Blog Edmar Lyra

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Postado por Redação às 13:50 pm do dia 27 de abril de 2022

PSOL PE participa, em SP, de momento decisivo para as eleições 2022

Foto: Ashlley Melo

A presidência do PSOL PE junto com comitiva participará neste sábado (30), a partir das 9h em São Paulo (SP), da Conferência Eleitoral, principal evento do partido neste ano. O evento definirá a tática eleitoral e o programa defendido pelo partido nas eleições de 2022, além de referendar o apoio à pré-candidatura do presidente Lula (PT). Embarcam para a terra da Garoa, o presidente do Psol, Tiago Paraíba, e os pré-candidatos ao senado e governo, Eugênia Lima e João Arnaldo, respectivamente, além de outros dirigentes partidários.

“O Psol PE tem protagonismo na política de esquerda pernambucana e participar do evento é fundamental neste momento decisivo para o futuro do país. Desde o dia 11 de fevereiro, que a Executiva Nacional do PSOL negocia com o PT e demais partidos de esquerda a aliança eleitoral para as eleições deste ano na perspectiva de unidade contra o bolsonarismo”, diz Tiago Paraíba.

Segundo Eugênia Lima, é importante frisar que a escolha do presidente Lula passou por uma ampla discussão e que no último dia 19 de abril, o PT acolheu as propostas do PSOL ao programa de governo de Lula, com pequenos ajustes. “Todos os nossos esforços e comprometimento são para reverter as políticas neoliberais do governo atual. Neste sábado será um marco para a política de esquerda no Brasil, quando mostraremos força e unidade para mudar esta triste realidade que assola o pais”, coloca Eugênia.

“O PSOL tem um compromisso com o povo brasileiro. É hora de derrotar Bolsonaro e interromper a tragédia civilizatória que ele representa. Lula é a liderança da esquerda que melhor reúne condições para cumprir esse desafio. Ao seu lado vamos resgatar o país do obscurantismo, dos retrocessos e de um conjunto de desmontes que estão destruindo o Brasil e atingindo duramente a nossa gente“, lembra João Arnaldo.

A Conferência Eleitoral do PSOL é deliberativa e terão direito a voto nas resoluções todos os integrantes do Diretório Nacional do PSOL.

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Postado por Edmar Lyra às 12:53 pm do dia 27 de abril de 2022

Zé Martins inaugura Posto de Saúde Animal de João Alfredo

Foto: Divulgação

Na última quarta-feira (20), a cidade de João Alfredo/PE deu um importante passo na luta pelos cuidados com os animais. Foi entregue o Posto de Saúde Animal (PSA), numa cerimônia promovida pela Prefeitura, através da Secretaria de Saúde.

A unidade conta com estrutura para realizar consulta, castração, vacinação, teste rápido de leishmaniose e outros procedimentos. Fica localizada na Rua Olindina Souto Maior, no bairro Neco de Léu. O atendimento está a cargo dos veterinários Elzinho, Marconi e Breno Cavalcanti, com auxiliares e recepcionistas.

Emocionado, o prefeito enfatizou que o posto é um marco para a cidade. “É com muita felicidade que João Alfredo avança na proteção aos animais. O PSA é mais do que uma promessa de campanha, é a concretização de um sonho do nosso povo. Melhora a Saúde Pública como um todo e leva um serviço fundamental para famílias que não tem condições de custear um atendimento particular”, disse o gestor.

O ativista da causa animal e conselheiro tutelar, Gabriel Moura, ressaltou a importância desse serviço para quem não tem condições financeiras. “Todos os dias recebo pedidos para acolher inúmeros animais. Então, esse PSA vai ajudar muita gente que quer cuidar, mas não têm condições”.

Os agendamentos prévios para a realização dos procedimentos podem ser feitos pessoalmente pelos tutores.

