, com a morte de uma jovem turista,  chegaram a vitimar 59 pessoas. Algumas sobreviveram mas muitas vieram a falecer.

Mostrado através de vídeo, o ataque causou mais comoção do que os demais, aumentando a preocupação de prejuízos para o turismo na capital.

Apesar do maior estudioso do assunto no estado, o cientista Fábio Hazim, ter levantado a suspeita de que o ataque desta semana ocorreu porque o barco utilizado para afastar os tubarões da costa estava inativo por falta de  recursos ( coisa que é precisa ser apurada pois é muito grave) a verdade é que, apesar do otimismo de Hazim, afirmando que 90% dos acidentes deixaram de ocorrer após a vistoria da costa, há que se entender, por outro lado, que quase ninguém mais toma banho de mar em Boa Viagem. Se os banhistas continuassem entrando na água, ninguém garante que os ataques viessem a cessar, mesmo com a presença do barco.

Excluindo uma pouco entendida determinação do Ministério Público de interditar a praia para o banho – medida semelhante à tomada, erradamente pelo governador Joaquim Francisco lá atrás – o que o ataque desta semana deixa claro é que parece ter chegado o momento de Pernambuco encarar o problema de frente, utilizando tecnologia disponível e testada com êxito em países como a Austrália, também sujeitos aos ataques de tubarão.

Lá foram colocadas redes no mar com dispositivos que impedem que os tubarões se aproximem demais da costa.

A informação é de que se trata de algo bem mais caro do que o barco científico cuja manutenção custa ao estado cerca de R$ 1 milhão por ano.

Se o barco contém apenas 90% dos ataques e mantém as pessoas afastadas do mar – quem entra na água em determinados locais pode perder a vida – as redes, sem afastar os banhistas, garantiriam um controle total dos ataques.

Boa Viagem merece isso.

Curtas

Vai-e-vem – O governador Eduardo Campos voltou a se entusiasmar com a possibilidade de deixar o Governo em abril para se candidatar a presidente. Interlocutores dizem ter ouvido dele próprio que agora o caso é pra valer. Como em política as coisas podem mudar muito rápido, nada se pode garantir com tanta antecedência mas que há possibilidades no ar isto há.

PT fora – Por outro lado, o PT também começa a encarar a candidatura do governador como favas contadas. Esta semana, a presidente Dilma teria pessoalmente ligado para deputados da base encantados com a sedução socialista para dissuadi-los alegando a necessidade de manter unida sua base.

Queda – Com mais de 80% de bom e ótimo nas pesquisas realizadas antes das manifestações populares, o governador Eduardo Campos teve uma queda de pouco mais de 20% na avaliação do seu governo, segundo a pesquisa do Ibope divulgada esta semana. Nesta, é de 58% o percentual dos que qualificam sua administração como boa ou ótima.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: boa viagem, terezinha nunes

  • 1
  • 2
  • 3
  • Próxima página »

Siga-me nas redes sociais

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Twitter

 

Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

Saiba mais

Posts Populares

João Paulo Costa participa da maior Cavalgada à Pedra do Reino de todos os tempos
Catamaran inicia temporada junina com arrasta-pé flutuante pelo Recife
Recife foi a capital que mais criou empregos no Nordeste em abril, aponta CAGED
Dez anos da epidemia de microcefalia serão lembrados em solenidade na Alepe
AGE recebe Fundação Getúlio Vargas para consultoria técnica
“Pernambuco precisa recuperar o seu protagonismo no Nordeste”, diz Silvio Costa Filho a empresários do Lide-PE
Amupe leva para Gameleira formação em captação de recursos
2ª edição do Pernambuco Mostra Moda apresenta rodada de negócios voltada para a indústria de moda bebê e infantil
André Ferreira celebra conclusão de cursos na Casa Zero; iniciativa contou com emenda do parlamentar
Após vitória no MDB, grupo de Raul Henry sela aliança com João Campos e projeta 2026

Siga-me nas redes sociais

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Twitter

Lista de Links

  • Celebridades
  • Minha Saúde
  • Nocaute
  • Radar dos Concursos
  • Torcida

Copyright © 2025 · Atlas Escolar On Genesis Framework · WordPress · Login