O histórico desafio da terceira via no Brasil
Em meio às especulações sobre quem poderia reunir as condições de quebrar a polarização instituída entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula para as eleições do próximo ano, os números mostram que a tarefa será extremamente difícil, pra não dizer impossível, faltando tão pouco tempo para a disputa presidencial.
Entre 1989 e 2018 foram oito eleições presidenciais, duas sendo resolvidas no primeiro turno, enquanto as demais necessitaram de uma segunda etapa. Nas eleições de 1989, tivemos quatro candidatos com dois dígitos, com uma diferença ínfima entre o segundo colocado, Lula, para o terceiro, Leonel Brizola, enquanto o quarto colocado, Mario Covas, ficou com 11%. É importante frisar que aquele pleito foi atípico, com 22 candidatos, e o Brasil estava voltando a ter eleições diretas depois de longos anos de regime militar.
Se fizermos o recorte de 1994 até 2018, os dois primeiros colocados ficaram com pelo menos 70% dos votos válidos, com destaque para 2006 quando Lula e Geraldo Alckmin ficaram com 90,25% dos votos válidos no primeiro turno. E em apenas uma ocasião o terceiro colocado obteve mais de 20% dos votos válidos, que foi em 2014, quando Marina Silva foi candidata pelo PSB.
Nas eleições de 2018, Bolsonaro pode até ser considerado terceira via, porém ele tomou completamente o eleitorado histórico do PSDB, que deixou Geraldo Alckmin com apenas um dígito nas urnas, assim como os demais candidatos de centro, exceto Ciro Gomes, terceiro colocado, o que consolidou o histórico de polarizações entre o candidato do PT e o outro nome, que em seis ocasiões foi o candidato do PSDB, e em duas de outros partidos, especificamente Collor e Bolsonaro.
Portanto, será um desafio hercúleo para os candidatos de centro quebrarem a polarização instaurada entre dois presidentes que possuem um eleitorado cativo e fiel como Lula e Bolsonaro, e quanto maior for a pulverização de candidatos de centro, maiores as chances de consolidar os dois antagonistas da política brasileira atual.
Incompetente – A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes que declarou a incompetência da Lava Jato em Curitiba para julgar ação penal contra o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Gilmar reiterou que o caso não se refere às denúncias de fraude e desvios de recursos da Petrobras, alvo da Operação Lava Jato.
Homenagens – Diversos aliados do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchoa, relembraram através das redes sociais a passagem do seu aniversário. Se estivesse vivo, Guilherme completaria 74 anos. Ele foi o presidente mais longevo da história da Alepe, por quase doze anos, seis mandatos consecutivos.
Opções – Os nomes lembrados para a sucessão de Paulo Câmara, entre eles os secretários Geraldo Júlio, José Neto e André Longo mostram que o governador possui uma equipe de alto nível, permitindo que o PSB possa se dar ao luxo de escolher aquele que seja mais competitivo. Qualquer que seja o escolhido terá o apoio irrestrito da Frente Popular, que conta com uma ampla coligação partidária para dar sustentação a quem for lançado para a disputa em 2022.
Inocente quer saber – Moro foi parcial e suspeito, como decidiu o STF?





Nesta quinta-feira (31), o prefeito de Limoeiro, João Luís Ferreira Filho, recebeu na sua cidade dois secretários da gestão Paulo Câmara, Aluísio Lessa (Ciência, Tecnologia e Inovação) e André Longo (Saúde). O encontro deu-se duas semanas depois de o prefeito ter sido recebido na capital pernambucana, na sede das duas secretarias, pelos dois secretários e também por Dilson Peixoto (Desenvolvimento Agrário), Nilton Mota (Casa Civil) e Tarcísio Ribeiro (Infraestrutura).
Na manhã desta quinta-feira (03.01), ocorreu a solenidade de transmissão do cargo de secretário estadual de Saúde. O oncologista Iran Costa, que estava à frente da Secretaria Estadual de Saúde (SES) nos últimos quatro anos, entregou o cargo ao médico cardiologista André Longo. A cerimônia, na sede da SES, no Bongi, foi bastante concorrida e contou com a presença da deputada estadual Simone Santana, do secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia; do presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems-PE), Orlando Jorge; do presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Mario Fernando Lins, além de gestores da rede estadual de Saúde e funcionários da SES.
O médico cardiologista André Longo, ex-diretor da Agência Nacional de Saúde e ex-presidente do Simepe, é o novo secretário de Saúde do governo Paulo Câmara. Ele substitui Iran Costa que voltará para a iniciativa privada.