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Postado por Redação às 12:49 pm do dia 27 de abril de 2022

Confira quem são os deputados pernambucanos eleitos presidentes de comissões da Câmara

Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados

As 25 comissões permanentes da Câmara dos Deputados elegeram seus presidentes, nesta quarta-feira, 27, e, a partir de então, vão retomar seus trabalhos. A eleição ocorreu com atraso neste ano em razão das trocas de partido durante a janela partidária, ocorridas até o último dia 1, que afetaram a indicação dos integrantes dos colegiados e dois parlamentares pernambucanos foram eleitos.

A maioria dos partidos já indicou os nomes dos presidentes. Candidatos avulsos podem concorrer, desde que sejam do mesmo partido ao qual a comissão foi destinada, pelo critério da proporcionalidade partidária. O deputado federal Milton Coelho (PSB) foi eleito presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; já o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos) assume a presidência da Comissão de Defesa do Consumidor.

Confira os nomes dos indicados e eleitos:

União

– Constituição e Justiça e de Cidadania: Arthur Oliveira Maia (BA)

– Minas e Energia: Fabio Schiochet (SC) – eleito

– Educação: Kim Kataguiri (SP)

– Esporte: Delegado Pablo (AM)

PT

– Cultura: Professora Rosa Neide (MT)

– Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia: João Daniel (SE)

– Legislação Participativa: Pedro Uczai (SC)

PP

– Seguridade Social e Família: Pinheirinho (MG) – eleito

– Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável: Covatti Filho (RS) – eleito

PSD

– Finanças e Tributação: Marco Bertaioli (SP) – eleito

– Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços: Sidney Leite (AM) – eleito

MDB (ainda sem indicação do partido)

– Desenvolvimento Urbano

– Viação e Transportes

PSB

– Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática: Milton Coelho (PE) – eleito

– Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa: Denis Bezerra (CE)

PL

– Agricultura, Pecuária, Abastecimento, Desenvolvimento Rural: Giacobo (PR) – eleito

– Defesa dos Direitos da Mulher: Policial Katia Sastre (SP)

Republicanos

– Defesa do Consumidor: Silvio Costa Filho (PE) – eleito

PSDB

– Relações Exteriores e de Defesa Nacional: Pedro Vilela (AL) – eleito

PDT

– Trabalho, Administração e Serviço Público: Leônidas Cristino (CE) – eleito

Podemos (ainda sem indicação do partido)

– Turismo

Solidariedade

– Fiscalização Financeira e Controle: Paulinho da Força (SP) – eleito

PSC

– Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado: Aluisio Mendes (MA)

PCdoB

– Direitos Humanos e Minorias: Orlando Silva (SP)

Patriota (ainda sem indicação do partido)

– Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência

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Postado por Redação às 12:30 pm do dia 27 de abril de 2022

Em Brasília, Amupe reúne bancada federal em prol dos municípios pernambucanos

Foto: Divulgação

Reunidos desde a última segunda-feira (25), em Brasília, durante a XXIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios,  prefeitas e prefeitos pernambucanos, através da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), promoveram na noite de ontem (26), um debate com a bancada federal pernambucana no Senado e na Câmara.

A reunião aconteceu no auditório Freitas Nobre, na Câmara dos Deputados. Liderados pela presidenta da Amupe e prefeita de Surubim, Ana Célia, os gestores e gestoras expuseram as pautas de interesse dos municípios que tramitam em ambas as casas, dentre elas a PEC 122, que proíbe a criação de despesas sem antes ser especificada a fonte dos recursos que serão utilizados, e a PEC que reduz para 11% a alíquota do INSS patronal dos Municípios.

Participaram da reunião 11 deputados federais, um senador, a vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos e o presidente licenciado da Amupe, José Patriota. A prefeita Ana Célia agradeceu aos legisladores pela presença. “O saldo deste encontro é muito positivo. Os deputados presentes e o senador Humberto Costa assumiram, diante de todos os presentes, o compromisso com a nossa pauta municipalista”, comemorou a presidenta da Amupe.

Estiveram presentes os deputados Wolney Queiroz – que coordenou o debate, Renildo Calheiros, Silvio Costa Filho, Carlos Veras, Fernando Monteiro, Tadeu Alencar, Ricardo Teobaldo, Bispo Ossesio, André de Paula, Pastor Eurico, Raul Henry.

