Bolsonaro precisa deixar a Saúde em paz e focar em outros temas
Independente do desfecho que venha a ter sobre a permanência do ministro Luiz Henrique Mandetta, o presidente Jair Bolsonaro precisará urgentemente recuar do posicionamento intransigente a favor do isolamento vertical. Está mais do que provado que a população em sua maioria aprova o trabalho de Mandetta e reconhece a necessidade do isolamento horizontal para vencer a Covid-19.
Autor de O Príncipe, Nicolau Maquiavel afirmou que a principal virtude de um governante é se adaptar às circunstâncias do momento, e neste caso, compete a Jair Bolsonaro reconhecer que por mais que Luiz Henrique Mandetta seja um ministro reconhecido pelo público, o presidente até dezembro de 2022 será o próprio Bolsonaro, portanto, conflitar com Mandetta é um jogo já perdido pelo presidente, cuja responsabilidade será ainda maior se uma substituição do seu ministro ocasionar aumento exponencial dos casos.
O bônus e o ônus de qualquer resultado, mantendo Mandetta, será creditado ou debitado na conta de ambos, mas em caso de demissão do ministro e uma eventual piora da situação, que é o mais provável em qualquer circunstância, ficará na conta do presidente. Portanto, mudar um ministro bem-avaliado pela população é um equívoco que pode custar o seu governo.
É preciso saber o momento de recuar e compreender que não há muito a ser feito, a não ser continuar as medidas executadas pelo ministério da Saúde e focar em minimizar os efeitos econômicos da Covid-19, sob pena de o presidente ter sua popularidade reduzida a pó em caso de continuar as confusões em meio ao enfrentamento da pandemia.
Macaparana – Passado o prazo de filiação partidária, o ex-prefeito Paquinha ingressou no PP após articulação do deputado federal Eduardo da Fonte e do deputado estadual Antonio Moraes. Paquinha filiou 6 dos 11 Vereadores e montou uma chapa bastante competitiva que teve adesões importantes nos últimos dias. A situação segue dividida e até o momento não conseguiu lançar um candidato à sucessão do atual prefeito Maviael Cavalcanti.
Junho – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já tem data para decidir o adiamento ou não das eleições municipais de outubro. “A verdade é que nós estamos monitorando a evolução da doença. Imaginaria junho como sendo o momento em que nós temos que ter uma definição. O que eu sou radicalmente contra é o cancelamento das eleições e fazer todas coincidirem em 2022”, disse o ministro Luís Roberto Barroso, que será presidente do TSE a partir de maio.
Mulheres – O PDT do deputado federal Wolney Queiroz lançará ao menos duas pré-candidaturas de mulheres para prefeituras em outubro. Katiana Gadelha disputará Abreu e Lima, enquanto Milena Melo será o nome do partido em Palmares. Katiana perdeu a disputa em 2016 por pouco mais de 100 votos.
Força – Após o fim do prazo de filiações, a deputada Roberta Arraes saiu fortalecida com pré-candidatos a prefeito competitivos em várias cidades. Bringel Filho, Zé Capacete, Múcio, Riva Bezerra, George Duarte, Dr. Diego e Gustavo Matos são alguns dos que passam a integrar a base de apoio da deputada.
Inocente quer saber – Por que Bolsonaro não imita Donald Trump e desiste do isolamento vertical?









A pré-candidata a prefeita, Katiana Gadelha (PDT) e Dr. Marcos Siqueira chegaram a um entendimento em torno das eleições municipais, ainda com data a ser definida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O empresário Netinho Lapenda oficializou seu ingresso no Partido Progressista para disputar a prefeitura de São Lourenço da Mata. A filiação ocorreu neste sábado na sede do PP com o deputado federal Eduardo da Fonte.
Nas últimas costuras para as eleições 2020, o Podemos segue lançando candidaturas próprias e costurando apoios em todo o estado, sob a batuta do deputado federal Ricardo Teobaldo, presidente da sigla em Pernambuco. Em Caruaru o martelo foi batido e o Podemos vai apoiar a reeleição da prefeita Raquel Lyra (PSDB), num processo que teve o apoio do ex-senador Douglas Cintra.
A acirrada disputa em São Lourenço da Mata 
O vereador Rogério de Lucca acaba de ingressar no PP para disputar a reeleição no Recife. Eleito pelo PSL em 2016, Rogério se junta aos vereadores Aline Mariano, Chico Kiko, Eriberto Rafael, Michele Collins, Ricardo Cruz e Wilton Brito, que tentarão a reeleição pelo partido.
Na reta final de filiação partidária, que se encerra neste sábado, alguns vereadores do Recife estão na dúvida entre o PSB, o PP e outros partidos. Os dois primeiros são os que realmente montaram chapas competitivas, já os demais não possuem nem cabeça (vereadores de mandato) nem cauda porque ficou mais difícil de angariar pretendentes nas eleições deste ano.