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Postado por Redação às 12:29 pm do dia 27 de abril de 2022

PSB promove XV Congresso Constituinte da Autorreforma em Brasília

Foto: PSB/Divulgação

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) realiza, a partir desta quinta-feira (28), seu XV Congresso Constituinte da Autorreforma, em Brasília. Até o sábado (30), os delegados da legenda vão discutir a autorreforma, o novo programa e o manifesto atualizado do PSB, o projeto político do partido e as eleições de 2022. Também serão eleitos os membros do diretório nacional e dos conselhos de ética e fiscal para o triênio 2022-2025. Filiados e militantes da sigla em Pernambuco estarão em peso no evento.

A abertura, na quinta-feira, ocorrerá às 19h, com um ato político-cultural em homenagem aos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922. Estarão presentes governadores, parlamentares, prefeitos e representantes de segmentos sociais do partido.

Na sexta-feira (29), das 8h30 às 18h, divididos em seis grupos, os delegados discutirão temas do documento final da autorreforma. Um deles será dedicado à análise de conjuntura e os demais debaterão os cinco eixos temáticos da autorreforma do PSB: Reforma do Estado; Economia: Prosperidade, Igualdade e Sustentabilidade; Desenvolvimento Sustentável e Economia Verde; Políticas Sociais e Cidades Criativas; Socialismo Criativo, Democracia e o Partido que Queremos. Às 20h, o escritor, poeta e agitador cultural Antônio Carlos Queiroz fará uma aula-show sobre a Semana de Arte Moderna.

Já no sábado, às 8h30, será instalada a sessão plenária para apresentação e deliberação dos relatórios dos grupos temáticos. Às 14h, terá início a sessão de encerramento, durante a qual serão eleitos os novos integrantes do diretório nacional, seguida pela reunião que elegerá a nova Comissão Executiva Nacional.

A programação detalhada do evento está disponível nos sites www.psb40.org.br e www.psbpe.org.br.

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Postado por Redação às 11:52 am do dia 27 de abril de 2022

Em reunião com Eduardo da Fonte e Fábio Aragão, ministro Daniel Ferreira confirma retomada das obras do Residencial Cruzeiro, em Santa Cruz do Capibaribe

Foto: Divulgação
O deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), o prefeito Fábio Aragão (Santa Cruz do Capibaribe) e o vice-prefeito Helinho Aragão se reuniram nesta terça-feira (26) com o ministro Daniel Ferreira (Desenvolvimento Regional) e conseguiram a confirmação da retomada das obras de conclusão do Residencial Cruzeiro, em Santa Cruz do Capibaribe. Também participaram da reunião os vereadores Vando da Sertec, Flávio Pontes, Carlinhos da Cohab e Augusto Maia, além dos prefeitos Camila Machado (Sirinhaém), Paquinha (Macaparana), Edmilson Cupertino (Moreno), com demandas de seus municípios, o vereador e pré-candidato a deputado federal Anderson Correia (Caruaru) e o vice-presidente do PP-PE e pré-candidato a deputado federal Lula da Fonte.

“Conseguimos este importante avanço com o Governo Federal que é uma excelente notícia para centenas de famílias de Santa Cruz do Capibaribe. O ministro Daniel Ferreira nos informou que as obras do Residencial Cruzeiro serão retomadas. São 500 unidades habitacionais que servirão de moradia digna para mães e pais de família que aguardam a entrega do residencial”, celebrou Eduardo da Fonte. De acordo com o ministro, o estudo técnico para retomada e das obras já foi feito e a pasta também tem o recurso necessário para concluir e entregar o residencial.

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Postado por Redação às 10:25 am do dia 27 de abril de 2022

Júnior de Bria declara apoio a Davi Muniz e Pedro Campos

Foto: Geisiane Barbosa

Numa noite marcada pela emoção e saudades, o vereador Júnior di Bria (PSB) inaugurou junto com sua família uma casa de apoio, fica situado em Santo Amaro. O bairro é reduto dos Bria, que começou a história política a três gerações, com seu avô Bria, seu pai Marcos di Bria e agora Júnior continua seu legado.

A noite também foi a oportunidade para Bria apresentar seus pré candidatos a deputados. O vereador irá caminhar em todo a cidade do Recife com Davi Muniz (PSB) pré candidato a deputado estadual e Pedro Campos (PSB) pré candidato a deputado federal.
A relação da família Bria com Davi Muniz é antiga, e começou em 2012 quando ele se elegeu a primeira vez vereador do Recife e na câmara de vereadores pode conviver com Marcos di Bria.

O espaço inaugurado é uma homenagem ao ex vereador e pai de Junior, Marcos de Bria que faleceu em outubro de 2021, decorrente de complicações causadas pelo COVID-19

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Postado por Edmar Lyra às 8:04 am do dia 27 de abril de 2022

“Respeito o Lula. Bolsonaro não”, diz Doria

Foto: Guito Moreto/Agência O Globo

Desde que entrou na política, há seis anos, João Doria teve como principal adversário o seu próprio partido, o PSDB, ao qual se filiou em 2001. Para ser o candidato da legenda, foi obrigado a disputar três eleições prévias. Na primeira, causou incômodo porque a sigla já havia escolhido o candidato à prefeitura de São Paulo.

Quando começou a amealhar apoios nas regiões mais carentes da capital, depois de visitar todos os presidentes dos diretórios municipais, foi surpreendido pelo lançamento de mais três candidatos nas prévias, dois meses depois de encerrado o prazo limite para apresentação de candidaturas. O objetivo, diz Doria, era diluir os votos, de maneira que ele não somasse o suficiente para vencer a disputa. Ele acabou ganhando com 62% dos votos. Em seguida, entrou na eleição com 1% das intenções de votos, em 4º lugar, e com o PSDB em frangalhos. Fez a diferença, acredita, no horário eleitoral gratuito e venceu o pleito no 1º turno.

Em 2018, foi incentivado a renunciar ao cargo de prefeito para ser o candidato da legenda ao governo paulista, sem disputa de prévias. Dois dias depois, foi informado pelo presidente do PSDB em São Paulo, Pedro Tobias, que o então governador Geraldo Alckmin exigiu a realização de prévias. Mais uma vez, Doria saiu vencedor e, na sequência, ganhou a eleição, novamente, sem o apoio das lideranças dos tucanos.

A história se repete agora. O ex-governador venceu as prévias para ser o candidato do PSDB à Presidência da República, mas não tem um dia de sossego. Mesmo após a manifestação pública de respeito ao resultado por parte de seu principal contendor, o ex-governador Eduardo Leite, Doria se mostra ressabiado. “Espero que o partido esteja serenado. ” Numa declaração surpreendente, afirmou que tem respeito por Lula (PT), mas não por Jair Bolsonaro. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Valor:

Valor: O senhor acredita que, agora, o PSDB respeitará o resultado das prévias?

João Doria: Eduardo Leite teve a grandeza de, em carta pública divulgada na sexta-feira, dia 22, manifestar o seu apoio e reconhecimento às prévias.

Valor: Alguém, em seu nome, fez gestões junto ao ex-governador?

Doria: Não. O que houve foi um manifesto de 73 juristas de todo o Brasil, dizendo que é inconcebível vilipendiar regra pétrea que é a democracia. Acho que isso influiu na decisão de Leite. Quarenta e quatro mil eleitores do PSDB votaram, está dito no estatuto que nada se sobrepõe às prévias, que refletem a vontade soberana de seus filiados. Estão querendo subverter a democracia, dizendo que as prévias não valeram? Seria um absurdo completo, que colocaria Bruno Araújo [presidente do PSDB] numa posição delicada diante do Tribunal Superior Eleitoral, afinal, foram gastos quase R$ 12 milhões [na realização das prévias]. Espero que o partido esteja serenado. A honradez de Eduardo Leite fortalece a integração com os partidos que formam o ‘Centro Democrático’ – MDB, União Brasil e Cidadania.

Valor: O governador renunciou ao mandato porque tinha a esperança de reverter o resultado das prévias na convenção.

Doria: Eu disse: ‘Eduardo, você é ex-governador do Rio Grande do Sul, suponho que você esteja avaliando se vai disputar o Senado ou tomar uma decisão, que eu sei que não é fácil para quem, como você, disse que não seria candidato à reeleição, mas você pode ter a nobreza também, todos vão compreender, que, pelo bem de seu Estado, você disputará a reeleição’.

Valor: O senhor ainda acredita nas chances de vitória de uma terceira via, uma vez que pesquisas mostram o crescimento do presidente Bolsonaro e a redução da vantagem do ex-presidente Lula. Juntos, ambos respondem por mais de 70%.

Doria: Sim, acredito. Porque ainda há 44% de eleitores que não tomaram sua decisão. Entre eles, neste momento estão aqueles que estão optando pelo ‘menos ruim’, de um lado [Lula] ou de outro [Bolsonaro]. Estes eleitores são os que vão aderir a um nome que possa representar uma alternativa aos dois extremos.

Valor: O que essa alternativa representaria?

Doria: A construção de um país liberal, que coloque o combate à fome, ao desemprego e à desigualdade como prioridades, mas também o crescimento econômico e o acesso à saúde e à educação de qualidade.

Valor: Os resultados de sua gestão em São Paulo são positivos, no que diz respeito a indicadores econômicos e, por exemplo, ao combate à pandemia. Por que isso não se reflete na sua popularidade? Nas pesquisas eleitorais para presidente, seu índice de rejeição é superior a 60%.

Doria: De fato, até os adversários mais duros reconhecem que fizemos um trabalho inovador. A razão para isso não se refletir em intenção de votos, não expressar a adesão da população, está muito em função também do combate que tivemos que fazer ao negacionismo [da gravidade da pandemia] durante dois anos e meio. Deve-se ainda à narrativas mentirosas do ‘gabinete do ódio’ contra as posturas pela ciência e pela vida que fizemos aqui.

Valor: Gabinete do ódio é uma referência ao governo Bolsonaro?

Doria: Sim. Isso gerou, com as medidas restritivas que adotamos no início da pandemia para o funcionamento do comércio e dos serviços, inconformidades, algo compreensível. Mas, agora, passada a fase mais crítica da pandemia e com a recuperação gradual da economia, vai se restabelecendo no coração das pessoas o reconhecimento daquilo que foi feito em São Paulo e, de São Paulo, pelo Brasil. Estou seguro disso.

Sou contrário à reeleição, que considero um mal para o Brasil e que deve ser extinta por uma reforma política”

Valor: Por que o senhor decidiu se candidatar agora à Presidência, uma vez que poderia disputar a reeleição?

Doria: Sou contrário à reeleição, que considero um mal para o Brasil e que deve ser extinta por uma reforma política. Sou favorável à renovação na política. E entendo que, dada essa polarização Lula-Bolsonaro, este é o momento para que os brasileiros possam ter a opção de encontrar um ‘resolvedor’ e não um ampliador de seus problemas.

Valor: A que atribui tanta resistência ao senhor PSDB?

Doria: Num partido que não tem dono como o PSDB, é normal você ter posições distintas e não necessariamente convergentes. Prefiro um partido que não tenha dono e que possa ter posições distintas. Obviamente, a existência de muitos nomes relevantes no PSDB cria resistências aos novos nomes que surgem no partido.

Valor: Quando o senhor decidiu disputar a eleição para prefeito de São Paulo, em 2016, era desconhecido do eleitorado e, a seis meses do pleito, tinha apenas 1% das intenções de voto. O que fez para mudar esse quadro?

Doria: Percorri mais de 3 mil quilômetros na capital antes das prévias. Comecei pelas áreas mais pobres nas zonas leste, sul e norte da cidade.

Valor: Quem o senhor visitou?

Doria: Lideranças do PSDB nessas regiões, presidentes dos diretórios municipais e militantes do partido. Falei com cerca de 2 mil pessoas. Elas acordam cedo para ir ao trabalho, então, eu tinha que chegar bem cedo. Ficavam surpresas com a visita. Não houve um militante sequer que tenha se recusado a me receber. Reuni-me também com pessoas expressivas da sociedade civil e dessas regiões. Líderes de comunidades, inclusive, aquelas em que a liderança não é ligada ao PSDB. Fui muito bem recebido por todos.

Valor: O senhor não era conhecido na base do partido. A que atribui o fato de ter sido bem recebido?

Doria: Não era comum um candidato ir até a casa dessas pessoas. Tomei muito café, comi muito feijão com arroz, churrasco de linguiça feito na laje. Chegava às 5h da manhã nas garagens de ônibus, quando ocorre a mudança de turno.

Valor: Quando o senhor quis ser candidato a prefeito em 2016, o PSDB já havia escolhido um nome.

Doria: Sim, o Andrea Mattarazzo, aliás, um bom candidato. Era vereador e se preparou para ser candidato e ser prefeito. Reconheci seu valor e competência. O que eu criticava não era o Andrea, mas a falta de democracia do PSDB no processo de escolha do candidato.

Valor: As prévias foram promovidas, então, por causa de uma reivindicação sua ou havia outros integrantes do partido com o mesmo pleito?

Doria: Eu apenas. Fui tão perseverante que eles acabaram concordando em fazer a prévia. O Geraldo [Alckmin, então governador] chamou isso de ‘primárias’. Entendi aquilo como algo pro forma, algo como ‘vamos fazer prévias, esse cara vai perder, vamos ficar bem na foto, ninguém vai falar mal do PSDB’. Aí, comecei a fazer isso que acabei de contar, acordar muito cedo, dialogar, apresentar propostas… No meio das prévias, quando se percebeu que eu estava crescendo, eles mudaram as regras.

Doria: A regra estabelecida eram dois candidatos. Havia uma data-limite para quem quisesse disputar as prévias. Paguei R$ 35 mil para me inscrever, nunca me esqueço disso. Dois meses depois do prazo-limite de inscrição, o partido reabriu para a entrada do deputado Ricardo Trípoli, então líder do partido na Câmara dos Deputados, o José Aníbal, ex-presidente do PSDB, ex-deputado etc. Para completar, colocaram também o Bruno Covas.

Valor: O plano era diluir os votos?

Doria: Exatamente! Diluindo os votos em quatro, os quatro contra mim, eles imaginaram que eu perderia as prévias. Enfrentei o pleito sem apoio de ninguém, com exceção do Fernando Capez, meu amigo, na época deputado estadual. Todos os demais deputados apoiavam o Andrea ou um dos outros três. Isso se repetia entre os deputados federais e os vereadores de São Paulo. Recebi cerca de 62% dos votos e fui declarado o vencedor das prévias do PSDB. Fui para a eleição também desacreditado.

Valor: Naquele momento, tinha quanto das intenções de voto?

Doria: Na pesquisa Ibope, 1%. Na segunda pesquisa do Datafolha, dobrei! Fui para 2%. Quando começou o horário eleitoral, comecei a crescer numa velocidade extraordinária. E venci no 1º turno.

Valor: Dois anos depois, o senhor decide candidatar-se ao governo paulista. Como foi o processo?

Doria: Fui informado de que seria o candidato. Depois de renunciar ao cargo de prefeito, dois dias depois me liga o presidente do PSDB em São Paulo, Pedro Tobias, e diz: ‘João, vou lhe dar uma notícia, mas não sei se você vai gostar muito. O Geraldo Alckmin pediu para fazer prévias’. De novo, houve toda uma articulação do PSDB contra mim. Aí, Márcio França (PSB), vice-governador, se lança ao governo com o apoio do Geraldo, que ainda lançou três candidatos para disputar as prévias contra mim: Luiz Felipe d’Avila, Floriano Pesaro e Zé Aníbal. A disputa foi pesada.

Valor: O senhor foi para mais uma eleição sem apoio do PSDB?

Doria: Fui para a eleição como um candidato derrotado. Não tinha o partido unido e havia a rejeição provocada pelo fato de ter renunciado à prefeitura de São Paulo antes de completar dois anos de mandato. Nas pesquisas, eu era o 4º colocado, atrás do França, do Paulo Skaf (PMDB) e do Luiz Marinho (PT). Ganhei no 2º turno do França.

Valor: Diz-se que o senhor venceu graças ao apoio do presidente Jair Bolsonaro.

Doria: Não foi por causa do Bolsonaro. Eu tinha uma posição anti-PT. Eu venci o PT nas eleições de 2016.

Valor: O senhor, assim como Eduardo Leite, viu com simpatia a eleição de Bolsonaro. Como o senhor vê isso em perspectiva?

Doria: Sim, como eu, milhões de brasileiros acreditaram em Jair Bolsonaro, acreditamos que sua proposta era liberal, transformadora para o Brasil, de combate à corrupção, contrária à reeleição. E tem mais: ele se posicionava contra o Centrão. Fomos enganados. Logo depois de se eleger, ele dizia que era candidato à reeleição, já começava a fazer aproximação com o Centrão, já começava a fazer restrições ao trabalho de Sergio Moro, e demonstrava apreço pela economia estatizante, criando dificuldades para o programa de privatizações. Já em abril, ele comemorou o golpe militar de 64. Manifestei-me dura e fortemente contra isso.

Valor: O senhor sempre foi um crítico ferino do ex-presidente Lula.

Doria: Embora eu seja um antagonista ao Lula, eu o respeito. O Lula não é Bolsonaro, o Lula é inteligente e tem passado. Eu tenho posições diferentes das dele, mas tenho respeito por ele. Já Bolsonaro não merece o meu respeito. Eu sou um liberal social.

Valor: O que é um liberal social?

Doria: É aquele que acredita na economia de mercado, mas que compreende também a importância do trabalho no combate à pobreza e às desigualdades. Não é o privado que cuida disso. Isso é função do Estado. O Estado tem que ter este papel de reduzir as desigualdades.

Valor Econômico

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 27 de abril de 2022

Coluna da Folha desta quarta-feira

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Frente Popular aposta em retrospecto favorável para alavancar Danilo Cabral 

Desde que foi oficializado como pré-candidato a governador de Pernambuco, o deputado federal Danilo Cabral tem cumprido uma intensa agenda de encontros e articulações políticas com vistas a sucessão de Paulo Câmara. Em que pese o enorme desafio de manter a hegemonia do PSB em Pernambuco, que completará dezesseis anos em 2022, o retrospecto é favorável aos candidatos socialistas em disputas majoritárias e poderá contribuir para o crescimento de Danilo.

Entre 2006 e 2020 foram sete eleições vencidas pelo PSB, quatro para governador e três para prefeito do Recife. Em comum, todas as disputas o nome socialista largou atrás e cresceu durante a campanha, com a exceção de Eduardo Campos em 2010 na sua reeleição quando liderou de ponta a ponta a disputa contra Jarbas Vasconcelos e venceu por larga margem com mais de 80% dos votos válidos.

As outras disputas denotaram enorme desafio aos candidatos socialistas, que podem até não ter boa largada mas demonstraram ter capacidade de chegada, vide Geraldo Julio em 2012 e 2016, Paulo Câmara em 2014 e especialmente 2018, e João Campos em 2020. Isso geralmente se deu pelo fato de o PSB ter uma tropa numerosa, e uma linha de produção de campanhas eleitorais que adquiriu um know-how jamais visto em Pernambuco.

Portanto, não dá pra menosprezar a capacidade do PSB de se reinventar e vencer disputas difíceis, o que evidencia ser extremamente precipitado cravar a possibilidade de Danilo Cabral sequer chegar ao segundo turno, uma vez que ele conta com o maior número de prefeitos, deputados e partidos que lhe darão uma retaguarda para crescer e se tornar competitivo eleitoralmente nos próximos meses.

Redes – O procurador-geral da República, Augusto Aras, alerta para riscos do uso de redes sociais e da comunicação para atacar pessoas e fragilizar instituições. “Não podemos permitir que o rolo compressor da leviandade, potencializado pelo poder quase ilimitado da disseminação virtual, fragilize nossas instituições”, disse o chefe do Ministério Público Federal (MPF). Aras salientou que utilizar as ferramentas virtuais para destruir reputações, ameaçar pessoas e fragilizar as instituições é tão grave quanto usar a tecnologia para aplicar golpes que causam prejuízos milionários aos cidadãos.

Cotas – O Tribunal de Contas da União (TCU) promove evento para discutir a Lei de Cotas na educação superior. O diálogo “Acesso e democratização da educação superior: 10 anos da Lei de Cotas” ocorre neste 27 de abril, às 9 horas, com transmissão pelo canal do TCU no YouTube. A política de cotas para ingresso em universidades federais foi instituída pela Lei 12.711/2012.

Homenagem – Por iniciativa do vereador Hélio Guabiraba (PSB), a Câmara Municipal do Recife realizará nesta quarta-feira uma homenagem aos jornalistas e colunistas pernambucanos, dentre eles os colunistas da Folha de Pernambuco, Carol Brito, Edmar Lyra, Renata Bezerra de Melo e Roberta Jungmann. A solenidade terá início a partir das 10 horas e será presidida pelo vereador Eriberto Rafael (PP).

Inocente quer saber – Como será o controle das fake news nas eleições deste ano?

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Postado por Redação às 22:02 pm do dia 26 de abril de 2022

Raquel cobra atitude do Governo PSB sobre situação do metrô e minimiza a quem administra a CBTU, o governo Bolsonaro

Foto: Divulgação

A pré-candidata ao Governo do Estado pelo PSDB, a ex-prefeita Raquel Lyra criticou a omissão do Governo Estadual em relação ao colapso enfrentado pelo metrô que atende a capital pernambucan e a Região Metropolitana do Recife e minimiza as cobranças ao governo federal, que comanda a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). De acordo com a tucana, a gestão do PSB não toma uma atitude concreta em relação aos problemas do transporte público.

“Do jeito que está não dá mais para ficar. O metrô do Recife está mais do que sucateado, está inviabilizado, e o governador Paulo Câmara assiste a tudo de braços cruzados”, afirma Raquel, para quem a decisão de encontrar uma solução para o metrô exige capacidade política e de gestão, “o que claramente tem faltado ao Governo do PSB”.

Raquel ainda lembrou que a CBTU já cobrou publicamente uma dívida ao governo Paulo Câmara (PSB), que hoje pode estar em torno dos R$ 200 milhões, e sobre a qual o Estado não se pronuncia. A pré-candidata se isentou de fazer uma crítica mais dura ao governo Jair Bolsonaro (PL), que, além de ser responsável pelo órgão, indicou Carlos Ferreira para a superintendência da CBTU Pernambuco. Ferreira é aliado de primeira hora do pré-candidato ao Governo, ex-prefeito Anderson Ferreira (PL).

Outro ponto que a tucana esqueceu é que em 2016 e 2017, durante o governo Michel Temer (MDB), a CBTU, órgão ligado ao Ministério das Cidades, teve comando indicado pelo presidente nacional do PSDB, o ex-ministro Bruno Araújo e que um colapso no sistema de transporte público não acontece da noite para o dia.

“O Governo do Estado provavelmente vai responder que já tem estudos sendo feitos, mas o que gente vê é que nada acontece. Cadê as propostas de solução? Enquanto isso a gente vê metrô parar, incendiar, ser inseguro, sujo, quente e lotado. Só falta o candidato do governo dizer agora que é preciso fazer um pacto pelo metrô e pelo transporte público”, concluiu Raquel.

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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